29.4.06

A opaca questão da "retribuição indeterminada"

O custo dos "direitos adquiridos"

O modelo social europeu, não só está esgotado como constitui o principal travão ao crescimento do continente.

(...)

Quando se discute o modelo social europeu, diaboliza-se o final dos direitos adquiridos mas omite-se o custo para os que preferiam ter os deveres inerentes ao emprego do que os direitos de quem não tem trabalho.

O Consultor recomenda (2)

«O investimento público - A Ota, o TGV e outros sintomas de Elefantíase» é o título do primeiro dos «Cadernos Blasfemos», série de textos seleccionados sobre alguns dos temas mais «prementes» e que se encontra já á venda, a partir dos states, para todo o mundo.
Para além dos blasfemos residentes, o livro conta com contribuições do Luís Aguiar-Conraria e dos insurgentes André Abrantes Amaral, Bruno Alves.

(via Blasfémias)

O Consultor recomenda (1)

Futuro Presente

Para que serve a Lusa

Uma notícia do Público dá-nos conta de que o gabinete do Primeiro-Ministro se envolveu directamente na escolha do novo Director da Lusa. Uma notícia destas no tempo de Santana Lopes teria modificado por completo a agenda mediática.

Mas esta, passou despercebida face à indiferença geral. Mas há que pôr os nomes às coisas. A notícia é ESCANDALOSA. Ela mostra sobretudo como José Sócrates não está a brincar em serviço e pretende controlar ferreamente a comunicação social.

A Constituição do nosso atraso

Bom senso

O seleccionador português de futebol, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, fechou esta sexta-feira as «portas» à possibilidade de vir a ser o sucessor do sueco Sven-Goran Eriksson no comando da selecção de Inglaterra.

Here they go again...

Filipe Soares Franco, eleito hoje de madrugada presidente do Sporting para os próximos três anos, vai convocar uma assembleia-geral do clube e pedir de novo uma autorização para venda de património imobiliário não desportivo.

28.4.06

Pedro Ferraz da Costa e a refundação da direita

Na mesma linha de raciocínio, para os observadores externos que eventualmente poderão passar a militantes, não faz qualquer sentido que a mesma área política esteja cindida por problemas pessoais entre o Dr. Portas e o Dr. Monteiro, cada um rodeado do seu pequeníssimo grupo de apoiantes fiéis e guerreiros. Todos juntos seriam ainda assim insuficientes para o que há a fazer. O importante é juntar competências, não dividi-las.

Não sei o que nos reservam os próximos tempos em matéria de «refundação da direita» mas era certamente importante ultrapassar velhas inimizades e ódios de estimação em nome da criação de um projecto viável à direita.

Palestra Anual Alexis de Tocqueville

PALESTRA ANUAL EM ESTUDOS POLÍTICOS ALEXIS DE TOCQUEVILLE e
Sessão de Encerramento do Programa Avançado em Estudos Políticos e
Económicos para Jornalistas


Professor Timothy Garton Ash
University Professor, Director, European Studies
Centre, St. Antony's College, University of Oxford

Are you a European?

02 de Maio, 18h30 | Sala 511, Piso 1 do Edifício da FCEE-UCP

Al-Qaida e Irão

Leaders of al-Qaida lost some control of the terror network last year due to the arrests and deaths of top operational planners, but the group remains the most prominent terror threat facing the United States and its allies, the State Department said Friday.

In its annual report on worldwide terrorism, the department singled out Iran as the most active state sponsor of terrorism, saying that its Islamic Revolutionary Guard Corps and Ministry of Intelligence and Security directly have been involved in the planning and support of terrorist acts.

Atlas Shrugged em filme?

Ayn Rand's most ambitious novel may finally be brought to the bigscreen after years of false starts.
Lionsgate has picked up worldwide distribution rights to "Atlas Shrugged" from Howard and Karen Baldwin ("Ray"), who will produce with John Aglialoro.

