Em primeiro lugar, queria apenas agradecer a todos os Insurgentes o amável convite, e ao André pelas boas-vindas. Quanto ao resto, e para mal dos pecados dos leitores deste nobre estabelecimento, passarei a colaborar aqui. Para sorte deles, irei fazê-lo apenas de forma espaçada (mas regular, espero), o que certamente lhes irá aliviar o sofrimento, visto que o cantinho original tem que ser mantido (frase descaradamente introduzida para o publicitar), e de gente boa está este blog cheio.
É com grande satisfação que anuncio que a equipa Insurgente passa a partir de hoje a contar com dois novos colaboradores: o Bruno Alves, autor do excelente Desesperada Esperança, e o Claudio Tellez, que vem reforçar o carácter atlantista deste blog.
American establishments located in the UK spend more on ICT. These US multinationals use about 40% more ICT capital per worker than average whereas non-US multinationals use only about 20% more and purely domestic firms use much less than the average.
But this difference in ICT usage is only one part of the story. The US firms also seem to get more out of each dollar spent on ICT than domestic UK firms or multinationals from other countries.###
(...)
Why are the returns so much higher for US firms? Evidence from a separate CEP study - which compares managerial 'best practice' in the United States, the UK, France and Germany - suggests that what gives US firms an advantage is that their organisational and managerial structures are conducive to getting the most out of ICT. American subsidiaries in Europe appear to be better managed than European firms and the subsidiaries of other multinationals.
So why do European firms not adopt more efficient forms of business organisation? There is some evidence that they are doing so. For example, the Walmart model has been imitated by some of the UK's largest supermarkets. It has also been transplanted directly as Walmart has acquired Asda, the UK's second largest supermarket.
But organisational changes are large and costly upheavals, so change is often slow and difficult. What's more, there are regulatory and cultural constraints to adopting US business practices in Europe. But these should not be overstated as according to the CEP study, subsidiaries of US multinationals located in Europe are significantly better managed than purely domestic firms and non-US multinationals.
O estudo completo, da autoria de Nick Bloom, Raffaella Sadun e John Van Reenen, está disponível aqui.
A discussão normal sobre a economia paralela e fuga fiscal tem variado entre duas visões: a académica e a ideologica (mais a segunda que a primeira é certo). Por exemplo: ja ouvi num debate, um representante da CGTP começar por falar de valores de dividas fiscais e evasão fiscal e acabar a discutir défices e numeros como se evasão e divida fossem a mesma coisa e a resolução das dividas fosse a solução para o problema das contas do estado. Oiço e leio também muita gente que discute numeros, percentagens e modelos sem separar o que é diferente embora numa perspectiva diversa da anterior e de forma técnica (sociologica ou outra). Ora não sendo economista ou sindicalista, este assunto atinge-me directamente, pelo que entendo que devo discutio-lo na sua vertente pratica, do dia a dia, mais que na académica ou ideologica que limitam-se a ser consequências e analises da anterior. ### Ha mais que um nivel na economia paralela: A evasão das actividades criminosas/ilegais: trafico de droga, corrupção, contrabando, prostituição, etc; A evasão nos pequenos negocios: sub-facturação, compras/vendas sem registo, etc; A evasão nos negocios que envolvem o estado (onde incluo as autarquias). Os três niveis têm motivações e consequências diferentes. No primeiro caso falamos de margens de lucro brutais que compensam largamente os riscos. Neste caso os lucros são normalmente introduzidos na economia legal através de lavagem de dinheiro, acabando a pagar impostos (embora inferiores ao que deviam ser) no consumo e rentabilidades dos investimentos em actividades legais. No caso da evasão nos pequenos negocios, que esta longe de ser negligenciavel, a motivação assenta na pressão fiscal e nos fundamentos morais que suportam a fuga ao fisco. Assim é moralmente aceitavel para qualquer pequeno negocio fugir ao fisco, quando sabe que os partidos politicos gastam na campanha eleitoral autarquica de 2005 dez vezes mais que na de 2001 e tanto como em todas as campanhas desde 1976, sendo estes gastos maioritariamente pagos pelos