Right in the centre of the large shopping area called The Stables is a Cuban Restaurant called rather unambiguously The Cuban. Giving it the benefit of the doubt, I stuck my head inside as for all I knew the place was owned by some Cuban refugee who had fled Castro's communist dictatorship. But no. The first thing I see is a large image of Che Guevara. The outside of the building has a sign saying this place brings "The Spirit of Havana in the heart of Camden"... ###
...which presumably means that criticizing the restaurant gets you dragged off to jail by uniformed thugs as that is truly the spirit of Havana.
(...)
But it got me pondering. I wonder how many of the anti-globalisation activists who probably regard areas like Camden as 'home turf' and perhaps even eat at The Cuban realise how the area only looks the way it does because of the global movement of goods within a market economy. Do they seriously think that there is a place like Camden anywhere in Cuba? Do they think the new Age crystals, the fetish shops, the Goth gear purveyors, the mountain bike shops and, hell, even the clothes they wear, the mobile phones they all carry, the iPods they lsten to, would all be available in a politically directed command economy? Please, show me such a place.
The thing is, their own lifestyles and environments are examples of the benefits of what they profess to reject. Quite funny really if you think about it.
nesta posta do Insurgente BrainstormZ a proposito desta do Paulo Querido.
O Paulo quase acertou uma. A inovação provém das necessidades criadas, de que é exemplo ao contrario o martelo que sem necessidade de utilização não é inovação nenhuma. No caso português é fácil de ver porque essas necessidades foram durante muito tempo maioritariamente do estado. Os entraves á concorrência por parte do Estado Novo impediam o aparecimento de novas necessidades por parte das empresas, ou seja se um restaurante não tem concorrência numa área assinalável, que estímulo, que necessidade tem de inovar e desenvolver novos métodos? Nenhuma. O Condicionamento Industrial é mais um exemplo, nestas condições, não existem necessidades que criem estímulos à inovação. Infelizmente, continuamos com a aplaudida atitude estatal de proteger sectores, indústrias e empresas ineficientes (subsídios, favorecimentos fiscais, taxas alfandegárias, etc.) a quem é, por esse motivo, retirada a necessidade de inovar já que não necessitam manter-se competitivas para sobreviver. E como o Paulo indica a inovação depende da necessidade. Ao mesmo tempo estas medidas retiram também o incentivo de inovar aos sectores, industrias e empresas eficientes por, pelo menos, duas razões: 1. Os recursos (que são limitados) aplicados nas primeiras deixam de estar disponíveis para as segundas. 2. Distorcem o mercado e obrigam as melhores a um muito maior esforço e consumo de recursos (que poderiam ser destinados à inovação) para se manterem eficientes.
Não consta que o ábaco, a roda ou fogo - que postos em perspectiva, são capazes de não ter o que se lhe compare hoje em termos de inovaçao, não nasceram de incentivos do estado, mas da necessidade de indivíduos e da visão de “empresarios”. Como o Google, a Sonae, o BCP, a Apple, a Zara e tantas outras. Para terminar, as guerras que são prerrogativa dos estados, ao incentivar inovação em determinadas áreas, travam-na noutras quem sabe mais prementes e rentaveis para a sociedade como um todo (what is not seen). A destruição não cria riqueza, destroi. Ver os links do BrainstormZ.
Acho bem, e estou certo que o RAF vai ser sensível a tão promissor (por vir de quem vem) apelo.
A propósito: há voluntários para redigir uma resposta ao Rui Tavares? É que não sei se os meus problemas com o português me permitirão estar à altura da tarefa...
Também comecei por fazer trabalho teórico. Ao fim de meses a tentar demonstrar a generalidade de resultados que obtinha por simulações, fui obrigado a desistir. Ou não conseguia voltar a Portugal ao fim de 4 anos. Só mais tarde, depois de ter a segurança do trabalho empírico feito, é que me aventurei novamente no trabalho teórico.
Apenas não me posso juntar, por razões que não me é de momento oportuno desenvolver, à recomendação neste contexto de After Virtue, de Alasdair MacIntyre. Em alternativa/complemento, sugiro The Counter-Revolution of Science: Studies on the Abuse of Reason, de F. A. Hayek.
No post anteriormente citado, VM esteve próximo do conceito de utilizador-pagador. Neste acertou:
Quanto à IC 3, tudo indica que ela vai continuar a ser durante muito tempo uma simples miragem para incautos. Em vez de construir as estradas que faltam, o Governo prefere continuar a gastar milhões para manter as SCUT gratuitas...
Trata-se em geral de transportes públicos urbanos de Lisboa, portanto de âmbito local ou metropolitano. Mas por que é que há-de ser o Estado a suportar o défice de serviços públicos locais, que deveriam ser de responsabilidade municipal ou intermunicipal? Que sentido faz ser um ministro a lidar com os preços de transportes públicos locais?
Localizando ainda mais a questão - e adaptando as palavras de VM -, por que é que há-de ser o cidadão que não usufrui do serviço a suportar o défice das empresas de transportes públicos?
O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações anunciou esta semana que decidiu o aumento médio de 3,7% dos preços de bilhetes/passes praticados pelas empresas de transportes públicos (públicas e privadas). Sobre o assunto, os canais de televisão entrevistaram os clientes afectados. Pelo contrário, quando o tema da notícia é a redução de preços dos têxteis (devido à concorrência dos chineses) falam com os sindicatos de trabalhadores e os empresários do sector, nunca com os clientes da Zara, H&M, etc.
E, no entanto, um aumento que não reflicta por inteiro o aumento do preço dos combustíveis irá afectar negativamente os lucros da empresa (ou, se esta for pública, os impostos dos contribuintes), a qualidade do serviço, a manutenção da frota e os salários dos trabalhadores...
This conference is an investment in your future. Learn to take advantage of modern technology, and make a great deal of money with very little effort. If you have any question, please contact me and I will send you a proposal that may be of interest to you. I await your response by return while assuring you that the transaction is absolutely risk free.
Face a este post de José Bourbon e a este outro do meu amigo RAF, sinto-me na obrigação de revelar o seguinte: não fumo mas como meias doses; não li o Vale Abraão mas vi o filme.
Salvo raríssimas excepções (já lá iremos) não são os empresários que rompem conceitos. Não é das empresas que saltam as inovações. Não são os empresários que fazem a economia: eles guiam a respectiva locomotiva. (...) Quem faz a economia são os grupos sociais. Nos últimos séculos consubstanciados no Estado, ou Nação. É o Estado o motor, a locomotiva, da mudança. É a política, enquanto disciplina reguladora do social, que estipula os carris da economia. São a necessidades do Estado que abrem e fecham os mercados. Não são os empresários. (...) No século passado todas as grandes mudanças (e médias e pequenas também, salvo raríssimas excepções associadas a mercados) sairam das necessidades dos Estados - com as guerras, uma necessidade exclusiva dos Estados, a dirigirem as mudanças. (...) [As] indústrias promitentes do presente e futuro, imediato ou longínquo, são todas de origem pública. Da internet às telecomunicações, das energias renováveis ao ambiente, os Estados criaram as locomotivas e os empresários vão guiá-las. Acresce que nestas quatro citadas os empresários apresentaram as suas habituais credenciais, atrasando e algumas vezes torpedeando a inovação para proteger os seus negócios putativamente ameaçados pelo respectivo desenvolvimento sadio.
Primeiro, há que distinguir invenção de inovação. Por exemplo, o martelo terá sido fácil de inventar mas só quando se encontrou um uso eficiente para este é que houve inovação!###
PQ usa o exemplo da internet para justificar a paternalidade estatal duma das grandes inovações do século XX. Contudo, durante mais de duas décadas, a rede ARPANET (a origem da internet), enquanto propriedade do Estado, teve um ritmo de desenvolvimento comparável ao sprint do caracol. Foi necessário a concorrência dos privados (a partir do ínicio da década de 90) para chegarmos onde estamos hoje. Porém, bastava-lhe, enquanto escrevia o post acima citado, olhar à sua volta. Será que os blogs nasceram de uma necessidade do Estado dar voz aos cidadãos? Terá sido o computador uma inovação estatal? Talvez seja possível encontrar os decretos-lei que definem as funções do teclado, rato, monitor ou sistema operativo...
Mas o maior erro - e o mais comum - é a falácia da janela quebrada. Bastiat desmistificou - há século e meio atrás - a crença de que a destruição de riqueza é boa para a economia. PQ, ao afirmar que "as grandes mudanças sairam das necessidades dos Estados[,] com as guerras (...) a dirigirem as mudanças", esquece os custos de oportunidade associados às acções militares: o dinheiro gasto em armas poderia ter sido aplicado para outros fins. Usando o mesmo raciocínio, há quem afirme que o tsunami no sudueste asiático é uma "oportunidade séria de expansão económica"...
[The] broken window fallacy, under a hundred disguises, is the most persistent in the history of economics. It is more rampant now than at any time in the past. It is solemnly reaffirmed every day by great captains of industry, by chambers of commerce, by labour unions leaders, by editorial writers and newspaper columnists and radio commentators, by learned statisticians using the most refined techniques, by professors of economics in our best universities. In their various ways they all dilate upon the advantages of destruction. (...) They see "miracles of production" which it requires a war to achieve. And they see a post-war world made certainly prosperous by an enormous "accumulated" and "backed-up" demand.