As for stars, book provides an ideal role for an actress in lead character Dagny Taggart, so it's not a stretch to assume Rand enthusiast Angelina Jolie's name has been brought up. Brad Pitt, also a fan, is rumored to be among the names suggested for lead male character John Galt.

"Atlas Shrugged," which runs more than 1,100 pages, has faced a lengthy and circuitous journey to a film adaptation.

The Russian-born author's seminal tome, published in 1957, revolves around the economic collapse of the U.S. sometime in the future and espouses her individualistic philosophy of objectivism. The violent, apocalyptic ending has always posed a challenge but could prove especially so in the post-9/11 climate.
(via Blog da Causa Liberal)

Se

Mudança de regime

Num debate sobre os 30 anos da Constituição organizado pelo CDS, o antigo comissário europeu [António Vitorino] afirmou: "Pessoalmente, não estou convencido de que este é o sistema político que vai prevalecer no século XXI", sublinhando que "o ciclo semi-presidencialista está a concluir-se".
Para Vitorino, a eleição de Cavaco Silva, o primeiro Presidente da República de centro-direita, vai permitir "a última experiência de coabitação que faltava fazer".
"A tendência natural do sistema é para evoluir para o parlamentarismo", disse, antecipando que esse debate poderá surgir já na próxima revisão constitucional, em 2009.

[via RR]

Mudar a ordem existente

Os relatórios do Banco de Portugal e das instituições internacionais sucedem-se, mas nada muda… excepto as datas da sua publicação. Um exemplo: a extinção de organismos é positiva, até já foi concretizada por Manuela Ferreira Leite, mas se as funções e respectivos funcionários são colocados numa terceira instituição, poupa-se o quê? Nas despesas com a utilização do espaço, isto é, a renda, a luz e a água. Não será obviamente por aqui - nem sequer pelas poupanças nas deslocações de membros do Governo - que a despesa pública vai diminuir a sua taxa de crescimento, factor absolutamente essencial para corrigir o défice público de forma estrutural. Instrumento para aumentar a competitividade do país. Essas iniciativas acabam por ser ‘remendos’, que servem para se dizer que há uma reforma do Estado. Mas não há. Quem quiser ver o significado da palavra ‘reforma’, encontra por exemplo “a modificação de uma ordem existente”. E extinguir institutos e outros organismos não é uma modificação da ordem existente

Ota e TGV

Eis o homem...

"O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi indiciado, nesta quinta-feira, pela Polícia Civil de São Paulo por quatro crimes relacionados a suas duas passagens pela prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1996 e 2000-2002). Palocci responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha e falsidade ideológica."
Fonte: Último Segundo

Caminhos

Estou a tentar aqui evitar que alguém diga a coisa realmente idiota que as pessoas dizem muitas vezes d'Ele: 'Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre de moral, mas não aceito a Sua pretensão de ser Deus.' Esta é a coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse meramente homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre de moral. Seria ou um lunático - ao nível de um homem que diz que é um ovo escalfado - ou então seria o Diabo do Inferno.

Temos que fazer a nossa escolha. Ou este homem era, e é, o Filho de Deus ou então é um louco ou qualquer coisa pior. Pode-se ignorá-lo como um louco, pode-se cuspir-Lhe e matá-Lo como um demónio; ou pode-se cair a Seus pés e chamar-Lhe Deus e Senhor. Mas deixemo-nos de vir com disparates condescendentes acerca d'Ele ser um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa saída. Ele não fez tenções disso.
(via O Pasquim da Reacção)

27.4.06

Os longos tentáculos da CIA manifestam-se na SIC Notícias

Licenciosidades

Até me atrevo a dizer que sem o suporte da herança da prosperidade económica do Estado Novo, dificilmente o regime democrático saído do 25 de Abril se teria aguentado.

A hipocrisia esquerdista face à subida do preço da gasolina

Imposing punitive taxation on gasoline to force people to ride bicycles has been one of the left's main policy goals for years.

For decades Democrats have been trying to raise the price of gasoline so that the working class will stop their infernal car-driving and start riding on buses where they belong, while liberals ride in Gulfstream jets.

