26.8.06

11 de Setembro de 2001: a importância da memória

Cory Maye

O desafio iraniano

Hizb al-Tahrir: da Palestina para o mundo

Meanwhile, a radical Islamic group called Hizb al-Tahrir (Liberation Party) is planning to declare the birth of an Islamic caliphate in the Gaza Strip on Friday. The relatively small party, which is seen as more extreme than Hamas, is said to have increased its popularity following what is perceived as a Hizbullah victory over Israel.

On Tuesday, thousands of the party's supporters staged a demonstration in Gaza City to mark the anniversary of the end of the collapse of the Ottoman Empire. It was the first demonstration in the Gaza Strip in which demonstrators called for establishing an Islamic caliphate that would rule not only in the PA territories, but the entire world.
(via LGF)

Um mal nunca vem só

Rentrée

O "jornalismo" de causas na Azinhaga dos Besouros

Será que a SIC não compreende que os seus jornalistas não podem tomar o partido de uma das partes num conflito? Nos incidentes da Azinhaga dos Besouros, alguns moradores e uma organização ligada ao BE, "Solidariedade Imigrante", têm resistido às demolições sentando-se nos telhados. Por que razão a jornalista da SIC entrevista alguns moradores em cima do telhado, podendo certamente fazê-la no chão, visto que nada se estava a passar ?

José Saramago e a idolatração do totalitarismo comunista

After all, one can scarcely imagine the elders of Stockholm attributing the Nobel Prize for literature to a writer, whatever his artistic merits, who notoriously denied the holocaust or was guilty of pro-Nazi militancy. And yet, if we replace the words ‘holocaust’ and ‘Nazi’ by ‘gulag’ and ‘Stalinist’, we will find that Saramago is far guiltier than the shame-faced Heidegger, who at least had the grace to give up his rather pallid militancy and, once Nazism was discredited, to feel uncomfortable about his past. But Heidegger was an intelligent and cultivated man. Whether Saramago is either of these is, on the evidence, open to doubt—and perhaps the only excuse for his abject politics.

(...)

Wave after wave of disenchanted dissidents left the Party during those years, but Saramago’s name was never among them. His name, however, was always present among the signatories of those regular manifestos, petitions and open letters beloved of semi-skilled intellectuals. His following solidified and grew as his literary output increased. As the years went by and memories began to fade most people outside intellectual and university circles had forgotten Saramago’s role in the 1974-75 purges.

(...)

To judge by Press reports of his reception outside the Luso world, things are probably even worse there, where scarcely anybody knows who the Nobel prize-winner really is.
So the Saramago phenomenon is not to be dismissed lightly. There are a number of lessons it has to offer. First, that the literary judgement of elderly Swedes is as little to be trusted nowadays as when their grandfathers flunked Tolstoy in 1901. Second, that communism, a decade after its fall, is now quite respectable and not to be held against its adepts. This means that at least in one way things are worse than they were before the fall, when the daily publicized testimony of dissidents had made it decidedly unrespectable. Third, that the international news media, so well-informed when it comes to things lubricious, can be remarkably ill-informed on important matters. Fourth, that there are still a huge number of ‘useful idiots’ around. Indeed there are probably more of them today in consequence of 1968 and its heirs helping to destroy educational standards. Finally, that strange things happening in ‘far-away, unknown countries’ should not be dismissed lightly.

Sobre a refundação da direita

A organização partidária do espaço da direita no post-25 de Abril sofreu uma evidente má formação genética explicável pelas circunstâncias históricas, o PREC, o pacto MFA- -partidos e tudo o mais que se conhece, o que levou ao assentamento de uma direita "consentida".

(...)

Se é certo que a crise político-partidária é generalizada, atingindo do mesmo modo a esquerda, a ruptura histórica de 74/75, à direita, constituiu um ónus, ainda não ultrapassado.

A oportunidade da refundação da direita não decorre, contudo, do mau estado partidário, mas antes, por exemplo, da necessidade de fornecer enquadramento ideológico e doutrinário a modos concretos de ver Portugal, de rever conceitos face às grandes transformações das sociedades, de dar forma a aspirações e reivindicações quanto ao fundo e ao modo de governação.

Neste sentido - o único que realmente interessa - esta refundação parte de um exercício intelectual, cultural e político ocorrendo por definição fora do território partidário, caracterizado hoje por separar mais do que junta e partir mais do que une, ciclicamente desgastado por discórdias e cizânias internas.

Para este exercício são indispensáveis os que, para além dos partidos, reflectem estas questões, constroem pensamento, estudam, se informam e debatem com uma liberdade e rasgo que a cultura dominante subtrai aos que exercem actividades partidárias, em regra limitados a uma agenda mediatizada e medíocre.

É neste universo muito mais vasto - hoje curiosamente visível, por exemplo, na blogoesfera - que as direitas (e as suas novas gerações) se manifestam e se arrumam numa organicidade inorgânica, muito mais produtiva no plano das ideias e muito mais estimulante no plano interventivo. É assim que exercem a sua influência com um alcance transversal, suprapartidário, e comprovada eficácia.
(via Combustões)

Mais um post impertinente

Avante!

Não sei quem gere o correio dos leitores do jornal «Avante» mas de algum modo hei-de dar conta ao director daquela publicação da estranha metamorfose sofrida por uma frase minha acontecida no «Avante». Mais precisamente o sujeito da frase mudou e a URSS sumiu-se!

Are you with me? (III)

Zeca Afonso e a idolatração do totalitarismo comunista (2)

Que os comunistas o tenham "nacionalizado", que se tenham apossado da sua memória como se fosse farinha para o pão da "causa" socialista, que tenham usado dos seus escritos como argamassa das teorias igualitárias, bem, isso é indesmentível mas não tem nada a ver com o próprio António Aleixo; é a velha e relha técnica dos intelectualóides esquerdistas, tudo lhes serve desde que seja da marca "popular", de Rosa Ramalho a Catarina Eufémia, invenções e mitos, deslumbramentos e atavismos próprios do coitadismo militante. Aleixo foi no pacote, por assim dizer; é um paradigma da cultura dita popular, logo encaixa na perfeição no discurso esquerdista, na liturgia comunista, nos tiques e nas manias da intelectualidade bem-pensante e fina, ou seja, da esquerda caviar, que é aquela que ao menos lê alguma coisa.

