15.10.05

"Politics may have helped me win Nobel"

"Harold Pinter, the British playwright, said today that his longstanding political activism may have played a role in the decision to award him the 2005 Nobel Prize for Literature.
(...)
Pinter acknowledged that he was known not just for his 29 plays but also for political activities and opposition to the war in Iraq.
(...)
His efforts in promoting human rights were also praised by the jury, which was rumoured to be split over the decision."

O artigo completo pode ser lido AQUI. Agradeço ao lucklucky pela dica que deixou em um comentário no Blasfémias.

Sobre o Nobel e os lobbies culturais

Na maior parte dos casos, há antes uma espécie de "frentismo" cultural em que toda a extrema esquerda se une informalmente para promover as bandeiras e os autores que interessam. A audiência de Chomsky, Toni Negri e, mais domesticamente, Boaventura Sousa Santos, cujas obras teóricas ninguém lê, explica-se assim. E, claro, pela preguiça da opinião pública, que aplaude sempre quem usa palavras como solidariedade internacional, capitalismo selvagem, imperialismo, multiculturalismo, etc., que nos dão o sentimento de estarmos do lado certo.###
A estratégia de osmose tem muito sucesso por duas razões. Primeiro, porque a maioria dos criadores e intelectuais é/julga ser/proclama-se de esquerda. Dizer que alguém é "de direita" torna-se assim , no meio, equivalente a "porco fascista que só pensa em dinheiro e não sabe distinguir as Demoiselles d`Avignon das santanetes". Um completo anátema. E, depois, porque a indizibilidade cultural da direita se une à eterna crença na superioridade moral da esquerda. O resultado não falha: a esquerda é culta, a esquerda tem boas intenções, tudo o que a esquerda faça para manter o seu domínio na cultura só pode ser bom porque deriva das suas boas intenções, além disso nem sequer existe direita na cultura porque a direita está toda no capital, a explorar os trabalhadores, ou a tentar chegar ao poder em partidos semifascistas.

(...)

Às vezes o Nobel acerta: Naipaul é um grande escritor como Seamus Heaney é um grande poeta. No entanto, algo me diz que Naipaul foi premiado porque critica o fundamentalismo islâmico e Heaney porque critica tanto os católicos como os protestantes do Ulster. Ou seja, o Nobel da Literatura acaba por ser uma versão B do Nobel da Paz. Dispenso. Para lobbies culturais, prefiro os do café do Sr. Machado, ali na esquina, onde se discute se o Pinto da Costa é ou não melhor presidente que o Vieira..

Os Imashaghen não se perdem no deserto*

Eu gostaria de saber que país desenvolvido é que o BrainstormZ conhece em que tal política se pratique. Se o não pensa nisso, deveria olhar para os países mais desenvolvidos e ver como a investigação e as universidades são financiadas. Não há de ser os EUA o modelo que serviu ao para apresentar tal proposta.
Claro que não existe modelo! O que escrevi no meu post não se baseia no desejo de "cópia" mas, sim, de "inovação". Foi o que fez a Estónia quando, em 1994, eliminou o imposto progressivo sobre os rendimentos (o que deve ter sido, para muitos socialistas, um tremendo choque... fiscal).

Ora, sobre a minha sugestão, o que realmente preocupa Filipe Moura não parece ser a privatização das instituições públicas de "ensino" superior (será?) ou o financiamento da investigação aplicada que, no admirado modelo americano, é parcial ou totalmente realizada pelo sector privado. O problema está na Fundação para a Ciência e Tecnologia, financiadora da "investigação de ponta". É que, segundo Filipe Moura, não há suficientes filantropos!

Esquecendo, por momentos, filantropos sacanas capitalistas como Gulbenkian ou Champalimaud, há que perceber o conceito de custo de oportunidade: como podem os privados contribuir mais para a Ciência quando o Estado lhes tira tanto?


*O título deste post ("Os Imashaghen não se perdem no deserto") é consequência do título do citado post de Filipe Moura: "Tempestade num deserto de ideias"

Wikipedia (meus destaques):
Tuareg is a name that became applied to [a Berber ethnic group or nation] by early explorers and historians, but they call themselves variously, Kel Tamasheq, Kel Tamajaq ("speakers of Tamasheq"), Imouhar, Imuhagh, Imazaghan, or Imashaghen ("the free").

Falemos então de política II

Falemos então de política

Sobre o alegado sexismo dos críticos da nomeação de Harriet Miers

The only sexism involved in the Miers nomination is the administration's claim that once they decided they wanted a woman, Miers was the best they could do. Let me just say, if the top male lawyer in the country is John Roberts and the top female lawyer is Harriet Miers, we may as well stop allowing girls to go to law school.

Ah, but perhaps you were unaware of Miers' many other accomplishments. Apparently she was THE FIRST WOMAN in Dallas to have a swimming pool in her back yard! And she was THE FIRST WOMAN with a safety deposit box at the Dallas National Bank! And she was THE FIRST WOMAN to wear pants at her law firm! It's simply amazing! And did you know she did all this while being a woman?###

I don't know when Republicans became the party that condescends to women, but I am not at all happy about this development. This isn't the year 1880. And by the way, even in 1880, Miers would not have been the "most qualified" of all women lawyers in the U.S., of which there were 75.

(...)

There are more important things in life than being Supreme Court material, but — oddly enough — not when we're talking about an appointment to the Supreme Court. According to the Associated Press, Sen. Arlen Specter defended Miers on the grounds that "Miers' professional qualifications are excellent, but she lacks experience in constitutional law" — and Specter ought to know. This is like recommending a plumber by saying, "He's a very professional guy, but he lacks experience in plumbing."

The other straw-man argument constantly being hawked by the Bush administration is that Miers' critics object that she's never been a judge. To quote another Bush — Read my lips: No one has said that. So please stop comparing Miers to Justice Byron White (first in his class at Yale Law School) or Justice William Rehnquist (first in his class at Stanford Law School).

It's also not what The New York Times claims, which is that conservatives oppose Miers because they don't know how she will vote. We didn't know how Roberts would vote! As I recall, I was the only conservative complaining about that.

The problem with Miers is something entirely different — and entirely within the meaning of "advice and consent": Miers is no more qualified to sit on the Supreme Court than I am to be a sumo wrestler. The hearings aren't going to change that; they will just make it more obvious.