impostos. Ou quando sabe que o que paga serve para o estado gastar 65% em si mesmo e que este lhes presta um serviço cuja qualidade esta longe de justificar o preço. Mais ainda, os pequenos negocios que lidam com mercadorias, de acordo com o sistema fiscal, são obrigados a pagar impostos (IRC) não sobre o seu rendimento real (dinheiro ganho) mas sobre a soma do dinheiro ganho + variação de stocks, pereciveis, vendaveis ou não. Assim, uma mercearia que tenha prejuizo na conta bancaria, pode ter que pagar IRC porque a variação de stock é positiva. Isto por si so é ou não uma razão moral valida para fugir aos impostos? Para ajudar a tudo isto, a Justiça e a burocracia estatal não permitem gerir em tempo util (como nos casos das dividas de clientes e dos stocks de bens pereciveis/invendaveis). Neste nivel a colaboração de todos é notoria. Não adianta dizer que os trabalhadores por conta de outrém não têm por onde fugir. É mentira. Seria verdade se o unico imposto fosse uma flat tax de IRS e mesmo assim se considerarmos subsidios de refeição, assistência medica gratuita, ajudas de custo, creches pagas pela empresa, etc, etc; fogem tanto como as empresas que lhes pagam o salario. O terceiro nivel parece-me ainda mais grave que o primeiro, porque ao contrario deste e do segundo diz respeito a meios que não pertencem a nenhum dos intervenientes e relaciona-se com anteriores por mais duas razões: é actividade tão criminosa como o trafico com a agravante de usar dinheiro de terceiros e não tem nenhuma razão moral que a suporte. Supondo (sem fazer nenhum julgamento) que são verdade as historias que se contam àcerca dos negocios camararios com terrenos e afins, de onde vem o dinheiro que enriquece os autarcas? Não é dinheiro privado como no caso do trafico e contrabando. São meios publicos com origem nos impostos pagos pelos privados. Ou seja é uma fuga/crime dupla e a mais danosa das três consideradas, porque retira meios a terceiros sem o acordo destes, meios esses que eventualmente podem ser aplicados no primeiro ou no segundo niveis. Ou seja falamos de duplo roubo puro e simples. É como se alguém entrasse em nossa casa e nos roubasse parte substancial do que possuimos depois de lhe pagarmos uma enormidade. Mais grave ainda é que são os envolvidos neste terceiro nivel da economia paralela que escrevem e aprovam a leis com que se regem a eles proprios. Assim é facil.
Já por aqui foi recomendado no passado mas não é demais fazê-lo uma vez mais: o Margens de Erro, de Pedro Magalhães, tem prestado um contributo importantíssimo para a correcta leitura e interpretação das sondagens.
Revised data released during the summer by the Congressional Budget Office (CBO) provide analysts the ability to make side-by-side comparisons of the spending habits of each president during the last 40 years. All presidents presided over net increases in spending overall, though some were bigger spenders than others. As it turns out, George W. Bush is one of the biggest spenders of them all. In fact, he is an even bigger spender than Lyndon B. Johnson in terms of discretionary spending.
Na revista Única do semanário Expresso (conteúdo pago):
O [Bloco de Esquerda] consegue criticar a Câmara da Amadora por ter contribuído para fazer do concelho um dos maiores caos urbanísticos de Portugal, ao mesmo tempo que tem como mandatário o homem que esteve à frente desta Câmara quase duas décadas... É obra.
Nota: o referido mandatário é Orlando Almeida, presidente da Câmara Municipal da Amadora durante 18 anos pela CDU (abandonou o cargo em 1997).
Tal como um voto num partido ou coligação eleitoral contribui para a eleição de um representante, um voto em branco pode contribuir para a não-eleição de um representante. Os mandatos seriam então proporcionalmente distribuídos pelos que o eleitorado não tivesse querido eleger e pelos que tivesse querido eleger.
Se isso fosse feito, a discussão recorrente sobre o número de deputados ficaria resolvida: seria sempre o número que o eleitorado, votando, quereria preencher, de entre o número fixado na lei.
Diminuindo o número de representantes eleitos, por conversão de mandatos em lugares imputáveis aos votos brancos, seria mais fácil obter maiorias, mas aumentaria, do mesmo passo, a representação de todos quantos quisessem participar em eleições. Em vez dos 40% de abstenção de uma eleição normal, poderia haver talvez 20 ou 25%, com os restantes 20 ou 15% a regressarem ao exercício do seu direito de voto, inelegendo uma parte dos lugares em disputa.