The last time the Democrats controlled the House, the Senate and the presidency was in 1993. Immediately after trying to put gays in the military and socialize all health care, Clinton's next order of business was to propose an energy tax on all fuels, including a 26-cent tax on gas. I think the bill was called "putting people first in line at the bus station."

Al Gore defended the gas tax, vowing that it was "absolutely not coming out" of the energy bill regardless of "how much trouble it causes the entire package." The important thing was to force Americans to stop their infernal car-driving, no matter how much it cost.

And mind you, this was before we knew Gore was clinically insane. Back then we thought he was just a double-talking stuffed shirt who seemed kind of gay.

Democrats in Congress promptly introduced an "energy bill" that would put an additional 25-cent-a-gallon tax on gasoline to stop "global warming," an atmospheric phenomenon supposedly aggravated by frivolous human activities such as commerce, travel and food production. This is the Democratic Party. That's their program.

A demagogia estatista

Pedido encarecido

Outra situação a esclarecer urgentemente

O Presidente da República não levou um cravo na lapela. Esta questão não é um mero pormenor. Não classifico Cavaco Sila de fascista; não penso sequer que o mesmo pense que o 25 de Abril foi negativo (...)

A questão de fundo é outra: é saber se o mais alto magistrado da nação olha o 25 de Abril como a data fundadora - e heroíca - da democracia portuguesa, ou se considera que foi um 'happening', que o curso da 'história' impôs, sem fazer qualquer julgamento de valor em relação aos 50 anos de Estado Novo. Como se um antes e um depois praticamente não existissem. Um rio que corria e que teve um pequeno sobressalto - que fez as suas vítimas, e que levou Portugal até ao século XXI.
Ainda assim acho que devemos primeiro esclarecer a situação do Scolari.

Uma situação a esclarecer urgentemente

Luiz Felipe Scolari has been offered the job of England manager and is discussing terms with the Football Assocation, the BBC has learned.

(...)

Scolari is thought to have a gentleman's agreement with the Portuguese FA not to commit himself to another job until his current deal runs out in July.

But it is understood part of the FA's talks in Lisbon were about waiving this arrangement.

Freedom Week em Cambridge

Applicants must be undergraduate or graduate students at the time of the application. We are especially looking for bright ambitious students, who are likely to succeed in areas such as the media, academia, politics, writing or business.

Application

If you would like to take part in Freedom Week, please send us by
7 May 2006 (the deadline has been extended):

1 your CV;
2 a statement as to why you would like to participate in the seminar
of 400 words or less;
3 a statement of 200 words or less about you career interests;
4 other supporting evidence as to why you would be suitable to be
included in the
programme (must be concise !);
5 a self-addressed and stamped letter size envelope, UNLESS you
apply by e-mail.

Procedure

Your application will be considered by Freedom Alliance and by academics. The 30 successful students will receive a letter inviting them to participate in the seminar. They will be asked to confirm their participation, together with a £20 application fee (which will be refunded on the first day of the Seminar).

Address

Please send your application to:
Freedom Week
1 Bedfordbury
London WC2N 4BP, UK

or by e-mail to: jp@freedomweek.org.uk (please put "Application [your name]" in the subject box)

Europe After the NO Votes

In Europe After the NO Votes, Professor Patrick Messerlin of the Institut d’Etudes Politiques de Paris, argues that the NO votes in the French and Dutch referenda on the proposed EU constitution highlight the need to design an economic agenda for the future of the EU congruent with its fundamental purpose. The NO votes show that the EU cannot be a European ‘super-state’ providing a wide range of social policies, but must return to the modest role originally set out in the slim Treaty of Rome. Professor Messerlin shows how liberalisation of agriculture, manufacturing and services, and engagement with widely held fears about globalisation, must be an essential part of future reform of the EU.
Encomendas aqui.
Download gratuito do pdf aqui.