I genuinely feel sorry for Miers. I'm sure she's a lovely woman, brighter than average, and well-qualified for many important jobs. Just not the job Bush has nominated her for. The terrible thing Bush has done to Miers is to force people who care about the court to say that.

Ibero-Americana: Durão defende reforço da luta em Cuba

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu este sábado a continuação da luta contra a violação dos Direitos Humanos em Cuba, independentemente do conteúdo de uma eventual declaração da cimeira Ibero-Americana sobre o embargo económico ao país.

«A questão do embargo não nos causa problemas. O importante é não dar qualquer sinal que se traduza numa mensagem negativa de que, de alguma forma, podemos tolerar a violação sistemática dos direitos humanos em Cuba», disse Durão Barroso em Salamanca.

«Não abrandamos na nossa luta pela libertação dos presos políticos neste momento detidos em Cuba porque simplesmente querem expressar livremente a sua opinião», sustentou.


[fonte: Diário Digital]

Sobre as bacoradas de Harold Pinter

Pinter disse bacoradas? Claro que não. Pinter escreveu uns livros, e eram tão bons que até lhe deram o Nobel. Pinter não bacorou. É demagogia acusar Pinter de bacorar.

Sepúlveda disse cretinices sobre o mundo? É óbvio que não. Sepúlveda é um grande escritor. Logo, Sepúlveda não pode cretinar. E a prova da superior inteligência política de Sepúlveda há-de chegar. A julgar pelo curriculum, mais dia menos dia, dão-lhe o Nobel. Alguém acredita que o comité Nobel dá prémios a cretinos?

Poesia de intervenção

A direita na blogosfera nacional já não é o que era

Situação constrangedora

O discurso do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na cerimônia de abertura da 15a Cúpula Ibero-Americana, em Salamanca, deixou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa situação constrangedora. Parceiro do presidente brasileiro nas questões de combate à fome e à miséria, Annan disse que não é possível eliminar a pobreza no mundo se a corrupção não for coibida.

Fonte: Jornal do Brasil

Sim, no Brasil temos os nossos mensalões e mensalinhos. Mas não nos esqueçamos do escândalo do programa Petróleo por Alimentos.

Saudades de Roberto Campos

"SÉCULO NOBRE E SÉCULO PORCO - O desafio benigno foi o keynesianismo, que apenas sancionava intervenções governamentais equilibradoras de mercado. Nasceu como resposta à crise de capitalismo durante a grade depressão de 29, mas acabou fortalecendo demais o dirigismo, o que ainda fascina os brasileiros, infelizmente. Mas, em resumo, o período anterior foi, ao mesmo tempo, um século nobre e um século porco. Nobre, porque a humanidade desvendou dois fundamentais segredos: da energia do átomo e da dupla hélice da vida – e liberou-nos da prisão planetária pela conquista do espaço. Nobre também porque a pobreza deixou de ser encarada como uma fatalidade trágica, passando a ser uma doença curável. Foi também um século porco, com as maiores carnificinas da História. Os dois gêmeos malignos massificaram a violência, estimando-se que o primeiro seja responsável por 25 milhões de vítimas. O segundo de ideologia mais universalizante teria matado mais de 100 milhões. Posando de adversários, o nazi-fascismo e o comunismo são gêmeos, na fatal arrogância de refabricar o homem para ajustá-lo a ideologias episódicas." - Roberto Campos

Em: Liberal Conservador

Rui Ramos no "Eixo do Mal"!

Recomendação em causa própria

14.10.05

Mandela, Arafat, Guevara

The lack of agreement on a definition of terrorism has been a major obstacle to meaningful international countermeasures. Cynics have often commented that one state's "terrorist" is another state's "freedom fighter".

Ainda baseando-me nessa fonte, destaco também a sugestão de A. Schmid (1992) como ponto de partida para definir terrorismo a partir do consenso acerca dos crimes de guerra. Ataques deliberados a civis, tomada de reféns e matança de prisioneiros, em tempos de paz, seriam atos de terrorismo.

Em 1937, a Liga das Nações propôs que se considerassem como atos de terrorismo os atos criminosos dirigidos contra um Estado com a intenção de criar um estado de terror em pessoas particulares ou um determinado grupo ou o público geral. Uma resolução das Nações Unidas de 1999 reitera que ações dessa espécie são injustificáveis, independente das considerações políticas, filosóficas, ideológicas, raciais, étnicas, religiosas ou de qualquer outra natureza que possa ser invocada para justificá-las.

Isto posto, como fui recentemente "desafiado" a escrever um texto afirmando que Nelson Mandela é um terrorista igual a Arafat e Guevara, procedamos à questão. Contudo, devo esclarecer que os termos em que a desafiante procurou enquadrar o assunto denotam uma certa dose de miopia. Transcrevo um trecho de um de seus comentários:
"Porque, das duas uma: ou Mandela foi um grande estadista (para mim está entre as pessoas mais importantes dos últimos tempos, a par do outro grande Papa) ou é um terrorista igual ao Guevera e ao Arafat. E laureado pelos mesmos e pelas mesmas razões que agora foi o Pinter."

Ora, as qualidades do Mandela como estadista não apagam as suas ações como terrorista. A tentativa de polarizar a questão ou é ingênua, ou é maliciosa. E afirmar que Mandela foi laureado pelos mesmos e pelas mesmas razões que foi agora o Pinter caracteriza um grave erro conceitual que não cabe a mim resolver.

A trajetória de Mandela está bem descrita na biografia disponibilizada em The Mandela Page. Se inicialmente ele optou pela estratégia da não-violência, envolvendo-se em programas de resistência passiva contra as leis injustas do regime dominante, em 1961 ele e outros líderes da ANC criaram um núcleo armado, denominado Umkhonto we Sizwe, com o objetivo de se prepararem para a luta armada. São palavras do próprio Mandela:
"At the beginning of June 1961, after long and anxious assessment of the South African situation, I and some colleagues came to the conclusion that as violence in this country was inevitable, it would be wrong and unrealistic for African leaders to continue preaching peace and non-violence at a time when the government met our peaceful demands with force. It was only when all else had failed, when all channels of peaceful protest had been barred to us, that the decision was made to embark on violent forms of political struggle, and to form Umkhonto we Sizwe...the Government had left us no other choice."

