Russia's severest cold in a quarter of a century, with temperatures in Moscow at minus 8 Saturday, has killed at least 40 people and strained the nation's crumbling infrastructure, with residents piling on the blankets and heating bricks to keep warm.
The big freeze extended to neighboring countries, killing four people in Estonia, one in Moldova and knocking out power and delaying trains in Poland.
Já na próxima terça-feira é retomado o «Café Blasfémias», desta vez na cidade de Aveiro, iniciando uma possível série de iniciativas descentralizadas. O tema será «O Debate Liberal e a Blogosfera», pelas 21.30 Horas, no Café Bar do Teatro Aveirense. Entrada (e participação) livre.
Como não poderia deixar de ser, as eleições de amanhã merecerão cobertura dedicada aqui n'O Insurgente, estando já confirmada uma task-force de peso para fazer o acompanhamento e comentário em tempo real dos acontecimentos. A partir do fim da tarde de amanhã e pela noite dentro...
Para a esquerda e para a direita envergonhada, aquela que nega o próprio nome, o simples fato de a “nova esquerda” que chegou ao poder cumprir em parte a cartilha de racionalidade econômica, mas sem reduzir o Estado e sem afrouxar a crescente carga tributária, é um mero continuísmo, quando se vê precisamente o contrário. A tendência é clara em rumo do abismo. A política antiamericana, o apoio a insurgentes armados e a narcotraficantes revolucionários, o endeusamento de figuras nefandas como Fidel Castro e Chê Guevara, está tudo dentro da normalidade e do continuísmo? Ora, isso é burrice escrita em palavreado culto.
Aguardemos os acontecimentos. Essa acumulação de forças obtida pelas esquerdas latino-americanas não tem paralelo na história. O fim desse processo poderá ser bem trágico.
A fiscalidade é o principal instrumento (stricto sensu) - certos economistas defendem que, latusensu, é o único - utilizado pelo Estado para se financiar; este imperativo de receita, supostamente, orienta-se por princípios de justiça. Constitucionalmente, em Portugal, os impostos são a resultante da não muito compatível conjugação dos Princípios da Igualdade e da Justiça Distributiva, que conduz a uma tributação progressiva, na tributação directa, e por escalões, na tributação indirecta (aqui, para que se possa atender à suposta necessidade de tributar de acordo com a capacidade contributiva de cada um, fixam-se distintas taxas em função da natureza dos bens; é o caso do IVA e do Imposto Automóvel). Há, ainda, um certo juízo «moral» na forma como o Estado define a sua receita, ao tributar de forma particularmente onerosa o tabaco, as bebidas ditas alcoólicas, os prémios de jogo, os carros, a gasolina e o crédito.
O nosso sistema fiscal peca por ser tão complexo que a dada fase trai, na sua aplicação concreta, todas as finalidades a que se propõe (sejam elas válidas ou não no plano das mais diversas ideologias). Quem acompanhe de perto o dia-a-dia da fiscalidade em Portugal constata que impera a arbitariedade, não só porque existe uma enorme assimetria contributiva, não havendo uma correcta distribuição da carga fiscal pelos diversos agentes económicos e distintos cidadãos (basta ver quem é que, em rigor, suporta a maior parte da carga fiscal), quer porque a lei não está adaptada nem à máquina fiscal que temos nem aos novos tempos, os quais perante a evolução tecnológica exigem regras mais simples para que a busca de eficiência não se transforme, ela própria, em fonte de iniquidade e prepotência.
Em tese, e abstraindo de princípios de justiça, a concessão de benefícios fiscais pode ser, se cirurgicamente atribuídos, fonte de riqueza (numa visão míope que se esgota no contexto da jurisdição nacional) sem que haja, em concreto, uma violação grosseira da igualdade que merecem todos os contribuintes. Desde logo, existem duas regras básicas para que tal ocorra:
a) A produção da empresa a quem se concedem tais benefícios esteja vocacionada para a exportação;
b) Para que tal benefício não seja ele próprio fonte de disorção da concorrência, o produto em questão, no seu sector específico e na respectiva cadeia de valor, deverá ter uma presença nula ou pouco relevante na nossa economia.
A Auto-Europa representa o melhor exemplo da forma como a concessão de certos benefícios fiscais pode ter o tal «efeito reprodutivo» na economia de que os políticos sociais democratas e socialistas tanto gostam de apregoar; em rigor, antes da Auto-Europa, o peso da indústria automóvel em Portugal era pouco relevante; acresce que a Auto-Europa está sobretudo vocacionada para a exportação, pelo que as empresas que já se dedicavam a esta actividade em Portugal passaram a beneficiar do forte desenvovimento que se gerou em Portugal, em redor desta unidade fabril, na cadeia de valor; a Auto-Europa é hoje a empresa portuguesa com maior peso nas exportações; e é responsável pelo fortalecimento de uma indústria de componentes que se desenvolveu em seu redor (na cadeia de valor do produto automóvel), que doutra forma dificilmente se afirmaria, unidades fabris que são elas próprias exportadoras.
No caso da Auto-Europa, pode discutir-se se a concessão de benefícios directos (como apoios à formação) faz sentido, e se devem os portugueses suportar esse encargo.
Nesta linha se enquadra também a dinamização do Porto de Sines, um investimento que tem tido elevados encargos para o país desde a sua construção e que está longe de ser devidamente rentabilizado.
O apoio à IKEA é, sem dúvida, uma péssima opção, e demonstra a dificuldade que o Governo português tem em compreender as mais elementares regras do mercado; a IKEA é um concorrente directo de um conjunto vasto de empresas que se inserem num sector que, em Portugal, tem uma forte tradição e implementação: o mobiliário. No Minho, em redor do Porto, na cintura de Aveiro, pelo menos aqui, existem diversas unidades fabris de grande importância económica que, com esta iniciativa governamental, ficam numa posição concorrencial duplamente prejudicada: pela forte carga fiscal a que estão sujeitas e pela situação de favorecimento de uma das empresas que maior concorrência lhes tem oferecido.
Enquanto português, foi particularmente ridículo e doloroso assistir ainda à tentativa de alinhar este apoio com a filosofia do «Plano Tecnológico», fazendo passar a mensagem que são empresas como a sueca que o país precisa; não discuto que a IKEA tem um modelo empresarial inovador; mas a massa crítica desta empresa em termos de inovação não se irá concentrar em Portugal pela deslocalização para Ponte de Lima de uma parte da sua produção destinada aos países do Sul da Europa. A IKEA, sem benefícios, já recorre a diversas empresas portuguesas no plano da produção, sem que isso gere um particular «upgrade» em termos de conhecimento industrial. E que dizer deste post nos Bichos Carpinteiros? Ai se conclui, que Portugal está na moda, e só os empresários domésticos não terão percebido isso. Já agora, quem tão bem repreende os empresários domésticos, porque não experimenta abrir uma empresa em Portugal, não como «estrangeiro» com estatuto especial, mas enquanto empresário nacional? Passando a pagar 25% de IRC, adiantando para os cofres da Fazenda 21% do IVA que nem sempre os seus clientes (entre os quais o Estado) lhe pagam; suportando taxas incríveis de imposto automóvel, imposto sobre os produtos petrolíferos, Imposto do Selo nas suas operações bancárias correntes, emolumentos notariais, contribuições para a Segurança Social, impostos e taxas municipais, IMT, entre muitos outros encargos. E já nem falo do peso e do custo que representa para as empresas a gestão da burocracia. É, de facto, fácil falar e dissertar ao sabor das conveniências políticas do momento, analisando o país a partir da cosmopolita e iluminada Lisboa. Bem mais difícil é ser empresário no Portugal real.
As conclusões que gostava de ler neste post seriam outras: Onde os nossos empresários poderiam estar se a tributação em Portugal não fosse tão penalizadora de quem arrisca e tem iniciativa empresarial? Devidamente desonerados, e sem dificuldades ao nível da gestão da burocracia, não poderiam surgir em Portugal, e à nossa escala, empresas como a IKEA, a Microsoft, e a VW? Com benefício óbvio para o emprego. Como seriam as nossas empresas se actuassem num quadro fiscal e regulamentar mais competitivo? Podemos olhar para os exemplos aspresentados: são um bom indicador.
Como escrevi aqui, num país saudável uma candidatura e postura como a de Soares seriam simplesmente inconcebíveis. O candidato parece estar a fazer o possível por me dar razão.
Jornalista: Ficou chocado com aquilo que disse o líder do PP?