Tem o meu voto!
Adenda: noto, pelos comentários abaixo, que a proposta não é nova. Em Fevereiro já LA-C referia tal solução.
Infelizmente, no nosso ordenamento jurídico-eleitoral, o tratamento que é dado ao voto em branco é semelhante ao que é dado à abstenção. Cobardes. Se o voto em branco elegesse cadeiras vazias no parlamento, quantos dos que se abstêm não votariam em branco? Gostava de saber, mas não sei.
Não faço ideia se George W. Bush alguma vez disse que a invasão do Afeganistão e do Iraque foi decidida por ordem divina, como afirmou o ministro palestiniano da Informação.(...) [Um] pequeno detalhe: quem decidiu a invasão do Afeganistão e do Iraque não foi George W. Bush, que não tem poderes para tal. A invasão do Afeganistão e do Iraque foi decidida pelo Congresso, com os votos dos Republicanos e dos Democratas. É claro que tudo isto tem pouca importância para a malta do costume. Importante é que o que foi dito pelo ministro palestiniano é contra George W. Bush, e tudo o que seja contra George W. Bush é bom — e só pode ser verdade.
Com a completa desilusão que foi a nomeação pelo Presidente Bush de Hariet Miers para o Supremo Tribunal, é tempo de retirar ensinamentos para o futuro. O mais recente artigo de Ann Coulter é um excelente contributo para esse fim:
I eagerly await the announcement of President Bush's real nominee to the Supreme Court. If the president meant Harriet Miers seriously, I have to assume Bush wants to go back to Crawford and let Dick Cheney run the country.
Unfortunately for Bush, he could nominate his Scottish terrier Barney, and some conservatives would rush to defend him, claiming to be in possession of secret information convincing them that the pooch is a true conservative and listing Barney's many virtues — loyalty, courage, never jumps on the furniture ... ###
Harriet Miers went to Southern Methodist University Law School, which is not ranked at all by the serious law school reports and ranked No. 52 by US News and World Report. Her greatest legal accomplishment is being the first woman commissioner of the Texas Lottery.
I know conservatives have been trained to hate people who went to elite universities, and generally that's a good rule of thumb. But not when it comes to the Supreme Court.
First, Bush has no right to say "Trust me." He was elected to represent the American people, not to be dictator for eight years. Among the coalitions that elected Bush are people who have been laboring in the trenches for a quarter-century to change the legal order in America. While Bush was still boozing it up in the early '80s, Ed Meese, Antonin Scalia, Robert Bork and all the founders of the Federalist Society began creating a farm team of massive legal talent on the right.
(...)
Third and finally, some jobs are so dirty, you can only send in someone who has the finely honed hatred of liberals acquired at elite universities to do them. The devil is an abstraction for normal, decent Americans living in the red states. By contrast, at the top universities, you come face to face with the devil every day, and you learn all his little tropes and tricks.
Conservatives from elite schools have already been subjected to liberal blandishments and haven't blinked. These are right-wingers who have fought off the best and the brightest the blue states have to offer. The New York Times isn't going to mau-mau them — as it does intellectual lightweights like Jim Jeffords and Lincoln Chafee — by dangling fawning profiles before them. They aren't waiting for a pat on the head from Nina Totenberg or Linda Greenhouse. To paraphrase Archie Bunker, when you find a conservative from an elite law school, you've really got something.
However nice, helpful, prompt and tidy she is, Harriet Miers isn't qualified to play a Supreme Court justice on "The West Wing," let alone to be a real one. Both Republicans and Democrats should be alarmed that Bush seems to believe his power to appoint judges is absolute. This is what "advice and consent" means.
Parece que a incoerência e a falta de vergonha do Bloco de Esquerda, e em particular do Prof. Francisco Louçã, grande moralizador da política nacional, são mesmo totais:
O candidato do PS à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Nuno Antão, afirmou ao PortugalDiário que espera que Francisco Louçã, que anda a apregoar contra todos os autarcas de outros partidos que têm processos, «retire a confiança à presidente e candidata à autarquia de Salvaterra de Magos».
