A questão dos voos da CIA e de prisões utilizadas por esta agência americana no território de países membros da UE e de países candidatos é séria. Muito séria.
No Conselho, Jack Straw foi pressionado por outros MNEs para enviar uma carta ao Governo americano a pedir esclarecimentos. A carta poderá ainda não ter chegado, mas os EUA parecem ter já percebido que as preocupações são sérias (...)
De tudo isto resulta que o assunto é sério. Mesmo muito sério. E não está de modo nenhum encerrado. E, sobretudo, não deve ser menosprezado, como alguns parecem tender a fazê-lo em Portugal. [bold meu]
"In South America, most intellectuals are still prone to populist, nationalist and socialist ideas. We lost decades of progress due to those romantically rooted beliefs. Against all evidences, the intellectuals from this part of the world insist in their old-fashioned views that generate nothing but misery, poverty, hunger and crocodile tears. (...) As ideas have consequences, the political effects are clear: Hugo Chávez in Venezuela, Lula da Silva in Brazil, Nestor Kirchner in Argentina, Tabaré Vazquez in Uruguay and... maybe Michelle Bachelet in Chile and Evo Morales in Bolivia?"
Já agora, para quem esteja interessado em aplicações contemporâneas da abordagem austríaca a várias áreas (essencialmente no âmbito da economia mas também no que diz respeito às políticas públicas) recomendo uma obra editada precisamente este ano: Jürgen G. Backhaus (ed.), Modern Applications of Austrian Thought (Abingdon, Oxfordshire: Routledge. 2005).
Para além do carácter claro e conciso da maioria dos artigos (a qualidade varia, como é natural numa obra colectiva, mas o nível médio é bastante bom), assinala-se que dos 18 académicos envolvidos, 12 estão sediados na Europa, o que é digno de nota dado que nas últimas décadas a maioria dos autores associados à Escola Austríaca se encontra sediada nos EUA. O principal inconveniente é mesmo o preço para quem não tiver acesso a uma biblioteca devidamente fornecida.
Tendo-me deparado com este artigo enquanto preparava um texto sobre outro tema, não posso deixar de o recomendar a todos quantos gostam de comparar austríacos com marxistas. Como não gosto de ver fazer esse tipo de comparações sem qualquer fundamento (e parece que a imaginação não chega para mais a muito boa gente...), aqui fica uma proposta de leitura que julgo se poderá revelar útil:
On initial reflection, Marx's work on value and Hayek's work on order not only appear to be different projects, they seem to be grounded in different philosophical and methodological pespectives.
(...)
The similarities between Marx and Hayek in terms of philosophy and method, and of their central projects become partially obscured, and are thereby apt to be overlooked.
(...)
When these similarities are made visible, the way is open for a dialogue between Austrians and Marxists.
Steve Fleetwood, "Critical Realism" in Willem Keizer, Bert Tieben e Rudy van Zijp (eds.) Austrian Economics in Debate (Londres: Routledge. 1997) 127-150.
O que é que querem? Hoje estou p'ra'qui virado e encontrei isto.
Vítor Baía è stato votato miglior portiere dell'Europa. Stefano Tacconi, mitico ex-portiere della Juventus e della Nazionale, consegnerà a Vítor Baía, portiere del FC Porto, il prestigiosissimo Premio Saracinesca d’Oro. Il portiere portoghese non sa piu che fare con tanti trofei, ma forse l'ideale sarebbe metterlo sulle corna dall’allenatore Scolari e da tutti Anti-Baía bastardi.
"Um forte tremor de 6,4 graus na escala Richter atingiu nesta sexta-feira o norte do Japão. Não houve registro de vítimas nem danos materiais, mas o abalo foi suficientemente forte para fazer tremer os arranha-céus do centro de Tóquio."
Lord Smaug enfardou meia duzia. Dirão empate. Mentira. Melhor jogada: Golo anulado a Lizandro Lopez. Jogadores. (Infelizmente Carlos Martins saiu) Smaugers: Sir RICARDO QUARESMA!!! Lucho e Paulo Assunção Lizzards (she-males): Sa Pinto Best in the West: Lucilio Batista e bandeirinha (sim eu sei) do lado direito).
Bom jogo, muito bom aliàs. Acabou a primeira parte agorinha. Melhor jogada: A do fora de jogo de Deivid que daria o golo do LK, mérito inteirinho para Sa Pinto que começou tudo no meio campo; Jogadores. Lord Smaug: Quaresma (ja é um habito), Lucho e Paulo Assunção Lizzard K: Carlos Martins, Sa Pinto, Nani. Best in The West: Carlos Martins (grande jogo e por poucos pontos ganha a Quaresma)
As semelhanças da Europa nestes dias negros que se seguiram a Austerlitz com a Europa dos dias em que Hitler, já senhor de quase todo o continente, se tornou uma ameaça semelhante para o Reino Unido (e para países como Portugal) são evidentes. Das duas vezes, duas tiranias sanguinárias quiseram criar na Europa uma "ordem nova" que não era compatível com as independências e autonomias históricas. Das duas vezes Portugal teve a sorte de ser governado por estadistas que percebiam claramente que a sobrevivência da nossa autonomia era ameaçada pela hegemonia continental que se impunha na ponta das baionetas ou nas lagartas dos tanques e que, pesasse embora a necessária procura de não nos envolvermos directamente nas hostilidades, os nossos interesses estavam com os do Reino Unido (e, depois, da potência marítima que o substituiu, os Estados Unidos).
Era uma vez um pequeno reino do país das fadas cujo tesouro, como que por magia, encolhia, encolhia, encolhia.
O chanceler do Reino decidiu então enviar um pergaminho devidamente lacrado com o selo real obrigando a casa real a não efectuar quaisquer despesas no último mês do ano. Para garantir o cumprimento das suas ordens, o chanceler ameaçou os funcionários da casa real com a Inquisição.
Os súbditos do reino começaram a fazer contas ao oiro que iam deixar de receber pelas fazendas e vitualhas que tinham já enviado ao mordomo da corte mas, como era Natal, ninguém levou a mal.
E viveram felizes para sempre. Com o passar do tempo, todos se tornaram mais jovens e mais sábios.
Voters today are making mental calculations about costs and benefits. The politicians are, too. The voters look at the death toll. The politicians look at the opinion polls.
The death toll will rise. This is the central, unchallengeable fact of all wars. So, every politician who takes his country into a war had better have a long-term strategy to offset the inescapable political reality of the death toll.
(...)
The voting public thinks: "All those troops have died. We dare not lose. This would turn those deaths into a gigantic meaningless sacrifice."
This argument works to one side's advantage in every war. Before it finally ceases to be believed by the other side's supporters, it works until the public finally recognizes the meaning of the doctrine of sunk costs: the past is past. The past cannot be changed.
In economics, this principle of analysis applies to losses already sustained by an investor. The investor – emotionally unwilling to acknowledge the finality of his bad judgment – clings to the hope that he can "get even" by sticking with this bad investment. He stays the course. If it rises, he imagines, his decision to buy will be vindicated. This is all nonsense, says the economist. Had the investor waited to buy at today's lower price, he could have bought in cheaper. There is no escape from the economic fact of the loss.
(...)
It is exactly the same in every war for at least one side. The voters hang on to their belief that going to war was a good idea, that all those deaths were not in vain. But eventually they realize that more deaths cannot resurrect the dead troops. They know this in theory from the beginning, but they do not know it emotionally.
Eis que avançam os Controladores (um em cada ministério), essa figura que assegurará que os outros nomeados políticos irão respeitar o OE. No fundo, será alguém bastante íntegro e zeloso cumpridor das suas responsabilidades de vigilância. Será aquilo que todos os ministros, secretários de estado, sub-secretários, directores-gerais... que até hoje foram responsáveis pela gestão cuidadosa e responsável do dinheiro que os contribuintes entregam ao Estado, nunca conseguiram ser. No fundo, reconhece-se que os gestores da coisa pública (políticos eleitos ou gestores de carreira na Admnistração Pública), sujeitam as suas decisões a considerações outras que não a da melhor razoabilidade dentro do estimado pelo OE. Reconhece-se a tendência para satisfazer clientelas políticas ou de outra índole, para colocar interesses sectoriais à frente das limitações do financiamento fiscal. Como solução recorre-se à figura do Controlador Financeiro (comum na maior parte das empresas com maior dimensão ou nas multinacionais). Só que esta função, nos moldes em que se espera que funcione no Estado, só pode vir a ser cumprida por quem tenha uma omnisciência comprovada (como analisar atempadamente a informação financeira de cada ministério, instituto, directoria-geral?) e uma omnipotência demonstrável (como intervir com autoridade para assegurar alterações efectivas de comportamentos ou de decisões?). Creio bem que o processo de recrutamento e selecção deste "ser" servirá de prova aos que procuram demonstrar que em Portugal não há um estado laico...