Que os comunistas e seus émulos, mais ou menos disfarçados de democratas, tenham transformado a obra daquele homem em algo de enjoativo, pela reiteração sistemática, de quase nauseante, por tanto martelarem os ouvidos das pessoas com os versos do poeta, bem, não tem dúvida: de facto, ele não há comício, não há "festa do Avante", não há "manif" onde a gente não leve com as rimas do António (as mesmas, são sempre as mesmas); pois sim, é verdade. E isso o que tem? Não poder a gente, em muitas ocasiões, até na televisão e na rádio, poder abrigar-se das enxurradas aleixianas, isso é culpa do próprio Aleixo, por acaso?

(...)

Está muitíssimo mal escrito, mas é genuíno. Não é de facto brilhante, mas é simples. Ou seja, infinitamente mais do que aquilo que se pode dizer da esmagadora maioria dos consagrados, esses brilhantes artífices do pedantismo em rima branca.

25.8.06

Anti-semitismo e extrema-esquerda na Argentina

Cortaron parte de la arteria en horario pico. Los encapuchados llegaron al lugar para "expresar su solidaridad" con Irán. El líder de ese grupo afirmó a Infobae.com que intentaron impedir una manifestación "sionista".

La comunidad judía denunciará a Quebracho

AMIA y DAIA harán una presentación judicial en contra de la agrupación por haber impedido una protesta de jóvenes frente a la embajada de Irán

Sobre o Quebracho: Movimiento Patriótico Revolucionario Quebracho

Informação não confirmada

Günter Grass, Senhor das Cartas Abertas, Consciência da Alemanha

Ensino público vs privado: um exemplo inglês

Private school chiefs have called for tougher A-level questions as results showed that nearly half of all grades awarded to their pupils this year were As.

Figures for 31,700 pupils in 484 independent schools out today showed they performed consistently better than their peers in the state sector, scoring double the number of top marks.

But so many 18-year-olds are getting top grades that universities struggle to identify the brightest students, the Independent Schools Council [ISC] said.

Edward Gould, ISC chairman, said A-levels should be reformed to introduce harder questions.
[fonte: Daily Telegraph]

Capitalism shall overcome

Na Zambujeira, desde há dois anos que as bancas com os anéis, colares, brincos e demais bric-à-brac artesano-hippie, sairam da rua principal e estão situados num espaço logo ali ao lado e que acabou por se tornar ponto de passagem de quem dá um passeio depois do jantar, por exemplo.

Este ano reparei numa novidade.
A par do tal espaço e de alguns resistentes (podemos lhes chamar os pequenos comerciantes desta história), que expõem as suas peças no passeio da rua principal, junto aos restaurantes, eis que um rapaz teve a arrojada ideia de agarrar no seu mostruário e fazer-se à areia. Conseguiu, assim, aumentar a probabilidade de vender algo durante o dia, enquanto os veraneantes se estendem nas toalhas.
De chapéu-de-sol em chapéu-de-sol, lá ía ele mostrando os seus trabalhos (brincos, pulseiras, colares, anéis), à procura de clientes.
Talvez dando-se conta do sucesso desta iniciativa, alguns dias depois, duas raparigas começaram a fazer o mesmo. Como trabalhavam juntas, conseguem realizar a exposição e demonstração das peças com mais desembaraço que o tal rapaz, conseguindo mais atenção por parte dos potenciais clientes.

Nesta história há um exemplo de como a livre iniciativa funciona. Aos três empreendedores, os meus parabéns.

Segredo de Estado

Por lo menos 20 muertos y decenas de personas hospitalizadas es el saldo provisional de un brote epidémico de dengue que las autoridades cubanas mantienen en secreto y que tiene abarrotados varios hospitales de Ciudad Habana y seriamente preocupados a los residentes de la capital.

"Llevamos tres semanas tratando de controlar el brote pero los recursos disponibles son mínimos, porque se está trabajando con mucha discreción ya que el gobierno no ha querido decretar una emergencia por epidemia de dengue", aseguró desde La Habana a El Nuevo Herald una fuente de los servicios sanitarios cubanos.
(...)
Ni la prensa oficial ni los medios internacionales de prensa acreditados en La Habana han dado cuenta de este brote epidémico, que se ha desarrollado en el marco de un gran despliegue informativo y publicitario en torno a la enfermedad del dictador Fidel Castro.

"Creo que el gobierno no ha decretado la epidemia porque teme empañar su imagen y evitar preocupaciones a los futuros visitantes, ya que estamos en vísperas de la Cumbre del Movimiento de los No Alineados", argumentó la fuente.

Cuba mantiene en secreto la existencia de un brote de dengue

(via El Nuevo Herald)

A falta de legitimidade da Europa

A ‘doutrina europeia’ vai sobreviver?

Como é bonita a amizade!

Vous dites que la France est une amie du Hezbollah. Or elle est, avec les Etats-Unis, à l'origine de la résolution 1559 qui demande le désarmement du Hezbollah.

J'ai une idée personnelle sur la résolution 1559. Je crois que la priorité des Français dans cette résolution était le retrait des troupes syriennes du Liban. Le désarmement du Hezbollah, c'était une demande américaine et israélienne. Beaucoup de gens du Hezbollah partagent cet avis. La France connaît bien le jeu interne au Liban et elle soutient le dialogue national libanais pour parvenir à une solution au sujet des armes du Hezbollah. C'est pour cela que nous ne sommes pas des ennemis, nous sommes dans le cadre de l'amitié.

(...)

Les Casques bleus pourraient être autorisés à ouvrir le feu pour se défendre, à protéger des civils et à désarmer des miliciens qui se trouveraient sur leur passage. Etes-vous d'accord ?

