"Tradição e Revolução - Uma biografia do Portugal Político do século XIX ao XXI" de Jose Adelino Maltez (Tribuna) "Gulag - Uma história" de Anne Applebaum (Civilização) "Vermelhos - Castanhos: As raízes comuns do Comunismo, do Fascismo e do Nazismo" de Thierry Wolton (Prefácio) "Liberalismos - Entre o conservadorismo e o socialismo" de José Manuel Moreira (Pedro Ferreira Edições)
"The welfare state we're in" de James Bartholomew (Politico's) "The State" de Anthony de Jasay (Liberty Fund) "Terror and liberalism" de Paul Berman (Norton) "Socialism: An Economic and Sociological Analysis" de Ludwig von Mises (Liberty Fund)
Iron Fist e Orgasmatron – Motorhead Party Animals – Turbonegro Naked City – John Zorn (mais Fred Frith, Bill Frisell e Wayne Horwitz) The Amplification of Self Gratification - ASG (Falta-me o Ford GT 40 Tungsten Silver)
Em casa a horas tardias:
The Complete Verve Master Takes – Charlie Parker The Early Years Vol 1. e Vol 2 – Tom Waits Die Kunst Der Fuge, BWV 1080 – Johann Sebastian Bach Saxophone Colossus – Sonny Rollins
Longe de casa:
Doo-Bop – Miles (ou como as estrelas do hip-hop estão sobrevalorizadas) The Gentle Side of John Coltrane – Coltrane Prick - Melvins Give me Convenience or Give Me Death - Dead Kennedys
O ano de 2005 termina bem caracterizado, com o assassinato de oito pessoas por terroristas na Indonésia:
"Oito pessoas morreram e pelo menos 48 ficaram feridas hoje em conseqüência de uma explosão em um açougue na cidade indonésia de Palu (...) a explosão aconteceu no interior do açougue, dedicado à venda de carne de porco. A carne suína é proibida para os muçulmanos, por isso a clientela era composta fundamentalmente por cristãos.
A polícia isolou a área da explosão, na qual há uma igreja e uma casa usada como matadouro de porcos em frente ao açougue."
Claro, não devemos esquecer-nos de que os fundamentalistas são na realidade os cristãos, que recebem ordens expressas do Vaticano, a "última ditadura da Europa Ocidental", para espalharem o terror pelo mundo.
Ironias à parte, 2005 foi um ano marcado pelo terrorismo e por desastres naturais. Com relação ao terrorismo, a campanha de atribuição às vítimas do papel de culpados ganhou mais força no mundo inteiro. Não poderia ser diferente, diante dos ditames do Kanun politicamente correto.
Os desastres naturais, por sua vez, também foram utilizados para fins de ativismo político, através da intensa campanha para transformar teorias científicas em mera sabedoria convencional.
Será que 2006 será diferente? Tenho cá as minhas dúvidas...
Blogosfera nacional: os meus destaques (à direita)
Aproiveito a deixa do Miguel para complementar o meu balanço do ano blogosférico com algumas referências a blogs de direita (ou que pelo menos não são de esquerda). Para além dos cinco nomeados nas Insurgenciais, há vários outros blogs que na minha opinião marcam 2005.
Mais à direita, segui (e sigo) com particular interesse o notável Último Reduto (leio sempre com gosto o Pedro Guedes mesmo quando não concordo com ele, o que acontece frequentemente), o literato Pasquim da Reacção (muito bem complementado em termos de sugestões de leitura pela Revista de Teoria Política) e o muito promissor Combustões (superiormente "alimentado" por Miguel Castelo-Branco).
Pela regularidade e qualidade mantida ao longo de 2005, destaco também o Lóbi do Chá, o Faccioso e o Tomar Partido. O Abrupto, A Origem das Espécies e o o Sobre o tempo que passa mantêm-se como blogs individuais de referência, uma tarefa nada fácil num meio em que a necessidade de constante actualização favorece os blogs colectivos.
No que diz respeito aos blogs no feminino (sou pouco progressista em questões de género pelo que esta é uma categoria autónoma), para além da indispensável Miss Pearls, saliento o Eclético e o It's a perfect day... Elise! (belo título para um blog...).
Finalmente, quanto a novidades, o Blue Lounge e o Portugal Contemporâneo marcam inequivocamente o final de 2005; dois spin-offs de luxo do Blasfémias, que continua a ser o mais notável caso de sucesso da blogosfera nacional apesar da (compreensível mas nem por isso menos reprovável) escassez de referências e interesse por parte dos media tradicionais.
Agradeço ao RMD a honrosa distinção que me foi atribuída, um prémio altamente prestigiante se tivermos em conta o elevado gabarito dos outros dois nomeados para a minha categoria.
Vão todos para este blog. Sim, este , O Insurgente. Tem o André Azevedo Alves, o Miguel Noronha, o André Abrantes do Amaral, o Luis Silva, o João Noronha, o Pintoff, o Picuinhas, o Fernando Gabriel, o BrainstormZ, o Bruno Alves, o Claudio Tellez, o Rui Oliveira, o Luciano Amaral, o Luis Tribuna e o meu irmão que anda desaparecido. Ora juntem la uma equipa assim. P.S. E eu que sou o moço da agua. Ninguém carrega o balde e as toalhas como eu.
"...estrita regulamentação liberal..."?? Faz-me lembrar o "socialismo democratico". Enfim. Ja agora, o anterior PM Espanhol chamava-se Aznar, não era "Asnar". Asnar?? Olha que verbo tão engraçado.
(Teclado francês) Eh dificil resistir a um balanço no fim de cada ano, nem que seja por deformação profissional. O balanço analitico fica para outro lugar. 2005 não me deixa saudades, mas teve duas coisas boas. Ou melhor, duas pessoas. Nada é tão gratificante como uma tarefa, trabalho, projecto bem feito e nos sitios mais improvaveis encontram-se pessoas excepcionalmente boas no que fazem e é como se de repente, voltasse a haver um minimo de esperança que as coisas podem melhorar. Este ano conheci duas pessoas assim. Uma contratei-a e de 2 de Janeiro a hoje, não houve nada, rigorosamente nada em que não tivesse cumprido ou ultrapassado qualquer expectativa. Incrivel. A outra, bem a outra pessoa, lava/limpa automoveis. Eh um rapaz que trabalha como free-lancer, é chamado esporadicamente por oficinas ou estações de serviço para limpezas mais "a fundo". Pois garanto-vos que o brio, o gosto, a perfeição e o estado em que deixa um automovel ao fim de duas ou três horas é absolutamente inacreditavel. Sabem a sensação, o cheiro, o toque ao entrar num carro novo a sair do stand? Pois é nesse estado que este rapaz os deixa. A estes dois um bem hajam e muito obrigado por ajudarem a que me lembre de 2005 com algum prazer.
"Basta pensar naquilo que aconteceu no século passado, quando aberrantes sistemas ideológicos e políticos mistificaram de forma programada a verdade, levando à exploração e à supressão de um número impressionante de homens e mulheres, exterminando mesmo famílias e comunidades inteiras. (...) Bem vistas as coisas, o niilismo e o fundamentalismo relacionam-se de forma errada com a verdade: os niilistas negam a existência de qualquer verdade, os fundamentalistas avançam a pretensão de poder impô-la com a força."
