Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
10.6.06
Bloco de Esquerda e PNR
Não faço ideia se, como afirma o Daniel Oliveira, "a extrema-direita snobe" (o que quer que isso seja), acha que o Bloco de Esquerda, no fundo, é igual ao PNR e à Frente Nacional. No entanto, se alguém acha isso, faz mal.
Nas legislativas de 2005, o Bloco de Esquerda, apesar do seu extremismo, conseguiu 6,38% dos votos, tendo actualmente um grupo paralmentar com 8 deputados. Já o PNR ficou-se por uns bem mais modestos 0,16%, atrás do Partido Humanista e com menos de um quarto dos votos do PND. O BE tem além disso uma influência na comunicação social, em alguns sindicatos e em muitas Universidades incomparavelmente superior à do PNR.
Considerando que discordo profundamente tanto do anti-capitalismo do BE como do do PNR, no actual contexto português parece-me relativamente óbvio que a extrema esquerda bloquista deve constituir um motivo de preocupação bem maior para todos os defensores da democracia liberal e da economia de mercado.
Revisionismo de esquerda: o caso do arrastão na praia de Carcavelos
Ao que tudo indica, por falta de dimensão para satisfazer os critérios de Daniel Oliveira e Diana Andringa, o arrastão de 10 de Junho de 2005 na praia de Carcavelosnunca existiu. Fica assim reposta a normalidade.
As escolhas difíceis de um liberal peruano confrontado com duas opções (muito) longe de serem ideais: Andean Blues. Por Alvaro Vargas Llosa.###
One of them, former President Alan Garcia, brought ruin to Peru in the 1980s -- hyperinflation, corruption, abuse of power. My family, which lived in Peru at the time, actively opposed his administration and my father sought to succeed him in the 1990 election. At one point, someone in the Navy brought to us information (subsequently made public) that thugs close to Garcia were planning an attack on my family, myself included, during a meeting in the basement of a national museum (Garcia claims he was not involved).
The other candidate, Ollanta Humala, was a former military officer accused of human rights violations who led a coup attempt against dictator Alberto Fujimori in 2000. He is now close to Venezuelan President Hugo Chavez and sought to replace the fragile republican institutions with an authoritarian, or caudillo-style, nationalist regime.
(...)
Many countries are experiencing a revival of pernicious ideologies that try to pit the indigenous population against what they decry as the false values of the Western civilization that has been a part of this hemisphere since the 16th century. Nowhere is this struggle more acute than in the Andes, with its strong indigenous roots, and to some extent in Mexico. Venezuela and Bolivia have already taken the anti-Western path, Ecuador could follow and Peru is torn between those who want to be a part of -- and to enrich -- a liberal democracy and market economy, and those who resent them. In Colombia, President Alvaro Uribe is a solitary bulwark against this Andean trend.
Behind the ethnic fracture is an ideological scam. Anyone who has traveled in the Andes understands that Indians and mestizos want to own property, to trade, to cooperate peacefully and, yes, to practice their many rich customs -- just like anyone else. They do not want a caudillo expropriating every aspect of their lives in the name of liberation. But indigenismo, the fraudulent ideology whose roots lie in decrepit European social utopias, has cleverly manipulated people who have a justified frustration with a liberal democracy that has not delivered the goods. So potential caudillos such as Humala have become powerful social symbols.
On Sunday morning, I went to vote in Barranco, my old neighborhood. I voted for Garcia, the lesser of two evils because not voting or casting a blank vote would have helped Humala. Garcia, now a moderate populist who says he does not want to break away from globalization, won with roughly 53 percent of the vote against Humala's 47 percent.
Sobre a cobertura em Portugal do ataque do MLST ao Congresso
Não estando em Portugal não posso confirmar mas parece que o ataque do MLST ao Congresso terá tido um tratamento bastante discreto nos media portugueses. Se foi o caso, parece-me grave, embora dada a esmagadora maioria de esquerdistas na classe jornalística, não posso dizer que me espante.
Aqui ficam, via Fiat Lux, o texto do e-mail referido no artigo e os contactos dos patrocinadores da peça:###
Caros amigos:
Pedimos desculpa pela ousadia deste email, mas temos direito à indignação.
O teatro da comuna está a exibir (ou vai exibir) uma peça espanhola que se chama "Me cago en Dios" e está a exibir cartazes de promoção em que aparece uma retrete aonde está a ser lançada uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, um Crucifixo e outros objectos de culto.
Envio-vos a lista dos patrocinadores (e respectivos endereços electrónicos) e peço que divulguem porque isto é absurdo...
não queremos proibir nada, nem coarctar a liberdade de expressão e de arte.
Queremos é que não seja o estado, nós, a pagar isto...Como verão, são quase todos instituições do Estado.
Patrocinadores
Ministério da Cultura: gmc@mc.gov.pt gsec@mc.gov.pt infocultura@min-cultura.pt ffcmc@mail.min-cultura.pt mcgri@mail.telepac.pt igacgeral@igac.pt
Se 50% da riqueza não é suficiente para uma redistribuição "justa" e é necessária mais, quanto o será? 70%, 100%? E quem estabelece o que é "justo" neste caso?
No discurso do 10 de Junho, o Professor Cavaco Silva, disse com convicção:
O Estado somos nós.
Infelizmente para a boa-vontade e o voluntarismo do Senhor Professor, não somos. O estado são as corporações, os sindicatos, os partidos políticos, as autarquias e autarcas, os grupos de pressão económicos e outros, as grandes empresas, 597 funcionários para 271 menores em risco, Institutos Públicos, os beneficiários dos regimes especiais, a miríade de subsídio dependentes e tantos grupos e portugueses de primeira. Não é o cidadão que espera dez anos por uma sentença judicial, os doentes que sofrem e morrem nas listas de espera do SNS, os alunos doutrinados na incompetência e nas meias verdades, os contribuintes espoliados e taxados como se não houvesse amanhã, as vítimas da corrupção e desleixo dos agentes do estado, o cidadão comum que sofre na pele a prepotência e a arrogância dos que deviam zelar pelos seus interesses, os técnicos e cientistas que emigram para lugares mais respiráveis. Não caro Senhor Professor, o Estado não somos nós.### Disse ainda que a fonte e a solução dos problemas não é o estado, são as pessoas. De tão verdadeiro, não mereceria comentário, mas não me parece que seja essa a questão. A ubiquidade do Estado, na versão de que padecemos (o estado), potencia os problemas e trava as soluções. Potencia os problemas, porque dá os incentivos para que grasse a corrupção, o clientelismo e os pequenos e grandes poderes. Suporta uma educação sectária e ignorante. Premeia os pára-quedistas e financia as clientelas. Impede as soluções porque penaliza o empreendorismo, a busca do sucesso (já suficientemente mal vista pela generalidade dos portugueses) e a criatividade, com burocracias kafkiana, uma fiscalidade absurda e a extorsão dos recursos. Os programas de apoio que evacua, promovem a “full rent dissipation” de soma nula, fazem-no refém das clientelas, fomentam o desperdício. E sim, o Estado tem um papel no progresso e no bem-estar das pessoas. Não interferindo nas decisões e protegendo os direitos individuais. No fundo que se dedique ao seu core-business e que deixe o resto à consideração dos (aí sê-lo-ão) cidadãos. O estado é o combustível dos problemas e o atrito das soluções.