Como disse anteriormente, um erro comum! Que, espero, não voltar a ler n' (o vento lá fora)*...
Trio Odemira celebra 50 anos de carreira com novo disco
O Trio Odemira celebra este ano 50 anos de carreira com a edição de um novo álbum, «Portugal latino», onde interpreta temas portugueses e latino-americanos, na linha que sempre marcou este grupo.
Neste CD, editado pela Ovação, o trio recupera alguns temas que foram êxitos seus como «As minhas mãos nas tuas», «Ala vara del camino» ou «Anel de noivado».
Neste CD os ritmos sul-americanos, que desde sempre foram uma escolha do trio, marcam também presença com temas como «A media luz», La cumparsita», «Si piensas» ou «Guantanamera».
A Casa da Música, a forma como foi imaginada, subsidiada e vezes sem conta adiada até ontem abrir as portas comprova, a meu ver, o lastimoso estado da cultura no nosso país. Não é apenas o dinheiro, os exagerados custos que implicou, mas tudo o que esta forma de pensar e estar significa e representa. Uma dependência total do Estado por parte daqueles que, reivindicando-se porta-vozes da cultura, mais não sabem que exercer a sua actividade com ajuda dos governos.
O que encontramos não é uma cultura criativa pois, ao ser sustentada por inúmeros subsídios, acaba por ter de agradar e conquistar aqueles que (nem sabemos nós bem quem) os concedem. Antes existiam mecenas, homens ricos e poderosos que encomendavam obras a artistas que procuravam das resposta a esses pedidos. É certo, mas também é verdade que esses mecenas eram conhecidos e estavam à vista de todos. O mesmo não se passa com o Estado mecenas. A intenção até pode ser a de financiar a actividade cultural sem olhar a quem. Sucede que tal não é possível. A máquina do Estado é constituída e conduzida por pessoas, homens e mulheres, com gostos e vontades próprias que acabam por fazer, em nome de todos, a sua escolha particular. O resultado são construções megalómanas, como se a cultura nascesse das paredes e não do espírito livre de quem gosta criar.
Ainda no mesmo programa um espectador questionou Chirac acerca da razão do desemprego no Reino Unido ser inferior ao da França (cerca de metade). A réplica de Chirac não podia ser mais esclarecedora: a legislação laboral do RU nunca seria aceite pelos franceses! Independentemente das consequências...
Já o candidato à sucessão de Chirac pelo centro-direita, Nicolas Sarkozy, vê a questão de outra forma:
Nicolas Sarkozy, the populist president of the ruling UMP party, on Thursday contradicted the president's upbeat views by saying that the “French social model” was failing the people.
In a speech in southern France, Mr Sarkozy said that with a 10 per cent unemployment rate France should stop saying its system worked better than that of others. “In 20 years both the left and the right have doubled the credits to combat unemployment but we have not produced one fewer unemployed person,” he said
Num programa de duas horas emitido ontem pela televisão francesa, Jacques Chirac implorou aos franceses que não rejeitem o projecto constitucional. Segundo disse, este arranjo permitirá à França continuar a defender os seus interesses no seio da UE. Um "Não" conduziria ao "apagamento" e, inclusivamente, ao "desaparecimento político" (!!!) da França. Chirac classificou ainda como "pouco sérias" as hipóteses do tratado poder ser renegociado, caso o "Não" prevaleça.
Sem se aperceber acabou por dar trunfos às campanhas do "Não" nos restantes países-membros.
Face a este post do meu amigo RAF, sinto-me obrigado a declarar publicamente que assumo frequentemente uma atititude pessimista, suspiro ocasionalmente e sou um verdadeiro chato. Chanel, só aprecio o melhor.
A questão do posicionamentoàdireita pode ser mais complicada do que parece à primeira vista.
Eu, que me confesso liberal hayekiano com simpatias pela ala Old Whig (e que, como tal, não tenho particular preocupação em reclamar um hipotético estatuto ideológico de direitista), não me sinto habilitado a contribuir para a discussão que entretanto se desenvolveu. Se não conseguirem chegar a uma conclusão, julgo que o melhor mesmo será perguntar ao Pedro Guedes.
"...Durante estes dias, recordo com frequência os dois conclaves que vivi em Roma, junto [de S. Josemaria], em 1958 e em 1963...[recordo] a sua emoção perante a fumata bianca, a fé com que imediatamente se ajoelhou e rezou a oração Oremus pro beatissimo Papa nostro, mesmo antes de saber...quem tinha sido eleito...
Como S. Josemaria nesses momentos, já agora amamos com toda a alma o sucessor de João Paulo II, seja quem for...rezamos...para que Deus lhe conceda graças abundantes, e para que o seu ministério seja fecundo em frutos de santidade para a Igreja e de paz para a sociedade civil...
...como sempre, encontramo-nos na hora da unidade. O Papa é sempre princípio e fundamento visível desta unidade; e, como João Paulo II o foi até à sua morte, sê-lo-á igualmente quem for eleito para lhe suceder.
Rezemos...para que todos os católicos saibam olhar os novos tempos com olhos de fé, sem prestar atenção a considerações alheias à lógica sobrenatural."
O PPM respondeu a este meu post sobre a ausência de uma referência ao Blasfémias. Face ao panorama nacional, creio que todos os blasfemos poderão ser, pelo menos genericamente, considerados de direita. Isto dito, o esclarecimento do PPM parece-me razoável e aceito a perspectiva dele. I rest my case.
Tem-se falado muito por aí do novo Papa. Todos os jornais, rádios e canais de televisão fazem as suas projecções. Eu também faço a minha: Cardeal Carlo Maria Martini. Mas já dizia ou outro. "prognósticos, prognósticos, só no fim do jogo".
Encerrado desde o dia 1 de Maio de 2004, o Planetário Calouste Gulbenkian, em Belém, está agora pronto para voltar a abrir ao público. O novo sistema de projecção astronómica [de 3,7 milhões de euros] já está operacioal mas as sessões continuam suspensas [desde o final de Março]. "Estamos à espera que seja marcada uma data para a inauguração, está dependente do Ministério da Defesa", explica Monteiro Santos, director do Planetário.
Definição de entidade pública: não se preocupa com os lucros. E muito menos com a origem do lucro, a satisfação dos clientes!
Foram seis anos de "Portugal no seu pior" quatro datas de abertura prometidas e não cumpridas, uma brutal derrapagem nos custos (de 40 para 100 milhões de euros!), intrigas, polémicas, demissões, administrações sucessivas. Numa obra privada - ou numa obra pública de um país civilizado... - tinham rolado cabeças e tinham sido penalizados responsáveis. Na Casa da Música do Porto, os danos foram suaves demissões que resultaram em novos empregos, ou regressos a antigos empregos. Ou seja, não aconteceu nada àqueles que permitiram gastar três vezes mais do que o previsto e caucionaram um atraso na obra que poderia ter sido evitado se não se lançassem promessas gratuitas para conquistar apoios e simpatias.
Já se sabia que uma obra daquela dimensão - especialmente daquela natureza inovadora e experimental - estava sujeita a um tempo de construção (e, por isso mesmo, a um preço) muito maior do que os longínquos 40 milhões de euros. Sabia-se, mas fez-se de conta que não era nada. Como se fosse natural. Como se o dinheiro fosse de ninguém.
"...Practicing Christianity in Europe today enjoys a status not dissimilar to smoking marijuana or engaging in unorthodox sexual activities--few people mind if you do so in private, but you are expected not to talk about it...Christianity is considered retrograde and atavistic in a "progressive" society devoted to the good life--long holidays, short work hours and generous government benefits.
...Without a religious dimension...a commitment to human freedom is likely to be attenuated, too weak to make sacrifices in its name...The good of human freedom, by European lights, must be weighed against the risk and cost of actually fighting for it. It is no longer transcendent, absolute. In such a world, governed by a narrow utilitarian calculus, sacrifice is rare, and churches go unvisited." [Fonte]
"Maybe people, being imperfect and human, live whatever lives they live but deep in their hearts--way down deep and much more than they know--they actually notice when somebody stands for truth...And then word came that he's dead and suddenly their hearts told their heads: Get on the train and go honor him. Because he adorned us. Because he was right. And we can't lose...this beacon in the darkness...
...choose a great man who is not necessarily a dramatic or endearing figure. The Holy Spirit will give him voice. Our time will need greatness. 'For nowadays days the world is lit by lightning.'
Para além do natural impulso (demasiado humano?) para fazer previsões, as preocupações expressas com a possibilidade de o Cardeal Ratzinger poder vir a ser Papa são bem reveladoras das pressões que hoje (em certo sentido, como sempre, mas de novas formas...) se abatem sobre a Igreja. Resta-nos aguardar...
A late upsurge in support for Cardinal Joseph Ratzinger days before next week's conclave has boosted the chances of the Vatican's doctrinal chief becoming the next Pope.
The German-born cardinal, feared by liberal Catholics as a dour enforcer of orthodoxy, won over many sceptics with the touching, human tone of his sermon at the funeral of Pope John Paul II, often described as his alter ego.
(...)
