Meanwhile, a radical Islamic group called Hizb al-Tahrir (Liberation Party) is planning to declare the birth of an Islamic caliphate in the Gaza Strip on Friday. The relatively small party, which is seen as more extreme than Hamas, is said to have increased its popularity following what is perceived as a Hizbullah victory over Israel.
On Tuesday, thousands of the party's supporters staged a demonstration in Gaza City to mark the anniversary of the end of the collapse of the Ottoman Empire. It was the first demonstration in the Gaza Strip in which demonstrators called for establishing an Islamic caliphate that would rule not only in the PA territories, but the entire world.
JPP sobre a conduta dos jornalistas da SIC na Azinhaga dos Besouros:
Será que a SIC não compreende que os seus jornalistas não podem tomar o partido de uma das partes num conflito? Nos incidentes da Azinhaga dos Besouros, alguns moradores e uma organização ligada ao BE, "Solidariedade Imigrante", têm resistido às demolições sentando-se nos telhados. Por que razão a jornalista da SIC entrevista alguns moradores em cima do telhado, podendo certamente fazê-la no chão, visto que nada se estava a passar ?
After all, one can scarcely imagine the elders of Stockholm attributing the Nobel Prize for literature to a writer, whatever his artistic merits, who notoriously denied the holocaust or was guilty of pro-Nazi militancy. And yet, if we replace the words ‘holocaust’ and ‘Nazi’ by ‘gulag’ and ‘Stalinist’, we will find that Saramago is far guiltier than the shame-faced Heidegger, who at least had the grace to give up his rather pallid militancy and, once Nazism was discredited, to feel uncomfortable about his past. But Heidegger was an intelligent and cultivated man. Whether Saramago is either of these is, on the evidence, open to doubt—and perhaps the only excuse for his abject politics.
(...)
Wave after wave of disenchanted dissidents left the Party during those years, but Saramago’s name was never among them. His name, however, was always present among the signatories of those regular manifestos, petitions and open letters beloved of semi-skilled intellectuals. His following solidified and grew as his literary output increased. As the years went by and memories began to fade most people outside intellectual and university circles had forgotten Saramago’s role in the 1974-75 purges.
(...)
To judge by Press reports of his reception outside the Luso world, things are probably even worse there, where scarcely anybody knows who the Nobel prize-winner really is. So the Saramago phenomenon is not to be dismissed lightly. There are a number of lessons it has to offer. First, that the literary judgement of elderly Swedes is as little to be trusted nowadays as when their grandfathers flunked Tolstoy in 1901. Second, that communism, a decade after its fall, is now quite respectable and not to be held against its adepts. This means that at least in one way things are worse than they were before the fall, when the daily publicized testimony of dissidents had made it decidedly unrespectable. Third, that the international news media, so well-informed when it comes to things lubricious, can be remarkably ill-informed on important matters. Fourth, that there are still a huge number of ‘useful idiots’ around. Indeed there are probably more of them today in consequence of 1968 and its heirs helping to destroy educational standards. Finally, that strange things happening in ‘far-away, unknown countries’ should not be dismissed lightly.
A organização partidária do espaço da direita no post-25 de Abril sofreu uma evidente má formação genética explicável pelas circunstâncias históricas, o PREC, o pacto MFA- -partidos e tudo o mais que se conhece, o que levou ao assentamento de uma direita "consentida".
(...)
Se é certo que a crise político-partidária é generalizada, atingindo do mesmo modo a esquerda, a ruptura histórica de 74/75, à direita, constituiu um ónus, ainda não ultrapassado.
A oportunidade da refundação da direita não decorre, contudo, do mau estado partidário, mas antes, por exemplo, da necessidade de fornecer enquadramento ideológico e doutrinário a modos concretos de ver Portugal, de rever conceitos face às grandes transformações das sociedades, de dar forma a aspirações e reivindicações quanto ao fundo e ao modo de governação.
Neste sentido - o único que realmente interessa - esta refundação parte de um exercício intelectual, cultural e político ocorrendo por definição fora do território partidário, caracterizado hoje por separar mais do que junta e partir mais do que une, ciclicamente desgastado por discórdias e cizânias internas.
Para este exercício são indispensáveis os que, para além dos partidos, reflectem estas questões, constroem pensamento, estudam, se informam e debatem com uma liberdade e rasgo que a cultura dominante subtrai aos que exercem actividades partidárias, em regra limitados a uma agenda mediatizada e medíocre.
É neste universo muito mais vasto - hoje curiosamente visível, por exemplo, na blogoesfera - que as direitas (e as suas novas gerações) se manifestam e se arrumam numa organicidade inorgânica, muito mais produtiva no plano das ideias e muito mais estimulante no plano interventivo. É assim que exercem a sua influência com um alcance transversal, suprapartidário, e comprovada eficácia.
No Impertinências. "quando mais durar o período de borla do governo do senhor engenheiro, mais retroactivos os sujeitos passivos lhe irão cobrar. Não será tão cedo, mas chegará a hora da cobrança em que as ilusões do senhor engenheiro serão trocadas por outras do mesmo jaez, na esperança que a coisa se resolve sem dor. Até ao momento em que, em estado de desespero, os sujeitos passivos estarão dispostos a aceitar até a reencarnação do professor Botas."
As técnicas são as mesmas de sempre mas, infelizmente para os comunistas, já não é tão fácil exercê-las impunemente: Hábitos que nunca se perdem! Por Helena Matos.
Não sei quem gere o correio dos leitores do jornal «Avante» mas de algum modo hei-de dar conta ao director daquela publicação da estranha metamorfose sofrida por uma frase minha acontecida no «Avante». Mais precisamente o sujeito da frase mudou e a URSS sumiu-se!
Que os comunistas o tenham "nacionalizado", que se tenham apossado da sua memória como se fosse farinha para o pão da "causa" socialista, que tenham usado dos seus escritos como argamassa das teorias igualitárias, bem, isso é indesmentível mas não tem nada a ver com o próprio António Aleixo; é a velha e relha técnica dos intelectualóides esquerdistas, tudo lhes serve desde que seja da marca "popular", de Rosa Ramalho a Catarina Eufémia, invenções e mitos, deslumbramentos e atavismos próprios do coitadismo militante. Aleixo foi no pacote, por assim dizer; é um paradigma da cultura dita popular, logo encaixa na perfeição no discurso esquerdista, na liturgia comunista, nos tiques e nas manias da intelectualidade bem-pensante e fina, ou seja, da esquerda caviar, que é aquela que ao menos lê alguma coisa.
Que os comunistas e seus émulos, mais ou menos disfarçados de democratas, tenham transformado a obra daquele homem em algo de enjoativo, pela reiteração sistemática, de quase nauseante, por tanto martelarem os ouvidos das pessoas com os versos do poeta, bem, não tem dúvida: de facto, ele não há comício, não há "festa do Avante", não há "manif" onde a gente não leve com as rimas do António (as mesmas, são sempre as mesmas); pois sim, é verdade. E isso o que tem? Não poder a gente, em muitas ocasiões, até na televisão e na rádio, poder abrigar-se das enxurradas aleixianas, isso é culpa do próprio Aleixo, por acaso?
(...)
Está muitíssimo mal escrito, mas é genuíno. Não é de facto brilhante, mas é simples. Ou seja, infinitamente mais do que aquilo que se pode dizer da esmagadora maioria dos consagrados, esses brilhantes artífices do pedantismo em rima branca.
Cortaron parte de la arteria en horario pico. Los encapuchados llegaron al lugar para "expresar su solidaridad" con Irán. El líder de ese grupo afirmó a Infobae.com que intentaron impedir una manifestación "sionista".
Private school chiefs have called for tougher A-level questions as results showed that nearly half of all grades awarded to their pupils this year were As.
Figures for 31,700 pupils in 484 independent schools out today showed they performed consistently better than their peers in the state sector, scoring double the number of top marks.
But so many 18-year-olds are getting top grades that universities struggle to identify the brightest students, the Independent Schools Council [ISC] said.
Edward Gould, ISC chairman, said A-levels should be reformed to introduce harder questions.
Na Zambujeira, desde há dois anos que as bancas com os anéis, colares, brincos e demais bric-à-brac artesano-hippie, sairam da rua principal e estão situados num espaço logo ali ao lado e que acabou por se tornar ponto de passagem de quem dá um passeio depois do jantar, por exemplo.
Este ano reparei numa novidade. A par do tal espaço e de alguns resistentes (podemos lhes chamar os pequenos comerciantes desta história), que expõem as suas peças no passeio da rua principal, junto aos restaurantes, eis que um rapaz teve a arrojada ideia de agarrar no seu mostruário e fazer-se à areia. Conseguiu, assim, aumentar a probabilidade de vender algo durante o dia, enquanto os veraneantes se estendem nas toalhas. De chapéu-de-sol em chapéu-de-sol, lá ía ele mostrando os seus trabalhos (brincos, pulseiras, colares, anéis), à procura de clientes. Talvez dando-se conta do sucesso desta iniciativa, alguns dias depois, duas raparigas começaram a fazer o mesmo. Como trabalhavam juntas, conseguem realizar a exposição e demonstração das peças com mais desembaraço que o tal rapaz, conseguindo mais atenção por parte dos potenciais clientes.
