9.9.06

Lost in Translation

Vasta Conspiração Insurgente strikes again

Abanão numa imprensa em declínio

A chegada do Sol, o fim de O Independente e a revolução do Expresso representam o maior abanão na imprensa portuguesa dos últimos 15 anos, mas temo bem que o rumo continue por traçar. O Expresso e a sua reformulação gráfica são um bom exemplo de como se valoriza o acessório para não ter de encarar o essencial. O líder do mercado garante que esta é a maior mudança da sua história, mas o que promete ele? "Letra maior", "mais espaço entre linhas", "focos de informação directa e clara", "maiores fotografias", tudo isto em prol de um jornal "mais cómodo", "útil" e "alegre", três adjectivos que têm feito mais mal à imprensa do que a kriptonite ao Super-Homem. As reformulações gráficas transformaram-se na grande panaceia do jornalismo português. Mas, de um modo geral, elas só mascaram a falta de ideias editoriais. De nada servem cabeçalhos novos com velhos hábitos. O que faz falta em Portugal não são jornais mais bonitos. O que faz falta - muita falta - são jornais melhores.

Prevê-se discussão sobre envio de companhias de engenharia

Rational Choice

Mirandismo avança

O dia em que morreu um ditador...

Chez nous, trente ans après, il est difficile de comprendre comment Mao a pu envoûter toute une génération d'intellectuels de gauche. D'avantage que le sursaut nationaliste bien compréhensible des origines, ce fut, à partir des années 1956-1957, avec les Cent Fleurs et la radicalisation qui s'en suivit, la quête d'une «voie chinoise» qui fascina bien des esprits. Et c'est précisément cette dérive qui conduisit la révolution maoïste à ses pires excès. Des débordements que personne ne pouvait ignorer.
De facto, muita gente, supostamente inteligente e de grande cultura, seguiu Mao mais o seu livrinho vermelho, ignorando olimpicamente o estado de pobreza e atraso em que ele manteve a China e os chineses. E essa mesma gente, certamente ofuscada pelo brilho do Presidente Mao, ignorou, não menos olimpicamente, os milhões de mortos que a ditadura comunista chinesa provocou. Se calhar, não tinha que ser assim mesmo, pois esses mortos seriam todos perigosos contra-revolucionários que poriam em perigo os avanços no caminho maoísta para o socialismo.

Destes que, em tempos foram ofuscados pelo maoísmo, há pelo menos alguns que agora se sentem envergonhados por alguma vez na vida, por pouco tempo que tenha sido, terem seguido Mao. Andre Glicksman assim o afirmou: "Mon engagement «maoïste» à la française, si bref fût-il, me fait encore monter le rouge au front." No entanto, a cegueira continua em muitos. Não é por acaso que o Bernardino Soares afirma que não tem a certeza de que a Coreia do Norte não seja uma democracia...

8.9.06

Back to Huxley

Para além de ser mais seguro, o cartão do cidadão permite ainda registar informações pessoais relativas ao grupo sanguíneo, a indicações de alergias ou contactos de emergência.

A distopia segue dentro de momentos.

A asneira é livre

"Quando ouvir que a saúde, a justiça e outras coisas que tais não são produtos que se vendem, desconfie"
Agora, como compatibilizar este facto com o dogma liberal-clássico que a Justiça é um serviço do tipo "bem comum"?

Pergunta o António Costa Amaral em comentário a este post e muito bem. Tenho dúvidas que esse seja um dogma liberal-clássico, desde logo porque creio que o conceito de “bem-comum”não cabe na doutrina liberal. O “bem comum” depende tanto da interpretação individual que não é possível qualquer acção colectiva que vise atingi-lo.
Por mim não tenho problema em defender a Justiça em bases utilitaristas. Ou seja, não é uma questão de bem ou mal, é apenas uma ferramenta que regula e garante o contrato social implícito. O verdadeiro utente da organização burocrática judicial é a própria Justiça, que não é um bem em si mesmo, é apenas um contributo para que possamos viver em comunidade sem cair numa sociedade hobbesiana.
No fundo, é uma questão de mind-frame, de paradigma. Em vez de pensarmos em “bem comum” pensemos em utilidade.