Caro RAF, estou a ponderar seriamente não fazer mais links para o Blue Lounge enquanto não tiver notícias concretas no sentido de que outros escritos (de natureza não bloguística), menos imediatistas mas a meu ver bem mais importantes, estão a avançar.
Com um abraço amigo e fraternalmente austríaco, André
Jailed Palestinian uprising leader Marwan Barghouti and other younger activists swept Fatah primaries, signaling a change of generations that could make the corruption-tainted ruling party more attractive to voters in Jan. 25 parliament elections, according to preliminary results released Saturday.
(...)
Two fugitives from Fatah's violent offshoot, the Al Aqsa Martyrs' Brigades, also secured high positions. The Jenin winner, Jamal Abu Rob, who gave himself the nickname "Hitler," is wanted for killing several suspected informers with Israel. The Nablus candidate, Jamal Jumaa, is a leader of Al Aqsa in the West Bank's largest city.
Leitura recomenada: Entre a arrogância e o desalento, por Tiago Mendes. Cada vez me convenço mais de que os maiores trunfos de Cavaco Silva são mesmo Mário Soares e os seusapoiantes.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou ontem na SIC Notícias que a retirada dos crucifixos de todas as escolas, como recomenda um parecer de Menéres Pimentel de 1999, “não seria uma iniciativa sensata”, pois criaria “divisões”.
Cá estaremos para ver se o Ministério da Educação rejeitará mesmo, como decorre das afirmações da ministra, ser instrumentalizado por uma minoria radical de fanáticos anti-cristãos.
Um caso de inegável sucesso na rejeição da opressora civilização ocidental (ou do que ainda resta dela) e na plena compreensão e integração na cultura do Outro: Belgian Woman Identified As an Iraq Bomber
Authorities have identified a woman who carried out a suicide attack against a U.S. patrol in Iraq as a 38-year-old Belgian who had two marriages to radical Muslim men.
Muriel Degauque, who grew up near the industrial city of Charleroi, entered Iraq from Syria last month and detonated explosives strapped to her body in a failed attack against U.S. troops.
Her mother, Liliane Degauque, told Belgian TV networks that her daughter was "so nice" — but began to change when she married an Algerian man and turned to Islamic fundamentalism.
Christophobia" is a term used by some to describe an irrational fear or hatred of Christians, or Christianity in general...
"Christophobia" is part of a massive rewriting of a historical past, which includes the editing out of unruly realities that contradict the secularist interpretation of history.
Eu diria que é possível idenificar os factores 1, 2, 5, 6 e 7 em vários blogs da Lusosfera todos os dias da semana (excepto aos Domingos porque é o dia do Senhor).###
The first factor is the "20th century experience of the holocaust," as if the Shoah resulted from a Christian-based anti-Semitism.
Second is "the 1968 mindset" that many leaders of that generation took with them as they rose to important positions in government, the universities, and the media. These aging veterans of the spirit of '68 can echo the Ecrasez l'infame (Crush the infamous thing!) of Voltaire in the 18th century, the infamy being Christ and his Church.
Third among the components of Christophobia, and more particular to Europe, is "a psychological and ideological backlash to the Revolution of 1989 in Central and Eastern Europe; strangely enough, because the Revolution was largely fueled by Christians reacting against communism as the "embodiment" of secularism, psychological denial followed."
Fourth on the list...is "continuing resentment of the dominant role once played by Christian Democratic Parties in post-war Europe … in the creation of the Common Market, then the European Community and so forth."
...
The fifth point is "Europe's tendency to parse everything right/left — and then identify Christianity with the right, which is the party (as the left sees it) of xenophobia, racism, intolerance, bigotry, narrowness, nationalism, and everything else Europe must not be."
...Next Weigel lists resentment toward Pope John Paul II (now transferred to Benedict XVI) among both secularists and Catholic dissidents. The popes and the Church are accused of being pre-modern, but as Weigel sagely points out, "The alternative possibility — that John Paul II was a thoroughly modern man with an alternative, and perhaps more penetrating reading of modernity — simply cannot be entertained."
Seventh among the conditions conducive to Christophobia is that Europeans have been "fed by distorted teaching about European history that stresses the Enlightenment's roots of the democratic project to the virtual exclusion of democracy's historical cultural roots in the Christian soil of pre-Enlightenment Europe. Nothing new here. Since the "Whig" historians began propagating their view of the progress of human history flowing out of both the Reformation and the Enlightenment, mainstream historians have basically shrugged off the so called "Dark Ages" and Middle Ages as obscure wasted centuries full of Papist superstition and barbarian warfare.
For the eighth element in Christophobia, Weigel conveys Weiler's suggestion "that the aging children of 1968, now middle-aged and soon to be retired, are upset that, in some cases, their children have become Christian believers."...The proof of its accuracy will be the presence in 2030 of many Catholic lovers of Christ seriously influencing the culture of a newly reborn Europe.
"O ataque a um ônibus levou terror ao subúrbio do Rio na noite de terça-feira, deixando cinco passageiros mortos e 14 feridos. Uma menina de 1 ano e sua mãe morreram carbonizadas. (...) traficantes do Morro da Fé, na Penha, teriam ateado fogo no veículo em represaria (sic) à morte de um comparsa numa operação da PM [Polícia Militar] (...) o bando agrediu o motorista, jogou gasolina e uma bomba do tipo coquetel molotov no veículo, antes que os passageiros pudessem fugir. Ainda de acordo com o relato de testemunhas, pessoas desesperadas saíram pelas janelas com os corpos em chamas."
"Homens homossexuais presos durante uma festa nos Emirados Árabes Unidos serão submetidos a uma terapia hormonal" (...) 'Eles receberão tratamento psicológico e médico. Para alguns, serão ministrados hormônios masculinos porque atualmente tomam hormônios femininos', disse Sayar [coronel Najm al-Sayar]. 'Esse tipo de comportamento é imoral na nossa sociedade, então temos que tratar do assunto.'"
"A GOVERNMENT agency is launching an inquiry into doctors’ reports that up to 50 babies a year are born alive after botched National Health Service abortions. The investigation...comes amid growing unease among clinicians over a legal ambiguity that could see them being charged with infanticide... “If a baby is born alive following a failed abortion and then dies (because of lack of care), you could potentially be charged with murder,”...
...guidelines say that babies aborted after more than 21 weeks and six days of gestation should have their hearts stopped by an injection of potassium chloride before being delivered... For the abortion of younger foetuses, labour is induced by drugs in the expectation that the infant will not survive the birth process...
In practice...a number do survive. “They can be born breathing and crying at 19 weeks’ gestation,”... “I am not anti-abortion, but as far as I am concerned this is sub-standard medicine.” ...Paul Clarke, a neonatal intensive care specialist in Norwich, has treated a boy born at 24 weeks after three failed abortion attempts. The mother decided to keep the child, who is now two years old but is suffering what doctors call “significant ongoing medical problems”.
...The issue will be highlighted by Gianna Jessen, 28, who survived an attempt to abort her... “If abortion is about women’s rights, then what were my rights?” she asked.
"A GOVERNMENT agency is launching an inquiry into doctors’ reports that up to 50 babies a year are born alive after botched National Health Service abortions. The investigation, by the Confidential Enquiry into Maternal and Child Health (CEMACH), comes amid growing unease among clinicians over a legal ambiguity that could see them being charged with infanticide.
The Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, which regulates methods of abortion, has also mounted its own investigation.
Its guidelines say that babies aborted after more than 21 weeks and six days of gestation should have their hearts stopped by an injection of potassium chloride before being delivered. In practice, few doctors are willing or able to perform the delicate procedure.
For the abortion of younger foetuses, labour is induced by drugs in the expectation that the infant will not survive the birth process. Guidelines say that doctors should ensure that the drugs they use prevent such babies being alive at birth.
In practice, according to Stuart Campbell, former professor of obstetrics and gynaecology at St George’s hospital, London, a number do survive.
“They can be born breathing and crying at 19 weeks’ gestation,” he said. “I am not anti-abortion, but as far as I am concerned this is sub-standard medicine.”
The number of terminations carried out in the 18th week of pregnancy or later has risen from 5,166 in 1994 to 7,432 last year. Prenatal diagnosis for conditions such as Down’s syndrome is increasing and foetuses with the condition are routinely aborted, even though many might be capable of leading fulfilling lives. In the past decade, doctors’ skill in saving the lives of premature babies has improved radically: at least 70%-80% of babies in their 23rd or 24th week of gestation now survive long-term.
Abortion on demand is allowed in Britain up to 24 weeks — more than halfway through a normal pregnancy and the highest legal limit for such terminations in Europe. France and Germany permit “social” abortions only up to the 10th and 12th weeks respectively.
