Curiosidades para ultramontanos
Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner.
- James Bovard
Os Cardeais eleitores podem eleger um Papa que não faça parte do Conclave (i.e. o novo Papa pode não ser um dos Cardeais-eleitores). Mais, o eleito pode até nem ser Bispo. Neste último caso, o eleito deverá ser imediatamente ordenado Bispo.
[Fonte: Universi Dominici Gregis nº83 e nº88]
No passado, já ocorreram casos destes (mas agora não me alembro quais foram).
por Joao @ 4/02/2005 11:39:00 da tarde
"A SUBIDA das taxas de juro do crédito à habitação já está a ser antecipada pelos bancos portugueses nas taxas fixas para prazos superiores a um ano. A Caixa Geral de Depósitos colocou a sua taxa fixa a cinco anos nos 4,85%, quando a euribor a 12 meses está nos 2,359%, dando indicações sobre a expectativa de aumento dos juros a médio prazo."
por Joao @ 4/02/2005 07:53:00 da tarde
Hoje, no semanário Expresso (conteúdo pago), 10 anos de vida da Autoeuropa (meus destaques):Recorde-se que o investimento inicial realizado em Palmela (entre 1991 e 1996) ascendeu a 1.975 milhões de euros. À data, a empresa recebeu 445,5 milhões de euros de incentivos financeiros do Estado Português e do FEDER e 44,5 milhões de euros de incentivos fiscais, além de apoios para formação no valor de 130 milhões de euros.
A Autoeuropa (...) nunca atingiu os volumes de emprego e produção previstos no contrato com o Estado português.
O Estado português e a União Europeia confiscaram riqueza a privados de vários sectores de activadade para beneficiar uma empresa que, por sinal, não alcançou os objectivos definidos.
Na próxima década o actual primeiro ministro, José Sócrates, pretende apostar o dinheiro dos contribuintes portugueses em empresas tecnológicas, um sector com risco de investimento significativamente superior ao do sector automóvel...
por BrainstormZ @ 4/02/2005 06:33:00 da tarde
Daniel Oliveira, dirigente e ex-assessor de imprensa do bloco de extrema-esquerda no Expresso de hoje:"É uma nova revista...optaram por lhe chamar «Atlântico»...Os seus inimigos principais são o «pensamento dominante», o «relativismo», o «multiculturalismo», os europeus em geral e os franceses em particular..."
Melhor publicidade não podia haver ! Nem que fosse paga..."A «Atlântico» nasce com a ajuda de empresários como Jorge de Mello...e recebe providencial boleia do «Público»...Não é qualquer grupúsculo que tem direito a tamanhas mordomias. Sim, porque do ponto de vista da sua representatiidade ideológica, estamos a falar de um grupúsculo. Moral da história: ao contrário do que dizem, é possível viver sem o mercado. Basta ter os amigos certos."
Isto é para levar a sério. O Daniel sabe do que está a falar...
por Joao @ 4/02/2005 03:44:00 da tarde
LAC tenta desesperadamente negar pertencer à "direita liberal, individualista, sem ideologia nem ética política", mas creio que é demasiado tarde. Já toda a gente percebeu que o LAC é o nosso agente infiltrado na dita "esquerda liberal". Mais um exemplo de frentismo liberal em acção...
por André Azevedo Alves @ 4/01/2005 05:45:00 da tarde
Recomendo aos interessados na obra de Ayn Rand, a leitura do post Socialist realism and the Randian aesthetic, de Alina Stefanescu.Reading Fyodor Vasilievich's Cement, I was struck by the similarities between Ayn Rand's "romantic realism" and socialist realism. Both share similar types of ideal, heroic protagonists; both emphasize non-religious moral virtues, especially hard work; both make use of an aesthetic emphasizing the gargantuan and un-ornate-- really, there are too many similarities to let this pass and still be accused of good taste.
por André Azevedo Alves @ 4/01/2005 04:06:00 da tarde
Saúdo o meu amigo RAF por ter conseguido descodificar o estranho dialecto que por vezes se ouve nos telejornais da TVI. Aqui fica a transcrição de um desses fascinantes momentos: "Os hopitais não têm dinhiêro para pagar sequiêr o papel higiénico, mas existem administradores hospitalares que gaaanhaaam mais do que o Presidenteeee da Repúblicaããã."
por André Azevedo Alves @ 4/01/2005 03:59:00 da tarde
Os defensores do liberalismo, ou melhor qualquer pessoa que, em Portugal, pense e aja como não sendo socialista é encarado como um E.T. Experimentem conversar com alguém, um amigo por exemplo, sobre as nossas ideias políticas, a nossa forma de estar na vida...
João Marques de Almeida, num artigo publicado na nova revista Atlântico, escrevia que a democracia portuguesa já tinha atingido a idade adulta. É verdade que aderimos à Europa há quase vinte anos, que usamos o Euro e até temos um presidente da Comissão Europeia. Sucede que, se a democracia portuguesa já pode ser considerada adulta, o mesmo já não poderemos dizer dos seus protagonistas. Um dos problemas que vivemos actualmente é que estamos amordaçados por políticos que, ou por fazerem parte da geração que nasceu para a política nos anos 70, ainda vive como nos seus tempos de juventude ou, por serem mais novos, cresceram ofuscados pelos seus ídolos políticos e não tiveram a capacidade de, com a humildade necessária, procurar algo novo e mais adequado ao início do século XXI. O que encontramos em Sócrates é um socialismo ideológico arrumado numa nova embalagem. O que ouvimos em Marques Mendes é o vazio de um discurso cheio de palavras. Para uma democracia adulta como a portuguesa, a alternativa política ainda não existe, porque os políticos, que se apresentam como sérios e sensatos, ainda não amadureceram devidamente.
por André Abrantes Amaral @ 4/01/2005 01:55:00 da tarde
Há muito gente que pensa que só os brancos são racistas. Esses, se estiveram atentos às manifestações liceais havidas em França em Março devem ter ficado surpreendidos quando grupos de jovens negros liceais agrediram outros jovens alunos de liceu por cometerem um único crime: serem brancos.
Este tipo de acções já se fazia sentir nos liceus franceses há algum tempo, mas a imprensa politicamente correcta arranjava sempre desculpas para esses actos. Como se nas minorias também não pudesse haver racistas! Mas há. E a sociedade francesa começa a reagir.
Por isso vale bem a pena ler Ivan Rioufol no seu Le bloc-notes e da responsabilidade dos media nesta situação: Ce réveil démontre, au passage, la lâcheté des médias «progressistes» qui auront participé – participent encore – au maquillage des faits contrariant leur confort intellectuel. Pour avoir refusé d'aborder l'insécurité et la violence autrement qu'à travers les discours déculpabilisants des sociologues et les raisonnements victimaires des «droits-de-l'hommistes» – Mrap et Ligue des droits de l'homme en tête –, ces gardiens du politiquement correct ont contribué à endormir la vigilance collective. Jusqu'à banaliser les propos antifrançais.
Tal como no tabaco, devia fazer-se um anúncio "o politicamente correcto pode fazer mal à saúde".
Le malaise social des habitants des banlieues est une chose. La haine contre les Blancs en est une autre, qui n'est pas excusable. C'est en assumant cette critique légitime, adressée à des personnes revendiquant leur impunité, que les médias combattront cette autre plaie du racisme. Elle s'infecte de ne pas être désignée par son nom. C'est ainsi également que les bons apôtres lutteront contre le Front national qu'ils consolident en lui offrant le monopole de l'indignation.
por Rui Oliveira @ 4/01/2005 11:57:00 da manhã
(via Biblioteca de Babel)
Caro LAC: desta não há destreza que te safe. Foste oficialmente incluído na "direita liberal,individualista, sem ideologia nem ética política". Não tarda nada estás a recomendar artigos da Ann Coulter. Parabéns!
por André Azevedo Alves @ 3/31/2005 11:22:00 da tarde
Schiavo dies as family and politicians wrangle onTerri Schiavo, the severely brain damaged woman at the centre of an acrimonious right-to-die controversy that even drew in the US president, died 13 days after her feeding tube was cut off.
por André Azevedo Alves @ 3/31/2005 11:12:00 da tarde
Em resposta ao repto lançado aos nossos leitores para darem a conhecer situações de servidão dos indivíduos ao Estado, a Elise, enviou-nos o seguinte e-mail:L. é uma criança de sete anos com dificuldades de aprendizagem.