The Austrian Economists (EUA) Peter Boettke e sus muchachos confirmam que as notícias da morte da Escola Austriaca são bastante exageradas. Nota: este blog acumula ainda o prémio de "melhor novidade"
PPM anuncia várias novidades acidentais para a despedida de 2005. No Insurgente, após o tradicional processo deliberativo que envolve uma estreita articulação entre o Grande Timoneiro e o Supremo Comandante Insurgente (e a indispensável ratificação democrática através de uma entusiástica votação unânime de braço no ar), optamos por concentrar todos os recursos de final de ano numa única novidade de peso, que será anuncidada já no primeiro dia de 2006. Dia 1 de Janeiro, a Grande Marcha Insurgente prossegue com energia renovada...
Judging by its voters' behavior Bolivia, which has a population of 9 million, seems interested in remaining South America's poorest country. The country is both a major producer of coca and a loser in all its wars (most of which it started) against its five neighbors. In many ways it is a black hole in the heart of South America, which is precisely what makes it strategically important and explains Ernesto "Che" Guevara's having chosen it to jumpstart a communist revolution throughout the continent. Other than coca, Bolivia’s only major resource is the natural gas in the lowland departments of Santa Cruz, Beni and Tarija.###
But this is not just a case of a country that was polarized between two opposed ideological approaches and two very different leaders simply letting the people decide. Just like his mentor Chavez, the author of two failed coups against elected governments in Venezuela, Morales' idea of democracy is "If I win, fine; if not, 'the people' will bring me to power anyway" – as was demonstrated by his direct involvement in the overthrow of two constitutional presidents in the last three years by mob action. Morales election will make what remains of Bolivian democracy a charade. It will also revive a disturbing memory of Chile in 1970, when Salvador Allende was elected with a third of the vote but interpreted that as a mandate for revolution – which is precisely what Morales does.
(...)
And then there is Washington. Morales' destruction of democracy in Bolivia has been tolerated by the Bush administration for years. Hence the absence of any serious reaction when mobs led by Morales overthrew constitutional presidents Gonzales de Lozada and Carlos Meza, even though Morales' promised legalization of coca will made a joke of America's decades-old efforts to control and limit coca production in South America. Morales claims a historic right to cultivate coca because the Incas did it – except that even the Incas controlled production. In Bolivia, it was never cultivated in the Chapare – that was a 1980s development, far from "traditional," led by the likes of Morales and openly intended to make big money from cocaine, not from Indians chewing the leaves. Interestingly, when a military junta under Garcia Meza in 1980 got rich from drug trafficking, it was labeled "fascist," but now that Morales is openly proclaiming his intention to do basically the same thing, he calls it "progressive" and "traditional."
Aproveitando a "maré" de balanços que percorre a blogosfera aproveito para destacar os que, para mim, foram os melhores blogs neste ano que se está a findar.
Este blog, mantido pela dupla AA e AMN, foi quanto a mim o grande injustiçado nas renhidas insurgênciais. Não obstante ter votado neles algumas dezenas de vezes quedaram-se pelo quarto lugar.
Qualquer destes seria um sério candidato a melhor blog do ano não fora o facto de serem relativamente recentes. Faço votos para que mantenham a qualidade da produção bloguistica em 2006.
A Origem das Espécies: porque, ao contrário de muitos que preferiram olhar para o lado, ter seguido atentamente os processos de corrupção do PT brasileiro.
O ano de 2005 pode ser recordado por muitas razões —quase todas desagradáveis. Prefiro recordá-lo como o ano do centenário do nascimento de Raymond Aron.
Os tempos são diferentes, as ameaças à liberdade também, mas os ensinamentos de Aron permanecem tão actuais e essenciais como o aforismo de Robert Musil: "nowadays only criminals dare to harm others without philosophy."
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, considera que o projecto da Constituição Europeia "já não tem viabilidade" e defende a refundação do processo que levou ao texto constitucional, chumbado em referendo pela França e Holanda. O titular das relações externas questiona mesmo se a Europa deve ter uma Constituição.
(...)
Freitas do Amaral, apont[a] para um "tratado que unifique, simplifique e torne acessível" aos cidadãos europeus a "arquitectura" da UE.
Precisamente o que era a intenção inicial do projecto, entretanto desvirtuada, criticou o titular das relações externas "Em vez de se cumprir o mandato que tinha sido dado pelo Conselho Europeu, foi-se muito para além dele e fez-se um texto enorme, confuso, cheio de anexos, com centenas de páginas, que ninguém tem pachorra para ler, que não diz nada ao cidadão europeu." Para o MNE, a resolução do impasse nesta matéria poderá passar por um texto que represente "um denominador comum, um pouco menos ambicioso".
Resta saber se esta é a opinião do governo português ou "apenas" a do seu MNE. Recordo que ainda há poucos dias José Sócrates tinha dado o seu aval à ideia de "relançar" o projecto constitucional europeu.
O chamado processo de Bolonha é uma imposição burocrática que visa tornar compatíveis entre si os sistemas de ensino superior dos Estados europeus e permitir – alegam os governos – a mobilidade académica e profissional. Mas este processo é inútil. Como sabem todos aqueles que estão dentro do ensino superior, o facto de não existir até agora essa compatibilização dos sistemas nunca impediu os interessados de tirar cursos de graduação ou pós-graduação noutros países, de dar aulas nesses países, de ter projectos de investigação internacionais, etc. Também não é a falta de compatibilidade dos sistemas que impede os interessados de encontrar trabalho no estrangeiro. Os obstáculos à mobilidade sempre foram os do desconhecimento da língua e das características próprias dos outros países e, sobretudo, a preferência que os países dão aos seus nacionais no acesso à educação e ao trabalho. Nada disso mudará com Bolonha.
Em declarações publicadas na edição desta sexta-feira do Diário Económico, o secretário de Estado garantiu ter transmitido à organização «o mesmo apoio financeiro» do Estado que ficou acordado para esta mesma edição – três dos cinco milhões de euros necessários para financiar os 100 quilómetros de competição em solo português. Um acordo que cobre assim as próximas duas edições da prova, com partida garantida de Portugal.
Pelas minhas contas os apoios dos contribuintes do Estado irão somar 9 milhões de Euros. Sem dúvida, o Lisboa-Dakar é uma "prioridade nacional".
"Trust me" government asks that we concentrate our hopes and dreams on one man; that we trust him to do what's best for us. My view of government places trust not in one person or one party, but in those values that transcend persons and parties. The trust is where it belongs--in the people. The responsibility to live up to that trust is where it belongs, in their elected leaders. That kind of relationship, between the people and their elected leaders, is a special kind of compact.
Que o ano de 2005 termina à beira da depressão é uma ideia que, de tão repetida, já todos aceitam. O governo pede sacrifícios e mostra-se esperançado em 2006. O povo anseia por dias melhores e, naturalmente, espera que o dito governo resolva, fazendo o que tem a fazer. Fora isso há uma enorme letargia que nos invade.
As dificuldades que vivemos resultam do excesso de Estado, traduzido em demasiada despesa que nos tira os rendimentos e os postos de trabalho. O ano 2005 demonstra, no entanto, algo mais que o país ainda não está pronto a reconhecer. Que o problema está no próprio governo e não, ao contrário do que este pretende fazer crer, no país. Senão vejamos: Ao défice das contas públicas, o Eng. Sócrates respondeu com aumento de impostos. Contra a estagnação económica, avança com a OTA, o TGV e um novo vazio que por aqui e acolá se ouve que é o virmos a ser ‘um país de eventos’; tudo projectos que aumentarão a despesa e o referido défice. Se por um lado Sócrates disse precisar de dinheiro para cobrir o défice, por outro pretende utilizar esse mesmo dinheiro para pagar obras públicas de proveito duvidoso. 2005 foi o ano do saque e, como muito bem referiuAlberto Gonçalves, a figura do ano foi a de urso que fizemos de Janeiro até agora.