Cardinal Ratzinger, the dean of the college of cardinals, made his uncompromising views on the state of the church clear in comments made only days before the last Pope's death.
In a Good Friday homily, he wrote: "Lord, often your Church seems to be about to sink, and to be a boat full of holes... The face and clothing of your Church shock us. But it is we who are sullying it."###
Such forthright opinions have impressed the Ratzinger lobby, but his rivals will use them as more evidence of his grimly ideological stance.
The conventional wisdom that "he who enters a conclave as a Pope comes out as a cardinal" will also work against him.
But the biggest barrier to his election as Pope is still his divisive record as the arch-conservative guardian of Vatican orthodoxy.
"He has too many enemies due to his heavy-handed, centralised and arrogant approach to theology," said one Vatican insider, while admitting that otherwise he had "all the requisites for the job".
According to one Italian newspaper, "for many [in the Church] he is not welcome".
Será que se pode pedir à AACS para averiguar se a limitação de acesso à edição online do Público (não ponho link para não fazer publicidade a estes capitalistas , extremistas dos direitos de propriedade) vai contra a abertura do "caminho para uma sociedade socialista", que concerteza promoverá a colectivização dos meios de informação?
De forma a justificar o "trabalho difícil" com vista à coligação PS-PCP para a câmara de Lisboa, Coelho recorreu à calendarização "apertada" e a "questões programáticas", que não esclareceu. Insistindo que "não é fácil fazer-se este tipo de entendimentos", Jorge Coelho não escamoteou a "importância" do Bloco de Esquerda. "Consideramos muito importante que desta plataforma faça parte o Bloco de Esquerda".
Quando entrei na faculdade, os líderes das associações de estudantes eram uns tipos muito mais velhos que por lá andavam. À medida que fui avançando nos estudos aquela ideia nunca se desvaneceu. Manteve-se, de forma inconsciente, na minha cabeça. 'Eles' eram sempre muito mais velhos que eu.
Agora, 8 anos após ter concluído o meu curso, quando vejo nas televisões os líderes das associações de estudantes a reivindicarem um sistema de ensino que, acredito eu, não saberão muito bem em que consiste, continuo com aquela sensação de ver uns tipos muito mais velhos que eu. Velhos, não apenas de cara, de feições, mas também de espírito, nas frases que utilizam e no modo como discursam. Esperam apenas receber e não encaram a possibilidade de dar algo em troca, já não digo à sociedade, mas a eles próprios, os principais interessados numa formação universitária.
Quando se olha para os estudantes não se vêem uns tipos com garra, mas uma geração cansada. Já quando estudava era assim, mas sempre pensei que ia assistir a uma mudança.
Inicialmente prevista para ser inaugurada em 2001, durante a Capital da Cultura, tendo custado 6 vezes mais do que o inicialmente previsto e carregada de erros de concepção irá ser finalmente inaugurada a Casa da Música no Porto.
O modelo de financiamento ainda não está definido mas presumo que irá depender, fortemente, de dinheiros públicos.
Mais um monumento à inépcia do Estado que, ou muito me engano, terá entrado na conta de investimento do Estado.
A justiça portuguesa é lenta. Porquê? Citando um famoso gato: falam, falam, falam e não dizem nada:
Quando esta quinta-feira comparecer em tribunal, a provedora da Casa Pia entrará na nona sessão a prestar esclarecimentos. Nem os arguidos falaram tanto tempo. (...) Tudo o que Catalina sabe, ouviu da boca de alunos ou de funcionários da instituição. Estão em causa depoimentos indirectos e sobre eles a lei é clara: «Se o depoimento resultar do que se ouviu dizer a pessoas determinadas, o juiz pode chamar estas a depor. Se o não fizer, o depoimento produzido não pode servir como meio de prova» (art 129 Código do Processo Penal).
Nos EUA os depoimentos indirectos (hearsay) não são admissíveis porque a constituição americana garante ao arguido o confronto directo com os seus acusadores. Por cá, é quase o mesmo. Com fantochadas pelo meio...
A venda da Lusomundo à Controlinveste de Joaquim Oliveira foi finalmente aprovada pela AACS. Este orgão faz no entanto algumas ressalvas que para além de delirantes configuram um caso de limitação do direito de propriedade e intromissão indevida na condução de um negócio alheio.
A Controlinveste têm de "respeit[ar] a liberdade de expressão" (como?)
"(...) e o confronto das diversas correntes de opinião"
"[e a] identidade e a linha editorial dos órgãos de comunicação social em presença"
Como podemos ver a AACS reserva-se o direito de limitar estratégica e operacionalmente a condução de cada um dos orgãos de informação da Lusomundo. Acham mal? Calma, o pior está ainda para vir.
A AACS recomenda ainda que a venda do jornal "O Jogo" pois "este reduz o campo de acção das empresas proprietárias dos títulos concorrentes A Bola e o Record" (repare-se que o mesmo pode ser dito de qualquer um deles em referências aos outros...) e que poderão surgir "condições objectivamente condicionantes do direito de informar sobre o fenómeno desportivo, designadamente através de limites ao livre acesso às fontes". A Controlinveste é pois acusada ex-ante de um procedimento ilícito que pode nunca vir a ocorrer. Resta ainda saber quais serão os factores "objectivamente condicionantes do direito de informar". A AACS infelizmente não explica.
A Câmara Municipal de Sines, gerida pela maioria absoluta da CDU obtida nas autárquicas de 2001, decidiu vender em hasta pública cinco escolas rurais desactivadas. A edilidade sugere até possíveis usos que os compradores lhes poderão dar:
os cinco edifícios e respectivos logradouros poderão ser utilizados pelos novos proprietários como habitação, estabelecimento de restauração ou de comércio.
Aqui está um excelente exemplo de gestão patrimonial. O estado possui activos imobiliários, que muitas vezes se encontram em estado de degradação, e que seriam mais rentáveis nas mãos dos privados.
Um bom exemplo dos ganhos extraordinários para a comunidade gerados por estas decisões fica perto da Comporta. Recomendo-vos (e muito) o restaurante "A Escola".
crimethink - To even consider any thought not in line with the principles of Ingsoc. Doubting any of the principles of Ingsoc. All crimes begin with a thought. So, if you control thought, you can control crime. "Thoughtcrime is death. Thoughtcrime does not entail death, Thoughtcrime is death.... The essential crime that contains all others in itself."
Não ponho em causa a boa fé do PPM e desejo as maiores felicidades ao Acidental, tanto na sua versão blogosférica como em papel, mas creio que teria ficado bem incluir uma referência ao Blasfémias neste post. Blasfémias que, para além de ser hoje muito provavelmente o segundo blog político nacional mais visitado (logo a seguir ao Abrupto), nasceu se não estou erro até antes do Acidental e é uma referência incontornável na blogosfera nacional em geral e no espaço da direita (apesar dos ocasionais desvios jacobinos do meu amigo CAA) em particular.
Os alunos exigem também (...) o fim dos exames nacionais do 9º ano, que "privam milhares de alunos de prosseguirem os seus estudos".
Alguém explique a estes manifestantes o objectivo dos exames nacionais: mostrar a quem reprova que eles não têm as necessárias habilitações para prosseguir uma carreira académica e que podem, ainda, optar por outra via profissional. Antes que seja tarde demais!
Na versão sadina das manifs estudantis um aluno exprimia a sua indignação "com o facto da Lei da Educação Sexual e Planeamento Familiar ainda não ter avançado". Dizia ele que "[a] falta de informação [é a causa do] aumento das doenças sexualmente transmissíveis e das gravidezes precoces".
Estes jovens parecem saber tanto de uma coisas e tão pouco de outras...
Há duas horas e meia atrás ocorreu uma derrocada dum edifício em Lisboa. Espera-se, a qualquer momento, a atribuição da culpa ao mau estado de conservação em que o senhorio o deixou quando não reinvestiu neste as "rendas" recebidas...
Quem não tiver tempo para ler as quase 500 páginas da Constituição Europeia pode agora, pelo menos, fazer pesquisas nas versões em inglês e francês, cortesia do Technologies du Langage (sugestão do Ponto media).
O deputados europeus rejeitaram ontem a centralização do Parlamento Europeu em Bruxelas (1). Alegaram que dado o sentido de voto demonstrado pelas últimas sondagens em França este não será o momento oportuno para avançar com a proposta. Esta alteração permitiria poupar cerca de 19 milhões de Euros/ano.
Na mesma sessão os distintos parlamantares recusaram ainda o fim do seu escândaloso sistema despesas de representação.
(1) A centralização implicaria o abandono das instalações em Estrasburgo (França).
Já aqui exprimi por duasvezes o que penso sobre os governos civis (GC). Nos Jaquinzinhos podemos ler da maneira como foi exercida uma das suas competências: a atribuição de subsídios às colectividades do distrito (no Porto, neste caso).
Aproveito para lembrar uma das formas como os GC distribuem benesses. Sempre que uma empresa promove um concurso publicitário (conhecidos também por "sweepstakes") tem de o registar no GC. Em qual? Normalmente será no da residência da empresa, mas pode ser noutro qualquer. As regras a aplicar serão mesmo distintas de uns GC para outros. Após o sorteio, há prémios que acabam por não serem reclamados. O GC indica então uma lista de instituições, discriminando o valor que a empresa promotora do concurso lhes deve enviar, no total desses prémios.