Apesar de frequentar o 2º ano (2ª classe) numa escola pública, os seus níveis de leitura, escrita e cálculo matemático são muito pobres. Por indicação da professora, começa a frequentar uma psicóloga num Centro Cívico. As consultas são pagas pela Segurança Social (quando são pagas...). O diagnóstico é "arrastado" durante meses, e só quando uma nova psicóloga estagiária começa a trabalhar no Centro, é que L. é finalmente diagnosticado com dislexia. A psicóloga estagiária informa os pais sobre o que é a Dislexia, e quais são os direitos de uma criança com Necessidades Educativas Especiais. Convoca uma reunião com as professoras de L., a do ensino regular e a do ensino especial, mas a professora do ensino regular recusa qualquer tipo de cooperação. A professora do ensino especial realça as dificuldades de L. e a importância de um acompanhamento diário. Mas como dá apoio a várias escolas no concelho, só pode passar uma manhã por semana com L. A professora do ensino especial queixa-se inúmeras vezes da falta de meios e de recursos humanos no ensino especial.
A psicóloga estagiária inicia então um programa de reeducação pedagógica em parceria com a professora do ensino especial, e L. começa a recuperar. Perto do fim do ano lectivo, a professora do ensino regular afirma ao pai de L. que irá reprovar a criança, mesmo sabendo que está a ir contra a lei. Afirma que não tem medo da Direcção Regional de Educação do Norte.
Estejam à vontade para mais exemplos. A recepção de notificações para pagamento do IMI (antiga Contribuição Autárquica) por parte daqueles que requeram a sua isenção, é mais uma prova do abuso de poder por parte do Estado sobre cidadãos que pouca, ou nenhuma, defesa possuem.
por André Abrantes Amaral @ 3/31/2005 02:29:00 da tarde
Graças à superioridade tecnológica e científica do sistema soviético, o KGB previu com 25 anos de antecedência os efeitos da doença do Papa e, num impulso de misericórdia e amor ao próximo, tentou praticar eutanásia no Papa em 1981.
Eu sempre pensei que tinha sido o Bush !
P.S. Isto é deveras interessante:"Some of the same bioethicists who have been telling us how right and moral it is to dehydrate Terri Schiavo have also urged that people like Terri — that is, human non-persons — be harvested or otherwise used as mere instrumentalities. Bioethicist big-wig Tom Beauchamp of Georgetown University has suggested that “because many humans lack properties of personhood or are less than full persons, they…might be aggressively used as human research subjects or sources of organs.”
Such thinking is not fringe in bioethics, a field in which the idea of killing for organs is fast becoming mainstream. In 1997, several doctors writing for the International Forum for Transplant Ethics opined in The Lancet that people (like Terri) diagnosed as being in a persistent vegetative state should be redefined as dead for purposes of organ procurement"
por Joao @ 3/31/2005 02:28:00 da tarde
Editorial de Luciano Amaral no DN.Os socialistas agora no Governo de Portugal parecem ter como referência os feitos sociais e económicos da Escandinávia. Os países escandinavos representariam a concretização máxima do "Estado Social" europeu, o cume do sonho "social-democrata" da Europa do pós-guerra. Graças, para além disso, a um recente crescimento económico invejável, por lá existiria, portanto, crescimento sem o habitual receituário "neoliberal". Ou seja, ter-se-ia realizado o ideal ecuménico da riqueza com equidade.
###Isto corresponde, porém, largamente a um corpo de mitologia. O qual, tal como nas originais histórias mitológicas escandinavas, se pode subdividir em vários mitos mais pequenos. O primeiro é o de que os países escandinavos conhecem hoje um crescimento particularmente rápido. Na realidade, ele apenas brilha no contexto da Europa Ocidental, cujo ritmo geral é penoso. Se se destacam do panorama desolador da chamada "Europa continental", os países escandinavos permanecem casos pouco no-táveis quando comparados, por exemplo, com os anglo-saxónicos, particularmente a Irlanda e os EUA, mas também a Grã-Bretanha, a Austrália ou a Nova Zelândia. Sendo que muito deste crescimento constitui apenas uma recuperação da depressão por que pas- saram na primeira metade da década de 90. A Suécia e a Finlândia tiveram então a mais brusca quebra do rendimento per capita na Europa desde os anos 30, se exceptuarmos os antigos países socialistas.
O segundo mito é o de que o de-senvolvimento dos países escandinavos teria historicamente ocor-rido a partir dos anos 30, com a ascensão ao poder da social-democracia, a qual os teria retirado de uma triste e atávica miséria rural. A verdade, no entanto, é que a Escandinávia era já em princípios do século XX uma das regiões mais ricas do mundo, tendo aí chegado depois de um notável processo de crescimento na segunda metade do século XIX. Processo que nada deveu à social-democracia, mas a um enquadramento institucional liberal. Mesmo quando ascenderam ao poder nos anos 30, os partidos sociais-democratas preservaram grosso modo o quadro liberal anterior. Até à década de 50, os países escandinavos continuavam a ser um "oásis" de liberdade económica numa Europa cada vez mais estatizada. Foi apenas nos anos 60 e 70 que o quadro se inverteu. Só que nessa altura já eles tinham atingido o topo da tabela do desenvolvimento. Lugar de onde (se exceptuarmos a Dinamarca e a Noruega) foram caindo persistentemente até aos anos 90. A Suécia, por exemplo, era o quarto país mais rico do mundo em 1970, hoje é o 17.º, ao nível da Itália e não muito acima da Espanha.
Um terceiro mito é o de que a igualdade e o elevado bem-estar nos países escandinavos se devem à social-democracia. Na verdade, desde muito antes que a igualdade lá estava. Países pequenos (sendo o maior a Suécia, com uma população de oito milhões, o mais pequeno a Noruega com três, a Finlândia e a Dinamarca com cinco) e constituídos por populações étnica, social e religiosamente muito homogéneas (se exceptuarmos os aborígenes, que também ali sofreram o tratamento dos índios americanos), não precisaram da social-democracia para a atingir. E resta saber como serão capazes de integrar um número crescente de imigrantes islâmicos. Há bons sinais, mas uma onde recente de ataques a mesquitas aponta para tensões perigosas.
Um mito final é o de que eles continuam a ser sociais-democracias não reformadas. A verdade é que foram obrigadas a deixar de sê--lo, desde a tal crise dos anos 90. Privatizações sistemáticas, quebras substanciais da despesa pública e dos impostos, equilíbrio orçamental, aperto de critérios para a atribuição de subsídios de desempre-go, sistemas de segurança social parcialmente privatizados (Suécia) ou em vias de o serem (Dinamarca) ou em vias de o serem totalmente (Noruega), esquemas de vouchers (por aqui ainda vistos como um "horror neoliberal") para o ensino primário e secundário (Suécia), com possibilidade de extensão para o sistema de saúde, sistemas de saúde parcialmente privatizados, plena abertura ao investimento estrangeiro. Eis uma pequena lista das transformações por lá ocorridas. Se existe uma social-democracia não reformada, Portugal está muito mais próximo dela do que a Suécia.
E se algum crescimento moderado a Escandinávia tem conhecido, deve-o a estas reformas profundas. Convindo não esquecer que o seu crescimento está dependente de formas muitas vezes frágeis de inserção no mercado mundial a Noruega é um verdadeiro sultanato do petróleo sofisticado e sem wahabismo, a Finlândia é um país monoexportador, que vende telemóveis Nokia em vez de borracha ou bananas.
À falta de melhor, não seria mau que os socialistas no poder adoptassem este modelo, mas conscientes das suas mutações e fragilidades. Isto é, o verdadeiro modelo escandinavo. Que é muito diferen- te daquele que permanece vivo talvez apenas nas suas imaginações.
por Miguel Noronha @ 3/31/2005 10:58:00 da manhã
"Farmacêuticos admitem venda nos hiper na presença de técnico"
Esta medida vai limitar os locais de venda livre(?) de medicamentos às grandes superfícies que, pelo volume de vendas, são as únicas que podem suportar o custo acrescido de contratação do farmacêutico.