No dia 16 de dezembro de 1961, o Umkhonto we Sizwe divulgou em manifesto que:
Units of Umkhonto we Sizwe today carried out planned attacks against government installations, particularly those connected with the policy of apartheid and race discrimination.

O dia da formação do Umkhonto we Sizwe foi anunciado através de uma série de bombas contra estruturas do apartheid in Johannesburg, Port Elizabeth e Durban. Sob a liderança de Nelson Mandela, o Umkhonto we Sizwe iniciou uma campanha de sabotagens contra instalações do governo e econômicas. Um histórico do grupo armado pode ser encontrado aqui.

Os atos do grupo liderado por Nelson Mandela, independente de qualquer juízo de valor que possamos formular sobre suas justificativas políticas e raciais, enquadram-se perfeitamente na definição de "atos criminosos dirigidos contra um Estado com a intenção de criar um estado de terror em pessoas particulares ou um determinado grupo ou o público geral".

As qualidades de Nelson Mandela como estadista e o valor das conquistas que ele proporcionou a seu povo são inegáveis, porém não apagam o fato de que ele liderou um grupo que praticou atos de terrorismo – o que o define como um terrorista.

Com relação a Yasser Arafat, lemos na biografia fornecida pela própria NobelPrize.org:
In Cairo, before he was seventeen Arafat was smuggling arms to Palestine to be used against the British and the Jews.
(…)
In 1958 he and his friends founded Al-Fatah, an underground network of secret cells, which in 1959 began to publish a magazine advocating armed struggle against Israel. At the end of 1964 Arafat left Kuwait to become a full-time revolutionary, organising Fatah raids into Israel from Jordan.
(…)
Arafat developed the PLO into a state within the state of Jordan with its own military forces. King Hussein of Jordan, disturbed by its guerrilla attacks on Israel and other violent methods, eventually expelled the PLO from his country.

Novamente, fica claro que os atos de Yasser Arafat, já desde a sua juventude e posteriormente como líder da Al-Fatah, enquadram-se na definição de "atos criminosos dirigidos contra um Estado com a intenção de criar um estado de terror em pessoas particulares ou um determinado grupo ou o público geral". Isso o define como tendo sido um terrorista.

Quanto ao Che Guevara, no texto Ten Shots at Che Guevara, de Alvaro Vargas Llosa, recentemente mencionado neste blog:
He executed many innocent people in Santa Clara, in central Cuba, where his column was based in the last stage of the armed struggle. After the triumph of the revolution, he was in charge of "La Cabaña" prison for half a year. He ordered the execution of hundreds of prisoners—former Batista men, journalists, businessmen, and others.

Também de Alvaro Vargas Llosa, no texto The Killing Machine:
(…) during the armed struggle against Batista, and then after the triumphant entry into Havana, Guevara murdered or oversaw the executions in summary trials of scores of people--proven enemies, suspected enemies, and those who happened to be in the wrong place at the wrong time.
(…)
In January 1957, as his diary from the Sierra Maestra indicates, Guevara shot Eutimio Guerra because he suspected him of passing on information: "I ended the problem with a .32 caliber pistol, in the right side of his brain.... His belongings were now mine." Later he shot Aristidio, a peasant who expressed the desire to leave whenever the rebels moved on. While he wondered whether this particular victim "was really guilty enough to deserve death," he had no qualms about ordering the death of Echevarría, a brother of one of his comrades, because of unspecified crimes: "He had to pay the price." At other times he would simulate executions without carrying them out, as a method of psychological torture.

Esta postagem já está ficando demasiado extensa e neste ponto peço desculpas novamente por ter me excedido, mas acredito que as informações acima deixam claro que os atos de Ernesto "Che" Guevara encaixam-se perfeitamente na definição de "atos criminosos tencionados ou calculados a provocar um estado de terror no público geral, em um grupo de pessoas ou pessoas particulares por propósitos políticos", que as Nações Unidas consideram como sendo injustificáveis independente das considerações políticas, filosóficas ou ideológicas que possam ser invocadas para justificá-las. Os atos de Che Guevara envolveram "ataques deliberados a civis e matança de prisioneiros" em tempos não caracterizados como sendo de guerra. Isso o define como tendo sido um terrorista.

Naturalmente, Mandela, Arafat e Guevara são diferentes em seus contextos históricos e políticos, porém os três têm uma coisa em comum: praticaram atos de terrorismo (e não sou eu quem o diz, são as Nações Unidas). Mandela e Arafat têm outro ponto em comum: foram laureados com o Nobel da Paz.

O flautista de Hamelin II

BENEFIT cheats will face lie detector tests and have their shopping habits tracked under plans to tackle the massive abuse of a welfare system that David Blunkett last night conceded was "crackers".
The Work and Pensions Secretary will unveil an anti-fraud strategy later this week which will include controversial measures such as cross-checking utility and credit card bills and voice recognition software to detect when callers are lying to government agencies.


Deve ser assim que começa o totalitarismo, nascendo da ma consciência de social-democratas iluminados. A besta de que fala Steve Mallory em “The Fountainhead” é isto.
...Listen, what's the most horrible experience you can imagine? To me-it's being left, unarmed, in a sealed cell with a drooling beast of prey or a maniac who's had some disease that's eaten his brain out. You'd have nothing then but your voice-your voice and your thought. You'd scream to that creature why it should not touch you, you'd have the most eloquent words, the unanswearable words, you'd become the vessel of the absolute truth. And you'd see living eyes watching you and you'd know that the thing can't hear you, that it can't be reached, not reached, not in any way, yet it's breathing and moving there before you with a purpose of it's own. That's horror. Well, that's what's hanging over the world, prowling somewhere through mankind, that same thing, something closed, mindless, utterly wanton, but something with an aim and a cunning of it's own. I don't think I'm a coward, but I'm afraid of it. And that's all I know-only that it exists. I don't know it's purpose, I don't know it's nature.

Foi isto que Rand disse pela voz de Mallory em The Fountainhead. Profético.