Na Classificação Brasileira de Ocupações, no site oficial do Ministério do Trabalho e Emprego, há uma cartilha detalhada para Profissionais do sexo.
São apresentadas as características do trabalho, as áreas de atividades, as competências pessoais, os recursos de trabalho e muitas outras informações úteis para quem ganha a vida na vida.
"(...) and even an agnostic ought to concede that we owe our morals, and the tradition that has provided not only our civilisation but our very lives, to the acceptance of such scientifically unacceptable factual claims."
HAYEK, F. A.The Fatal Conceit: The Errors of Socialism. Chicago: The University of Chicago Press, 1989. p. 137.
A Comissão Disciplinar da Liga alterou a decisão do «caso Mateus». Maisfutebol explica-lhe como foi possível dar razão ao Belenenses e apenas oito dias depois alterar tudo e manter o Gil Vicente no campeonato principal.
(...)
5. Gomes da Silva acabou por não assinar o acórdão. Nem na segunda-feira, nem em qualquer outro dia.
6. Esta sexta-feira, dia 9, o presidente da CD comunicou que tencionava mudar o sentido de voto e apresentou declaração de vencido. Mesmo assim a decisão manter-se-ia desfavorável aos gilistas, por dois votos contra um. Mas não foi isso que sucedeu.
7. No decorrer da reunião, Domingos Lopes afirmou que afinal estava disponível para participar na decisão. E assim fez, votando de forma favorável ao Gil Vicente.
8. Face ao empate (2-2), Gomes da Silva chamou a si a decisão, argumentando com o facto de o cargo de presidente lhe permitir voto de qualidade. Uma situação que não está prevista nos regulamentos da Comissão Disciplinar, até por este órgão ser normalmente composto por um número ímpar de elementos (cinco).
9. Apesar de a decisão ter sido tomada esta sexta-feira, dia 9, no acórdão deverá figurar a data de 5 de Junho, segunda-feira, dia em que a primeira decisão foi depositada na sede da Liga, à guarda do secretário da CD, Rui Vieira.
Face a estes acontecimentos, Frederico Cebola e Pedro Mourão decidiram apresentar a demissão, algo que será formalizado no início da próxima semana, em carta a enviar a Adriano Afonso, presidente da mesa da assembleia geral da Liga de Clubes. Mal o façam, a CD deixará de ter o número mínimo de elementos para se manter em funcionamento, pelo que será necessário marcar eleições.
No seguimento de um incidente inquestionavelmente condenável da responsabilidade das IDF, é também significativa a reacção do Hamas:
Hamas spokesman Sami Abu Zuhri said all the Palestinian organizations have the right to respond to Israeli aggression and that all means were acceptable in harming Israel, Israel Radio reported.
Caso a lógica de punição colectiva subjacente à posição do Hamas (que alega a legitimidade de quaisquer meios empregues para atacar Israel) fosse aceite, tal implicaria que incidentes como este, e outros em escala bem maior que estão plenamente ao alcance de Israel do ponto de vista militar, teriam de ser vistos como acções plenamente legitimadas.
"No science is ever frightening to Christians. Religious people don't need the science to come out any particular way on IQ or AIDS or sex differences any more than they need the science to come out any particular way on evolution...If evolution is true, then God created evolution."
É inacreditável que se anuncie uma taxa homóloga anual de crescimento do PIB de 1% desta forma. Para uma economia como a portuguesa, com gravíssimos problemas de consolidação orçamental e que deveria estar em processo de convergência com as economias mais ricas da UE, crescer a um ritmo de 1% ao ano é pouco menos do que desastroso. Aliás, qualquer taxa de crescimento abaixo dos 3% teria sempre de ser considerada preocupante no contexto português.
Para se ter uma ideia do descalabro, basta ter em atenção que o crescimento do PIB na zona Euro, segundo as previsões da Comissão Europeia, deverá ficar em 2006 na casa dos 2% (o que também, diga-se de passagem, não é famoso). Ou seja, tudo aponta para que, em vez de convergir, a economia portuguesa continue num acentuado processo de divergência. Enquanto isso, Polónia e Eslovénia deverão crescer acima dos 4%, a República Checa e a Irlanda ficarão provavelmente na casa dos 5% e Lituânia, Letónia e Estónia deverão ter taxas de crescimento do PIB ainda superiores, com a Estónia, um dos países que tem adoptado políticas mais liberais, a destacar-se com um crescimento na casa dos 9%. A própria Espanha, apesar de alguns problemas estruturais que afectam a sua economia, deverá crescer em 2006 cerca de 3%.
A estagnação e o aprofundamento do atraso relativo da economia portuguesa não surpreendem se considerarmos o peso brutal do Estado, o excesso de funcionários públicos, os sucessivos agravamentos da carga fiscal nos últimos anos, a grotesca ineficiência do sistema de educação estatatizado, a rigidez absurda do mercado de trabalho e a tentacular rede de restrições corporativas que atrofia o investimento e a iniciativa empresarial. Mas o governo podia pelo menos poupar-nos a este constante spin em torno das estatísticas.
Como se já não bastasse o agravamento do atraso português, ainda por cima andam a brincar connosco.