Mais emprego para os farmacêuticos, redução da potencial concorrência das farmácias e menor escolha para os consumidores...
por BrainstormZ @ 3/31/2005 10:50:00 da manhã
No Público, um artigo intitulado "Crescimento sólido do PIB dos EUA no final de 2004". "Sólido"? O jornalista esqueceu-se do crescimento exponencial da despesa pública e o consequente défice orçamental.
No Cato Institute, um vício político:The problem is spending, stupid.
Quando chegar a factura (recessão) já ninguém se vai lembrar da "solidez" da economia americana...
(...)
Over the last 30 years, there have been only two periods when the federal budget actually shrank.
por BrainstormZ @ 3/31/2005 10:31:00 da manhã
Um working paper do Boston Fed encontra provas empíricas que a rigidez no mercado de trabalho dificulta o processo de "destruição criativa" (através do qual se processa o crescimento económico sustentado), diminui a absorção dos "choques" (i.e., prolonga as recessões) e diminui o crescimento da produtividade.
Mais uma prova no caso contra o "Modelo Social Europeu".
(via New Economist)
por Miguel Noronha @ 3/31/2005 09:18:00 da manhã
A revista mais aguardada aparece finalmente nas bancas.
Chama-se "Atlântico" é dirigida por Helena Matos e conta com as colaborações de Luciano Amaral, Rui Ramos, Paulo Tunhas, Hugo Gonçalves, Vasco Rato, Joaquim Aguiar, Manuela Franco, João Marques de Almeida, Vítor Bento, António Araújo, Marcello Mathias, Manuel de Lucena e Alexandre Soares Silva.
ADENDA: A "Atlântico" é distribuida com o jornal Público.
por Miguel Noronha @ 3/31/2005 08:50:00 da manhã
O choque ideológico, por Rui Ramos, no muito reforçado Diário Económico.Antes das eleições, José Sócrates denunciou a "obsessão do défice" como uma "questão ideológica". Considerou-a mesmo a causa da "recessão". Para Sócrates, a governação passada esteve determinada por uma ideologia. Por isso, o plano de Sócrates, mais do que na tecnologia, assentou na ruptura ideológica: na recusa do "liberalismo" em nome da "igualdade" e "coesão social". Como é então possível que tanta gente insista em tratar Sócrates como alguém que não é "ideológico" e que "até podia ser de centro direita"? Talvez por causa da sobrevivência do mito marxista de que só é de esquerda quem subscreve o colectivismo de tipo soviético. Mas a maioria da esquerda ocidental preferiu sempre o socialismo sob a forma da socialização pelo Estado da riqueza criada por empresários individuais. Foi esse, durante décadas, o programa dos bem sucedidos socialistas escandinavos. É esse o programa de José Sócrates. Chama-se "socialismo". Preza mais a imposição da igualdade pelo Estado do que a busca da excelência pelos indivíduos. Permite iniciativas e negócios, mas nas condições do Big Brother. Há quem, não sendo socialista, não se importe. Mas não vale a pena tentar-se convencer de que não é socialismo.
por André Azevedo Alves @ 3/30/2005 10:24:00 da tarde
Finalmente, a inauguração:A Casa da Música vai ser inaugurada no dia 14 de Abril com concertos dos portugueses Clã e de Lou Reed, que abrem o festival de dez dias.
Muitos vão pagar sem lá por os pés para que outros (as elites) possam gastar menos nos bilhetes!
(...)
A sociedade Casa da Música deixou um passivo de cem milhões de euros, assumido pelo Estado. A fundação vai viver do seu capital inicial e de uma dotação anual do Estado de dez milhões de euros.
por BrainstormZ @ 3/30/2005 06:42:00 da tarde
No Público:Portugal é um dos quatro países europeus que registou uma descida no sector do turismo em 2004, na ordem dos 0,3 por cento, apesar da realização do Campeonato Europeu de Futebol, revela um estudo do Eurostat divulgado hoje em Bruxelas.
Para 2005 adivinha-se a redução de receitas das empresas tecnológicas portuguesas...
por BrainstormZ @ 3/30/2005 06:26:00 da tarde
A selecção portuguesa joga, neste momento, contra a selecção eslovaca (perde por 1-0). Sendo que estes jogos lideram as audiências haverá, certamente, interesse dos canais privados em os transmitir. Porque, então, têm os contribuintes de pagar por este "serviço público"?
por BrainstormZ @ 3/30/2005 06:16:00 da tarde
Do artigo linkado pelo AAA (meus destaques):De acordo com Arlindo Costa Leite, a "Vicaima utiliza madeiras importadas de abates legais e é uma empresa certificada em termos ambientais e de qualidade". O administrador da empresa sublinhou ainda que a Madeiporto, empresa do grupo dedicada à importação, "é importadora há 46 anos, pauta-se pela legalidade e está em processo de certificação FSC [que controla a origem das madeiras]".
"Existem informações"? Noutros tempos exigiam-se provas!!!
(...)
Segundo Domingos Patacho, da Quercus, existem informações de que o grupo Vicaima, a que está ligada a Madeiporto, opera com produtores que promovem o abate indiscriminado de árvores da Amazónia.
Este é, claramente, um problema de propriedade privada. Se os ambientalistas estão realmente preocupados com o abate ilegal, devem montar um fundo de investimento destinado à compra da floresta amazónica. Não são, afinal, os "pacifistas verdes" e os "quercuianos" que atribuem maior valor às árvores não abatidas???
por BrainstormZ @ 3/30/2005 05:27:00 da tarde
O Jaquinzinhos publica alguns gráficos retirados desta página que demonstram bem a correlação entre o peso do Estado, o crescimento económico e a criação de emprego. Aproveito a deixa para publicar mais alguns que me parecem igualmente elucidativos.
por Miguel Noronha @ 3/30/2005 04:59:00 da tarde
No seguimento da leitura deste post barnabaico de Luis Mah, acabei de constituir com um grupo de amigos o Blogging Stewardship Council (BSC - website em construção), um sistema credível de certificação para posts e produtos derivados reconhecido internacionalmente (pelos meus amigos noutros países) e que garante que a matéria-prima dos posts provém de fontes geridas segundo fortes critérios ambientais e sociais.
Lamento anunciar que a posta do Luis Mah não satisfaz os elevados critérios do BSC. Solicito-lhe assim que deixe de postar imediatamente. Se não o fizer, terei de enviar os meus colaboradores espanhóis e alemães para se acorrentarem à porta de casa dele.
Blogging Stewardship Council
Because silly posts matter
por André Azevedo Alves @ 3/30/2005 04:55:00 da tarde
Excerto do artigo de John Blundell no Business on Sunday1 Make taxes far simpler and scrap many of them (...)
2 Sell off the State's dormant assets (...)
3 Sell off the BBC and abolish the licence fee (...)
4 Secede from the European Union's monstrous Common Agricultural Policy (CAP) (...)
5 Reform the local authorities (...)
6 Town and country planning ought to be relaxed (...)
7 Oblige every strand of the social security system to be contracted out to friendly societies (...)
8 Abolish the minimum wage and compulsory retirement (...)
9 Relax migration rules (...)
10 (...) Declare a public holiday on Adam Smith's birthday, or possibly Margaret Thatcher's (...)
por Miguel Noronha @ 3/30/2005 04:09:00 da tarde
Eis o segredo do Arquitecto José António Saraiva. O "GERADOR DE EDITORIAIS DO «EXPRESSO" no THOMAZ vs CUNHAL.
por Miguel Noronha @ 3/30/2005 01:43:00 da tarde
Se Portugal fosse um Estado de Direito, estes "ambientalistas" sofreriam uma punição exemplar que desencorajasse idênticas "iniciativas" no futuro. Infelizmente, as minhas expectativas de que tal aconteça são pouco mais que nulas.
por André Azevedo Alves @ 3/30/2005 01:17:00 da tarde
Creio que vindo de José Mário Silva, a afirmação de que "o Vaticano age e manobra ao melhor estilo soviético", deve ser interpretada como um elogio à Santa Sé, eventualmente acompanhado de um pouco de nostalgia pelos bons velhos tempos...
por André Azevedo Alves @ 3/30/2005 01:11:00 da tarde
(via BdE)
Castro opts for steam power Pressure cookers and rice steamers, essential tools in Cuban kitchens, are the weapons in Fidel Castro's latest battle to reassert control over the nation's economy, while keeping the island's home cooks happy.