Nesta história há um exemplo de como a livre iniciativa funciona. Aos três empreendedores, os meus parabéns.
Parece que na ilha dos Castros não somente a saúde de "El Comandante" é segredo de Estado; fatores que colocam em risco a saúde da população também são.
Por lo menos 20 muertos y decenas de personas hospitalizadas es el saldo provisional de un brote epidémico de dengue que las autoridades cubanas mantienen en secreto y que tiene abarrotados varios hospitales de Ciudad Habana y seriamente preocupados a los residentes de la capital.
"Llevamos tres semanas tratando de controlar el brote pero los recursos disponibles son mínimos, porque se está trabajando con mucha discreción ya que el gobierno no ha querido decretar una emergencia por epidemia de dengue", aseguró desde La Habana a El Nuevo Herald una fuente de los servicios sanitarios cubanos. (...) Ni la prensa oficial ni los medios internacionales de prensa acreditados en La Habana han dado cuenta de este brote epidémico, que se ha desarrollado en el marco de un gran despliegue informativo y publicitario en torno a la enfermedad del dictador Fidel Castro.
"Creo que el gobierno no ha decretado la epidemia porque teme empañar su imagen y evitar preocupaciones a los futuros visitantes, ya que estamos en vísperas de la Cumbre del Movimiento de los No Alineados", argumentó la fuente.
A maior dificuldade da Europa no Líbano, não vai ser desarmar o Hezbollah, mas sim se o cessar-fogo, entre esta milícia e Israel, for interrompido. Se tal suceder, as forças europeias, ou fingem que nada se passa e perdem credibilidade, ou entram no combate e, vamos supor, no meio dos confrontos matam um soldado israelita.
Se tal suceder, não creio que Israel continue a aceitar a existência dessa força internacional nas suas fronteiras. A ilegitimidade da Europa em tudo o que se refere com o Médio Oriente, e não tanto a sua fraqueza militar, é a principal razão do seu fracasso. O ‘soft power’ europeu não é assim tanto quanto à partida poderemos julgar.
Tem sido referida até à exaustão que a doutrina Bush falhou. As dificuldades no Iraque, os acontecimentos no Líbano e a teimosia iraniana, assim o levam a concluir. Na minha opinião, e pondo de lado qualquer análise crítica, a chamada doutrina Bush (com ainda tão poucos anos de existência), não sendo estanque, já sofreu inúmeros retoques e muitas mais emendas vai receber. Mas permanecerá.
No que diz respeito às nações europeias, a situação é bem mais complicada. Os países europeus insistiram, nos últimos anos, na sua ‘experiência histórica’ (aqui referida pelo Luís Marvão) como melhor maneira de lidar com os problemas do mundo. No entanto, se a dita experiência histórica não passou de tratar os ‘outros’ à bastonada, o falhanço que vai ser o desarmar o Hezbollah, bem pode ser o toque de finados da ‘doutrina europeia’.
Excerto de uma entrevista a Trad Hamadé do Hezbollah e membro do governo libanês:
Vous dites que la France est une amie du Hezbollah. Or elle est, avec les Etats-Unis, à l'origine de la résolution 1559 qui demande le désarmement du Hezbollah.
J'ai une idée personnelle sur la résolution 1559. Je crois que la priorité des Français dans cette résolution était le retrait des troupes syriennes du Liban. Le désarmement du Hezbollah, c'était une demande américaine et israélienne. Beaucoup de gens du Hezbollah partagent cet avis. La France connaît bien le jeu interne au Liban et elle soutient le dialogue national libanais pour parvenir à une solution au sujet des armes du Hezbollah. C'est pour cela que nous ne sommes pas des ennemis, nous sommes dans le cadre de l'amitié.
(...)
Les Casques bleus pourraient être autorisés à ouvrir le feu pour se défendre, à protéger des civils et à désarmer des miliciens qui se trouveraient sur leur passage. Etes-vous d'accord ?
Nous sommes d'accord avec les deux premiers points. Concernant les armes, je suis sûr qu'il n'y aura aucun soldat du Hezbollah sur leur chemin. Maintenant, si nous voulons à tout prix poser cette hypothèse, je pense que c'est à l'armée libanaise de prendre ces armes car elle a des relations directes avec le peuple libanais. Si la Finul voit des armes, je pense qu'elle ne devrait pas les prendre directement mais demander à l'armée libanaise de le faire
No passado fim de semana, a RTP exibiu um verdadeiro show de totalitarismo revivaleiro. Zeca Afonso divinizado, exaltado e tido como um "génio", deu azo a uma torrente de cançonetas de incontinente pendor marxista terceiro-mundista. As palavras sempre as mesmas (solidário, inquietação, amigo, companheiro, Maio, ceifeira), o ritmo puxando ao falso-rústico das "raízes" - outra palavra detestável - e a finalidade escancarada: tornar aceitável o abjecto (roubar, sanear, vingar, matar) e abrir portas ao totalitarismo comunista, tornando-o justificável à luz da rábula cantada. Zeca Afonso tinha um ar perturbado, queria mais, mais revolução, mais plano inclinado, mais ocupações, mais saneamentos, mais controlo operário, mais comissões de bairro - aquelas que faziam listagens com as pratas, os quadros e os aquecedores existentes nas casa dos inimigos de classe - mais poder popular, mais armas em boas mãos para defender a revolução; ou seja, mais balbúrdia que pedisse, no fim, mais um Estaline. Aquilo é Babeuf, Marat, a Comuna de Paris, a propaganda pelo facto do bombismo anarquista, mais comunalismo utópico em que entram as CEB's (Comunidade Eclesiais de Base), as Comissões de Ocupação de herdades (as célebres "comprativas"), os padres Max de gola alta e barbas à Sierra Maestra, a Teologia da Libertação, as mulheres-padres, os poetas repentistas e analfabetos (quantas vezes tivemos de engolir o banalíssimo Aleixo ?), o new-age dos alucinogénios e de outros estados de consciência alterados, o abortismo dá-cá-aquela-palha; sei lá, um sem-número de coisas sem mérito elevadas nos pedestais no culto do mau. Sintomaticamente, o programa terminou com uma discursata do inefável "Zeca": "a minha democracia não é a dos votos, mas a do poder do povo". Pois. Uma democracia da rua, de tiros na nuca, prisões arbitrárias, campos de concentração, reeducações e penúria para todos.
"(...) Confirmando-se esta notícia, estaremos perante uma revolução científica que, ultrapassando as questões éticas levantadas pela destruição dos embriões, permitirá avanços significativos ao nível da medicina regenerativa (...)".
Essa questão está ainda longe de ser pacífica no plano ético. Podemos legalizar a destruição das células estaminais, e até encontrar justificações utilitaristas para suportar essas opções. No momento parece que se conseguiu avançar para uma solução que preserva os embriões. Mas e que vamos fazer com esses embriões? Congelam-se ad eternum? Destroem-se? Permite-se a sua reutilização? Vamos ter filhos de pais mortos (como aconteceu em França)? Ou, pelo contrário, podemos proibir o seu acesso aos detentores daquele património genético? O sacrifício da vida - e os embriões são formas de vida, no seu estado inicial - para preservar outras vidas humanas, numa fase mais avançada, em nome da ciência, não nos deve colocar algumas reservas? Quais são os limites? Que fins justificam que meios? Existem vidas com um valor ético superior que avalizem certo tipo de sacrifícios? Ou defendemos que os embriões são formas de vida, mas não possuem, ainda, dignidade humana (não são "pessoa")? E, sendo assim, qual o momento em que um embrião adquire a sua humanidade, a sua personalidade?
O tema é complicado; agora, faz-me alguma confusão o modo como com tanta frequência - e tal está fortemente presente nos comentários ao post do LT - se coloca, de um lado, a ciência - apresentada como uma "candeia que ilumina duas vezes" - em contraposição com a ética - uma espécie de pedra no sapato, de raíz obscurantista, que parece só existir para prejuízo da humanidade e da civilização. Como se a ética estivesse limitada pela ciência, e não o contrário. Como se não fossem os fundamentos da ética os mesmos que nos definem, pela positiva, como seres humanos. O maniqueísmo subjacente ao enaltecimento da ciência, com o intuito de limitar e esgotar o espaço da ética, representa um retrocesso civilizacional, e não, como se quer fazer crer, um avanço.
Chirac propõe-se a colocar 2000 soldados franceses no Líbano. Finalmente a França decidiu assumir responsabilidades de que andava a fugir, apesar de ter sido uma das principais obreiras da resolução que permitiu o cessar-fogo.