A bem da ortodoxia Hayekiana

Interessante

As FARC e o PCP (10)

No Parlamento, CDS e PSD acusaram o PCP de falta de legitimidade para falar de terrorismo. Evocando afirmações do deputado Jorge Machado que qualificou como "actividade terrorista" a detenção e transporte ilegal de prisioneiros que tem vindo a ser imputada à CIA, o CDS criticou o que disse ser "um manifesto paradoxo".

"O PCP vem falar em actos terroristas, como é que convida organizações terroristas?", questionou o líder parlamentar centrista, Nuno Melo, secundado pelo social-democrata Henrique de Freitas: "Um partido que admite na sua festa nacional um movimento terrorista não pode falar nestes termos".

Afirmações que o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, contesta. "Não recebemos lições de forças políticas que consideravam que o ANC ou Nelson Mandela eram terroristas", afirmou ao DN.

"Desde que seja eu a mandar..."

As FARC e o PCP (9)

A propósito das notícias sobre a presença das FARC na Festa do «Avante!»
(07.09.2006)

Tendo em conta as notícias vindas a público pela comunicação social e respectivas declarações de entidades diplomáticas e do estado português sobre a presença das FARC na Festa do “Avante!” tona-se público o seguinte:

«1 - A exemplo de anos anteriores, participaram na Festa do “Avante!” – a convite do PCP – 43 partidos e organizações progressistas de todo o mundo, transformando-a num importante acontecimento internacional e num grande espaço de solidariedade internacionalista e de luta contra o imperialismo. Facto que, por si só, revela os profundos laços de cooperação e amizade que o PCP mantém com partidos e povos de todo o mundo e que raramente é noticiado pela comunicação social portuguesa como um dos aspectos mais ricos da Festa do “Avante!”

2 - Os princípios que norteiam os convites decididos pelo PCP para a Festa do “Avante!” e outras iniciativas, baseiam-se exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências – como é o caso do governo colombiano. Assim, estiveram em Portugal organizações de países e povos que prosseguem corajosamente processos de luta contra essas políticas como são exemplos o Partido Comunista Libanês, várias organizações palestinianas, nomeadamente a OLP, o Partido Comunista de Cuba, o Partido Comunista da Boémia e Morávia, etc…

3 - No quadro dos convites efectuados para a Festa do Avante - de acordo com os princípios enunciados anteriormente - estiveram presentes nesta iniciativa duas organizações provenientes da Colômbia a saber: O Partido Comunista Colombiano e a Revista “Resistência”.

4 - O PCP aproveita esta oportunidade para denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC - uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra – como organização terrorista
Algumas dúvidas:
  1. Os "profundos laços de cooperação e amizade" significa que o PCP apoia as acções de "resistência" destes grupos armados, nomeadamente atentados às populações e sequestros? Será que, para o PCP, actos de terrorismo são justificáveis se forem realizados em nome da "resistência ao grande capital e ao imperialismo (...) [com o objectivo de luta por uma] justa e equitativa redistribuição da riqueza"?

  2. Se existe "solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas (...) antidemocráticas" porque, então, convidar para a Festa do Avante os partidos comunistas de Cuba ou da China?

Paternalismo europeu

The European Union's highest court yesterday banned many British employees from choosing how much overtime they want to work
[fonte: Daily Telegraph

Dia D

7.9.06

Doing Bussiness 2007

Abu Hamza al Muhajer

"Oh, súditos do emir dos fiéis, o mulá Omar! Oh, filhos de Osama bin Laden! Oh, discípulos de Ayman al-Zawahiri! Oh, homens de Abú Mussab al-Zarqawi! Eu os convido a matar pelo menos um americano num prazo de 15 dias"

(via Terra)
"Dignos" representantes do que já foi uma civilização...

Rocket Ride (Hezbollywood Remix)

Afinal, sempre estiveram lá...