During an unusually optimistic 5-hour speech broadcast live on Tuesday night on state television, President Castro announced that 100,000 new pressure cookers would be distributed for sale at government-subsidised prices every month from April, underscoring his move toward greater political and economic centralism.
por André Azevedo Alves @ 3/30/2005 01:07:00 da tarde
Via Cafe Hayek, um empresário - cuja maioria dos seus trabalhadores tem idade superior a 60 anos - descreve quatro consequências do aumento do salário mínimo:
por BrainstormZ @ 3/30/2005 12:03:00 da tarde
A Grécia, para fazer face ao défice orçamental (6,1% em 2004), vai aumentar o IVA para 19%. Portugal - nesta estatística - está à "frente": já temos 19% de taxa IVA e, segundo Luís Campos e Cunha, novo Ministro das Finanças, o Défice para 2005 deve chegar aos 6%.
Aumentar impostos é a solução politicamente eficaz: dispersa por toda a população os custos das excessivas despesas públicas. Sem manifestações nas ruas...
por BrainstormZ @ 3/30/2005 11:49:00 da manhã
No Expresso.O Ministério da Agricultura emprega um funcionário por cada quatro agricultores. Luís Vieira, secretário de Estado da Agricultura e Pescas, reconhece que o número de funcionários é elevado mas diz que não está prevista qualquer redução. «Um dos combates do Governo é o da redução do desemprego, por isso não queremos nem podemos contribuir para o seu aumento», explica Vieira.
Leitura recomendada "O Monstro das Bolachas" originalmente publicado no Jaquinzinhos.
por Miguel Noronha @ 3/30/2005 10:48:00 da manhã
"Taxa Única (ou máxima) de Impostos" de Carlos Novais no blog da Causa Liberal.
por Miguel Noronha @ 3/30/2005 10:23:00 da manhã
Sugiro leitura deste 'post' do José Mário Silva sobre João Paulo II. Eu não me revejo em muitas das posições do Papa, mas há, no entanto, duas diferenças que julgo ser importante realçar e o José Mário esquece. A primeira é que o Papa nunca deteve um poder semelhante, sequer equivalente, ao de Estaline, Brejnev ou qualquer outro líder soviético. João Paulo II nunca teve acesso a armas nucleares, nunca colocou, nem depôs, líderes e regimes políticos. Não teve à sua mercê milhões de vidas miseráveis que dele dependessem para viver um pouco melhor. Ao contrário do melhor estilo soviético nunca obrigou, nem submeteu quem quer que seja. A segunda diferença está precisamente no facto que deu origem à crítica do José Mário. O Papa ainda exerce o seu pontificado e surge aos católicos tal qual se encontra: Fisicamente debilitado. E ao fazê-lo, demonstrou precisamente o contrário do melhor estilo soviético. O medo da morte, da debilitude, da humilhação pública e o fim do mito da imortalidade que, ao melhor estilo soviético, não se coaduna com a figura frágil que todos vimos no passado Domingo. Eu peço desculpa ao José Mário Silva, mas esquecer estas diferenças e equiparar dois exemplos tão opostos não mais é que um enorme equívoco.
por André Abrantes Amaral @ 3/30/2005 09:56:00 da manhã
(via Blasfémias)
Recomendo a leitura deste artigo de Carlos Loureiro no Primeiro de Janeiro.
por André Azevedo Alves @ 3/29/2005 08:42:00 da tarde
Excertos do documentário 60 Minutes, transmitido pela cadeia televisiva CBS em 13 de Março de 2005:Ken Lay says his name is synonymous with scandal — and for good reason. When his Houston-based energy company, Enron, collapsed in 2001, there had never been anything like it. Once the seventh-largest company in America, Enron was wiped out in what seemed like a matter of days. Employees were sent out on the street, and billions of dollars were gone. Now, Lay is under federal indictment, and his long-awaited trial is scheduled for January.
O novo relatório preliminar da Comissão Volcker foi hoje divulgado, em conferência de imprensa que pode ser acompanhada ao vivo na BBC. Excertos da notícia de ontem da CNN, sobre o teor geral das conclusões do relatório:
Lay faces a maximum statutory sentence for these charges of 175 years. How does he feel about having his name associated with scandal? “I don’t like it at all as you'd expect,” says Lay. “The last thing I would have ever expected to happen to me in my life would be that, in fact, I would be accused of doing something wrong and maybe even something criminal.”Lay admits there were criminals at Enron. But throughout the interview, he insisted he was a victim, not a villain. What responsibility does he take, as chief executive officer, for the failure of Enron? “I have to take responsibility for anything that happened within its businesses,” says Lay. “But I can't take responsibility for criminal conduct of somebody inside the company.”
“This is what I call the Elmer Fudd defense — that I went to work every day and was paid $6 million a year and had a Ph.D. in economics -- and somehow, despite all of this, I didn't know anything that was going on. It's laughable” says Bill Lerach, a lawyer who sued to stop document shredding by Enron’s accountants. Now, he’s leading an investor lawsuit against the company, its bankers, its accountants and Lay. “What was he doing every day in his office? Reading comic books? This man was the CEO of the company," says Lerach. “He had an obligation to be informed about what was going on in that business every day in every way. And he utterly failed to do it.”The committee's 70-page report, due out Tuesday, will find that Annan did not exert any influence on the $10 million annual contract awarded to a Swiss company that employed his son, Kojo. But the committee, led by former U.S. Federal Reserve Board chairman Paul Volcker, will fault Annan for management lapses and failing to correct bureaucratic flaws in an under-audited program that was exploited by former Iraqi dictator Saddam Hussein to extort billions of dollars from his chosen oil buyers and goods supplier.
Recapitulando:
The report will be "pretty difficult for the secretary-general," said someone familiar with the report. Annan critics have questioned whether he or other U.N. officials might have steered a major oil-for-food contract in 1998 to Cotecna, which employed his son. That contract called on Cotecna to authenticate shipments of food, medicine, and supplies into Iraq as part of the $64 billion humanitarian program -- the largest in U.N. history. Both Annans have steadfastly denied any favoritism in the deal, and the source said the report's emphasis is less on how Cotecna won the contract than on how it was implemented.
1. O CEO da Enron pode ser condenado a 175 anos de cadeia pela sua responsabilidade na falência da empresa, que provocou perdas de milhares de milhões de dólares. O acusado nega ter tido qualquer conhecimento de condutas sancionáveis penalmente por parte doutros elementos da empresa. O advogado responsável pela defesa dos accionistas acusa a Enron de destruir documentação incriminatória e ridiculariza a pretensão de inocência de Ken Lay, considerando que a alegação de desconhecimento deste é "hilariante" e que era a sua "elementar obrigação" saber o que se passava na empresa.
2. O programa Oil for Food permitiu a Saddam Hussein extorquir milhares de milhões de dólares, que foram desviados das utilizações consignadas no programa para as suas "finalidades electivas". No total, são mais de 21 milhares de milhões de dólares de receitas ilícitas. Kofi Annan nega qualquer conhecimento da gigantesca corrupção envolvida neste programa administrado pela ONU sem que tal seja, aparentemente, considerado "hilariante". Durante a conferência de imprensa, em resposta a questões de diversos jornalistas, Paul Volcker admitiu que uma série de documentos que poderiam conter informação relevante foram destruídos na altura em que o inquérito teve início:"It accused Annan's former chief of staff, Iqbal Riza, who retired in January, of giving the OK to shred three years of files on April 22, 2004 the day after the U.N. Security Council authorized the Volcker investigation. The files which Riza said were duplicates contained documents related to the oil-for-food program that were unavailable in the U.N. records file, the report said."