Não é o país que está em crise. É o Estado. Mais precisamente o Estado Social que nos afoga na sua própria lama. 2005 demonstrou-nos isso. Quando daqui a um ano soubermos que o défice se mantém e o esforço foi em vão, 2006 pode bem vir a ser um ano de mudança. Todo o discurso político é no sentido de ‘dar’ confiança aos portugueses. Quando estes não a ‘receberem’, mas a ganharem, estará dado o primeiro passo.
P.S.: A todos os leitores d’O Insurgente desejo um bom ano de 2006 e que, nos próximos meses, deixando de ter medo de viver à margem do paternalismo que nos impõem, consigamos ser donos do nosso próprio destino.
Dozens of Palestinian policemen, angry at the growing lawlessness in the Gaza Strip, have stormed the southern border crossing at Rafah, officials say.
The police, backed by gunmen from the Fatah faction, blocked access to the crossing with Egypt and forced European Union monitors manning it to flee.
Em menos de um ano de governação, o Executivo já mexeu nas administrações de 24 empresas, reguladores e institutos da área económica. Até 2006, a lista vai aumentar e chegar às 30 com as mudanças já anunciadas nas administrações da EDP e da PT, e previstas em empresas como a TAP, Carris e STCP, cujos órgãos sociais estão em funal de mandato.
Depois venham dizer que os "jobs for the boys" são exclusivo dos governos de direita/esquerda (riscar o que não interessa).
David Cameron, newly elected leader of the Tories, has got off to a wonderful start, as I am sure readers will agree. He has signed up Sir Bob "give us yer fokkin' money" Geldof to advise on world poverty; Zak Goldsmith, the environmentalist, has been also approached to advise on how to save the planet, and in a recent masterstroke, Oliver Letwin, a Tory MP, opined that the Tories should be concerned with redistributing wealth.
(...)
All that remains is for Cameron to steal Labour's old Clause Four promising nationalisation of the means of production, distribution and exchange. Then on to victory!
Religião, liberalismo e teorias da conspiração (2)
O artigo de JPP que gerou esta reacção de CAA (que comentei aqui) pode ser lido no Abrupto. A mim parece-me um texto lúcido, pertinente e razoável, mas deve ser por também estar afectado por alguma perigosa campanha de propaganda que desconheço... ###
O Papa Woytila reforçou os laços da Igreja com o catolicismo tradicional na Europa, fazendo pelo caminho uma revolução política a partir da Polónia para o Centro e Leste da Europa, e incentivou o catolicismo em terras de missão, na sua função de Papa viajante. Morrendo diante de nós como morreu, falou também a sociedades cada vez mais de velhos e doentes, como é a nossa. Valorizou na Igreja os factores de continuidade, o catolicismo popular, o culto mariano, o papel das comunidades tradicionais, da família, do ensino. Gerou assim uma aproximação da Igreja ao homem comum que fora iniciada por João XXIII no concílio Vaticano II.
Bento XVI parte deste legado e parece, num primeiro olhar, voltar-se para a Europa, para a terra onde Pedro e Paulo construíram a "sua" Igreja, e onde, as sociedades dos dias de hoje são sociedades assentes na "família terrestre" e não na "família celeste" e por isso dependem da felicidade terrestre e não da celeste. Aqui o "espírito de missão" e a evangelização encontram um tipo de dificuldades muito diferentes das de fora da Europa, ou das de outros tempos europeus. Mas a sensação da perigosidade do mundo "lá fora" criou um ambiente favorável ao retorno a uma identidade cultural, na qual a Igreja tem um papel histórico e quer ter um papel actual.
É verdade que o cardeal-patriarca de Lisboa preveniu, numa missa recente, que o "cristianismo não é uma doutrina", o que se compreende para os homens de fé. Mas, para os que não a têm, Ratzinger está a contribuir para que, pelo menos como "doutrina", ele entre nas nossas reflexões. É o sinal de um "assalto" aos intelectuais, como há muito tempo a Igreja não tinha conseguido fazer.
A noção de democracia do Hamas é deveras interessante, como se pode depreender deste artigo:
Nei municipi dove Hamas si è insediata già si vedono i segni di un nuovo stile: le impiegate cristiane abituate a stringere le mani a tutti sono tenute a distanza dai nuovi eletti, secondo cui questo contatto fisico viola i principi islamici.
Nel programma generale di Hamas c’è anche l’imposizione di una tassa speciale a tutti i non musulmani residenti nei territori palestinesi, chiamata al-jeziya. È una tassa che ricalca quella applicata nell’intera storia dell’islam ai dhimmi, i cittadini di second’ordine ebrei e cristiani.
Intervistato da Karby Legget su “The Wall Street Journal” del 23-26 dicembre, il capogruppo di Hamas al consiglio comunale di Betlemme, Masalmeh, ha confermato: “Noi di Hamas intendiamo introdurre questa tassa. Lo diciamo apertamente: diamo a tutti il benvenuto in Palestina, ma a patto che accettino di vivere sotto le nostre regole”.
Como se pode ver, para o Hamas, os não-muçulmanos são seres inferiores e têm que pagar por isso. Em segundo lugar, mandam às malvas o multiculturalismo (mesmo que o árabes cristãos sejam também palestinianos, existam na Palestina antes dos muçulmanos e partilhem, em numerosíssimos aspectos, a mesma cultura, apenas sendo de diferente religião, não sendo por isso imigrantes que chegaram recentemente à Palestina).
Juan de Mariana foi um liberal e um percursor dos clássicos e é, também, entre outros, um excelente exemplo para contrariar os fanatismos obscurantistas que pretendem reduzir a instituição que é a Igreja Católica, a sua História e os homens que a fizeram, nas perseguições da Inquisição.
O melhor na comunicação social portuguesa em 2005: Diário Económico
De entre as várias notas positivas que o RAF acresenta à lista de coisas boas e más na comunicação social portuguesa em 2005 elaborada por JPP, não quero deixar de destacar o Diário Económico, que é de facto um verdadeiro oásis no panorama nacional. Faço votos de que 2006 seja um ano de ainda maior sucesso para o DE e de que o exemplo faça escola.
A direcção do PS equaciona a saída de Manuel Alegre do partido, devido à actual situação de «enorme crispação» existente entre o histórico socialista, candidato à Presidência da República contra a vontade do partido, a direcção de José Sócrates e o grupo parlamentar rosa.
Leio isto e isto e questiono-me se o meu amigo CAA será capaz de ler algum texto liberal que contenha referências favoráveis à religião (e, em particular, ao cristianismo e à Igreja Católica) sem imediatamente o classificar como parte de uma qualquer obscura campanha de propaganda teocrática e/ou considerar que o respectivo autor foi vítima dessa mesma propaganda.
Anteontem, depois das declarações de Cavaco Silva a este jornal, gerou-se uma tal onda de queixinhas e de indignações que qualquer cidadão seria levado a suspeitar de que alguma coisa estaria errada. Está. O que está errado é o clima de medo em que querem transformar estas eleições. Esta pobre estratégia populista parte do princípio que os portugueses são um bando de medricas ou de crianças que é preciso proteger a todo o custo de perigos imaginários e de tragédias improváveis. Esse medo é que é perigoso - é o medo da democracia, no fundo. Em todas essas queixinhas que se ouviram durante o dia (com aquele ar escandalizado das virgens velhas das peças de Lorca) não se viu uma ideia, um combate, uma prova de que Cavaco estava errado. Limitaram-se a aparecer em bicos de pés, lembrando "a tragédia" e "o perigo" que rondam a vida dos portugueses, esses ignorantes que deram a vitória a Sócrates e se manifestam por Cavaco.