Fica uma ideia para estas instituições: façam lobby junto dos vossos GC para aceitarem o maior número de concursos possíveis. O ganho será vosso. O custo será das empresas.
De salientar também que Rui Tavares, no meio de vários juízos de intenções e insultos aos conservadores britânicos, demonstra ter pelo menos percebido que os Liberal Democrats estão actualmente à esquerda dos trabalhistas. Já não é mau e é mais do que se pode dizer de muito boa gente que anda por aqui.
O rendimento social de inserção (RSI), transformação do rendimento mínimo garantido de Guterres, parece destinado a ajudar os portugueses em situação de pobreza (e fome). Quem são os seus beneficiários? Via Portugal Diário:
Os candidatos RSI são maioritariamente mulheres, com idades entre os 18 e os 30 anos e com habilitações não superiores ao 1º ciclo do ensino básico, um perfil semelhante ao dos utentes do RMG. Os beneficiários do RMG são na sua maioria do sexo feminino, têm entre os 31 e os 45 anos e 55 por cento apenas possuem habilitações não superiores ao 1º ciclo do ensino básico.
Estamos a falar de pessoas jovens, sem formação. Numa altura em que o choque tecnológico está na frente das políticas de expansão da economia e criação de emprego prometidas por Sócrates, verifica-se que os mais carenciados poderão não ter capacidades para poderem participar deste bravo novo mundo.
Outra das questões tem a ver com vontade de melhorar a própria situação; de ambicionar melhores condições de vida. O mercado de trabalho para tarefas sem necessidade de recorrer a grandes conhecimentos académicos tem sido suprido por imigrantes. Nada de mal nisso. Apenas se revela que existe escassez de oferta de trabalho: não há nacionais quem estejam disponíveis a executar essas tarefas aos preços negociados com a procura (os empregadores). Muitos optam por permanecer fora do mercado de trabalho. A vontade de aceitar trabalhos menos bem remunerados, é esmorecida pela possibilidade de receber o RSI.
Portugal pode estar a criar um grupo enorme de dependentes, que por não terem a formação profissional e a vontade necessária, não estão a aprender a pescar e cuja sobrevivência depende do que é retirado ao cada vez mais repartido e reduzido pescado dos contribuintes.
Hoje, no Jornal da Tarde da SIC, notícia sobre a manifestação de estudantes do ensino Básico e Secundário:
Os alunos exigem também "a não aplicação da Nova Lei de Bases da Educação", que consideram ir "no sentido da progressiva privatização do ensino" (...)
Destas palavras comprova-se que é fácil implementar a doutrina socialista junto da juventude portuguesa. Tal ideologia domina, afinal, toda a sociedade - especialmente professores, políticos e comunicação social.
Mas é neles que, penso eu, reside a esperança de uma nação mais livre. A natural curiosidade e facilidade de uso das novas tecnologias (internet) potenciam o acesso dos jovens a fontes de informação dissonantes da "mensagem aprovada". Trata-se, depois, de confiar na capacidade de raciocínio lógico destes!
Assim, na eventualidade de algum por aqui passar, apresento a seguir alguns dados: Orçamento do Ministério da Educação (2004 - pdf): 5.499.013.759 euros Total de alunos do ensino não-superior (2003/2004 - pdf): 1.656.070 alunos Despesa pública, média, por aluno (2004): 3.320,52 euros
É vulgar vermos manifestações de pais e alunos sobre a qualidade de ensino nas escolas públicas (maus professores, inadequadas infraestruturas, etc). Num sistema público de ensino fechar as portas a cadeado é o único protesto disponível - e com reduzidos resultados. Numa economia de mercado quem não está satisfeito deixa de pagar a propina e leva os seus 3.320,52 euros para outra escola.
A privatização do ensino significa maior liberdade de escolha.
EU trade commissioner Peter Mandelson said Tuesday that he hoped China would curb cheap textile exports to the European Union in order to preserve its long-term business interests in the region.
"I passed the message along to the Chinese authorities. I asked them to place their own restrictions on their exports," Mandelson told the French newspaper Le Monde. "China has great responsibility for this matter. It has long-term interests that should prevail over short-term advantages. I think the message got through."
As associações de alunos do ensino básico (?!!) e secundário manifestaram-se contra a "privatização do sector". Uma aluna alega que "fazer a escola funcionar como uma empresa não será o melhor nem para os estudantes nem para a formação, porque quem dirige uma escola deve perceber o que é o sistema educativo, o que significa educar uma pessoa e de como funciona uma aula".
Confesso não perceber em que é a privatização do ensino pode atentar contra aqueles desideratos mas pelo vistos aquela aluna sabe. Congratulo-me ainda por o nosso sistema de ensino conseguir , ao nível do ensino básico e secundário, transmitir aos alunos "o que é o sistema educativo, o que significa educar uma pessoa e de como funciona uma aula".
A economia paralela e outras formas de encarar a realidade
O meu carro sempre foi um Mini que a minha mãe me emprestou quando tive de fazer algumas deslocações em trabalho, a vários sítios entre eles, imagine-se, o Porto. É um Mini dos modelos mais antigos, mas já de 1991. Não é um Mini qualquer. Não. É um Cooper vermelho com tejadilho branco, tem 75 cavalos e 1300cc. Possui, como facilmente se depreende, aquilo a que se chama potência. Apenas em teoria, claro. Na verdade, a tecnologia do Mini não evoluiu muito desde 1970 e a do meu carro é dessa época. Ora, este pequeno pormenor tira força ao motor, a tremedeira impede-o de andar a mais de 100 e (agora é que são elas) por vezes não pega. Ou é a bateria, ou são as velas. A chuva, por vezes, também ajuda a que fique em casa. Os buracos de Lisboa não facilitam e o pára-choques por vezes cai e fica a bater no chão até conseguir estacionar. Coisas curiosas que sucedem a quem utiliza um carro, eu digo antigo, os amigos invejosos apelidam-no de velho. Tudo isto para concluir que, à custa deste meu carro conheci um senhor muito interessante que reboca carros em Lisboa. Foram tantas as vezes que, nas últimas, já lhe dei as chaves e ele soube sempre onde se dirigir. Da primeira vez sucedeu uma coisa engraçada quando ia pagar e que explica a razão deste ‘post’. Quando lhe perguntei quanto era, a resposta foi um depende. Se quisesse factura eram 5 contos, caso contrário teria de lhe acrescentar o IVA. Ficámo-nos pela conta redonda. Esta é uma história com um fim que todos conhecem. Quem nunca ouviu o mesmo aquando do orçamento das obras lá em casa? São inúmeros os exemplos conhecidos. Há quem lhe chame economia paralela, outros definem-na como a única forma de sobrevivência num meio onde, caso todos os impostos fossem pagos, a continuação do negócio seria impossível. São perspectivas. Mas também há quem ande de Mini e outros que tais de Audi...
P.S.: Desde que me casei o Mini ficou, por razões, no dizer do Eng. Guterres, óbvias, como segundo carro.
N'A Capital, Mário Soares analisa as consequências de uma eventual vitória do "Não" no refrendo europeu.
Um não à Constituição, como parece querer, segundo sondagens recentes, a maioria dos franceses, faria correr à União um tremendo risco de desintegração. Não seria apenas uma paragem. Seria um imenso recuo, que só podem desejar aqueles que sempre sonharam com uma Europa que fosse um mero espaço de livre câmbio, um mercado único alargado e competitivo, mas nada mais do que isso. Seria o fim da Europa política, social e com uma entranhada cultura ecológica. Pior do que isso: seria o fim da União como «potência mundial» capaz de equilibrar as relações euro-americanas e de resistir às pretensões do hegemonismo imperial, que vê a ONU como um empecilho. Os "falcões" que aconselham Bush, seguramente, agradeciam!
Não me espanta que com o aproximar da data do referendo francês (e ainda faltam cerca de 6 semanas) e com os resultados das sondagens que semanalmente vão sendo reveladas o pânico entre os federalistas e euro-entusiastas seja cada vez maior. É igualmente natural que estes anunciem cenários catastróficos como resultado inevitável do "Não" francês. A realidade é contudo (nuns casos felizmente noutras infelizmente) bem diferente e convém não deixar que as paixões nos tolham o raciocínio.
Para Soares a rejeição parece implicar o fim da UE. Parece querer dizer que a rejeição de um novo tratado significará a rejeição os anteriores. Esta é uma versão alternativa da velha "teoria da bicicleta" segundo a qual o "projecto europeu" tem de estar sempre em evolução sob pena de uma queda aparatosa. Parecem, à partida, rejeitar qualquer tipo de estacionaridade.
Em segundo lugar, e neste caso infelizmente, a rejeição não implicará o fim dos sonhos de união política nem das políticas de harmonização comandadas a partir de Bruxelas. Será, quando muito, um compasso de espera nos projectos de união política. O mais provável é que a Constituição reapareça, passado o periodo de nojo, talvez numa versão mais soft.