O ponto cego do feminismo

What started out as radical feminism has thus gradually become egalitarianism, the fight against “discrimination” of any kind, the idea that all groups of people should have an equal share of everything and that it is the state’s responsibility to ensure that this takes place. A prime example of this is Norway’s Ombud for Gender Equality, which in 2006 became The Equality and Anti-discrimination Ombud. The Ombud’s duties are “to promote equality and combat discrimination on the basis of gender, ethnic origin, sexual orientation, disability and age.”
###
Western feminists have cultivated a culture of victimhood in the West, where you gain political power through your status in the victim hierarchy. In many ways, this is what Political Correctness is all about. They have also demanded, and largely got, a re-writing of the history books to address an alleged historic bias; their world view has entered the school curriculum, gained a virtual hegemony in the media and managed to portray their critics as “bigots.” They have even succeeded in changing the very language we use, to make it less offensive. Radical feminists are the vanguard of PC.

When Muslims, who above all else like to present themselves as victims, enter Western nations, they find that much of their work has already been done for them. They can use a pre-established tradition of claiming to be victims, demanding state intervention and maybe quotas to address this, as well as a complete re-writing of history and public campaigns against bigotry and hate speech. Western feminists have thus paved the way for the forces that will dismantle Western feminism, and end up in bed, sometimes quite literally, with the people who want to enslave them.

Criminalidade

"Num passado ainda recente, a Inglaterra era uma das nações mais obedientes à lei na face da Terra. Quando Lee Kuan Yew visitou Londres, vindo de Singapura, logo após a II Guerra Mundial, ele ficou tão impressionado com a honestidade dos ingleses e seu respeito à lei e à ordem que ele voltou para casa determinado a fazer o mesmo em seu país.

Hoje, Singapura é uma das nações mais obedientes à lei no mundo, enquanto a criminalidade na Inglaterra aumentou a um nível que, pela primeira vez, excede à dos EUA.
(...)

Roubo é considerado ofensa 'leve' por líderes de ambos os partidos (do Trabalho e Conservador) na Inglaterra. Casos raros em que ladrões são presos são criticados pela mídia.

A ideologia esquerdista a respeito do crime, incluindo seu desprezo pela propriedade privada, tem se alastrado por todo o espectro político, atingindo a todos que desejam ser considerados 'homens de seu tempo'. Essa ideologia é essencialmente a mesma em ambos os lados do Atlântico, mas na Inglaterra atingiu uma dominância muito maior e sem contestação."

Thomas Sowell, "Esquerda e criminalidade: Parte I"

(via Mídia Sem Máscara)

Não há festa como esta!

As FARC e as crianças

"No maltrate los niños; son el futuro" - FARC - EP


Na foto acima, uma miúdo marcha com as FARC, porque estas estão preocupadas com o seu futuro.
Mais fotos de crianças ou das actividades por estas desenvolvidas, enquanto estão ao cuidado das FARC (sempre preocupadas com o futuro) podem ser encontradas no sítio da Human Rights Watch (conhecida organização ao serviço do grande capital e do imperialismo).

David Cameron: pobre oposição

People should blame globalisation rather than immigration for problems like low wages, David Cameron has said.

In a speech in India, Mr Cameron said the benefits of globalisation cannot simply be celebrated.

There are depressed towns in the UK "where the winds of globalisation feel like a chilling blast, not an invigorating breeze", he said.

[BBC News; meu link]
A globalização além de beneficiar os países mais pobres (exportam mais, reduzindo a necessidade de emigrar) também possibilitam aos cidadãos britânicos o aumento do seu rendimento disponível através do crescimento económico daqueles países (exportações) e, sobretudo, maior poder de compra (produtos importados a preços mais baixos). Os benefícios da globalização superam os seus custos.

Mas estes benefícios estão "escondidos" dos eleitores dado que a comunicação social privilegia imagens do fecho de fábricas. Há, por isso, uma clara necessidade de educar a população sobre a globalização (ver o documentário de Johan Norberg: "Globalisation is good", via My Guide to Your Galaxy). David Cameron parece ter desistido.

Tony Blair: 1 ano

Tony Blair will announce later he will be stepping down as prime minister within the next 12 months, Downing Street has confirmed.

He will make a statement on his future between 1400 BST and 1500 BST.