Todo o processo de constituição da força de paz da ONU para o Líbano tem sido lamentável (por este andar nem no próximo ano terão lá 15000 homens), e os chefes militares da França e Itália têm bem consciência disso: um mandato pouco definido, regras de contacto por definir (será que terão que pedir autorização a Nova Iorque para ripostar?) , desarmamento do Hezbollah sabe-se lá como, etc., etc.
Está preparado um guião (ou será antes uma receita?) para o desastre. Espero enganar-me, mas acho que não.
Neste contexto, não penso que seja avisado Portugal enviar tropas para o Líbano. Em primeiro lugar, com ou sem tropas da Finul, penso que o Hezbollah e Israel já estão a pensar num segundo round. Segundo, se Portugal enviar para lá tropas, vai ter as retirar de algum lado. Provavelmente não teremos capacidade de manter as missões que temos e projectarmos mais uma força para o Líbano. A retirarmos de algum sítio que seja do Kosovo pois estamos lá a alimentar a secessão de um província de um estado soberano, ajudámos numa limpeza étnica - já quase não há sérvios e ciganos no Kosovo -, e, provavelmente, estamos a ajudar a criar um estado fundamentalista islâmico nos Balcãs. Mas como quem começou essa guerra foi o Bill (não o George), está tudo bem... Por fim, a ONU tem que definir melhor as competências e funções das forças e dar uma larga autonomia ao seu comando. Se isso não acontecer, se o comando da Finul tiver que estar sempre a pedir instruções aos burocratas da ONU, a sua eficácia será igual a zero, tanto faz terem 2000, como 20000 homens.
Numa entrevista à televisão do Dubai o presidente sírio, Bashar Al-Assad, emitiu uma série de confusas declarações.
Syrian President Bashar Al-Assad has expressed strong opposition to the deployment of U.N. troops along his country's border with Lebanon, saying such a move would be "hostile" to Syria and create problems between the two nations.
A não ser que a força da ONU pretendesse atacar a Síria não vejo que problemas iria causar. A não ser que as forças da ONU pudessem eventualmente impedir (ou pelo menos detectar) fornecimentos de armas ao Hezballah...
"This negates the sovereignty of Lebanon," Al-Assad said in an interview Wednesday with Dubai TV.
Folgo em ver que o presidente sírio se preocupa com a "soberania" do Líbano. Especialmente depois de ter actuado como força de ocupação e interferir continuadamente neste país.
"No country in the world accepts having soldiers of another nationality patrolling its border."
Nenhum?!! Tem a certeza?
"They are taking sovereignty away from the Lebanese government and giving it to other forces while they talk about spreading that sovereignty," he said. "This is a hostile position towards Syria and will naturally create problems between Syria and Lebanon."
Naturally, mas só se isto significar uma redução da influência síria no Líbano. Digo eu...
Have you read Atlas Shrugged lately? You don´t have to, you can look at Bolivia instead: On May 1st, Evo Morales sent the military to the private oil and gas fields to socialise them. Now the Bolivian government has just realised that they don´t have the funds or the technical knowledge to take over the production. So now they want their victims to help them make the loot operable. It´s like someone stole your car and then asked you for driving lessons.
"A propriedade privada da propriedade é o meio normativo pelo qual o princípio do uso comum é realizado. Primeiramente, a propriedade privada é essencial para o desenvolvimento da autoconfiança. Segundo, a propriedade privada nos ajuda a expressar e desenvolver nossa personalidade. Quando possuímos coisas, escolhemos como usá-las para expressar nosso interesse pelos outros, seja ao dar presentes ou ao investir em indústrias produtivas e geradoras de emprego. Terceiro, a posse privada ou a perspectiva de posse privada cria incentivos para as pessoas contribuírem de forma mais ampla para a sociedade ao seu redor. Ela encoraja as pessoas a trabalhar, a serem empreendedoras, a criar riquezas para si mesmas e para os outros. Por fim, a propriedade privada permite as pessoas a expressar diretamente as genuínas responsabilidades por si mesmos e pelos outros."
Na edição de 2ª Feira, o Diário de Notícias revelava que "na sequência da investigação ao casos das reformas compulsivas, alegadamente combinadas entre o Executivo municipal e mais de seis dezenas de funcionários da autarquia" a "a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) recomend[ava] a dissolução da Câmara Municipal de Setúbal e a perda de mandato dos vereadores, incluindo do presidente, Carlos de Sousa".
Porém, no mesmo dia, António Costa assegurava que o processo ainda não estava concluido. Faltaria, pelo menos, que a "Câmara de Setúbal [fosse] ouvida, «em sede de contraditório»".
Outra notícia do DN dava conta que Carlos Sousa era mal visto dentro do seu partido devido à sua proximidade com a "corrente renovadora". Embora fontes do PCP referissem que a contestação se devia a uma "análise pouco favorável do trabalho autárquico e [à] falta de coordenação" o facto é que foi apenas devido ao prestígio de Carlos Sousa que o PCP logrou (re)conquistar a Câmara de Setúbal. Como anteriormente referi, uma análise comparativa dos resultados das eleições legislativas e autárquicas permitirá desfazer quaisquer dúvidas que ainda subsistam. Segundo consta, as faltas de coordenação resultam da incompatibilização de Carlos Sousa com os elementos mais ortodoxos do PCP.
Hoje de madrugada, numa nota de imprensa, digna daqueles países em que o partido se confunde com o Estado, a concelhia de Setúbal do PCP antecipava-se à declaração de Carlos Sousa e anunciava a sua substituição.
Hoje de manhã, na conferência de imprensa onde finalmente anunciou a sua renúncia, Carlos Sousa confessou-se "surpreendido com decisão do PCP". Ainda assim, num gesto inexplicável e invocando "princípios", revelou que iria acatar a decisão. Confessou não estar preocupado com o processo do IGAT e acusou o PS e o Governo de serem os autores da "fuga de informação".
Significativamente, o PS tinha ontem recusado provocar a queda do executivo camarário. Quando alguns já suspeitavam da existência de negócios obscuros entre o PS e o PCP, hoje o PS já coloca a hipótese de realizar "eleições intercalares" embora preferisse que a iniciativa partisse dos comunistas.
Finda a exposição dos factos fico sem saber se o processo do IGAT foi o motivo ou o pretexto da saída de Carlos Sousa. Não compreendo a resignação deste em se submeter a quem o "surpreendeu" especialmente se, como diz, não teme o desfecho do processo do IGAT. Gostaria de saber quem foi o autor da "fuga de informação" e quais os seus propósitos. Concluindo, continuo com dúvidas acerca das verdadeiras razões da saída de Carlos Sousa.
No que podemos falar do presente, como o Hezbollah, o Estado israelita sequestra, como o Hezbollah, o Estado israelita mata civis como táctica de terror, como o Hezbollah, o Estado israelita não cumpre nenhuma regra comummente aceita para a guerra.
(...)
Israel é um Estado democrático sem nenhumas preocupações em matéria de direitos humanos quando se trata da vida de árabes.
O jornalista e escritor Artur Portela renunciou ontem ao seu cargo na Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), que ocupava desde 1994, em "protesto" contra a "inaceitável intromissão do Governo na esfera de atribuições e competência do órgão" regulador.
Na origem da decisão do relator, que tinha em mãos o processo de renovação da licença de televisão da SIC, está uma reunião entre o presidente da AACS, Armando Torres Paulo, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva (a pedido deste), em que o governante terá sugerido "metodologias, démarches, encontros e contactos" no processo de renovação de licenças de televisão.
http://www.moqavemat.com - an Iran-based website run by the Hezbollah terrorist group - is running this picture (above) of what it claims is the Israeli ship it hit with a missile last month.
Now look at the Royal Australian Navy’s picture below - as published by Defence Industry Daily - of its sinking of the decommissioned Australian destroyer-escort HMAS Torrens off the coast of Western Australia in 1998 . We were told at the time the Torrens was deliberately sunk by a torpedo fired by one of our own submarines, the HMAS Farncomb.
Should we now think that we were in fact attacked by Hezbollah - or is this just the latest proof that Hezbollah will lie and lie again for propaganda gain?
It has been amply demonstrated both theoretically and empirically that the institution of private property rights can dramatically improve the economic efficiency of the fishing activity. As a result, during the last 25 years there, has been a great increase in the use of property rights in the world’s fisheries. The most commonly used instruments are IQs and ITQs ¯ from virtually zero 25 years ago, currently between ten and fifteen per cent of the global ocean catch is taken under ITQs. Other important property rights instruments are TURFs and community or group fishing rights.
Abaixo, podem ler o texto de opinião que saíu na revista Dia D, com o Público da passada segunda-feira, 21 de Agosto.