Ora, o que a candidatura de Cavaco (para temor de soaristas e de cavaquistas) vem fazer, no fundo, independentemente de si mesmo, é interromper um ciclo conservador onde o "republicanismo" se sobrepõe aos "valores republicanos" e onde as manobras de bastidor são sempre mais importantes do que a clareza das ideias que se exprimem. Ao acusarem Cavaco de todas as ignomínias apenas porque ele se limitou a sugerir uma medida da mais elementar eficácia governativa (que ninguém discutiu, de resto), os seus adversários apressaram-se a acenar com banalidades e com a existência de "indícios", mostrando claramente o seu jogo a aposta no medo.
A penosa campanha eleitoral em curso, longa de mais, mostrará até ao fim esse tom de dramatização e de perseguição populista, de insinuação. Por detrás disso está o medo. Não o medo de Cavaco, mas o medo da própria democracia e do jogo claro que ela devia impor e tornar necessário. De dedinho espetado, indignado, esse medo é que é perigoso e reaccionário. E, além do mais, pretende fazer dos portugueses gente sem discernimento ou inteligência.
Um dia depois de terem ficado chocados com a "escandalosa" pretensão de Cavaco Silva se intrometer nas funções do executivo, Francisco Louçã e Jerónimo Sousa resolvem, também, intrometerem-se.
A CGTP veio mesmo exigir a intervenção de Jorge Sampaio.
(…)entrepreneurial habit of mind cannot be implanted through training or education. It is something possessed and cultivated by an individual. There are no entrepreneurial committees, much less entrepreneurial planning boards. (…) There are thousands of reasons why entrepreneurship should never take place but only one good one for why it does: these individuals have superior speculative judgment and are willing to take the leap of faith that is required to test their speculation against the facts of an uncertain future. And yet it is this leap of faith that drives forward our standards of living and improves life for millions and billions of people. We are surrounded by faith. Growing economies are infused with it.
"Contrariamente ao que pensam muitos liberais, a separação da ideia de liberdade individual das suas raízes religiosas não constitui emancipação. Antes pelo contrário: o desenraizamento religioso torna ambíguos e opacos alguns dos valores fundamentais da nossa cultura moderna e pode mesmo ser fatal para o seu desenvolvimento"
O Governo criou hoje um grupo de trabalho para a criação de uma Sociedade Financeira para o Desenvolvimento (SOFID) e que se destina a apoiar investimentos em países em vias de desenvolvimento.(...) Segundo Pedro Silva Pereira, no Orçamento do Estado para 2006, o Governo reservou uma verba de "271 milhões de euros para o apoio às políticas de cooperação". (...)o grupo de trabalho que cria a SOFID "é constituído por um presidente e por um representante dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Finanças e Administração Pública e da Economia a Inovação, bem como por um representante dos bancos portugueses". (...)segundo a resolução hoje aprovada, no capital social da SOFID o Estado terá uma posição de accionista maioritário e, após a criação da instituição financeira, Portugal colocar-se-á "numa situação competitiva igualitária" face a outros países europeus.
Mas... Então não há falta de dinheiro!? E porque é que o estado vai criar uma nova instituição financeira? Não chega o grupo CGD?
E como é que o governo acha que estes subsídios/financiamentos ajudarão à competitividade do país?
Ao mesmo tempo, o PRIME quase perdeu o acesso aos fundos comunitários, por falta de projectos aprovados. No entanto, os adeptos do planeamento central, continuam a achar que conseguem guiar os agentes económicos para objectivos por si estabelecidos - quão omniscientes se acham!
O ano 2005 ficará na memória pelos primeiros sinais dados à Europa. O ‘não’ ao Tratado Constitucional de holandeses e franceses, a indecisão alemã na escolha entre as reformas da CDU e a manutenção do ‘status quo’ do SPD, os graves confrontos sociais ocorridos nos arredores de Paris e a incapacidade de acordo, entre as nações europeias, no que diz respeito ao orçamento comunitário. Se não houver cuidado o pior ainda está para vir.
Havendo cautelas, o ano de 2006 pode ser marcado por uma viragem no projecto europeu, passando a ser mais liberal e menos burocrata, primando pela abertura dos mercados, o fim dos subsídios comunitários a áreas não produtivas, relegando-se a construção política para um segundo plano. O que hoje mais interessa às nações europeias? Crescimento económico e estabilidade social ou integração política? Creio que a resposta não é difícil.
Mas o ano que se avizinha pode demonstrar outra realidade. Sempre que as nações europeias sentem tensão no continente, procuram ganhar forças no exterior. Poderemos ver o Reino Unido a fortalecer os seus laços com a Commonwealth, a Espanha a virar-se para a América do Sul. Nunca se sabe, mas até nós podemos surpreender no Brasil e em Angola. Se olharmos com atenção para o interesse que a TAP e alguns grupos empresariais portugueses vão tendo no Brasil e em África, comprovaremos que já caminhamos nesse sentido.
Cavaco Silva desmentiu categoricamente que a sua candidatura tenha qualquer ligação com os incidentes de ontem à noite. Apesar disso, Mário Soares não se coibiu de imputar ao ex-PM a responsabilidade pelo sucedido. Voltou a avisar que este tipo de instabilidade será comum caso Cavaco vença as eleições. Já Jerónimo de Sousa vê este incidente como mais um capítulo da "vergonhosa ofensiva do patronato contra as conquistas de Abril. Francisco Louçã afirma ser este uma mau exemplo da "mobiliz[ação] [d]as energias dos que estão em baixo". Para terminar, Manuel Alegre queixou-se que a imprensa ignora ostensivamente a sua campanha preferindo este tipo de espectáculos mediáticos.
"Este artigo tem como objetivo principal mostrar como a mídia contribui para a politização da ciência, transformando-a em instrumento de ativismo para correntes ideológicas e afastando a investigação científica de sua verdadeira natureza. Ao mesmo tempo, ilustrarei através de dois exemplos (Supercondutividade e Teoria da Evolução) como a ciência, pelo menos da maneira como ela é feita hoje em dia, em seus patamares mais fundamentais sustenta-se sobre conceitos definidos aprioristicamente. (...) Afirmar que uma teoria é um fato, portanto, é uma maneira sutil de identificar com a realidade aquilo que se testa mediante a própria correspondência com a realidade. Em outras palavras, desvirtua-se a testabilidade e as pessoas são induzidas a acreditarem que a atividade científica produz verdades definitivas. Os resultados de pesquisas científicas passam a ser aceitos cegamente pelas pessoas, quase como 'dogmas', e são repetidos como se fossem mantras do palpiteirismo politicamente correto."
Nos debates presidenciais, os moderadores levantaram a questão da liberalização da prostituição. Será talvez a próxima causa que merecerá o apoio das elites jornalísticas.
são normalmente apresentados dois tipos de motivos para justificar a liberalização da prostituição.
“Two adults enter a room, agree a price, and have sex. Has either committed a crime? Common sense suggests not: sex is not illegal in itself, and the fact that money has changed hands does not turn a private act into a social menace. If both parties consent, it is hard to see how either is a victim.”
(Um argumento que será partilhado por muitos dos Insurgentes.)
"to provide more control over criminal behaviour and to ensure that women were protected from violence and exploitation." Outro argumento do mesmo tipo será a protecção da saúde pública."
Este dois tipos de argumentação foram utilizados para justificar a liberalização da prostituição em países como a Holanda, a Austrália (nalguns estados), a Alemanha e a Suécia.
Acontece que os objectivos acima referidos não foram atingidos. Antes pelo contrário:
"organised crime, including trafficking, flourishing in both localities, and the illegal layers of the industry continuing to accommodate women who are funding drug addiction.” ... several licensed brothels ... used trafficked women. In legalised regimes, street prostitution continues, under-age girls are recruited, and local communities are unhappy to have what The Economist admits “may be a grubby business” under their noses.
