Many opponents and supporters of abortion rights believe the U.S. Supreme Court is more likely to overturn its 1973 Roe v. Wade decision legalizing abortion now that conservatives John Roberts and Samuel Alito are on the bench. Lawmakers said growing support among South Dakotans for abortion restrictions gave the bill momentum.
Para que o conflito dê frutos – e possamos intervir nele com eficácia - é necessário primeiro forçar a que a sua existência seja reconhecida. Assim foi.
Sem menos importância, o início de um novo paradigma: o impacto mediático da acção foi muito considerável e representou, sobretudo, uma alteração profunda no discurso mediático costumeiro sobre homossexualidade. Pela primeira vez não são os homossexuais quem tem que se explicar, mas sim a “homofobia”, termo que tardava a entrar no léxico do discurso quotidiano. E é esta, como comportamento – e não os comportamentos homossexuais – que está no centro de análise e da reprovação.
(...)
É que, mais que preconceito, a homofobia é um sistema político e social de dominação que integra quadros maiores de opressão, o que implica alterar estruturas, e não apenas mentalidades ou legislação no quadro de uma sociedade estruturalmente discriminatória como é a actual. [destaques meus]
O modo como a comunicação social (exemplo típico: o relato épico-lírico de um jornalista da RTP no noticiário das 20 horas de ontem) está a tratar o crime cometido no Porto contra alguém que se encontrava na maior das solidões, da perda de si, o que também significa na margem mais absoluta da exclusão, é um típico exemplo de jornalismo de causas, ou seja, de não-jornalismo. Duvido que sequer sirva qualquer causa, serve uma determinada visão política do problema e da sociedade, a do Bloco de Esquerda.
(...)
Transformar este crime num instrumento para mais uma vez fazer legislação "politicamente correcta " sobre a "homofobia", é política, não é jornalismo.
O ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas, entregou ontem no Parlamento uma declaração de voto sobre a (recentemente aprovada) lei da nacionalidade em que sustenta que "a Assembleia da República cometeu uma imprudência grave" fazendo "concessões" a um discurso "politicamente correcto e não raro panfletário, de facilidades, nas questões, relacionadas, da imigração, integração e nacionalidade".
O deputado defende que o CDS-PP deve "agir junto do presidente da República e, em paralelo, esclarecer o tema junto de uma opinião pública que mal tomou conhecimento do que estava em causa".
A forma como foi aprovada a nova lei da nacionalidade é aliás um excelente indicador da situação de desorientação da direita portuguesa, mesmo em assuntos estruturais como este...
Para que não haja dúvidas, no programa eleitoral apresentado pelo Bloco de Esquerda nas últimas legislativas consta o seguinte:
Assim, o Bloco inclui as seguintes propostas no seu programa para a legislatura:
1.Apresentação de uma Lei Anti-Homofobia, à semelhança de legislação anti-racista, pela especificidade do tema, decorrendo da alteração já concretizada do Artº 13º da Constituição;
Fica cada vez mais evidente para quem saiba ler que Daniel Oliveira é um bluff. Um bluff perigoso, porque associado à promoção demagógica de uma cartilha radical de extrema esquerda, mas um bluff. E não passa disso.
O facto de a promoção da cartilha bloquista assentar precisamente em campanhas de desinformação e show-off mediático não deve no entanto levar-nos a ignorá-lo (e neste aspecto discordo de quem me tem ao longo dos últimos tempos manifestado a convicção de que dou demasiada atenção aos extremistas do BE). No contexto actual, a ameaça totalitarista mais perigosa é precisamente a que se esconde sob o disfarce das causas "fracturantes" e do politicamente correcto. A direita e a esquerda moderada que persistem em ignorar esta ameaça (e por vezes até a alimentam - seja por receio de a enfrentar ou por medo de não parecerem suficientemente "progressistas) arriscam-se a estar a lançar as sementes da sua própria destruição.
A avaliar pelos resultados das últimas presidenciais, há sinais de que o balão bloquista pode estar a esvaziar, mas ainda assim o peso actual do BE continua a ser preocupante. Aliás, deverá ser sempre motivo de preocupação que um partido de extrema esquerda radical como o BE tenha representação parlamentar numa democracia liberal.
O inefável Bloco de Esquerda descobriu que é aconselhável criminalizar o ódio homofóbico, isto é, o ódio aos homossexuais. Já estou a ver a redacção do putativo artigo: “Quem, com intenção de rebaixar, apoucar, criticar, discordar, condenar, ou por qualquer forma ridicularizar ou menorizar, se opuser ao elogio ou à igualdade jurídica de pessoas homossexuais com pessoas heterossexuais, é punido com uma pena até 3 anos de prisão ou 120 dias de multa.”. E haverá certamente um número 2 prevendo que “a tentativa é punível”. Para cortar cerce qualquer veleidade opinativa.
Em causa está a sondagem do semanário sobre a homossexualidade em Portugal e uma petição favorável ao casamentos das lésbicas Teresa e Helena, subscrita por Fernanda Câncio, jornalista do ‘DN’, que assinava as notícias do caso, e António José Teixeira, director do diário.
Ainda de acordo com o Dr. Silva Lopes (na entrevista referida no ‘post’ em baixo) o sígilo bancário deve ser levantado para se melhor combater a economia pararela. Claro que esta medida levanta, como entrevistado bem recorda, problemas. O primeiro, e mais óbvio, vem de Espanha e traduz-se na atitude cada vez mais segura de guardar do dinheiro debaixo do colçhão. Os contribuintes (essa fabulosa expressão) são umas pessoas cheias de manhas e, por incrível que pareça, ainda demonstram saber usar os seus neurónios. O Dr. Silva Lopes devia compreender que acabar com o sígilo bancário não é eficiência, mas perseguição fiscal. O pior é que este fenómeno não se fica por aqui. É sempre possível fugir aos impostos. Basta não se sujeitar às regras e que o prémio da fuga supere o do risco. A economia paralela é bem mais importante do que muitos julgam. Num país com alta carga fiscal, com mais impostos produz-se menos, com mais fugas ao fisco há mais dinheiro a circular. A diferença é que ela produz para a sociedade e não para o estado o que, para a nossa elite, não serve.
O Dr. Silva Lopes numa entrevista ontem à SIC Notícias afirmou não perceber por que ainda não terminaram os paraísos fiscais que existem por esse mundo fora. A razão para alguns pode ser dura, mas é simples: Caso esses paraísos fiscais desapareçam, muitos investimentos terminam, vários desempregados aparecem. Na verdade, os paraísos fiscais têm o resultado duplo de, ao mesmo tempo que roubam capitais, trazem investimentos e dão liquidez a quem quer investir o que apenas se pode fazer onde vive gente. Ou seja, fora dos paraísos fiscais.
CNE chumba certificação prévia dos manuais escolares
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na quinta-feira, um parecer em que se opõe à criação de um sistema de certificação prévia dos manuais escolares, recomendando ao Ministério da Educação (ME) que reformule o projecto legal que preparou sobre a matéria.
(...)
Em vez de um sistema em que as editoras seriam obrigadas a submeter as obras, antes da sua publicação, às comissões de avaliação e certificação, o conselho propõe a adopção de um modelo facultativo de apreciação e acreditação a posteriori.
Depois, o CNE rejeita também a hipótese de as escolas só poderem adoptar obras sujeitas a esta certificação, considerando «porventura excessivo» que o ministério afirme que a avaliação dos manuais é «essencial para garantir a qualidade do ensino e para promover o sucesso educativo».
Não obstante considerar positiva (e surpreendente) esta posição do CNE gostava ainda mais se se tivesse pronunciado nos mesmo termos acerca dos programas curriculares.
Não escondo que as ordens profissionais me causam alguma perplexidade pela naturalidade com que se aceita o seu papel de regulador dos mercados onde os seus membros actuam.
O que se tem passado com a integração dos novos licenciados na ordem dos arquitectos é mais um exemplo, revelador de como estas instituições são barreiras administrativas à entrada no mercado (geridas pelos interessados na manutenção do status quo, com o beneplácito do estado), limitando assim a competição e prejudicando a livre escolha dos consumidores.