Por esta altura do ano, são muitos os pais que vêem os seus filhos chegarem à última parte do seu percurso académico: a entrada no ensino superior. A alegria de ver o nome do descendente afixada no quadro de admissões virá, a seu tempo, dar lugar às preocupações com a entrada no mercado de trabalho. Como e em que condições é que aqui chegaram? Para trás ficaram doze anos de escola. Ao longo desses anos, estes jovens serviram de cobaias às experiências decorrentes dos programas políticos da maioria do momento, à vontade dos responsáveis pelos vários graus de ensino (coadjuvados pelos grupos de interesses que à volta deles gravitam e que deles dependem) de deixarem a sua marca na educação, preparando, a cada vez, aquela que seria a derradeira reforma do sistema. Às famílias, aos pais e aos alunos, pouca escolha lhes foi proporcionada. Mais uma vez, e tal como noutros aspectos da vida dos cidadãos portugueses, o Estado escolheu por eles, pedindo-lhes apenas que pagassem a conta quer gostassem ou não do resultado. E fez escolhas concretas: quais os conteúdos dos currículos, quais as escolas a frequentar, quais os professores e, muito importante, como avaliar a evolução da aprendizagem. Interessante é o aparente alheamento a essas escolhas, as quais deviam ser uma responsabilidade familiar, até ao momento em que soa o alarme dos valores negativos nas notas dos exames de admissão à Universidade. Nessa altura é tarde para reclamar um direito que não devia nunca ter sido cedido ao Estado com a facilidade e naturalidade com que o é: o direito de decidir e escolher que percurso formativo têm os seus filhos. A posição dominante do ensino estatal é suportada pelos impostos de todos. Não há um verdadeiro mercado educacional, uma vez que um dos fornecedores é privilegiado pelos imensos recursos postos à sua disposição e pela possibilidade de regular o seu funcionamento. Como não há mercado concorrencial, não existe um sistema de preços ligado aos serviços prestados por cada escola e à procura desses bens pelas famílias dos alunos. Isso impede que as escolas, os professores e os currículos que melhor satisfazem o mercado educacional, sejam recompensados. A falta de um mercado livre para a educação, causado pelas barreiras promovidas pelo Estado, tem no final do percurso académico um impacto significativo. É que o tal sistema de preços na educação, funcionaria também como um sistema de informação às famílias e aos estudantes sobre qual a Universidade, qual o curso que, a par com as suas vocações, melhor os prepararia para o mercado de trabalho. Este transformaria o preço num veio transmissor das suas necessidades de recrutamento e da valorização dos serviços prestados por cada escola. Por tal mecanismo não funcionar, são milhares os jovens que prosseguem a sua formação em áreas de que o mercado de trabalho não necessita. Acabam por engrossar as fileiras dos “doutores” desempregados, sem que contas sejam feitas aos gastos com tão ineficaz percurso académico. Resta-lhes um sentimento de que o país lhes continua a dever algo, esperando que o estado lhes assegure saídas profissionais (nem que seja aumentando o funcionalismo público), não estando preparados para dirigir a sua vida profissional para fora das suas áreas académicas. Os mesmos que defendem a supremacia do planeamento central, consideram inatacável o pressuposto da gratuitidade do ensino suportado na Constituição. Nunca é tido em conta os recursos que são retirados a todos os contribuintes para serem distribuídos de forma a manter todo conjunto de serviços de educação e acção social a funcionar. Nem mesmo a introdução de um sistema de cheque-ensino, que financiasse as escolhas de cada família e promovesse a competição entre os fornecedores, fossem elas escolas públicas ou privadas, merece aprovação ou consideração. Tal é visto como uma brecha aberta à sempre odiosa liberalização. Acima de tudo, impedir que as famílias e os alunos sejam responsáveis pelas suas escolhas – é esse o objectivo de quem procura manter o status quo que tão maus resultados tem produzido.
Um importante contributo de Marian Tupy para desfazer a propaganda veiculada por inúmeros "jornalistas de causas" ocidentais sobre o sistema de saúde cubano: The Miracle of Cuban Healthcare?###
The "Cuban miracle," as Harris puts it, rests on the prevention, rather than treatment of disease. And for good reason! Treatment of disease requires advanced prescription drugs and expensive medical equipment that have to be purchased in the capitalist West. And how can an inefficient socialist economy produce enough foreign currency to afford such purchases? It cannot.
(...)
As Matus Posvanc, an economist who works for the Hayek Foundation in Slovakia, wrote to me after his recent trip to Cuba, "The people have no access to prescription drugs. The pharmacies are empty of even the most basic medicine. In fact, I had to help a Cuban lady buy drugs at a special clinic that has wonderful facilities and is well stocked with drugs. That clinic, however, only caters to tourists and prominent members of the Cuban Communist Party." Other acquaintances, who have been to Cuba, found that the locals had to supply their own medicines and linen, because hospitals simply did not have them.
Both of my parents are medical doctors and I grew up in communist Czechoslovakia. As such, I find the problems of the Cuban healthcare system very familiar. As in Cuba, so in Czechoslovakia and throughout the supposedly egalitarian Soviet bloc, the prominent members of the Communist Party enjoyed superior healthcare in special hospitals or hospital wards. As in Cuba, the lack of hard currency resulted in the shortage of medicines, which had to be bought on the black market. As in Cuba, the availability of advanced medical technology was low. Socialism, it turns out, does not work no matter where you go -- Central Europe or the Caribbean.
In an article in the British daily The Guardian, Harris recently opined, "Cuba may look forlorn, all peeling buildings and pockmarked roads. Its economy may have long since tumbled into creaking anarchy. But unlike the old states of Eastern Europe, the revolution has a few genuine jewels to defend: chiefly, its education system, and globally acclaimed healthcare."
Strange, the superiority of communist healthcare was exactly what the Western socialists, like Harris, raved about during the Cold War. When the Berlin Wall fell and with it the veil of ignorance that shrouded the life behind the Iron Curtain, communist healthcare came to be seen for what it really was: far from equal and far from excellent. The same, I suspect, will become obvious in Cuba once the Castro brothers finally depart.
Egypt's Muslim authorities have stepped in to keep a wave of anti-Semitic sentiment from getting out of control, disowning an edict by a firebrand cleric calling for Israeli Jews to be killed.
(...)
Al-Azhar mosque, the leading theological authority for many Sunni Muslims, had to step in with a counter-fatwa and banned Higazi from preaching at Friday prayers.
"Killing Jews on the Egyptian territory would be a terrorist act," said the edict, issued three days after Higazi's.
However, the Al-Azhar fatwa said nothing about killing Jews in other countries.
AMSTERDAM, Netherlands - Dutch F-16s escorted a Northwest Airlines flight bound for India back to Amsterdam's Schiphol Airport on Wednesday, and authorities detained several passengers for questioning, an airport spokeswoman said.
Sobre a inevitável governamentalização da informação da RTP
JPP refere algo que é óbvio mas que infelizmente muita gente insiste em ignorar:
A governamentalização da informação da RTP (com este e com todos os governos) tem uma raiz de fundo impossível de corrigir sem a sua privatização: o seu carácter de estação “pública” torna-a dependente de orientações governamentais quanto à sua cadeia hierárquica de poder interno e financiamento . Como muitas vezes tenho dito, o mais importante é escolher as pessoas certas para o lugar certo, não dar “instruções “ pelo telefone. E depois há o dinheiro que vem do bolso dos contribuintes e cujas “orientações” de despesa (por exemplo na compra do circo do futebol) têm relevância política.
Acresce depois que a mais ambígua das coisas é aquilo a que se chama "serviço público", nunca claramente definido. Tanto serve para fazer a cobertura menos incómoda para o governo dos incêndios, como de muitas outras matérias, como para produzir simultaneamente alinhamentos no telejornal completamente tablóides (2) (com o argumento que uma televisão que ninguém vê não cumpre com o "serviço público"), como para tratar a agenda governamental com uma deferência particular dando a ministros, secretários de estado, inaugurações e anúncios de obras um lugar privilegiado nos telejonais (3). Etc., etc.
EU countries agree that the strengthened U.N. force will not forcibly disarm the militia but merely oversee a political solution that would induce Hezbollah to turn in its weapons.
"Nobody wants to be saddled with the task that the Israeli military failed to achieve in a month of intense combat," said a European diplomat who declined to be identified due to the sensitivity of the issue.
The Europeans also have bitter memories of their troops being killed or humiliated while serving under weak U.N. mandates in Rwanda and the Balkans and are insisting robust rules before committing forces.
France, which has disappointed some by offering only 200 troops to double its contribution to the existing U.N. force in Lebanon, is particularly sensitive to any fatalities.
Relatos da discussão entre Eduardo Cintra Torres e o director de informação da RTP, Luís Marinho, a meio de uma entrevista por Mário Crespo ao primeiro na SIC-Notícias: aqui e aqui (via Blasfémias).
Syngman Rhee, primeiro presidente da Coreia do Sul, embora dependente da ajuda norte-americana, nunca se submeteu à total vontade de Washington. Pelo contrário, enquanto Truman e Acheson aceitavam, como um mal menor, a divisão da Coreia, Rhee tudo fez para unificar o país. Este exemplo é importante e ajuda a perceber a complexa realidade que é a região Ásia-Pacífico.