Just minutes after Maliki's triumphant press conference, he presented names for the still-empty posts of Interior, Defense and National Security in the new government. It was a solid win for the Sunnis and seen as a reward for finally turning on Zarqawi. For Defense, they got Gen. Abdel Qader Jassim, a Sunni general, the current commander of the Iraqi Army and, famously, the general who advised Saddam to withdraw from Kuwait in 1991. For the post of Interior minister, Maliki named Shi'ite Jawad al-Bolani, a former colonel under Saddam and a close aide to Sheikh Karim Al-Mohammadawi, the "Prince of the Marshes," a local Shi'ite boss in the south opposed to Iran. Both men will be acceptable to the Sunnis, who loathed the former interior minister, Bayan Jabr, a religious Shi'ite tied to the Badr Organization, a Shi'ite militia still believed closely connected with the Iranian Revolutionary Guards.Bolani's anti-Iran credentials are solid. In January 2005, while standing for election for the transitional Iraqi parliament, al-Bolani told TIME: "The Iranian system will never happen in Iraq, and most Islamic movements agree with me on that."
"As Steven Guilbeault of Greenpeace explained, "global warming can mean colder, it can mean drier, it can mean wetter." No set of facts can disprove the environmentalists' secular religion. In 2004, former vice president Al Gore gave a speech on global warming in New York City on the coldest day of the year. Warm trends prove global warming. Cold trends also prove global warming. This is the philosophy of a madman."
Julgo que a RTP começa a sair da casca com este tipo de reportagem sobre o nosso quotidiano, depois da que fez, uma semana antes, com a violência nas escolas. Sugiro que a próxima visita das câmaras passe por umas reuniões de acampamentos trotskistas, para , depois, filmarem conspirações de pedófilos, assaltantes de rua, mafiosos, "hooligans", aderentes ao terrorismo fundamentalista, etc., a fim de ficarmos a saber como temos necessidade de polícias, tribunais e prisões, desses "aparelhos" movidos a repressão que garantem ao Estado o monopólio legítimo da violência legítima. Do que vi na televisão, a reportagem foi exemplar, não havendo sequer necessidade de um carimbo ideológico nas lentes usadas, pelo tradicional recurso aos teóricos da esquerda revolucionária que ganham a vida como congreganistas do "caça-fascistas", tal como outros procuram os fantasmas dos que querem enforcar o último padre nas tripas do último papa, e vice-versa.
Os cargos públicos de gestão que não respeitem critérios de eficiência e eficácia passarão a ser sancionadas pelo Tribunal de Contas (TC), disse Oliveira Martins em entrevista ao Jornal de Negócios.
Esta novidade, que abrangerá toda a administração pública, decorre das alterações à Lei que regula a instituição liderada por Guilherme d’Oliveira Martins e que se encontra em discussão no Parlamento. O presidente do TC fala das principais mudanças do reforço dos poderes do tribunal. Para já, o levantamento do sigilo fiscal e bancário dos gestores fica de fora.
A ideia de um parlamento como orgão de soberania é que ele seja representativo da população. Mas representativo ao nível das ideias e das políticas, não enquanto radiografia demográfica. Afinal, o que distingue as opções políticas são ideias, não "acidentes" biológicos.
A co-autora do Causa Nossa pode tranquilizar-se quanto à sua permanência nos lugares elegíveis das listas do PS. O chefe da bancada socialista, Alberto Martins, já anunciou que a lei voltará a ser votada, após algumas alterações, ainda nesta sessão legislativa, sem necessidade de uma maioria de 2/3 dos votos dos deputados.
A entrevista de Jaime Silva, ministro da agricultura, ao Semanário Económico.
A agricultura europeia tem sido muito protegida. É uma política conservadora, havia direitos na importação extremamente elevados, havia a preferência comunitária. Não havia propriamente uma economia de mercado a funcionar. Com os acordos mundiais na OMC isso vai acontecer quer queiramos, quer não.(...) Faltou sempre economia de mercado à agricultura portuguesa.(...) Há, de facto, da parte da CAP uma atitude que eu considero excessivamente conservadora. De resto, o arauto ao nível político é o dr.Ribeiro e Castro. É excessivamente conservador porque tem medo da economia de mercado. Que é um paradoxo para quem está à direita no espectro político. Têm medo da dinâmica empresarial.(...) A CAP hoje é uma confederação, onde há empresários por quem tenho muita consideração e um corpo de técnicos muito competentes, quase transformada no sindicato dos subsídios. Isso é uma imagem péssima para a agricultura portuguesa.(...) O Estado não tem vocação para ser proprietário. O Estado tem que guardar para si a possibilidade de continuar a fazer experimentação para guardar o património genético. Para isso não precisa de 100 mil hectares.
Tendo em conta o registo passado de desastrosas políticas socialistas implementadas no Peru por Alan Garcia, as esperanças não devem ser muitas, mas ainda assim os primeiros sinais, pelo menos a nível do discurso, são relativamente positivos: Peru president-elect backs free markets###
LIMA, Peru - President-elect Alan Garcia on Tuesday stressed his support for free markets and said he will vigorously court foreign investment for Peru, but he said he plans to renegotiate a trade accord with the United States signed by the outgoing government.
(...)
Garcia, whose 1985-90 socialist presidency ended in economic ruin and with Peru beset by a growing Shining Path insurgency, said he would encourage the early dissolution of Congress if it proved unresponsive to the people's will. He takes office July 28.
He was asked during a 90-minute news conference whether he got U.S. help against Humala, who was strongly supported by Venezuela's anti-U.S. president, Hugo Chavez.
"I am sure that if I would have received the support of the U.S. Embassy, I would have lost the elections," Garcia said with a big smile. "Mr. Humala lost the election, among other things, due to the support he received from Mr. Chavez."
The 57-year-old politician adroitly turned the Venezuelan leader's vigorous endorsement of Humala to his advantage, and went on to win the runoff 53 percent to 47 percent.
"Ciência", "Modernidade" e outros Bezerros de Ouro
Relativamente a mais este post do CAA sobre o Opus Dei, limito-me a agradecer a referência elogiosa ao Insurgente e a reforçar a ideia, eloquentemente expressa por Santo Agostinho, de que o poder de Deus é de tal ordem, que Ele é capaz de fazer com que, efectivamente, mesmo do malpossa resultaro bem.
"I think if she's worried about people being mean to women she should have a talk with her husband," Coulter told radio host Sean Hannity, who was hosting a book signing for the conservative firebrand on Long Island.