Nestes casos é habitual argumentar que o que está em causa não é a liberalização em si mas a forma como esta foi implementada. Serão os entraves colocados ao livre funcionamento do mercado pela regulamentação estatal que são responsáveis pelos maus resultados conseguidos. No entanto, neste caso, uma das experiências de liberalização aproxima-se do ideal do 'laissez faire' e os resultados não são melhores.
E, para além disto, existem um conjunto de factos que fazem pensar:
"Common characteristics of prostitutes as outlined in a British Government discussion paper include: high levels of physical and sexual abuse in the family; poor school attendance and time spent in care; homelessness and having run away from home; drug use – as many as 95 per cent of those in street-based prostitution are believed to use heroin or crack. Women like this are not free agents. Nor are those who, from a young age today, are groomed by people exploiting the opportunities of the internet."
"the vast majority of women do not want to be in the trade. Only five per cent willingly sell sex and the rest have been forced into it, says Ms Cuerdas. Her figure tallies with research in San Francisco which found that 89 per cent of women in prostitution wanted out but were trapped by violence, addictions and hopelessness.(10) The Scottish Parliament report notes that 79 per cent of prostitutes in the Netherlands want to get out".
“It is clear from research that men increasingly seek out prostitutes for reasons of domination rather than for sexual gratification...They seek out prostitutes because it gives them an experience of total domination and control of a woman for a specific period of time.”...Ultimately the relationship is unequal because the physical dominance of the male always has the potential for force and violence."
Talvez seja este conjunto de motivos que tenham levado a Suécia, após 30 anos de liberalização da prostituição, a voltar a criminalizar a "compra de sexo".
Apresento de seguinda o artigo de onde retirei estas citações. Quaisquer dados empíricos adicionais que eventualmente contradigam ou suportem as conclusões apresentadas são bem-vindos.###
The ultimate free market: selling herself By Carolyn Moynihan Thursday, 08 December 2005 Can there be anything wrong with transactions made between consenting adults, no matter how degrading? MercatorNet investigates arguments for legalised prostitution. --------------------------------------------------------------------------------
What is the price of a woman? In London a man may buy the services of a prostitute for £150 to £400, depending on what he wants from her. But this is not only a question about the price a woman may put on her sex. Increasingly it refers to the price her pimp has paid for the girl herself – body and soul, so to speak.(1)
Under-cover investigations by Britain’s Sunday Telegraph have revealed that a young woman may be bought in eastern Europe for as little as £1300. Criminal gangs run a modern slave market in which girls are lured from impoverished post-Communist countries with promises of jobs as waitresses, dancers or au pairs – or simply bullied into leaving home. They are beaten and raped and kept in cellars before being on-sold to prostitution rackets in London and other destinations. Up to 6000 women are said to have been brought to Britain and forced into the sex trade in recent years. About 1500 traffickers were arrested there last year.(2)
In Germany, where prostitution has been legalised, brothel owners and prostitute collectives are excited by the prospect of a business boom when the World Cup is held in their country next year. “We expect some great revenues,” says an official of the Hydra prostitute advice centre in Berlin. But women’s groups, church leaders and trade unionists have warned that thousands of women – as many as 40,000 – could be smuggled in from eastern Europe for the series, many of them coerced into prostitution or duped by criminal gangs. Football leaders seem unconcerned.(3 ) Already there are an estimated 500,000 such women in western Europe.
A similar trade involves women from Southeast Asia and Latin America who are trafficked to Japan, Australia, China, Hong Kong and elsewhere. The International Labour Organisation estimates that there are 12.3 million people enslaved in forced or bonded labour at present and that about 2.4 million are victims of the trafficking industry, whose annual income is worth about $10 billion.(4) According to a new report, at least half of these would be victims of forced prostitution.(5)
A legitimate form of commerce?
Of course, not all prostitutes are trafficked. But the question forced on us by the new slave trade is, how free are all the others? Do the “cellar girls” of Macedonia represent a completely different “industry” to the usual prostitution scene, or do the two exist on a continuum, one preparing the ground for the other?
According to the influential British magazine The Economist they are completely different and the attempt to link them is a ploy to reimpose moralistic laws on a legitimate form of commerce, which it describes in the following way: “Two adults enter a room, agree a price, and have sex. Has either committed a crime? Common sense suggests not: sex is not illegal in itself, and the fact that money has changed hands does not turn a private act into a social menace. If both parties consent, it is hard to see how either is a victim.”(6)
Only puritanical moralising and unrealistic law-making prevent this “pure” form of the sex market with its freely consenting adults from becoming the norm, the paper argues.
Many governments seem to agree. Putting (puritanical) morality to one side, the Netherlands and the Australian state of Victoria, for example, have legalised brothels – subject to licensing – and given prostitutes the opportunity to be unionised, tax-paying workers like everyone else. Street soliciting remains illegal, although the Netherlands has experimented with tolerance zones.
Failed experiments Admittedly, the rationale for these moves was not laissez-faire economics but to provide more control over criminal behaviour and to ensure that women were protected from violence and exploitation. On those grounds, at least, legalisation has failed.
A report for the Scottish Parliament in 2003 states: “Neither of these aims seems to have been achieved, with organised crime, including trafficking, flourishing in both localities, and the illegal layers of the industry continuing to accommodate women who are funding drug addiction.” It was estimated that up to 200 were “under contract” in Victoria [Australia] at any one time, and several licensed brothels there had used trafficked women.(7) In legalised regimes, street prostitution continues, under-age girls are recruited, and local communities are unhappy to have what The Economist admits “may be a grubby business” under their noses.
The trouble, says the paper, is that reforms have not gone far enough. Requirements like the registration of prostitutes spoil the free market model. With a completely laissez-faire approach, “[b]rothels would develop reputations worth protecting. Access to health care would improve – an urgent need, given that so many prostitutes come from diseased parts of the world.” Abuses such as child or forced prostitution should then be treated as the crimes they are – nothing essentially to do with prostitution.
This vision of “brothels with brands” standing aloof from the criminal world appears to have materialised in Berlin, where a €5 million brothel has just opened in 3000 square meters of a refurbished warehouse. The four-story building will accommodate up to 100 prostitutes and 650 male clients. Its owners will demand that its “sex workers” provide their tax numbers and proof of permission to work in the European Union. Oh, and how lucky that the main World Cup venue is just three train stops away. “Football and sex belong together,” opines the brothel operators’ lawyer. Nice bit of branding going on there.(8)
Modern slavery
But it takes more than work permits, tax numbers and marketing slogans to make women in the sex trade free. The evidence, in fact, suggests that a free prostitute is a contradiction in terms, a fantasy existing only in the libertarian mind of The Economist and its fellow travellers. Prostitution is a form of slavery and trafficking has only made that obvious.
It is true that most prostitutes are not trafficked, but most of them now are immigrants – more than 90 per cent in Spain, which is currently debating the problem. Trying to escape poverty, women enter such countries more or less legally and cannot find other work. Spanish trade union leaders say the women work in virtual slavery and they want the trade legalised and regulated in order to protect women and their rights as workers.(9)
The Spanish Feminist Party agrees about the slavery but disagrees about the solution. A representative, Silvia Cuerdas, says legalising prostitution is the same as legalising sexual abuse because the vast majority of women do not want to be in the trade. Only five per cent willingly sell sex and the rest have been forced into it, says Ms Cuerdas. Her figure tallies with research in San Francisco which found that 89 per cent of women in prostitution wanted out but were trapped by violence, addictions and hopelessness.(10) The Scottish Parliament report notes that 79 per cent of prostitutes in the Netherlands want to get out.