Há pouco mais de um mês, a Coreia do Norte testou o lançamento de uns mísseis e colocou a região em polvorosa. Melhor: numa enorme confusão. Se o Japão pretende a adopção de medidas duras contra o regime de Kim Jong-il, já a Coreia do Sul e a China pedem um pouco mais de paciência. Os EUA sempre precisaram da Coreia do Sul para fortalecer o Japão, mas estes últimos nunca se entenderam bem e só a ameaça da ditadura comunista os impediu do afastamento natural. Agora, as coisas podem ser diferentes. Senão, vejamos.
De acordo com o International Herald Tribune, do passado dia 11 de Agosto, a Coreia do Sul iniciou negociações com os EUA para assumir o controlo de todas as forças militares estacionadas no seu país. No entender de Roh Moo-hyun, actual presidente deste país, já nada justifica a entrega de tanta responsabilidade ao aliado americano, principalmente quando este é um grande amigo do Japão. Quando a Coreia do Sul teme mais a democracia japonesa que a tirania praticada a norte (e sustentada pela China), podemos facilmente concluir que algo não vai bem por aqueles lados. ### A razão de tudo isto prende-se com as recordações da história onde o Japão deixou marcas profundas. Depois da II Guerra Mundial, estes dois países decidiram cooperar com os EUA (e em certa medida entre eles). No entanto, como bem nos recorda Robert Keohane, um dos dilemas da cooperação é precisamente o das partes se afastarem quando as coisas começam a correr bem. O que hoje temos é uma espiral de desconfiança a nascer no Extremo Oriente. Primeiro com mal-entendidos, como o da visita de Junichiro Koizumi ao santuário xintoísta de Yasukuni para homenagear os mortos da segunda grande guerra. Depois, como já está a suceder, esses mal-entendidos passam a fazer parte do real e não há meio de lhes fugir.
Os primeiros sinais de irracionalidade estão, aliás, bem mais à mostra do que possamos pensar. No meio de tanta desconfiança que a Coreia do Sul tem do Japão e da maior vontade em se afastar dos EUA, a ameaça vinda do norte não os parece assustar. Dir-se-á que os tempos são outros e as ditaduras comunistas já não incomodam ninguém. Vamos condescender neste ponto e centrar-nos noutra realidade: Que a importância da Coreia do Norte para a China é estratégica e, da mesma forma que a China maoísta enviou tropas para aquela península em Outubro de 1950, também poderá fazer agora para impedir o aparecimento de uma democracia nas suas fronteiras. Uma Coreia unificada, democrática e de cariz liberal, lado a lado com o Estado chinês, que tudo esconde e controla, dará azo a mais desconfiança e a um crescendo da tensão a que temos vindo a assistir. Ora, se a China não o vai permitir, em que se baseiam as esperanças dos sul-coreanos na desejada unificação? São estes os sinais de irracionalidade que temos encontrado na região. Indícios de tal maneira preocupantes que, enquanto o mundo anda a coçar cabeça com o Médio Oriente, bem que podia perder uns momentos para evitar agora o que pode ser uma grande desgraça futura. A região Ásia-Pacífico vive hoje aquilo porque passou a Europa no século XIX. Acontece que um conflito armado na Ásia será muito mais grave que a última grande guerra europeia.
No México, Lopez obrador ameaça fazer uma revolução caso não seja declarado vencedor das últimas eleições.
Na Venezuela, o Mayor da área metropolitana de Caracas ameaça expropriar os municipios dos seus adverversários políticos. Com bastantes insultos pelo meio, é claro. (*)
Hoje de madrugada, através de uma nota de imprensa, o PCP confirmou a saída do actual Presidente da Câmara, Carlos Sousa.
O facto da substituição ser anunciada não por orgãos autárquicos mas pela concelhia de partido é sintomático da confusão que o PCP faz entre as estruras do partido e os orgãos do Estado.
As razões invocadas são, no mínimo, risíveis. Podiam, ao menos, ter-lhe inventado uma qualquer operação em Moscovo.
Provavelmente, será mais um triste exemplo de que, em Portugal, ser activista de extrema-esquerda (neste caso em regime multitasking) confere a possibilidade de atentar contra a ordem pública e/ou desobedecer às autoridades sem qualquer consequência significativa: Azinhaga dos Besouros: detidas foram libertadas
Mais um contributo interessante do CMC para a discussão da sobre-representação da extrema-esquerda na blogosfera (e fora dela). A essa sobre-representação não será alheio o mérito dos próprios no plano organizativo e o facto de a extrema-esquerda ter muitos simpatizantes na classe académica e jornalística (proporcionalmente muitos mais do que na sociedade em geral). Uma das consequências desta situação bizarra é que não falta por aí quem "acuse" um sociais-democratas como o CMC de serem perigosos direitistas encapotados.
Dado o virulento anti-americanismo da extrema-esquerda, o fenómeno verifica-se de forma mais vincada quando o que está em causa é a política externa. Será aliás interessante observar, no caso de os democratas vencerem as próximas presidenciais americanas, a rapidez com que a extrema-esquerda reconverterá o seu anti-bushismo primário numa entusiástica oposição a quem quer que ganhe as eleições. Se tal acontecer, a propagandistas anti-americanos da extrema-esquerda não se cansarão de repetir que, afinal, democratas e republicanos são igualmente reaccionários.
No que diz respeito ao Médio Oriente, e tendo em conta que não é de esperar que uma hipotética futura administração democrata apoie menos Israel do que a actual administração republicana, as dores de barriga dos ruidosos extremistas anti-americanos prometem continuar para lá de 2008. Aqui fica o prognóstico...
A própósito da duplicação dos beneficiários do eufemisticamente designado "Rendimento Social de Inserção": O País Que Temos, por FAL.
Em 2005, recebiam o rendimentozito 135 150 pessoas. Já este ano, o PQT dá o rendimentozito a 268 384 almas. De certo este aumento não está relacionado com a governação e deve-se única e exclusivamente a um problema conjuntural que afecta a Europa toda e, por conseguinte, o PQT...
P.S. - Obviamente que este também não é um tema que interesse à oposição, nem sequer àqueles políticos que prometeram um dia que, se fossem Governo (e foram), acabavam com a coisa. Que eu saiba esses mesmos políticos estão a banhos.
Os titulares do rendimento social de inserção (RSI) quase duplicaram em Julho face a igual período do ano anterior, passando de 135 150 para 268 384, de acordo com dados do Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social. E, desde Janeiro, o agravamento foi contínuo, contando-se mais 92 mil casos até Julho. Em consequência a despesa com esta prestação subiu 21,7% até Junho deste ano, representando cerca de 170 milhões de euros, tal como aponta a síntese de execução orçamental.
Não seria esta uma boa altura para pedir responsabilidades não só às lideranças políticas timorenses mas também à ONU e aos numerosos conselheiros e consultores externos que passaram por Dili e cujo resultado final do trabalho desempenhado está à vista?
Comandante da GNR conta que há mais jovens a atacar e que «qualquer pessoa pode ser apedrejada». Mas há também armas artesanais que «entram fundo dentro da carne». Vários militares já foram atingidos. Mas até agora nenhum português.
Novos confrontos entre jovens timorenses registados esta terça-feira levaram a polícia australiana destacada na região a encerrar os acessos ao aeroporto de Díli, depois de três das suas viaturas terem sido atacadas.
Na sua "rentrée" política, o PSD podia ter defendido ser benéfico o fim do especial monopólio da PT. Ou o fim da regulação do mercado eléctrico. Não lhe teria feito qualquer mal dizer que os pais poderiam escolher a escola dos seus filhos. Que os cidadãos deste país têm o direito de planear a sua reforma à margem do Estado, com a subsequente redução dos pagamentos à Segurança Social. O PSD, na sua "rentrée", tinha inúmeros assuntos interessantes para tratar. Preferiu que o início do seu ano político fosse marcado com a não ida de Marques Mendes à festa do Pontal. Um assunto importante, como se vê. Depois queixam-se que a sociedade civil esteja afastada da política...
O dia 4 de Setembro entra na História económica nacional, porque formalmente a EDP perde um monopólio de 6 milhões de consumidores, que formalmente são livres de ir buscar alternativas mais baratas e com maior qualidade de serviço.
O dia 4 de Setembro vai sair da História, porque tudo o que estava previsto, com uma enorme probabilidade, não irá acontecer. A liberalização da energia em Portugal estava incompleta. É verdade que fica completa a partir desse dia. Formalmente. Pois continuará a ser uma liberalização mistificada
(...)###
As companhias eléctricas não estão em condições de oferecer preços inferiores às tarifas reguladas do Sistema Eléctrico Público, que se mantém intacto ali ao lado. O «mercado regulado» está protegido das flutuações das energias primárias, não reflectindo no preço ao consumidor a brutal escalada de petróleo e gás.
E é uma aberração imaginar que é possível manter a concorrência entre o regime tarifário e o regime liberalizado. No actual contexto, é até impossível. Num ano, o mercado liberalizado em Portugal (só para grandes consumidores) encolheu quase 20%. Um retrocesso.