Doctors are increasingly uneasy about aborting babies who could be born alive. “If viability is the basis on which they set the 24-week limit for abortion, then the simplest answer is to change the law and reduce the upper limit to 18 weeks,” said Campbell, who last year published a book showing images of foetuses’ facial expressions and “walking” movements taken with a form of 3-D ultrasound.
The Department of Health was alerted three months ago to the issue of babies surviving failed terminations. In August clinicians in Manchester published an analysis of 31 such babies born in northwest England between 1996 and 2001.
“If a baby is born alive following a failed abortion and then dies (because of lack of care), you could potentially be charged with murder,” said Shantala Vadeyar, a consultant obstetrician at South Manchester University Hospitals NHS Trust, who led the study.
A systematic investigation of data collected through the CEMACH indicated that there are at least 50 cases a year nationwide in which babies survive abortion attempts.
“First sight of our data suggests this is happening,” said Shona Golightly, the agency’s research director. She said official confirmation of the figures would be available next year.
It is not known how many babies who survive attempted abortions go on to live into adulthood.
Paul Clarke, a neonatal intensive care specialist in Norwich, has treated a boy born at 24 weeks after three failed abortion attempts. The mother decided to keep the child, who is now two years old but is suffering what doctors call “significant ongoing medical problems”.
“The survival of this child was not recorded in any official statistics,” Clarke said. “There is nothing at the moment to force abortion practitioners to account for their failures.”
The issue will be highlighted by Gianna Jessen, 28, who survived an attempt to abort her. She is to speak at a parliamentary meeting on December 6 organised by the Alive and Kicking campaign, which is lobbying for a reduction of the abortion limit to 18 weeks.
Jessen, a musician from Nashville, Tennessee, was left with cerebral palsy but is to run in the London marathon next April to raise funds for fellow sufferers.
“If abortion is about women’s rights, then what were my rights?” she asked.
“If people are going to talk about abortion, then it’s important for them to know that these are babies that can be born alive and survive.”
...pois claro,numa cronica apropriadamente intitulada Random Thoughts.
(...)We are so much more rational about sports than we are about politics. No one considers it "unfair" that Tiger Woods does so much better than the average golfer, or resents him for it, or accuses him of "gouging" when he collects big bucks. (...) British Prime Minister Margaret Thatcher gave the best definition of "consensus": Lack of leadership. (...) Since neither the creationists nor the evolutionists were there when the world began, why are our schools teaching either set of beliefs, when there are so many hard facts that the schools are failing to teach?
O Townhall é um site mais conservador que Liberal, mas tanto Sowell como Walter E Williams (dois economistas negros) escrevem também no Atlasphere(registo necessario), inspirado em Atlas Shrugged de Ayn Rand. Donde se prova...o quê? Nada provavelmente. So que Sowell escreveu varios livros optimos para leigos em Economia como eu, e destacaria Basic Economics – A Citizen’s Guide to the Economy, Applied Economics – Thinking Beyond Stage One e The Vision of the Anointed. Outro colunista que vale a pena ler é o Ben Shapiro, uma boa imitação do nosso Bruno Alves.
Se dúvidas houvesse, são os próprios membros do Diário Ateísta a confirmar que, mais do que ateístas, são anti-cristãos. Ou isso ou a ignorância é ainda maior do que a que se pode constatar na maioria dos restantes posts.
Para aqueles que vivem na ilusão que Cavaco Silva é um liberal fica aqui o desmentido.
Cavaco Silva defende, sem margem para dúvidas, o nacionalismo económico e o intervencionismo estatal. Considera que "são poucas as empresas ainda no sector público passíveis de serem privatizadas". Ainda que estas "poucas" controlem, por inteiro, determinados mercados.
É certo que a sua intevenção sobre o tema não foi tão desastrada como de Mário Soares (que se pode dizer - foi ridícula). Vem recordar, contudo, umas das piores facetas dos seus mandatos como Primeiro-Ministro.
Convém, mais uma vez, recordar que infelizmente as ideias dos restantes candidatos são bastantes piores.
O patrocínio da Liga Portuguesa de Futebol pelo site betandwin torna-se, cada vez mais, uma verdadeira ameaça ao monopolista estatal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Para a Santa Casa, o real problema não é a publicidade mas, sim, a informação que é transmitida aos portugueses: existe uma empresa concorrente que, relativamente a apostas, tem um melhor produto.
Vejamos o exemplo do próximo derby de futebol: Porto vs Sporting.
Na Santa Casa, através do Totobola, apenas podemos apostar em três possíveis resultados (vitória, empate ou derrota). No entanto, mesmo que o apostador acerte no seu palpite, a obtenção de prémio está dependente de doze outros jogos.
No betandwin o potencial ganho depende apenas do resultado do jogo. E, além disso, podemos optar por diferentes alternativas de aposta: vencedor, resultado ou golos na primeira parte, quem marca primeiro, etc.
Ainda mais importante, todos - mesmo os não apostadores - têm acesso a mais informação (ao contrário dos jogos da Santa Casa). Por exemplo, consultando o betandwin ficamos a saber que, neste momento, os apostadores dão vantagem ao Porto como vencedor do derby e marcador do primeiro golo.
Ora, tal informação é relevante até para quem aposta exclusivamente no Totobola. Em vez da recolha de dados sobre as 26 diferentes equipas constantes daquele boletim de apostas, é mais eficaz obter, para cada jogo, as probabilidades atribuídas por outros apostadores.
Acesso a informação. Esta é uma das vantagens dos mercados de futuros. Mesmo quando se trata de vulgares jogos de futebol...
Faz exactamente hoje 70 anos que morreu Fernando Pessoa numa cama do Hospital de S. Luís dos Franceses em Lisboa.
Nascido a 13 de Junho de 1888, também em Lisboa, Pessoa foi, para mim, o maior poeta português do século XX, embora possa haver quem discorde desta opinião, por exemplo, ouvi uma vez Álvaro Cunhal, em entrevista, a dizer que nunca tinha gostado muito da poesia de Pessoa (o que também acho natural, basta ver a concepção de arte de Cunhal e as suas discusões sobre isso com José Régio na Seara Nova em 1939). Não posso dizer que foi o maior poeta mundial do séc. XX porque, pura e simplesmente, me faltam conhecimentos para isso. Mas, no que respeita a Portugal não tenho dúvidas, apesar dos muitos e excelentes poetas do séc. XX e, do resto do mundo, também, daqueles que conheço, poucos se podem comparar a ele. E, hélas, Pessoa também não recebeu o Prémio Nobel (mas aí está em boa companhia).
Fernando Pessoa, apesar de pouco ter publicado em vida (mais propriamente, de pouco ter publicado em livro), tinha uma confiança absoluta no seu valor e na validade da sua obra, que mereceria até o sacrifício da sua vida sentimental. ### Em 1912, ele escreveu uma série de artigos, na revista "A Águia", órgão do movimento Renascença Portuguesa, sobre a nova poesia portuguesa que estaria, segundo ele, então a despontar. Depois de comparar, segundo ele, os períodos dourados das literaturas inglesa (o isabelino até à queda de Cromwell) e francesa (da Revolução francesa até à Comuna de Paris), Pessoa chega à conclusão que a poesia portuguesa da época está mais ao menos na mesma situação que permitiria um período dourado:
A analogia é absoluta. Temos, primeiro, a nota principal da completa nacionalidade e novidade do movimento. Temos, depois, o caso de se tratar de uma corrente literária contendo poetas de indiscutível valor. E note-se - para o caso de se argumentar que nenhum Shakespeare nem Vítor Hugo apareceu ainda na corrente literária portuguesa - que esta corrente vai ainda no princípio do seu princípio, gradualmente, porém, tornando-se mais firme, mais nítida, mais complexa. E isto leva a crer que deve estar para muito breve o inevitável aparecimento do poeta ou poetas supremos, desta corrente, e da nossa terra, porque fatalmente o Grande Poeta, que este movimento gerará, deslocará para segundo plano a figura, até agora primacial, de Camões. Quem sabe se não estará para um futuro muito próximo a ruidosa confirmação deste deduzidíssimo asserto? [...] Pode objectar-se, além de muita coisa desdenhável num artigo que tem de não ser longo, que o actual momento político não parece de ordem a gerar génios poéticos supremos, de reles e mesquinho que é. Mas é precisamente por isso que mais concluível se nos afigura o próximo aparecer de um supra-Camões na nossa terra. [...] Porque a corrente literária, como vimos, precede sempre a corrente social nas épocas sublimes de uma nação. Que admira que não vejamos sinal de renascença na vida pública, se a analogia nos manda que vejamos apenas uma, duas ou três gerações depois do auge da corrente literária?