MOGADISHU (Reuters) - Warlords driven out of Mogadishu by an Islamist militia are advancing back toward the Somali capital from their last stronghold of Jowhar, residents said on Thursday.
(...)
Scores of residents had fled Jowhar fearing an Islamist offensive. They had stopped leaving on Thursday.
(...)
"The town is much calmer. Residents are happy the Islamic militia have moved back," Warsame said.
He said hundreds took to the streets there to support U.S. President George W. Bush's statement of concern that Somalia should not become an al Qaeda safe haven.
É curioso que Daniel Oliveira manifeste agora tanta preocupação com a aplicação da lei no caso de Mário Machado e da Frente Nacional quando, face à flagrante violação da ordem pública por elementos de extrema esquerda, assumiu no passado uma posição bem mais... tolerante. São realmente fascinantes, estes critérios bloquistas...
If the Myrdals were right when they said that if the welfare state couldn't work in Sweden, it wouldn't work anywhere, what will it mean if Sweden's system fails? The answer seems obvious.
O acordo negociado hoje define que a GNR «só pode intervir se for chama da a fazê-lo pelos efectivos militares» australianos e neozelandeses, explicou fonte próxima do governo, referindo que o acordo foi unanimemente aceite pelos responsáveis timorenses e pelos representantes dos quatro países que destacaram forças em Timor-Leste - Portugal, Malásia, Austrália e Nova Zelândia.
E convém ter em atenção que o spin nos títulos e tratamento editorial da generalidade dos mass media portugueses relativamente a esta questão está a atingir proporções orwellianas...
Starring David Cameron. A carreira política de António Guterres está a ser objecto de uma transposição cinematográfica, levada a cabo pelos Estúdios Tories.
O problema americano para lidar com o Irão não é militar, mas político. Uns quantos porta-aviões, F16 e armas de precisão bastavam para reduzir a cinzas o "programa nuclear iraniano". O problema americano está nas opiniões públicas ocidentais, cujo desafecto pelo seu mundo e horror ao conflito tornam impossíveis acções militares eficazes. Mesmo que essas acções visem impedir o fabrico de mais umas bombas nucleares. É típico do ocidental: toda a bomba americana é repugnante, mas fabricada em Teerão torna-se logo num miminho exótico a cultivar. Para além do milenarismo, é este o jogo do Presidente do Irão: a extraordinária acumulação de armas nos EUA corresponde, na verdade, a uma enorme fragilidade política.
O Irão arrisca-se a ser uma espécie de nova Coreia do Norte, o país que, de negociação em negociação vai recolhendo múltiplos subsídios ocidentais para impedir a fome da população, ao mesmo tempo que constrói um magnífico arsenal nuclear. Mas uma coisa é a Coreia, um pequeno território encravado entre a Rússia e a China. Outra, um dos maiores produtores de petróleo, bem no meio da mais explosiva região do mundo. Quando a bomba iraniana tiver obrigado os vizinhos a desenvolver a sua própria bomba (por motivos de equilíbrio regional), quando a bomba iraniana tiver servido para fazer avançar a "revolução islâmica", quando a "revolução islâmica" mantiver o Ocidente refém por via do fornecimento do petróleo (o que já vai fazendo), a conclusão não virá a ser certamente de que uma ameaça credível agora talvez tivesse impedido a situação de chegar tão longe. A conclusão, inevitavelmente, será de que os culpados são os americanos. Quanto a mim, não poderia estar mais de acordo.
Embora preferisse outro tipo de sistemamonetário, no contexto actual sou claramente a favor da independência dos Bancos Centrais, pelo que não vejo nenhum problema no facto de os seus dirigentes não serem eleitos.
A Autoridade da Concorrência proibiu a compra de 40% das acções da Auto-estradas do Atlântico (AEA) pela Brisa. O Ministério da Economia autorizou a operação por esta "corresponder a interesses fundamentais da economia nacional". Sobre o assunto, o insurgente Bruno Alves publica uma excelente analogia:
O campeonato português de futebol terá a partir da próxima época 16 clubes competindo entre si. O campeão da última época, o FC Porto, irá também competir na Liga dos Campeões, contra os melhores clubes da Europa. Para quê dispersar recursos (jogadores) por 16 equipas? Para quê ter equipas portuguesas a competir entre si, quando poderíamos ter uma grande equipa a competir internacionalmente? Acabemos com o campeonato nacional. Deixemos o FC Porto, sozinho, permitindo que se "redimensione" com os recursos adquiridos às outras equipas, para poder lutar contra gigantes como o FC Barcelona ou o AC Milan. Os espectadores serão prejudicados? Terão menos jogos para ver? Só poderão ver jogos com bilhetes mais caros? Não vejo qual é o problema.
David Cameron tenta agradar a gregos e troianos (BBC):
David Cameron has outlined his desire for equality and redistributive taxation to show how he plans to shake up the Tory party.(...) Mr Cameron defended his policy director Oliver Letwin who was criticised last year for saying that redistribution should be the aim of Tory tax policy. "He was saying something that was blindingly obvious: any party that accepts some sort of progressive tax system is in favour of redistribution - that's a very sensible thing to say." But he said that while he wanted greater equality and redistribution, that did not mean penalising the super-rich. "My view is that the greatest concern we should have is not the gap between David Beckham's wages on the one hand, and someone on benefits on the other," he said. "I don't think making the top 1% richest poorer makes the 10% poorest richer."
"O que é a fé? Pode haver evidências para a fé? Provas para a fé? Vamos começar a debater com autores de ‘best sellers’ de mistério e de teorias da conspiração? Vamos contrapor nossas razões às deles? Vamos mostrar mais 'dados', mais 'provas', mais 'fatos históricos' que coloquem os deles em contradição? Sim? Vamos fazer isso? Seremos mais eruditos do que eles? Então, não temos fé. (...) Como é fácil, então, supor de Cristo e da Igreja qualquer teoria que apague seu mistério e que o reduza à simplicidade e estrelato de nossas teorias da conspiração. Aqui eu cito Roberto Bosca: 'como atrai a certa mentalidade o querer descobrir, por trás de tudo, o plano mestre, a mão humana, a conspiração. Como é fácil, como é simples. Como é difícil ser humano, finito, contingente, frágil, quase cego, abandonar-se à dimensão do mistério de Deus, que acolhe em seu seio de uma maneira que não é a nossa: sem nossa ciência, sem o nosso pensamento, sem nossas armas e defesas. Uma maneira que horroriza o coração humano depois do pecado original e que se chama, simplesmente, cruz'."