Wishful thinking

Incansavelmente pouco subtil

Só para chatear

Só para que não haja dúvidas

As consequências do controlo de preços

O aumento das tarifas dos transportes públicos por causa da subida dos combustíveis é «excepcional» e pretendeu evitar possíveis falências de empresas, afirmou sexta-feira à agência Lusa o director-geral da Direcção-Geral dos Transportes Terrestres


[fonte: Diário Digital]

Sobre o Nobel da literatura: um post conciliatório

Lavro aqui o meu protesto

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  • Serpa, 10/Outubro/2005

    É no combate pela humanidade que insiro a luta de partidos revolucionários como o PCP.

    É nele que desejo ver empenhado o grupo parlamentar do meu partido, no distanciamento firme de organizações políticas que actuam como marionetas no palco de um teatro de feira.

    É no assumir de um desafio em defesa da humanidade, que transcenda a rotina da vida parlamentar, tutelada pela ditadura da burguesia de fachada democrática, que concebo um papel insubstituível para os deputados comunistas na denúncia activa do sistema, no incentivo à mobilização das massas contra um sistema insusceptível de reforma capaz de o colocar ao serviço do progresso.###

    (...)

    Compreender – e não é fácil – que essa tremenda energia e combatividade devem ser utilizadas numa luta tenaz, permanente, dura, contra o sistema capitalista em defesa da humanidade é o maior desafio que se coloca hoje aos comunistas portugueses. Porque nunca como hoje o nacional e o universal se apresentaram tão intimamente interdependentes.

    Afinal, no Barreiro, como em Serpa, em Peniche como em Moura, ao derrotarmos os responsáveis pela transformação do Portugal de Abril num país imperializado e parasitário, estamos também lutando pelos povos do Iraque, da Venezuela Bolivariana, da Cuba socialista. Por quantos na Terra enfrentam com heroísmo uma engrenagem medonha que ameaça a continuidade da vida.

    Serpa, 10/Outubro/2005

    Esperneando

    Foro de São Paulo comemora FMLN

    Dentro de este marco de solidaridad, el Grupo de Trabajo del Foro de Sao Paulo -algo renovado, en particular en las delegaciones del gobernante Frente Amplio de Uruguay, el PRD mexicano y la representación del fundador PT brasilero-, aprobó una resolución de denuncia del asesinato del compañero Filiberto Ojeda Ríos y acordó atender en su próxima reunión la propuesta de una campaña de intensificar el apoyo de los países latinoamericanos por nuestra independencia en el año 2006. Julio Muriente, (MINH) y José Escoda (Frente Socialista) de Puerto Rico, acordaron iniciar acá el proceso para que en la próxima reunión del GT, que se celebrará en La Habana el próximo diciembre, se entregue un bosquejo de cómo implantar esta propuesta. En una coyuntura donde partidos miembros del FSP gobiernan en Brasil, Venezuela, Cuba, Uruguay, República Dominicana, Panamá y Chile; y cogobiernan importantes sectores o cuentan con representaciones legislativas importantes en países como Colombia, El Salvador, México, Costa Rica, Bolivia y Guatemala, entre otros, este apoyo puede convertirse en una nueva etapa de solidaridad continental a nuestra lucha.

    Leia a notícia completa em: Claridad

    Desde a sua fundação em 1990 e com o objetivo inicial de impedir a dispersão das forças socialistas no continente, o Foro de São Paulo procura consolidar uma integração política no continente latino-americano, utilizando para isso inclusive mecanismos de ingerência direta em assuntos internos de diversos países da região.

    Decidam-se lá...

    O que não dirá Harold Pinter disto














    Votante no referendo constitucional iraquiano

    Sempre gostava de perceber porque razão tantos impolutos e virtuosos democratas que existem por esse mundo fora nunca têm nada para dizer sobre imagens como esta.
    Lá pedir que os EUA acabem com o "bloqueio" a Cuba, pedem. Mas pedir que al-Zarkawhi acabe com os atentados que matam civis inocentes e visam minar o nascimento da democracia no Iraque é que nunca se viu.

    (ainda) O rescaldo das autárquicas e o PSD

    Isto não é uma microcausa...

    Bloqueio mental

    Post com bolinha no canto direito

    Fim do Zapaterismo à vista?

    O anti-americanismo e a decadência da Europa

    One will surely ask, Katrina and German politics? Most Americans fail to grasp how deep anti-Americanism now runs in Europe and how the slow response to Katrina - and the poverty it exposed - could trigger almost fanatical anti-American sentiment in Europe.

    In Britain, an opinion columnist in The Guardian encouraged his readers to withhold hurricane aid: "America needs [political] change not charity." In Germany, it was worse. Columnist Philipp Mausshardt of the German Tageszeitung felt "joy" that Katrina "hit the richest country in the world" and "would be even happier to know that it destroyed the homes of Bush supporters and members of the military." Andreas Renner, a German state minister (of the conservative party, typically more sympathetic to the Bush administration), claimed that "Bush should be shot" for his delayed response to Katrina victims. German Environmental Minister Jürgin Trittin suggested that Katrina was America's due retribution for not signing Kyoto.###

    Enter Gerhard Schröder on a bid to win reelection. Mr. Schröder was faced with the dual task of diverting attention away from his already painful economic and social reforms and justifying the still malfunctioning German economy (0.6 percent growth, 11.8 percent unemployment). Not one to shy away from emptying his anti-American quiver, Schröder apparently felt that Katrina was the perfect distraction.

    In an election debate, he jabbed that Katrina's aftermath showed the dangers of a "weak state." At his farewell rally, he drove home how favorably un-American were his policies: Electing his opponents would result in "old age poverty as in America." By rough count, he mentioned America eight times that evening - a noticeable drumbeat in an election where foreign affairs were basically a nonissue.

    (...)

    His strategy seemed to have pay off - to an extent. In the two weeks before the polls opened, Schröder's support soared by nearly 10 percent. One Schröder supporter proudly justified his vote as one "against supermarket America." The French communist newspaper l'Humanité congratulated its German friends for rejecting "neoliberalism" (European code for "American capitalism").

    (...)

    Schröder's bid to make American domestic politics an issue in his election - far beyond his previous comparison of American investors to locusts - marks a watershed. In light of the recently failed European Constitution also deemed too neoliberal, the German case is only symptomatic of a broader trend in Europe. Since 2001, most Europeans had become convinced that US foreign policy was the greatest hazard to their welfare. This year, American-style capitalism is being taken on as an equally formidable adversary.