É óbvio que Pessoa não afirma que seria ele o "supra-Camões", mas, a posteriori, quase que podemos dizer que estava a desenhar um fato à sua medida. Interessante é também a parte final deste conjunto de artigos:
Tirem-se, rapidamente, as tónicas conclusões finais. São três. A primeira é que para Portugal se prepara um ressurgimento assombroso, um período de criação literária e social como poucos o mundo tem tido. Durante o nosso raciocínio deve o leitor ter reparado que a analogia do nosso período é mais com o grande período inglês do que com o francês. Tudo indica, portanto, que o nosso será, como aquele, maximamente criador. Paralelamente se conclui o breve aparecimento na nossa terra do tal supra-Camões. Supra-Camões? A frase é humilde e acanhada. A analogia impõe mais- Diga-se «de um Shakespeare» e dê-se por testemunha o raciocínio, já que não é citável o futuro. A segunda conclusão é que, tendo o movimento literário português nascido e acompanhado o movimento republicano, é dentro do republicanismo, e pelo republicanismo, que está, e será, o glorioso futuro deduzido. São duas faces do mesmo fenómeno criador. Fixemos isto: ser monárquico é, hoje, em Portugal, ser traidor à alma nacional e ao futuro da Pátria Portuguesa. A terceira conclusão é que o republicanismo que fará a glória da nossa terra e por quem novos elementos civilizacionais serão criados, não é o actual, desnacionalizado, idiota e corrupto, do tripartido republicano. De modo que é bom fixar isto, também: que ser monárquico é ser traidor à alma nacional, ser correligionário do Sr. Afonso Costa, do Sr. Brito Camacho , ou do Sr. António José de Almeida, assim como de vária horrorosa subgente sindicalista, socialista e outras coisas, representa paralela e equivalente traição. O espírito de tudo isso é absolutamente contrário do espírito da nova corrente literária. Tudo ali é improtado do estrangeiro, tudo é sem elevação nem grandeza, popular com o que há de mais Mouraria na popularidade. Para nada de morte lhes faltar, nem antitradicionais são: herdaram cuidadosamente os métodos de despotismo, de corrupção e de mentira que a monarquia tão como seus amou. [...]
Fernando Pessoa nunca gostou particularmente da 1.ª República nem dos seus principais protagonistas. O futuro glorioso de Portugal prognosticado por Pessoa ainda não aconteceu, mas o brilho da obra que produziu, esse ninguém o pode tirar.
Post scriptum: As citações do artigo de Pessoa publicado in A Águia, foram retiradas do livro de António Quadros, Textos de Intervenção Social e Cultural - A Ficção dos heterónimos, Europa-América.
"longe de ser a vitória de um Estado neutro em matéria religiosa e de uma igualdade de situação entre as confissões, a famosa "laicidade" triunfante em 1911 (na sequência da mudança de regime em 1910) foi a imposição da "religião cívica" do partido republicano ao conjunto da sociedade, com um controlo político e administrativo sobre as restantes realidades (sobretudo a numericamente mais relevante, a Igreja Católica) muito mais pesado e intenso do que durante a monarquia constitucional foi alguma vez imposto a qualquer confissão, tanto a "oficial" (por sinal, bastante vigiada pelo poder civil a coberto da tradição regalista) quanto as "outras".
P.S. Afinal, quem é que conservador e reaccionário?
A retirada dos crucifixos nas escolas públicas tem dado ‘pano para mangas’ na blogosfera. De um lado, quem considera a sua existência um ultraje à liberdade religiosa, do outro os que entendem a sua proibição um ataque à Igreja. No meio de tudo isto, muitos concluem não passarem os liberais, que defendem a manutenção dos ditos crucifixos, de uns míseros conservadores do antigamente.
Não era, no entanto aqui que gostaria de colocar o debate. A questão é: Qual o mal dos crucifixos? O que há de errado com os símbolos religiosos? No início deste mês de Novembro, Timothy Garton Ash (e é Timothy Garton Ash...) chamava a atenção da importância dos símbolos (entre os quais os religiosos) para a recuperação da Europa. As pessoas precisam de recordações, de algo que as oriente e lhes dê alento. E são precisamente essas pessoas que ficaram fora da discussão. O Ministério da Educação descobriu existirem escolas no norte do país com crucifixos nas salas de aula, mas nem lhe passou pela cabeça que talvez ainda assim seja, porque os pais dos alunos ainda assim o desejam. Se as escolas querem ter crucifixos, tenham-nos. Se não querem, não os possuam. Os pais que decidam onde colocar os filhos a estudar. A liberdade está aqui. Na livre escolha de cada um. Não está na decisão unilateral e centralizada de um homem que, sentado num gabinete em Lisboa julga, sozinho, saber o que é melhor para todos, regulando tudo pela mesma bitola. A dele. A batalha da liberdade consiste nisto: Em convencer os governos que sabemos mais da nossa vida que eles. Por esta razão, e ao contrário de alguns comentadores deste blogue, considero importante este assunto dos crucifixos nas escolas. Tal como julgo ter o André Azevedo Alves batido no ponto quando concluiu ser imprescindível encontrar alternativas de liberdade à escola pública. Liberdade religiosa não é laicidade. Liberdade religiosa é cada um ter espaço para seguir como entender a sua religião.
A percentagem de casamentos civis sem cerimónia religiosa em 2001 foi de 37.5%, um nítido progresso relativamente a 2000 (35.2%), e que mais que duplica a percentagem de 1973 (17.8%).
Pergunto eu: porque razão é que numa República Laica é um progresso a diminuição da percentagem de casamentos religiosos ? Esta é uma estranha noção de neutralidade.
E porque razão é que na lista de links que se encontram na página da associação só se encontram associação ateístas, humanistas/livre pensadoras e cépticas/racionalistas ? Afinal, o manifesto fundador afirma que o movimento república e laicidade deverá dar voz aqueles que concordam com os objectivos da associação "independentemente de se identificarem ou não com qualquer confissão religiosa".###
Aguardam-se também os estudos sobre o sofrimento psicológico dos alunos cristãos resultante da retirada das crucifixos das escolas. Não estará o estado a tentar transmitir de forma pouco subtil uma determinada mensagem e a impor uma determinada doutrina às criancinhas?
Em simultâneo, podiam ser publicados os estudos sobre os efeitos psicológicos nefastos da presença dos crucifixos nas aulas e, em anexo, a extensa lista de queixas apresentadas nas últimas décadas por alunos e pais sobre esta matéria.
E que mal é que faz estarem os crucifixos nas paredes? Se Deus não existe, se não possível conhecê-lo ou se Cristo não é Deus, tando faz lá estar o Crucifixo como não estar. É um adereço, uma decoração de parede, um cabide. Ou será que ateus, agnósticos e membros das outras religiões têm dúvidas ? Pelo contrário, para os alunos cristãos, que ainda vão sendo muitos, o crucifixo recorda-lhes a presença de Deus, a Paixão de Cristo, a Redenção, o amor que Deus tem pelas suas criaturas, recorda-lhes que não há maior amor do que dar a vida pelos amigos, recorda-lhes o Céu. Enfim, mal não fará...
P.S. Para saber o que é a realmente a separação entre o Estado e a Igreja, leia-se este post:
- É não identificar a lei religiosa com a civil. A existência de crucifixos nas escolas é uma forma de identificar a lei religiosa com a lei civil ? Não é.
- É pretender que o Estado não se intrometa, não exija ou não impeça os actos especificamente religiosos (profissão da fé, prática dos actos de culto e dos sacramentos, doutrinas teológicas, comunicação recíproca entre as autoridades religiosas e os fiéis, etc.), a menos que a ordem pública assim o exija. A existência de crucifixos nas escolas é uma forma exigir a prática de actos espeficificamente religiosos ? Não é.
- É pretender que o reconhecimento dos direitos civis e políticos e a realização de serviços públicos não esteja condicionada a convicções ou prestações de natureza religiosa da parte dos cidadãos. A existência de crucifixos nas escolas nega algum direito civil ou político ou a prestação de algum serviço público? Não.
O site da revista brasileira Primeira Leitura está com o seguinte aviso:
O texto do aviso diz: "Sites e blogs tidos como de oposição ou críticos ao governo Lula estão sob o ataque de hackers. Não vamos citar os nomes para não dar publicidade ao trabalho dos terroristas. Os internautas fiquem atentos. Eis a democracia deles. Se não podem vencer pelo argumento, querem vencer pelo terror."
É típico. Apelam para a força e para a ignorância quando não têm argumentos contra as idéias livres e o peso dos fatos. É triste que o cerceamento da liberdade tenha chegado a tal ponto no Brasil.
Os autores vão ter de atualizar as estatísticas na próxima edição do "Livro Negro do Comunismo"...