Um argumento será sempre que assim se protege a sociedade de produção arquitectónica de inferior qualidade. Pois claro. Há que salvaguardar os consumidores dos serviços prestados por estes licenciados em arquitectura. De caminho salvaguardam-se da competição os benefícios dos já "ordenados" (pelos preços, por exemplo) ou da inovação que os novos membros da profissão possam trazer. Via RR:
A presidente da Ordem, Helena Roseta, assume partilhar das dúvidas de constitucionalidade sobre o regulamento de admissão, mas remete a responsabilidade para o Presidente do Parlamento, a quem afirma ter pedido uma consulta ao Tribunal Constitucional.
Helena Roseta afirma que só poderá acabar a prova de admissão "se tal for deliberado pelos órgãos próprios da Ordem" ou por "sentença judicial", mas frisa não acreditar que essa medida contribua "para elevar o nível da qualidade profissional".
Conforme se esperava, o Peter Mandelson anunciou ontem a imposição de tarifas punitivas à importação de sapatos da China e Vietname. Segundo os estudos que apoiaram esta media o alegado dumping terá contribuido para a perda de 4000 postos de trabalho desde 2001(*).
Este número não só é claramente irrisório (e constestável) quando comparado com o desemprego total na UE como expõe, mais uma vez, dualidade de critérios da Comissão que continua a defender a PAC sem olhar aos efeitos nocivos provocados noutros países. Por outro lado, como já tinha dito anteriormente, nem por um momento a Comissão Europeia considera os danos que estas medidas irão provocar aos consumidores dos países-membros,
Numa coluna publicada esta semana no Times Tim Worstall di-lo melhor que ninguém:
Leave aside for a moment every economist’s suspicion of such tales of dumping; on close examination they almost never turn out to be true. Think, instead, of what is happening if it actually is true. The taxpayers of Vietnam and China are being gouged by their governments. This money is then - via the subsidy to manufacturers - being offered to us, the shoe buyers of Europe. We get a pair of shoes plus whatever the subsidy was to spend on whatever else it is we wish.
It is near insane that the peasant in the rice paddy be taxed to make us Europeans even richer. But if our rulers actually looked out for us, they wouldn’t slap a tariff on the shoes. No, the only rational response to such an offer of free money is that (attributed to) Calvin Coolidge. When offered his first pay cheque as US President he said to the Treasury messenger who brought it: "Thank you. Please come again."
Free trade proponent Oscar Arias won Costa Rica's presidential election by 18,167 votes, one of the country's closest races ever, according to results released Wednesday. Election judges were waiting until complaints were resolved before making an official declaration.
De salientar que mesmo neste contexto o Movimiento Libertario conseguiu resultados bastante bons.
Stan: [flips the page to reveal warring groups of people around a question mark] Mayor, it is time to stop splitting people into groups. All hate crimes do is support the idea that blacks are different from whites, that homosexuals need to be treated differently from non-homos, that we aren't the same.
Kyle: [shows a rainbow of people holding hands] But instead, we should all be treated the same, with the same laws and the same punishments for the same crimes [Stan flips the page to reveal their hate crime proposal]. For in that way Cartman can be freed from prison, and we [flips the page to show them winning a sledding race] will have a chance to win the sledding race on Thursday.
Stan: That is our presentation. An idea that we call…
Token: [flips the page to reveal another copy of the title page] "Hate Crime Laws: A Savage Hypocracy." [Kyle turns the tape player off]
Governor: Hm. That made the most sense of any presentation I've heard in the last three years.
O "Boss", no seu blog da esquerda "mais extremada", fazendo uso da demagogia barata e hipócrita a que já nos habituou, responde a este post invocando a guerra do Iraque (a referência é tão absurda neste contexto que nem vou comentar o seu conteúdo) e confundindo uma condenação geral da iniciação do uso da força com uma (suposta) reprovação da legítima defesa. Enfim, nada que surpreenda dada a conhecida preferência da esquerda "mais extremada" pela desinformação e intoxicação da opinião pública, mas ainda assim lamentável.
Dadas as recorrentes falhas do servidor onde estava alojado o nosso contador Sitemeter (só hoje, por exemplo, não tinham sido contabilizadas 6 horas de visitas...), optamos por instalar um novo na esperança de agora ter mais sorte.
O número de 230304 indicado aqui corresponde ao total acumulado de visitas até ao momento da substituição.
Sobre a palestra que o Professor António Vasconcellos de Saldanha proferiu no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa: Lição sobre diplomacia cultural, por Miguel Castelo-Branco.
Ainda alguém duvida da necessidade da lei deixar claro que é inaceitável atacar alguém por causa da sua condição social, orientação sexual ou género?
Pela minha parte a pergunta correcta seria: "Ainda alguém duvida da necessidade da lei deixar claro que é inaceitável atacar alguém?". A menos, claro, que haja grupos de pessoas que mereçam tratamento legal especial relativamente ao resto da população...
[A]s economias da Europa desenvolvida parecem repetir a paralisia dos anos 70 (com honrosas excepções: Irlanda, Espanha e, menos, Grã-Bretanha e Escandinávia). Não admira que, hoje, os 15 países mais ricos da UE estejam à mesma distância dos EUA a que estavam nos anos 60 (cerca de 70% do PIB per capita), e a aumentar. Vá lá saber-se porquê, ninguém tem muitas ideias sobre isto. Já sobre o "desastre iminente" da economia americana multiplicam-se os diagnósticos. Claro que nenhum episódio de prosperidade é eterno, e também este chegará ao seu termo. Mas há uma década que se ouvem vozes muito sabedoras anunciar para amanhã o abrandamento, senão mesmo o colapso americano. São diversos os sinais para que apontam: a impossibilidade de manter os chamados défices gémeos (o externo e o orçamental), a ausência de poupança na sociedade americana, a incapacidade dos salários para acompanharem o crescimento geral da economia. Acontece que nada disto é exactamente verdadeiro. Ninguém ainda provou qualquer relação entre os dois défices; a poupança na sociedade americana é muito significativa, só que feita de forma não convencional, através da aquisição de activos, como acções bolsistas ou casas novas; alguns salários podem não ter subido tanto quanto o PIB em geral, mas o assalariado americano depende hoje menos do seu salário e mais da valorização daqueles activos.
A verdade é que os americanos continuam a navegar uma onda de prosperidade inaugurada pelas reformas económicas de Reagan há 25 anos. Desde então que conhecem uma expansão cujas interrupções foram apenas breves e cujo ritmo acelerou na última década. Curiosamente, quase ninguém menciona o verdadeiro perigo para esta prosperidade: a extraordinária expansão da despesa pública durante os mandatos do actual Presidente Bush. A menção é rara por duas razões: primeiro, porque nega a ideia tradicional de Bush (a de um furioso "neoliberal") - afinal, a maior parte destes gastos foi destinada a fins chamados "sociais". Depois, porque ninguém vê nela um perigo. Ora, pode muito bem ser por aqui que Bush venha a trair a herança "reaganiana", ajudando a pôr termo a um dos mais notáveis episódios económicos contemporâneos.
Primeiro o sector do vestuário, depois o calçado, agora, com testes em medicamentos para tratamento da Hepatite B e Sida, os chineses pretendem lançar-se também no sector farmacêutico.
Por razões de coerência, a classe política deve tomar duras medidas proteccionistas para salvaguarda da indústria farmacêutica europeia.
Sanear as contas das empresas públicas de transportes terrestres custaria ao Estado 3,1 mil milhões de euros, o que equivale a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Razão pela qual o ministro das Finanças recusou, ontem, no Parlamento, a possibilidade de incluir estas empresas - CP, Carris, Metropolitano de Lisboa e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) - na lista de futuras privatizações.
Só a CP, de acordo com um relatório recente do Tribunal de Contas, acumulou, entre 2002 e 2004, prejuízos de 741 milhões de euros. Daí que o ministro, ontem ouvido na Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, tenha dito aos deputados que "o Governo vê com dificuldade" a privatização dos transportes terrestres, porque "não haveria capacidade de recuperar as empresas e colocá-las no mercado".
Esta manhã, entre as 05:15 e as 08:55, não se realizaram as ligações fluviais entre Lisboa e o Barreiro devido à greve dos trabalhadores da concessionária do trajecto, a Soflusa.
(...)
Os trabalhadores protestam contra o que dizem ser "uma distorção salarial", por em Novembro a empresa ter decidido, com o acordo de um outro sindicato, a atribuição de um subsídio de chefia aos mestres das embarcações.