Mário Soares: Não, não foi o lider do PP que disse isso. E aquela coisa que me referi, do terrorismo, foi o líder do CDS que disse isso, dr. Ribeiro e Castro, que é uma coisa inaceitável e impossível. Ele diz aquilo... ele é, ainda por cima, deputado do Partido Socialista... um dos grandes grupos do Partido Socialista é o Partido Socialista... o Partido Socialista Europeu... Imagine lá como é que ele vai entender-se com os colegas do parlamento a dizer dessas coisas aqui no plano interno... E é feio, não é bonito e... é uma pena que seja um dos mais entusiásticos, senão o mais entusiástico, apoiante do dr. Cavaco nesta eleição.
Lidos comentários e posts sobre impostos , IKEA, Autoeuropa e quejandos na blogosfera e imprensa, os que são favoráveis à “excepção” fiscal e subsidiação destas empresas centram-se em duas coisas:
1. O contributo das subsidiadas, para as exportações e/ou o PIB;
2. O mito de que a maior parte das outras empresas portuguesas não paga impostos.
Com as excepções, isenções, financiamentos, ofertas e subsídios que os contribuintes dão às primeiras, não falta quem faça o mesmo que elas. Todas, repito, todas as empresas portuguesas com contabilidade organizada e que não são apenas fraudes pagam IRC. Os que não têm contabilidade organizada estão ainda pior. O Pagamento Especial por Conta é o pagamento de um imposto arbitrário, calculado com base em bruxarias contabilísticas feitas por idiotas descerebrados que não conhecem mais nada que os meandros do poder do estado. As que não pagam o PEC e declaram a facturação, não o fazem porque não podem. Os outros casos são só e apenas, casos de Justiça, só que como esta não existe e o Estado de Direito é absoluta, total e irresponsávelmente inexistente, os invertebrados que legislam, arranjam mecanismos alternativos de colecta que não passam de roubos à mão armada (literalmente). É certo que há PMEs, que vivem à sombra do estado. São aquelas cujos donos, têm o primo no IAPMEI, ou que têm o cartão do Partido, ou que pagam favores ao amigalhaço que lhes aprova os subsídios e que lhes faz desaparecer o processo, etc, etc. porque ser uma empresa séria, hoje, em Portugal, não aproveita a ninguém. Há esta fixação nas grandes empresas (com certa razão) sabendo no entanto que são precisamente essas as que têm poder para vergar o estado dos invertebrados e fazem-no. Muito bem dira eu. Mas e as outras? É tudo uma cambada? Se 30% das empresas pagam 70% do IRC, será que não têm 90% dos lucros?
A conturbada relação dos soaristas com a realidade
Precavendo-se quanto a uma possível derrota humilhante de Mário Soares, o sempre criativo Ivan Nunes já arranjou explicação: a culpa é das sondagens. Depois de uma fase em que a culpa era da comunicação social (certamente por não ter dado a devida atenção ao momento alto da campanha até agora - video disponível aqui) e de outra em que as sondagens estavam todas erradas (face à "rua", essa entidade mística no imaginário de certa esquerda), chegou agora a vez de avançar com a tese de que as sondagens poderão até vir a ter correspondência nos resultados eleitorais, mas apenas porque são "profecias autoconfirmatórias".
Se de facto se vier a confirmar o resultado verdadeiramente desastroso para Soares que muitas sondagens indicam, o candidato faria melhor em reflectir sobre se esse desastre não poderá ser atribuído em parte ao rumo suicida que a "sua" comissão política definiu para a campanha (desde a concentração obsessiva em ataques rudes e pessoais contra Cavaco até exposições desnecessárias ao ridículo como esta e esta). Pior do que uma possível humilhação eleitoral no dia 22 será para Soares a forma inglória e desorientada como se arrisca a terminar a sua carreira política.
Convém, no entanto, não esquecer que, quando esteve em Belém, o agora regressado Soares procurou, entre outros, o mesmo Silvio Berlusconi para parceiro negocial num grupo empresarial, a fim de garantir o controlo de interesses nos media, favoráveis ao presidente e à sua reeleição. Berlusconi era um homem de negócios, como ainda o é hoje, mas Soares era já um político consagrado e, acreditava-se, dedicado apenas à política e ao nobre cargo de Presidente da República. Enfim, assuntos que um bocadinho mais desenvolvidos deram, entre outras coisas, o despedimento de Joaquim Vieira de Director da Grande Reportagem, há coisa de dois meses. Soares é fixe!
Sobre este e outros assuntos, veja-se também o que por estes dias se vai publicando por aqui. Reposição
Soares, que se apresentou como o candidato solidário com os mais desfavorecidos, atacou de novo Cavaco Silva, avisando que se o antigo primeiro-ministro for para Belém, poderá instalar-se no país a "lei da selva".
O encontro entre Soares e Valentim há dias que estava a ser preparado, a pedido da candidatura do ex-presidente da República. Porém, tudo foi feito para parecer um imprevisto. Após uma manhã em visita às freguesias de Lordelo, Aldoar e Campanhã (Porto), Soares rumou a Gondomar para conhecer o Centro Social de Soutelo e contactar com população no Largo do Souto, no centro da cidade.
O candidato apoiado pelo PS acabou por fazer uma arruada que terminou na Biblioteca Municipal, onde o major o aguardava à porta . "Não sabia que Valentim Loureiro estava aqui. Só quando passei é que me disseram", alegou Soares. "Soube através da comissão de apoio a Mário Soares que ele queria vir a Gondomar", esclareceu, no mesmo instante, o autarca.
Cada vez que se quer atacar Mário Soares fala-se de Macau, da Emaudio e do livro de Rui Mateus, e é bem verdade que nenhum jornalista o confronta com os detalhes mais sombrios do seu passado. Mas nem vale a pena desenterrar as conexões asiáticas circula pela Net e pelos blogues um pequeno excerto de um recente noticiário da SIC em que Soares mete os pés pelas mãos ao comentar umas declarações de Ribeiro e Castro, numa atrapalhação mental tão grande que ao pé dela até a gafe do PIB empalidece. Pergunta: porque não passaram essas imagens mais vezes? Porque é que elas, como aconteceu com Guterres, não foram repetidas até à exaustão?
O presidente do Instituto das Drogas e da Toxicodependência (IDT) [João Goulão] garantiu hoje que há abertura por parte do Governo para criar "salas de chuto", considerando ser possível programar a sua execução ainda este ano.
(...)
João Goulão entende as salas de injecção assistida como "uma porta de entrada para um sistema de tratamento", afirmando que a sua criação deve ser sempre entendida no âmbito da redução de danos. Considerando a sua criação "útil", o responsável acrescentou que a sua concretização apenas depende da vontade política do Governo.
"Há enquadramento legislativo que permite a sua criação, apenas falta o pontapé de saída que será desencadeado na sequência de uma manifestação clara de vontade política", disse.
Apesar da injecção de drogas ser uma escolha pessoal de cada indivíduo, a maioria da sociedade portuguesa decidiu proibir o seu uso. Agora, há quem queira obrigar os portugueses a financiar, via impostos, o apoio a esta prática que, julgo, continua a ser considerada ilegal...
Durante toda a manhã Bragança esteve praticamente paralisada. Para além das escolas fechadas, o trânsito na zona central da cidade só começou a circular com alguma normalidade a partir do meio-dia. À hora de almoço foram retomadas as ligações por transportes públicos para as aldeias do concelho. Uma situação que não esteve circunscrita à capital de distrito. No vizinho concelho de Vinhais as escolas permaneceram encerradas e a neve inviabilizou também a circulação.###
Os serviços da câmara de Bragança começaram, todavia, a limpar a neve ainda na tarde de domingo, nalgumas artérias da cidade, bem como em várias aldeias. Nalguns locais, em simultâneo, foi lançado sal para dissolver a neve. No entanto, as solicitações eram demasiadas para os meios existentes. A autarquia não possui qualquer limpa-neve, tendo apenas disponíveis duas máquinas de limpeza de estradas que adapta a essa função. A ajudar, junta-se um equipamento dos Bombeiros Voluntários de Bragança adaptado à limpeza da neve. O Instituto de Estradas de Portugal (IEP), para aquela região, possui apenas uma viatura, usada sobretudo no IP4.
(...)
A falta de resposta por parte do município motiva algumas queixas dos brigantinos. Nas zonas periféricas da cidade não foi lançado sal, o que fez com que a neve se mantivesse nas ruas e passeios aumentando a perigosidade para a circulação de carros e pessoas. No bairro de Além do Rio, os bombeiros tiveram que retirar uma viatura que se despistou devido ao estado escorregadio do piso. António Morais, morador na zona, teme que se nada for feito "como isto é uma zona sombria, teremos neve para mais 15 dias".