He is not expected to give a precise date but Commons leader Jack Straw has indicated the prime minister plans to stand down in May.

It follows 48 hours of bitter feuding and a string of resignations over Mr Blair's refusal to name an exit date.

As FARC e o PCP (8)

O PCP "aproveita a oportunidade" para, mais uma vez, sair em defesa das FARC e "denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC - uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra - como organização terrorista".

[Diário de Notícias, via Tugir]
Nem uma palavra sobre Íngrid Betancourt e centenas de outros sequestrados.

911

Em Portugal, a geração dos 30/40 anos, que está no máximo das suas capacidades laborais e empreendedoras, cresceu rodeada de uma rede de segurança e não consegue coragem para arriscar viver.
É-o muito mais para as gerações que se seguem. A doutrina colectivista (pouco me interessa saber que é esquerdista) ganhou raízes. A geração dos quinze/trinta anos é ainda mais medrosa, mais reaccionária e conservadora que a que a precede. É como se à medida que avançamos no tempo, recuássemos nas ideias. Ler um manual do ensino básico é uma experiência esclarecedora. Ouvir um late adolescent sobre a América é uma tortura. E não, não é nem na direita nem na esquerda que existe qualquer espécie de salvação.
Porque o Liberalismo não é só económico, nem só social. De acordo com os meus parcos conhecimentos da doutrina Liberal a liberdade negativa (Isaiah Berlin) implica que, por exemplo, o reconhecimento pelo estado das uniões homossexuais (essencialmente por causa de heranças, partilhas e direitos) não seja posta em causa. Que no caso do aborto, não sejam nem os aborcionistas, nem os defensores da vida pré-concepção que determinem a Lei. A Direita, seja ela qual for não é menos intervencionista, nem nunca será, que a Esquerda. Só os temas fracturantes é que mudam.
Não há salvação possível. Haveria, se nós, os que nos consideramos Liberais decidíssemos ter mais filhos, três ou quatro por casal, e os educássemos na Liberdade. E isto é tudo o que pode ser feito.
Julgo que foi Hayek que disse que entre uma ditadura Liberal e uma democracia socialista preferia a primeira (ou algo parecido, sabendo que “ditadura Liberal” é uma contradição de termos). Infelizmente, num Mundo em que, com a colaboração prestimosa de marxistas requentados, alter globalistas impotentes, Neo-Cons, “Liberals” e socialistas de Terceira Via (não, não estou a pensar em Blair, é mais PSD, PS e social democratas suecos), a Democracia foi eleita Bem Supremo em si mesmo e se esqueceu a Liberdade e a tradição, há pouco a fazer.
Por razões profissionais lido essencialmente com gente jovem, em idade de correr riscos e o que vejo são miúdos mimados, cheios de direitos e sem a mínima noção do dever correspondente. Num certo sentido invejo a geração de sessenta, do flower power, das guerras coloniais e do Maio de 68. Com todos os erros e defeitos, aceitaram e assumiram o risco. Não desisti ainda, no entanto.

6.9.06

Cliente ou utente?

Discografia insurgente #2

Discografia insurgente #1

Democracia Brasileira

Os sinos dobram por nós

As FARC e o PCP (7)

O PCP enviou uma saudação ao 17º Congresso do Partido Comunista Colombiano, que se realizou entre 8 e 11 de Outubro em Bogotá, sublinhando a sua «persistente, heróica e criativa luta» em defesa dos «interesses dos trabalhadores e camponeses pela solução política do conflito armado, com base na satisfação das justas e urgentes reclamações populares de que o PCC e as FARC são portadores, pela democracia, o progresso social e o socialismo».

«Ao contrário do que pretendem os ideólogos do "pensamento único", é possível defender e construir alternativas de progresso social que o desenvolvimento da luta de massas em muitos países e regiões bem testemunham», considera o Comité Central do PCP.

«O PCP entende que, na actual conjuntura, a par da organização e mobilização dentro de cada país, se exige igualmente o reforço dos laços de solidariedade internacionalista dos comunistas e de todas as forças do progresso social», conclui.
A 23 de Fevereiro de 2002 Íngrid Betancourt, candidata a presidente, era raptada pelas FARC.