Even without trafficked women and immigrants, women in the sex trade typically come from backgrounds which severely limit their freedom. Common characteristics of prostitutes as outlined in a British Government discussion paper include: high levels of physical and sexual abuse in the family; poor school attendance and time spent in care; homelessness and having run away from home; drug use – as many as 95 per cent of those in street-based prostitution are believed to use heroin or crack.(11) Women like this are not free agents. Nor are those who, from a young age today, are groomed by people exploiting the opportunities of the internet.
Searching for domination
And what of the “clients”? Are they free men looking for an equal with whom they can have some simple sex? On the contrary, a recent pastoral document from the Catholic Church states: “It is clear from research that men increasingly seek out prostitutes for reasons of domination rather than for sexual gratification. In social and personal relationships they experience a loss of power and of masculinity and are unable to develop relationships of mutuality and respect. They seek out prostitutes because it gives them an experience of total domination and control of a woman for a specific period of time.”(12)
One international survey showed that there are men who prefer “young and unfree persons because they are more docile”.(13) Ultimately the relationship is unequal because the physical dominance of the male always has the potential for force and violence.
Who, really, is the woman who sells her body? The pastoral document referred to above says unequivocally she is a victim. “She is a human being, in many cases crying for help because selling her body on the street is not what she would choose to do voluntarily. She is torn apart, she is dead psychologically and spiritually. Each person has a different story, mainly one of violence, abuse, mistrust, low self-esteem, fear, lack of opportunities. Each has experienced deep wounds that need to be healed. What are they looking for? They seek relationships, love, security, affection, affirmation and a better future for themselves and for their families. They want to escape from poverty and lack of opportunities and they want to build a future.”
Legalisation does not help them achieve freedom but condones their exploitation. Recognising this, Sweden has turned its back on three decades of legalised brothels and massage parlours and criminalised the buying of sex. The selling of sex has been decriminalised with the aim of motivating women to get out of the trade without risking punishment. Ample funds have been made available for exit strategies, including drug and alcohol treatment, and for education of the public. The law, which sends a clear message to men and boys that recourse to prostitution is unacceptable, is supported by 80 per cent of people in opinion polls.(14)
For some time now developed countries have looked to Scandinavia for models of sexual enlightenment and liberation. It would pay the liberal West to keep looking that way. If Sweden can see that when a woman puts a price on her body she is not free – in any way – then perhaps the rest of us can.
Ninguém vai acreditar nisto, mas o Carlos Sousa e a sua viatura encontram-se neste momento estacionados debaixo de uma das janelas aqui da repartição (já ali estão há umas horas).
A repartição não está propriamente localizada num deserto africano, mas talvez a profusão de camelos que prá aqui andam tenha induzido em erro o navegador do Carlos Sousa.
Acontece que a viatura do piloto português está estacionada em local proibido. Normalmente, a policia reboca todos os carros que ousam ocupar aquele espaço.
Como numa democracia liberal somos todos iguais perante a lei, a vitória portuguesa no rali Lisboa-Dakar está em risco !
P.S. Ultrapassei o Carlos Sousa porque ele estava estacionado.
Stern was an Ivy League graduate when he went to his first union meeting. He went, he says, because pizza was being served. The class struggle, like God, moves in mysterious ways.
George Will, sobre Andy Stern, sindicalista dirigente do SEIU (Service Employees International Union).
Leitura recomendada: "Fernando Lanhas e a invenção do mundo" na UPorto, Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, pp. 42-44.
Porque o saber não tem idade, e consigo, com a sua longa e jamais interrompida lição de vida e de obra, o saber já não é simples acumulação de dados e de informação, vastos que sejam, mas antes o que só raros atingem, mas de que todos beneficiam quando o aproximam. O que Fernando Lanhas nos traz, e isso sobretudo lhe queremos agradecer, é essa outra dimensão, inefável e mais alta: a sabedoria. [excerto do Elogio a Fernando Lanhas por Bernardo Pinto de Almeida por ocasião da atribuição do grau de Doutor Honoris Causa ao primeiro]
President Bush's 2005 Kwanzaa message began with the patently absurd statement: "African-Americans and people around the world reflect on African heritage during Kwanzaa."###
I believe more African-Americans spent this season reflecting on the birth of Christ than some phony non-Christian holiday invented a few decades ago by an FBI stooge. Kwanzaa is a holiday for white liberals, not blacks.
It is a fact that Kwanzaa was invented in 1966 by a black radical FBI stooge, Ron Karenga, aka Dr. Maulana Karenga. Karenga was a founder of United Slaves, a violent nationalist rival to the Black Panthers and a dupe of the FBI.
(...)
In one barbarous outburst, Karenga's United Slaves shot to death Black Panthers Al "Bunchy" Carter and Deputy Minister John Huggins on the UCLA campus. Karenga himself served time, a useful stepping-stone for his current position as a black studies professor at California State University at Long Beach.
Kwanzaa itself is a lunatic blend of schmaltzy '60s rhetoric, black racism and Marxism. Indeed, the seven "principles" of Kwanzaa praise collectivism in every possible arena of life -- economics, work, personality, even litter removal. ("Kuumba: Everyone should strive to improve the community and make it more beautiful.") It takes a village to raise a police snitch.
When Karenga was asked to distinguish Kawaida, the philosophy underlying Kwanzaa, from "classical Marxism," he essentially explained that under Kawaida, we also hate whites. While taking the "best of early Chinese and Cuban socialism" -- which one assumes would exclude the forced abortions, imprisonment for homosexuals and forced labor -- Kawaida practitioners believe one's racial identity "determines life conditions, life chances and self-understanding." There's an inclusive philosophy for you.
(...)
Kwanzaa was the result of a '60s psychosis grafted onto the black community. Liberals have become so mesmerized by multicultural nonsense that they have forgotten the real history of Kwanzaa and Karenga's United Slaves -- the violence, the Marxism, the insanity. Most absurdly, for leftists anyway, is that they have forgotten the FBI's tacit encouragement of this murderous black nationalist cult founded by the father of Kwanzaa.
Now the "holiday" concocted by an FBI dupe is honored in a presidential proclamation and public schools across the nation. Bush called Kwanzaa a holiday that promotes "unity" and "faith." Faith in what? Liberals' unbounded capacity to respect any faith but Christianity?
A movement that started approximately 2,000 years before Kwanzaa leaps well beyond merely "unity" and "faith" to proclaim that we are all equal before God. "There is neither Jew nor Greek, slave nor free, male nor female, for you are all one in Christ Jesus" (Galatians 3:28). It was practitioners of that faith who were at the forefront of the abolitionist and civil rights movements. But that's all been washed down the memory hole, along with the true origins of Kwanzaa.
O prémio de blog de esquerda do ano está inequivocamente muito bem entregue nas mãos do A Destreza das Dúvidas, digníssimo representante da esquerda liberal, mas há dois outros blogs de esquerda que não foram incluídos nos cinco nomeados e que quero destacar antes de 2005 terminar. O primeiro é o Tugir, um dos melhores blogs da esquerda democrática que prima por uma saudável independência e por um acutilante espírito crítico e o segundo é o Vento Sueste, o melhor representante nacional do anarquismo de esquerda.
No Brasil, é costume soltar fogos para comemorar qualquer coisa que seja. Ainda não consegui identificar, por exemplo, quem é o bestavizinho que se diverte atirando petardos pela janela, em horários escolhidos aleatoriamente, aqui no condomínio onde moro.