Admirável mundo novo (3)

[P]enso que devemos ter atenção à discriminação sexual nas sociedades símias. Há ainda muitas chimpazés fêmeas que vivem numa cultura machista. Sobretudo as da espécie pan troglodytes, podia-se dizer, mas não vamos começar agora, aqui, a colocar rótulos e dizer que tal espécie é mais isto ou aquilo que a outra e outras demonstrações dum espécismo ultrapassado, embora muitos biólogos continuem a insistir em fazer este tipo de considerações. Não há espécies com comportamentos sexistas. Há, sim, espécies a quem, historicamente, faltaram os programas de sensibilização adequados para os problemas da desigualdade de géneros.

Background reading: Admirável mundo novo e Admirável mundo novo (2)

(via Blasfemias)

UE: mais um "bom" negócio

Abrilices

A OPA da Sonae e os cortes de pessoal na Portugal Telecom

Henrique Granadeiro, o novo CEO da Portugal Telecom, anunciou cortes de pessoal na empresa. Os situacionistas que andam nos jornais a criticar a OPA da Sonaecom em nome «dos trabalhadores da PT» não se encontram certamente na lista de dispensas.

Aviso à Navegação

Está-se a espalhar...

...a sustentabilidade da Segurança Social não pode ser feita só com base nos números..."

O homem que era quinta feira

Ubiquity. The gift or power of being in all places at one time, but not in all places at all times, which is omnipresence, an attribute of God and the luminiferous ether only. This important distinction between ubiquity and omnipresence was not clear to the mediaeval Church and there was much bloodshed about it. Certain Lutherans, who affirmed the presence everywhere of Christ's body were known as Ubiquitarians. For this error they were doubtless damned, for Christ's body is present only in the eucharist, though that sacrament may be performed in more than one place simultaneously. In recent times ubiquity has not always been understood – not even by Sir Boyle Roche, for example, who held that a man cannot be in two places at once unless he is a bird.

Ambrose Bierce

A burocracia britânica não espera que os encarregados de educação tenham o dom da ubiquidade, tão-pouco o divino atributo da omnipresença. Limitam-se a esperar que, como os pássaros de Sir Boyle Roche, possam estar regularmente em dois sítios ao mesmo tempo.

Só em função dessa expectativa se compreende a decisão da autoridade escolar de St. Albans, Hertfordshire. O burocrata de turno informou Tracy Clarke que apenas um dos seus dois filhos poderá frequentar a escola local a partir de Janeiro. A outra criança será obrigada a frequentar uma escola diferente, a considerável distância. A decisão tornará a vida da família Clarke num pequeno inferno logístico e é tanto mais bizarra quanto se tratam de gémeos com quatro anos de idade, que nunca estiveram separados desde o dia em que nasceram.

Os prejudicados pelo livre arbítrio e pela obtusidade burocrática têm de estar em dois lados ao mesmo tempo; os burocratas responsáveis por decisões grotescas como esta, nunca estão em lado algum.

26.4.06

Fazer Futuro

A Economia no buraco

A única hipótese é Portugal deixar de colocar o défice como um objectivo. Alguém me explica qual o problema de ter um défice de 5%, em vez de 3%? Vamos ser expulsos do clubinho, é?

Calma...

As reacções à entrevista de Marques Mendes ao DE, onde este sugere o recurso a rescisões amigáveis na função pública, não se fizeram esperar (via RR):

Esta posição já mereceu comentário do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. Bettencourt Picanço diz que não há, em Portugal, funcionários públicos a mais e acrescenta que, com esta sugestão, o PSD deixou de ser alternativa ao Governo PS.
Diferente é a visão da FESAP: Nobre dos Santos diz que não está contra eventuais rescisões amigáveis, desde que seja respeitada a vontade dos trabalhadores, mas primeiro há que esclarecer se há ou não funcionários públicos a mais em Portugal.
Já os Sindicatos da Função Pública contestam a proposta de eliminação de postos de trabalho no sector, como forma de resolver os problemas do País.
Por seu turno, Carvalho da Silva, líder da CGTP, critica os partidos do poder pela forma como, ciclicamente, advogam a eliminação de postos de trabalho na Função Pública como forma de resolver os problemas do país.