Nous sommes d'accord avec les deux premiers points. Concernant les armes, je suis sûr qu'il n'y aura aucun soldat du Hezbollah sur leur chemin. Maintenant, si nous voulons à tout prix poser cette hypothèse, je pense que c'est à l'armée libanaise de prendre ces armes car elle a des relations directes avec le peuple libanais. Si la Finul voit des armes, je pense qu'elle ne devrait pas les prendre directement mais demander à l'armée libanaise de le faire
(via David Rennie)

Zeca Afonso e a idolatração do totalitarismo comunista

No passado fim de semana, a RTP exibiu um verdadeiro show de totalitarismo revivaleiro. Zeca Afonso divinizado, exaltado e tido como um "génio", deu azo a uma torrente de cançonetas de incontinente pendor marxista terceiro-mundista. As palavras sempre as mesmas (solidário, inquietação, amigo, companheiro, Maio, ceifeira), o ritmo puxando ao falso-rústico das "raízes" - outra palavra detestável - e a finalidade escancarada: tornar aceitável o abjecto (roubar, sanear, vingar, matar) e abrir portas ao totalitarismo comunista, tornando-o justificável à luz da rábula cantada. Zeca Afonso tinha um ar perturbado, queria mais, mais revolução, mais plano inclinado, mais ocupações, mais saneamentos, mais controlo operário, mais comissões de bairro - aquelas que faziam listagens com as pratas, os quadros e os aquecedores existentes nas casa dos inimigos de classe - mais poder popular, mais armas em boas mãos para defender a revolução; ou seja, mais balbúrdia que pedisse, no fim, mais um Estaline. Aquilo é Babeuf, Marat, a Comuna de Paris, a propaganda pelo facto do bombismo anarquista, mais comunalismo utópico em que entram as CEB's (Comunidade Eclesiais de Base), as Comissões de Ocupação de herdades (as célebres "comprativas"), os padres Max de gola alta e barbas à Sierra Maestra, a Teologia da Libertação, as mulheres-padres, os poetas repentistas e analfabetos (quantas vezes tivemos de engolir o banalíssimo Aleixo ?), o new-age dos alucinogénios e de outros estados de consciência alterados, o abortismo dá-cá-aquela-palha; sei lá, um sem-número de coisas sem mérito elevadas nos pedestais no culto do mau. Sintomaticamente, o programa terminou com uma discursata do inefável "Zeca": "a minha democracia não é a dos votos, mas a do poder do povo". Pois. Uma democracia da rua, de tiros na nuca, prisões arbitrárias, campos de concentração, reeducações e penúria para todos.

A pedra no sapato a que chamam "ética"

Diz, a dada fase, o LT no post "A ciência ao serviço da vida":

"(...) Confirmando-se esta notícia, estaremos perante uma revolução científica que, ultrapassando as questões éticas levantadas pela destruição dos embriões, permitirá avanços significativos ao nível da medicina regenerativa (...)".


Essa questão está ainda longe de ser pacífica no plano ético. Podemos legalizar a destruição das células estaminais, e até encontrar justificações utilitaristas para suportar essas opções. No momento parece que se conseguiu avançar para uma solução que preserva os embriões. Mas e que vamos fazer com esses embriões? Congelam-se ad eternum? Destroem-se? Permite-se a sua reutilização? Vamos ter filhos de pais mortos (como aconteceu em França)? Ou, pelo contrário, podemos proibir o seu acesso aos detentores daquele património genético? O sacrifício da vida - e os embriões são formas de vida, no seu estado inicial - para preservar outras vidas humanas, numa fase mais avançada, em nome da ciência, não nos deve colocar algumas reservas? Quais são os limites? Que fins justificam que meios? Existem vidas com um valor ético superior que avalizem certo tipo de sacrifícios? Ou defendemos que os embriões são formas de vida, mas não possuem, ainda, dignidade humana (não são "pessoa")? E, sendo assim, qual o momento em que um embrião adquire a sua humanidade, a sua personalidade?

O tema é complicado; agora, faz-me alguma confusão o modo como com tanta frequência - e tal está fortemente presente nos comentários ao post do LT - se coloca, de um lado, a ciência - apresentada como uma "candeia que ilumina duas vezes" - em contraposição com a ética - uma espécie de pedra no sapato, de raíz obscurantista, que parece só existir para prejuízo da humanidade e da civilização. Como se a ética estivesse limitada pela ciência, e não o contrário. Como se não fossem os fundamentos da ética os mesmos que nos definem, pela positiva, como seres humanos. O maniqueísmo subjacente ao enaltecimento da ciência, com o intuito de limitar e esgotar o espaço da ética, representa um retrocesso civilizacional, e não, como se quer fazer crer, um avanço.

Rodrigo Adão da Fonseca

24.8.06

A França entra em acção...

O estranho mundo de Basahr Al-Asad

Syrian President Bashar Al-Assad has expressed strong opposition to the deployment of U.N. troops along his country's border with Lebanon, saying such a move would be "hostile" to Syria and create problems between the two nations.
A não ser que a força da ONU pretendesse atacar a Síria não vejo que problemas iria causar. A não ser que as forças da ONU pudessem eventualmente impedir (ou pelo menos detectar) fornecimentos de armas ao Hezballah...

"This negates the sovereignty of Lebanon," Al-Assad said in an interview Wednesday with Dubai TV.
Folgo em ver que o presidente sírio se preocupa com a "soberania" do Líbano. Especialmente depois de ter actuado como força de ocupação e interferir continuadamente neste país.

"No country in the world accepts having soldiers of another nationality patrolling its border."
Nenhum?!! Tem a certeza?

"They are taking sovereignty away from the Lebanese government and giving it to other forces while they talk about spreading that sovereignty," he said. "This is a hostile position towards Syria and will naturally create problems between Syria and Lebanon."
Naturally, mas só se isto significar uma redução da influência síria no Líbano. Digo eu...

Educação e Liberdade de Escolha - II

Dado o que aqui escrevi, não posso deixar de simpatizar com as preocupações que Helena Matos apresenta no Blasfémias.

RMI

The facts tell a powerful story: When the poor are invited to live as people with dignity, within structures of liberty, they will usually do so.

Atlas shrugged a little bit

Have you read Atlas Shrugged lately? You don´t have to, you can look at Bolivia instead: On May 1st, Evo Morales sent the military to the private oil and gas fields to socialise them. Now the Bolivian government has just realised that they don´t have the funds or the technical knowledge to take over the production. So now they want their victims to help them make the loot operable. It´s like someone stole your car and then asked you for driving lessons.