A fuga dos consumidores para os preços administrados é uma atitude racional. Irracional é manter a distorção nos preços, que dá origem a um défice tarifário monstruoso (400 milhões de euros, só em 2005). Passa despercebido, mas é um autêntico horror económico, igual ao célebre «congelamento» dos combustíveis decretado por Guterres.
E não é uma fatalidade. À excepção de Espanha (a situação é mais grave, o défice tarifário é dez vezes superior ao nosso), os outros países reflectem no consumo a subida dos custos. Em Portugal, a tarifa foi actualizada à taxa de inflação (dois e tal por cento), enquanto o custo da geração de electricidade subiu 15%.
Artigo de Reinaldo Azevedo publicado no jornal O Globo: Opus diaboli
Como dizem que pertenço ao Opus Dei, pensei ser uma boa oportunidade de ter acesso aos “códigos” que me regem sem que eu mesmo saiba. O título é uma alusão ao livro O Código da Vinci, de um certo Dan Brown. Li um ou outro artigo dando conta dos erros factuais que ele cometeu sobre a “Obra”, a vilã do livro. Atravessei as sete páginas de texto da “reportagem” que levou “meses” para ser produzida. E nada!
Tudo o que havia contra a “Obra” era relatado por desafetos. Ah, sim: ficamos sabendo do desconforto da repórter com prédios que ela diz serem impecavelmente limpos e arrumados. As personagens que ela tenta envolver numa aura de mistério são pessoas cujas relações com o Opus Dei são públicas. A profecia se autocumpre: a prova de que algo de estranho acontece está no fato de a Caros Amigos não descobrir o que é. A essência das teorias conspiratórias está na ausência de provas, não na abundância delas.
CMC escreve sobre a pouca expressão da esquerda moderada na blogosfera lusitana. Subscrevo, mas julgo que o problema é mais vasto: também na imprensa e nos media em geral há um peso completamente desproporcional da extrema-esquerda. Não é uma questão menor já que o risco de os extremistas ganharem por falta de comparência e polarizarem o debate é bem real. Na blogosfera e não só.
Ana Gomes evidencia o risco (real) que a política externa portuguesa correria se um governo do PS entregasse a condução da mesma à ala mais à esquerda do partido. Seria conveniente que os responsáveis do PS se distanciassem claramente de declarações do teor das proferidas por Ana Gomes nos últimos tempos.
U.S. newsstands sold fewer magazines in the first half of 2006 compared with a year ago, data showed on Monday, as some markets were saturated with too many offerings while others had to compete with the Web.
Newsstand, or "single-copy," sales of magazines fell more than 4 percent to about 48.7 million copies in the first half of 2006, according to preliminary figures provided by U.S. magazine publishers to the Audit Bureau of Circulations.
Among U.S. news weeklies, Time magazine reported the biggest fall in newsstand sales of 24 percent. The magazine, owned by Time Warner Inc.'s Time Inc., plans to move its publication day to Friday from Monday to attract more readers on the weekend and boost sales.
Magazine sales have fallen because many readers are spending more time on the Internet, and because of a thicket of similarly-themed titles, said Samir Husni, chairman of the journalism department at the University of Mississippi.
Estas quatro coisas eram o que qualquer recruta do Exército aprendia nas primeiras semanas a perguntar-se. Qualquer relatório, observação, posição ou inquirição obedecia a estas quatro perguntas. Resta-nos perguntar-nos a nós mesmos como foi que perdemos este mínimo de objectividade. Quando, como e porquê se perdeu ou deixou de ter importância saber se há um inimigo, quem é e como actua. Quando, como e porquê nos entregámos a um destino de escravos e passámos a considerar que anything goes e que os nossos pais e avós eram uns idiotas hipócritas e criminosos sem remissão. “There is no future. All you’ve got is the past.”– Joe Strummer - The Clash. Nem isso caro Joe, nem isso.
Os políticos, jornalistas e intelectuais do Líbano experimentaram nestes últimos dias o maior choque de suas vidas. Eles sabiam muito bem que o Hezbollah havia estabelecido um estado independente dentro de nosso país. Um estado que inclui duplicatas de todos os ministérios e instituições afins do Líbano. O que não sabiam – e que descobriram graças à esta guerra (e o que os petrificou de surpresa e de medo) – era a magnitude dessa fagocitose.
De fato, nosso país tornou-se uma extensão do Irã, e nossa suposta força política serve também de escudo político e militar para os islamitas de Teerã. De repente descobrimos que Teerã armazenou mais de 12.000 foguetes de todos os tipos e calibres em nosso território, e que paciente e metodicamente organizou um exército suplementar, com a ajuda da Síria, que vai ocupando cada vez mais, dia a dia, todos os quartos de nossa casa, o Líbano. Imaginem só isso: que estamos armazenando em território de nosso país misseis terra-terra do tipo Zilzal, e que o disparo dessas armas, sem que o saibamos, pode desencadear um conflito estratégico regional, potencialmente capaz de aniquilar o Líbano. ### Sabíamos que o Irã, através do Hezbollah, estava construindo uma verdadeira linha Maginot no sul, mas foram as imagens de Maroun el-Ras e Bint J’bail que nos revelaram a magnitude dessas construções. Essa dimensão fez-nos compreender muitas coisas ao mesmo tempo: que já não controlávamos nosso próprio destino; que não temos os meios básicos necessários para reverter o curso dessa situação e que aqueles que transformaram nosso país num posto avançado de sua doutrina islâmica de combate contra Israel não têm a mínima intenção de, voluntariamente,abrir mão de seu domínio sobre nós.
As discussões sobre a salvação nacional representada pela aplicação da Resolução 1559, das quais participou a maioria dos movimentos políticos libaneses, foram não mais que uma encenação. O Irã e a Síria não investiram bilhões de dólares na militarização do Líbano em prol da guerra deles para depois ceder ao desejo dos libaneses e da comunidade internacional, empacotar seus equipamentos e levá-los de volta para casa.
E não tiveram de fazer qualquer esforço, tal a indecisão, a covardia, a divisão interna e o comportamento irresponsável de nossos líderes. Não houve necessidade de enfrentar os outros componentes políticos do País dos Cedros. Estes se mostraram – e continuam a se mostrar – inconsistentes.
É claro que nosso exército – reformado ao longo dos anos pelas forças de ocupação sírias, de modo a não mais poder desempenhar seu papel de defensor da Nação – não seria capaz de enfrentar as milícias do Hezbollah. É mais perigoso convocar nosso exército, – devido ao explosivo equilíbrio na constituição de cada uma de sua brigadas – do que deixá-lo trancado em seus quartéis. É uma força ainda leal a seus antigos senhores estrangeiros, a ponto de ser por nós incontrolável; a ponto de ter colaborado com os iranianos para pôr NOSSAS estações costeiras de radar àdisposição dos lançadores de mísseis DELES, que quase afundaram um barco israelense na costa de Beirute. Os membros do governo não ligados ao Hezbollah desconheciam a existência de mísseis terra-mar em nosso território. Isso levou à total e justificada destruição de todas as NOSSAS estações de radar pelas forças israelenses. E ainda nos saiu barato.
É fácil agora reclamar e queixar-se, e assumir hipocritamente o papel de vítimas. Sabemos muito bem como fazer os outros terem piedade de nós, e proclamar que nunca somos os responsáveis pelos horrores que regularmente nos assolam. Isso é um grande disparate. A Resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU – que solicitava que NOSSO governo dispusesse NOSSO exército em NOSSO território soberano, ao longo de NOSSAS fronteirasinternacionais com Israel, e que ele desarmasse todas as milícias em NOSSO país – foi aprovada em 2 de setembro de 2004.
Tivemos dois anos pela implementar essa resolução e com isso garantir um futuro de paz para nossos filhos, mas não fizemos absolutamente nada.
Nosso maior crime – e não foi o único! – não foi o de não tê-lo conseguido, mas o de não ter tentado o que quer que fosse. Essa foi a omissão irresponsável dos patéticos políticos libaneses.
Nosso governo, assim que os ocupantes sírios se foram, permitiram que navios e caminhões trouxessem armas para dentro de nosso país, sem se darem o trabalho de examinar suas cargas. Eles comprometeram todas as oportunidades para a reconstrução de nosso país ao confundir a Revolução dos Cedros com a libertação de Beirute. Na verdade, nos fora dada a oportunidade – uma inesperada moratória – de tomar nosso futuro em nossas próprias mãos.
E pensar que não fomos sequer capazes de concordar em afastar Émile Lahoud – o títere de Al-Assad – e que ele ainda é o presidente do que alguns insistem em chamar de 'nossa república’... Não é preciso ir muito mais longe, somos o que somos, ou seja, não muito.
Todos os que assumem responsabilidades públicas e cuidam da comunicação neste país são responsáveis por essa catástrofe. Com exceção de meus colegas, jornalistas e editores, que estão mortos, assassinados por capangas sírios, porque eles foram menos covardes do que os que sobreviveram. E Lahoud continua em Baadbé (o palácio residencial; NT).