Não creio que haja razão para grande preocupação. O actual governo não apresentou nenhuma política que vise diminuir, activamente, o quadro de pessoal do funcionalismo público (aquela história do 1 por 2 não conta). Quanto ao PSD, e dadas as suas perpectivas temporais de regresso ao poder, o seu líder pode sentir que vale a pena correr o risco de fazer propostas que até há alguns meses não passariam pela cabeça de nenhum social democrata. O que pode vir a ser positivo...
Por enquanto, aconselha-se calma. Os sindicatos do sector não correm o risco de ver diminuir o universo de possíveis membros, pois os funcionários públicos, via a legislação mantida também pelo PSD, continuarão alheados das regras do mercado de trabalho.

Jane Jacobs, R.I.P.

"I hate the government for making my life absurd," she said in an interview with the journal Government Technology in 1998.

What she most hated was taking time away from her writing, which she said was her way of thinking. And in at least five distinct fields of inquiry, she thought deeply and innovatively: urban design, urban history, regional economics, the morality of the economy and the nature of economic growth.

Her major books followed a logical progression, each leading naturally to the next. From writing about how people functioned within cities, she analyzed how cities function within nations, how nations function with one another, how everyone functions in a world of conflicting moral principles, and, finally, how economies grow like biological organisms.

(...)

In 1952, Ms. Jacobs got a job as an editor at Architectural Forum, where she stayed 10 years. This gave her a perch from which to observe urban renewal projects. In a visit to Philadelphia, she noticed that the streets of a project were deserted while an older, nearby street was crowded.

"So, I got very suspicious of this whole thing," she said in an interview with The Toronto Star in 1997. "I pointed that out to the designer, but it was absolutely uninteresting to him. How things worked didn't interest him.

"He wasn't concerned about its attractiveness to people. His notion was totally esthetic, divorced from everything else."

Her doubts increased after William Kirk, the head worker of Union Settlement in East Harlem, taught her new ways of seeing neighborhoods. She came to see prevalent planning notions, which involved bulldozing low-rise housing in poor neighborhoods and building tall apartment buildings surrounded by open space to replace them, as a superstition akin to early 19th-century physicians' belief in bloodletting.

"There is a quality even meaner than outright ugliness or disorder," she wrote in "Death and Life," "and this meaner quality is the dishonest mask of pretended order, achieved by ignoring or suppressing the real order that is struggling to exist and to be served." [destaque meu]
(via Tom Palmer)

Amanhã nas bancas

Incómodos compreensíveis

Em qualquer caso, desde já vou enviar um e-mail para o Director do Público solicitando ao mesmo que exija ao Director da Dia D que retire AAA dos seus colunistas.

É sem dúvida um bom sinal.

Os sinos dobram por nós

Jaquinzinhos em papel

Esticar até partir

A verdade nem sempre é popular

«Sei que muitos festivais não vão exibi-lo», disse o actor. «Isso vai continuar a aontecer porque existem pessoas que não querem ver a imagem de Che ser arranhada e porque existem aqueles que apoiam o regime de Castro. Ele ainda tem muitos defensores à volta do mundo. Algumas pessoas acham que Castro é um salvador, que lhe olha pelas crianças e pelos pobres. Isso é uma parvoíce. Em 45 anos desde que Castro chegou ao poder, Cuba está entre os três países com mais abusos de direitos humanos em 43 destes anos. as pessoas fecham os olhos para estas atrocidades», assegurou Garcia.