23.8.06

Sempre a Propriedade Privada

"A propriedade privada da propriedade é o meio normativo pelo qual o princípio do uso comum é realizado. Primeiramente, a propriedade privada é essencial para o desenvolvimento da autoconfiança. Segundo, a propriedade privada nos ajuda a expressar e desenvolver nossa personalidade. Quando possuímos coisas, escolhemos como usá-las para expressar nosso interesse pelos outros, seja ao dar presentes ou ao investir em indústrias produtivas e geradoras de emprego. Terceiro, a posse privada ou a perspectiva de posse privada cria incentivos para as pessoas contribuírem de forma mais ampla para a sociedade ao seu redor. Ela encoraja as pessoas a trabalhar, a serem empreendedoras, a criar riquezas para si mesmas e para os outros. Por fim, a propriedade privada permite as pessoas a expressar diretamente as genuínas responsabilidades por si mesmos e pelos outros."

Samuel Gregg, "A propriedade privada e o bem público"

(via CIEEP)

Who framed Carlos Sousa?

Isto sim é uma argumentação séria

No que podemos falar do presente, como o Hezbollah, o Estado israelita sequestra, como o Hezbollah, o Estado israelita mata civis como táctica de terror, como o Hezbollah, o Estado israelita não cumpre nenhuma regra comummente aceita para a guerra.

(...)

Israel é um Estado democrático sem nenhumas preocupações em matéria de direitos humanos quando se trata da vida de árabes.

Acusações de governamentalização: reavivar a memória

O jornalista e escritor Artur Portela renunciou ontem ao seu cargo na Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), que ocupava desde 1994, em "protesto" contra a "inaceitável intromissão do Governo na esfera de atribuições e competência do órgão" regulador.

Na origem da decisão do relator, que tinha em mãos o processo de renovação da licença de televisão da SIC, está uma reunião entre o presidente da AACS, Armando Torres Paulo, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva (a pedido deste), em que o governante terá sugerido "metodologias, démarches, encontros e contactos" no processo de renovação de licenças de televisão.
(agradeço a sugestão ao leitor lucklucky)

Hezbollywood em acção mais uma vez

http://www.moqavemat.com - an Iran-based website run by the Hezbollah terrorist group - is running this picture (above) of what it claims is the Israeli ship it hit with a missile last month.

Now look at the Royal Australian Navy’s picture below - as published by Defence Industry Daily - of its sinking of the decommissioned Australian destroyer-escort HMAS Torrens off the coast of Western Australia in 1998 . We were told at the time the Torrens was deliberately sunk by a torpedo fired by one of our own submarines, the HMAS Farncomb.

Should we now think that we were in fact attacked by Hezbollah - or is this just the latest proof that Hezbollah will lie and lie again for propaganda gain?

Formas eficientes de resolver a tragédia dos comuns

It has been amply demonstrated both theoretically and empirically that the institution of private property rights can dramatically improve the economic efficiency of the fishing activity. As a result, during the last 25 years there, has been a great increase in the use of property rights in the world’s fisheries. The most commonly used instruments are IQs and ITQs ¯ from virtually zero 25 years ago, currently between ten and fifteen per cent of the global ocean catch is taken under ITQs. Other important property rights instruments are TURFs and community or group fishing rights.

Educação e Liberdade de Escolha

Abaixo, podem ler o texto de opinião que saíu na revista Dia D, com o Público da passada segunda-feira, 21 de Agosto.


Por esta altura do ano, são muitos os pais que vêem os seus filhos chegarem à última parte do seu percurso académico: a entrada no ensino superior. A alegria de ver o nome do descendente afixada no quadro de admissões virá, a seu tempo, dar lugar às preocupações com a entrada no mercado de trabalho. Como e em que condições é que aqui chegaram?
Para trás ficaram doze anos de escola. Ao longo desses anos, estes jovens serviram de cobaias às experiências decorrentes dos programas políticos da maioria do momento, à vontade dos responsáveis pelos vários graus de ensino (coadjuvados pelos grupos de interesses que à volta deles gravitam e que deles dependem) de deixarem a sua marca na educação, preparando, a cada vez, aquela que seria a derradeira reforma do sistema.
Às famílias, aos pais e aos alunos, pouca escolha lhes foi proporcionada. Mais uma vez, e tal como noutros aspectos da vida dos cidadãos portugueses, o Estado escolheu por eles, pedindo-lhes apenas que pagassem a conta quer gostassem ou não do resultado. E fez escolhas concretas: quais os conteúdos dos currículos, quais as escolas a frequentar, quais os professores e, muito importante, como avaliar a evolução da aprendizagem. Interessante é o aparente alheamento a essas escolhas, as quais deviam ser uma responsabilidade familiar, até ao momento em que soa o alarme dos valores negativos nas notas dos exames de admissão à Universidade. Nessa altura é tarde para reclamar um direito que não devia nunca ter sido cedido ao Estado com a facilidade e naturalidade com que o é: o direito de decidir e escolher que percurso formativo têm os seus filhos.
A posição dominante do ensino estatal é suportada pelos impostos de todos. Não há um verdadeiro mercado educacional, uma vez que um dos fornecedores é privilegiado pelos imensos recursos postos à sua disposição e pela possibilidade de regular o seu funcionamento. Como não há mercado concorrencial, não existe um sistema de preços ligado aos serviços prestados por cada escola e à procura desses bens pelas famílias dos alunos. Isso impede que as escolas, os professores e os currículos que melhor satisfazem o mercado educacional, sejam recompensados.
A falta de um mercado livre para a educação, causado pelas barreiras promovidas pelo Estado, tem no final do percurso académico um impacto significativo. É que o tal sistema de preços na educação, funcionaria também como um sistema de informação às famílias e aos estudantes sobre qual a Universidade, qual o curso que, a par com as suas vocações, melhor os prepararia para o mercado de trabalho. Este transformaria o preço num veio transmissor das suas necessidades de recrutamento e da valorização dos serviços prestados por cada escola. Por tal mecanismo não funcionar, são milhares os jovens que prosseguem a sua formação em áreas de que o mercado de trabalho não necessita. Acabam por engrossar as fileiras dos “doutores” desempregados, sem que contas sejam feitas aos gastos com tão ineficaz percurso académico. Resta-lhes um sentimento de que o país lhes continua a dever algo, esperando que o estado lhes assegure saídas profissionais (nem que seja aumentando o funcionalismo público), não estando preparados para dirigir a sua vida profissional para fora das suas áreas académicas.
Os mesmos que defendem a supremacia do planeamento central, consideram inatacável o pressuposto da gratuitidade do ensino suportado na Constituição. Nunca é tido em conta os recursos que são retirados a todos os contribuintes para serem distribuídos de forma a manter todo conjunto de serviços de educação e acção social a funcionar. Nem mesmo a introdução de um sistema de cheque-ensino, que financiasse as escolhas de cada família e promovesse a competição entre os fornecedores, fossem elas escolas públicas ou privadas, merece aprovação ou consideração. Tal é visto como uma brecha aberta à sempre odiosa liberalização. Acima de tudo, impedir que as famílias e os alunos sejam responsáveis pelas suas escolhas – é esse o objectivo de quem procura manter o status quo que tão maus resultados tem produzido.