O Sindicato entende que a valorização salarial deveria ser estendida a todos os funcionários da empresa, designadamente aos restantes membros da tripulação dos barcos: maquinistas e marinheiros. Mas a Solfusa alega que concedeu um subsídio de função aos mestres devido à responsabilidade das tarefas que exercem.
Se, por exemplo, um barco colidir com o cais é evidente que o Sindicato responsabilizará toda a tripulação...
A cadeia de roupa Zara, do grupo espanhol Inditex, abriu hoje em Xangai a primeira loja na China, parte da estratégia de expansão da marca no país asiático.
A loja da Zara, a número 270 em todo o mundo, abriu na Avenida Nanjing, a maior rua comercial de Xangai.
A Inditex, um dos maiores grupos mundiais de venda de vestuário, planeia até ao final do ano abrir mais uma loja em Xangai, a capital da moda e da finança da China e outra na capital do país, Pequim.
Bloco de Esquerda quer limitar a um ano a duração dos contratos a prazo, para travar a precariedade do emprego "dos jovens trabalhadores". Se a actividade for permanente, as empresas terão de passar o trabalhador a efectivo.
(...)
A proposta do BE teria dois efeitos: "tranquilizar" quem está no regime de emprego de longa duração, os efectivos; aumentar o desemprego entre os jovens que o BE diz querer proteger (na incerteza, as empresas não contratam).
É claro que Louçã sabe disso. E sabe também que 2004 e 2005 foram anos atípicos: as empresas defenderam-se da instabilidade política... que até acabou em eleições. Mas nada trava a sua demagogia. Nem a perspectiva de hipotecar a geração que está a sair das escolas.
As autoridades chinesas libertaram o dissidente Yu Dongyue, após 17 anos na prisão por lançar tinta ao retrato de Mao Zedong na praça de Tiananmen, durante os protestos na praça em 1989, informa hoje a imprensa de Hong Kong.
Voltando ao tema da manutenção dos ditos sectores chave da economia em mãos de nacionais, convém fazer um esforço no sentido de perceber o porquê da histeria existente sempre que um estrangeiro decide investir umas ‘massas’ no nosso país. Na verdade, tudo é muito estranho. Durante todo o século XX, andou Portugal a acreditar serem os ‘seus’ empresários uns tipos de vistas curtas e avessos ao risco (mito que se manterá enquanto não for desvendado o que se entende por risco). O estado, esse centro de luminárias, colmatava o problema e investia na economia. A princípio pouco, porque pouco era esperado do povo que habitava este jardim. Com a revolução dos cravos, esses conservadores que desconfiavam da iniciativa privada, são substituídos por uns tipos progressistas. Estes, ao contrário daqueles, acreditavam em grandes projectos e melhores desígnios. Mas um ponto essencial os unia: O estado e a crença na sua capacidade em ultrapassar a incapacidade (e desonestidade) inata dos empresários nacionais. ### Agora, assistimos ao contrário. Os governos anseiam por empresários portugueses, afligem-se com a sua prudência em época de dificuldades, exigem-lhes riscos e sacodem a água do capote sempre que se menciona ter a crise origem na desordem das contas públicas. Não satisfeitos intimam os empresários a não vender as suas empresas a estrangeiros. O que mudou? Terá aumentado a crença na iniciativa privada? A resposta é muito simples e naturalmente negativa. A mudança na atitude é superficial, interesseira e baseia-se na incapacidade actual do estado manter sozinho o monopólio dos negócios. O mundo mudou muito, é mais competitivo e é preciso actualizar a estratégia. Ora, para tal nada melhor que o português sempre à cata do subsídio e à espera do jeitinho. Tomemos em conta o seguinte: O que o Estado teme no investimento estrangeiro na TAP, na PT e outras que tais, não tem que ver com interesses estratégicos nacionais, mas com controlo. O estado português não controla empresas espanholas, italianas e inglesas. Respeita-as e, por isso, desconfia delas. A história dos sectores chave da economia nacional é conversa fiada para cativar apoios nesta luta. Porque não são os interesses nacionais que estão em causa, mas os proveitos do estado. Esta é toda a diferença.
Um artigo do Tehran Times esclarece que os atentados ontem realizados contra um santuário xiita fazem parte de uma vasta conspiração que envolve americanos, sionistas e cartoonistas dinamarqueses com o propósito de estimular a guerra civil entre xiitas e sunitas.###
Undoubtedly, it is a new plot which first of all can be considered as the continuation of the disrespectful move of the European newspapers’ that published cartoons of the Prophet of Islam.
Secondly, the offensive act was meant to create division between Iraqi Shias and Sunnis and ignite a civil war, following the failure of the plans of the occupiers of the country.
This is a critical juncture for the vigilant Islamic world. Shias certainly know that such moves are not the work of their Sunni brothers but are directed by the hands of the enemies of Islam.
(...)
In a message on Wednesday, the Supreme Leader of the Islamic Revolution noted that any emotional act carried out due to ignorance about the real enemy of Islam, including any attack against sites that are respected by Sunnis, is "haram" (forbidden in Islam) and called on Muslims to foil the enemies’ plots through awareness.
Another issue that should also not be ignored is the fact that the occupier U.S. regime, which has turned Iraq’s security to insecurity with its 150,000 troops and military equipment, is the main element responsible for these criminal acts.
(...)
This is a political crime and its roots have to be traced in the intelligence organizations of the Iraqi occupiers and the Zionists. The aggressive powers that perceive the political and social conditions in Iraq as contrary to their objectives devise ominous plans in their heads, some of which to intensify insecurity and create sectarian strife.
Primeira edição de uma coluna semanal. Uma inspecção sumária ao título sugere que o autor tem uma certa predilecção pelas histórias de G. K. Chesterton e que não será completamente despropositado contar com a publicação regular às quintas feiras.###
O ditador, a bala e a bomba islâmica
"Por muito que nos custe e custe ao perigosíssimo Presidente Bush, sem os tiranos, que, para nosso bem e conveniência deles, conservam as massas muçulmanas numa relativa passividade, não escapávamos com certeza a um triste fim."
Os regimes unipessoais tendem a ser instáveis, entre outras razões por uma especialmente simples: basta matar o ditador para fazer cair o regime. Tome-se como exemplo o caso paquistanês.
Pervez Musharraf pertence ao género de ditadores muito apreciados pelos “realistas:” a sonovabitch, but our sonovabitch. No advento da operação militar contra o regime taliban, também Richard Armitage e os “falcões” de Washington aprenderam rapidamente a estimar o valor estratégico do general paquistanês. Modestamente aceitam a "conveniência" do senhor general e desejam-lhe uma longa vida e muita sorte, até porque desconfiam que da longa vida dele dependerá muita da sorte do ocidente nos próximos anos.
Num momento de manifesto infortúnio, o General Musharraf pode encalhar com a testa numa bala, vinda sabe-se lá de onde. Das "massas muçulmanas" não será certamente porque essas, o Prof. Pulido Valente já explicou que estão tolhidas de medo numa sossegada passividade, como aliás podemos comprovar diariamente através da televisão. Mas a Fortuna é uma deusa caprichosa, a sorte é madraça e o que não falta no Paquistão são escolas da má sorte.
Se o hipotético encontro entre Pervez e a bala se revelar fatal para o primeiro, rapidamente teremos saudades do pânico causado pela sugestão da bomba persa. É que o Paquistão dispõe, desde há vários anos, de um arsenal nuclear inteirinho e testado. Para além dos já conhecidos negócios nucleares prêt à porter (mal) ensaiados pelo Dr. Abdul Q. Khan, há uma outra questão problemática. Se o regime cair, o arsenal nuclear paquistanês poderá, com elevada probabilidade, ficar acessível para o remanescente de trogloditas talibans, Al Qaeda e demais compagnons de route de alta montanha. O que me parece “perigosíssimo” é que a barreira que nos pode separar de um “triste fim” se resuma a uma encarnação mediana de um capacho de Kissinger.
Damon’s blurred vision O jardim multiculturalista continua animado. Desta vez, há novidades do Gorilla(z) Damon Albarn, que prepara um musical sobre a vida no bairro londrino de Notting Hill. Albarn afirma tratar-se de uma “resposta” ao filme de 1999, que lhe terá desagradado profundamente. O filme era um xarope de baboseiras delicodoces com que Julia Roberts e Hugh Grant se lambuzavam, para deleite dos espectadores. Mas o motivo do desagrado de Albarn foi outro: a falta de “autenticidade” e a consequente “incorrecta representação da realidade multicultural” da vida no bairro londrino.