3. A empresa suíça Cotecna consegue um importante contrato no âmbito deste programa, que representa cerca de 10% da sua facturação total. O filho de Kofi Annan, Kojo, foi contratado por esta empresa em 1995 e continuou a receber pagamentos a título de remuneração de serviços e de reembolsos por "despesas efectuadas" até Fevereiro de 2004. No total recebeu cerca de 400 000 dólares da empresa suíça. Entre 1999 e 2004, Kojo Annan recebeu 2 500 dólares de salário mensal. Kofi Annan nega qualquer conhecimento das "ligações empresariais" do filho. O relatório da Comissão Volcker declara que não existem provas "suficientes" para acusar o Secretário-geral da ONU de corrupção e sugere que o filho de Kofi Annan não terá dito "a verdade" ao pai e à Comissão de inquérito acerca da natureza e extensão da sua relação com a empresa em questão. É "ponto assente" que Ken Lay "não podia" desconhecer o que se passava no seu grupo empresarial, mas parece ser pacífico que Kofi Annan desconheça por completo as actividades profissionais do seu filho durante 10 anos, ainda por cima quando estas podem estar na origem de conflitos de interesses.
Da comparação das duas situações cada um conclua o que quiser. A implicação política de toda a sequência de escândalos inadmissíveis em que a ONU se vê envolvida parece-me incontornável e já a explicitei em mais do que uma ocasião: a demissão de Kofi Annan é uma condição necessária para qualquer reforma que pretenda devolver um módico de credibilidade à ONU. Independentemente das agendas políticas dos diversos países com assento no Conselho de Segurança (e de outros que gostariam de ter).
por FCG @ 3/29/2005 07:28:00 da tarde
Meses atrás, cheguei tarde a casa e resolvi fazer um pouco de zapping. Parei o botão do controlo remoto num documentário do canal estatal britânico BBC (que podia muito bem ter sido financiado pelos privados Discovery ou National Geographic).
Neste documentário, pessoas com disfunções cerebrais mostravam aos investigadores como as imagens eram processadas (ou não) por diferentes partes do cérebro. Por exemplo, um paciente com prosopagnosia não consegue reconhecer qualquer face humana - tornando até os familiares mais próximos em perfeitos estranhos. A divisão do trabalho de processamento é, assim, uma forma extremamente eficiente do cérebro humano tratar rapidamente da enorme quantidade de informação visual captada pelos nossos olhos.
O ser humano evoluiu porque cada parte do seu cérebro se especializou numa determinada função. O mesmo acontece com a economia. A especialização trouxe-nos uma utilização eficiente dos recursos, produtividade e, consequentemente, uma vida melhor. Infelizmente, ainda existem alguns "neurocirurgiões" que experimentam controlar o funcionamento da economia...
por BrainstormZ @ 3/29/2005 07:09:00 da tarde
Este é o meu primeiro post n'O Insurgente. A convite do Comandante Miguel junto os meus neurónios liberais a bloggers que muito respeito.
O Insurgente já era, na sua recente história, uma importante fonte de inspiração do Tempestade Cerebral, que passa a centrar o seu posicionamento em assuntos de Gestão/Marketing. Continuo a postar sob o nome BrainstormZ, o qual convém explicar a sua origem:
De um termo amplamente conhecido na minha área profissional (Marketing), brainstorming."Brainstorming can be done either individually or in a group; in group brainstorming sessions, the participants are encouraged, and often expected, to share their ideas with one another as soon as they are generated. The key to brainstorming is not to interrupt the thought process. As ideas come to the mind, they are captured and stimulate the development of better ideas."
E do filme AntZ, onde a formiga Z procura exercer a sua individualidade quebrando com as regras de um sistema conformista e totalitário.
Espero que as ideias/opiniões aqui publicadas possam contribuir para a minha (e vossa) individualidade.
por BrainstormZ @ 3/29/2005 05:40:00 da tarde
O Diário Digital revela a existência de uma quinta sondagem que dá a vitória ao "Não" no referendo francês. Será publicada Quinta-Feira no Paris Match.
PS: de repente apeteceu-me ouvir Style Council...
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 05:21:00 da tarde
Debuto neste blog, com um tema que creio afligir todos os liberais: a Segurança Social deles (quando lá chegar o saco vai estar vazio); e com a entrevista de Fernando Ribeiro Mendes, ex-Secretário de Estado e professor do ISEG, no Semanário Económico, onde fica demonstrada a incapacidade de o estado se regenerar, não só a nível de funcionários como também, e principalmente, a nível de mentalidade. Conspiração Grisalha - Segurança Social, Competitividade e Gerações [...] Temos potencialmente empreendedores, mas falha-nos a formação desses empreendedores, as políticas públicas mais adequadas para favorecer o empreendedorismo e tudo isso se vai reflectir na produtividade. Portanto, a economia terá dificuldade em contribuir, nos próximos anos, para corrigir justamente esse défice de sustentabilidade do sistema de protecção social que temos, porque ele vive da economia.
[...]houve uma consciência objectiva de interesses de pessoas, que estando na posição de decisor, ou com influência sobre a decisão, quanto a eventuais reformas, eram elas próprias os principais beneficiários da não-Reforma. [...] pessoas que em 2000 tinham à volta dos 50 anos e que subscreveram um acordo a nível de todos os parceiros, quer patronais, quer sindicais, quer do governo, essas pessoas preocuparam-se em reconhecer que havia problemas de sustentabilidade que era preciso alterar o sistema de pensões, mas disseram alto: só depois de 2017. É só fazer as contas, a legislação é de 2002, portanto, são 15 anos certinhos para aqueles que estavam a iniciar a sua contagem final de contribuições para o cálculo da sua pensão de reforma, nos termos do regime vigente.
[...]
por AFerreira @ 3/29/2005 04:38:00 da tarde
"Today, March 29, 2005 marks the three year anniversary of the battle of Jenin. If there is one incident that summarizes ...the way the terror war is fought in the media, this is it...
...Relying on phony information produced by Palestinian sources and claiming that Israel had killed over 500 civilians, leveled a hospital, deliberately shot children, and executed prisoners, almost all the foreign press harshly criticized the Israeli action...the Evening Standard, called it a "massacre, and a cover-up of genocide."...
The truth was very different: At the end of the operation, fifty-two Palestinians lay dead, almost all of whom were armed...[The casualty figures are from the U.N. investigative report into what happened at Jenin. In the U.N. report, the number of armed combatants was twenty-six. Israel’s own investigation concluded that only three of the casualties were unarmed.] On the Israeli side, twenty-three soldiers had been killed by Palestinian terrorists..."
Natan Sharansky in The Case for Democracy
por Joao @ 3/29/2005 04:17:00 da tarde
O jornal Le Figaro publicou hoje uma sondagem que dá a vitória ao "Não". Esta é a quarta sondagem consecutiva a dar como provável a rejeição da Constituição Europeia pelos franceses.
O pânico apodera-se cada vez mais do Presidente Chirac que proibiu inclusivamente a TF2 de convidar Durão Barroso para uma entrevista para não prejudicar ainda mais a posição do "Sim". Em França a Comissão Europeia é tida como neo-liberal (!!) e, recordo, Chirac não nutre grande simpatia por Barroso.
Convém, no entanto, refrear as expectativas. Ainda falta muito tempo para a realização do referendo (29 de Maio) e não devemos menosprezar a campanha do "Sim". Uma vitória do "Não" em França seria, contudo, semelhante à recente goleada do Nacional da Madeira no Estádio do Dragão.
Nota: peço desculpa ao adeptos do FêcêPê mas andava mortinho para escrever esta num post...
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 03:57:00 da tarde
Artigo de Henry R. Nau, no International Herald Tribune de ontem (com os meus agradecimentos à Carolina Cordeiro, pelo envio do artigo):
Do Europeans understand President George W. Bush any better after his recent trip to Europe? They may. But they would be wrong to dismiss Bush's previous diplomacy as aberrant.###
Bush is unusual. He is a conservative internationalist. Europeans have heard of liberal internationalists, such as Bill Clinton. And they know about conservative nationalists such as Pat Buchanan or Ross Perot.
But they have probably never heard of conservative internationalists. Indeed they might think, as many liberal Americans do, that the term is an oxymoron.
Well, it's not. Conservative internationalists exist in the American diplomatic tradition, and Europeans - as well as liberal Americans - should recognize this school of diplomacy even if they disagree with it.
Bush draws on four features of conservative internationalism.
First he believes, like Thomas Jefferson, that freedom, not stability, is the essence of democracy. Jefferson wanted the tree of liberty to be watered periodically by the blood of patriots. Bush is not quite so sanguinary, but he mentioned freedom 27 times in his Inaugural Address and 21 times in his State of the Union address and stability not once. By contrast, Chancellor Gerhard Schröder of Germany mentioned stability eight times in his NATO address and freedom not once. Bush, like Jefferson, wants freedom to spread by commerce, not force. Both lowered defense expectations when they came into office. But then war came for both.