Sobre Eduardo Cintra Torres e a governamentalização da RTP

Qana, Hezbollywood e a corrupção dos media

E depois de Blair?

Sobre o miserável sistema de saúde cubano

The "Cuban miracle," as Harris puts it, rests on the prevention, rather than treatment of disease. And for good reason! Treatment of disease requires advanced prescription drugs and expensive medical equipment that have to be purchased in the capitalist West. And how can an inefficient socialist economy produce enough foreign currency to afford such purchases? It cannot.

(...)

As Matus Posvanc, an economist who works for the Hayek Foundation in Slovakia, wrote to me after his recent trip to Cuba, "The people have no access to prescription drugs. The pharmacies are empty of even the most basic medicine. In fact, I had to help a Cuban lady buy drugs at a special clinic that has wonderful facilities and is well stocked with drugs. That clinic, however, only caters to tourists and prominent members of the Cuban Communist Party." Other acquaintances, who have been to Cuba, found that the locals had to supply their own medicines and linen, because hospitals simply did not have them.

Both of my parents are medical doctors and I grew up in communist Czechoslovakia. As such, I find the problems of the Cuban healthcare system very familiar. As in Cuba, so in Czechoslovakia and throughout the supposedly egalitarian Soviet bloc, the prominent members of the Communist Party enjoyed superior healthcare in special hospitals or hospital wards. As in Cuba, the lack of hard currency resulted in the shortage of medicines, which had to be bought on the black market. As in Cuba, the availability of advanced medical technology was low. Socialism, it turns out, does not work no matter where you go -- Central Europe or the Caribbean.

In an article in the British daily The Guardian, Harris recently opined, "Cuba may look forlorn, all peeling buildings and pockmarked roads. Its economy may have long since tumbled into creaking anarchy. But unlike the old states of Eastern Europe, the revolution has a few genuine jewels to defend: chiefly, its education system, and globally acclaimed healthcare."

Strange, the superiority of communist healthcare was exactly what the Western socialists, like Harris, raved about during the Cold War. When the Berlin Wall fell and with it the veil of ignorance that shrouded the life behind the Iron Curtain, communist healthcare came to be seen for what it really was: far from equal and far from excellent. The same, I suspect, will become obvious in Cuba once the Castro brothers finally depart.

Matar judeus, só no estrangeiro

Egypt's Muslim authorities have stepped in to keep a wave of anti-Semitic sentiment from getting out of control, disowning an edict by a firebrand cleric calling for Israeli Jews to be killed.

(...)

Al-Azhar mosque, the leading theological authority for many Sunni Muslims, had to step in with a counter-fatwa and banned Higazi from preaching at Friday prayers.

"Killing Jews on the Egyptian territory would be a terrorist act," said the edict, issued three days after Higazi's.

However, the Al-Azhar fatwa said nothing about killing Jews in other countries.
(via LGF)

O caminho para a paz segundo Ahmadinejad

Voo Northwest Airlines escoltado de volta ao aeroporto na Holanda

AMSTERDAM, Netherlands - Dutch F-16s escorted a Northwest Airlines flight bound for India back to Amsterdam's Schiphol Airport on Wednesday, and authorities detained several passengers for questioning, an airport spokeswoman said.

Sobre a inevitável governamentalização da informação da RTP

A governamentalização da informação da RTP (com este e com todos os governos) tem uma raiz de fundo impossível de corrigir sem a sua privatização: o seu carácter de estação “pública” torna-a dependente de orientações governamentais quanto à sua cadeia hierárquica de poder interno e financiamento . Como muitas vezes tenho dito, o mais importante é escolher as pessoas certas para o lugar certo, não dar “instruções “ pelo telefone. E depois há o dinheiro que vem do bolso dos contribuintes e cujas “orientações” de despesa (por exemplo na compra do circo do futebol) têm relevância política.

Acresce depois que a mais ambígua das coisas é aquilo a que se chama "serviço público", nunca claramente definido. Tanto serve para fazer a cobertura menos incómoda para o governo dos incêndios, como de muitas outras matérias, como para produzir simultaneamente alinhamentos no telejornal completamente tablóides (2) (com o argumento que uma televisão que ninguém vê não cumpre com o "serviço público"), como para tratar a agenda governamental com uma deferência particular dando a ministros, secretários de estado, inaugurações e anúncios de obras um lugar privilegiado nos telejonais (3). Etc., etc.

Quem dá mais?

O candidato socialista às presidências francesas do próximo ano, Laurant Fabius, promete um aumento de 100 euros no salário mínimo francês
Não sei se também repararam que o candidato socialista promete distribuir dinheiro alheio.

[fonte: Dinheiro Digital]

Esclarecedor

EU countries agree that the strengthened U.N. force will not forcibly disarm the militia but merely oversee a political solution that would induce Hezbollah to turn in its weapons.