A falta de “autenticidade multi-étnica” é uma censura recorrente nas apreciações de Albarn: em Novembro do ano passado caracterizou a celebração pagã organizada por Saint Geldof como uma “asneira” pelo mesmo motivo. O objectivo político do Live8 ficou perfeitamente resumido na imagem de um maltrapilho arrastando-se em frente às câmaras de televisão, berrando “give us your fockin’ money!” Neste ponto o homem tem razão: estamos em presença de uma indesmentível "prática específica" da decadente cultura ocidental.
Damon Albarn "sente" o indescritível sofrimento causado às minorias cinematograficamente excluídas pela violenta supressão fílmica da diversidade étnica. Por isso denuncia Notting Hill como um crime de lesa multiculturalismo. No lugar dele processava os produtores — esse velhacos responsáveis por tamanha violação do princípio do “igual reconhecimento.” Com a reparação judicial — quase certa, dado o acquis comunitarista — encenava um musical baseado na mesma história, mas realmente autêntico e cheio de sensibilidade multi-étnica. O papel usurpado pelo snob Hugh Grant, poderia ser atribuído a um corpulento rastafarian e em vez da menina Julia uma actriz japonesa, que, recorrendo às técnicas kabuki transmitiria aos espectadores o seu fascínio pelos piercings do jamaicano.
A avaliar pela excitação causada pelo anúncio de uma simples intenção, a Inglaterra "multiculti" aguarda com ansiedade pela estreia do musical de Albarn. Eu, que só com a administração prévia de uma epidural era capaz de voltar a ver o filme, até estou a pensar comprar o DVD.
O violoncelo da pobreza Um dos directores da Associação Guilhermina Suggia foi entrevistado na passada segunda feira, num programa matinal da Antena 2. A associação dedica-se à preservação da memória da mais notável violoncelista portuguesa, que morreu no Porto em 1950. Além da memória do seu virtuosismo, Suggia deixou em legado dois violoncelos. Um Montagnana, confiado à Câmara Municipal do Porto, que então tutelava o Conservatório de Música da cidade; e um Stradivarius, confiado à Royal Academy of Music em Londres. As instruções testamentárias determinavam a venda dos violoncelos e a constituição de fundos de capital com as receitas daí resultantes (o valor de mercado dos dois instrumentos era idêntico). Os fundos eram destinados à atribuição de prémios aos melhores alunos de violoncelo.
O Stradivarius foi vendido em Londres no ano de 1951 através da W.E. Hill & Sons, por 8 000 libras. Os vendedores declinaram a comissão no negócio, de forma a maximizar a dotação inicial do fundo constituído pelo Royal Academy of Music. O prémio começou a ser atribuído em Londres no ano de 1952. Até hoje foram atribuídos 58 prémios. Entre muitos outros violoncelistas, Jacqueline du Pré financiou parte dos seus estudos através deste prémio.
Quanto ao Montagnana, a Câmara Municipal do Porto apropriou-se do violoncelo, atribuindo-lhe um valor irrisório face ao provável valor de mercado. Ao longo de mais de meio século, o Estado português atribuiu... seis prémios. O violoncelo foi colocado no Museu Soares dos Reis. Aparentemente, os zelosos funcionários responsáveis por esta decisão supõem que um excelente instrumento musical serve para ser visto. A sugestão de tocá-lo para que possa ser ouvido não lhes ocorreu, ou então acharam-na “perigosa.”
As duas histórias reflectem uma diferença abissal de honestidade e de respeito pelos compromissos e pelas vontades individuais, livre e legitimamente expressas. Estes valores morais e características da conduta humana são fundamentais para a criação de “capital social” — o conjunto de normas informais que estimulam a cooperação e diminuem os “custos de transacção.” Por esse motivo, o capital social constitui um factor fundamental para a geração de riqueza. Tudo isto poderia ser apenas mais um triste episódio, mas os diferentes destinos dos violoncelos de Suggia ilustram algumas das causas da enorme pobreza portuguesa.
No seguimento deste post, ficamos a aguardar que Daniel Oliveira defenda a alteração do n.º 4 do Artigo 46º da Constituição da República Portuguesa e condene veementemente o desejo manifestado pelo Bloco de Esquerda de criminalizar o "ódio homofóbico".
Mais uma vez não se discute o conteúdo da opinião de cada um, mas apenas a possibilidade de a expressar. Para o Bloco a liberdade é selectiva. Só se pode criticar sem risco de cadeia quem e aquilo que o Bloco, de cima do seu supremo julgamento de opinião, determinar. Cruzes canhoto!
As has now been well established by the Western press, five months ago a vicious right-wing propaganda rag in Denmark, possibly edited by a cryogenically preserved Nazi collaborator, sought specifically to denigrate Islam by commissioning a series of unspeakably horrible caricatures that baselessly portrayed Islam as having a tendency towards violence and intolerance.
Now, Muslims are not normally a people to congregate in mass protest and burn flags, hurl stones or break things. But this unprovoked act of cultural aggression (coming, as it did, out of the blue and occurring in Islam’s heartland, Denmark) was simply too much to take. Therefore, after five months of consideration, it was decided to make an exception for this case, and spontaneous protests broke out.
(...)
Consider the protests in Pakistan last week. Enraged, allegedly over Danes having been Danish in Denmark, crowds rushed into the street, shouted “Death To Israel!”, “Death to America!” and, oh yeah, “Death to Denmark!”, all the while burning a seemingly inexhaustible supply of foreign flags. They then attacked a McDonald’s Restaurant, a South Korean phone company, locally owned theaters, a (British owned) Holliday Inn, and (of course) a Kentucky Fried Chicken.
Perhaps Colonel Sanders was Danish? Or maybe he was a Colonel in the Israeli Defense Forces? Sure, he was Southern, but then the Secretary of State of the Confederacy was a Jew, so burning the KFC could have been a clever blow against Zionism. And the Danes are well known as the running dogs of Zionism. It all makes perfect sense now. Those cartoons burned the KFC! It’s all our fault.
In Nigeria, gangs of Muslim “protestors” (some of which claimed to have heard of the cartoons) torched Nigerian Christian churches, purposely dousing at least one man with gasoline and burning him alive, as well as beating to death a dozen others -- reportedly including a Nigerian priest and three Nigerian Christian children. Wow! Way to teach those Danes a lesson, you brave Mujahideen. Or maybe we Christians just all look alike to them.
A cartoonish freak in Turkey murdered an Italian priest. “Protestors” attacked the American embassy in Jakarta (perhaps looking for Colonel Sanders?). And Libyans used one Italian politician’s support for the Jyllands-Posten as an excuse to attack their old colonial nemesis once again. But keep in mind it was all really about cartoons from Denmark.
No Diário Económico, Domingos Amaral, filho do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros (Diogo Freitas do Amaral), dá a sua opinião sobre a liberdade de expressão e os cartoons do profeta Maomé:
Se criticar a Opus Gay, sou considerado um sinistro homofóbico. Se defender o Ku Klux Klan, ou atacar a comunidade negra, sou um porco racista. Se gozar com câmaras de gás, e escrever holocausto com letra pequena, sou um sacana de um anti-semita. Se ofender os ciganos, sou xenófobo. E, se defender Hitler e usar uma suástica, sou considerado um canalha nazi. Porém, se fizer um ‘cartoon’ de um Maomé bombista, o mundo levanta-se a defender a minha ”liberdade de expressão”. Infelizmente, o que esta crise confirmou é que os muçulmanos estão agora no fim da escala de valores ocidental. Não têm, como outros grupos ou raças, direito a ”discriminação positiva”.
Na crise dos ‘cartoons’, os agressores iniciais (os cartoonistas e o jornal dinamarquês) tornaram o seu país, a Dinamarca, numa vítima dos radicais islâmicos. Foi um processo estranho e complexo, mas que não convida à solidariedade. A única coisa que aprendi sobre a Dinamarca é que lá também existem idiotas. Nada de surpreendente, há-os em todos os países. Mas, não costumo solidarizar-me com eles. Este desejo de unir o Ocidente (o ”somos todos”) é perigoso. Não somos todos idiotas, nem somos todos de extrema-direita. Entre um muçulmano radical e um ocidental radical, venha o Diabo e escolha. Eu não escolho. Quem aceitar o ”nós” contra ”eles”, aceita e promove a armadilha terrorista.