Second, Bush, like Andrew Jackson, reacts to war fiercely and unilaterally. As a general, Jackson invaded the Florida Territory in 1818 to squelch Indian attacks without authorization from President James Monroe or Congress. That's about as unilateral as it gets. After 9/11, Bush called the enemy evil and attacked him unilaterally without authorization from the United Nations. Unilateralism is not premeditated or mean-spirited; it's instinctive and self-protective.
Third, Bush, although an internationalist, is not Woodrow Wilson. He is not a strong believer in national administrations (of which Wilson was a student) or international institutions. He is very sceptical of the United Nations, where non democracies have veto power. His appointment of John Bolton as U.S. ambassador to the United Nations signals continued tough love for that institution. Even among democracies Bush is more comfortable with "coalitions of the willing" than decision-making by NATO committees. He prefers NATO à la carte. For Europeans, of course, that's NATO as a "tool kit" and unacceptable.
Fourth, Bush, like Ronald Reagan, is a selective internationalist, not an institutional one. He sees negotiations as episodic not continuous. He often shuns or delays negotiations, as Reagan did, in order to alter the balance of forces on the ground and improve his bargaining position.
Take the Middle East. Bush pulled back from Arab-Israeli negotiations before Sept. 11. He was not opposed to negotiations or in favor of doing nothing, as critics charged. He was instead unhappy with the setup for negotiations. Unlike Bill Clinton, he rejected Yasser Arafat as a negotiating partner, insisted on prior reforms of the Palestinian Authority, and backed Prime Minister Ariel Sharon's policy of building a wall to improve Israel's position on the ground against extremists. The invasion of Iraq eliminated one state that rejects Israel. Now elections in Iraq have emboldened moderates in Egypt and Lebanon. All these pieces were put into place before Arafat died, giving negotiations their best chance since Oslo.
Bush's approach to North Korea is similar. While delaying meaningful negotiations, the United States repositioned forces in South Korea (to make them less vulnerable to a North Korean attack) and created a new negotiating setup with the six-party talks. That setup gives the allies more leverage. Even if North Korea builds more nuclear weapons, what is Pyongyang going to do with them? As long as the other five parties stick together, the weapons serve only to isolate North Korea. Look how quickly North Korea rethought its decision this past month to flaunt its nuclear weapon capability and withdraw from the talks.
Now attention is focusing on Bush's diplomacy in Iran. There, too, he has played a patient hand - supporting European diplomacy but waiting until Tehran feels the heat. The better things go in Iraq and Afghanistan, the more heat Iran feels. Elections in Iraq clearly raised the temperature. Forces on the ground are moving in Bush's direction. And Bush is now playing his hand and backing the European strategy of incentives.
Europeans may not understand or agree with this conservative internationalist approach. But they should at least take it seriously. It is vintage American conservatism.
(Henry R. Nau is a professor at George Washington University’s Elliott School and author of ‘‘At Home Abroad: Identity and Power in American Foreign Policy.’’ He served in the Ford and Reagan administrations.)
por FCG @ 3/29/2005 03:02:00 da tarde
Artigo de António Ribeiro Ferreira no Diário de Notícias.O último Conselho Europeu vai por certo ficar na história da União Europeia. E os seus principais protagonistas, Chirac e Schroeder, o tristemente famoso eixo Paris-Berlim, serão, com certeza, lembrados num futuro próximo como os verdadeiros carrascos de uma Europa livre, moderna e capaz de responder positivamente aos desafios do século XXI.
Os senhores do eixo Paris-Berlim começaram por tentar iludir os cidadãos europeus com o enorme fracasso da famosa Agenda de Lisboa, que, entre outras falácias, falava num desenvolvimento económico comparável ao dos Estados Unidos em 2010. Ao contrário do prometido, nestes últimos cinco anos aconteceu exactamente o contrário. O fosso entre a Europa e os Estados Unidos aumentou e continuará a aumentar com as decisões catastróficas do Conselho Europeu, com ou sem os patéticos senhores Lisboa que os 25 Estados irão nomear com a habitual pompa e circunstância.
###Em primeiro lugar, a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento, imposta por Paris e Berlim e estupidamente saudada por alguns líderes europeus, entre os quais os portugueses Durão Barroso e José Sócrates. O laxismo das contas públicas e o descontrolo orçamental, agora com a benção de Bruxelas, servem apenas para esconder por mais algum tempo uma realidade dramática e sem retorno a falência total dos actuais modelos sociais, o fim inevitável dos Estados-Previdência, a derrocada total de uma Velha Europa que se recusa a encarar de frente a realidade e não tem coragem para rapidamente e em força abrir a porta às reformas indispensáveis e urgentes, muitas delas necessariamente dolorosas, na segurança social, na saúde, no trabalho e na administração pública.
Se a revisão do Pacto é má para todos os cidadãos europeus, será dramática para Portugal e irá atirar para o caixote do lixo os tímidos arremessos reformistas dos últimos anos. O programa plurianual de redução da despesa corrente, prometido pelo Governo socialista para Setembro, a um mês das eleições autárquicas, vai ser, sem dúvida alguma, a melhor prova da desgraça anunciada com esta criminosa revisão, melhor, liquidação do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Mas a Velha Europa enterrou-se ainda mais com o veto de Paris e Berlim à livre circulação de serviços. Chirac e Schoeder tremem com a Nova Europa, com o seu dinamismo político e económico. Agitam espantalhos, como o dumping social, para esconder a falência das suas políticas, dos seus projectos. A Velha Europa, caquética, não tem futuro. E no seu desespero atropela tudo, até a liberdade.
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 02:01:00 da tarde
O Instituto Bruno Leoni publicou um briefing paper sobre o supracitado caso.[I]n the case of Microsoft the Commission contrived a wholly new standard of compliance with antitrust regulations, requiring innovative companies to prove that the introduction of new features in their products is “indispensable” to compete in a particular market segment. If the Court of First Instance will uphold this principle, the precedent will have a significant impact on the European economy. Businesses in many markets, form car-making to aerospace, will be discouraged to introduce innovative features. This would lead to a severe competitiveness gap with goods produced abroad.
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 11:55:00 da manhã
João Paulo II não foi apenas o Papa polaco que contribuiu em muito para a derrocada do comunismo, foi também, logo após o derrube do muro de Berlim e da derrocada da URSS, o primeiro a chamar a atenção para a necessidade de não se acreditar nos totais benefícios do capitalismo, ou melhor, do capitalismo sem qualquer fundamento ético.
O Papa sempre afirmou que o amor ao próximo é algo que deve estar presente na nossa natureza humana. O mercado pode ser livre, as pessoas podem mudar de empregos, lutar para ganhar e viver melhor, mas nunca se devem esquecer aqueles que, devido aos infortúnios da vida, não conseguem mais que a pobreza. Concorde-se ou não, este ponto de vista está sempre presente na nossa sociedade.
Sempre existirão ricos e pobres, mas sempre deve existir a solidariedade para que todos, com trabalho digno, consigam dignificar a sua vida.
João Paulo II não foi apenas o mais progressista Papa de sempre no que diz respeito à aproximação da Igreja Católica com as outras religiões. Wojtyla rezou em mesquitas, em templos anglicanos, visitou o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Foi também um Papa que procurou um contacto sempre próximo com as pessoas comuns.
Sem dúvida que tem tido posições com as quais (e falo por mim) podemos discordar, tais como a moral sexual e a não ordenação de mulheres. Podemos inclusive discordar (como eu discordo), com a existência de o Estado do Vaticano (enquanto entidade jurídica, soberana e independente), mas é necessário ter em conta que um chefe de uma Igreja não existe para fazer tudo o que nós defendemos e seguir tudo o que pensamos.
Vem este ‘post’ na sequência da aparição do Papa, Domingo passado, no Vaticano. Muitos viram a sua debilidade. Todos assistiram à sua força. Como não é possível quantificar a fé católica, não posso dizer que já fui mais ou menos católico. Poderei, isso sim, confirmar que já aceitei melhor a estrutura da Igreja. Eu tenho dificuldades compreender e observar certas orientações da Igreja. No entanto, no Domingo de Páscoa, foi possível separar a Igreja, como estrutura, do homem que é João Paulo II.