"A noted expert in calculating the number of deaths caused by authoritarian regimes says the late Chinese communist leader Mao Tse-tung's policies and actions led to the deaths of nearly 77 million of his countrymen, surpassing those killed by Nazi Party founder Adolf Hitler and Soviet Premier Josef Stalin."
Apesar de, como seria de esperar, não concordar com parte substancial do que consta do post A cultura contra a política de Rui Pena Pires, lamento que o seu conteúdo não seja subscrito por uma parte substancial da esquerda. É que contra o obscurantismo e niilismo da extrema esquerda pós-moderna todos os aliados são poucos...
O discurso multiculturalista é apenas uma das manifestações de um movimento mais geral de culturalização da política que culmina na tentativa de despolitização das escolhas sociais.
(...)
Toda esta argumentação tem um pequeno problema. É que o individualismo e a democracia liberal, enquanto modelos de referência, só são ocidentais porque, no Ocidente, venceram o combate às tradições anti-individualistas e iliberais. No limite, as tradições referidas por Malaquias são, enquanto tradições, tão africanas ou chinesas quanto europeias.
Que legitimidade tem um grupo absolutamente minoritário e extremista como a Associação República e Lacidade para mandar no Ministério da Educação e, através do poder deste último, impôr as suas concepções jacobinas nas escolas públicas de todo o país? Seria bom saber, de viva voz, se José Sócrates aprova esta situação. E conviria também que os os socialistas moderados não ficassem calados perante a instrumentalização do seu partido pela extrema esquerda...
Caro Francisco Louçã, candidato à Presidência da República Portuguesa.
Dado sua declaração sobre o potencial perigo de discriminação no poder legislativo, chamo a atenção para um caso real de discriminação noutro órgão de soberania:
O número de mulheres na magistratura portuguesa está a aumentar de forma imparável. São, desde 2004, maioritárias nos tribunais de primeira instância e aproximam- -se já da meia centena nos tribunais da Relação. Mas é na escola que selecciona e prepara os licenciados em Direito para o exercício da magistratura - o Centro de Estudos Judiciais (CEJ) - que nos últimos dez anos esta tendência tem vindo a acentuar-se para este ano lectivo 2005- -2006 entraram quase 80% de auditoras, para apenas 20% de auditores. Uma relação de quatro mulheres para cada homem - sendo que a história do CEJ mostra que elas têm uma taxa de sucesso ligeiramente superior à dos homens.
O secretário de Estado da Administração Local garantiu hoje que o Governo não pretende criar novos impostos ao nível das autarquias, apesar de ter pedido ao Parlamento uma autorização para legislar sobre um regime geral de taxas municipais.
No debate parlamentar na especialidade sobre o Orçamento de Estado para 2006, o secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, disse que no primeiro semestre de 2006 o Governo vai discutir com os partidos «novas propostas» sobre a revisão da Lei das Finanças Locais, «sem a criação de novos impostos».
A incapacidade das câmaras municipais criarem/gerirem os impostos dos seus munícipes premeia os autarcas mais ineficientes. Mas, sobre esta forma de cartel, a Autoridade da Concorrência não se pronuncia...
2. Despeje os 250 gr. de recibos do multibanco no lixo.
3. Procure uma moeda parecida com esta:
Repare bem na imagem que se encontra no centro da moeda. É uma cruz de Cristo. E os escudos com as 5 chagas de Cristo [censurado] está a vê-los?
4. Procure uma nota parecida com esta:
(se não tiver destas, olhe para uma das outras)
5. Agora, em nome da separação entre Igreja e Estado, desfaça-se delas (Envie-as A/C do Insurgente oinsurgente.blogspot.com, que nós nos encarregaremos de resolver o problema).
José Sócrates sabe bem que não basta dar dinheiro ou instrumentos aos portugueses, às universidades e às empresas para que a tecnologia dê frutos. Eu lembro-me (como José Sócrates se lembra) do magnífico Macintosh preto que António Guterres tinha em cima da sua secretária no gabinete de primeiro-ministro. Estava lá, ao dispor de Guterres, com um belíssimo ‘hardware’ e cheio de aplicações ‘user friendly’. Mas apesar de estar todo o dia com o computador a poucos centímetros de si, muitos anos depois António Guterres ainda não sabia o que era um “@”. Sabia, é claro, quantos quilos tinha uma arroba de lenha mas não sabia o que era a “nova arroba”.
José Sócrates sabe porque é que eu conto este episódio. Porque foi ele que ofereceu o Macintosh a António Guterres. Foi o seu primeiro Plano Tecnológico e falhou.
Politicians must realize that economic growth is not brought about by fiscally punishing productive citizens, nor by collective impoverishment and social welfare cuts, but by cutting taxes and bureaucracy.
"Façam-no, a única coisa que têm a perder é a vossa pobreza"
Steve Forbes, presidente e administrador do grupo editorial da Forbes Magazine, aconselhou hoje Portugal a reduzir impostos e a criar o imposto único, como soluções chave para o relançamento da economia nacional.
(...)
Forbes deixou ainda cinco ideias chave para o relançamento da economia portuguesa, a qual reconheceu estar com grandes problemas. A reforma da justiça, que considerou morosa; a redução de impostos; a estabilidade da moeda; facilitar o estabelecimento de negócios legais no país e a remoção das barreiras comerciais.
Já mencionei a importância que o Atlântico Sul pode vir a ter no futuro próximo. Olhemos agora para o Índico. Nele vemos a Índia, a Indonésia e a Austrália, além da costa de África. A este belo conjunto devemos acrescentar, dentro de alguns anos, e por extensão do seu poder, a China. A importância estratégica deste oceano é marcada pelos petroleiros que nele navegam e que abastecem a Austrália, o Japão, tal como a Europa e os EUA. A segurança do Índico é, pois, fulcral. Por incrível que possa parecer, até aqui o nosso país pode ter um papel importante, ao promover a adesão de Moçambique à NATO. Tanto a Nova Zelândia como a Austrália já demonstraram o seu interesse em estreitar laços com esta organização. Moçambique seria um ponto de apoio importante para vigiar o Golfo de Adem e todo o sul do Índico.
Os mares têm muita graça porque neles a mobilidade é maior do que se passa em terra. A China pode não conseguir colocar uma brigada no Paquistão, mas já lhe será possível enviar um barco de guerra ao Mar Arábico. Os EUA estão atentos a este problema futuro e, possivelmente, dar-lhe-ão maior atenção no decorrer na próxima década. Ora, a opinião de um país europeu com laços históricos e culturais na região, é sempre uma mais valia a ter em conta. Tudo são oportunidades para entrar no jogo global.
Sou uma cidadã republicana, socialista e laica. Aqui na repartição querem obrigar-me a ficar em casa no dia 25 de Dezembro de 2005. Por outro lado, impedem a minha entrada nas instalações aos Domingos.
Estas normas internas violam o meu direito ao trabalho e colocam em causa a separação entre a Igreja e o Estado.
O que devo fazer?
Ass.
Maria da Graça Salvador Encarnação do Espírito Santo
P.S. Quando fico doente fazem questão de me internar no hospital de S. MARIA e recusam-se a levar-me para o Júlio de Matos. Estou a ficar desesperada.
Cara Maria da Graça, o Insurgente está a pensar lançar uma grande campanha nacional para promover a efectiva separação entre a Igreja e o calendário. De facto, os próprios nomes dos dias violam o princípio da separação entre a Igreja e o Estado: Domingo - Domine Dei; Sábado - Sabath; segunda, terça, quarta, quinta e sexta são referências ao primeiro dia da semana - o Dia do Senhor. Para uma cidadão laico, o simples passar dos dias é uma verdadeira via sacra.
Separação entre a campanha presidencial e a Igreja
"Ontem à tarde, em mais uma acção de campanha, no centro paroquial da Ramada, em Odivelas...Soares elogiou o voluntariado e a existência de instituições de apoio particulares - neste caso da Igreja católica...
O candidato visitou depois o centro de dia, onde contactou com idosos, enaltecendo o apoio domiciliário que é prestado aos 70 idosos da freguesia."
Da Lei Calipígia Por Cândido Prunes, Vice-Presidente do Instituto Liberal-RJ Cena Carioca, 24 de novembro de 2005
Preliminarmente, uma explicação etimológica para este assunto altamente sensível: kallipygos, em grego, refere-se a quem tem belas nádegas, daí a palavra calipígia, em português, cujo significado é exatamente o mesmo. Pois bem, no último dia 17 de novembro, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro viu sancionada pela Governadora Rosinha Garotinho a Lei no. 4.642, que regulamenta, vamos assim dizer, uma das formas de exposição daquela parte da anatomia humana.
De fato, o diploma legislativo em vigor desde aquela data proíbe a “veiculação, exposição e venda de postais turísticos, que usem fotos de mulheres, em trajes sumários, que não tenham relação ou não estejam inseridas na imagem original dos cartões-postais de pontos turísticos”.