Alguém tem dúvidas de que eu - caída de paraquedas na política em 2002 - alguma vez teria sido integrada na lista europeia do PS, em 2004, se não fosse a determinação do então Secretário-Geral Ferro Rodrigues de me incluir e de se valer do sistema de quotas que, pela primeira vez, fez aplicar no Partido para me colocar no lugar elegível na lista em que fui apresentada ao voto do eleitorado?
AG acredita que, no Partido Socialista, o mérito é secundário à preferência pelo género masculino. O sistema de quotas elegeu-a mas, depois desta acusação, duvido que as opiniões se alterem.
Face à gravidade da situação, será pertinente ver quem assume a responsabilidade por este tremendo fiasco a que Portugal, e em especial a GNR, estão a ser submetidos.
Cybercast News Service: In your book, you state: "If you gave all the money in the United States to the public schools, they would not improve; they would simply cost more." Can you envision any federal attempt to improve education at the local level that would be effective?
Ann Coulter: Yes, abolish the Department of Education and bring RICO suits against the teachers' unions.
A GNR está confinada ao seu quartel improvisado em Díli com ordens do Governo português para não sair para o terreno, devido a um bloqueio diplomático nas negociações com a Austrália sobre as cadeias de comando.
As trapalhadas em que estes Ministros nos metem raiam os limites do absurdo. Não são brincadeiras, cartas de agradecimento escritores mortos nem “santanetes”, são assuntos sérios, de investimentos criticos (OTA, TGV, Madeira ou refinaria), Justiça (férias judiciais), incêndios e diplomacia a sério. Uma palhaçada. Não se percebe sequer se é incompetência ou pura ma-fé. Adeus.
The Muslim Canadian Congress fared only a tad bit better. They praised the police, and expressed dismay that members of their community might be guilty as charged. And then they managed to blame President Bush, British Prime Minister Tony Blair, and even Harper for the fact that any such terror cells might exist. So far, only the Council on American-Islamic Relations Canada (CAIR-CAN) has managed to issue a condemnation of terror, and praise of the police, without tacking on a "but," a "Bush," or a "Canadian troops in Afghanistan." I was happily surprised at CAIR-CAN's press release. I shouldn't have been. We must expect that Western Muslims will wholeheartedly condemn Islamofascism, without any conditions placed on that condemnation. Without that, we may reach a point of divisions too deep to mend.
O JLP, no Small-Brother, faz uma crítica ao Objectivismo, à ideia de que este pode fornecer o suporte ético ao Liberalismo e explica porquê. Se percebi bem, o JLP atribui conceitos e definições ao Objectivismo que este não defende.
Uma concepção que se limite ao âmbito político-económico cria um problema de escolha. Se os homens são seres volitivos e se é isso que os distingue dos animais, alguma coisa tem que obrigatoriamente enquadrar as escolhas que fazem. Por mais voltas que se dê, o próprio conceito de escolha implica a existência da razão. Instintos, emoções ou sensações por si só, não permitem escolher, porque também não nos dão a percepção da realidade. Sendo assim faz todo o sentido que defenda a razão como mecanismo de escolha dos meios. Porque não há outro. Ao defender a Liberdade como um valor, o JLP está automaticamente a apoiar-se num código moral escolhido. Não chegou a essa conclusão por instinto ou por qualquer misticismo. E se a defende, é porque entende que há alguma coisa que ela lhe permite fazer para chegar onde quer. Ou ficamos pela Liberdade, assim sem mais? Mesmo o Liberalismo, é um fim em si mesmo? O juízo moral objectivista não tem que ver com metas nem quer orientar para nenhum paradigma, o que discute são os meios, não é o objectivo. O Liberalismo pode ir parar onde cada um quiser (supondo que o objectivo é a sua própria felicidade), no respeito por pelo menos dois princípios básicos:
A inviolabilidade da vida humana;
I swear by my life and my love of it that I will never live for the sake of another man, nor ask another man to live for mine
Timor, intervenções humanitárias e os custos da paz
Em 1999 o país emocionou-se com Timor. Estendeu lençóis brancos nas janelas, deu as mãos nas ruas, viu a independência, voltou para casa e esqueceu o assunto. Agora que os confrontos voltaram à ilha, a estranheza é o primeiro sentimento que surge nos nossos espíritos. Terá tudo sido em vão?
Perceber o porquê implica procurar os erros cometidos, tanto pelos timorenses, como pela denominada comunidade internacional. Sucede que, se as falhas dos primeiros poderão facilmente ser explicadas, devido à inexperiência e falta de condições que permitissem o bom funcionamento do Estado, os erros da segunda são mais difíceis de compreender. A pergunta repete-se e com maior ênfase. O que falhou?
A resposta encontra-se na desvalorização do papel da guerra e no subestimar do custo da paz. Nas sociedades ocidentais é cada vez mais comum a defesa de intervenções humanitárias e de operações de manutenção de paz. O Ocidente adquiriu o gosto por estas acções como forma, primeiro, de reavivar o sentimento paternalista que tem sobre o resto do mundo e, em segundo, atenuar os sentimentos de culpa de quem vive na abundância, enquanto o resto da humanidade habita na pobreza. ### O Ocidente ferido com estas duas marcas, não suporta a guerra, nem aguenta o esforço que a paz implica. Pretende, a qualquer custo impedir a primeira e, de qualquer maneira despachar a segunda. Portugal foi para Timor há sete anos, para limpar o nome de um processo de descolonização vergonhoso e voltar quanto antes. Em 1999, os portugueses saíram para a rua não para ajudar os timorenses, mas para limpar a consciência dos erros do passado.
Por muito que nos custe, há tensões que apenas a guerra resolve. Apostar numa paz podre que apenas adia o conflito, nem sempre é a melhor solução. Além do mais, o medo em se comprometer com a paz, conduz a intervenções de cariz humanitário a maioria das vezes impreparadas para os fins que se buscam atingir. É que impor a paz implica usar a força o que, para quem tem os traumas acima mencionados, não é manifestamente fácil. A juntar a este fenómeno, está a opinião pública ocidental que, dificilmente, apoia um governo pronto a enviar rapazes e raparigas para morrerem em locais que se ignoram.