Para as comemorações de Ano Novo, algumas toneladas de pólvora serão queimadas no Rio de Janeiro, fato que não me incomoda, já que pretendo ficar quietinho em meu apartamento, bem acompanhado com alguns litros de vinho tinto, com as janelas bem fechadas e as orelhas devidamente tampadas.
Este ano, além da queima de fogos de artifício, estamos fechando 2005 com um incêndio no edifício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em Brasília:
"O ministro da Previdência e Assistência Social, Nelson Machado, afirmou nesta terça-feira que o maior prejuízo provocado pelo incêndio no prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Brasília, foi no andar onde ficam os documentos com informações de receita previdenciária, dívidas de empresas e autos de infração. Segundo Machado, o pagamento dos benefícios não será comprometido, mas a perda de processos relativos a devedores do INSS afetará a aplicação de multas, a cobrança e a detecção de fraudes."
"Votos de Ano Novo? Ora, façam-me um favor! Quem pode fazer votos de que tudo o que está acontecendo pare de acontecer, de que tudo o que não acontece, mas deveria, comece a acontecer? O Brasil não precisa de um milagre. Precisa da mais extraordinária conjunção de milagres que se poderia imaginar. E milagres, mesmo individualmente, jamais acontecem quando os possíveis interessados estão pedindo exatamente o contrário."
No artigo, o autor explica bem com foi o ano de 2005 no Brasil, qual é a atual situação brasileira e explica por que não devemos esperar muito para 2006...
(corrigido) No Diario Economico - Retalhistas chegam a aumentar em 70% o preço de frutas e legumes Na TSF No Publico Foi dada pouca importância a esta notícia, que é mais um exemplo da ligeireza e idiotice da generalidade do meios de comunicação. Mesmo no Diário Económico, que tinha obrigação de fazer melhor é a completa confusão. Utilizo a notícia deste jornal por ser o mais fiável. Diz-se:
os retalhistas chegam a aumentar em 70% o preço das frutas e legumes
###Neste caso fica-se com a ideia que o retalhista compra ao produtor (outro assunto ainda) por 10 Eur (+IVA) e vende por 17 Eur (IVA incluído). Assim, ao preço final há que deduzir 12% do imposto resultando uma margem bruta de comercialização (sobre o preço de venda) de 30%. Ridículo, se considerarmos que frutas e legumes são produtos perecíveis e que nunca se consegue vender 100% do que se comprou. Considerando ainda despesas, impostos, etc, esta margem é o suficiente para qualquer pequeno retalhista falir ao fim de três meses.
Diz-se na mesma noticia:
o patamar entre o produtor e o consumidor era responsável pela formação de 70% do valor do produto
Parece mais plausível. Assim, o retalhista compraria a 10Eur (+IVA) para vender a 33,34Eur (IVA incluído). Deduzindo o IVA (3,56Eur), resulta uma margem bruta de comercialização de 58%. Esta margem bruta de comercialização num quilo de maçãs não é nada de outro Mundo. Considerando ainda que o pequeno retalhista compra a intermediários (que também detêm uma margem), em que ficamos? O que resta é a indignação de Maria Antónia Figueiredo que é livre de não comprar frutas ou legumes na mercearia ou no hipermercado e ir directo ao produtor. Aliás, nada impede ninguém de o fazer se achar que os intermediários praticam margens excessivas. Pelo tom indignado e panfletário das notícias e da dita senhora (ouvi-a na Rádio Bagdad hoje de manhã), a melhor solução seria abrir uma mercearia, porque aparentemente é um negócio com lucros astronómicos e de enriquecimento fácil. O caso dos hipermercados é completamente diferente, até porque o modelo de negocio não é baseado nas margens, mas, entre outras coisas, na rotação do produto e mereceriam um estudo separado. Metê-los no mesmo saco que as mercearias ou outros retalhistas é no minimo falta de honestidade.
P.S. Só por curiosidade, o que faz o estado para receber 12% do valor de todas as maçãs vendidas? P.S. II Os retalhistas e intermediários não recebem subsídios porque chove muito ou porque chove pouco e ainda pagam o PEC.
Dozens of masked Palestinian gunmen took over election offices in the Gaza Strip, exchanging fire with police and demanding spaces for the ruling Fatah Party's military wing on a list for Jan. 25 parliamentary elections.
(...)
In another blow to efforts by Palestinian leader Mahmoud Abbas to restore order to the chaotic territory after Israel's summer pullout, three British citizens were kidnapped at the Rafah crossing from Egypt into Gaza on Wednesday. Palestinian security spokesman Adnan Barbach said the three were British citizens. It was not known who abducted them.###
(...)
Such activity by gunmen has become increasingly common in the West Bank and Gaza in recent months, underscoring growing lawlessness in the Palestinian territories. Wednesday's violence highlighted the rising chaos within Fatah itself, adding the demands for participation of the Fatah-affiliated armed group, Al Aqsa Martyrs Brigades, to an already volatile mix of competing interests.
(...)
Israel's recent withdrawal from Gaza has enabled militants to reach launching grounds closer to Israel, bringing southern towns within rocket range.
Uma das coisas que me tem intrigado nesta campanha eleitoral, é o frequente uso da palavra "crispado" para classificar Cavaco Silva. Basta, aliás, fazer uma busca no Google com as palvras "crispado cavaco" para encontrar 579 referências. Mas afinal, sendo "crispado", o que é, melhor, como é Cavaco? Recorro outra vez à internet. No Priberam surge:
sing. part. pass. de crispar; do Lat. crispare; v. tr.; enrugar; franzir; encrespar; enclavinhar; v. refl.; contrair-se, enrugar-se.
Então e se fôr "crispação" (aponta-se, por vezes, o risco de Cavaco vir a criar muita)? Encontrei 859 referências no Google. E o que é?
derivação fem. sing. de crispar; acto ou efeito de crispar; contracção involuntária de certos músculos; enrugamento causado pelo frio ou pelo vento.
Bom, após esta pequena investigação, inclino-me para a possibilidade de os seus adversários estarem preocupados com algumas rugas que apresente e com a possibilidade de essa sua condição contagiar quem o rodeia - o país inteiro, aparentemente.
Curioso. É que me parece que a preocupação com o encarquilhar político do país, com o risco de franzir os anos que se avizinham, era melhor dirigida para as candidaturas de esquerda, baseadas em ideias que poderão significar um futuro ainda mais contraído para Portugal.
Já se acusassem Cavaco de ser capaz de encrespar alguém, creio que se refeririam aos que tanto se irritam por não o conseguirem crispar.
Os sucessivos governos bem podem mover esforços para estabelecer padrões de ambição e grandeza. Sem uma população igualmente esclarecida e “mobilizada”, não vale a pena. É como dar pérolas a porcos. Ou estádios a moscas. Donde a figura do ano também não ter sido o sr. Bono, o eng. José Sócrates, Lance Armstrong ou o Papa. A figura de 2005 foi aquela que os portugueses fizeram perante o saque altruísta e impune dos dinheiros públicos a que se chamou, por eufemismo, Euro’2004. Uma figura de urso, aliás imbatível ano após ano.
O setubalense Mário Nogueira queria ser candidato à presidência da república. Louvável intenção de um cidadão que queria dedicar-se ao serviço público. Infelizmente, apesar de afirmar ter 8.000 assinaturas, não conseguiu que as juntas de freguesia lhe enviassem as certidões que as comprovavam (segundo ele, por culpa dos CTT e das greves nas autarquias). O que me parece mais grave são estas outras afirmações do ex-candidato a candidato (via RSO):
«A lei parece não ser igual para todos», reclamou a dada altura, quando o TC lhe terá explicado que «as assinaturas dos movimentos independentes vão ser totalmente analisadas, enquanto se pressupõe que as dos partidos estão todas correctas».