Muitos defendem que o Papa, por estar velho e doente, deve renunciar. Eu pergunto se a velhice e a doença são razões para desistir. João Paulo II tem tido nestes últimos anos a possibilidade de demonstrar que, na velhice e na doença, também é possível ser-se útil. Nós temos a sorte de, devido a ele, ver confirmado isso mesmo.
por André Abrantes Amaral @ 3/29/2005 10:42:00 da manhã
Artigo de Patrick Minford no Daily Telegraph.The EU's idea of competition is that it is fine to compete with your own kind but not with foreigners who can produce things much more cheaply than you can, such as the Chinese, Koreans and Indians.
Hence great trouble has been taken to keep out cheap imports that could undercut European manufactures, with the result that prices for manufactures are kept well above world prices.
(...)[R]ecent studies have compared the ex-tax price of European goods at the factory gate in several EU countries with the lowest imported price available ex-tax and landed at border. The difference they have found is an average of about 40pc, with even higher protection of sensitive items such as cars, textiles and electrical goods, where rates can be as high as 100pc - for cars it is 69pc.
(...)
The CAP costs us between 0.3pc and 1pc of GDP in excess costs of UK production, payments to inefficient EU farmers, and the burden of high prices on our households.
The "common manufacturing policy" costs us about 3pc of GDP in similar costs; a lot more than raw food because it is so much bigger both as an industry and as an element in our household budgets. This is not chickenfeed: 3pc of GDP is some £30billion, almost half the cost of the NHS [o SNS britânico].
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 10:02:00 da manhã
No Cafe Hayek.Suppose you want to create jobs in your society. Does it seem logical that to create more jobs, you need to restrict the effort of the people who already have jobs? Well, sort of. If it currently takes 100 people to do a certain task, then cutting their work effort in half would then require 200 people to get the job done.
(...)
Doubts start to creep in when you wonder about whether the amount of work being done would stay constant if you had to pay twice as many people. And then there's the question of wages. Would they simply fall in half? After all, there are costs related to having another employee regardless of how much they work—record-keeping and maybe other fixed costs.
Maybe cutting work effort in half wouldn't double the demand for labor after all. Maybe it would reduce the demand for labor. For example, if you weren't allowed to cut wages in half, then legislation that cuts work effort in half would actually make workers less attractive. It would create an incentive to find different methods of production that use machines instead of labor.
por Miguel Noronha @ 3/29/2005 08:40:00 da manhã
Excerto do artigo de Francisco Sarsfield Cabral no DN.Por cá, parece ter agradado o "blá-blá-blá" sobre a defunta Agenda de Lisboa e, sobretudo, o fim (na prática) do Pacto de Estabilidade, pelo menos para os grandes países. Pacto que, aliás, já tinha morrido há três anos, quando a França e a Alemanha começaram a violá-lo sem consequências. Veremos qual será a contrapartida na subida dos juros.
A folga facilita a tarefa do Governo este ano, em que poderá exibir um défice de 6% ou mais sem receio de sanções. Entretanto, apresentará um programa para reduzir a despesa pública. Já aconteceu em Junho de 2001, com 50 medidas e tudo. Viu-se o resultado - a despesa continuou a crescer. Se foi assim quando existia pressão de Bruxelas, é preciso muito optimismo para acreditar que será diferente desta vez, com bem menos pressão.
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 05:03:00 da tarde
Pensava eu que o PREC estava morto e enterrado mas descubro que estava enganado! Afinal, nas empresas de comunicação social, o "controlo operário" ainda vive 30 anos depois através dos "Conselhos de Redacção".
A propósito da anunciada venda da Lusomundo a Joaquim Oliveira o AACS (um orgão já de si muitíssimo estranho) solicitou o parecer do CR do Diário de Notícias. Isto é, um orgão diverso do comprador e do vendedor (que presumo tenham já acordada a transacção) tem poderes para impedir a venda. Como parte do processo de averiguações solicita um parecer aos trabalhadores de uma das empresas do grupo a fim de saber se estes gostam ou não do novo patrão. Fantástico!
A resposta do CR do DN não deixa de ser igualmente espantosa.
Em primeiro lugar afirmam (e bem...) "Não cabe[r] nas [suas] competências (...) pronunciar-se sobre o accionista". Fazem algumas ressalvas à transacção. Dizem que o estatuto de santidade dos jornalistas não pode ser posto em causa. Referem ainda que no jornal são eles, e não os accionistas, que mandam. Para terminar com chave de ouro recusam liminarmente qualquer venda de património ("histórico") nomeadamente o edifício da sede (não vá o novo dono desterrá-los para os arredores de Lisboa).
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 03:49:00 da tarde
Escreve o Pedro Guedes: "No Eixo do Mal da SIC Notícias, o barnabé-mor afirma que ainda não se sabe se é desta que o assunto do aborto fica encerrado. Traduzido para a língua portuguesa: se o gajo ganhar fica encerrado; se a malta continuar a dizer que não, voltamos a votar a Junho de cada ano. Capisce?"
Exactamente. Uma excelente interpretação da utilização do mecanismo referendário pela extrema-esquerda: se o resultado num dado referendo for no sentido progressista, muito bem; se não for, inicia-se imediatamente nova campanha de propaganda para realizar novo referendo. Até que o Povo soberano, em liberdade, vote no único resultado aceitável para a extrema-esquerda. Assim se vê a força da democracia popular...
por André Azevedo Alves @ 3/28/2005 03:34:00 da tarde
Na próxima quinta-feira, dia 31 de Março, pelas 19 horas, na Biblioteca Municipal do Palácio Galveias, no Campo Pequeno, será lançado o segundo volume da obra Tradição e Revolução, de José Adelino Maltez, abrangendo este segundo volume o período que vai de 1910 a 2005, numa edição Tribuna da História. A apresentação do livro estará a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa. ###Neste segundo volume, abragendo os períodos da I República, do Estado Novo e da chamada III República, do abrilismo a Sócrates, há uma introdução onde se tenta uma caracterização do Portugal contemporâneo, ou a tradução em calão do jacobinismo concentracionário; um elenco dos erros sem tragédia na constituição a que chegámos, ou a procura das leis fundamentais; a teoria do revolucionarismo permanecente, ou a procura frustrada da Idade de Ouro; o elenco da guerra civil fria, ou as sociedades secretas e a questão político-religiosa; e um balanço do
compadrismo e da corrupção.
De resto, um império que já não há, uma língua que é futuro, dois regicídios, outros tantos magnicídios, três guerras civis, campanhas de ocupação e guerras coloniais em África, uma permanente guerra civil ideológica, três bandeiras, uma guerra mundial, seis constituições escritas, sete presidentes eleitos pelo povo, oito monarcas, a separação de nove Estados independentes e, muito domesticamente, quinze regimes, com duas monarquias e três repúblicas, sem que voltasse D. Sebastião, apesar dos heróis do mar e do nobre povo. Mais: oitenta eleições gerais, cento e vinte e tal governos, 13 233 dias de salazarquia, duzentas turbulências golpistas, cinco revoluções, outras tantas contra-revoluções, com restaurações, nostalgias, utopias e reviralhices. Oito dezenas e meia de chefes de governo, cerca de meio milhar de partidos e facções, várias congregações e outras tantas maçonarias, muitas fragmentações de um todo que resiste, com mais de cinco mil factos políticos seleccionados. E sempre a frustrada modernização de um Portugal Velho que quis ser reino unido e armilar, entre antigos regimes e jovens democracias. Graças à balança da Europa: desde El-rei Junot ao estado a que chegámos, com passagem por Évora-Monte, Gramido, Ultimatum, Grande Guerra, neutralidade colaborante, Vaticano, CIA, KGB e integração na CEE. Sobretudo, um povo sem rei nem lei e até sem sinais de nevoeiro.
por André Azevedo Alves @ 3/28/2005 03:15:00 da tarde
A cobertura da recente cimeira da UE na Tech Central Station.Winners
1. Jacques Chirac
JC got almost everything he wanted out of this week's summit. The Stability and Growth Pact has been reduced to just The Pact (no more Stability or Growth please, we're Europeans!), the Liberalization of Services Directive to just The Directive. The only minor setback was over selling arms to the world's largest dictatorship.