"Nobody wants to be saddled with the task that the Israeli military failed to achieve in a month of intense combat," said a European diplomat who declined to be identified due to the sensitivity of the issue.

The Europeans also have bitter memories of their troops being killed or humiliated while serving under weak U.N. mandates in Rwanda and the Balkans and are insisting robust rules before committing forces.

France, which has disappointed some by offering only 200 troops to double its contribution to the existing U.N. force in Lebanon, is particularly sensitive to any fatalities.

Eduardo Cintra Torres vs. Luís Marinho

Os sinos dobram por nós

Populismo esquerdista em acção

Só faltaram os tanques do Pacto de Varsóvia...

Are you with me? (II)

País sem lei (para alguns)

Até agora foi a brincar

Onde está a esquerda moderada? (2)

22.8.06

Chamem os franceses e está o problema resolvido

Vermelhos melhores do que austríacos só mesmo no futebol

O socialismo em acção (2)

Em 2005, recebiam o rendimentozito 135 150 pessoas. Já este ano, o PQT dá o rendimentozito a 268 384 almas. De certo este aumento não está relacionado com a governação e deve-se única e exclusivamente a um problema conjuntural que afecta a Europa toda e, por conseguinte, o PQT...

P.S. - Obviamente que este também não é um tema que interesse à oposição, nem sequer àqueles políticos que prometeram um dia que, se fossem Governo (e foram), acabavam com a coisa. Que eu saiba esses mesmos políticos estão a banhos.

McCain tries to have it both ways

"Menina, acabe com quem comecou."

O socialismo em acção

Os titulares do rendimento social de inserção (RSI) quase duplicaram em Julho face a igual período do ano anterior, passando de 135 150 para 268 384, de acordo com dados do Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social. E, desde Janeiro, o agravamento foi contínuo, contando-se mais 92 mil casos até Julho. Em consequência a despesa com esta prestação subiu 21,7% até Junho deste ano, representando cerca de 170 milhões de euros, tal como aponta a síntese de execução orçamental.

Timor-Leste, Estado falhado (3)

Timor-Leste, Estado falhado (2)

Comandante da GNR conta que há mais jovens a atacar e que «qualquer pessoa pode ser apedrejada». Mas há também armas artesanais que «entram fundo dentro da carne». Vários militares já foram atingidos. Mas até agora nenhum português.

Timor-Leste, Estado falhado (1)

Novos confrontos entre jovens timorenses registados esta terça-feira levaram a polícia australiana destacada na região a encerrar os acessos ao aeroporto de Díli, depois de três das suas viaturas terem sido atacadas.

O tiro no pé

Leitura recomendada

O dia 4 de Setembro entra na História económica nacional, porque formalmente a EDP perde um monopólio de 6 milhões de consumidores, que formalmente são livres de ir buscar alternativas mais baratas e com maior qualidade de serviço.

O dia 4 de Setembro vai sair da História, porque tudo o que estava previsto, com uma enorme probabilidade, não irá acontecer. A liberalização da energia em Portugal estava incompleta. É verdade que fica completa a partir desse dia. Formalmente. Pois continuará a ser uma liberalização mistificada

(...)###

As companhias eléctricas não estão em condições de oferecer preços inferiores às tarifas reguladas do Sistema Eléctrico Público, que se mantém intacto ali ao lado. O «mercado regulado» está protegido das flutuações das energias primárias, não reflectindo no preço ao consumidor a brutal escalada de petróleo e gás.

E é uma aberração imaginar que é possível manter a concorrência entre o regime tarifário e o regime liberalizado. No actual contexto, é até impossível. Num ano, o mercado liberalizado em Portugal (só para grandes consumidores) encolheu quase 20%. Um retrocesso.

A fuga dos consumidores para os preços administrados é uma atitude racional. Irracional é manter a distorção nos preços, que dá origem a um défice tarifário monstruoso (400 milhões de euros, só em 2005). Passa despercebido, mas é um autêntico horror económico, igual ao célebre «congelamento» dos combustíveis decretado por Guterres.

E não é uma fatalidade. À excepção de Espanha (a situação é mais grave, o défice tarifário é dez vezes superior ao nosso), os outros países reflectem no consumo a subida dos custos. Em Portugal, a tarifa foi actualizada à taxa de inflação (dois e tal por cento), enquanto o custo da geração de electricidade subiu 15%.

Insólitas opiniões

A extrema-esquerda faz o seu caminho

Resposta desproporcional da França

Combater o opus diaboli

Como dizem que pertenço ao Opus Dei, pensei ser uma boa oportunidade de ter acesso aos “códigos” que me regem sem que eu mesmo saiba. O título é uma alusão ao livro O Código da Vinci, de um certo Dan Brown. Li um ou outro artigo dando conta dos erros factuais que ele cometeu sobre a “Obra”, a vilã do livro. Atravessei as sete páginas de texto da “reportagem” que levou “meses” para ser produzida. E nada!

Tudo o que havia contra a “Obra” era relatado por desafetos. Ah, sim: ficamos sabendo do desconforto da repórter com prédios que ela diz serem impecavelmente limpos e arrumados. As personagens que ela tenta envolver numa aura de mistério são pessoas cujas relações com o Opus Dei são públicas. A profecia se autocumpre: a prova de que algo de estranho acontece está no fato de a Caros Amigos não descobrir o que é. A essência das teorias conspiratórias está na ausência de provas, não na abundância delas.

Onde está a esquerda moderada?

One woman show

Vendas da imprensa em queda acentuada também nos EUA

U.S. newsstands sold fewer magazines in the first half of 2006 compared with a year ago, data showed on Monday, as some markets were saturated with too many offerings while others had to compete with the Web.

Newsstand, or "single-copy," sales of magazines fell more than 4 percent to about 48.7 million copies in the first half of 2006, according to preliminary figures provided by U.S. magazine publishers to the Audit Bureau of Circulations.

Among U.S. news weeklies, Time magazine reported the biggest fall in newsstand sales of 24 percent. The magazine, owned by Time Warner Inc.'s Time Inc., plans to move its publication day to Friday from Monday to attract more readers on the weekend and boost sales.