Previsíveis efeitos da regulação administrativa

A proibição dos galheteiros nos restaurantes portugueses levou ao aumento de 25% do preço do azeite e a um "acréscimo exponencial dos resíduos" das embalagens, que são "altamente poluentes.
Contudo, ainda não são conhecidos que efeitos teve esta medida nos frequentes, e aparatosos, acidentes com galheteiros.

[fonte: Diário de Notícias]

Democracia Mexicana

- Na América, dois dias depois das eleições, já sabemos quem será o próximo presidente.

Ao que o mexicano respondeu:

- Pfff, isso não é nada. No México, nós já sabemos o resultado seis meses antes das eleições.

Durante sete décadas, o PRI comandou os processos políticos no México, onde afirmava-se que a corrupção já estava institucionalizada. Com a eleição de Vicente Fox em julho de 2000, as coisas começaram a mudar. Não é possível, afinal de contas, manter uma estrutura política "engessada" e ao mesmo tempo desejar a inserção em uma nova realidade global. Infelizmente, velhos hábitos são difíceis de esquecer. Os seguidores de Obrador demonstram isso através de sua intransigência e imaturidade.

Se para muitos a democracia no México começou de fato no ano 2000, poderíamos dizer que a confusão que os discípulos de Obrador estão fazendo entre "liberdade de manifestação" e "perturbação da ordem pública" decorre do fato da democracia mexicana ser muito recente. Mas seria uma explicação deficiente por excesso de simplicidade. Afinal de contas, o desrespeito às instituições e as fanfarronadas apenas seguem o padrão do que sempre tem sido a esquerda na América Latina: mais revanchista do que planejadora e previsora, mais romântica do que racional, aproveitando-se sempre do apelo à emotividade para conquistar "corações e mentes".

Caso não haja uma atitude séria e definitiva da parte das autoridades mexicanas diante do comportamento anti-democrático do PRD, o México corre o risco de construir uma democracia malcriada e birrenta, a exemplo do que se tem em outros países da América Latina. Algo bastante contraproducente na realidade do mundo pós-Guerra Fria.

Será a sina deste continente andar sempre na contramão da história?

5.9.06

Justo reconhecimento do trabalho do Cato Institute

The Cato Institute is the foremost upholder of the idea of liberty in the nation that is the foremost upholder of the idea of liberty.

Objectivo alcançado?

Pela possibilidade de escolha

RR:

Os espaços públicos terão um prazo provisório de três a quatro anos, durante o qual podem optar por ser ou não livres de fumo do tabaco.
Em declarações à RR, o ministro da Saúde confirma esta alteração de fundo na nova versão do ante-projecto de lei contra o tabaco, que brevemente deverá ser aprovada em Conselho de Ministros.
Em vez da proibição total, o Governo abdica de uma lei dura.

RR:

"Um recuo total" - é a reacção da Confederação Portuguesa para a Prevenção do Tabagismo(...)
"Deve ter havido uma influência de algum interesse económico que quer manter tudo como está", acrescenta [Luis Rebelo, CPPT].

O Ministério da Saúde justifica a mudança de posição com sondagens que revelam que a maioria dos portugueses considera que bares e restaurantes devem poder escolher se querem ou não ser livres de fumo.

Não conheços as sondagens a que a notícia se refere, mas registo com agrado a opção dos inquiridos de que devem ser os proprietários desses espaços a decidir que tipo de negócio têm. É que ao contrário do que se diz acima eles não são "espaços públicos"; são propriedade privada.

Expectativas elevadas (2)

Felipe Calderon, Presidente do México

MEXICO CITY - Felipe Calderon became president-elect of Mexico on Tuesday, two months after disputed elections, when the nation's top electoral court voted unanimously to reject allegations of fraud and certify his narrow victory. His leftist rival, Andres Manuel Lopez Obrador, had said he would not recognize the ruling. His supporters wept as the decision was announced and the courthouse shook as protesters set off fireworks outside.

Barry Goldwater era liberal?