    No matter how the German government takes shape under Chancellor Angela Merkel, who has vowed to strengthen ties to Washington, the election has confirmed that exploiting anti-American populism has become disturbingly easy in Germany today. Prepare for more.

    Furacões e terremotos, parte 2

    A tempestade tropical Stan, que deixou centenas de mortos e grandes perdas econômicas e financeiras na América Central e no México, também atingiu os traficantes de drogas, que perderam 300 hectares de cultivo de maconha na Guatemala, assegurou nesta quinta-feira o chefe do Serviço de Análise e Informação Antinarcóticos (Saia), Adán Castillo. As perdas desses cultivos representam US$ 19,5 milhões.

    Leia mais em: Tempestade Stan causou perdas para o tráfico de drogas

    Oh, puxa, parece que são os sinais do final dos tempos...

    Novas!Novas! Fresquinhas!! Nunca tinha ouvido ou lido tal coisa! Incrivel!!

    Why do people work in the informal economy? In the official labor market, the costs firms (and individuals) have to pay when “officially” hiring someone are increased tremendously by the burden of tax and social contributions on wages, as well as by the legal administrative regulation to control economic activity. In various OECD countries, these costs are greater than the wage effectively earned by the worker – providing a strong incentive to work in the informal economy.

    Conclusão:
    (i) The burden of direct and indirect taxation, both actual and perceived: a rising burden of taxation provides a strong incentive to work in the informal economy.
    (ii) The burden of regulation as proxy for all other state activities: it is assumed that increases in the burden of regulation give a strong incentive to enter the informal economy.
    (iii) The „tax morality“ (citizens’ attitudes toward the state), which describes the readiness of individuals (at least partly) to leave their official occupations and enter the informal economy.

    Acrescentaria que as pessoas respondem a incentivos...
    Para ajudar ao regabofe Vilariguiano ainda ha o seguinte aqui:


    Tax system integrity is conceptualised in terms of five different, but interrelated dimensions: (a) collection of taxes in such a way that all groups are paying their fair share; (b) the use of taxes for the public good; (c) genuine consultation with taxpayers about the tax system; (d) respectful treatment of taxpayers; and (e) granting taxpayers the status of trustworthiness in the absence of information to the contrary.



    Ora destas cinco condições que segundo os autores do estudo (Valerie Braithwaite, Friedrich Schneider, Monika Reinhart e Kristina Murphy), definem a integridade dos sistemas fiscais e são decisivos para a maior ou menor fuga fiscal, digam la uma, apenas uma que seja cumprida pelo Português. So uma.
    Mas pronto, vão la ler os dois estudos, leiam os graficos (os nomes dos paises, lidos da direita para a esquerda, suscitam um sorriso) e as tabelas.

    O artigo de hoje de Antonio Sampaio e Mello no DE, fala disto. Dai este post.

    13.10.05

    Inatacável ou inimputável?

    The deluded Mr. Pinter

    The playwright Harold Pinter last night likened George W Bush's administration to Adolf Hitler's Nazi Germany, saying the US was charging towards world domination while the American public and Britain's "mass-murdering" prime minister sat back and watched.###

    (...)

    In conversation on stage with Michael Billington, the Guardian's theatre critic, Pinter said the US government was the most dangerous power that had ever existed.
    The American detention centre in Guantanamo Bay, Cuba, where al-Qaida and Taliban suspects were being held, was a concentration camp.

    The US population had to accept responsibility for allowing an unelected president to take power and the British were exhausted from protesting and being ignored by Tony Blair, a "deluded idiot" Pinter hoped would resign.

    (...)

    The playwright said: "The US is really beyond reason now. It is beyond our imagining to know what they are going to do next and what they are prepared to do. There is only one comparison: Nazi Germany.

    "Nazi Germany wanted total domination of Europe and they nearly did it. The US wants total domination of the world and is about to consolidate that.

    "In a policy document, the US has used the term 'full-spectrum domination', that means control of land, sea, air and space, and that is exactly what's intended and what the US wants to fulfil. They are quite blatant about it."

    Pinter blamed "millions of totally deluded American people" for not staging a mass revolt.

    (...)

    "I haven't heard anything about the US population saying: 'We can't do this, we are Americans.' Nobody gives a damn. And nor does Tony Blair." Pinter added: "Blair sees himself as a representative of moral rectitude. He is actually a mass murderer. But we forget that - we are as much victims of delusions as Americans are."


    Agradeço ao leitor Lino pela indicação do link.

    Tradição

    Mito vs Realidade

    8. HIS ADVENTURES WERE A CELEBRATION OF LIFE. Instead, they were an orgy of death. He executed many innocent people in Santa Clara, in central Cuba, where his column was based in the last stage of the armed struggle. After the triumph of the revolution, he was in charge of “La Cabaña” prison for half a year. He ordered the execution of hundreds of prisoners—former Batista men, journalists, businessmen, and others. A few witnesses, including Javier Arzuaga, who was the chaplain of “La Cabaña”, and José Vilasuso, who was a member of the body in charge of the summary judicial process, recently gave me their painful testimonies.

    Falar de blogues no feminino

    Começou

    A conversa oca

    Leitura recomendada

    [C]onsidero que já não foi positivo quando Durão Barroso foi eleito com base, entre outros factores, no «choque fiscal», e depois foi o que se viu... E, agora, veio a prova provada: descer o IRC é, sem dúvida, muito importante em termos de competitividade fiscal - mas também o é no caso do IVA (como este caso prova) e... do IRS (sobretudo ao nível da atracção de quadros superiores, os que maior valor acrescentado podem trazer a um país). Ora, não só o Engº Sócrates aumentou o IVA, como ainda criou um novo escalão de IRS nos 42%, escudado na demagogia de «os ricos também têm que pagar a crise», afastando-nos, também aí, da realidade europeia (a taxa máxima de IRS nos países do Leste da Europa situa-se em cerca de 30%)! É caso para se dizer que assim, Sr. PM, o que se está a fazer, é a criar todas as condições para que tenhamos uma crise ainda maior do que aquela que já hoje vivemos, por afastamento de empresas do país - e, consequentemente, de empregos e criação de riqueza, em suma, desenvolvimento económico.###

    (...)