Uma situação semelhante ocorreu há 10 anos. Na memória dos brigantinos está ainda um forte nevão, em 1996, que obrigou ao encerramento dos serviços públicos. Ontem, Bragança voltou a estar isolada do mundo devido à neve.
Questionado acerca de possíveis incentivos oferecidos para garantir a construção de um novo modelo na fábrica da Autoeuropa, José Sócrates reconheceu que "não há hoje nenhuma proposta de nenhuma fábrica que não tenha que ser negociada com o governo português para poder baixar os custos de produção".
Sendo assim, porque insiste o governo português em práticas casuisticas (e discriminatórias) e não estende os benefícios (refiro-me à redução de impostos e taxas) concedidos a todas as empresas?
THE Indonesian military used starvation as a weapon to exterminate the East Timorese, according to a UN report documenting the deaths of as many as 180,000 civilians at the hands of the occupying forces. The 2500-page report, obtained by The Australian, has been suppressed for months by the East Timorese Government and will infuriate Indonesia, which has punished only a handful of soldiers for the murders, assaults and rapes that occurred during its 24 years of occupation.
(...)
The report, due to be handed by East Timorese President Xanana Gusmao to UN Secretary-General Kofi Annan tomorrow, also criticises Australia for its long-term de jure recognition of the Indonesian occupation and its failure to try to prevent the use of force in East Timor.
It recommends reparations from Indonesia and the members of the UN Security Council, including Britain and the US, who gave military backing to Indonesia between 1974 and 1999, as well as those nations that provided military assistance to Jakarta during the occupation, including Australia.
O secretário-geral do PS poderá vir a antecipar o congresso do PS para o primeiro trimestre de 2006 de forma a minorar eventuais danos internos na sequência do resultados das presidenciais de domingo, noticia o «Expresso».
Segundo o semanário, a medida «visa clarificar que a candidatura de Manuel Alegre não alterou o equilíbrio de forças no partido», numa acção que tem também como objectivo de «antecipar eventuais tentativas de aproveitamento» por parte de apoiantes de Alegre.
«É convicção no Largo do Rato que apenas um cenário poderia evitar preocupações: o de haver uma segunda volta das presidenciais com Soares a conseguir congregar melhor votação à esquerda», escreve o jornal.
Se ao longo da campanha Cavaco é aquele que mais desce, o candidato independente é quem galga mais degraus. Alegre começou com 11,5, termina com 20,6 por cento de intenções de voto.
De acordo com os números, Mário Soares ensaia um caminho inverso, começou à frente de Alegre com 14,5 por cento, baixou, recuperou num primeiro momento depois da participação de José Sócrates na campanha soarista, mas volta a cair nesta recta final para os 12,4 por cento.
Em Dezembro, o Diário Digital foi consultado por 163 mil utilizadores únicos a partir de casa, mais 12 mil do que no mês anterior, sendo o quarto jornal online com mais leitores, revelam os dados do Netpanel da Marktest. Com este resultado, o Diário Digital lidera o segmento de jornais com edição exclusiva na Net.
A edição online do Público, com 262 mil utilizadores únicos, é o meio com mais leitores, seguido de o Record online com 229 mil e A Bola com 219 mil. O Expresso online desaparece do top 5 de utilizadores face aos dados de Novembro, entrando para o seu lugar o jornal O Jogo online, com 156 mil utilizadores.
Adenda: Notícia na ABC News, no PD, no DD e na RR (não percebi bem o que será o «"enquadramento positivo" que existe entre o governo português e os trabalhadores»).
"Según Aznar, Europa vive actualmente una época de 'relativismo cultural', 'enfermedad que afecta a nuestras sociedades de la mano de los intelectuales de izquierda. Ese mismo relativismo político que trata siempre de culpar a EEUU y a Occidente de todos los males del mundo, con la complicidad de muchos de nuestros propios medios de comunicación'."
“The State, Civil Society and Public Administration in Portugal: towards a new paradigm of public service, of the role of the State and of public policies”
Nos próximos dias 20 e 21 de Abril de 2006, a Universidade de Aveiro vai ser o palco duma conferência sobre um tema urgente em Portugal. Entre os organizadores contam-se José Manuel Moreira, André Azevedo Alves, Filipe Teles e Carlos Jalali. Os speakers já confirmados prometem.
[declaro que sem qualquer pudor copiei, quase na integra, o post do Tiago Mendes n'A Mão Invisível]
The European Parliament has adopted a plan aiming to revive the EU constitution, while rejecting attempts to acknowledge the need for a revision of the original text.
"The constitution is not dead. That is the outcome of today's decision," commented the parliamentary rapporteur on the issue, Austrian green MEP Johannes Voggenhuber
(...)
The plan, supported by 385 MEPs, with 125 deputies voting against and 51 abstentions, is a response to the 2005 decision by the member states to hold a "reflection period" over the fate of the treaty, after it was rejected by French and Dutch citizens.
Its main idea is to organise various parliamentary and citizens' forums to keep the issue alive on the public agenda.
(...)
However, a majority of MEPs supported the view that the "positive" outcome of the reflection would be to maintain the constitution's text as it stands now, while taking measures to "meet the concerns" expressed in France or the Netherlands.
These measures could include extra protocols or declarations about the EU's social model to be added to the constitution, a possibility also recently mooted by German chancellor Angela Merkel.
During the debate about the report on Wednesday (18 January), several MEPs rebuffed such ideas, with British eurosceptic MEP Nigel Farrage arguing "This refusal to accept reality is a form of moral deafness. Sooner or later they will wake up, but it will be with a horrendous hangover."
Foram 444 dias que os 52 reféns passaram em cativeiro, na embaixada americana em Teerão. No dia 20 de Janeiro de 1981, faz hoje vinte e cinco anos, foram libertados.
Um quarto de século depois, a tirania dos ayatollahs persiste, brutal, assassina e perigosa. Mas há quem tenha a coragem de resistir — as irmãs Ladan e Roya Boroumand, por exemplo:
The Boroumands are sisters, both with French PhDs, both with other (now abandoned) careers, both daughters of Abdorrahman Boroumand, an anti-Shah, anti-Islamicist Iranian democrat. Boroumand was murdered by agents of the Islamic Republic of Iran in Paris on April 18, 1991, and the sisters know they could meet the same fate: the Iranian regime has a record of killing its opponents outside the country, usually with impunity.
Hoje e para assinalar o vigésimo quinto aniversário da libertação dos reféns de Teerão, lançam um novo site, http://www.abfiran.org/, uma mistura de base de dados e memorial das vítimas do terror iraniano:
Enter the Web site: http://www.abfiran.org/ . Click on "Omid: A Memorial," and then "Search." Enter a name — or a religion, a nationality, an alleged crime. One by one, the stories will transfix you.
Atefeh Rajabi , a 16-year-old schoolgirl: Executed by hanging in Neka, Aug. 15, 2004, for "acts incompatible with chastity."
Azizullah Gulshani: Executed by the state in Mashad , April 29, 1982, for "promoting the dirty, non-Islamic sect of Bahaism."
Ali Akbar Tabatabai: Executed by extrajudicial shooting in Maryland, July 23, 1980, for an "unknown revolutionary offense."
Many of the entries are frustrating. There is "no information on this case," or else the information — from official sources, exile groups, human rights groups — is sparse. Dates are missing, photographs are missing, and although the site has English and Farsi links to nearly 10,000 political victims of the Islamic Republic of Iran, thousands more haven't even been entered yet.
But this, say Ladan and Roya Boroumand, is only the beginning: their "Omid" Web site, named for the word "hope" in Farsi, is a living project that will expand as relatives of the victims of the Iranian Islamic regime add to it, correct it, change it.
Já consegui visitar o site e deixo um desafio a todos os bloggers portugueses: coloquem a ligação para este site em lugar de destaque nas respectivas páginas, visitem-no assim que possível, divulguem os registos da violência assassina do regime dos ayatollahs.
Ao fazê-lo estarão a dar a melhor ajuda possível aos que, como as irmãs Bouromand, arriscam a vida para resistir à tirania.
Se parecer pouco, recordem-se da frase de Edmund Burke: "No one could make a greater mistake than he who did nothing because he could do only a little."