É curioso que Soares não refira que a rejeição dos franceses se baseia na defesa do "Modelo Social Europeu" cuja continuidade diz depender do projecto constituicional e que a constestação seja liderada pelos seus "compangnons de route". Registe-se ainda que Soares faz depender da Constituição a criação de uma "cidadania europeia" (como se esta pudesse ser criada por decreto) que os euro-entusiastas dizem já ser uma realidade.
Por último Soares parece (ainda) acreditar na UE como sendo capaz de constituir uma potência alternativa aos EUA. A maior parte dos líderes europeus parecem ter já abandonado esta quimera e reafirmado a sua aliança com Washington. Soares continua no mundo da fantasia. Já agora e centrando-nos apenas na ONU e na questão política, é significativo que no Conselho de Segurança, onde seria mais fácil provar que existe uma política externa comum europeia se tenha verificado uma completa dissonância entre o RU e a França e nenhum dos dois pareça querer abdicar do seu lugar em favor da UE.
Analise bastante completa sobre as mudanças climaticas, o Protocolo de Kyoto, alternativas, etc. aqui.
Teaser: When science is not certain, sensible people and responsible politicians act prudently, not rashly. By all means be cautious. Use energy more efficiently, take prudent steps to reduce GHG emissions. But avoid actions that harm economic growth, like raising power prices, until we are certain about the phenomenon and what is causing it. What if we are wrong about global warming?
Ao assunto da responsabilidade social das empresas (hoje referido por Jorge Sampaio), a Economist dedicou a edição de 22 de Janeiro. Nela podemos encontrar o gráfico abaixo, o qual será melhor compreendido se acompanhado das palavras de Adam Smith.
Every individual necessarily labours to render the annual revenue of the society as great as he can. He generally, indeed, neither intends to promote the public interest, nor knows how much he is promoting it. By preferring the support of domestic to that of foreign industry, he intends only his own security; and by directing that industry in such a manner as its produce may be of the greatest value, he intends only his own gain, and he is in this, as in many other cases, led by an invisible hand to promote an end which was no part of his intention. Nor is it always the worse for the society that it was no part of it. By pursuing his own interest he frequently promotes that of the society more effectually than when he really intends to promote it. I have never known much good done by those who affected to trade for the public good.
Continuam os problemas de imigração na Alemanha. Depois dos trabalhadores agrícolas, são os talhantes polacos, que se oferecem para trabalhar por um salário menor que o dos alemães. O Governo clama que se trata de uma forma de dumping salarial que empurra para o desemprego os trabalhadores alemães.
Então as empresas alemãs não têm consciência da sua responsabilidade social? Como é possível que escolham polacos qualificados, que oferecem o seus serviços a baixo custo? Decididamente, Jorge Sampaio deverá seguir para a Alemanha para explicar aos empresários locais como gerir as suas empresas.
Jorge Sampaio revela o segredo do crescimento económico.
De acordo com Jorge Sampaio, a competitividade empresarial passa por um maior esforço financeiro das empresas e do estado nos direitos socais dos trabalhadores. A responsabilidade social constitui um pilar fundamental nessa mudança.
Só assim, diz Sampaio, é possível exigir profissionalismo aos trabalhadores, no processo produtivo, e consolidar um verdadeiro crescimento económico.
Eu sempre disse que este homem era demasiado bom para PR. Não se admirem se ele for para o estrangeiro...
"I'd like to add this bit of reality about adult conversions to the US Church:
in 1960, the pre-Vatican II height: 145,000 adults entered
in 1975, the nadir: 75,000 adults centered
Under JPII, the trend has completely reversed itself. Since 1994:
23,000 more adults have entered the Church every year than did in 1960:
An average 163,000 adults every year between 1994 and 2003. That's 1.635 million adult converts in only ten years.
If adult converts to Catholicism from those 10 years alone were a denomination, we would be the 16th largest in America, right behind the Episcopalians and ahead of the Churches of Christ and the Greek Orthodox.
And I will make this prediction. This week of incredibly powerful coverage of the Pope's life, faith, impact and the endless interviews with believing Catholics is going to be the catalyst of the spiritual awakening of millions around the world. I'm betting on a significant jump in adult converts on Easter, 2006 and an increase in priestly and religious vocations in the next two years.
God bless you, John Paul the Great. We owe you so much!
Apenas uma breve nota para assinalar a estreia de Luciano Amaral n'A Mão Invisível, onde doravante colocará os textos que publica na revista Atlântico. Com um bónus: tratam-se das versões não editadas.
Hoje ninguém pode negar a enorme transformação do Vaticano II, semelhante à de Trento. Mas, por muito que se mude, ainda há quem queira mais. A História repete-se os críticos do Papa pretendem alterações que transformariam a Igreja Católica numa seita protestante. Isto não é insulto, mas mera constatação. Com todo o respeito, nota-se que os propósitos dos opositores (descentralização papal e fim da cúria, casamento de padres e ordenação de mulheres, liberdade para aborto, homossexualidade, divórcio, preservativo, etc.) são aspectos que distinguem as comunidades protestantes e, com os avanços do diálogo ecuménico, quase os únicos que as distinguem.###
Os críticos chamam aos fiéis "tradicionalistas" e "conservadores". Bem podiam chamar-lhes "católicos" e a si próprios "protestantes".
As tarefas do novo Papa são gigantescas. A descristianização e decadência europeias, a crise de vocações no Ocidente, o desafio gnóstico e esotérico, a evangelização das potências nascentes China, Índia, Islão, os dramas sociais nas católicas América Latina e África, a luta pela vida e família, etc. São problemas que se podem dizer impossíveis de resolver. Como sempre, a Igreja não tem capacidade humana de subsistir. Só a presença do Espírito Santo dá vida ao corpo místico de Jesus Cristo, que conta agora com a poderosa intercessão de São João Paulo Magno.
Uma vez que me vejo impossibilitado, por razões de trabalho, de preparar uma resposta à altura deste post do João, limitar-me-ei a algumas breves observações, deixando a discussão de fundo para oportunidade mais conveniente.
1. Creio que o declínio da Igreja no Ocidente (e não apenas em alguns países europeus 'pós-cristãos') é uma realidade difícil de negar e que merece análise. É para mim uma matéria complexa e passível de ser explicada por uma pluralidade de factores, mas não deve ser ignorada.
2. Ainda que não devamos observar a Igreja como uma realidade meramente humana, não nos devemos nunca esquecer que ela é uma organização feita por homens, logo, pecadores.
3. Em nenhum momento procedi a comparações inter-pessoais de catolicismo com o Papa ou com a Igreja nos meus posts anteriores.
Spanish men will have to learn to change nappies and don washing-up gloves under the terms of a new law designed to strike a blow at centuries of Latin machismo.
The law, due to be passed this month, is likely to provoke a revolution in family affairs in a country where 40% of men reportedly do no housework at all. It will oblige men to "share domestic responsibilities and the care and attention" of children and elderly family members, according to the draft approved by the Spanish parliament's justice commission.
Na Noruega, para se atingir o topo da carreira empresarial não é necessário uma pessoa ter mérito. Basta ser mulher:
NORWAY will shut companies that refuse to recruit at least 40 per cent women to their boards by 2007 under an unprecedented equality drive, a cabinet minister said.
À atenção do meu amigo FCG para os próximos artigos com críticas (mas só aparentemente, claro...) à actual administração norte-americana que eu aqui mencione. Ainda que pareça o contrário, limito-me a seguir ordens de Washington. A bem do Império.
Quem compra casa julga - erradamente - que adquiriu o título de propriedade da sua habitação. Adquiriu, sim, mais uma forma de servidão. É que, para ter direito ao abrigo, há que pagar tributo aos "senhores feudais": as câmaras municipais.
Além do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), existem inúmeros regulamentos municipais que limitam o direito de propriedade dos cidadãos. Um exemplo é a pintura das fachadas das casas/prédios. Muitas câmaras requerem, para se alterar as côres originais, autorização prévia (não sei se assim é em todos os municípios).
Mas hoje vi, no Jornal da Tarde da SIC, a próxima etapa no caminho para a servidão: a Câmara Municipal de Óbidos vai multar os proprietários das casas situadas na vila histórica que, até 30 de Setembro, não estejam caiadas (não é permitido usar tinta, apenas cal). Os valores das coimas variam entre 99,75 e 2.493,98 euros.
Recentemente, mais propriamente em 4 de Abril, foi lançado com grande projecção mediática um novo partido na Suécia, Feministiskt initiativ. É um partido feminista como o seu nome indica.
Mas passados alguns dias, uma das suas fundadoras, Susanne Linde, está envolvido num problema com segurança social. O caso explica-se em poucas palavras. Susanne Linde ganhava menos de 200000 coroas suecas (aprox. 21810 euros) em 1998. Em 2000, entrou de baixa por doença (esgotamento) e durante algum do tempo que esteve de baixa, ganhou por ano cerca de 300000 coroas suecas (32714 euros), pelo menos até 2003.
Quando interrogada sobre esta aparente contradição, a resposta da senhora foi no mínimo espantosa:
The paper asked Linde what was going on.
"I don't understand," she said. "It feels as though I have less money now. But it's nice!"
But Expressen wasn't about to let the matter drop that easily, and asked the hardcore feminist if she really didn't notice a 100,000 kronor increase in income.
"No, my husband deals with the tax declaration," she replied.