25.4.06

O neoconservadorismo e suas ramificações

Leitura recomendada (III)

Trinta anos após um golpe de Estado que derrubou uma «ditadura de ferro» que, paradoxalmente, não deu um tiro em sua própria defesa, a mentalidade portuguesa continua rendida a banalidades de salão e de salinha, não ganhou consciência crítica e continua a engolir tudo quanto lhe põem à frente.
Assim, trinta e dois anos depois do 25 de Abril de 1974, afirmar que este golpe de Estado foi feito por gente de boa e de má fé, por gente que estava ao serviço de Portugal e por gente que estava ao serviço de interesses estrangeiros, por gente que serviu o País e por gente que se serviu do País, e dizer que o segundo grupo predominou desde esse dia de Abril até ao dia 25 de Novembro de 1975, que ia lançando o País na guerra civil, que entregou os territórios africanos aos representantes da URSS quando havia outras forças com quem lidar (e que foram vergonhosamente traídas pelas «autoridades» portuguesas), que promoveu nacionalizações vergonhosas, ocupações selvagens, que destruiu empresas, fez saneamentos persecutórios, ocupou jornais e rádios, tentou proibir a liberdade de imprensa e mandar os «fascistas» para o Campo Pequeno, é, hoje em dia, trinta e dois anos depois, crime de lesa-pátria e uma despudorada declaração de «fascismo».

Decepcionante

Leitura recomendada (II)

A minha geração é incrível. É a geração que entrou com 25 anos no 25 de Abril. É a geração do pós-guerra e, por isso, muito dada ao (tendencialmente) gratuito. Uma geração que, depois da anterior ser de esquerda, quis ser ainda mais à esquerda: MRPP, LCI., MES (a minha) e Grito do Povo. Foi, de facto, uma geração de gritos.

No meu tempo as pessoas que se prezassem eram contra a exploração dos países pobres pelos países ricos. Estranhamente, agora que os pobres, como a China, estão finalmente a explorar os ricos, também são contra…

Uma geração que demorou a compreender que a palavra exploração tem dois sentidos. O dos marxistas, que diz que uns “exploram” os outros (roubando parte do seu trabalho) e outro, no sentido de fazer render os nossos talentos, a nossa capacidade de criar riqueza e servir os outros.

Ora a minha geração tomou a peito o primeiro e, por isso, não se cansou de explicar que o capitalismo – o mercado – é uma fraude que conduz ao roubo, ao engano. Talvez por isso, os mesmos que criaram sistemas sociais impostos, que estão na iminência de falir, não se sintam preocupados, e muito menos culpados. O povo está destinado a ser enganado e desta vez, embora o resultado seja o mesmo – uns a viverem à custa de outros –, houve boas intenções. Mas, por mais incrível que possa parecer, a minha geração continua a considerar-se utópica e altruísta.

(...)

Um dirigente desportivo de um clube de Lisboa acusou um dia um seu adversário de “amandar” empresas para a falência. A minha geração pretendeu ir mais longe, “amandar” a sociedade inteira para um grande embuste: “O caminho para a sociedade socialista”. A coisa, entretanto, faliu, mas o caminho (e o folclore) ainda consta no Preâmbulo da nossa “lei fundamental”, impondo assim às futuras gerações “A constituição do nosso atraso”, como escreveu ontem André Azevedo Alves, no Dia D do “Público”. Um jovem que é também autor do livro “Ordem, Liberdade e Estado”. Uma obra que espero seja mais um sinal de que a nova geração, que tem a mesma idade que a nossa tinha quando seu deu o 25 de Abril, está disposta a colocar, finalmente, o Estado depois da Liberdade. Seria incrível que a “geração rasca” fosse capaz de mostrar à geração que mais contribuiu para a criar que é capaz de se “desenrascar” e de pôr o País a navegar de novo com sucesso, levando a bom porto o barco da Liberdade. A Liberdade dos que crêem, com Herculano, contra os centralistas, que o progresso não virá senão do livre movimento dos indivíduos na esfera da sua actividade legítima.

Os orgãos da Causa

Leitura recomendada (I)

Ao contrário do que possam pensar alguns distraídos, os liberais identificam-se com muito pouco no regime derrubado em 1974: não gostam de um figurino "constitucional" que limitara bastante as liberdades individuais instauradas no século XIX (e não na I República, como os mesmos distraídos pensam); não gostam da arbitrariedade com que o poder executivo se permitia violar as liberdades restantes; não gostam do monopólio político e sindical que o Estado patrocinava (União Nacional e estrutura corporativa); não gostam do regime económico profundamente regulado e proteccionista que fôra herdado do passado, mas que Salazar aperfeiçoara, sistematizara e tornara ainda mais pesado; não gostam da férrea regulação da educação e das actividades culturais que a burocracia e a polícia impunham.