Pelo que pude perceber, o autor é defensor do que designa de "discriminação positiva" e considera idiota quem, através dos seus actos, insulta determinado grupo ou raça.
Em posterior artigo, Domingos Amaral, filho do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros (Diogo Freitas do Amaral), identifica uma fonte da liberdade de expressão mais radical:###
Agora não há bicho careta que não tenha o seu bloguezinho. Desde os mais reputados intelectuais a perfeitos desconhecidos, todos têm um bloguinho, onde depositam os seus elevados e notáveis pensamentos. Está definitivamente na moda ter um ‘blog’, ou escrever num ‘blog’, e aparentemente há uma enorme oferta de raciocínios e ideias na blogosfera. Há mesmo quem, com aquele ar de superioridade que caracteriza os pioneiros na descoberta de um novo mundo, nos olham de cima para baixo só porque nós ainda não fomos consultar este ou aquele ‘blog’. Como se o ‘blog’ se tratasse de uma praia nos confins do Brasil, hiperexclusiva, onde só os que verdadeiramente contam apanham sol!
Mas, o mais curioso nem é isso. O mais curioso é que, tal como os queixosos que utilizam a internet, também nos ‘blogs’ se tem vindo a assistir a um progressivo resvalar para os insultos e para os ataques pessoais como arma argumentativa. A blogosfera, com a sua saudável anarquia, começa também a revelar o seu lado mais nefasto. A coberto da protecção que a blogosfera dá, ultrapassam-se muitos limites, e regressa-se alegremente ao século XIX, onde a imprensa era livre, mas também insultuosa e desnecessáriamente cruel. Por outro lado, cria-se um novo efeito, talvez não intencional. É que, pressionada pelo radicalismo entusiástico da ”blogosfera”, a imprensa escrita sente-se ultrapassada, e os cronistas e ‘opinion makers’ sentem-se na necessidade de irem mais longe, de serem um bocadinho mais radicais, de dizerem mais um argumento, mais uma farpa, mais um insultozinho disfarçado de pensamento profundo. Deus quer, a blogosfera pressiona, o insulto nasce.
Primeiro, os ditos "ataques pessoais" nunca podem ser usados como "arma argumentativa" porque um insulto não é um argumento. Segundo, tal como na imprensa escrita, a leitura de blogs é voluntária. Se uma opinião não é suportada por argumentos válidos haverá sempre alguém (principalmente na blogosfera) capaz de desmontar semelhante "radicalismo".
Ora, nos textos citados, Domingos Amaral dá a entender que a blogosfera, assim como a imprensa escrita, devem efectuar um pouco de autocensura de modo a não insultar determinados grupos ou raças. Sendo assim, estará Domingos Amaral disponível para alterar, na qualidade de Director da revista Maxmen, o conteúdo editorial da publicação caso esta insulte grupos feministas mais radicais?
Os automobilistas poderão ser obrigados a instalar um limitador de velocidade nos veículos durante os dois primeiros anos após tirar a carta, de acordo com um projecto que está a ser estudado pelo Governo.
A medida pretende reduzir a sinistralidade rodoviária dado a elevada taxa de acidentes destes condutores. No entanto, o Estado está a assumir que todos os novos automobilistas são criminosos que excedem a velocidade máxima estipulada por lei, o que torna a medida inconstitucional. Da Constituição da República Portuguesa:
Artigo 26.º (Outros direitos pessoais)
1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.
Adenda: usando a mesma lógica, também deviam ser instaladados limitadores de velocidade nos carros de todos os deputados já que existe, pelo menos, um "deputado voador".
Under fire for helping to stir a global wave of Islamic rage against Denmark, Copenhagen cleric Ahmed Abu-Laban used his sermon Friday to praise his adopted homeland as "a lovely country, a good and tolerant country." But his tone shifted sharply when he spoke of what he and many like-minded Muslims across Europe consider the real menace: self-declared moderate Muslims, who put European values ahead of Islam. "These people are rats in a hole," thundered the Palestinian preacher in a hall packed with mostly Arabic-speaking faithful. They are, he said, "cowards" who are "making our real crisis in Europe." Worshippers in the converted automobile workshop cried "God is great, God is great!" Mr. Abu-Laban's sermon shows how the uproar over cartoons depicting the Prophet Muhammad published by a Danish newspaper isn't just hardening differences between Islam and the West. It reveals deep divisions among Europe's Muslims over how to engage with broader European societies.
Aberto para o Negócio (Open for Business no original) é o nome desta nova expansão [do Sims 2 da Electronic Arts], que oferece a possibilidade de explorar um amplo leque de negócios, de cadeias de restaurantes a lojas de electrodomésticos, salões de beleza a floristas, lojas de vestuário e até um comércio feito por medida, i.e. segundo os devaneios de cada jogador.
Tudo - quase - é permitido neste novo pacote de expansão: o jogador é o gestor - decidindo que pessoal contratar; o treino a dar a cada funcionário à medida que a empresa cresce; a selecção de talentos para projectos mais sofisticados, como fazer brinquedos, renovar a florista ou contruir robôs; e até quem é despedido, tal como na vida real, de modo a reduzir custos e tentar salvar a empresa. Ou a reputação. Ou o jogo, neste caso.
Os jogos, apesar de tentarem replicar a realidade, têm limitações. Assim como qualquer curso superior!
Com o progressivo desenvolvimento tecnológico (e criativo) dos jogos de estratégia é possível assimilar, num ambiente de entretenimento, importantes lições de empreendorismo. Pode estar próximo o dia em que estas realidades virtuais substituam (ou complementem) os actuais cursos superiores de gestão. Entretanto, aqui ficam outras sugestões:
Carlos Chora (Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa), depois de explicar como decorreu o processo de negociação do novo acordo de trabalho na fábrica de Palmela, queixa-se da globalização e avança algumas propostas à atenção da UE:
O Estado-nação português, como o conhecíamos antes da UE e do neoliberalismo, foi-se.(...) O império global, globalizou a economia, desregulou, precarizou os direitos sociais e a vida. Com a ida da produção vem o desemprego e perda dos direitos, é a chantagem da competitividade e da deslocalização da produção.(...) (...) interrogo-me sobre a necessidade de leis europeias que garantam direitos europeus e sociais mínimos, salários, horários e protecção no desemprego... em oposição à desregulamentação, leis que diminuam ou retirem o interesse económico das deslocalizações da produção. Leis que obriguem as empresam que deslocalizam a devolver os subsídios que recebem dos Estados e da União. Leis que penalizem as multinacionais que deslocalizam para fora da Europa com impostos de importação e ou exportação dos seus próprios produtos. Essas leis serão vantajosas aos trabalhadores da Alemanha, de Portugal, da Estónia, da Bulgária…
A versão em inglês da entrevista com este economista, publicada no Die Welt em Dezembro e que na altura referi aqui no Insurgente, foi agora publicada na sua versão inglesa no site do New Perspectives Quarterly:
What should be done to get Germany, and by extension old Europe, back on track?
Friedman | They all ought to imitate Margaret Thatcher and Ronald Reagan; free markets in short.
Netherlands blasts Solana on alleged cartoon apologies
The Netherlands has sharply criticised EU foreign policy chief Javier Solana for the allegedly apologetic tone he has used when facing muslim countries in the row over Danish cartoons depicting the prophet Mohammed.
Dutch foreign minister Bernard Bot has put in a protest to Mr Solana objecting to remarks he made last week during his tour around muslim countries, a Dutch spokesman confirmed.
(...)
Dutch daily De Telegraaf quotes the Dutch state secretary for European Affairs Atzo Nicolai as characterising the tone used by Mr Solana as "shocking."
Speaking at a political debate on Monday (20 February) Mr Nicolai said "He has toured around in order to offer apologies. On behalf of whom, I ask. You and me? We haven't drawn those cartoons."
For the past year or so the [venezuelan] government has started spending much of the wealth generated from oil sales on projects abroad.
Experts believe that President Chavez has spent some $5bn on energy ventures outside Venezuela - including new or jointly operated oil refineries in Cuba, Uruguay and Brazil.