Provavelmente, a senhora só sabe gastar o dinheiro. De onde vem não lhe interessa muito. Além de repetir o estereótipo do homem tratar das finanças da casa. Não está mal para feminista.
The European Commission wants to increase harmonisation of alcohol excise duties in the EU, in an attempt to tackle fraud and smuggling inside the single market. It also believes the big variations in excise duties distort the market, although differentials in value added tax are often a more significant factor. Finance ministers, meeting at Tuesday's Ecofin council in Luxembourg, are expected to instruct the Commission to update the 1992 deal which brought modest harmonisation of EU excise rates on alcohol. That set minimum rates for beer, fortified wine and spirits, but left wine and sparkling wine untouched. Sweden has led demands for the minimum rates of excise duty to be increased in line with inflation they have been unchanged since 1993 in effect increasing them by over 20 per cent.
Porque é que sempre que falam em harmonização fiscal, o resultado é a subida de impostos? Neste caso específico, a elasticidade do consumo de vinho, nem aconselha o uso deste tipo de imposto. Bem, se calhar estou a pensar só na do meu consumo... Em todo o caso, mais um exemplo de que os prazeres humanos são uma fonte de receita inesgotável para os estados.
O Bruno teme a chantagem política aquando do referendo à Constituição europeia. Em vez de me preocupar com tais considerações eu pergunto: Bruno, se o "Não" vencer em França haverá referendo em Portugal?
O MacGuffin transcreve o artigo de Helena Matos no Público de hoje.
Partido Ecologista "Os Verdes" é, em Portugal, uma criação administrativa do PCP, como, aliás, o foram e são tantos outros movimentos e organizações. Simplesmente estes últimos desaparecem discretamente do nosso olhar, quando deixam de ser úteis, coisa que não é possível de fazer com um partido com assento parlamentar e que, ao contrário do MDP-CDE, nem sequer tem históricos para lhe fecharem a porta.
Um dos dados mais interessantes acerca dos "Verdes" é a sua expressão eleitoral. Quantas pessoas votam neles? Ninguém sabe. Não sendo um homem propriamente conhecido pelo seu sentido de humor, Durão Barroso acertou no alvo quando, em Junho de 2003, no meio dum debate parlamentar, lembrou a Heloísa Apolónia, que acabara de o interpelar sobre as questões da representatividade: "A verdade é que o seu partido nunca foi a votos directamente, sr.ª deputada. O seu partido está aqui representado numa coligação." E, pode acrescentar-se com toda a tranquilidade, não só não existe fora dessa coligação, como não existe também fora da Assembleia da República. Por exemplo, quando aconteceu um congresso dos "Verdes"? Quem são os dirigentes desse partido de que só se conhecem os dois deputados a que têm direito na Assembleia da República? Quando fizeram um comício?...
Agora que o José Sócrates se encontra em Espanha, na sua primeira visita ao estrangeiro como chefe de governo, é a altura ideal para lembrar as vantagens, há tempos mencionadas, tanto pelo Prof. Adriano Moreira, como pelo Dr. Mário Soares, de integração de Cabo Verde na União Europeia. No meu ponto de vista, o alargamento das instituições europeias a Oeste deveria começar a ser analisado numa perspectiva de segurança, podendo a integração daquele país ser encarada tanto no âmbito da UE, como apenas e tão só da NATO.
Existem muitos equilíbrios que podem vir mudar nos próximos tempos dentro destas duas instituições. Enquanto na UE se discute a possível integração da Turquia, na NATO existem boas probabilidade de Marrocos e até a Austrália e a Nova Zelândia a ela aderirem. Se todas estas alterações são possíveis, por que motivo o mesmo não poderá suceder com Cabo Verde?
As vantagens estão, julgo eu, à vista e começam logo por Cabo Verde que passaria a ter acesso (tanto através da UE, como através da NATO) às grandes reuniões internacionais. Além do mais, e numa perspectiva exclusivamente nossa, o alargamento da área marítima europeia criaria possibilidades de um maior e melhor controlo do tráfego marítimo, essencialmente quando este se cinge ao tráfico de armas e de estupefacientes. Mas há mais. Seria uma boa porta de entrada no continente africano dando a Portugal uma posição privilegiada em toda a região e um novo fôlego dentro do equilíbrio europeu. Naturalmente que daqui surgiriam novos problemas. A entrada da Cabo Verde, não será de bom grado aceite pela França (que tem na África equatorial muita influência), mas seria também uma oportunidade de alterar esse estado de coisas. Os EUA teriam vantagens, mas simultânea e inevitavelmente alguns receios, na medida em que um novo centro de poder surgiria na região.
É um assunto importante a ser discutido e, se com o interesse de Cabo Verde, apresentado ou à UE ou à NATO. O que não podemos é queixar-nos sempre que as potências europeias invadem as nossas zonas de influência e depois nada fazer por se entender não ser exequível. Se cada estado europeu luta, sem complexos, pelos seus interesses nacionais, dentro e no quadro das organizações a que pertencem, porque não pode Portugal fazer o mesmo?
Os custos laborais em Portugal são os mais baixos na União Europeia dos Quinze, antes do alargamento a 25. A conclusão do estudo da consultora Mercer HR Consulting não é nova, mas relança novamente a questão sobre a sustentabilidade do modelo económico português, ainda muito baseado em baixos salários e mão-de-obra barata. (...) "Está provado que essa associação entre baixos salários e competitividade está errada, porque por essa lógica deveríamos ser o País mais competitivo da Europa, antes do alargamento", nota o responsável da UGT. "O que se tem verificado noutros países é que o aumento dos salários reais e a modernização do tecido empresarial têm feito subir o consumo interno e a produtividade", acrescenta ainda João Proença.
O citado sindicalista está a colocar o carro à frente dos bois!!!
Aumentos arbitrários dos salários como, por exemplo, subida do salário mínimo nacional ou redução do horário semanal, fazem subir a produtividade porque os trabalhadores menos qualificados - menos produtivos - vão para a fila do desemprego. E estes não contam para as estatísticas da produtividade...
Jorge Sampaio, Presidente da República Portuguesa, tenta influenciar o voto dos franceses:
O "non" das sondagens gaulesas, que está a assustar a Europa, vai marcar as intervenções da visita de Estado de Jorge Sampaio a França, que não hesitou em sublinhar, mesmo no banquete ontem oferecido por Jacques Chirac no Eliseu, que, "no processo de ratificação da Constituição, joga-se o nosso futuro colectivo". Repetindo no discurso o sentido do título da entrevista ao Le Fígaro ("Sampaio La France doit rester l'un des pilotes de l'UE") - que teria chamada na capa do jornal -, o Presidente afirmou que, no projecto de construção europeia, "a França tem - e terá sempre - um papel insubstituível a desempenhar".
E, no entanto, esta atitude intervencionista é - e será cada vez mais - a norma da União Europeia.
O Acidental comemora um ano de existência. Parabéns ao Paulo e à extensa equipa de colaboradores (deves gastar uma fortuna em avenças —ou vocês também são pagos pela CIA?).
A ética e a imparcialidade dos jornalistas, bem como a elevada dignidade da função, andam frequentemente,por exemplo, na boca de responsáveis do Sindicato do Jornalistas, em programas do Clube de Jornalistas, entre outros. Mas, depois, a prática, em numerosos exemplos, desmente este altos propósitos.
O caso de hoje vem no artigo (não assinado) Polémica nomeação para embaixador na ONU, no Jornal de Notícias. Depois de caracterizarem o nomeado como um falcão neoconservador bem como da oposição que a sua nomeação gerou na Europa e entre ex-embaixadores norte-americanos, vem este parágrafo espantoso:
Nem tudo, porém, está perdido. A nomeação de Bolton tem ainda de ser corroborada pelo Comité dos Negócios Estrangeiros e os senadores democratas que fazem parte daquele órgão afirmaram que irão fazer tudo para bloquear o processo.
A primeira fase do parágrafo é notável: nem tudo está perdido para quem? Para os democratas? Para aqueles que se opõem aos neoconservadores? Parece que o jornalista partilha das preocupações daqueles que se opõem a nomeação de Bolton.
A notícia é obviamente construída sobre despacho das agências noticiosas. Esta notável frase será obra de quem escreveu a versão no JN? Ou já vinha assim? Em todo o caso, esta deve ser a informação a que temos direito.
Post scriptum: a propósito de imparcialidade, ver também este artigo sobre a BBC.
A Independent Review publica, no seu mais recente número, uma recensão do livro "Principles of Politics Applicable to All Governments" de Benjamim Constant.
Constant was an unusual thinker for a Frenchman because he escaped the statism that pervades French economic and political thought and its utopianism that rapidly becomes totalitarianism. There is nothing here of the vacuousness and potential for violence of a Rousseau or a Sartre. Constant understood and appreciated the Anglo-Saxon view that liberty is not personal liberation from social obligations, that liberty is possible and liberation is not, and that liberation is the enemy of liberty because those who seek to be liberated, in their anger at failing to achieve the unattainable, turn against liberty and seek to destroy it. They blame the world’s faults on those perverse people who use their liberty to make choices incompatible with their true and complete liberation from existing social constraints. Such people, it follows, must be deprived of their liberty.
(...)