As FARC e o PCP (6)

No Espaço Internacional [da Festa do Avante] poder-se-á visitar os seguintes espaços: PDS (Alemanha); MPLA (Angola); PC da Bolívia; PT do Brasil; PAICV (Cabo Verde); PC do Chile; PC da China; PC da Colômbia; PT da Coreia; PC de Cuba; Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (El Salvador); PC de Espanha; Bloco Nacionalista Galego (Galiza); Partido dos Comunistas da Catalunha; «L’Humanité» (França); PC da Grã-Bretanha; PC da Grécia; Partido dos Comunistas Italianos (Itália); Partido da Refundação Comunista (Itália); Partido FRELIMO (Moçambique); Organização de Libertação da Palestina; PC Peruano; Frente Polisário (Sahara Ocidental); FRETI-LIN (Timor Leste); PC da Turquia; PC do Uruguai; PC da Venezuela.
Não existe qualquer referência às FARC. Será que fez parte da comitiva do partido comunista colombiano???

Desafio aos leitores: alguém me consegue fornecer imagens do referido stand?

As FARC e o PCP (5)

Recentemente vieram a público falaciosas noticias lançadas para a opinião pública por parte de alguns órgãos de informação daquele país que, de uma forma irresponsável, insinuam existir uma nova estratégia por parte das FARC-EP para se infiltrarem nas universidades, através de alguns dos seus membros sob a designação de militantes da JUCO. Esta associação naturalmente acarreta graves perigos para os activistas e militantes da JUCO.

A JUCO é uma organização juvenil de carácter legal que desde 1932 vem exercendo juntamente com o Partido Comunista Colombiano e os trabalhadores o seu papel na luta pela democracia e pela paz com justiça social.

Assim a JCP associa a sua voz às justas reivindicações por parte da JUCO, que exigem do Governo a garantia de integridade física e o direito à vida e militância dos jovens da JUCO. A par da exigência aos meios de comunicação responsáveis por estas notícias, que rectifiquem, clarifiquem e aprofundem a informação, visto que esta põe em risco a situação dos militantes da JUCO por todo o pais.
Talvez os jovens comunistas portugueses devam começar por falar com os editores do jornal Avante:###
Miguel Urbano Rodrigues: Outra questão. Não apenas os inimigos, mas por vezes forças democráticas com uma posição muito crítica perante o regime de Uribe, afirmam que as FARC não conseguem implantar-se nas grandes cidades, que não avançam nesse terreno, que não penetram nas classes médias urbanas. Que tens a dizer sobre o assunto?

Ricardo González, comandante Estado do Maior Central das FARC-EP: Relativamente ao assunto, a desinformação é total. Resulta de um desconhecimento do que são as FARC-Exército do Povo como organização político-militar. Não somente contamos com um aparelho armado como constituímos também o Partido Comunista Colombiano clandestino. Construimo-lo assim, clandestino, porque ali não há possibilidades de desenvolvimento real de organizações legais, abertas, de carácter revolucionário. E estamos também a construir o Movimento bolivariano pela Nova Colômbia, que é um movimento igualmente clandestino com forte implantação em sectores estudantis e operários, nos bairros periféricos das grandes cidades e em meios universitários e entre a intelectualidade. O que se passa é que este é um trabalho eminentemente clandestino. Não podemos tornar publico o que está a ser feito nos terrenos ideológico, político e organizativo. Esse trabalho é muito importante.

Março 2004

As FARC e o PCP (4)

Guardo belas recordações do contacto com os camaradas das FARC Reconforta registrar a desambição e a autenticidade desse combatentes, bolivarianos pela coragem e o espírito latino-americano e internacionalista, marxistas pela sua lúcida compreensão da historia.

Renova a esperança confraternizar com revolucionários desta têmpera no limiar do século XXI, na era da globalização neoliberal, neste tempo de covardia intelectual e de abdicação. A epopéia das FARC-EP, a sua inquebrantável confiança na vitória distante, sem data, transporta e transmite a esperança da humanidade.

A solidariedade com a luta dessa gente maravilhosa tornou-se um dever para todos os homens e mulheres progressistas na vastidão do planeta.