(...)
"It was an absurd situation where for the past 100 years of oil production here in Venezuela, we didn't ship a single barrel of petroleum to the Caribbean, Brazil, Argentina or Uruguay," Venezuela's Oil Minister, Rafael Ramirez, told BBC News in an exclusive interview.
"But now with the government of President Chavez, we have set up a system of shipping cheap oil to other Latin American countries, in return for agricultural and industrial products or even medical services."
Venezuela is indeed providing subsidised oil to several countries, including Argentina, Bolivia, Paraguay, Cuba and Uruguay.
Local media say Cuba receives around 100,000 barrels of cheap Venezuelan oil a day and in return is loaning some 20,000 Cuban medics who provide free health care to Venezuela's shanty towns.
Other handouts from Venezuela's oil riches include a brand new hospital in Uruguay and the country made offers of millions of dollars of aid for the victims of Hurricane Katrina in the US, as well as cheap heating oil for poor families in Boston and New York.
Alguns bancos portugueses estão a recusar a pessoas desempregadas a possibilidade de abrir uma conta bancária. Ao Banco de Portugal "têm chegado reclamações e pedidos de esclarecimento relacionados com recusas de aberturas de contas de depósitos por algumas instituições de crédito", alerta a autoridade de supervisão, numa carta-circular emitida a 15 de Fevereiro.
(...)
Como alertou Mário Frota, da [Associação Portuguesa de Direito do Consumidor], esta atitude constitui "um acto de exclusão bancária", uma situação que muitos países europeus já resolveram com a obrigatoriedade dos serviços mínimos bancários. Também Ana Tapadinhas, da Deco, considera que o Governo deveria retomar este tema e torná-lo "obrigatório" para todo o sistema bancário.
Excluindo que, neste caso, a recusa de abertura de conta foi consequência indirecta de anterior instrução do Banco de Portugal, podem existir situações em que uma entidade bancária não deseja prestar determinado serviço a um potencial cliente por acreditar que os custos superam os benefícios. Porém, se a isso for obrigado, tais custos serão distribuídos pelos restantes clientes.
José Sá Fernandes vai defender amanhã numa proposta que apresentará à Câ mara de Lisboa a criação - a título experimental- de uma sala de injecção assistida no concelho.
A taxa de desemprego real da economia já estará nos 10,9%, se forem contabilizados os chamados "inactivos disponíveis" e os que estão em situação de "subemprego".
(...)
Em causa está o grupo de indivíduos, não considerados na estatística do desemprego, que no mês em que o Instituto Nacional de Estatística realizou o inquérito ao Emprego não tomaram diligências para procurar emprego e os que trabalharam menos de 15 horas por semana. Haverá ainda a considerar os abrangidos em cursos de formação profissional e nos chamados Programas de Ocupação Profissional, que deixam de ser considerados desempregados nesses períodos, perdendo o direito ao respectivo subsídio.
Confisca-se riqueza para financiar subsídios de desemprego, cursos de formação ou programas de ocupação profissional que, de outro modo, contribuiria para o aumento do número de postos de trabalho!
Aviso: este post pretende continuar a discussão iniciada pelo insurgente André Abrantes Amaral (ver os seguintes posts: 1, 2 e 3).
Não há um único partido português que não defenda o ensino público como a resposta aos problemas de competitividade do país. Aumentar os anos de escolaridade dos cidadãos é, deste modo, a solução milagrosa do Socialismo. Mas, sendo assim, como é costume dizer-se, "sob Socialismo, quem recolhe o lixo?"
Por outras palavras, considerem todos os jovens forçados - legalmente - a completar nove anos de escolaridade (já existem planos para prolongar o prazo para doze anos!). Acreditam os socialistas de todas as cores partidárias que somente através da escola e acções de formação pode o indivíduo superar barreiras socio-económicas. Até o escreveram na Constituição:
Artigo 73.º (Educação, cultura e ciência)
1. ....
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.
Mas, se existe uma "democratização da educação", os programas educativos/formativos não respondem ao mercado mas sim a objectivos políticos de desenvolvimento. Tal significa que o Estado, ao controlar a forma e conteúdo da aprendizagem dos alunos/formandos, cria artificialmente excesso de oferta em determinados segmentos do mercado de trabalho. Assim, goradas anteriores expectativas, quem é excluído destes segmentos acaba por se empregar em actividades que o Estado lhes fez crer serem "lixo"...
Ora, se no mercado é valorizada a diferença porque deve o ensino ser uniformizado?
No pretendemos establecer aquí una maniquea polarización entre «izquierdas» y «derechas», pero sí apuntar que mientras en España el Partido Socialista y sus aliados enarbolan con orgullo la etiqueta de gentes «progresistas» y de «izquierdas», el Partido Popular nunca usa su identificación con la «derecha» y su natural «liberalismo conservador». En medio del caos ideológico en el que se sume España cabe reconocer que gran parte de la culpa la tiene la misma derecha española, aletargada y timorata para hablar claro y reanimar el sano y necesario debate de las ideas. Urge, por tanto, extraer el auténtico fondo del liberalismo conservador y que el Partido Popular aplique los valores de ese ideario político.
El ejemplo y modelo del más puro liberalismo conservador norteamericano debería ser el gran referente para la derecha española. Falta realizar una verdadera acción política apoyada en aquella sana revolución ideológica que emprendió una figura clave para la libertad como Ronald Reagan.
Como seria de esperar, o pânico gerado pelo esperada epidemia mais conhecida por "gripe das aves" provocou uma diminuição no consumo de produtos avícolas (*).
Igualmente expectável, é o crescendo de pressões para o que os governos nacionais (e a UE) compensem os produtores pela diminuição da procura e pela previsível diminuição nos preços de mercado. Segundo a TSF o Ministro Jaime Silva defende "que, se for grande a redução do consumo, com impacto directo nos preços, a Comissão Europeia terá de adoptar medidas de intervenção nos mercados, do mesmo modo que foi feito para crise gerada pela doença das vacas loucas [e] (...) que Bruxelas deve estudar eventuais apoios à exportação e armazenagem privada de carne de aves."
Procurando empregar um pouco de lógica económica, julgo que os preços funcionam como sinais para os produtores quanto a decisões de produção e/ou investimento.
Ao pretender contrariar a descida nos preços a UE estará a "dizer" que, não obstante a diminuição da procura, os produtores deverão manter os seus níveis de produção e continuar a realizar investimentos como se a situação nos mercados permancesse inalterada.
Por outro lado, preços mais baixos podem funcionar como um incentivo ao consumo de produtos avícolas o que iria atenuar a actual tendência do mercado.
Ainda não sabemos quais serão os efeitos e a duração da "gripe das aves" e quando irá "recuperar" o consumo. Porém, contrair o mercado leva a situações bizarras como as provocadas pela PAC na agricultura dos países-membros.
(*) Segundo o EU Observer a redução varia entre 70% em Itália e 15% na França. Em Portugal, os produtores estimam uma quebra entre 10 a 15%.
Haniyeh, has been one of most senior Hamas leaders in Gaza for over ten years. He served as bureau chief for Hamas head Sheikh Ahmad Yassin, but was given a higher leadership position after Yassin's death. He was arrested several times and deported to Lebanon for terrorist activities.
In 2003, Hamas took credit for a horrific bus bombing in which 23 Israelis were killed. In response, Haniyeh was placed on Israel's most wanted list. He narrowly escaped an Israeli attack as he was meeting with Yassin and other terror leaders.
Mais de 70% dos novos empregos são precários A "defesa do emprego" social-democrata dá nisto. Mesmo os contratos a termo rescindidos ao fim dos primeiros seis meses são tão penalizadores para os empregadores, que a consequência só pode ser mais e mais desemprego. Por outro lado, sabendo isto, incentiva-se a utilização de recibos verdes em que os trabalhadores são roubados descaradamente pelo estado. Na notícia chamaria ainda a atenção para o período final.
Refira-se que, em média, 40% das pessoas contratadas a prazo acabam por ser dispensadas.
Ou seja, 60% das pessoas contratadas a prazo acabam por passar a contratos efectivos, o que me parece excelente e melhor do que a lei merece.