Por esta razão os meios são escassos. A paz não vale a morte dos soldados, nem qualquer acto violento que manche as boas intenções das nações ocidentais. Não colhe recursos financeiros avultados e implica uma pequena percentagem dos meios militares. Ao passarem por forças de suporte psicológico às nações mais ricas, pouco têm de verdadeiramente militar. Ao não serem militares, tornam-se como que intrusas no campo de batalha.
As intervenções humanitárias partem do pressuposto que tudo tem solução económica, esquecendo que os conflitos têm razões políticas, sociais, religiosas, culturais ou a soma de todas elas. Resolvem-se não através de terceiros, mas por eles próprios, por via do seu confronto. Para tal é imprescindível procurar o equilíbrio de poder enquanto é tempo, ao invés de tentar andar em cima do fio da navalha quando já é tarde. Não dar preferência às soluções económicas para problemas políticos, bastante mais difíceis e arriscadas. Não usar o lado emocional das pessoas como critério de decisão para o envio de tropas, tantas vezes mal preparadas. Ter consciência que a paz não se conquista no imediato, mas é fruto de trabalho difícil e de muitos anos. Será transformando o conceito de intervenção humanitária, não o encarando como unicamente militar mas, antes de mais, como diplomática, que ela poderá ser eficaz. Apostar na diplomacia a longo prazo e não utilizar, em proveito dos governos eleitos, o lado emocional das populações, esse grande trunfo que surgiu com a democracia.
Um dos 17 detidos como suspeitos na preparação de ataques terroristas no Canadá é acusado de pretender atacar o Parlamento e decapitar o primeiro ministro se a exigência de retirada das tropas canadianas do Afeganistão não fosse satisfeita.
Seis dezenas de habitantes da freguesia de Fragoso, concelho de Barcelos, prejudicados com o incêndio, que durante três dias atingiu a zona, realizaram esta terça-feira uma marcha lenta de protesto contra o atraso dos meios aéreos no combate às chamas.
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Segundo Domingos Sá Névoa, um dos organizadores da manifestação, a não comparência de meios aéreos no local fez com que a área ardida, que calcula em 10 mil hectares, "fosse muito superior ao que teria sido se os aviões tivessem atacado o fogo".
Se lhe perguntassem, provavelmente o Sr. Névoa(!) não saberia apresentar valores para as perdas incorridas por todos os proprietários nem o custo do aluguer dos meios aéreos - além de não conseguir prever o diferencial de área ardida, caso tivessem sido usados os referidos meios.
Porém, o Estado também não consegue efectuar semelhante cálculo económico! Até pode saber (de forma mais ou menos precisa) o custo dos aviões, salários dos bombeiros, probabilidades de eficácia dos diferentes meios usados, etc. Falta-lhe, contudo, saber o valor da área que está/vai arder. Essa informação só os proprietários a possuem.
Os protestos acontecem porque não são os proprietários a pagar (directamente) os meios de combate aos incêndios. Para estes, o único custo percepcionado é o valor perdido na propriedade incendiada. Para o Estado, o custo é político - as dotações financeiras para o combate aos incêndios são arbitrárias porque o Estado não consegue calcular o seu custo de oportunidade.
O Partido Popular espanhol cortou relações com o governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero. O líder do PP acusa o chefe do executivo de ter cedido às exigências da ETA. Mariano Rajoy considera uma "vergonha" os contactos políticos entre os socialistas bascos e o braço político da organização separatista basca. O líder do PP garante que vai investir "toda a energia para impedir o que considera um grave atentado contra a ordem jurídica, a legalidade democrática, o Estado de Direito e a segurança". O primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, anunciou segunda-feira que pretende "abrir um novo espaço político" para falar sobre as negociações com a ETA.
Segundo os jornais espanhois, Zapatero e Rajoy fizeram um acordo em não abordar a questão basca durante o debate da semana passada. Quatro horas depois do fim do debate, o primeiro anunciava que tinha autorizado o PS basco a iniciar negociações com o Batasuna. Nesta questão, que sempre foi relativamnte consensual entre os partidos, Zapatero tem-se comportado (esta não foi a primeira)de modo incompreensivel. Depois da Catalunha, vem ai a Nacion Andaluza e os Galegos estão estranhamente silenciosos. Ja deu um general demitido pelo meio, ha juizes sob fogo cruzado...Pelo sim pelo não, mais vale juntar os trocos e procurar casa na Florida, na Gold Coast ou em Bangalore, porque isto vai acabar mal. Era so o que nos faltava.
"Until we get the Islamic state, we will continue with the Islamic struggle in Somalia," Sheikh Sharif Ahmed, chairman of Mogadishu Islamic courts, told a rally of hundreds.
"This is a long Islamic struggle and it will continue until the whole country comes under Sharia law," Fuad Ahmed, a militiaman loyal to the Islamic side, told Reuters. "We are ready to shed our blood in order for that struggle to succeed."
Em Espanha, a inflação há muitos meses que ronda os 4%, sendo que o défice externo está perto dos 9%, dois pontos acima dos valores dos EUA. Não fosse o facto de Espanha pertencer à união monetária, e Zapatero já teria sido obrigado a desvalorizar a antiga peseta e a aumentar as taxas de juro para, deste modo, evitar uma catástrofe.
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De qualquer modo, a inflação sobe porque a procura é superior à oferta. E isto aconteceu porque as condições de financiamento foram, durante muito tempo, bastante aliciantes – o que estimulou o consumo privado, com taxas de juro reais negativas –, e também porque a despesa pública superou, largamente, o que seria aconselhável para dissimular uma política monetária, que se encontra fora do controlo do governo, e que é delineada pelo Banco Central Europeu, sem que Madrid ou Lisboa possam fazer seja o que for.