Não se pode sair da pocilga por uns dias, sob o risco de perdermos o hábito à lavagem. Não é que as outras esterqueiras sejam muito melhores, mas nesta há sempre algo do mesmo. Noutra pocilga pouco diferente, Vargas Llosa esteve na sua habitual boa forma no El País, militares (de Capitães a Generais) escrevem cartas aos jornais a contestar o acordo Sapateiro-Catalunha, o Ministério da Defesa da Pocilga Vizinha parece em guerra com os escribas e li artigo de duas páginas em que entre acusações à fuga fiscal de nuestros hermanos e loas aos suecos só um governante recusava um país Orwelliano. Um porco-chefe (sem intenção ofensiva) mostrando a cultura de liberdade que falta aos porcos-chefes da pocilga doméstica. Na pocilga onde como, parece que descobriram que mais de mil carneiros-alunos saem da Universidade sem fazerem uma cadeira que seja, os porcos-chefes decidiram (mais uma vez) que uma galinha (IKEA) que põe ovos deve ser paga para o fazer pelas outras do mesmo galinheiro, os cães que devem dinheiro aos porcos, vão tê-lo penhorado (esteja ele onde estiver) e esperemos que a uma geração de caniches suceda outra (vã esperança) de rotweillers. Parece ainda que um grupo de cordeiros encarregado dos portos quer continuar sob o jugo dos porcos e que um candidato a porco-corta-fitas terá recebido um SOS de outro porco-chefe (mais importante é certo) a garantir que continuarà a mandar nos cordeiros. Houve ainda um pastor-alemão que irritou o porco-mor por causa do ITM (chamam-lhe em-ai-ti) que lhe respondeu que os ratos não mandam nada. Noutra ferme du porc, le porc-chef diz que arrebenta com os leitões que se metam com ele. Acho muito bem. Les porcs sons l’Etat. Perdeu ainda o dragão em casa dos patos, salvando-se a meio da semana de hecatombe maior. Enfim, mais um cocker spaniel morto de fome de volta à quinta sem motivos de regozijo mas com a satisfação de não morrer sem ter vivido a Sagrada Família de Gaudí.
Stephen Harper, whose party is poised to end 13 years of Liberal Party rule when Canadians go to the polls in three days, said the Conservatives would strive to improve relations with Canada's "closest ally" if they win Monday's national vote.
Prime Minister Paul Martin has warned traditionally liberal Canadians that Harper poses as a moderate but supports the U.S. effort in Iraq, opposes abortion and would overturn laws approving gay marriage.###
(...)
Harper's Conservatives have held a solid lead over the Liberals in the polls in the last campaign stretch before Canadians elect a new leader and the 308-seat House of Commons.
(...)
On Thursday, Martin painted his Conservative rivals as "extreme" right-wingers and said Harper intended to stack the Supreme Court with conservative judges.
"This is no abstract issue; we have a vacancy to be filled on the Supreme Court bench," Martin said. "Never have we seen a major political party with such a conservative agenda as this one — an agenda really drawn from the extreme right in the United States."
Martin insists Harper supports the war in Iraq, which most Canadians disdain. Harper has said Ottawa was right not to send troops to Iraq, but should have publicly offered Washington its moral support in the war.
Os seis candidatos são irmanados numa crença comum: o papel preponderante do Estado na sociedade. Nesse aspecto (que é central em toda a sua visão política), as eventuais divergências medem-se por centímetros. A «social-democracia» ou «socialismo democrático» é a todos transversal.
Uma em cada cinco fiscalizações a beneficiários de subsídios de desemprego, de doença ou de Rendimento Social de Inserção, no ano passado, resultou na suspensão ou fim do pagamento da prestação social. Com as inspecções, o Estado poupou cerca de 16,9 milhões euros, de acordo com dados ontem divulgados pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social. No total, o plano de combate à fraude e evasão contributivas e prestacionais permitiu ao Estado recuperar cerca de 300 milhões de euros, já que por via das fiscalizações a contribuintes foram arrecadados mais de 280 milhões.
No ano passado, foram feitas cerca de 280 mil fiscalizações a beneficiários. Mais de 18% revelaram situações de usufruto ilícito de dinheiro público. O subsídio por doença é o que apresenta maior percentagem de fraudes do total de fiscalizações domiciliárias realizadas, um terço resultou no fim do pagamento. Já nas fiscalizações nas residências de beneficiários de rendimento mínimo, um em cada quatro agregados estava em situação irregular.
As fraudes detectadas a nível de desemprego têm menor ordem de grandeza, mas este fenómeno é explicado, pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, pela dificuldade de fazer fiscalizações a esta prestação social, uma vez que "é necessário que o beneficiário seja encontrado a trabalhar".
Cada inspecção conseguiu, em média, recuperar 1.071 euros. Para sabermos qual o valor líquido recuperado (o que realmente interessa ao contribuinte) é necessário o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social disponibilizar, também, o custo médio de cada fiscalização.
No entanto, o número de fiscalizações demonstra, desde logo, uma infeliz realidade do "Estado Social": a necessidade de um "Estado policial".
Os trabalhadores da Autoeuropa votam favoravelmente o pré-acordo entre funcionários e administração da empresa. A RR apurou que o "sim" recolheu 76,8% dos votos
Boas notícias. Esperemos que os trabalhadores da fábrica de Palmela tenham percebido o que estava em causa.
As [energias] renováveis, como a nuclear, só de raspão tocam na dependência petrolífera e na riqueza que, por esta via, transferimos para os países produtores. Coisa pouca, dava para construir um aeroporto da Ota todos os anos.
O blasfemo João Miranda faz o seguinte comentário:
Ora, se para os portugueses o petróleo vale mais que o dinheiro que se paga por ele (caso contrário ficariamos com o dinheiro), numa importação de petróleo, e em termos líquidos, é transferida riqueza para Portugal. Mais, caso se pretenda substituir pela força da lei e do subsídio o petróleo importado por energia produzida internamente, Portugal perde a mais valia para o país que é a importação de energia.
"The New Barbarian Manifesto (How to Survive the Information Age)" Thursday January 19 - 7:00pm LSE - Z225 (St Philips Building - North Block)
Ian Angell has been Professor of Information Systems at the London School of Economics since 1986 and is currently the convenor of the department. LSE (SU) Hayek Society
Editoral de Nicolau Santos, director adjunto do semanário Expresso (meus links):
O SAPO é uma prova vida, um exemplo de que Portugal pode liderar e bater-se de igual para igual com as maiores empresas mundiais. É um caso que nos orgulha, um projecto que devemos acarinhar. Quando escolhemos um mail hotmail ou Gmail em vez de um mail SAPO não estamos a apoiar os técnicos portugueses. Quando utilizamos o MSN em vez do Messenger do SAPO não estamos a ajudar Portugal.
O sucesso do Sapo não se deve ao facto de ser uma empresa portuguesa. Deve-se, sim, à qualidade dos seus produtos e serviços, desenvolvidos pelos trabalhadores desta.
Ao contrário do que diz Nicolau Santos, quando escolhemos produtos e serviços estrangeiros estamos a apoiar os técnicos portugueses. Estamos a dizer-lhes que devem continuar a inovar de modo a não perderem clientes. Estamos a "obrigá-los" a serem cada vez melhores.
O consumo de produtos portugueses por motivos nacionalistas acaba, mais cedo ou mais tarde, por prejudicar a competitividade das empresas portuguesas dado que não existe o incentivo de inovação.
Num mundo global, Nicolau Santos - usando uma analogia - prefere fechar-se numa redoma de vidro sem perceber que, assim, acabará por ficar sem ar respirável...
Segundo notícia da Marktest (via Blasfémias), o candidato presidencial com menor exposição mediática durante a primeira semana do ano foi Jerónimo de Sousa. E, pela primeira vez, Cavaco Silva liderou o número e duração das notícias.
Nota: não estão disponíveis dados sobre o outro candidato oficial, Garcia Pereira.
Todos os candidatos desejam, certamente, que a exposição mediática das suas campanhas seja igualitária. Mas considerem, por exemplo, o caso de existirem 10 candidatos. Teria de haver, nos noticiários, aumento do tempo dedicado às Presidenciais (26m38s) ou menor duração de cada notícia (1m20s).
E, com 20 candidatos, teria de haver uma hora dedicada exclusivamente à campanha eleitoral ou 40 segundos de notícia?
É claro que cada candidato deseja fazer chegar a sua mensagem ao maior número de eleitores. Porém, o tempo de emissão televisiva é um recurso escasso que, usualmente, é pago por quem dele deseja usufruir. Os candidatos não podem, portanto, por detrás de um discurso de tratamento igualitário, exigir a "expropiação" da propriedade privada dos canais de televisão. Se querem exposição mediática têm de pagar pelo espaço publicitário ou desenvolver inovativas formas de comunicação com os eleitores. Por exemplo, na blogosfera!