O historiador britânico David Irving encontra-se, presentemente, a ser julgado na Áustria pelo crime de “Negação do Holocausto” pelo qual incorre numa pena de 8 a 10 anos de prisão. Na origem deste julgamento estão dois discursos feitos em 1989 nos quais Irving negou a existência das câmaras de gás em Auschwitz.
Independentemente do que possa achar sobre as teses de Irving, penso que a este assiste o direito de defender os seus pontos de vista sem que sobre ele incorra a ameaça de uma pena de prisão. Segundo julgo saber, apesar de negar o genocídio nos campos de concentração, Irving não defendeu a admissibilidade do extermínio dos judeus ou incentivou quaisquer outras práticas criminosas. O seu crime é pois de natureza puramente ideológica e esta lei assemelha-se mais à de um estado de natureza totalitária de que ao de uma democracia liberal. Não posso deixar de concordar com Deborah E. Lipstadt (*), que, a propósito deste caso, afirma que as teses históricas devem poder ser debatidas livremente e não decididas em tribunais ou inscritas no código penal.
Relembrando outros exemplos, se apesar de toda a evidência histórica é permitido glorificar a URSS, as FARC, a China, Cuba ou a Coreia do Norte ou envergar orgulhosamente t-shirts com a foto de Che Guevara porque não podem Irving ou o embaixador iraniano em Lisboa negar o Holocausto? Pode-se invocar uma questão de grau nas atrocidades cometidas (as de alguns nem serão menores...) mas este nunca poderá ser o critério para decidir quais os ditadores e genocidas que podemos defender.
Não estando nós livres da “ameaça” do descrédito ou da censura pública pelas nossas opiniões, não devemos permitir que seja o Estado a decidir o que pode ou não ser dito e quais as verdades indisputáveis.
(*) Em 2000, David Irving encetou (e perdeu) uma acção judicial contra a historiadora Deborah E. Lipstadt por esta, no livro “Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory” ter acusado Irving de ser um negacionista.
Nota: quando escrevi este post ainda não sabia o veridicto. Irving foi considerado culpado e condenado a três anos de prisão.
Por uma gestão da Saúde que defina os incentivos correctos
I. Correia de Campos teve a coragem, na semana passada, de colocar mais uma vez o dedo na ferida: o SNS não pode continuar a consumir recursos à taxa de crescimento dos últimos anos, e o actual sistema de financiamento não serve.
A oposição - do Bloco de Esquerda ao CDS - reagiu a esta evidência de uma forma lamentável. De uma irresponsabilidade a toda a prova. Teresa Caeiro do CDS-PP teve um patético flash interview à saida do Parlamento, resguardando-se no carácter «tendencialmente gratuito» que a Constituição prevê para a Saúde. O PSD, bem como a esquerda, alinharam pelo mesmo diapasão, pese embora com argumentos algo mais elaborados. Acima de tudo, ninguém na oposição está disposto a dividir com o governo as medidas que - julgam (erradamente) - serem impopulares.
II. O grande problema do país - e, na Saúde, tal é por demais evidente -, a grande lacuna diz respeito a uma área específica: Gestão, capacidade instalada vocacionada para gerir e para impor um correcto alinhamento dos processos ao serviço da estratégia. Infelizmente, os incentivos são os errados, todos os processos estão desvirtuados, servindo os profissionais de saúde das mais distintas valências, as farmacêuticas, e só lateralmente os utentes (leia-se, os contribuintes, pois a Saúde não é, ao contrário do que se diz, gratuita: todos a pagamos, embora só marginalmente no acto de consumo).
Correia de Campos tem uma estratégia; e parece ser o Ministro mais preparado para alinhar os processos. A oposição, essa, com a sua incapacidade, impreparação e falta de vontade para servir o país, decidiu dar mais uma vez os trunfos ao Governo.
O grande desafio da Política de Saúde em Portugal passa por conseguir aumentar a qualidade, diminuindo a despesa.E isso é possível, porque o grau de desperdício ao nível do SNS é elevado. É preciso, entre outras medidas, alterar a gestão nas unidades de saúde (hospitais e centros de saúde), alinhando o interesse público com os interesses particulares, mediante uma correcta e adequada política de incentivos (definindo os incentivos correctos); é preciso introduzir regras de controlo e auditoria, centrais de compras, protocolos médicos rígidos.
É ainda necessário alterar o financiamento dos hospitais, não na relação Hospital-Utente (como «embandeiraram em arco» os políticos preguiçosos da oposição nacional), mas na relação Hospital-Accionista (Estado): na verdade, o actual modelo de financiamento penaliza os hospitais mais eficientes, e não desincentiva os mais ineficientes, que conseguem ainda ver remunerada uma dose significativa da sua ineficiência (v.g., os GDH's tal como estão definidos remuneram ainda a ineficiência; certas quotas mínimas não ponderam elementos relevantes, como a recompensa da qualidade medida, v.g., pela taxa de readmissão ou pela mortalidade).
III. Uma oposição construtiva (não socializante) - supostamente centrada no «eixo PSD-PP» - teria alertado para a evidência do alerta ministerial, apelando para a necessidade de uma maior privatização de certos cuidados de saúde, que no actual quadro seria certamente benéfica (mas obviamente com a correspectiva diminuição da carga fiscal: porque não faz sentido falar-se numa menor intervenção do Estado, ou num aumento das taxas, sem a correspondente diminuição dos impostos, vulgarmente designada por «opting out», neste caso gradual, e inicialmente restrito a um certo tipo de intervenções massificadas e mais simples, v.g., certas áreas médicas, ou cirugias simples). Tal contudo significaria uma radical mudança, que obrigaria, para ser bem sucedida, v.g., à previsão da exclusividade médica no sistema público, e a uma alteração da sua remuneração para incorporação de uma componente variável (este ponto III é especialmente dedicado ao AA, na sequência deste seu post no A Arte da Fuga).
IV. Acima de tudo, seria importante que os partidos da oposição (sobretudo PSD e PP) se concentrassem naquilo que é essencial - v.g., combate à OTA e ao TGV - em vez de se perderem criando atrito e desgastando os políticos que têm tido a coragem de avançar no sentido correcto. Sobretudo o PSD, que deveria ter consciência que Correia de Campos segue uma linha que ele próprio definiu enquanto Ministro de Guterres, mas que foi adoptada e seguida por Luis Filipe Pereira.
Nuno Ramos de Almeida (NRA) relembra a Vasco Pulido Valentealguns ataques recentes do Ocidente ao Islão. Chamo a atenção do leitor para duas das escolhas de NRA e que tão bem nos demonstram a isenção crítica da extrema-esquerda: A resolução 181 das Nações Unidas que aprovou a criação do Estado de Israel (e - não esqueça, sff - da Palestina) e o ataque de Israel ao Egipto na madrugada de 5 de Junho de 1967. Quanto a esta última é engraçado como o dito NRA 'esquece' a saída da UNEF do Sinai em Maio daquele ano, com a subsequente mobilização das tropas egípcias para a fronteira com Israel; a visita de Sadat a Moscovo (em Abril de 1967), no decorrer da qual os amigos soviéticos tão bem o informam das 'reais' intenções israelitas em atacar a Síria já no mês seguinte; o fecho (por ordem de Nasser) do Estreito de Tiran na Primavera daquele ano; a pressão do Egipto e da Síria sobre o rei Hussein da Jordânia, o único sensato dos pobres coitados que então governavam os estados árabes. Enfim, um pequeno rol de 'esquecimentos' que os ditos fazedores da nossa 'memória selectiva' tão bem gostam de tentar.
Repeat after me, Mr. Goldschmidt: a "laicidade" do Estado não impede os canais de televisão de livremente transmitirem a trasladação do corpo da Irmã Lúcia.
Ainda não chegamos a esse grau de anti-catolicismo, ainda que pelos vistos não falta quem tenha vontade de caminhar nesse sentido.
Os aeroportos de Lisboa e Porto devem ser geridos pela mesma empresa de aeroportos? Não há aqui um monopólio? Não estamos perante uma situação anti-concorrencial?
A resposta a esta pergunta Guilhermino Rodrigues foi esclarecedora: no continente, os aeroportos devem ser geridos por uma única empresa para não haver concorrência.
É dada como certa a decisão da imposição de uma tarifa de 20% à importação de sapatos da China e Vietename. Segundo o Comissário Peter Mandelson estes países estarão a subsidiar a exportação deste produto que estará a ser vendido por um preço abaixo do seu custo de produção.