Throughout Constant’s work we find admonitions concerning politicians and officials that state elegantly and clearly principles that apply to all governments. Even though these principles often seem to be self-evident, they are never acted on. We need Constant to remind us of them, as when he writes:
"The proliferation of the laws flatters the lawmaker in relation to two natural human inclinations: the need for him to act and the pleasure he gets from believing himself necessary. Anytime you give a man a special job to do he does more rather than less.... Those in government always want to be governing and when because of the division of powers, a group of them are told to make laws they cannot imagine they could possibly make too many. ... Lawmakers parcel out human existence by right of conquest, like Alexander’s generals sharing the world. "(p. 63)
Here we have not merely an anticipation of our modern notions of rent seeking, but an observation of the psychology and behavior of those whose professional life consists of regulating. Only the rare and memorable individual can step outside this life—it virtually sums up, for example, the management of the European Union. The wretches who command that monstrosity would also benefit from Constant’s observations (much influenced by Montesquieu) “on ideas of uniformity”:
"It is clear that different portions of the same people, placed in circumstances, brought up in customs, living in places, which are all dissimilar cannot be led to absolutely the same manners, usages, practices and laws without a coercion which would cost them more than it is worth. The small advantage of offering a smooth surface over which the lofty eye of government can freely stray, without encountering any inequality which offends it or obstructs its view, is only a puny compensation for the sacrifice of a host of sentiments, memories, local tastes, out of which individual happiness, that is to say, the only real happiness is composed." (p. 323)
A opinião de Lord William Rees-Mogg, no Times de hoje:
The next pope will be a socialist; no doubt a democratic socialist, but a socialist all the same. Almost every cardinal and bishop in the Roman Catholic Church, and probably every bishop in the Anglican Church, is a socialist. They are socialists in the same sense as Tony Blair, or Gerhard Schröder, or Jacques Chirac, or Bill Clinton. They are all socialists because they have never studied the liberal argument. That is a pity; liberalism may not be enough, but it is the basis of our culture.(...) My first thought, therefore, was that I might send a copy of The Wealth of Nations as an inaugural present to the next pope, whoever he might be. (...)Adam Smith’s view was that every man should be free to pursue his own interest in his own way, without encouragements or restraints, “upon the liberal plan of equality, liberty and justice”.(...) How did this principle of selection by free competition [Darwin's] change our economic world? One substantial reason is to be found in a pair of postwar papers, which neither the next pope nor the Prince is likely to have read, by the Austrian philosopher Frederick Hayek; they are The Use of Knowledge in Society (1945) and Competition as a Discovery Procedure (1968).(...) They are remarkably prescient. Hayek’s argument is that information is diffused, and can be used efficiently only if economic systems respond to the knowledge available to individual bodies. Hayek’s view was validated by the subsequent victory of the personal against the giant computer and by the free interactions of the internet. These are liberating discoveries.(...) Free economic competition is not a zero-sum game. Free competition creates complex mutual benefits, by what Adam Smith called “the hidden hand”. Liberalism has changed the world because it works and socialism does not. The history of liberal theory explains why that is so.
The report demolishes the argument that poor countries need to protect infant industries, and shows that while such protection might sound good in principle, such policies never work in practice. It points out the failure of such policies in India, and how infant industry protection was merely a way for the rich to profit at the expense of ordinary Indians.
The Trade Justice Movement's support for managed trade, with price supports and quotas, is shown to cause poverty by reducing the world economy's ability to create wealth. The Movement's ideas for controlling world trade are impractical and would lead to the Sovietization of the world economy.
(...)
The report is also critical of the anti-China stance of supporters of 'trade justice' - especially Christian Aid. It argues that the poor in China deserve just as much as everyone else the chance to compete in the textiles industry. The short-term grief now faced by countries like Cambodia is caused by past attempts at 'trade justice'. But had free trade been allowed in the first place, the transitional pain would not have occurred.
[Numa conversa telefónica] Almeida Lopes [juiz conselheiro] pede à autarca [Fátima Felgueiras] para ser "imediatamente" avisado se o então secretário de Estado da Administração Local do Governo socialista, José Augusto Carvalho, iria enviar uma auditoria da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) para o MP. "Porque eu vou procurar dar um golpe de rins a ver se ainda consigo evitar", disse, para mais à frente na conversa reforçar "Como fiz da outra vez há dez anos, percebes?", isto numa alusão a um alegado processo de perda de mandato que já teria corrido naquela instância judicial.
Ainda dizem que as diferentes entidades públicas não comunicam entre si...
A leitura do artigo de Cravinho faz-me suspeitar que este se converteu ao liberalismo. Senão vejamos. Ao afirmar que:
[O]s brutais choques externos que ameaçam fazer implodir o passado que foi sobrevivendo na sociedade portuguesa, cega aos riscos da nova concorrência global. (...) É neste contexto que a direita liberal vê a sua janela de oportunidade. Pensando que em breve se tornará evidente que só ela tem as respostas certas para dar futuro aos portugueses no mundo globalizado. Mas o que é evidente para intelectuais e quadros cosmopolitas bem instalados na vida nem sempre é sufragado eleitoralmente pelos familiarizados e desesperados com os problemas da sobrevivência quotidiana. O que inviabiliza praticamente o combate a peito descoberto.
...podem-se tirar as seguintes ilações:
1. O actual modelo económico português está condenado ao fracasso pois é incapaz de sobreviver à concorrência externa;
2. O estatismo/dirigismo perfilhado pela esquerda (e por parte da direita - convém não esquecer) é o grande culpado;
3. Só nos resta liberalizar a economia;
4. Infelizmente a liberalização irá exigir sacrifícios a curto/médio prazo logo é possível que não atraia a maior parte dos eleitores;
Money is only paper that people believe is worth something
No filme, André trabalha numa loja de fotocópias e, para melhorar a sua qualidade de vida, começa a "multiplicar" notas de 50 reais. De ínicio tudo corre bem e ele consegue o ambicionado "desenvolvimento económico". Só mais tarde surgem problemas...
Excelente analogia para o que acontece quando o André responde pelo nome de "Banco Central" (claro que a este não lhe chamam falsificador). Do Brasil, uma história austríaca!!!
Já mencionei aqui a necessidade de a direita fazer política, de largar os argumentos meramente económicos e entrar no diálogo das ideias e da fundamentação política das suas posições. Este ‘post’ do José Mário Silva é paradigmático e serve de ponto de partida. Muito simplesmente o José Mário desgosta-se com o facto de a RTP (estação pública) ter dado tanta ênfase à morte do Papa. Diz o José Mário que a RTP é de todos, o Estado é laico e, naturalmente, deveria tratar aquele assunto da mesma forma que qualquer outro. Presumo que o José Mário pretendesse que a RTP tivesse tratado o evento da mesma forma que uma estação de televisão cobre a morte de um qualquer chefe de Estado estrangeiro.
Ora, é precisamente aqui que está, a meu ver, o ponto. Eu não sou a favor da existência de um canal público de televisão. O José Mário é. Mas, ao ser a favor, o José Mário reconhece que existirão sempre problemas de quem nele não se reveja e acha fundamental, e possível, chegar a um consenso. O José Mário incomodou-se com a informação e as reportagens vindas diariamente do Vaticano e lembrou-se que, nem sempre, o conteúdo dos canais públicos o agrada. Bem vindo ao mundo real. Eu também pago a RTP e sempre que a vejo (qualquer dos dois canais – principalmente o 2 que não tem nada que me interesse) os seus conteúdos me desagradam. Mais. Para evitar esse desagrado, já não vejo a TV pública. É necessário dizer o seguinte: O conceito de televisão pública é mau, não apenas por ser caro aos contribuintes, mas por ser injusto. Não representa todos os cidadãos, mas a todos é imposto. O José Mário, na semana passada, não se reviu na RTP. Esquece-se que, todos os dias, há milhares de portugueses que sentem o mesmo. É pena que apenas agora o tenha reparado.
Marques Mendes anuncia que a sua primeira prioridade como Presidente do PSD será o referendo à projecto constituicional europeu. É pena é que a posição do PSD, neste assunto, permaneça inalterável.
O ARTIGO DO PAT BUCHANAN: factualmente errado, teologicamente pouco informado
O AAA citou aqui um excerto do artigo do Pat Buchanan. Nesse excerto defende-se que a Igreja entrou em declínio desde o Concílio Vaticano II e que durante o pontificado de João Paulo II esse declínio não se inverteu.
Sobre esse artigo, deixei-lhe na caixa de comentários dois comentários:
"675 Before Christ's second coming the Church must pass through a final trial that will shake the faith of many believers...
677 The Church will enter the glory of the kingdom only through this final Passover...The kingdom will be fulfilled, then, not by a historic triumph of the Church through a progressive ascendancy, but only by God's victory over the final unleashing of evil..."
Na sequência destes comentários, o AAA publicou 3 posts.
No primeiro post e no segundo post são citados dados sobre o declínio das vocações, da educação católica, dos Baptismos e da participação na eucaristia dominical. Todos estes dados se referem aos EUA.
Nenhum dos dados apresentados coloca em causa o facto de que a Igreja cresceu durante o pontificado de João Paulo II. E nenhum destes factos coloca em causa que o artigo de Pat Buchanan é teologicamente pouco informado.