E quando falo de catástrofe, não estou me referindo à ação empreendida por Israel em resposta à agressão contra seus cidadãos e seu exército, agressão desfechada a partir de nosso território e que absolutamente nada fizemos para impedir, sendo, conseqüentemente, responsáveis por ela.
Omitir-se dessa responsabilidade – algumas pessoas aqui não têm a menor noção da lei internacional, o que lhes permitiria entendê-lo – significaria que o Líbano, como estado, não existe.
A hipocrisia continua: mesmo alguns editorialistas do respeitável L’Orient-le-Jour põem num mesmo nível a selvageria do Hezbollah com a dos israelenses!
Vergonha! Pusilanimidade! E quem somos nós nessa fábula? Pobres e eternas vítimas das ambições de terceiros?
Os políticos, estes ou se engajam nessa idéia insana, ou guardam silêncio. Aqueles que esperávamos se pronunciassem para resgatar nossa imagem silenciam como os outros. Refiro-me precisamente ao general Aoun, que poderia agir, proclamando a verdade. Até mesmo seu inimigo, Walid Jumblatt, o líder druso, demonstrou ser menos... ambíguo.
O Líbano, uma vítima? Que piada!
Antes do ataque israelense, o Líbano não existia mais, não era mais que um holograma. Em Beirute, a cidadãos inocentes, como eu, era proibido o acesso a certas áreas de sua própria capital. Proibido também a nossa polícia, a nosso exército e a nossos juízes. É o caso, por exemplo, da zona de comando do Hezbollah e dos sírios, no bairro de Haret Hreik. Um quadrado com 1km de lado, uma capital dentro da capital, guardado por um exército Horla (ref. ao livro de Guy de Maupassant Le Horla; N.E.), com suas próprias instituições, suas escolas, suas creches, seus tribunais, suas estações de rádio e televisão e, acima de tudo... seu governo. Um ‘governo’ que decidiu sozinho, no lugar das figuras de proa do governo libanês – no qual o Hezbollah também tem seus ministros! –, atacar um estado vizinho, com o qual não tínhamos qualquer litígio básico ou substancial, e com isso mergulhar-NOS num sangrento conflito. E se atacar um estado soberano em seu território, assassinando oito de seus soldados, raptando outros dois, e, simultaneamente, lançando mísseis sobre nove de sua cidades não constitui um casus belli, este princípio jurídico tem de ser seriamente revisto.
Assim, quase todos esses políticos covardes, inclusive muitos líderes xiitas e personalidades religiosas, abençoam cada bomba que cai de um F-16 israelense, transformando o insulto a nossa soberania que é Haret Hreik, bem no coração de Beirute, numa paisagem lunar. Sem os israelenses, que outra oportunidade – que não merecemos!– teríamos de reconstruir nosso país?
A cada fortificação iraniana-síria que Israel destrói, a cada combatente islâmico que elimina, o Líbano vai renascendo! De novo os soldados de Israel estão fazendo nosso trabalho. De novo, como em 1982, estamos assistindo – covardemente, humilhantemente, desprezivelmente, e ainda por cima os insultando – a seu heróico sacrifício que nos permite continuar a ter esperança. De não sermos engolidos nas entranhas da terra. Porque, obviamente, ao não dar a mínima para o sul do Líbano, ao deixar estrangeiros se apoderarem de privilégios que cabem a nós, perdemos nossacapacidade de recuperar nossa independência e nossa soberania. Se, ao fim desta guerra, o exército libanês recuperar o controle de seu território e se livrar do estado dentro do estado – aquele tentando sufocar este – ele terá de agradecer a Tsahal por isso, e isso sabem muito bem esses pusilânimes políticos, desde o velhaco Fouad Siniora, até Saad Hariri, o filho do saqueador do Líbano, e o general Aoun.
Quanto à destruição causada pelos israelenses... é outra impostura. É só olhar para o mapa de Beirute via satélite, no qual marquei, com a maior precisão possível E NAS PROPORÇÕES CORRETAS as partes de minha capital que foram destruídas por Israel. São elas Haret Hreik, em sua totalidade, e as residências dos líderes do Hezbollah no grande subúrbio xiita de Dayaa.
Além dessas duas zonas, Tsahal fez explodir um prédio de nove andares que sediava o comando do Hezbollah, no centro de Beirute, junto e a noroeste de Haret Hreik. Era o ‘poleiro’ de Nasrallah na cidade, de onde exercia sua presença e seu domínio sobre nós. Um depósito de armas sírias no porto, dois radares do exército que os oficiais xiitas haviam posto à disposição do Hezbollah, e um caminhão suspeito de transportar armas, no bairro cristão de Ashrafieh.
Finalmente, os israelenses deixaram não-operacionais a estrada e a infra-estrutura do aeroporto, usados para prover o Hezbollah de armas e munições. Fora isso, Tsahal não atingiu nem destruiu nada, e os que falam da “destruição de Beirute” são ou mentirosos, ou iranianos, ou anti-semitas, ou não estavam lá. Mesmo casas situadas a um quarteirão de distância dos alvos que mencionei não foram atingidas, não sofreram um arranhão; é contemplando os resultados desse ‘trabalho’ que se compreenderá o significado de ‘ataques cirúrgicos’, e se admirará a destreza e precisão dos pilotos judeus.
"Para os entusiastas do processo de globalização econômica, os padrões de vida das populações melhoram em decorrência do aumento da prosperidade global. A intensificação das relações comerciais e financeiras aumenta tanto o fluxo quanto a geração de riquezas, pois a economia não é um jogo de soma zero. Já os críticos da globalização defendem que o processo globalizador é assimétrico e excludente, levando ao aumento da desigualdade de renda e à intensificação da pobreza, principalmente nas regiões mais pobres do planeta. Os ricos ficariam mais ricos e os pobres, mais pobres. (...) A globalização é, portanto, incompreendida, porque o que se tem de um lado são críticas inflamadas por uma boa dose de retórica ideológica, enquanto do outro lado temos defensores do processo que baseiam seus argumentos em pelo menos duzentos anos de teoria econômica e em análises cuidadosas da realidade que nos mostram que – seja ou não pelos efeitos da globalização econômica – o panorama atual não é tão negativo como costuma ser retratado. (...) Quando se diz que a globalização não é para todos, ou que alguns países não estão 'globalizados', faz-se referência à ausência, em alguns lugares, dos benefícios que a globalização econômica proporciona em outros lugares. Isso é uma realidade, mas não se pode concluir daí que a globalização seja excludente ou assimétrica. Somente a acelerada integração econômica e financeira não bastam para que os benefícios da globalização apareçam. Para que a riqueza flua pelas sociedades, é necessário que o capital não seja estéril, isto é, que os direitos de propriedade sejam claros e respeitados, que os sistemas judiciários sejam eficientes para dirimir conflitos, que as liberdades não sejam sufocadas e que o empreendedorismo e as iniciativas individuais sejam incentivadas e não tolhidas por regulações excessivas e pelo império da corrupção quase institucionalizada que verificamos em diversas partes do mundo."
Durante semanas, a França esperneou com a exigência de uma força de interposição no sul do Líbano. Uma força de que ela, a grande França, seria a espinha dorsal. Foi aprovada uma resolução à sua medida. E fixado um número: 15 mil homens. Passados dez dias (depois de negociados vários drafts, sempre por exigência francesa, a votação realizou-se a 11 de Agosto) a França mandou ontem para o Líbano 49 homens. Quarenta e nove. Quarenta e nove de um total de 200 que está disposta a destacar. Nem mais um. Duzentos.
Leituras sobre Carlos Sousa, a autarquia de Setúbal e o PCP (2)
Começo por dizer que não nutro grande simpatia por Carlos Sousa. Para além da sua filiação partidária, este já demonstrou gostar excessivamente de "equipamentos" inúteis, de monumentos de gosto duvidoso e de viagens a Porto Alegre. No entanto, não posso deixar de reconhecer que a sua eleição implicou uma significativa melhoria para os setubalenses (o que não era difícil dado o péssimo presidente que tinhamos anteriormente).
Ao pretender afastá-lo, não sei se os comunistas se dão conta que poderá perder a Câmara. É a Carlos Sousa (devido ao prestigio que acumulou enquanto presidente da Câmara de Palmela) que se deve a "reconquista" de Setúbal pelo PCP. Se duvidam, comparem os resultados das autárquicas com os das legislativas no concelho de Setúbal.
PS: Gostava ainda de saber quais os critérios do IGAT para nuncar ter proposto a mesma sanção a Mata Cáceres.
O comando da força da ONU no sul do Líbano foi atribuído a um general francês.Já se pode comer batatas fritas(french fries) sem levantar suspeitas?