"A França declarou na quinta-feira que estaria disposta a lançar uma ação nuclear contra qualquer país que realizasse um ataque terrorista no território francês."
Porque não quero um país dominado por um pensamento monocolor, onde o Presidente da República force o Governo a recuar na sua vontade reformista; Mário Soares, numa postura de «Pai da Pátria e do Socialismo», obrigou Luis Amado a «retratar-se» na sua intenção de viabilizar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, impondo os seus preconceitos ideológicos - «podem ficar sossegados que os ENVC não serão privatizados», disse Soares aos trabalhadores - acima do interesse da generalidade dos cidadãos, e que passa por tornar o Estado mais eficiente e com menos encargos para todos.
Porque quero um Presidente que apoie os bons ministros deste Governo - alguns dos quais se fala serem «remodeláveis» - na promoção de reformas urgentes, como as que estão corajosamente a ser feitas na Saúde e na Educação; que seja exigente nas medidas a tomar na área da Segurança Social, das Finanças, e do Emprego.
Porque quero um Presidente da República que controle um Governo que já demonstrou estar em muitos planos afastado das suas promessas eleitorais: subida do IVA, subida do imposto sobre os produtos petrolíferos, sobre o tabaco; anúncio de obras megalómanas que vão forçar o país a manter um esforço insuportável para o desperdício público; clientelismo na nomeação de Vara para a Caixa e de Fernando Gomes para a GALP; exercício indevido do poder estatal, interferindo de uma forma opaca na EDP; «fraude» que é o «Choque Tecnológico».
Porque quero poder fazer o meu futuro em Portugal, e porque vejo com preocupação a debandada geral a que os portugueses mais jovens estão a ser forçados, numa nova diáspora, por falta de oportunidades num país onde não há trabalho, e não se criam oportunidades para os mais novos.
Porque quero voltar a ter orgulho de ser português.
Espero que Cavaco tenha consciência da responsabilidade da sua candidatura, e das expectativas que os portugueses nele depositam.
Appeasement in itself may be good or bad according to the circumstances. Appeasement from weakness and fear is alike and fatal. Appeasement from strength is magnanimous and noble, and might be the surest and perhaps the only path to world peace.
Winston Churchill.
Churchill disse estas palavras por volta de 1950, 5 anos depois do fim da segunda grande guerra e após percepção dos erros cometidos (inclusive pelo próprio Churchill) nos anos 20 do século passado. Que a política de apaziguamento dá frutos a baixo custo, mas apenas em situações excepcionais.
De 12 países europeus, os portugueses são os cidadãos com o moral "mais em baixo", revelando-se também os mais inquietos quanto ao futuro, apesar de terem poucas intenções em poupar.(...) Portugal é também o país onde existe menos intenção de poupar nos próximos 12 meses (3% da população), acompanhando a tendência dos países em análise, apenas contrariada pela Alemanha e pelo Reino Unido - países que registaram, respectivamente, a maior subida no moral e a menor inquietação quanto ao futuro próximo.
[via RR] Num tempo em que se torna cada vez mais claro que a empregabilidade depende de o trabalhador encontrar no mercado (global...) quem lhe compre as capacidades e conhecimentos que oferece e que aumentam assim as incertezas sobre o valor dos seus rendimentos futuros (ou mesmo a sua existência), numa altura em que mesmo os responsáveis governamentais apontam as debilidades do financiamento do sistema de segurança social e se alarmam com a possibilidade de não poderem assegurar pagamentos futuros, comprova-se que poupar não faz parte das preocupações dos portugueses. Até que ponto, cada um de nós, se considera responsável por si mesmo e pela sua família? Parece-me que há o sentimento generalizado que a rede de solidariedade forçada que é o estado providência, assegurará a continuação de rendimentos de todos, se o pior ocorrer (desemprego, doença,...). Este espírito de colocar nos outros, na comunidade, nos demais contribuintes, a preocupação de precaver o nosso futuro pode ajudar a explicar porque são os portugueses tão aversos a alterações no status quo do estado social. Consequentemente, também os partidos, preocupados que estão em assegura o poder "just for the sake of it", não promovem activamente a apresentação e debate de ideias que possam perturbar este sentimento de delegação de responsabilidade. Temo que os sinais de alarme trasmitidos pelos governantes, mais não sejam que justificações para aumentar a colecta (ou seja, mais impostos) que assegure a não falência das prestações sociais e a continuação do que há. Pode-se vir a perder uma oportunidade, que pelo antecipado dramatismo das sua consequências, podia servir de ponto de viragem para uma atitude de maior responsabilidade individual.
Quando leio notícias como esta não posso deixar de concordar que há algo de errado com a UE:
The core theme for the Austrian Presidency of the EU will be 'Sport and the Economy', with particular attention to be devoted to the health industry, major sporting events, tourism, sport in the light of the demographic trend and sport as a job driver.
Don Boudreaux started writing letters to the editor to various newspapers several years ago, pointing out erroneous reasoning, inconsistencies, and economic ignorance. He started distributing those via email, which inspired me to undertake a smaller scale version of his letter writing campaign. We've both been doing it with some success and distributing the letters to our friends, and so decided to make them available here as well. (We hope to recruit some more regular letter writers as well.) Our goal is to offer a market correction to the failure of many journalists to consider the economics underlying the stories they write. Sometimes we'll stray into other topics, such as the rule of law, but the general theme is economics, or the lack thereof, in the media.
"Poderíamos ser tentados a concluir que a 'intelectualidade literária' tem, na atualidade, tanta percepção e senso estético quanto um avestruz diante de um ovo Fabergé. Isso não deixa de ser verdade talvez na maior parte dos casos, mas não podemos descuidar das estreitas relações que a produção artística e cultural mantém com as motivações políticas de uma sociedade."
Ontem de manhã, estava a ver a informação da RTP1 quando uma das notícias era sobre Cheng Ho (ou Zengh He), um grande marinheiro chinês do séc. XV, que teria descoberto a América numa das suas viagens, sendo a prova de tal facto um mapa chinês do séc. XVIII que seria, por sua vez, uma cópia de um mapa chinês de 1418. A peça televisiva afirmava que, provavelmente, seríamos, obrigados a reescrever a história e que afinal Cristovão Colombo não descobriu a América.
O modo como estava redigida a notícia irritou-me ligeiramente. Em primeiro lugar que Colombo não terá sido o primeiro navegador a chegar à América é coisa mais ou menos pacífica. Mas antes de explicar este ponto, há que clarificar algumas coisas.###
Em primeiro lugar, Cheng Ho foi um grande navegador, como se pode ver pelas informações veículadas aqui, aqui ou aqui. Como se pode ver, os chineses terão chegado mesmo a dobrar o Cabo da Boa Esperança bem antes de Bartolomeu Dias (1487).
O livro "Os descobridores" (no original "The Discoverers") de Daniel J. Boorstin (a edição que tenho é do Círculo de Leitores, 1987), dedica o capítulo 25 (pp. 178-185) a este navegador. Mas este mesmo livro dedica o capítulo 28 (pp. 199-205) aos vikings e à sua possível instalação na Terra Nova (ver Leif Ericson) nos finais do séc. X - princípios do séc. XI. Mas esta instalação na Terra Nova falhou apenas passada uma geração. Na p. 204, Boorstin escreve (destaque meu):
Os Vikings foram provavelmente os primeiros colonos europeus na América, o que está longe de querer dizer que «descobriram» a América. A sua colonização através do oceano tempestuoso foi um acto de coragem física, e não de coragem espiritual. O que ele fizeram na América não modificou a visão do Mundo, nem deles próprios, nem de ninguém.
As navegações chinesas tinham um objectivo muito diferente das dos Vikings. A propósito delas, diz o mesmo Boorstin (p. 183):
As viagens tornaram-se uma instituição em si mesmas, com o fim de mostrar o esplendor e o poder da nova dinastia Ming. E demonstraram que as técnicas de persuasão ritualizadas e não violentas eram capazes de obter tributo de Estados distantes. Os Chineses não estabeleciam bases próprias permanentes nos Estados tributários; esperavam, em vez disso, transformar «todo o Mundo» em admirador involuntário do único centro de civilização.
Mas aquilo que se diz sobre os vikings (o não terem alterado a visão do mundo), também se pode aplicar aos chineses, isto é, independentemente de terem ou não terem descoberto a América, isso não alterou, de modo dramático, os acontecimentos futuros, ao contrário do que aconteceu com as navegações de portugueses e espanhóis. Ainda por cima a China, a partir de 1433, isolou-se do resto do mundo.