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Nós, os espanhóis, temos cada vez mais dificuldade para vender os nossos produtos ao estrangeiro, é mais compensador importar bens e serviços, ou então, deparamo-nos com ambas as situações, acrescidas do perverso facto de que Espanha perdeu algum do seu chamariz do investimento estrangeiro, devido aos elevados custos de mão-de-obra e a um marco laboral bastante rígido e resistente ao tipo de reforma exigida pelos tempos que correm. Além do mais, acrescentaria um outro motivo para justificar a prostração que nos começa a invadir. Se bem que para Portugal, fomos sempre e incompreensivelmente, um país antipático, a novidade é que também nos transformámos num país inóspito para o investimento estrangeiro. Se à passividade reformista do governo, em matéria económica, unirmos os nossos delírios territoriais ou a polémica negociação com a ETA, se tivermos em conta o estado de efervescência e de divisão ideológica do país, ou se, ainda, pesarmos a nossa política exterior extraviada, não é de estranhar que os empresários tenham as suas dúvidas em relação a Espanha. Sendo assim, não deveria Portugal aproveitar esta oportunidade?
José Medeiros Ferreira lamenta a falta de alegria da Feira do Livro de Lisboa. Das duas vezes que lá fui este ano notei, comparativamente aos anos anteriores, um muito menor número de pessoas a passear para cima e para baixo no Parque. É pena, mas pela parte que me toca julgo que a decadência seria de esperar. O que nos dá a Feira do Livro? Pouco. Todos os livros estão disponíveis na Amazon e com preços bem mais apetecíveis. Acabamos por encontrar algumas velhas edições sem ter de palmilhar a cidade toda, é certo, mas estas são as mesmas desde sempre. De tal forma que, este ano, consegui comprar uns exemplares que não tinha podido levar no ano passado. Ficaram um ano inteiro à minha espera. A isto chama-se destino. Bom, bom é aproveitar para deambular, comer um gelado, sentir a frescura da noite e, por uma vez, dizer que se passeou no Parque Eduardo VII, sem que nada de estranho passe pela cabeça de quem nos ouve.
Título de artigo no DN: "Lei do tabaco não penaliza donos de restaurantes".
Mais uma visão estática da economia! Perante a nova lei, os fumadores irão mudar de comportamento. Uns deixam de fumar, outros ficam menos tempo no restaurante (não comem sobremesa) e haverá quem passe a almoçar/jantar em casa. As duas últimas opções penalizam os donos dos restaurantes...
Nota: A jornalista que escreveu o artigo não considerou tais consequências. Parece-me que reproduziu apenas o soundbite da agência de comunicação do Governo...
Quando se fala de reformas, normalmente os governos pedem prudência. Que é preciso ter em conta os direitos de x, y e daí em diante numa lista que implica o recurso a um novo alfabeto para abranger todos os amparados com o sistema actual. Mas há um protegido que nunca é mencionado e ele é o próprio governo, e as carreiras dos políticos que o constituem.
Em Portugal vivemos numa economia estagnada. Ora, nada disso é novo quando olhamos para a Europa da leste na década de 90. Aí temos uma panóplia de bons exemplos e de melhores remédios para saber como resolver o problema. No leste europeu encontramos países que prosperam e outros que estagnam. Mais. Ficamos a saber serem os que enriquecem aqueles que fizeram reformas dolorosas, tão difíceis que dificilmente os seus governos se mantém por muito tempo no activo, como pode acontecer nas próximas eleições na Eslováquia. Pelo contrário, os que tiveram o azar se ser governados por homens prudentes, mas insensatos, continuam pobres.
Qual o objectivo primordial de um governo? Permitir a melhoria do nível de vida dos cidadãos ou manter-se no poder? Se pretender o primeiro, arrisca-se a sacrificar o seu posto. Qualquer mudança económica, implica alternância no poder. Se desejar o segundo, basta-lhe dar uma no cravo e outra na ferradura. Anunciar umas pequenas reformas enquanto adia outras. Esperar por melhores dias e pelas próximas eleições que vencerá sem dificuldade. A prudência do governo, baseia-se num mero cálculo do que é necessário fazer para ser vitorioso. Porque se ele beneficia com a prudência, apenas tem a perder com a mudança.
Men of the 16th Infantry Regiment rush toward the shelter of amphibious tanks at the water's edge of Easy Red sector, Omaha Beach, on D-Day, June 6, 1944.
Numa das televisões, na reportagem sobre a primeira patrulha da GNR ontem em Timor, dizia a voz do repórter (?):
Esta primeira missão serviu para marcar território incluindo em relação ao exército australiano.
Ora bem. Segundo a reportagem, temos então os soldados da GNR transformados em felinos domésticos entretidos a marcar território, não vão os outros machos esquecer que eles também andam por ali.
The fundamental question is whether Islam as a private faith would still be Islam, or whether such privatization would spell its doom. I think it would spell its doom. In this sense, I am an Islamic fundamentalist. The choice is between all and nothing.
Enquanto que deste lado da fronteira as empresas se queixam de que o negócio vai mal e o Governo está a braços com um verdadeiro buraco nas contas públicas, do lado de lá, há quem faça negócio à nossa custa e os cofres do Estado espanhol só ganham com isso.
Os comerciantes portugueses queixam-se de uma quebra de 20 a 40% nas vendas, pelo menos nas zonas fronteiriças, mas os comerciantes espanhóis falam de uma onda de clientes portugueses, que fazem fila nos seus estabelecimentos.
Devido ao estado das contas públicas, o Governo português não conseguirá, a médio prazo, dar resposta à concorrência fiscal dos espanhóis. Reduzir a despesa pública (e, consequentemente, os impostos) parece ser uma tarefa politicamente impraticável, dado que qualquer medida orçamental relevante será sempre contestada pelos grupos de interesse afectados.
Assim, a solução mais eficiente passa pela descentralização do Estado, permitindo aos municípios gerir os serviços públicos aí localizados, bem como a cobrança de impostos - mesmo que parcial.
As câmaras municipais junto à fronteira serão as primeiras a tentar diminuir a carga fiscal dos comerciantes via redução das despesas e/ou aumento do IRS, sendo que a segunda opção pode provocar o exôdo dos seus munícipes. O efeito "bola de neve" poderá, deste modo, influenciar a gestão financeira dos concelhos limítrofes até chegar a Lisboa...
Deixar ao inimigo cercado uma saída por onde fugir.
Encurralado, o inimigo luta até à morte!
Cavaco Silva, ao vetar a Lei da Paridade sem, no entanto, questionar a inconstitucionalidade da mesma, possibilitou ao Governo uma "saída" para este minimizar os efeitos políticos da derrota.
CANADIAN authorities have thwarted what they believe to be a major terrorist threat with the arrests of 17 people "inspired by al-Qaeda" who had stockpiled huge amounts of explosives.