    Aliás, também quanto ao facto de se ter aumentado as taxas de imposto para termos mais receita, estamos conversados: pelo facto de a Yahoo! ter escolhido o Luxemburgo, deixará de entrar, nos cofres do Estado português, um montante de receita fiscal de cerca de EUR 70 milhões, de acordo com as projecções da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira. Verba que representa cerca de 1/4 de toda a receita do IVA cobrada em 2004 nesta Região Autónoma. Para quem queria aumentar a receita com o aumento de taxas, não está mal...

    E quando no Continente temos uma taxa de 21%, que compara, por exemplo, com uma taxa de 16% na vizinha Espanha, ou que a nossa taxa de IRC é de 25% e que os novos países da União Europeia têm taxas médias inferiores a 20%, e dado que em todos os outros indicadores relevantes para a nossa competitividade, estamos muito atrás em termos europeus, é fácil de concluir para onde caminhamos...

    O aumento dos impostos decidido pelo Governo levará, provavelmente, a menos receita fiscal (não a mais...) e a tornar Portugal cada vez menos atractivo no panorama europeu.


    Bizarro

    12.10.05

    Preconceitos do centralismo e o colapso do Estado de Direito

    Houve nesta guerra santa contra os “arguidos” uma imensa hipocrisia. A campanha, mais do que de certezas judiciais, viveu dos preconceitos do centralismo iluminado contra o chamado “poder autárquico”. Em discursatas oficiais, é da praxe louvar o tal “poder” como um “pilar” da democracia. No comentário e na decisão política, pelo contrário, esse “poder” é invariavelmente tratado como o leproso do regime. Basta ouvir os nossos líderes falar da limitação de mandatos, das dívidas das autarquias, ou da degradação da paisagem. O que nos mostram é um país entregue a um feudalismo demagógico, em conluio com construtores civis e clubes de futebol. Tudo, obviamente, explicado pela boçalidade daquele género de povo que não costuma ir ao dentista e bate nos líderes nacionais dos partidos, quando estes os visitam em peregrinação justiceira. Vista de baixo, a democracia portuguesa consistiria apenas na exibição impúdica do “atraso” provinciano. Não seria melhor ficarmos todos às ordens da gente limpa e cosmopolita dos Ministérios de Lisboa? ###

    No meio desta indignação centralista, muita coisa escapou. Ninguém, por exemplo, questionou um sistema político que esvazia os municípios de recursos e responsabilidades, empurrando os autarcas para o papel de agentes de “cunhas” em Lisboa, ou tribunos dos descamisados da periferia. Acima de tudo, pouca gente reparou na verdadeira explicação do fenómeno dos “candidatos arguidos”: um sistema judicial incapaz, há muito tempo, de incriminar ou de ilibar quem quer que seja.

    Is Private Education Good for the Poor?

    Many believe that the private sector has very little to offer in terms of reaching the
    Millennium Development Goal of ‘education for all’ by 2015. Private education is often assumed to be concerned only with serving the elite or middle classes, not the poor. And unregistered or unrecognised private schools are thought to be of the lowest quality and hence demanding of detailed regulation, or even closure, by the authorities. Our findings from a two-year in-depth study in Hyderabad, India; Ga District, Ghana; Lagos State, Nigeria; and Nairobi, Kenya, suggest that these conclusions are unwarranted. Private unaided schools, we argue, can play – indeed, already are playing – an important, if unsung role in reaching the poor and satisfying their educational needs.

    (...)

    Through this research, we have obtained an understanding of the nature and extent of private unaided schools serving low-income families in different African and Indian settings. In each we can say that the majority of poor school children attend private unaided schools, which generally perform better than government schools, at between half and a quarter of the cost. The schools are largely run by proprietors, with very few receiving outside philanthropic support, and none receiving state funding. Roughly equal numbers of boys and girls attend private unaided schools, which have better pupil-teacher ratios, higher teacher commitment and sometimes better facilities than government schools. Teachers are not less satisfied with their
    salaries in private unaided than government schools, even though they are paid considerably less. Finally, a significant minority of all places in private unaided schools are provided free or at reduced rates, to serve the poorest of the poor.


    Links para o estudo: executive summary e full report (pdf).

    Leitura recomendada: "Government Failure: E. G. West on Education" (pdf)

    A Estratégia da Al-Qaeda

    Today the Office of the Director of National Intelligence released a letter between two senior al Qa'ida leaders, Ayman al-Zawahiri and Abu Musab al-Zarqawi, that was obtained during counterterrorism operations in Iraq. This lengthy document provides a comprehensive view of al Qa'ida's strategy in Iraq and globally.

    Fonte: Office of the Director of National Intellgence

    Encontrei a referência no blog da FDD (Foundation for the Defense of Democracies).

    Há coragem? (2)

    Uma pequena consideração sobre os impostos municipais

    Leituras

    A few years ago a Swedish anti-globalist explained that he had been in a debate where the pro-capitalists had “constantly referred back to facts”, but the anti-capitalists had been more successful because they “used examples from reality”. Facts vs examples apparently. Aggregated statistics and broad abstractions vs flesh and blood. And I am not sure about who wins such a debate. We human beings like narratives and examples that we relate to. If an audience hears that there are almost 400 million fewer people in absolute poverty today than in 1981, but also hears a dramatic story about a specific individual who has fallen into poverty during this time – it’s not certain that they think that poverty has been reduced.

    Há coragem?

    Direitos de propriedade e livre concorrência

    Anheuser-Busch Ltd. cannot sell beer under the brand name Budweiser in Portugal, the European Court of Human Rights ruled Tuesday in the latest round of a global legal battle between the U.S. beer giant and Czech brewery Budejovicky Budvar.###

    Anheuser-Busch was appealing a 2001 decision by Portugal's Supreme Court, which ruled that Budejovicky Budvar had the right to use the brand name under a 1986 treaty between the Czech Republic and Portugal, which protects registered designations of origin.

    Anheuser-Busch argued the decision violated its rights to the "peaceful enjoyment" of the trademark and lodged a complaint with the Strasbourg court. It said the Portuguese ruling infringed Article 1 of the European Convention on Human Rights, which guarantees individuals and companies protection of property.