No entanto, ainda muita água vai correr por debaixo das pontes até se saber (se é que alguma vez se saberá) se os chineses navegaram ou não até à América. E muito menos se poderá dizer que a história terá que ser reescrita. Em primeiro lugar porque os vikings tomaram a precedência e isso é mais ou menos aceite. Em segundo lugar, independentemente de ter ou não chegado à América, Cheng Ho foi um grande navegador e a China era verdadeiramente uma potência marítima. No entanto, nada disso retira importância ao feito de Colombo. E, se for para ver quem chegou em primeiro lugar à América, claro está, que ela já estava habitada bem antes dos vikings lá terem chegado.
Post scriptum. Há um artigo no The Economist que termina do seguinte modo:
Showing that the world was first explored by Chinese rather than European seamen would be a major piece of historical revisionism. But there is more to history than that. It is no less interesting that the Chinese, having discovered the extent of the world, did not exploit it, politically or commercially. After all, Columbus's discovery of America led to exploitation and then development by Europeans which, 500 years later, made the United States more powerful than China had ever been.
Mas Geoff Wade da National University of Singapore escreveu uma refutação ao artigo do The Economist que, a propósito da forma como este termina, diz o seguinte:
First there is acceptance that the "Chinese had "discovered the extent of the world" and secondly there is the implicit claim that Chinese culture is somehow more beneficent and humane than the cultures of the Europeans who exploited the world. This mirrors precisely the rhetoric of the Chinese foreign ministry in respect of the voyages of Zheng He and is an integral part of contemporary PRC foreign policy. Economist readers deserve better.
É que este assunto não é apenas uma questão científica como se pode ver, mas também política.
Os soaristas face à futilidade de nadar contra a corrente
Quem sabe, sabe: vejam lá se esta justificação para uma possível derrota humilhante de Mário Soares (apesar, subentende-se, dos heróicos esforços dos seus marketeiros...) não é bem melhor do que este exercício trapalhão de vitimização. Pontos adicionais para o hp por citar o McKinsey Quarterly, publicação muito estimada cá por casa.
Keith Burgess-Jackson, ele próprio ateu desde sempre, procura explicar a característica aversão dos esquerdistas à religião: Why Are Leftists Hostile to Religion?
Why are leftists hostile to religion? The hostility takes different forms, from denying that theism can be justified (epistemic hostility) to trying to drive religion out of public life (legal or social hostility) to discriminating against theists in one’s personal or professional life (personal hostility). The debate over Design Theory is just one manifestation of hostility. I cannot for the life of me see the harm in teaching high-school students that some scientists and philosophers of science believe that the best explanation of natural phenomena makes reference to a designer. The opposition to such a harmless proposal is so vociferous that it requires an extraordinary hypothesis to explain it. Something more than truth is at stake. Leftist dogma is at stake.###
Let me take a stab at explaining the hostility. The following remarks, like much else in this blog, are meant to be tentative. Leftists are hostile to religion because leftism competes with religion for the same cognitive and affective space. The leftist project of engineering society is thwarted by strong opposing norms such as those embedded in Christianity. At every turn, religion stands in the way of “progress.” Want to normalize homosexuality? Christians believe homosexual conduct is sinful. Want to destroy the sanctity-of-life doctrine so as to promote abortion, infanticide, and euthanasia? Christians believe that every human life, qua human life, is precious. Want to teach sex education in public schools? Christians believe sex education is for parents, not for teachers. Want to end war? Christians believe that there are worse things than death, such as being subjugated. Want to “rationalize” criminal punishment? Christians believe in individual responsibility, desert, and retribution. Want to make abortion freely available as a means of birth control? Christians believe it’s murder.
It’s no surprise that Karl Marx, the father of modern leftism, called religion “the opium of the people.” When you’re competing for a scarce resource, such as the hearts and minds of the populace (proletariat), you tend to view your competitors as enemies, and the appropriate attitude toward enemies is hostility (or ridicule).
"Em um livro publicado nos Estados Unidos, o rabino e professor de Ciências Históricas e Políticas David Dalin pede que se outorgue o título 'Justo entre as Nações' a Pio XII, em reconhecimento pelo que fez em defesa dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. (...) Frente ao atual ressurgimento de anti-semitismo, Dalin propõe recuperar a verdade histórica e estudar as condenações ao racismo feitas pelo magistério da Igreja Católica."
Na conferência promovida hoje pelo semanário britânico "The Economist", em Lisboa, uma pergunta do primeiro responsável pelo Plano Tecnológico a José Sócrates incomodou o Primeiro-Ministro.
José Tavares questionou directamente o chefe do Executivo sobre um acordo de colaboração entre o Estado português e o Instituto Tecnológico de Massachusetts nos Estados Unidos da América. José Sócrates respondeu de forma lacónica. "O projecto MIT consta do Plano Tecnológico. O projecto MIT é decidido pelo Governo e não por nenhum funcionário público português. O projecto MIT será anunciado pelo Governo quando o Governo achar que o deve anunciar", disse.
[via RR] Estou esclarecido. Muito bem! Só os legítimos representantes nomeados pelo governo (presumo que segundo escolha do próprio PM) estão autorizados a apresentar as decisões governamentais. Deve ter sido nessa qualidade que Mário Soares anunciou a não privatização do ECNVC.
Alguns amigos demarcadamente de esquerda festejam a eleição de Michelle Bachelet para compensar eventuais derrotas locais. Foi assim com Lula, é assim com Bachelet. Permito-me recordar que é diferente. Bastava estar atento ao que foi o processo político recente no Chile para advertir que nem Bachelet nem a sua base alinham no folclore lulista e muito menos pelo diapasão de Evo Morales & Hugo Chávez.
A Ikea propõe-se investir 450 milhões de euros em Portugal até 2010, num plano de expansão que criará 1650 postos de trabalho directos em áreas comerciais e industriais. O memorando de entendimento com a Agência Portuguesa para o Investimento foi ontem assinado em Ponte de Lima, na presença do primeiro-ministro e do ministro da Economia. Por definir está ainda a localização exacta da fábrica que o grupo sueco pretende construir no país, sabendo-se apenas que será na região Norte.
(...)
Basílio Horta, presidente da API , questionado sobre os incentivos concedidos à Ikea para que escolhesse Portugal para a localização do seu complexo industrial em detrimento de outros países, nomeadamente Espanha, referiu apenas que serão concedidos apoios à formação profissional e benefícios fiscais por um período de dez anos em função da rentabilidade da fábrica. E acrescentou, citando a lei "os incentivos globais não podem nunca ultrapassar os 15% a 20% do investimento total".
Já o ministro da Economia, Manuel Pinho, sublinhou a importância da captação de investimento directo estrangeiro, classificando-a mesmo como uma "questão de vida ou de morte" para a dinamização da economia "porque este é o tipo de investimentos que vai permitir grande parte das transformações estruturais que necessitamos".
O ministro Manuel Pinho tem razão. É realmente uma "questão de vida ou morte": vida para a subsidiada IKEA e morte para a concorrência (entre outros, a Moviflor) que têm de financiar, via impostos, estes investimentos "estruturais"...
Let's start this analysis with a question. Why do corporations, unions and other interest groups fork over millions of dollars to the campaign coffers of politicians? Is it because these groups are extraordinarily civic-minded Americans who have a deep interest in congressmen doing their jobs of upholding and defending the U.S. Constitution? Might it be that these groups and their Washington-based lobby arms, numbering in the thousands, just love participating in the political process? Anyone answering in the affirmative to either question probably also believes that storks deliver babies and there really is an Easter Bunny and Santa Claus.
A much better explanation for the millions going to the campaign coffers of Washington politicians lies in the awesome growth of government control over business, property, employment and other areas of our lives. Having such power, Washington politicians are in the position to grant favors. The greater their power to grant favors, the greater the value of being able to influence Congress, and there's no better influence than money.
The generic favor sought is to get Congress, under one ruse or another, to grant a privilege or right to one group of Americans that will be denied another group of Americans. A variant of this privilege is to get Congress to do something that would be criminal if done privately.
(...)