Em causa está o facto da única presidente de câmara do Bloco de Esquerda, Ana Cristina Pardal Ribeiro, ter sido constituída arguida num processo que envolve três dirigentes do PS local e um agente da GNR.
Francisco Louçã adiantou que não vai retirar o apoio à candidatura de Ana Cristina Ribeiro na corrida à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. O dirigente bloquista reage, assim, ao facto da autarca ter sido constituída arguida no processo “Sirene oculta”.
Segundo a revista Sábado, a autarca de Salvaterra de Magos, eleita com o apoio do BE foi constituida arguida. É suspeita de ter conspirado para afastar adversários políticos.
Aguarda-se uma reacção do Sr. Coordenador do Bloco.
Durante anos, gente de elevadíssima formação humanística, fundos conhecimentos e impecáveis pergaminhos éticos vociferou (e vocifera) contra o famoso muro separando os EUA do México e que procura impedir a entrada de imigrantes ilegais no primeiro daqueles países. Eis uma coisa bárbara, que só os anormais dos "americanos" e a sua mais que consabida brutalidade explicaria. Nunca (por nunca!) na Europa se verificaria tal coisa. Pois não. Por isso é que ontem morreram seis imigrantes clandestinos africanos às mãos do exército espanhol, ao tentarem atravessar um muro separando Marrocos da Espanha no enclave de Melilla. A isto juntam-se mais cinco (salvo o erro) mortos no outro dia. Ah, o que para aí não seria se o exército americano limpasse o sebo a onze imigrantes mexicanos. No fundo, foi azar para a memória destes infelizes não terem sido mortos por americanos. É que, às mãos do exército humanitário de um país europeu, às ordens de um notável governo de esquerda, muito pacifista e pós-moderno, que retirou as tropas do Iraque e legalizou os casamentos homossexuais, ninguém lhes vai ligar. Se fossem os marines, já estava instalado um grande carnaval à porta da Casa Branca e das embaixadas americanas, com Cindy Sheehan, Joana Amaral Dias ou Ana Gomes em manifestações incontidas de indignação. A única parte positiva da história é que ficámos a saber porque é que o exército espanhol saiu do Iraque: é que em vez de andar a matar terroristas iraquianos que querem minar o funcionamento da nova democracia local, passaram a desempenhar a tarefa muito mais nobre de matar imigrantes africanos em busca de uma vida melhor.
This week, the European Union did something remarkable. It chose to become an all-European commonwealth, not the part-European superstate of Tory nightmares. You see, the main effect of the bitterly contested opening of membership negotiations with Turkey is not to ensure that Turkey becomes a member of the European Union, which it may or may not do 10 or 15 years hence. The main effect is to set the front line of enlargement so far to the south-east that it ensures the rest of south-eastern Europe will come into the EU - and probably before Turkey. There's a nice historical irony here. Turkey, which in its earlier, Ottoman, form occupied much of the Balkans, and therefore cut them off from what was then the Christian club of Europe, is now the European door-opener for its former colonies.
Muito interessante esta análise de um importante acontecimento desta semana que passou ao lado dos jornais portugueses. O mundo avança e nós andamos bastante distraídos.
O Comité Nobel norueguês decidiu que o Prémio Nobel da Paz 2005 será dividido em partes iguais entre a Agência Internacional de Energia Atómica e o seu director-geral, Mohammed El-Baradei, pelos esforços para evitar que a energia atómica seja usada com propósitos militares, e por garantir que a energia atómica com objectivos pacificos seja usada da forma mais segura.
Parece-me que a atribuição Nobel ao egípcio não será muito bem recebida pelos conservadores americanos, que ainda se lembrarão da história dos explosivos desaparecidos no Iraque, durante a última campanha presidencial. Entretanto, Bono Vox lá vai ter de esperar mais um ano...
Diz o insuspeito Guardian sobre este livro que explica aos mais pequenos como os liberais (no sentido americano) pretendem atrapalhar a vida de dois empreendedores petizes:
Its heroes are Tommy and Lou, two rosy-cheeked boys who set up a lemonade stand. All they want to do is save up for a new swing. But they reckon without a cast of meddling liberals, intent on passing restrictive laws, taxing their lemonade, and generally telling them how to live their lives. Close readers might detect a hint of satire in characters such as Congresswoman Clunkton, "a star in the Liberaland Socialist Party" who wants to outlaw sugary drinks - or the Kerryesque Senator Kruckle, "who earned his money the old-fashioned liberal way: he married into it".