    Viva a despesa pública!

    O presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu publicamente, pela primeira vez, que a política de restrição orçamental seguida pelos últimos governos está a ter efeitos nocivos e contraproducentes na economia portuguesa.


    [fonte: Jornal de Negócios]

    Right to the end

    Seldon's insistence (often in articles for The Daily Telegraph) that small government should be promoted without reference to what was "politically possible" helped to make Thatcherism happen. It is now difficult to recall that, when he and Ralph Harris set up the Institute for Economic Affairs, the overwhelming consensus in all parties was that the man in Whitehall always knew best, and that prosperity could be achieved only by governments. That such days seem impossibly remote is a tribute to him and his work.

    11.10.05

    Arthur Seldon (1916-2005)

  • Obituário no Daily Telegraph.
  • Biografia na Universidade de Buckingham.
  • Critica ao livro "Capitalism" na Foundation for Economic Education.
  • livro "Waging the War of Ideas" (pdf) editado pelo IEA
  • Os efeitos perversos da tirania fiscal

    The reality is that the wealthy pay almost all of the federal income tax and there is clear and compelling evidence that our tax system—especially its misguided redistributive elements—impose a heavy cost in terms of growth that is ultimately paid by the non-wealthy in the form of lower productivity and, hence, lower wages and incomes.###

    Interestingly, the latest Internal Revenue Service data on distribution of the tax burden were released the same day Ms. Tritch’s tirade appeared. They show that
    the top one percent of taxpayers paid 34.3 percent of all federal income taxes in 2003, although they earned just 16.8 percent of the adjusted gross income. The top five percent of taxpayers paid more than half of all federal income taxes, the top 10 percent paid two-thirds, and the top half of taxpayers paid 96.5 percent, meaning that the bottom half paid just 3.5 percent.

    Another IRS report decomposed the top one percent and found that the top ten percent of the top one percent (the top 0.1 percent) increased their share of all federal income taxes from seven percent in 1980 to 15.3 percent in 2003. These 129,000 tax filers earned 7.6 percent of the income and paid an average tax rate of 23.6 percent. This came to $114.6 billion—four times more than all the taxes paid by the 64 million taxpayers in the bottom 50 percent—who paid an average tax rate of 2.9 percent.

    I would be curious to know just how much more Ms. Tritch thinks the wealthy ought to be paying? Back in the good old days (from her point of view) when Jimmy Carter was president and the top statutory tax rate was 70 percent (versus 35 percent today), the top one percent of taxpayers paid only 19.7 percent of all federal income taxes. In other words, although their marginal tax rate has fallen by 50 percent, their tax share has almost doubled.

    I assume that Ms. Tritch would be happier with the British tax system, where the top income tax rate is 40 percent. But according to British tax data, the top one percent of taxpayers there pay just 21 percent of income taxes. The top five percent pay 40 percent and the top 10 percent pay 52 percent. The bottom 50 percent pay 11 percent of all income taxes. In other words, wealthy British pay higher rates—as Ms. Tritch would have here—but pay less of the overall tax burden.

    According to a new report from the U.S. Government Accountability Office, we pay a very heavy price for the heavy taxation of saving, investment, corporations and estates that Ms. Tritch strongly favors. It found that the efficiency cost of the tax system—the output that is lost over and above the tax itself—is between two percent and five percent of the gross domestic product. In short, we lose between $240 billion and $600 billion every year just because of the way we raise taxes.


    Agradeço ao leitor RM a indicação.

    Conselhos em interesse próprio

    Leitura recomendada

    O bom selvagem

    A síntese comunista, portanto, seria um retorno ao primitivismo idealizado, onde todos os seres humanos seriam irmãos e dançariam felizes ao redor das fogueiras, tocando flautinhas e bebendo chá de cogumelos.

    Rothbard, Polanyi e o Mito do Bom Selvagem (em português)

    Rothbard, Polanyi and the Myth of the Good Savage (in English)

    Dissidentes III

    Dissidentes II

    Falcão em cativeiro

    As propostas de David Davis

    I'd rather learn from John Howard, Australia's prime minister, whose no-nonsense style of government and clear mission to change his country have won him four elections in a row. The public have had their fill of spin. In the post-Blair era, I believe they will be looking for substance.(...)

    We need to build lasting new solutions and a new consensus, using centre-Right ideas to achieve social justice. That means re-energising the party's policy-making, opening it up to the think tanks, academia and public service professionals, spreading our ideas among Britain's opinion-formers.

    Googlemania

    Soares

    O fim da PAC?

    Portman [representante norte-americano do Comércio] anunciou que os EUA estão dispostos a reduzir em 60% as ajudas internas aos agricultores. Uma oferta que foi bem recebida pela União Europeia e imediatamente coberta.

    “A UE vai cobrir – e na realidade irá substancialmente além – o corte de 60%, proposto pelos EUA, no apoio que mais distorce o comércio ”, disse o comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, na sessão especial de três dias com 15 países membros da OMC. De facto, a proposta de Bruxelas é reduzir os apoios internos, no mesmo capítulo, em pelo menos 65%, um valor que se inscreve na actual reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

    (in Diário Económico, via My Guide to your Galaxy)

    A comunicação de reduções parciais de 60% e 65% são apenas uma táctica negocial dos respectivos Governos. Depois dos protestos dos agricultores americanos e europeus o valor da redução destes apoios será, provavelmente, próximo dos 30%.

    Mapa autárquico

    Dissidentes

    Zapping

    Diferenças entre derrotados

    Penosa hesitação

    Vitória de Marques Mendes?

    Dúvida eleitoral

    O actual candidato à presidência da República, Mário Soares, já foi alvo de cinco queixas na Comissão Nacional de Eleições (CNE). Nos três primeiros casos não houve qualquer procedimento criminal porque os processos foram arquivados na própria comissão. Mas as duas situações mais recentes configuram crime e, como, tal poderão colocar Mário Soares no banco do tribunal, caso o Ministério Público decida acusar o ex-presidente.
    Será que se fôr eleito Presidente da República, Mário Soares se pode amnistiar a si próprio?
    É que isto de ter um PR arguido por violar leis eleitorais não me parece bem. Mas deve ser picuinhice minha.