You ask what can be done? Campaign finance and lobby reform will only change the method of influence-peddling. If Congress did only what's specifically enumerated in our Constitution, influence-peddling would be a non-issue simply because the Constitution contains no authority for Congress to grant favors and special privileges. Nearly two decades ago, during dinner with the late Nobel Laureate Friedrich Hayek, I asked him if he had the power to write one law that would get government out of our lives, what would that law be? Professor Hayek replied he'd write a law that read: Whatever Congress does for one American it must do for all Americans. He elaborated: If Congress makes payments to one American for not raising pigs, every American not raising pigs should also receive payments. Obviously, were there to be such a law, there would be reduced capacity for privilege-granting by Congress and less influence-peddling.
As reacções surgiram de imediato: o Presidente da ENVC (cujo emprego certamente dependerá da manutenção da empresa na esfera pública), «manifestou estranheza quanto à hipótese de privatização». Já a Comissão de Trabalhadores, antes até de conhecer as condições em que a empresa poderia ser privatizada, e qual o plano de viabilidade que o Governo teria para os Estaleiros, avisou que «se estiver na ideia do ministro a privatização, nós ficamos preocupados e [essa situação] vai merecer a nossa viva contestação». Sem dúvida uma reacção ponderada e genuinamente preocupada com o que podem ser os reais interesses dos trabalhadores: e que deveria passar, entre outros aspectos, por alinhar positivamente em processos de reorganização que tornassem a empresa mais forte.
Ontem, o auto apelidado «pai da pátria» decidiu intervir, garantindo aos trabalhadores, em visita aos estaleiros, «que poderiam estar sossegados» pois teria «garantias do governo» que a empresa não seria privatizada. Aparentemente Soares terá enviado a Luís Amado um «SOS» (parece que queria dizer, «SMS»...), o Ministro ter-lhe-á então confirmado, desde solo chinês, que «a hipótese da privatização era teórica» (ver Público de hoje, página 2).
Podia até criticar esta «brutal ingerência» na actuação do Governo, esta «deriva presidencialista» de Soares, em «contraciclo» com tudo o que este candidato tem defendido e apresentado nesta campanha. Mas simplesmente o que me preocupa é esta sistemática apresentação da «bondade» do sector público contra a «desprezível» iniciativa privada.
Se a solução «privatização» dos ENVC visava, a 11 de Janeiro de 2006, encontrar uma solução para viabilizar a empresa, porque têm os restantes cidadãos que suportar, no sector público, uma empresa pelos vistos menos viável? É esse o fantástico anúncio de Soares? Que os portugueses têm colectivamente que arcar com sectores menos produtivos? Como é que enquadra Mário Soares esta sua defesa «anti-privatização», num país tão necessitado de reformas, num momento em que se exige à generalidade dos portugueses grandes sacrifícios? E como encarar este recuo incompreensível do Governo?
Para quando um candidato que explique aos portugueses que o sector público industrial representa um ónus para a totalidade dos cidadãos, que têm de pagar a ineficiência? E agora Mário Soares é o provedor dos interesses particulares dos trabalhadores de certas empresas, em detrimento do interesse da generalidade dos cidadãos, ao ponto de colocar em xeque um Ministro ausente no estrangeiro?
Quem vai votar neste regresso ao passado? Será que a «Pátria» precisa de um «pai», ou de alguém que respeite as regras e coloque de novo o país ao serviço dos cidadãos?
"Perto de Pucón, o agricultor Rolando Matus Castillo foi assassinado pelos miristas. Ele tentou defender a sua propriedade de 20 hectares.
Em Nancagua, ao sul de Santiago, o capataz Domingo Soto foi assassinado por tentar ultrapassar uma barreira de ocupantes. Ele estava indo para casa, pois a sua mulher estava dando à luz.
José Liendo, um assassino mirista conhecido como 'Comandante Pepe' espalhava o terror pelos campos. As ordens de prisão emitidas contra ele eram simplesmente 'devolvidas' pelos agentes de Investigaciones (a polícia civil). Se algum funcionário público tentava agir em prol do cumprimento da lei, era destituído por 'aferrar-se à legalidade burguesa'. Um dos lemas do Movimiento Camponês Revolucionário, a 'versão agrária' do MIR (Movimiento de Izquierda Revolucionário), era 'TIERRA O MUERTE' - terra ou morte.
Em Rancagua, a Viña Santa Blanca foi tomada de assalto. O filho do proprietário, Gilberto González Gómez, tentou defender o pai que estava sendo espancado. Esse gesto custou-lhe a vida.
No dia 19 de janeiro de 1972, Raúl Quezada Moreno, um fazendeiro de 52 anos, pai de oito filhos, foi assassinado a pauladas por extremistas do Movimento Camponês Revolucionário (MCR).
Em Fresia (sul do Chile), extremistas ocuparam um hospital e agrediram dois médicos, obrigando-os a modificarem um laudo de autópsia no qual estava escrito que a vítima morrera por causa de um traumatismo craniano. Os médicos tiveram que escrever 'morte natural' no laudo. Tudo isso foi feito na presença do subdelegado de Governo. Além de espancarem os médicos, os extremistas ameaçaram violentar as enfermeiras ou até as pacientes, caso não fossem obedecidos. (...) No dia 8 de junho de 1971, o ex-vice-presidente da República, Edmundo Pérez Zujovic, foi metralhado por três membros do VOP, entre eles Heriberto Salazar Bello, um dos líderes do movimento, que no dia 16 de junho do mesmo ano suicidou-se com explosivos dentro do quartel-general de Investigações."
Uma justa homenagem a algumas das vítimas do "democrático" governo de Salvador Allende (1970 - 1973), no Chile. Para essas vítimas, quase ninguém tem lágrimas...
Os partidos políticos preocupados que estão com o afastamento da chamada sociedade civil têm procurado inovar-se com a escolha directa dos seus líderes. Por muito meritória que a decisão seja ela, não trará resultados por aí além. O problema manter-se-á. As pessoas continuarão a não acreditar na classe política e esta permanecerá alheada dos anseios da sociedade. Porquê?
Tanto o PS, como o PSD e o CDS (o PCP e o BE são de índole diferente e por outras razões que não as de carácter ético) foram, salvo raras e honrosas excepções, tomados por quem os vê como um meio de subir na vida. Subir na vida à custa de um partido implica transformá-lo numa máquina de assalto ao poder. Daí à indiferença em conhecer os problemas e estudar as soluções vai um pequeno passo.
Julgo não estar enganado quando digo nunca partido algum ter organizado uma série de debates, conferências, o que seja, sobre os mais variados temas, convidando para neles intervir quem, em virtude da sua própria experiência profissional, conheça a fundo os problemas e pode contribuir com algumas respostas. Da mesma forma, creio, ser nulo o interesse em ouvir quem ocupa todo o seu tempo a estudar e investigar soluções políticas. O que os partidos precisam não é de folclore, mas de escutar as pessoas. Esse é o primeiro passo para a política passar a estar próxima dos eleitores, porque perto dos seus anseios.
"Na época, os próprios jornalistas de esquerda eram obrigados a contar tudo tim-tim por tim-tim, sem poder em contrapartida expor ao menos em detalhes a sua parte, os padecimentos que seus amigos terrorristas sofriam – oh, quão injustamente! – em retribuição das bombas e das emboscadas. Tinham os mais altos cargos e os melhores salários, mas eram tão incompreendidos e infelizes que precisavam consolar-se mediante festinhas de embalo no Copacabana Palace. Terminaram achando que drogas e surubas tinham um alto potencial revolucionário, e não estavam de todo errados, já que acabaram conseguindo mais eficazmente corromper as gerações seguintes do que ganhar alguma simpatia dos contemporâneos para a violência revolucionária. Vindo a calhar com a estratégia gramsciana que então começava a ser importada, o modelo americano de 'guerra cultural' da New Left, que no início julgavam desprezível e burguês na comparação com as propostas truculentas de Che Guevara e Régis Débray, acabou sendo a tábua de salvação que lhes permitiu sobreviver para reinventar depois a história daquele período, fazendo da derrota das guerrilhas uma espetacular vitória publicitária e uma fonte inesgotável de verbas consoladoras."
A former leading adviser on UK government rural policy said yesterday that European farm subsidies should be scrapped.
Lord Haskins also told a conference in Glasgow that, after the purely farming parts had been scrapped, what was left of the common agricultural policy (CAP) should be re-nationalised. Abolishing the CAP would be painful short-term, he admitted. But long-term it would produce huge benefits for British farmers.
(...)
He told a slightly stunned audience at the Semex cattle breeding company conference: "I believe that phasing out subsidies will make farming more efficient and more profitable. On my arable farm this year we will lose money on the three subsidised crops - wheat, barley and oilseed rape
(...)
