Aprender a pescar
O rendimento social de inserção (RSI), transformação do rendimento mínimo garantido de Guterres, parece destinado a ajudar os portugueses em situação de pobreza (e fome).
Quem são os seus beneficiários? Via Portugal Diário: Os candidatos RSI são maioritariamente mulheres, com idades entre os 18 e os 30 anos e com habilitações não superiores ao 1º ciclo do ensino básico, um perfil semelhante ao dos utentes do RMG.
Estamos a falar de pessoas jovens, sem formação. Numa altura em que o choque tecnológico está na frente das políticas de expansão da economia e criação de emprego prometidas por Sócrates, verifica-se que os mais carenciados poderão não ter capacidades para poderem participar deste bravo novo mundo.
Os beneficiários do RMG são na sua maioria do sexo feminino, têm entre os 31 e os 45 anos e 55 por cento apenas possuem habilitações não superiores ao 1º ciclo do ensino básico.
Outra das questões tem a ver com vontade de melhorar a própria situação; de ambicionar melhores condições de vida. O mercado de trabalho para tarefas sem necessidade de recorrer a grandes conhecimentos académicos tem sido suprido por imigrantes. Nada de mal nisso. Apenas se revela que existe escassez de oferta de trabalho: não há nacionais quem estejam disponíveis a executar essas tarefas aos preços negociados com a procura (os empregadores). Muitos optam por permanecer fora do mercado de trabalho. A vontade de aceitar trabalhos menos bem remunerados, é esmorecida pela possibilidade de receber o RSI.
Portugal pode estar a criar um grupo enorme de dependentes, que por não terem a formação profissional e a vontade necessária, não estão a aprender a pescar e cuja sobrevivência depende do que é retirado ao cada vez mais repartido e reduzido pescado dos contribuintes.
por LA @ 4/13/2005 02:47:00 da tarde
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