    Suores frios

    O Estado Sol

    O dilema do CDS

    Dois blogs

    Thomas Schelling

    True, the award didn't go to Kirzner or to Tullock, but it went to perhaps the next best choice for those of us interested in invisible hand explanations and a broader notion of economics and political economy. I've been using one of Schelling's book in my graduate seminar in Austrian economics for several years.

    My original fascination with Schelling came from Kenneth Boulding, who stressed Schelling's contribution in The Strategy of Conflict. Then Jim Buchanan emphasized to us the power that game theory had in addressing questions in political economy. And finally, Dan Klein (who I believe has impeccable judgment in these matters) kept saying how insightful Schelling was so I read him more carefully and became even more convinced. I would say that Schelling's style of thought is very Hayekian, though one that stresses the dark side of invisible hand processes rather than the bright side that seems to be emphasized in Hayek (and Adam Smith). Schelling is a methodological individualists, and one who models choice as if it was being done by humans.

    Anyway, it is indeed a good day for economists and political economists.


    Também recomendo os posts de Tyler Cowen sobre Schelling (com quem trabalhou em Harvard) e Aumann.

    Varios

    My philosophy, in essence, is the concept of man as a heroic being, with his own happiness as the moral purpose of his life, with productive achievement as his noblest activity, and reason as his only absolute. —Ayn Rand

    10.10.05

    Sobre as Leituras e as Ilações

    Hayek Links

    Aceitam-se apostas!

    Quando vai Cavaco Silva anunciar a sua candidatura à Presidência da República Portuguesa?
    Nunca
    11 Outubro
    12 Outubro
    13 Outubro
    14 Outubro
    15 Outubro
    16 Outubro
    17 Outubro
    18 Outubro
    Depois da desistência de Soares

    Free polls from Pollhost.com

    Por que nos chamam de nazifascistas...

    Chamar um liberal de nazista ou de fascista denota ou uma total ignorância dos processos históricos e dos fenômenos políticos, ou então evidencia uma maliciosa tergiversação.

    LvMI recomenda Serenity

    Serenity is a ship with a crew of former independence fighters who now make their way smuggling and hitting the Alliance when they can. The film brings the crew face to face with the dark heart of the Alliance's mission to bring enlightened civilization to all, whether they want it or not. Filled with well wrought characters and a wonderful sense of humor, this film insightfully portrays not only the empire but a doughty band of independent spirits who just want to be allowed to go their own way.

    (in Ludwig von Mises Institute)

    Nota: o filme Serenity já está em exibição nas salas portuguesas. Podem, também, ler outras críticas ao filme no Rotten Tomatoes.

    Base de dados política

    2+2=5

    E por outro lado...

    Que sorte! (IV)

    Blasfémia!

    Bundeskanzlerin Angela Merkel

    Trichet urges economic reforms to counter ageing slowdown

    The ECB has urged eurozone governments for years to undertake deep reforms of their economies, notably by relaxing job protection, to increase non-inflationary growth and to help them to reduce government overspending.###

    Trichet said: "Forward-looking growth-accounting exercises show that these adverse demographic developments would reduce average real GDP growth in the period up to 2010 below 2.0 percent."

    And growth of gross domestic product could slow further to about 1.5 percent in the period up to 2020 if so-called supply-side measures did not compensate for the ageing trend, he said.

    (...)

    Trichet said that Europe's labour market had shown a much weaker performance than that of the US and that the gap between European and US output per capita had therefore been widening.

    O furacão AJJ

    Quem perde?

    Ainda que José Sócrates tenha de reconhecer que escolheu mal os candidatos nas duas maiores cidades do país (Carrilho e Assis), colocando-se a jeito para macro-interpretações, a verdade é que essa leitura global só prejudicaria o país. Isto é, se Sócrates sentir que os números penalizantes pedem travão às reformas, Portugal ficará pior amanhã.

    Está a chegar o Orçamento de Estado: se o aparelho do partido (mesmo enfraquecido) e a oposição (fortalecida) terão tendência para pressionar Sócrates, ele sabe que precisa de cortar quase 2 mil milhões de euros no défice público em 2006 – e sabe, também, que só sendo determinado servirá Portugal.

    Ora Portugal pede políticas mais exigentes e complexas do que a decisão de oferecer umas centenas de torradeiras. E essas exigem ideologia. Mais à esquerda, mais à direita, o que interessa é que limpem o país desse peso de um Estado tutelar e salvador – porque foi esse Estado, paternal, perverso, que gerou e mantém ainda no poder candidatos como Valentim, Fátima e Isaltino .

    Sócrates, com a tentativa de diminuir o peso do Estado na economia, cortando com privilégios inexplicáveis, está a dar a Portugal exactamente o que Portugal precisa.

    O PS perdeu estas eleições. Mas sendo genuínas estas “dietas” liberais para cortar na gordura do Estado, o país não merece perder.

    Aumann and Schelling Awarded Nobel Economics Prize

    "Aumann and Schelling were honored ``for having enhanced our understanding of conflict and cooperation through game-theory analysis,'' the Stockholm-based Royal Swedish Academy of Sciences, which selects the winner, said today on the Nobel Web site. The winners share 10 million Swedish kronor ($1.3 million).

    Schelling, 84, an economist at the University of Maryland in College Park., wrote the 1960 book ``The Strategy of Conflict,'' describing game theory, or an interactive decision theory, as a unifying framework for the social sciences, the academy said.

    ``Schelling showed that a party can strengthen its position by overtly worsening its own options, that the capability to retaliate can be more useful than the ability to resist an attack, and that uncertain retaliation is more credible and more efficient than certain retaliation,'' the academy said. ``These insights have proven to be of great relevance for conflict resolution and efforts to avoid war.''

    Aumann, 75, a mathematician at Hebrew University in Jerusalem, was the first to conduct experiments of so-called infinitely repeated games, the academy said.

    ``The repeated-games approach clarifies the raison d'etre of many institutions, ranging from merchant guilds and organized crime to wage negotiations and international trade agreements,'' the academy said today." [Fonte]

    Comunistas festejam

    Quarta Internacional

    Um CDS mais liberal?

    Ainda estou para perceber

    Bloco

    PCP (III)

    Sobre a vitória de Marques Mendes