"Subsidies sustain inefficiencies and encourage farmers to grow crops on unsuitable land. Without subsidies, the inefficient will have to pull up their socks or pass production to another grower, almost certainly larger scale.
"Without subsidies, unsuitable land will go out of arable cropping. Either way, with less supply reaching the market, prices should rise."
Haskins supports the World Trade Organisation contention that all export subsidies and import tariffs should be wound down, and quickly. That will lead to a new, much more competitive, era.
The latest report levels criticism at the government over the secrecy of the ID planning process, conflicting statements made by the Home Office and a disregard for Parliament's right to consider important costs and facts related to the scheme.###
(...)
The report observes: ‘Dozens of questions about the scheme's architecture, goals, feasibility, stakeholder engagement and outcomes remain unanswered. These questions are outlined in this report. The security of the scheme remains unstable, as are the technical arrangements for the proposal. The performance of biometric technology is increasingly questionable. We continue to contest the legality of the scheme. The financial arrangements for the proposals are almost entirely secret, raising important questions of constitutional significance.’
For these reasons, the LSE team has declined to publish further costings for the scheme. In his introduction to the report LSE's Director, Sir Howard Davies observed: ‘As this second report shows, the Government have not been very forthcoming in providing details of their proposals. The LSE team stands by the cost estimates outlined in its first report, but changes to the policy made by the Home Office make it difficult now to produce a definitive assessment of the total cost. Other government departments, if they wish to adopt the ID scheme, may opt in at a later date. Any estimates made of the cost of the current proposals may therefore significantly underestimate the total cost of the scheme in the longer term.’
Para atacar Soares, bastaria escrever entradas com citações dos seus apoiantes maiores: Medeiros Ferreira e Joana Amaral Dias. Citar apelos dos dirigentes socialistas a que os candidatos de esquerda desistam a favor do candidato mais bem colocado. Mais devastador do que citar apoiantes de Soares é difícil. Só mesmo citando o próprio candidato.
José Sócrates desvalorizou, esta terça-feira, as afirmações de Mário Soares, sublinhando que o candidato presidencial «não foi porta-voz do Governo» ao transmitir aos trabalhadores dos estaleiros navais de Viana do Castelo a posição do Executivo sobre o futuro da empresa.
The JOHNNY CASH biopic, 'Walk the Line,' was named Best Motion Picture - Musical or Comedy, and three-time nominee REESE WITHERSPOON won her first-ever Best Actress in a Motion Picture - Musical or Comedy statuette for her role as JUNE CARTER in 'Walk the Line.'
(...)
Apparently losing a bet to Phillippe, JOAQUIN PHOENIX won the Best Actor in a Motion Picture - Musical or Comedy statuette for his spot-on portrayal of Cash, beating such heady competition as JOHNNY DEPP, NATHAN LANE and PIERCE BROSNAN.
The Supreme Court upheld Oregon's one-of-a-kind physician-assisted suicide law Tuesday, rejecting a Bush administration attempt to punish doctors who help terminally ill patients die.
Justices, on a 6-3 vote, said that a federal drug law does not override the 1997 Oregon law used to end the lives of more than 200 seriously ill people. New Chief Justice John Roberts backed the Bush administration, dissenting for the first time.
The administration improperly tried to use a drug law to punish Oregon doctors who prescribe lethal doses of prescription medicines, the court majority said.
(...)
Justice Antonin Scalia, writing for himself, Roberts and Justice Clarence Thomas, said that federal officials have the power to regulate the doling out of medicine.
Não conheço todos os pormenores do caso (e, em particular, não li o texto de Clarence Thomas) pelo que é possível que esteja a ser injusto na minha apreciação, mas parece-me que esta votação é um preocupante sinal da incoerência da ala conservadora do SCOTUS e não augura nada de bom para o futuro.
Supostamente caberia aos conservadores terem um entendimento estritamente limitado (pela Constituição) dos poderes do governo federal. Tal deveria suceder, independentemente da concordância pessoal com as acções dos Estados em cada caso concreto. Custa-me pois a perceber o sentido de voto de Roberts, Scalia e (especialmente) Thomas.
Mesmo que tal estratégia possa proporcionar ganhos no curto prazo, contribuir para que o SCOTUS se transforme num orgão político acaba sempre for favorecer os progressistas que naturalmente desejam a concentração de mais e mais poderes no governo federal. Além disso, votações como esta fragilizam gravemente os esforços para anular a verdadeira aberração jurídica que é Roe vs. Wade (e outras decisões passadas na mesma linha).
Gostaria de pensar que a (praticamente certa) nomeação de Samuel Alito, membro da Federalist Society, pode contribuir decisivamente para restaurar um entendimento mais saudável (e consonante com a Constituição dos EUA) do federalismo, mas com sinais como este temo que haja poucas razões para ter esperança.
(post dedicado ao LA-C, com quem há algum tempo atrás tive uma curta mas interessante discussão sobre Roe vs. Wade)
Fumador, resmungão, com tatuagens nos braços, brigão, apreciador de comida enlatada e até de hamburgers. Sabe-se lá que relação mantinha com o rum. Nunca casou com a namorada. Eis um herói como já não há.
Por uma vez, tenho de concordar com o que se escreve no Mais Livre. Um pavilhão com aparentemente mais de 20000 comunistas, em Portugal e em 2006, só pode ser classificado como um facto "arrepiante".
Garcia Pereira discorda da existência de um défice democrático na região governada por Alberto João Jardim. O que há, diz, "é défice de oposição". O PSD, prossegue o dirigente do MRPP, vai "continuar a ganhar eleições mais 365 vezes" porque "a oposição que se reclama de esquerda na Madeira nunca conseguiu compreender a questão autonómica" e "não tem uma visão estratégica para o desenvolvimento económico e social da região".
"Tentar transformar o dr. Alberto João Jardim numa espécie de demónio dos demónios é uma manifestação de impotência de toda a oposição madeirense."
The Polish ruling party, Law and Justice, believes Vienna is "wasting time" trying to revive the "dead" EU constitution and should focus on more pressing matters such as the services directive instead.
"The constitution must be ratified by all. The decisions of France and the Netherlands closed the matter," Law and Justice party spokesman Adam Bielan told EUobserver on Monday
Num texto publicado no Setúbal na Rede, Armindo Miranda, que se apresenta com o mega-título de "Membro da Comissão Política do Comité Central e Responsável pela Organização Regional de Setúbal do PCP", comenta a decisão dos trabalhadores da Autoeuropa terem votado contra os acordos feitos entre a comissão de trabalhadores e a empresa. Diz ele, a concluir:
A Direcção Regional do PCP, saúda os trabalhadores em luta e manifesta total solidariedade com a sua luta na certeza de que, como a experiência mostra, o capital não dá nada que não seja obrigado a dar pela tenacidade da combatividade dos assalariados. E, estarmos certos de que, com os trabalhadores da Autoeuropa assim será no presente e no futuro, até porque, quando se luta nem sempre se vence mas, quando não se luta, perde-se sempre.
O que é que os trabalhadores podem vir a perder? Penso que o que está, de facto, em causa são os seus postos de trabalho. Dada a história de desemprego para antigos trabalhadores da fábrica Renault em Setúbal (não foi assim há tanto tempo), estranho que não se perceba que esta indústria é um exemplo de que no mundo de hoje não existem empregos para toda a vida.
Todos os assalariados (nos quais me incluo), não só os referidos no texto deste dirigente comunistas, têm de compreender que são fornecedores de um input produtivo (são eles a oferta) e que a empresa (a procura) terá liberdade de adquirir esse input onde ele é, por exemplo, mais barato e qualificado (ou tenha outra característica relevante para a eficiência e eficácia da empresa).Querer prender esse emprego a uma garantia vitalícia é uma barreira à entrada de outros fornecedores, ou seja, ao emprego de quem esteja desempregado ou pretenda mudar de emprego. Querer amarrar esse emprego, recorrendo ao patrocínio legislativo de governantes preocupados com a sua clientela política ou sensíveis aos argumentos proteccionistas e anti-globalistas, recorrendo a perturbações do fornecimento desse input, poderá potenciar a vontade da empresa de deslocalizar a produção para onde encontre fornecedores mais disponíveis. Essa é a realidade que deve ser compreendida.
Que acontecerá aos milhares de famílias cujos rendimentos dependem do fornecimento de trabalho à Autoeuropa e às empresas a ela ligadas se a empresa decidir não atribuir mais modelos à fábrica de Palmela? A responsabilidade individual de cada um, passa por planear as suas acções e enfrentar as consequências. Entre elas pode estar o desemprego.