2. Gerhard Schröder
His finest hour came when the Council ratified the German-inspired proposal to dismantle the Stability and Growth Pact. The Berlin-based newspaper Die Zeit called it "A License to Borrow." More accurately would be to say that it's a license for all European governments to spend as much as they want on anything they like. No wonder Italian finance minister Domenico Siniscalco called it "an excellent European solution to a European problem." Make-believe budgets are the new norm. It's another great triumph for German fiscal rectitude - Weimar Style.
(...)
Losers
1. José Manuel Barroso
(...)Barroso hasn't been on the job long yet, but he's starting to sound like a real European leader: spineless, that is.
(...)
3. European taxpayers
The abolition (I'm sorry: reform) of the Stability and Growth Pact will prove a double whammy to Europe's taxpayers. First of all, the newly won freedom for governments to increase spending through deficit-financing means higher tax bills in the years to come. That's the way it works with increases in government spending: it's pay now or pay later - but pay you must. Taxpayers throughout Europe better prepare for tax increases in the medium term to pay for debt repayments and interest charges. In the short term, they will be hit by interest rate increases which will increase the costs of mortgages and personal loans. As one of the governors of the European Central Bank, Yves Mersch, explained, "A loosening of fiscal policy will inevitably have consequences for monetary policy." In plain English: as budget discipline goes out the window, interest rates will inevitable go up.
4. Illegal workers in Eurocrat households
Finally, spare a thought for what the Wall Street Journal called "The elephant in the room" at this week's summit, namely the army of illegal Eastern European workers currently employed by European civil servants as cleaners, carpenters and care-assistants. Until Belgium decides (or rather: is finally forced) to lift the restrictions on workers from the new member states living and working in Brussels, they will continue to live in fear of arrest and deportation. Their crime: providing a service at a competitive rate. Yes, it was another fine week in European summit history.
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 02:20:00 da tarde
A forma como a França de Chirac propôs, na última cimeira dos líderes da UE, o adiamento da discussão da proposta do comissário Bolkestein, para se liberalizarem os serviços no mercado comunitário, demonstra bem o seu posicionamento no projecto europeu. A França não encara a UE como um bem em si mesmo, mas como um meio de alcançar poder e influência. Nos corredores da política francesa não se ponderam, numa perspectiva europeia, as vantagens de certas decisões, mas pesam-se sempre os prós e contras para a França. O governo francês faz da Realpolitik a regra que define e determina o seu relacionamento com a Europa. A França não quer, nem nunca aceitará, um mercado único e livre que prejudique os seus interesses e pode estar a matar o projecto europeu.
por André Abrantes Amaral @ 3/28/2005 01:32:00 da tarde
Numa demonstração do seu "espírito humanista" Jacques Chirac propôs um "imposto internacional de solidariedade" para combater as epidemias em África.
Duvido da bondade das suas intenções. Chirac sabe que uma proposta deste género está condenada ao fracasso. É demagogia pura.
Se Chirac estivesse realmente apostado em acabar com a fome e a doença em África proporia o fim da Política Agricola Comum e a eliminação das barreiras alfandegárias da UE que proibem os países africanos de exportar a preços competitivos os seus produtos para a Europa.
Teria ainda assim de enfrentar uma grande vaga de contestação interna. Teria de explicar aos agricultores franceses (que são os maiores beneficiários da PAC) que daí para a frente deixaria de ter subsídios para produzir, para não produzir, para armazenar os seus excendentes, para exportar os seus excendentes, etc.
Nota: Segundo o DD esta proposta é também apoiada pela Espanha, Alemanha, Brasil e Chile. Não me admirava se o nosso PM e/ou o nosso PR (especialmente este) viessam dar o apoio português a esta medida.
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 12:33:00 da tarde
Todos os animais são iguais, mas alguns são mais
"Michael Lee Swails, 47, of Immokalee, was arrested Thursday in connection with the discovery of dead, dying or severely malnourished cows on his ranch last year."
"Late Saturday, the Florida Supreme Court dismissed a request from the parents' attorney to have their daughter's feeding tube reinserted, turning aside an emergency petition arguing that a Pinellas County judge ignored new evidence of Ms. Schiavo's wishes and her medical condition."iguais animais do que outros...
por Joao @ 3/28/2005 12:00:00 da tarde
The Times reporta a seguinte notícia sem qualquer relevância jornalística:"KOFI ANNAN, the United Nations secretary-general, is said to be struggling with depression and considering his future...
Mais um candidato à Câmara de Lisboa..."American congressional critics of the UN are already pressing him to resign over the mismanagement of the oil for food programme...
A tradução de 'mismanagement' pode ser roubo/colaboração com o regime saddamita/corrupção. Enfim, trapalhadas e mais trapalhadas. A/C do Jorge."...and even his supporters have been dismayed by the scandals on his watch, including the sexual abuse of children by UN peacekeepers in Congo.
Se os capacetes azuis da ONU se pudessem casar isto nunca teria acontecido...New scandals continue to erupt, however. One revelation last week was that the UN had agreed to pay legal fees for Benon Sevan, the disgraced head of the oil for food programme, out of the funds raised from the Iraqi oil sales."
O Bush e os imperialistas da Halliburton andam a roubar o petróleo ao povo-mártir do Iraque...gandas sacanas.
por Joao @ 3/28/2005 11:41:00 da manhã
No Bloguítica pergunta-se "quem beneficia" com a revisão do PEC. A resposta é simples: os políticos despesistas.
Nota: Conforme referiu João César das Neves esta revisão foi especialmente gravosa por incluir um interminável rol de (más) desculpas para justificar a despesa pública. Que o PM tenha anunciado estas medidas como uma "vitória" para Portugal é vergonhoso...
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 10:42:00 da manhã
O que deve fazer uma empresa atraiçoada pela recessão económica? Despedir funcionários ou deixar de pagar o IRC, IVA ou até mesmo os descontos dos seus empregados para a Segurança Social?
Qual a atitude eticamente mais correcta?
por André Abrantes Amaral @ 3/28/2005 10:19:00 da manhã
Termino hoje o meu interregno pascal. Após uma semana (involuntariamente) sem net tenho toneladas de mails, posts e artigos para ler. Vai demorar uns dias até recuperar o ritmo.
por Miguel Noronha @ 3/28/2005 09:52:00 da manhã
Antes que alguém levante a questão, declaro desde já que acho que John Bolton é the right man for the job (a saber, o de Embaixador dos EUA na ONU).
por André Azevedo Alves @ 3/27/2005 11:01:00 da tarde
Um novo livro de Thomas Sowell que promete dar que falar: Black Rednecks and White Liberals, and Other Cultural and Ethnic Issues.
Nos tempos mais próximos vou estar ocupado com outras leituras mas Black Rednecks and White Liberals vai directamente para o topo da lista de leituras a encetar assim que estejam concluídas outras obrigações.This explosive new book challenges many of the long-prevailing assumptions about blacks, about Jews, about Germans, about slavery, and about education. Plainly written, powerfully reasoned, and backed with a startling array of documented facts, Black Rednecks and White Liberals takes on not only the trendy intellectuals of our times but also such historic interpreters of American life as Alexis de Tocqueville and Frederick Law Olmsted.
In a series of long essays, this book presents an in-depth look at key beliefs behind many mistaken and dangerous actions, policies, and trends. It presents eye-opening insights into the historical development of the ghetto culture that is today wrongly seen as a unique black identity-- a culture cheered on toward self-destruction by white liberals who consider themselves "friends" of blacks. An essay titled "The Real History of Slavery" presents a jolting re-examination of that tragic institution and the narrow and distorted way it is too often seen today. The reasons for the venomous hatred of Jews, and of other groups like them in countries around the world, are explored in an essay that asks, "Are Jews Generic?" Misconceptions of German history in general, and of the Nazi era in particular, are also re-examined. So too are the inspiring achievements and painful tragedies of black education in the United States.
por André Azevedo Alves @ 3/27/2005 04:11:00 da tarde
LIBERALISMO E CATOLICISMO, por Rui A., no Blasfémias.
por André Azevedo Alves @ 3/27/2005 03:36:00 da tarde