Como qualquer visitante da Cidade Maravilhosa sabe, o que abunda (sem trocadilho) nas bancas de jornais são justamente postais com imagens de cariocas calipígias. E não sem razão, eis que o Rio de Janeiro tornou-se destino para turismo sexual de estrangeiros. Muitos visitantes preferem enviar para amigos e conhecidos postais da paisagem humana que estão desfrutando, e não da imagem do Cristo Redentor ou do bondinho do Pão-de-Açúcar. Eis aí o segredo do sucesso comercial dos postais ora proscritos.
A Lei Calipígia, entretanto, padece de gravíssimo vício constitucional: fere o princípio da igualdade, sendo altamente discriminatória. Por que estabelecer a proibição somente quanto a mulheres? E a imagem de homens em “trajes sumários” não é igualmente ofensiva ao olhar pudico dos cariocas?
O legislador do Palácio Tiradentes tem sido pródigo em publicar leis de alto interesse e alcance social. Assim, por exemplo, a Lei 4.264/03, que declarou os bailes funk “atividade cultural” e os regulamentou (sim, é exatamente isso: além de culturais, os bailes funk no Rio são regulamentados). Ou então a Lei 1.847/91, que obriga prédios não residenciais a contratar ascensoristas diplomados (sim, é exatamente isso: existem cursos que ensinam a apertar botão de elevador para habilitar os profissionais dessa complexa função).
Quem de fora assiste a tamanha minúcia legislativa imagina que o Estado do Rio de Janeiro não tem mais nenhum problema e virou um cantão suíço, restando à sua Assembléia Legislativa apenas filigranas sociais.
Diante de tanta tranqüilidade, o legislador fluminense só pode mesmo ficar pensando “naquilo”.
A culpa é do Bush e dos neoliberais neoconservadores fundamentalistas religiosos
"...six homeless have died in France since the arrival of winter temperatures. French authorities have raised their weather alert in 31 departments and asked for increased vigilance to the homeless in Paris."
Artigo de Alejandro Chafuen sobre a Cimeira das Américas e as reformas necessárias na América Latina no Washington Times
The biggest surprise of all at the recent Summit of the Americas in Argentina was not the anti-Bush demonstrations, the anti-American rhetoric, or the refusal of delegates to move forward with the proposed Free Trade Area of the Americas, but that there were no real surprises.
With few exceptions, Latin Americans have reverted to feel-good nationalistic populism, while rejecting free-market growth strategies: They can feel good while doing poorly.
The Summit of the Americas was preprogrammed for failure, just as the region's many free market-oriented reforms of the past decades were, despite their soundness.
The real problem in Latin America is that, with few exceptions, the rule of law -- particularly on private property rights -- doesn't exist as we know it. Decisionmaking is marred by corruption and cronyism and mired in bureaucracy.
(...)
If the U.S. government and multilateral institutions refocused their attention on reforms promoting the rule of law and protecting private property, future Summits of the America might look quite different. Instead of wasting time, Latin American leaders might embrace the kind of policies that would help the poorest while promoting democracy and human rights. In such an environment, a Free Trade Area of the Americas would be seen as welcome and mutually beneficial.
In the nineteenth century strong and violent opponents of liberalism sprang up who succeeded in wiping out a great part of what had been gained by the liberals. The world today wants to hear no more of liberalism. Outside England the term "liberalism" is frankly proscribed. In England, there are, to be sure, still "liberals," but most of them are so in name only. In fact, they are rather moderate socialists. ### Everywhere today political power is in the hands of the antiliberal parties. The program of antiliberalism unleashed the forces that gave rise to the great World War and, by virtue of import and export quotas, tariffs, migration barriers, and similar measures, has brought the nations of the world to the point of mutual isolation. Within each nation it has led to socialist experiments whose result has been a reduction in the productivity of labor and a concomitant increase in want and misery. Whoever does not deliberately close his eyes to the facts must recognize everywhere the signs of an approaching catastrophe in world economy. Antiliberalism is heading toward a general collapse of civilization.
If one wants to know what liberalism is and what it aims at, one cannot simply turn to history for the information and inquire what the liberal politicians stood for and what they accomplished. For liberalism nowhere succeeded in carrying out its program as it had intended.
Nor can the programs and actions of those parties that today call themselves liberal provide us with any enlightenment concerning the nature of true liberalism. It has already been mentioned that even in England what is understood as liberalism today bears a much greater resemblance to Toryism and socialism than to the old program of the freetraders. If there are liberals who find it compatible with their liberalism to endorse the nationalization of railroads, of mines, and of other enterprises, and even to support protective tariffs, one can easily see that nowadays nothing is left of liberalism but the name.
Nor does it any longer suffice today to form one's idea of liberalism from a study of the writings of its great founders. Liberalism is not a completed doctrine or a fixed dogma. On the contrary: it is the application of the teachings of science to the social life of man. And just as economics, sociology, and philosophy have not stood still since the days of David Hume, Adam Smith, David Ricardo, Jeremy Bentham, and Wilhelm Humboldt, so the doctrine of liberalism is different today from what it was in their day, even though its fundamental principles have remained unchanged. For many years now no one has undertaken to present a concise statement of the essential meaning of that doctrine. This may serve to justify our present attempt at providing just such a work.
Depois da queixa contra os crucifixos nas escolas públicas, Associação República e Laicidade exige retirada imediata do Cristo-Rei na margem sul do rio Tejo. Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, está a ponderar substituir o símbolo religioso por uma estátua de Mário Soares.
3. Actualmente, o Estado português já é laico há muito tempo. O que se pretende agora, segundo parece, é tornar a «laicidade» como religião oficial do Estado e impô-la indistintamente aos cidadãos, não tomando em consideração as suas opções pessoais, isto é, a sua liberdade.###
(...)
8. Num Estado Liberal, a gestão das escolas e a sua inserção nas comunidades onde funcionam, deve obedecer ao princípio da subsidiariedade. As decisões sobre o seu funcionamento e a forma como se ligam aos cidadãos a que se dirigem, devem ser locais, autónomas do poder central e tomadas pelos cidadãos que estão mais próximos dessas instituições: entidades representativas dos alunos e dos pais, órgãos académicos localmente eleitos e não nomeados pelo poder central, etc.
9. Tudo o mais é centralismo, planificação e socialismo. Trate-se de crucifixos ou de outra coisa qualquer.
Depois da defesa da contenção orçamental ter valido a Cavaco Silva o epipeto de salarazista (1), desta vez é o próprio Soares que elogia o ditador.
Para o ex-presidente da República, existem alguns casos de más privatizações, mas somente deu o exemplo das pousadas nacionais.
«Não gostei muito que privatizassem as pousadas», porque «as pousadas nacionais foram criadas não para dar lucro, mas para dar estímulo ao turismo nacional» (2), afirmou.
«No tempo do Salazar, já eram públicas, porque é que vieram agora privatizar-se?» (3) - questionou, recusando comentar se a venda da Galp é um bom exemplo de privatização.
(1) A lógica é simples. Como o Prof Salazar - em tempos- cortou na despesa pública todos os que defenderem a sua redução são seus discipulos.
(2) Recordo que o turismo é um sector onde a inexistência da iniciativa privada é gritante.
(3) Repara-se na força do argumento.
Depois de, em anterior post, ter transcrito dúvidas e esclarecimentos sobre a exposição mediática dos principais candidatos à Presidência da República Portuguesa, Jorge Candeias publica, no seu A Lâmpada Mágica, novo pedido de informação:
Gostaria de saber, por exemplo, o que entende exactamente a Marktest por "protagonista". É-se "protagonista" só quando se aparece no écran, ou também quando o pivot fala de nós? É-se "protagonista" quando o foco dos holofotes está sobre um dos nossos apoiantes e ele fala de nós de forma mais ou menos clara? E quando é de forma mais ou menos velada? E quando Soares fala de Cavaco quem é o "protagonista"? O Soares ou o Cavaco? Ou ambos? Quem é o "protagonista" quando as televisões escolhem, entre tudo o que Louçã diz, a frase "Cavaco não diz nada"?
E também pergunto a mim próprio por que motivo foi escolhido o período de tempo que foi. É que desde 22 de Agosto até hoje houve as eleições autárquicas e uma campanha eleitoral (e uma longa pré-campanha) em que os líderes dos partidos se fartaram de aparecer, por inerência de cargo. E adivinhem quem são os líderes partidários que se candidataram a Belém? Nem mais: Louçã e Jerónimo, os dois mais "protagonistas" entre os "protagonistas". Dá-me a sensação de que aqui estamos a comparar coisas que não são comparáveis, o que é capaz de criar enviezamentos no método e, portanto, nos resultados.