Talvez tenham alguma simpatia pela geral ordem financeira em que o Estado vivia e pela política do "escudo forte"; mas, convenhamos, é pouco quando tanto estava tão mal. No que os liberais divergem dos "democratas de Abril" é no pouco entusiasmo com que olham para a cultura política que surgiu em 1974 como alternativa ao Estado Novo.

O "25 de Abril" não se fez em nome da experiência histórica do liberalismo que o republicanismo, primeiro jacobino e depois autoritário, interrompeu; fez-se em nome de uma míriade de socialismos coligados que iam fundar um "país novo" e que chegaram ainda a apresentar-se como nova "União Nacional democrática" no defunto M.D.P. (PCP+PS-PPD), como se ainda se vivesse, trinta anos depois, no equívoco frentismo anti-fascista de 1945.

Divulgação

  • Resumo e Índice do livro "Ordem, Liberdade e Estado: Uma reflexão crítica sobre a filosofia política em Hayek e Buchanan" de André Azevedo Alves

  • Texto completo da edição portuguesa do livro "Escola Austríaca: Mercado e criatividade empresarial" de Jesús Huerta de Soto.
  • 24.4.06

    A impossibilidade de uma sociedade sem metafísica

    O cepticismo é uma existência terrível. É a mais abjecta mentira do Homem. O Homem finge não crer, quando não faz outra coisa! Passa a acreditar na banalidade, numa soma de todos os disparates.

    (...)

    A sociedade sem metafísica é uma impossibilidade maior que a sociedade sem classes.

    Admirável mundo novo (2)

    Admirável mundo novo

    El PSOE solicitará al Congreso de los Diputados que se reconozcan los 'derechos humanos' de los simios

    MADRID.- Los responsables del Proyecto Gran Simio solicitarán este martes a los diputados la adhesión a su proyecto, entre cuyos objetivos destaca "incluir a los antropoides no humanos en una comunidad de iguales, otorgándoles la protección moral y legal de la que actualmente solo gozan los seres humanos". La comparecencia viene avalada por el grupo socialista en el Congreso.
    Coitados dos símios. Ainda os põem a declarar IRS. Mas acho bem. A única coisa que não entendo é porquê discriminar os carneiros e o gado bovino. Afinal têm tanta afinidade com as pessoas como os símios.

    Milton Friedman Prize for Advancing Liberty

    When Laar took the reins of power of the newly independent country in 1992, he was only 32 years old, and Estonia was struggling to heal from the wounds of Soviet occupation. Laar believed that the way to ensure success for Estonia was to cultivate freedom and self-determination. In only two years in office, he negotiated the withdrawal of Russian troops from Estonian soil and introduced the kroon, one of Eastern Europe's most stable currencies. He also instituted a flat tax rate, a move which has been widely copied—even in Russia. Under Laar, Estonia removed price controls, discounted useless regulations, and saw the largest real per capita income of any of the former Communist states.

    But as Laar, who served two terms as prime minister, has pointed out, he is not an economist: "I had read only one book on economics—Milton Friedman's Free to Choose. I was so ignorant at the time that I thought that what Friedman wrote about the benefits of privatization, the flat tax and the abolition of all customs rights, was the result of economic reforms that had been put into practice in the West. It seemed common sense to me and, as I thought it had already been done everywhere, I simply introduced it in Estonia, despite warnings from Estonian economists that it could not be done. They said it was as impossible as walking on water. We did it: we just walked on the water because we did not know that it was impossible."

    Globalização em debate

    Em destaque

    23.4.06

    Nas bancas a 27 de Abril

    Mundo Moderno

    Deserdados da Fé

    Desilusão

    Mais um ano do Dragão

    Video Blasfémias