The Royal Canadian Mounted Police said the suspects, 12 men and five juveniles, were all Canadian residents, mostly from the Toronto area, and were rounded up in raids over the weekend.(...) Authorities bore down on the suspects after the group secured three tonnes of ammonium nitrate, a fertiliser that can be used to make explosives. "It was their intent to use it for a terrorist attack," Mike McDonell, assistant commissioner of the mounted police, said yesterday in Toronto. "To put it in context, the 1995 bombing of the Murrah Federal Building in Oklahoma City that killed 168 people was completed with only one tonne of ammonium nitrate." He said the group "posed a real and serious threat". "It had the capacity and intent to carry out these attacks."
Fisco fiscaliza festas de casamento Faça-se a festa, mas sem registo civil nem cerimónias religiosas. Não esquecer também de não responder a inquéritos do fisco. Tudo está bem quando acaba bem e a união de facto compensa, de facto.
Descobri na revista Pública de ontem que o Brasil é uma democracia neo-liberal. Go figure. O Chile deve ser uma democracia anarco-capitalista e (porque não?) Portugal será uma democracia ultra-liberal. Já Hong Kong é inclassificável.
Meu amigo de escola Rodrigo Netto foi assassinado no Rio de Janeiro. É a segunda pessoa que conhecia, que tinha a mesma idade, morto nas mesmas circunstâncias: assalto enquanto estava ao volante.
O when may it suffice? That is heaven's part, our part To murmur name upon name, As a mother names her child When sleep at last has come On limbs that had run wild. What is it but nightfall? No, no, not night but death; Was it needless death after all?
No mesmo país e no mesmo tempo em que o Ministério do Ensino Superior continua a impedir a abertura de novos cursos de Medicina, fundamentando-se num parecer do Prof. Alberto Amaral segundo o qual temos médicos em excesso, acabam de realizar provas de admissão às Faculdades de Medicina espanholas cerca de mil candidatos portugueses.A história parece um pouco confusa e, de facto, é.
Parece que o Alan García realmente será o novo presidente peruano. E isso é motivo de comemoração, não por ser o Alan García (com quem nunca simpatizei), mas por não ser o Ollanta Humala. E pelo fato do García não se dar bem com o Chávez.
Já estamos assim, torcendo pelo que aparentemente é menos pior. Não olhamos mais para o panorama político desejando mais qualidades, e sim menos desgraças.
Ainda este ano devemos ter o PRD vencendo no México e pronto, a fritada estará feita e a América Latina estará assumindo definitivamente a sua vocação para o subdesenvolvimento.
Algumas bem intencionadas almas querem "salvar" a "Constituição Europeia". Querem mudar-lhe o nome, porque não podem mudar os cidadãos dos países europeus. Estes ficam a saber que a sua opinião vale pouco. Al Gore acusou George W. Bush de ser um "extremista de direita", numa inglória tentativa de ser chamado para actuar no Rock in Rio. Angola poderá aderir à OPEP. O governo angolano decerto se sentirá bem na companhia de governos como o do Irão ou da Arábia Saudita. Alberto João Jardim quer saber se a Madeira é "auto-sustentável". O comum cidadão "cubano" reza para que seja. Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de Munícipios, desafiou o Governo a "explicitar qual o contributo das autarquias para o défice púbico". Eu gostaria que Fernando Ruas explicitasse qualquer contributo de muitas autarquias para qualquer outra coisa que não o défice público. Os chamados "casamentos por conveniência" passarão, segundo os jornais, a ser punidos por lei. Só serão permitidos casamentos inconvenientes, que são já, aliás, os mais comuns. A Ministra da Educação quer que os pais passem a avaliar os professores. No entanto, não quer que os pais passem a poder avaliar se determinada escola merece ou não o seu dinheiro. O grupo parlamentar do PSD não se manifestou. Estava demasiado concentrado na criação do Dia Nacional do Cão.
Partilho em larga medida a apreensão do Miguel Castelo-Branco relativamente ao famigerado processo de Bolonha. A estandardização por impulso dirigista da eurocracia é o factor que me parece mais preocupante, já que este tipo de processos tende para a nivelação pelo mínimo denominador comum. Há que reconhecer que o panorama universitário português pré-Bolonha, salvo algumas honrosas excepções, é pouco mais do que desolador, mas temo que o novo enquadramento não só seja incapaz de promover uma melhoria do nível médio do ensino e da investigação universitária nacional como venha a servir para perpetuar velhos vícios sob a cobertura de novas roupagens, acentuando ainda mais o domínio da mediocridade. Oxalá me engane.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, inaugurou no sábado um estúdio de cinema nas imediações de Caracas, para ir contra a «ditadura» cultural dos gigantes de Hollywood.
O ODS (do Presidente Vaclav Klaus) venceu as eleições legislatiavs na República Checa, derrotando o CSSD (sociais-democratas). A plataforma eleitoral do ODS é a redução de impostos e da burocracia.
Em declarações que nos fazem recordar outro candidato derrotado, o PM em funções recusa-se a reconhecer a derrota (e a "apertar a mão" do seu oponente)alegando que foi alvo de uma campanha orquestrada pelos jornais. Nos últimos dias de campanha surgiram revelações que ligam o CSSD ao crime organizado.
Tiago Barbosa Ribeiro comenta as simultaneamente notáveis e cândidas declarações de Ana Avoila, sindicalista da Frente Comum, sobre as (tímidas) alterações propostas ao regime dos supranumerários na administração pública: BOAS-VINDAS.
Face a uma réplica do Filipe Moura, justifica-se apenas um breve comentário meu: de facto, a "sagaz e surpreendente denúncia" do FM foi-me dirigida exclusivamente a mim pelo que a minha referência ao colectivo Insurgente neste post não foi precisa.
Quanto a tudo o resto, não tenho nada a acrescentar ao que escrevi aqui, assinalando apenas que, tendo em conta a sua aparente incapacidade para reconhecer a completa falta de senso do que escreveu neste post, reforço as minhas dúvidas quanto às faculdades cognitivas do Filipe Moura.
The US has supplied a transport plane and some marines to the East Timor deployment.
Mr Rumsfeld says the US is supporting Australia's approach.
"The Government of Australia is taking the lead and doing a very good job and they've managed to encourage some other countries to participate which is a good thing," he said.