Numa carta publicada no Finantial Times, o Ministro da Economia da Dinamarca critica esta medida alegando que esta irá prejudicar os consumidores dos países-membros (que serão obrigados a pagar mais caro pelos mesmo produtos). O Ministro alega ainda que estas medidas irão prejudicar a especialização produtiva das industrias do sector em produtos de maior valor acrescentado e que eventuais beneficios serão menores (numa escala de 1 para 10) aos prejuízos dos consumidores.
Flemming Rose, o editor de Cultura do agora célebre Jyllands-Posten, explica Why I published those cartoons (destaques meus).
Those examples have to do with exercising restraint because of ethical standards and taste; call it editing. By contrast, I commissioned the cartoons in response to several incidents of self-censorship in Europe caused by widening fears and feelings of intimidation in dealing with issues related to Islam. And I still believe that this is a topic that we Europeans must confront, challenging moderate Muslims to speak out. The idea wasn't to provoke gratuitously -- and we certainly didn't intend to trigger violent demonstrations throughout the Muslim world. Our goal was simply to push back self-imposed limits on expression that seemed to be closing in tighter.
At the end of September, a Danish standup comedian said in an interview with Jyllands-Posten that he had no problem urinating on the Bible in front of a camera, but he dared not do the same thing with the Koran.
(...)
So, over two weeks we witnessed a half-dozen cases of self-censorship, pitting freedom of speech against the fear of confronting issues about Islam. This was a legitimate news story to cover, and Jyllands-Posten decided to do it by adopting the well-known journalistic principle: Show it, don't tell it.
(...)
Has Jyllands-Posten insulted and disrespected Islam? It certainly didn't intend to. But what does respect mean? When I visit a mosque, I show my respect by taking off my shoes. I follow the customs, just as I do in a church, synagogue or other holy place. But if a believer demands that I, as a nonbeliever, observe his taboos in the public domain, he is not asking for my respect, but for my submission. And that is incompatible with a secular democracy.
This is exactly why Karl Popper, in his seminal work "The Open Society and Its Enemies," insisted that one should not be tolerant with the intolerant. Nowhere do so many religions coexist peacefully as in a democracy where freedom of expression is a fundamental right. In Saudi Arabia, you can get arrested for wearing a cross or having a Bible in your suitcase, while Muslims in secular Denmark can have their own mosques, cemeteries, schools, TV and radio stations.
Other smaller European soccer nations have chosen to foot the bill jointly. The previous host of the competition, which runs every four years, was Belgium and the Netherlands. Euro 2008 will be played in Austria and Switzerland. Two of the three bidders short-listed for the 2012 competition are doing so jointly.
"It was complete madness building so many stadiums," Artur Felipe, President of second-division leader Beira-Mar, said in a phone interview from Aveiro.
Li algures o titulo. Leio sobre Gaspar Castelo Branco e as FP-25, sobre a Eurominas, Vitorino e os casos que envolvem a Bragaparques. Um MNE viscoso apologista dos filhos da p**a e um ex-Presidente que recusou a condecoração postuma à vitima ao mesmo tempo que amnistiava os assassinos. Negocios estatatais à custa do meu trabalho e acordos pifios entre o estado e multinacional monopolista, ordens do estado às empresas, numeros unicos (que é o que somos) do cidadão e assaltos à mão armada perpetrados pelos Agentes Smith estatais contra um jornal. E Portugal merece? Portugal é geografia, habitada por dez milhões de idiotas que não merecemos nada a não ser o miseravel pardieiro em que vivemos.
Qual é o gozo de caricaturar Cristo ou Buda? Foram dois gajos fixes, que não fizeram mal a ninguém e depois de "A Vida de Brian" o que resta?. Um ressuscitou fazendo uns milagres pelo meio, o outro subiu e desapareceu. Caricaturar o quê? E Maomé? Ah ganda Maomé! Matou uns quantos gajos, conquistou coisas, "comeu" umas ninfas e de caminho ainda arregimentou uma legião de fiéis pelo menos tão grande como os outros dois e ainda por cima usava turbante. Da pano para mangas, parece o Bush ou o Adolfo. Seguem mais alguns, mais cedo ou mais tarde.
Segundo o Expresso, Joe Berardo terá ficado "ofendido" com o Governo. Talvez um jogo de futebol resolva o diferendo. Diferendo é o que parece não existir entre o Primeiro-Ministro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros. O primeiro veio a público confirmar que as palavras do segundo representavam a posição da política externa portuguesa. O embaixador do Irão aplaude. Irão que veio também avisar a rapaziada que irá prosseguir com o seu programa nuclear. Por sua vez, a Comissão dos Direitos Humanos da ONU, esse bonito organismo em tempos presidido pela Líbia, veio criticar os EUA a propósito de Guantanamo. Ao mesmo tempo, saíram a público novas imagens de práticas de tortura em Abu Graib, que, embora sejam de há dois anos atrás, surgiram agora por mera coincidência, certamente. Coincidência ou não, consta que o Movimento de Manuel Alegre irá agora nascer, no preciso momento em que morre. O que não morre é a fome de nomeações que o Governo demonstra. Afinal, há um objectivo de criação de empregos a cumprir, e com um "tacho", a malta não se ofende. O contribuinte, esse, paga. Quer se ofenda quer não.
No se esperaban una asistencia tan masiva. La plataforma Som una nació i tenim el dret a decidir! (Somos una nación y tenemos derecho a decidir), formada por unas 600 entidades cívicas de carácter nacionalista y 32 ayuntamientos, que había puesto gratuitamente unos 300 autocares para acudir desde diversos puntos de Cataluña, ha logrado reunir, en la manifestación que ha transcurrido por las calles de Barcelona hoy, alrededor de 75.000 personas según las primeras estimaciones de la Guardia Urbana de la ciudad y 125.000 en un segundo ’recuento’.
La banda terrorista ETA ha hecho llegar un comunicado a Radio Euskadi en el que no anuncia ninguna tregua y mantiene sus tradicionales vindicaciones: autodeterminación, reconocimiento de la territorialidad vasca y exigencia a Francia y España de que respeten la decisión que tomen los vascos sobre su propio futuro. En el comunicado se aprovecha para asumir la autoría de ocho atentados cometidos entre enero y febrero, incluido el de hace unos días contra la discoteca La Nuba (Urdax, Navarra), cuyos propietarios, dicen los etarras, se niegan a pagar ninguna extorsión.
Hundreds of Muslims protesting caricatures of the Prophet Muhammad tried to storm the U.S. Embassy on Sunday, smashing the windows of a guard post but failing to push through the gates. Several people were injured.
Nigerian Muslims protesting caricatures of the Prophet Muhammad attacked Christians and burned churches Saturday, killing at least 15 people in the deadliest confrontation yet in the whirlwind of Muslim anger over the drawings.
It was the first major protest to erupt over the issue in Africa's most populous nation. Mobs of Muslim protesters swarmed through the city center with machetes, sticks and iron rods. One group threw a tire around a man, poured gasoline on him and set him ablaze.
"O presidente de Cuba, Fidel Castro, se reuniu hoje com o presidente do parlamento iraniano, Gholam Ali Haddad Adel, a quem ratificou o 'firme apoio de Cuba' ao plano de desenvolvimento de energia nuclear do Irã. (...) Castro expressou o 'firme apoio de Cuba ao direito do Irã de usar a energia nuclear com fins pacíficos, incluindo a produção do combustível pertinente', de acordo com uma nota publicada pelo periódico Juventude Rebelde e lida nas rádios locais."
Energia nuclear com fins pacíficos? Pode-se conceder o benefício da dúvida a um país governado por um sujeito que declarou expressamente que Israel deve ser varrido do mapa? Pode-se dar crédito a um Estado que financia abertamente grupos terroristas e que recebe firme apoio da ditadura mais sangrenta que a América Latina já conheceu até agora?
"Man was born free, wrote Jean-Jacques Rousseau, but he is everywhere in chains. George W Bush was born freer than most. But he is everywhere in Cheney."
Nos últimos tempos intensificaram-se substancialmente os ataques a José Manuel Fernandes. Nalguns casos as razões para os ataques são evidentes. Noutros é preciso pensar mais um bocadinho, mas também não é difícil descobrir as verdadeiras motivações de quem os promove...