As FARC e o PCP (3)

FARC has financed itself through kidnapping ransoms, extortion, drug trafficking which includes but it is not limited to coca plant harvesting, protection of their crops, processing of coca leaves to manufacture cocaine, and drug trade protection. Many of their fronts have also overrun and massacred small communities in order to silence and intimidate those who do not support their activities, enlist new and underaged recruits by force, distribute propaganda and, more importantly, to pillage local banks. Businesses operating in rural areas, including agricultural, oil, and mining interests, were required to pay "vaccines" (monthly payments) which “protected” them from subsequent attacks and kidnappings. An additional, albeit less lucrative, source of revenue was highway blockades where guerrillas stopped motorists and buses in order to confiscate jewelry and money, which were especially prevalent during the presidencies of Ernesto Samper Pizano (1994-1998) and that of Andrés Pastrana (1998-2002).

Over time, fewer recruits joined the organization for ideological reasons, but rather as a means to escape poverty and unemployment. “FARC's narcotics-related income for 1995 reportedly totaled $647 million.” Although the FARC rarely provides a regular cash pay to the majority of its members, per capita income for Colombian guerrilla fighters has at times been calculated to reach at least 40 times the national average.

As FARC e o PCP (2)

Gostava muito de ver a Assembleia da República a aprovar um voto - claro, conciso e que não deixasse espaço para pretextos - exigindo a libertação imediata dos sequestrados das FARC e fico curioso quanto a como o votariam o PCP e os seus aliados dos Verdes.
Há silêncios e atitudes que são inadmissíveis e clarificações que não podem ser adiadas. Seria importante que, independentemente de todas as divergências ideológicas, à esquerda se dividissem as águas, remetendo os extremistas que apoiam (explícita ou tacitamente) organizações criminosas, terroristas e regimes totalitários para o seu devido lugar no espaço público de uma democracia liberal.

As FARC e o PCP

Os blogs e a crise dos jornais

A interpretação comum sobre a referida crise, vai no sentido de responsabilizar menos os media tradicionais e enfatizar o aumento e a gratuitidade dos novos meios de comunicação, com especial destaque para a Internet e todos os produtos seus associados.
Sucede, porém, que esta explicação não é suficiente. Há que acrescentar que, nos últimos anos, os jornais portugueses se entretiveram a disputar leitores e mercado publicando verdadeiras abjecções supostamente informativas.

Socialismo no Diário da República

Caso Mateus e o papel dos tribunais arbitrais

Ética terrorista

You're entering the twilight zone

The socialist way

Em caso de desacordo, sff não respondam

The European Commission will from next week onwards start to send its proposals for EU laws directly to national parliaments for comment - but it has made clear that it will not review any of its plans if national deputies dislike them.
[fonte: EU Observer]

Expectativas elevadas

Fiat Lux

A marcha da demagogia (4)

4.9.06

O exemplo de Arnold Schwarzenegger

Vienna vs. Chicago

In his new book, Vienna and Chicago, Friends or Foes? economist and author Mark Skousen debates the Austrian and Chicago schools of free-market economics, two schools in constant, heated disagreement in their theories of money, business cycle, government policy, and methodology.

Traição (2)

Arnold has been a frequent attendee and speaker at Reason Foundation Banquets in Los Angeles over the years. Even more it was recently uncovered that Arnold once attended a hardcore libertarian conference. Former UCSD student and current PrestoPundit.com Columnist Gregory Ransom discovered Arnold’s name as an attendee at an obscure conference on Austrian Economics held at his college in the 1980s. He wrote, “I remember picking up a small, poorly bound book that was a collection of papers presented at a very academic, very technical symposium on Austrian economics… On the first page was a small list of attendees… and there was Arnold Schwarzenegger’s name.”

Highly respected economic conservative and Washington Times Editorialist Donald Lambro had this to say about Arnold in a recent column; “he has deep-set political beliefs in the power of capitalism, deregulation and free markets to create economic prosperity. His reading includes books by Friedrich Hayek, the Nobel Prize-winning economist best known for his seminal free-market work, The Road to Serfdom.”

Veteranos da blogosfera portuguesa

Traição

Habla usted castellano?