O que significa "notícias protagonizadas por cada personalidade"? Suponho que uma notícia é contada como tal quando os candidatos são explicitamente objecto de notícia, mas não posso estar seguro. Não descobri no site da Marktest a definição operacional desta variável.
(...)
Olhemos, por exemplo, para o que se passou desde a semana 42 (uma semana depois das autárquicas) até à semana 45 (que terminou no dia 13 de Novembro):
De facto, faz diferença a exclusão do período das autárquicas. Após este período, Mário Soares conseguiu aparecer nas televisões com uma frequência e duração superior à dos restantes candidatos. Cavaco Silva surge em segundo lugar, mas muito por força daquele dia em que as televisões acompanharam o lançamento da sua candidatura, o que levou a notícias com muito longa duração.
Isto mede aquilo que mede. Não mede conteúdo/enviesamento da notícia, não mede o seu posicionamento na hierarquia do alinhamento noticioso, nem deve contar com notícias indirectamente relacionadas com os candidatos. Vale o que vale, como se diz das sondagens...
Apesar da enorme exposição mediática de Mário Soares, este não consegue aproximar-se, nas sondagens, de Cavaco Silva ou destacar-se de Manuel Alegre. Confirmam-se, portanto, as palavras de José António Saraiva, director do semanário Expresso:
O curioso em Mário Soares é que parece indiferente aos sinais do eleitorado.
Não é verdade que, em Fevereiro, ficou claro que as eleições se ganham facilmente falando pouco do que falando muito?
Não é verdade que a crítica mais frequente a Sócrates era não falar, não responder aos jornalistas, não esclarecer o que pensava - e foi assim que obteve a maior maioria alguma vez alcançada por um líder socialista?
Não é verdade que Guterres falava bem, se desdobrava em declarações, irradiava simpatia - e nunca conseguiu chegar à maioria absoluta?
Soares incita Cavaco a falar, desafia-o, provoca-o - mas será que os portugueses gostam dos políticos que falam muito ou, pelo contrário, já não acreditam neles?
Os estrategas da campanha de Soares chegaram a semelhante conclusão. No PortugalDiário:
Mário Soares vai deixar de fazer ataques frequentes a Cavaco Silva, pelo menos no período de pré-campanha das eleições Presidenciais, disse hoje à Lusa um dos principais conselheiros do candidato a Presidente da República apoiado pelo PS.
Segundo o mesmo responsável da candidatura do ex-Presidente da República, «num primeiro momento», os ataques de Mário Soares ao ex-primeiro-ministro do PSD «justificaram-se por terem o objectivo de traçar um quadro de bipolarização na campanha».
Nota: caro Jorge Candeias, obrigado pelo aviso; a "bem da verdade", este não é um blog de "direita" nem existiu qualquer intenção de passar "ao lado" deste assunto.
PS: o arquivo insurgente é um problema que, até agora, não teve ainda resolução.
Graças a Deus pela separação entre Igreja e estado...ou a laicidade correctamente entendida
Separação entre Igreja e Estado quer dizer...:
"...João Paulo II repetidas vezes alertou para os perigos que derivam de qualquer confusão entre esfera religiosa e esfera política. “São extremamente delicadas as situações, em que uma norma especificamente religiosa se torna, ou tende a tornar-se, lei do Estado, sem que se tenha na devida conta a distinção entre as competências da religião e as da sociedade política. Identificar a lei religiosa com a civil pode efectivamente sufocar a liberdade religiosa e até limitar ou negar outros direitos humanos inalienáveis”...os actos especificamente religiosos (profissão da fé, prática dos actos de culto e dos sacramentos, doutrinas teológicas, comunicação recíproca entre as autoridades religiosas e os fiéis, etc.) permanecem fora das competências do Estado, que nem deve intrometer-se neles nem, de forma alguma, exigi-los ou impedi-los, a menos de fundadas exigências de ordem pública. O reconhecimento dos direitos civis e políticos e a realização de serviços públicos não podem estar condicionados a convicções ou prestações de natureza religiosa da parte dos cidadãos."
Curiosamente, em nome da tolerância e da igualdade de direitos, transformam-se os Cristão em cidadãos de segunda, mesmo em termos de debate público:
"Nas sociedades democráticas todas as propostas são discutidas e avaliadas livremente. Aquele que, em nome do respeito da consciência individual, visse no dever moral dos cristãos de ser coerentes com a própria consciência um sinal para desqualificá-los politicamente, negando a sua legitimidade de agir em política de acordo com as próprias convicções relativas ao bem comum, cairia numa espécie de intolerante laicismo."
E assim, em nome da separação entre Igreja e Estado, cria-se uma nova religião de Estado - o ateísmo praticante - com consequências previsiveis:
"...[O intolerante laicismo] pretende negar, não só qualquer relevância política e cultural da fé cristã, mas até a própria possibilidade de uma ética natural. Se assim fosse, abrir-se-ia caminho a uma anarquia moral, que nada e nunca teria a ver com qualquer forma de legítimo pluralismo. A prepotência do mais forte sobre o fraco seria a consequência lógica de uma tal impostação. ...Aliás, a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projecto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização."
Como é que numa República existem duas Vilas REAIS?
Na fachada do tribunal do trabalho de Almada está uma placa com a foice & martelo. Todas as religiões são iguais...
E para quando a abolição dos feriados religiosos ? O povo português, durante séculos oprimido pela Igreja, exige a imediata e completa extinção dos feriados religiosos que violam de forma escandalosa a liberdade de religião em Portugal.
"Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de CRISTO. Diz-se que na batalha de Ourique, JESUS CRISTOcrucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: "Com este sinal, vencerás!". Contando as chagas e duplicando as chagas da quina do meio, perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído CRISTO."
Já agora, os 5 escudos estão dispostos em CRUZ.
P.S. E isto também não é nada politicamente correcto e é até perigoso nos tempos que correm: "Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros."À atenção do Sr. B. Laden.
Ao invés do que uma observação linear e básica poderá sugerir, a atitude liberal perante o Estado, a religião e a laicidade não é exactamente esta de mandar retirar os crucifixos das escolas ou dos locais públicos (sustentados por dinheiro dos contribuintes), como está a acontecer agora em Portugal.
(...)
O Estado deverá ser, segundo o liberalismo, nessas e noutras matérias, efectivamente neutro. Aplicar, por via governamental, uma única decisão nesta matéria não demonstra imparcialidade. Ao impor a laicidade, o Estado não está a ser neutro, mas a tomar partido por um dos pólos da questão, desrespeitando outras opções dos cidadãos e das comunidades. É socialismo puro e duro e, por isso, o liberalismo deverá opor-lhe resistência. [bold meu]
(post sem links, por falta de tempo) Acho que percebi a interpretação que o João e o Tiago fizeram do que eu escrevi e espantou-me. O rigor absolutamente incrível com que o Tiago se dedicou à desconstrução da “frase do século” é brilhante (sem ironia). Quanto ao João, desde há muito tempo que acho que deve abrir-se um bocadinho mais a possibilidades diferentes. Acertaram foi ao lado. Não há nada na frase que leve a achar que condeno ou desconsidero as ideologias. Longe disso. Normalmente até são bastante interessantes e bem construídas. Têm é sempre um problema para a sua aplicação: a realidade, que é chata que se farta. Saber se o liberalismo é normativo ou não, está visto que não é pacífico nem entre os liberais. Esperar que quem não o é aceite a segunda hipótese ou possa ser convencido disto nem se põe em causa, por isso, é o tipo de discussão em que só me meto quando me distraio, porque já sei que é um beco sem saída. Num post algures mais abaixo, escrevi que nunca leio nada escrito por outros pressupondo má-fé. Pelo contrário, entendo que quando ela existe tem sempre um efeito de ricochete. Dirão ainda que presto um mau serviço à causa do liberalismo e que estas coisas afugentam quem poderia até querer perceber e se sente atraído por ele. Não tenho jeito nem paciência para a táctica e já deixei a adolescência há tempo suficiente para me andar preocupar com o sentido da vida. Sobre o post do André. Tenho a maior admiração pela capacidade que ele tem em fazer um risco. Após tanto tempo a lê-lo na blogosfera, é exactamente o que esperaria. É sempre um prazer quando ele escreve assim (incluindo o tom), porque não tenho esta capacidade e a minha atitude é provavelmente menos honesta que a do André, tendo a ser mais conciliatório e a deixar que os outros “levem a bicicleta” quando acho que não vale a pena. E este debate é um desses casos. “O liberalismo não trata do que deve ser, trata do que é.” Já respondeu o João Miranda, assim.
“…mais importante que saber como é que o mundo deve ser é saber como ele funciona.”