Independentemente da pouco edificante promoção das "freedom fries" por alguns sectores mais populistas da direita americana, diria, quanto à questão de fundo subjacente, que só se poderá voltar a comer "french fries" sem "levantar suspeitas" depois de estarem operacionais no Sul do Líbano os restantes 4951 efectivos (que certamente irão acompanhar a 7ª Brigada de Engenharia da Legião Estrangeira da França) e de a (hipotética) liderança francesa demonstrar ser capaz de fazer cumprir na íntegra a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.
Até lá, alguns americanos poderão ser criticados por expressarem a sua repulsa pela política externa francesa de formas menos felizes mas é a França que continuará a ser legitimamente objecto de ridículo pelo escandaloso e iresponsável contraste entre as declarações dos seus representantes na cena internacional e a sua incapacidade absolutamente patética para actuar de acordo com as responsabilidades que essas declarações acarretam.
Sobre a publicação das contratações para a Função Pública
Espero que se confirmem as declarações do secretário de Estado da Administração Pública e que em breve todas as contratações sejam de facto publicadas. João Figueiredo tem pelo menos tentado introduzir algumas mudanças no bom sentido nas regras de funcionamento da Administração Pública e seria lamentável ficar com esta mancha no seu mandato. Esta questão é importante não só pela transparência que deve estar associada (na medida do possível - já que há vícios inerentes a estruturas deste género que nunca é possível eliminar) às contratações para a Função Pública mas também pelo sinal que transmite quanto à possibilidade de fiscalização da actuação dos governos e do aparelho burocrático do Estado no seu todo.
Faz hoje precisamente 38 anos que a União Soviética e seus satélites invadiram a Checoslováquia invocando a doutrina Breznev da "soberania limitada". A Primavera de Praga chegava ao fim, demonstrando que não haver reforma e evolução possível para um regime totalitário, nem possibilidade de auto-determinação para povos esvaziados de soberania e submetidos a tratados desiguais. A Europa de Leste era, de facto, um embuste à luz do direito internacional. Ocupada militarmente, estreitamente subordinada a Moscovo por um pacto militar e por uma organização económica que cumpriam apenas as necessidades soviéticas, dependia inteiramente de um "residente" russo - o embaixador, que habitualmente cooptava as figuras ministeriáveis - e de um corpo administrativo colonial composto por assessores e "conselheiros" nomeados pelo Kremlin.
(...)
Em Agosto de 68, o comunismo estava morto, mas havia por cá quem ainda o quisesse experimentar como horizonte de felicidade, abundância e realização humanas.
(...)
O comunismo foi um recuo histórico sem precedentes, mas demonstrou que há sempre idiotas úteis e criaturas ávidas de protagonismo prontas a servir regimes que são, por essência e acidente, a negação da liberdade.
Segundo Luís Filipe Vieira, o sempre zangado Presidente do Benfica, como referido ontem nos jornais A Bola e DN, “…o Campeonato vai começar e vão continuar as dúvidas, nomeadamente se os resultados vão ser ou não falseados…” A ser assim…quando o Benfica ganhar, as dúvidas serão todas nossas…e quando o Benfica perder, Luís Filipe não terá dúvidas nenhumas!…
O adesivo de um haras de propriedade de um bicheiro colado no vidro traseiro do carro é usado por moradores da zona norte do Rio de Janeiro como uma forma de evitar que o veículo seja assaltado ou parado por uma blitz. (...) um comerciante contou que teria o carro roubado por bandidos se não fosse o adesivo. "Iam roubar meu carro, mas viram o plástico e perguntaram: 'Você trabalha na banca (de jogo do bicho)? Então pode ir!' (...) Um advogado afirmou ter vivido situação semelhante. Foi liberado de um roubo a mão armada depois de um criminoso ver o plástico redondo, em preto e branco, com a imagem da cabeça de um cavalo. "Deixa ir embora, tá com o plástico, tá com o plástico!", gritou um deles.
Uma motorista teria recebido a dica para usar o símbolo da própria polícia. Um PM parou seu carro, que estava com documentos e IPVA atrasados. "Pede o adesivo do haras do Seu Zé, que ninguém mais vai incomodar em blitz. Com o plástico você passa direto."
Well, the neighborhood bully, he’s just one man, His enemies say he’s on their land. They got him outnumbered about a million to one, He got no place to escape to, no place to run. He’s the neighborhood bully.
The neighborhood bully just lives to survive, He’s criticized and condemned for being alive. He’s not supposed to fight back, he’s supposed to have thick skin, He’s supposed to lay down and die when his door is kicked in. He’s the neighborhood bully.
The neighborhood bully been driven out of every land, He’s wandered the earth an exiled man. Seen his family scattered, his people hounded and torn, He’s always on trial for just being born. He’s the neighborhood bully.
Well, he knocked out a lynch mob, he was criticized, Old women condemned him, said he should apologize. Then he destroyed a bomb factory, nobody was glad. The bombs were meant for him. He was supposed to feel bad. He’s the neighborhood bully.
Well, the chances are against it and the odds are slim That he’ll live by the rules that the world makes for him, ‘Cause there’s a noose at his neck and a gun at his back And a license to kill him is given out to every maniac. He’s the neighborhood bully.
He got no allies to really speak of. What he gets he must pay for, he don’t get it out of love. He buys obsolete weapons and he won’t be denied But no one sends flesh and blood to fight by his side. He’s the neighborhood bully.
Well, he’s surrounded by pacifists who all want peace, They pray for it nightly that the bloodshed must cease. Now, they wouldn’t hurt a fly. To hurt one they would weep. They lay and they wait for this bully to fall asleep. He’s the neighborhood bully.
Every empire that’s enslaved him is gone, Egypt and Rome, even the great Babylon. He’s made a garden of paradise in the desert sand, In bed with nobody, under no one’s command. He’s the neighborhood bully.
Now his holiest books have been trampled upon, No contract he signed was worth what it was written on. He took the crumbs of the world and he turned it into wealth, Took sickness and disease and he turned it into health. He’s the neighborhood bully.
What’s anybody indebted to him for? Nothin’, they say. He just likes to cause war. Pride and prejudice and superstition indeed, They wait for this bully like a dog waits to feed. He’s the neighborhood bully.
What has he done to wear so many scars? Does he change the course of rivers? Does he pollute the moon and stars? Neighborhood bully, standing on the hill, Running out the clock, time standing still, Neighborhood bully.
The question posed here tonight is very direct: “Does Western Civilization Have A Future?” One answer’s easy: if western civilization doesn’t have a past, it certainly won’t have a future. No society can survive when it consciously unmoors itself from its own inheritance.
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Statist Europe signed on to Hillary Rodham Clinton’s alleged African proverb – “It takes a village to raise a child” – only to discover they got it backwards: on the Continent, the lack of children will raze the village.
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What’s the most laughable article published in a major American newspaper in the last decade? A good contender is a New York Times column by the august Princeton economist Paul Krugman. The headline was “French Family Values”, and the thesis is that, while parochial American conservatives drone on about “family values”, the Europeans live it, enacting policies that are more “family friendly”. On the Continent, claims Professor Krugman, “government regulations actually allow people to make a desirable tradeoff – to modestly lower income in return for more time with friends and family.”
How can an economist make that claim without noticing that the upshot of all these “family friendly” policies is that nobody has any families? Isn’t the first test of a pro-family regime its impact on families?
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Australia has more economic freedom than the EU and fewer distorting demographic problems, so, along with America, it’s one of the two countries with a sporting chance of avoiding the perfect storm about to engulf the rest of the west. But at some point it too will have to confront these issues – not just the falling birth rate and aging population, but the underlying civilizational ennui of which the big lack of babies is merely the most obvious symptom. I feel bad running around like a headless chicken shrieking about this stuff. But let’s face it, scaremongering is the default mode of the age. We worry incessantly, because worrying is the way the responsible citizen of an advanced society demonstrates his virtue: He feels good about feeling bad. So he worries mostly about what offers the best opportunities for self-loathing – climate change, or the need to increase mostly harmful foreign aid to African dictatorships. This is a kind of decadence. September 11th 2001 was not “the day everything changed”, but the day that revealed how much had already changed. On September 10th, how many journalists had the Council of American-Islamic Relations or the Canadian Islamic Congress or the Muslim Council of Britain in their rolodexes? If you’d said that whether something does or does not cause offence to Muslims would be the early 21st century’s principal political dynamic in Denmark, Sweden, the Netherlands, Belgium, France and the United Kingdom, most folks would have thought you were crazy. Yet on that Tuesday morning the top of the iceberg bobbed up and toppled the Twin Towers.
But it’s important to remember: radical Islam is only the top-eighth of that iceberg – it’s an opportunist enemy taking advantage of a demographically declining and spiritually decayed west. The real issue is the seven-eighths below the surface – the larger forces at play in the developed world that have left Europe too enfeebled to resist its remorseless transformation into Eurabia and call into question the future of much of the rest of the world. The key factors are: i) Demographic decline; ii) The unsustainability of the social democratic state; iii) Civilizational exhaustion.
None of these is Islam’s fault. They’re self-inflicted.