A citação do Cardeal Ratzinger
No terceiro post o AAA cita o Cardeal Ratzinger em defesa da sua (?) crítica ao Concílio Vaticano II.
Em primeiro lugar, convirá dizer que a citação em causa é de 1984. Precede, portanto, os 288 milhões de baptismos que entretanto ocorreram. Será que 20 anos depois o Cd. Ratzinger voltaria a dizer o mesmo?
Em segundo lugar, se por detrás destes posts do AAA se encontra uma crítica doutrinal ao Concílio, então dificilmente o Cardeal Ratzinger, Deão do Colégio dos Cardeais, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e participante (como perito) na Concílio Vaticano II, poderá ser chamado em defesa destas posições. Aliás, em vários sítios o Cardeal Ratzinger elogia o Concílio. Por exemplo: "The Second Vatican Council served to recover the public dimension of the Christian commitment which had been obscured".
"...não me parece razoável nem um bom serviço à Igreja...tentar ignorar a realidade e actuar como se tudo estivesse bem."
Num dos seus posts o AAA conclui com a frase acima citada.
Em primeiro lugar, será bom esclarecer que desde o seu nascimento que a Igreja está em crise! Repare-se nas descrições dos Actos dos Apóstolos e nas epístolas de Paulo sobre os problemas das primeiras comunidades cristãs (divisões, heresias, apostasia, imoralidade, invejas, etc..., etc...). Ou então, repare-se na história da Igreja: os ciclos heresia-concílio-cisma-heresia repetem-se, por vezes interrompidos por guerras religiosas, massacres, apostasias, etc...
Portanto, nada do que hoje se passa é novo.
E de acordo com a citação do Catecismo que acima apresento, o futuro não parece ser muito brilhante...
O que fazer então? De que forma devemos 'actuar'?
Bom, devemos ser Santos. Foi isso que Jesus nos pediu. Frequentemos os Sacramentos, dediquemos tempo à oração, tentemos cumprir os mandamentos da Lei de Deus, os mandamentos da Igreja, tentemos viver as beatitudes e ir praticando as obras de misericórdia.
E assim iremos anunciando o Evangelho. (Aconselhava o S. Francisco de Assis: "Evangelizem sempre. Quando necessário utilizem palavras").
E devemos também evitar uma particular forma de orgulho: este tipo de preocupações 'quantitativas', que são legítimas, levam por vezes a um tipo de análises que transforma a Igreja numa realidade meramente humana - uma organização a cujo CEO se exige um crescimento constante.
Depois de cada crise, normalmente, surge um Santo, uma nova congregação, um novo período de grande piedade. Hoje em dia desenvolvem-se vários movimentos e obras e novas congregações, fiéis ao magistério, onde se vê, se ouve e se sente a presença do Espírito.
E como é que não devemos actuar?
Evitemos pensar que somos mais Católicos do que o Papa ou do que a Igreja. Esse é o caminho do Cisma.
P.S. A propósito da eleição do novo Papa, mas não só, um conselho do S. Josemaria:
"O amor ao Romano Pontífice há-de ser em nós uma formosa paixão, porque nele vemos a Cristo. Se tivermos intimidade com o Senhor na nossa oração, caminharemos com um olhar desanuviado que nos permitirá distinguir, mesmo nos acontecimentos que às vezes não compreendemos ou que nos causam pranto ou dor, a acção do Espírito Santo."
Algum dia teria de ser: à esquerda, já se discute abertamente a transferência de CAA para o Barnabé. Admito que pontualmente, e face à discussão de várias temáticas, me tem ocorrido que seria relativamente fácil ao meu amigo CAA encaixar-se na linha editorial do Barnabé. No entanto, enquanto consultor do Blasfémias, desaconselho fortemente essa transferência.
Ainda relativamente ao mesmo assunto, e fazendo fé nesta citação atribuída ao Cardeal Ratzinger (edição inglesa do L'Osservatore Romano, de 24 de dezembro de 1984), a preocupação com os possíveis efeitos dissolutivos e desintegradores do Concílio Vaticano II não será tão marginal quanto isso:
Certainly the results [of Vatican II] seem cruelly opposed to the expectations of everyone, beginning with those of Pope John XXIII and then of Pope Paul VI: expected was a new Catholic unity and instead we have been exposed to self-destruction. Expected was a new enthusiasm, and many wound up discouraged and bored. ###
Expected was a great step forward; instead we find ourselves faced with a progressive process of decadence which has developed for the most part under the sign of a calling back to the Council, and has therefore contributed to discrediting it for many. The net result therefore seems negative. I am repeating here what I said ten years after the conclusion of the work: it is incontrovertible that this period has definitely been unfavorable for the Catholic Church.
Sobre o mesma tema, recomendo a leitura desta entrevista a Ken Jones, autor da obra Index of Leading Catholic Indicators: The Church since Vatican II.
For several decades before the Council, the Church in America was in the midst of an unprecedented period of growth. Immediately after the Council, which was called to renew the Church - to make the numbers even better, really - we were hit with a tremendous decline in every area. The correlation is just too striking to deny.
Para fundamentar a sua afirmação de que a Igreja se encontra em declínio nos EUA desde o Concílio Vaticano II, Pat Buchanan recorre a dados apresentados por Kenneth C. Jones, na obra Index of Leading Catholic Indicators: The Church Since Vatican II. É certo que o Catolicismo parece estar em expansão fora do mundo ocidental e que o acentuado declínio na Europa e nos EUA pode não se dever (ou pelo menos, não exclusivamente) ao Vaticano II. É certo também que nas últimas décadas, mesmo no mundo ocidental, há segmentos da Igreja que demonstraram uma notável e louvável vitalidade. É até possível argumentar que há alguns sinais de que o declínio do Catolicismo no Ocidente pode estar prestes a reverter-se. O que não me parece razoável nem um bom serviço à Igreja é tentar ignorar a realidade e actuar como se tudo estivesse bem.
Uma mais desenvolvida dos indicadores referidos pode ser encontrada aqui.
Priests. After skyrocketing from about 27,000 in 1930 to 58,000 in 1965, the number of priests in the United States dropped to 45,000 in 2002. By 2020, there will be about 31,000 priests--and only 15,000 will be under the age of 70. Right now there are more priests aged 80 to 84 than there are aged 30 to 34. ###
Ordinations. In 1965 there were 1,575 ordinations to the priesthood, in 2002 there were 450, a decline of 350 percent. Taking into account ordinations, deaths and departures, in 1965 there was a net gain of 725 priests. In 1998, there was a net loss of 810.
Priestless parishes. About 1 percent of parishes, 549, were without a resident priest in 1965. In 2002 there were 2,928 priestless parishes, about 15 percent of U.S. parishes. By 2020, a quarter of all parishes, 4,656, will have no priest.
Seminarians. Between 1965 and 2002, the number of seminarians dropped from 49,000 to 4,700--a 90 percent decrease. Without any students, seminaries across the country have been sold or shuttered. There were 596 seminaries in 1965, and only 200 in 2002.
Sisters. 180,000 sisters were the backbone of the Catholic education and health systems in 1965. In 2002, there were 75,000 sisters, with an average age of 68. By 2020, the number of sisters will drop to 40,000--and of these, only 21,000 will be aged 70 or under. In 1965, 104,000 sisters were teaching, while in 2002 there were only 8,200 teachers.
Brothers. The number of professed brothers decreased from about 12,000 in 1965 to 5,700 in 2002, with a further drop to 3,100 projected for 2020.
Religious Orders. The religious orders will soon be virtually non-existent in the United States. For example, in 1965 there were 5,277 Jesuit priests and 3,559 seminarians; in 2000 there were 3,172 priests and 38 seminarians. There were 2,534 OFM Franciscan priests and 2,251 seminarians in 1965; in 2000 there were 1,492 priests and 60 seminarians. There were 2,434 Christian Brothers in 1965 and 912 seminarians; in 2000 there were 959 Brothers and 7 seminarians. There were 1,148 Redemptorist priests in 1965 and 1,128 seminarians; in 2000 there were 349 priests and 24 seminarians. Every major religious order in the United States mirrors these statistics.
High Schools. Between 1965 and 2002 the number of diocesan high schools fell from 1,566 to 786. At the same time the number of students dropped from almost 700,000 to 386,000.
Parochial Grade Schools. There were 10,503 parochial grade schools in 1965 and 6,623 in 2002. The number of students went from 4.5 million to 1.9 million.
Sacramental Life. In 1965 there were 1.3 million infant baptisms; in 2002 there were 1 million. (In the same period the number of Catholics in the United States rose from 45 million to 65 million.) In 1965 there were 126,000 adult baptisms-----converts-----in 2002 there were 80,000. In 1965 there were 352,000 Catholic marriages, in 2002 there were 256,000. In 1965 there were 338 annulments, in 2002 there were 50,000.
Mass attendance. A 1958 Gallup poll reported that 74 percent of Catholics went to Sunday Mass in 1958. A 1994 University of Notre Dame study found that the attendance rate was 26.6 percent. A more recent study by Fordham University professor James Lothian concluded that 65 percent of Catholics went to Sunday Mass in 1965, while the rate dropped to 25 percent in 2000.