Magazine sales have fallen because many readers are spending more time on the Internet, and because of a thicket of similarly-themed titles, said Samir Husni, chairman of the journalism department at the University of Mississippi.

Are you with me? ( I )

21.8.06

O quê, como, onde e quando

Recomendado

Intro

A Maior Hipocrisia do Mundo

A globalização incompreendida

"Para os entusiastas do processo de globalização econômica, os padrões de vida das populações melhoram em decorrência do aumento da prosperidade global. A intensificação das relações comerciais e financeiras aumenta tanto o fluxo quanto a geração de riquezas, pois a economia não é um jogo de soma zero. Já os críticos da globalização defendem que o processo globalizador é assimétrico e excludente, levando ao aumento da desigualdade de renda e à intensificação da pobreza, principalmente nas regiões mais pobres do planeta. Os ricos ficariam mais ricos e os pobres, mais pobres.
(...)
A globalização é, portanto, incompreendida, porque o que se tem de um lado são críticas inflamadas por uma boa dose de retórica ideológica, enquanto do outro lado temos defensores do processo que baseiam seus argumentos em pelo menos duzentos anos de teoria econômica e em análises cuidadosas da realidade que nos mostram que – seja ou não pelos efeitos da globalização econômica – o panorama atual não é tão negativo como costuma ser retratado.
(...)
Quando se diz que a globalização não é para todos, ou que alguns países não estão 'globalizados', faz-se referência à ausência, em alguns lugares, dos benefícios que a globalização econômica proporciona em outros lugares. Isso é uma realidade, mas não se pode concluir daí que a globalização seja excludente ou assimétrica. Somente a acelerada integração econômica e financeira não bastam para que os benefícios da globalização apareçam. Para que a riqueza flua pelas sociedades, é necessário que o capital não seja estéril, isto é, que os direitos de propriedade sejam claros e respeitados, que os sistemas judiciários sejam eficientes para dirimir conflitos, que as liberdades não sejam sufocadas e que o empreendedorismo e as iniciativas individuais sejam incentivadas e não tolhidas por regulações excessivas e pelo império da corrupção quase institucionalizada que verificamos em diversas partes do mundo."

Claudio Téllez, "A globalização incompreendida"

(via CIEEP)

Freedom fries vs. french fries (2)

Durante semanas, a França esperneou com a exigência de uma força de interposição no sul do Líbano. Uma força de que ela, a grande França, seria a espinha dorsal. Foi aprovada uma resolução à sua medida. E fixado um número: 15 mil homens. Passados dez dias (depois de negociados vários drafts, sempre por exigência francesa, a votação realizou-se a 11 de Agosto) a França mandou ontem para o Líbano 49 homens. Quarenta e nove. Quarenta e nove de um total de 200 que está disposta a destacar. Nem mais um. Duzentos.

Leituras sobre Carlos Sousa, a autarquia de Setúbal e o PCP (2)

Freedom fries vs. french fries

O comando da força da ONU no sul do Líbano foi atribuído a um general francês.Já se pode comer batatas fritas(french fries) sem levantar suspeitas?
Independentemente da pouco edificante promoção das "freedom fries" por alguns sectores mais populistas da direita americana, diria, quanto à questão de fundo subjacente, que só se poderá voltar a comer "french fries" sem "levantar suspeitas" depois de estarem operacionais no Sul do Líbano os restantes 4951 efectivos (que certamente irão acompanhar a 7ª Brigada de Engenharia da Legião Estrangeira da França) e de a (hipotética) liderança francesa demonstrar ser capaz de fazer cumprir na íntegra a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

Até lá, alguns americanos poderão ser criticados por expressarem a sua repulsa pela política externa francesa de formas menos felizes mas é a França que continuará a ser legitimamente objecto de ridículo pelo escandaloso e iresponsável contraste entre as declarações dos seus representantes na cena internacional e a sua incapacidade absolutamente patética para actuar de acordo com as responsabilidades que essas declarações acarretam.

Sobre a publicação das contratações para a Função Pública

O comunismo como recuo histórico sem precedentes

Faz hoje precisamente 38 anos que a União Soviética e seus satélites invadiram a Checoslováquia invocando a doutrina Breznev da "soberania limitada". A Primavera de Praga chegava ao fim, demonstrando que não haver reforma e evolução possível para um regime totalitário, nem possibilidade de auto-determinação para povos esvaziados de soberania e submetidos a tratados desiguais. A Europa de Leste era, de facto, um embuste à luz do direito internacional. Ocupada militarmente, estreitamente subordinada a Moscovo por um pacto militar e por uma organização económica que cumpriam apenas as necessidades soviéticas, dependia inteiramente de um "residente" russo - o embaixador, que habitualmente cooptava as figuras ministeriáveis - e de um corpo administrativo colonial composto por assessores e "conselheiros" nomeados pelo Kremlin.

(...)

Em Agosto de 68, o comunismo estava morto, mas havia por cá quem ainda o quisesse experimentar como horizonte de felicidade, abundância e realização humanas.

(...)

O comunismo foi um recuo histórico sem precedentes, mas demonstrou que há sempre idiotas úteis e criaturas ávidas de protagonismo prontas a servir regimes que são, por essência e acidente, a negação da liberdade.

Leituras sobre Carlos Sousa, a autarquia de Setúbal e o PCP

As dúvidas de Luís Filipe Vieira

Segundo Luís Filipe Vieira, o sempre zangado Presidente do Benfica, como referido ontem nos jornais A Bola e DN, “…o Campeonato vai começar e vão continuar as dúvidas, nomeadamente se os resultados vão ser ou não falseados…”
A ser assim…quando o Benfica ganhar, as dúvidas serão todas nossas…e quando o Benfica perder, Luís Filipe não terá dúvidas nenhumas!…

Ajustamento da oferta

Isso sim é um país sério...

O adesivo de um haras de propriedade de um bicheiro colado no vidro traseiro do carro é usado por moradores da zona norte do Rio de Janeiro como uma forma de evitar que o veículo seja assaltado ou parado por uma blitz.
(...)
um comerciante contou que teria o carro roubado por bandidos se não fosse o adesivo. "Iam roubar meu carro, mas viram o plástico e perguntaram: 'Você trabalha na banca (de jogo do bicho)? Então pode ir!'
(...)
Um advogado afirmou ter vivido situação semelhante. Foi liberado de um roubo a mão armada depois de um criminoso ver o plástico redondo, em preto e branco, com a imagem da cabeça de um cavalo. "Deixa ir embora, tá com o plástico, tá com o plástico!", gritou um deles.