E o André nesta citação de Mário Vargas Llosa.
liberalism is not an ideology, that is, a dogmatic lay religion, but rather an open, evolving doctrine that yields to reality instead of trying to force reality to do the yielding
Não vou aconselhar leituras, senão ainda me mandam ler Marx ou Negri e não me apetece mesmo nada. Aconselho antes um pouco mais de humor e boa disposição que entre outras coisas evita rugas prematuras. E agora tenho outro químico à minha espera.
De acordo com o Jornal Público do último Sábado, cerca de 30% dos magistrados não comunicaram a sua adesão à greve da semana passada, podendo receber o vencimento por inteiro. À notícia, os juízes responderam não terem dever de assiduidade, pelo que não têm de comunicar qualquer falta, na medida em que estas não existem. Está certo. No entanto, fazendo greve e sabendo que tal implica redução no vencimento, o que está em causa não é o dever de assiduidade, mas as normas que regulam a greve. Daí o dever de comunicação, não para efeitos de faltas, mas de redução salarial. Os juízes não estão acima da lei. Nem abaixo. Apenas a aplicam, da mesma forma que os deputados a fazem e o governo a executa. Não podem querer um regime de dupla excepção: Por um lado são os únicos titulares de um órgão de soberania a fazer greve e, por outro, os que a fazendo, não assumem a responsabilidade e devidas consequências da sua decisão. Definitivamente, não pode ser.
Francisco Louçã considera que o Presidente da República «tem a obrigação de vetar» a alteração à lei eleitoral que vai aprovar os círculos uninominais. O candidato a chefe de Estado acha que essa alteração vai instituir normas de paridade que levam à exclusão das mulheres na vida política.
The bus industry receives much less attention from politicians and economists than the rail industry, even though the former is important in most areas of the country. In this important historical and economic analysis, John Hibbs shows how the bus industry gradually had its commercial freedom restrained by politicians until it became totally accountable to them. This had predictable consequences, leading to what Hibbs terms the 'strange suicide of the British bus industry'.
Hibbs developed much of the intellectual case for the 1985 Transport Act, which, as he shows, liberated the bus industry to serve passengers rather than politicians. Huge benefits flowed from the Act, but the current government, backed up by the European Union, is allowing local authorities to pursue, by stealth, a policy of promoting franchise - or competition for monopoly.
Começo por assinalar, como já o fiz anteriormente, que a minha posição sobre a matéria, contrariamente a muita gente à direita, é que tanto o conservadorismo como o liberalismo são ideologias, subscrevendo, grosso modo, as razões apresentadas por Erik von Kuehnelt-Leddihn (lamento, meu caro CN...).
Isto dito, parece-me ridículo que que uma afirmação como a do Hélder provoque reacções quasehistéricas.
Não é, em substância, uma discussão que me interesse particularmente mas como me desagradou a forma deselegante e algo infantil como a questão foi colocada, e como me incomodam as tentativas de linchamento (mesmo quando feitas de forma trapalhona como é o caso) não posso deixar de clarificar alguns pontos.
O pensamento conservador, como mesmo uma análise sumária de Russell Kirk ou Michael Oakeshott permite concluir, sempre rejeitou em muitas das suas manifestações o conceito de ideologia. Se duvidam, resta-me fazer como o Henrique Raposo e recomendar a leitura (ou releitura) de Kirk e Oakeshott.
Quanto aos liberais, e para não ir mais longe, cito Mario Vargas Llosa (alguém que respeito mas de quem discordo em vários assuntos, incluindo este):
Because liberalism is not an ideology, that is, a dogmatic lay religion, but rather an open, evolving doctrine that yields to reality instead of trying to force reality to do the yielding, there are diverse tendencies and profound discrepancies among liberals. [bold meu]
E qual é a opinião do Tiago Mendes sobre este texto onde se afirma explicitamente que o liberalismo não é uma ideologia? Segundo os comentários no excelente A Arte da Fuga, a opinião do Tiago é favorável e não consta que na altura se tenha referido à revelação de novos segredos de Fátima.
Deixo ao Tiago a simplificação para um esquema analítico apropriado deste comportamento aparentemente esquizofrénico e ao João a investigação sobre as causas emocionais profundas.
No caso do Tiago Mendes, acredito que tenha sido induzido a este exercício aparentemente esquizofrénico pelas circunstâncias e pela sua inclinação para as definições esquemáticas e os silogismos mas já no caso do João Galamba custa-me sinceramente a crer que ele não esteja a par da longa controvérsia em torno do conceito de ideologia que, à direita, desde há muito se desenrola. Um pouco de humildade é quanto basta para evitar fazer figuras tristes e quando isso não é possível não há nada melhor do que sermos confrontados com as nossas próprias limitações.
Pela minha parte, porque não tenho a paciência do João Miranda (todos temos os nossos defeitos e este é um dos meus), está tudo dito relativamente a esta matéria. Ficam os donos do apito com a última palavra. Que lhes faça bom proveito.
Se a Autoridade da Concorrência está genuinamente preocupada com os "entraves significativos à concorrência no mercado relevante do transporte público rodoviário e ferroviário" devia concentrar os seus esforços na anulação das "fortes barreiras regulamentares no acesso à actividade de transporte ferroviário e rodoviário" que muito bem identifica e que são resultado exclusivo do intervencionismo estatal.
O que garante a concorrência não são as decisões de uma entidade administrativa sobre o número óptimo (ou desejável) de empresas num determinado "mercado relevante" (e só por si o conceito de "mercado relevante" e respectiva aplicação dá pano para mangas no campo da economia industrial...) mas sim a liberdade de entrada no sector. Na situação actual, isto parece-me simplesmente mais um caso em que uma prévia intervenção estatal (a eliminação da concorrência e da liberdade de entrada no mercado de transportes em causa através do regime de concessões) serve de justificação para mais medidas intervencionistas (desta feita através do bloqueio anti-liberal de uma operação que deveria ser perfeitamente legítima numa economia de mercado).
O dr. Louçã ocupou parte significativa da sua semana a demonstrar a sua preocupação com as faltas de um Secretário de Estado enquanto exercia um qualquer mandato numa qualquer autarquia do Portugal profundo. Ao dr. Louçã, por seu lado, nunca faltam pretextos para pedir a demissão de alguém. Já o mesmo não se pode dizer do seu sentido de proporção. A quem tem faltado um pouco de perspicácia é ao dr. Santana Lopes, que escreveu um artigo no Expresso, que não terá outro resultado que não fazer do seu autor motivo de chacota durante alguns dias. E não só por ter sido publicado no Expresso. O dr. Soares disse a quem o quis ouvir que não deixaria que ninguém mexesse nos "direitos adquiridos" das pessoas. Segundo o próprio, as pessoas poderão, portanto, dormir descansadas. Coisa que não tem acontecido com o Primeiro-Ministro, desde que ouviu estas palavras do "seu" candidato. Freitas do Amaral fez animadas declarações contra a política europeia do Reino Unido, fazendo o trabalho sujo de Chirac. Como, no nosso país, já temos portugueses e a subordinação à França, para sermos como o Luxemburgo, só nos falta a riqueza. Riqueza essa que o Governo parece acreditar que virá com a Ota. Pena é que parte da pouca que temos vá ser despejada no projecto, para lucro dos que com ele querem lucrar sem correrem o risco de nele investir. Em França, para além de terem agradecido as palavras de Freitas do Amaral, o panorama político agita-se. O PSF pôs de lado as diferenças que separavam os seus membros, para poder enfrentar o partido de Chirac, Villepin e Sarkozy. Para quem perder as próximas eleições, resta um consolo. Seja qual for o partido do novo presidente, o socialismo será sempre vencedor. Em Israel, não se sabe quem será o vencedor das próximas eleições. Sabe-se, isso sim, que dificilmente as coisas ficarão na mesma. Sharon saiu do seu partido para defender aquilo que o seu partido não queria que ele defendesse. Fica, neste espaço geralmente marcado pela maledicência, o elogio que essa atitude merece.
O recentemente editado número da Revista Portuguesa de Filosofia subordinado ao tema "Herança de Kant. I-Razão, Sociedade e Crença" (Vol. 61, Nr. 2, 2005) inclui um artigo de Enrique M. Ureña "Kant: La sociedad civil como Pueblo de Dios" que dificilmente poderia ser mais actual:
A filosofia da história de Kant transita por dois caminhos discursivos qualitativamente distintos: o da legalidade, impulsionado mecanicamente pela insociável sociabilidade dos homens, e o da moralidade, impulsionado livremente pela ilustração. O conceito kantiano de “sociedade ético-civil como Povo de Deus” culmina o caminho teórico conducente a uma integração limpa desses dois caminhos, ao mesmo tempo que constitui um conceito teórico útil para uma análise crítica e equilibrada das tendências laicizantes da sociedade europeia dos nossos dias.