A ter existido tal explicação, pode-se mesmo pôr em causa o processo em curso. Será, talvez, tempo de acabar de vez com a recolha e certificação de assinaturas pelas juntas de freguesia. Mantendo o actual sistema, priveligiam-se os apoiados pelos serviços dos partidos (as famosas máquinas partidárias, habituadas a estes processos burocráticos) e limita-se uma maior participação cívica. Já agora: porquê e para quê deve o estado saber que um determinado cidadão apoia a candidatura de outro?
No seguimento do Conto de Natal, escrito pelo BrainstormZ , deixo-vos este artigo que lança um olhar diferente sobre a personagem de Dickens que muitas vezes tem servido como sumo exemplo da maldade capitalista (via Las Vegas Sun):
Don't believe all of that bah-humbug that Ebenezer Scrooge was an unfair and uncaring employer. It can be argued, a UNLV professor says, that the Charles Dickens' character from the Yuletide classic "A Christmas Carol" paid a fair wage and provided decent benefits, at least for the era when the story takes place -- the early 19th century.### (...)The arguments supporting that Scrooge was a fair employer, Weinstein says, include:
* He paid his accountant Bob Cratchit 15 shillings, six pence, a week -- a prevailing wage of the early 1800s for a small business such as Scrooge & Marley.
* Although Scrooge complained about it, he gave Cratchit Christmas Day off with pay at a time long before most employers gave their workers holidays off.
* Although Scrooge was concerned that he was wasting a lump of coal by allowing Cratchit to put it in the office furnace to keep warm, many businesses at that time, "especially the factories where children were forced to work," did not even have furnaces.
* Although readers might feel sorry that Cratchit had to work by candlelight, there was little Scrooge could do about that because Thomas Edison's lightbulb was still about 75 years away from being invented. Candlelight was the only way to work after it got dark in the days long before the 40-hour workweek became the norm in the workplace.
Weinstein also noted that while readers are saddened that Cratchit's son, Tiny Tim, is dying and his father cannot afford health care for him, "health insurance was an alien concept in those days."
Mário Soares está "furioso" com os restaurantes portugueses que não apostam na comercialização dos produtos nacionais. "Hoje comemos toda a ordem de frutas, de todos os países, em vez de comermos os nossos próprios. Eu fico furioso quando peço pêras ou maçãs e não há. Mas há papaia e outros frutos desse estilo. É uma pena que seja assim", disse o candidato a Belém, durante uma visita ao Alentejo.
Soares saiu ontem em defesa da agricultura nacional em Monte do Trigo, no concelho Portel, onde andou de todo-o-terreno pelos caminhos sinuosos que circundam o empreendimento de Alqueva, para tentar mostrar como "valeu a pena" a aposta no chamado "Alentejo verde", que reivindicou para os seus governos.
"Foi uma luta imensa", sublinhou, garantindo que "sempre" apostou na agricultura, mesmo contra os pareceres "de muitos economistas ou economicistas que achavam que a agricultura é para esquecer", sustentando que hoje o resultado está à vista. "Vamos ter aqui muito regadio, muito boa agricultura. Agora é uma questão de a poder comercializar e sermos capazes de vender os nossos produtos e de os consumir internamente."
Conslusões:
(1) Soares quer impor os seus gostos aos dos restantes portugueses
(2) Para Soares, a viabilidade económico dos projectos não lhe interessa para nada. Primeiro constroi-se. Depois logo se vê se se consegue fazer alguma coisa "daquilo".
(3) Soares (ainda) acredita que "o futuro de Portugal é a agricultura".
(4) É defensor da autarcia.
David Cameron sought to outflank Labour last night by recruiting Bob Geldof, the anti-poverty campaigner and pop star, to help to form Conservative Party policy.
Geldof, who organised last summer's Live8 rock concerts and served on Tony Blair's Commission for Africa, will act as a consultant to the Tories' new policy group on globalisation and global poverty.
A comunicação social está sempre disponível —almas desordenadas dirão mesmo ansiosa— para noticiar mortes no Iraque, desde que sejam fresquinhas.
Mortos durante o regime tirânico de Saddam Hussein e descobertos em valascomuns não servem:
Human rights organizations estimate that more than 300,000 people, mainly Kurds and Shiite Muslims, were killed and buried in mass graves during Saddam's 23-year rule, which ended when U.S.-led forces toppled his regime in 2003. Saddam and seven co-defendants are now on trial for the deaths of more than 140 Shiites after a 1982 attempt on Saddam's life in the town of Dujail, north of Baghdad [fonte].
Afinal de contas, depois de noticiar as patifarias que os malvados judeus andam a fazer, sobra tão pouco espaço.
Além disso, ainda não acreditamos que Saddam Hussein não conseguiu mesmo anexar o Kuwait, ou "Kuweit", ou lá como raio é que aquilo se chama (repare no título da notícia)...
Com já aqui tinha referido, apenas as candidaturas que consigam 5% dos votos beneficiam da subvenção estatal [1]. A subvenção total é equivalente a 10.000 salários mínimos mensais [2]. Deste total 20% são distribuidos equititativamente por todos os candidatos que consigam atingir 5% dos votos. Os restantes 80% são distribuidos de forma proprorcional pelos que cumprem o requesito anterior [3].
Baseando-me na legislação e nos orçamentos das candidaturas presidênciais, através do valor previsto subvênção estatal, procurei extrapolar as expectativas de votação de cada uma das candidaturas [4]. Apresento-os por ordem descrente da percentagem de votos estimada.
Candidatos
%devotosestimada
Cavaco Silva
50%
Manuel Alegre
24.5%
Mário Soares
24.5%
Francisco Louçã
9%
Jerónimo Sousa
6.5%
Manuela Magno [5]
5%
[1] nº2 do Artigo 17º da Lei 19/2003 de 20 de Junho
[2] nº4 do Artigo 17º da Lei 19/2003 de 20 de Junho
[3] nº1 do Artigo 18º da Lei 19/2003 de 20 de Junho
[4] Fiz ainda a premissa adicional que a soma dos votos dos restantes candidatos não ultrapassará 1% dos votos.
[5] No caso de Manuela Magno, ressalvando a hipótese do erro ser meu, os votos nos candidatos não elegíveis para a subvenção estatal necessita ser, pelo menos 17%!!!
Claro que interessante mesmo era se fosse possível apostar no segundo e no quarto lugar e não somente no vencedor. As eleições para o segundo lugar são, essas sim, eleições competitivas e com interesse.
Problema grave é o da deslocalização de empresas estrangeiras. Nessa matéria, o presidente pode ajudar?
Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em Portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações. Tem de ser um acompanhamento com algum pormenor que deveria ser feito por um secretário de Estado especialmente dedicado a essa tarefa.
Vai propor isso ao Governo?
Já o estou a propor aqui.
Onde é que isso foi feito?
Na Áustria, em relação a empresas que queriam mudar para outras paragens. Mas também noutros países, tenho a lista completa. Por outro lado, o investimento estrangeiro em Portugal está muito bloqueado. O presidente não pode fazer alguma coisa para ajudar a desbloquear? Se ajudar a aumentar o clima de confiança já faz alguma coisa. Esta é a fase em que Portugal devia concentrar o investimento estrangeiro nas chamadas médias empresas e internacionalizar.
O actual presidente Jorge Sampaio é criticado por intervir muito pouco. Considerando que Cavaco Silva parece querer ser o novo primeiro-ministro socialista, qual será, para os liberais, o "mal menor"?
PS: sugere-se a Belmiro de Azevedo a venda do grupo Sonae a investidores estrangeiros de modo a esta beneficiar do referido especial tratamento.