Uma motorista teria recebido a dica para usar o símbolo da própria polícia. Um PM parou seu carro, que estava com documentos e IPVA atrasados. "Pede o adesivo do haras do Seu Zé, que ninguém mais vai incomodar em blitz. Com o plástico você passa direto."

Adesivo de bicheiro evita assaltos e blitze no Rio

(via Terra)

A morte da velha Europa (2)

Dia D

Bob Dylan: Israel, the Neighborhood Bully

Neighborhood Bully
Bob Dylan

Well, the neighborhood bully, he’s just one man,
His enemies say he’s on their land.
They got him outnumbered about a million to one,
He got no place to escape to, no place to run.
He’s the neighborhood bully.

The neighborhood bully just lives to survive,
He’s criticized and condemned for being alive.
He’s not supposed to fight back, he’s supposed to have thick skin,
He’s supposed to lay down and die when his door is kicked in.
He’s the neighborhood bully.

The neighborhood bully been driven out of every land,
He’s wandered the earth an exiled man.
Seen his family scattered, his people hounded and torn,
He’s always on trial for just being born.
He’s the neighborhood bully.

Well, he knocked out a lynch mob, he was criticized,
Old women condemned him, said he should apologize.
Then he destroyed a bomb factory, nobody was glad.
The bombs were meant for him.
He was supposed to feel bad.
He’s the neighborhood bully.

Well, the chances are against it and the odds are slim
That he’ll live by the rules that the world makes for him,
‘Cause there’s a noose at his neck and a gun at his back
And a license to kill him is given out to every maniac.
He’s the neighborhood bully.

He got no allies to really speak of.
What he gets he must pay for, he don’t get it out of love.
He buys obsolete weapons and he won’t be denied
But no one sends flesh and blood to fight by his side.
He’s the neighborhood bully.

Well, he’s surrounded by pacifists who all want peace,
They pray for it nightly that the bloodshed must cease.
Now, they wouldn’t hurt a fly.
To hurt one they would weep.
They lay and they wait for this bully to fall asleep.
He’s the neighborhood bully.

Every empire that’s enslaved him is gone,
Egypt and Rome, even the great Babylon.
He’s made a garden of paradise in the desert sand,
In bed with nobody, under no one’s command.
He’s the neighborhood bully.

Now his holiest books have been trampled upon,
No contract he signed was worth what it was written on.
He took the crumbs of the world and he turned it into wealth,
Took sickness and disease and he turned it into health.
He’s the neighborhood bully.

What’s anybody indebted to him for?
Nothin’, they say.
He just likes to cause war.
Pride and prejudice and superstition indeed,
They wait for this bully like a dog waits to feed.
He’s the neighborhood bully.

What has he done to wear so many scars?
Does he change the course of rivers?
Does he pollute the moon and stars?
Neighborhood bully, standing on the hill,
Running out the clock, time standing still,
Neighborhood bully.

A morte da velha Europa

Pre-modern Islam beats post-modern Christianity.

(...)

The question posed here tonight is very direct: “Does Western Civilization Have A Future?” One answer’s easy: if western civilization doesn’t have a past, it certainly won’t have a future. No society can survive when it consciously unmoors itself from its own inheritance.

(...)

Statist Europe signed on to Hillary Rodham Clinton’s alleged African proverb – “It takes a village to raise a child” – only to discover they got it backwards: on the Continent, the lack of children will raze the village.

(...)

What’s the most laughable article published in a major American newspaper in the last decade? A good contender is a New York Times column by the august Princeton economist Paul Krugman. The headline was “French Family Values”, and the thesis is that, while parochial American conservatives drone on about “family values”, the Europeans live it, enacting policies that are more “family friendly”. On the Continent, claims Professor Krugman, “government regulations actually allow people to make a desirable tradeoff – to modestly lower income in return for more time with friends and family.”

How can an economist make that claim without noticing that the upshot of all these “family friendly” policies is that nobody has any families? Isn’t the first test of a pro-family regime its impact on families?

(...)

Australia has more economic freedom than the EU and fewer distorting demographic problems, so, along with America, it’s one of the two countries with a sporting chance of avoiding the perfect storm about to engulf the rest of the west. But at some point it too will have to confront these issues – not just the falling birth rate and aging population, but the underlying civilizational ennui of which the big lack of babies is merely the most obvious symptom. I feel bad running around like a headless chicken shrieking about this stuff. But let’s face it, scaremongering is the default mode of the age. We worry incessantly, because worrying is the way the responsible citizen of an advanced society demonstrates his virtue: He feels good about feeling bad. So he worries mostly about what offers the best opportunities for self-loathing – climate change, or the need to increase mostly harmful foreign aid to African dictatorships. This is a kind of decadence. September 11th 2001 was not “the day everything changed”, but the day that revealed how much had already changed. On September 10th, how many journalists had the Council of American-Islamic Relations or the Canadian Islamic Congress or the Muslim Council of Britain in their rolodexes? If you’d said that whether something does or does not cause offence to Muslims would be the early 21st century’s principal political dynamic in Denmark, Sweden, the Netherlands, Belgium, France and the United Kingdom, most folks would have thought you were crazy. Yet on that Tuesday morning the top of the iceberg bobbed up and toppled the Twin Towers.

But it’s important to remember: radical Islam is only the top-eighth of that iceberg – it’s an opportunist enemy taking advantage of a demographically declining and spiritually decayed west. The real issue is the seven-eighths below the surface – the larger forces at play in the developed world that have left Europe too enfeebled to resist its remorseless transformation into Eurabia and call into question the future of much of the rest of the world. The key factors are:
i) Demographic decline;
ii) The unsustainability of the social democratic state;
iii) Civilizational exhaustion.

None of these is Islam’s fault. They’re self-inflicted.


(agradeço ao leitor JM pela indicação do link)