Aristóteles: perigoso filósofo da reacção

Breve resumo do estado geral da imprensa portuguesa (2)

A velhinha lógica aristotélica é a ferramenta favorita de análise destes radicais [de direita].
(via João Miranda, em post publicado no Blasfémias)

Empresas públicas exemplares

Top Blogs: relatório completo

Educação na violência

Palestinian teachers began striking Saturday, the start of the school year, to demand full back pay and regular salaries from the Hamas-led government, which has been financially crippled by six months of international sanctions.
Most schools throughout the West Bank remained closed, some by force, as the strike continued.
At least three masked militants stood outside a school in the northern West Bank city of Nablus and fired in the air to keep children away, witnesses said.
Stray fire hit a 12-year-old boy, Issam Ghannam, in the abdomen, witnesses said.(...)

The strike was widely viewed as a tactic by Fatah to pressure Hamas to join it in a national unity government.

[News.Yahoo]

O futuro da imprensa

Os tempos são conturbados para a imprensa nacional e internacional. Por cá, o fim do Independente marca mais um passo na diminuição da circulação.

A The Economist dedicou a capa da edição da semana passada a este assunto, colocando na capa a pergunta "Who killed the newspaper?" (texto de acesso livre). A ler.

Example

3.9.06

Em destaque

Ironias da vida

"At the beginning of the Eight Century, Islam-converted nomadic Berbers arraived to Spain. During that century, the Muslims expanded and controlled the Iberian Peninsula. The response of European Christendom began around the Eleventh Century, with the Reconquest and the Crusades. The Muslims were finally defeated in Granada, in 1492."

Claudio Téllez, "Europe or Eurabia?"

(via Claudio Téllez)

Breve resumo do estado geral da imprensa portuguesa

Recordar alguns lugares-comuns do pós-gonçalvismo

Para os mais velhos, ou aqueles que preservam a memória da "via portuguesa para a pelintrice" - vulgo economia socialista - aqui deixo quatro conceitos muito em voga na geringonça do imediato pós-gonçalvismo. O país estava de rastos, com 26% de inflação, 15% de desempregados, sem nada exportar, com metade do aparelho produtivo debatendo-se pela sobrevivência, com metade dos hotéis às moscas e os outros ocupados pelos desgraçados da descolonização, pelo que o que sobrou da bacanal revolucionária foi a pelintrice, a mais vil, misturada com azedume, frustração e inveja.

Chávez e "Fidel": Paixão Tropical

A marcha da demagogia (3)

No primeiro semestre do ano chegaram ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) perto de nove mil propostas de emprego para os desempregados ali inscritos. Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, apenas 4.700 dessas vagas foram preenchidas por pessoas à procura de emprego. No preciso momento em que o Bloco anda a marchar contra o desemprego, talvez fosse boa ideia, para fazer baixar o desemprego, marchar pela aceitação de emprego pelos desempregados.

Bill of No Rights

Onda vermelha

Desrespeito do prazo «curto» implica envio de número indiscriminado de unidades de engenharia

Expresso, Sol e o que mais se verá...

A semântica dos subsídios estatais

A bem da compreensão de futuros argumentos estatistas, seria razoável que cada vez que se falasse em subsídios se usasse a expressão "pagamento forçado de". Assim, em vez de falarmos em subsídios à empresa A, deveríamos falar em "obrigar os cidadãos que não querem produtos dessa empresa a pagá-los através de impostos"; quando falássemos em subsídios à cultura deveríamos usar "obrigar os cidadãos que não querem contribuír para a manutenção do produto cultural a fazê-lo"; e por aí fora...

Leituras insurgentes

A marcha da demagogia (2)

A marcha da demagogia (1)

Seguindo as pisadas do saudoso General Gomes da Costa, o Bloco Iniciou ontem a sua marcha pelo emprego.

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O Dr. Francisco Louçã também disse que a marcha pelo Emprego prova «capacidade governativa» do BE. O velho general não se atreveria a tanto. Mas o Dr. Louça tem razão. A marcha pelo Emprego prova «capacidade governativa» do BE. Prova que é nula.