Parece, pois, uma bela historinha para ler na hora de ir para a cama, em substituição dos mais conhecidos clássicos infantis...
Num dos cartazes da campanha autárquica do PS podem ver-se Luís Catarino Costa (candidato à CMS) e António Vitorino (candidato à AM). No meio, a frase: "Uma equipa para levar Setúbal à vitória".
Sem margem para dúvidas, um jogo de palavras para angariar para a candidatura socialista a simpatia que os setubalenses nutrem pelo Vitória Futebol Clube (que os menos entendidos apenas conhecem por "Vitória de Setúbal" ou apenas "o Setúbal").
Por acaso do destino (e graças à gestão dos actuais dirigentes do clube), os jogadores do Vitória vieram esta semana apelar à "sociedade civil" que os ajudasse a ultrapassar a dificil situação de salários em atraso que, segundo os mesmos, é preocupante.
Há quatro anos, e após 16 anos à frente da CMS, o PS legou ao seu sucessor (da CDU) a Câmara mais endividada do país.
Mesmo tendo amigos profundamente empenhados na candidatura de Maria José Nogueira Pinto à Câmara de Lisboa, não posso deixar de discordar profundamente deste "aviso" de Francisco Mendes da Silva. Como demonstra esta sondagem, nada está decidido em Lisboa em termos de vencedor e parece-me que a prioridade absoluta aí deve ser minimizar o risco de uma vitória de Carrilho pelo que, independentemente de outras razões e preferências, à direita a opção só pode ser votar em Carmona Rodrigues.
Contrariamente ao que acontece, por exemplo, no Porto, em que o PS tem em Francisco Assis um candidato com um perfil aceitável, em Lisboa a alternativa a Carmona Rodrigues é manifestamente má. Será de uma imprudência total direccionar votos para tentar eleger uma vereadora do CDS-PP quando com isso se está a aumentar a probabilidade de ter Carrilho como Presidente da Câmara.
Temo que quem optar por seguir o conselho de FMS acorde na segunda-feira com uma grande dor de cabeça por ter contribuído indirectamente para uma vitória de Carrilho.
O seguinte texto é dedicado a todos os proteccionistas de língua portuguesa!!!
PETIÇÃO dos fabricantes de velas, pavios, lanternas, varas, lâmpadas de rua, apagadores, extintores e dos produtores de gordura animal, óleo, resina, álcool e tudo geralmente relacionado com iluminação
Aos honráveis membros da Câmara de Deputados
Exmos. Senhores:
Vocês estão no caminho certo. Rejeitam teorias abstractas e têm pouca simpatia pela abundância e baixos preços. Preocupam-se principalmente com o destino do produtor. Desejam libertá-lo da concorrência estrangeira, isto é, reservar o mercado doméstico para a indústria doméstica.###
Vimos oferecer-lhes uma excelente oportunidade para a vossa - como lhe vamos chamar? A vossa teoria? Não, nada é mais enganador que teoria. A vossa doutrina? O vosso sistema? O vosso princípio? Mas os senhores não gostam de doutrinas, têm horror a sistemas e, quanto a princípios, negam que existe qualquer um na economia política. Assim, vamos chamar-lhe a vossa prática, a vossa prática sem teoria e sem princípios.
Estamos a sofrer da ruinosa concorrência de um rival que, aparentemente, trabalha sob condições tão superiores à nossa para a produção de luz que ele está, com ela, a inundar o mercado doméstico a um incrivelmente baixo preço; desde o momento em que ele aparece, as nossas vendas são interrompidas, todos os consumidores a ele recorrem e um segmento da indústria francesa, cujas ramificações são inumeráveis, é imediatamente reduzido a completa estagnação. Este rival, que não é outro que o Sol, está a fazer-nos uma guerra sem piedade que suspeitamos estar a ser influenciado contra nós pelo desleal Albion (excelente diplomacia hoje em dia!), particularmente porque ele tem por aquela snob ilha um respeito que a nós não nos mostra.
Pedimos, gentilmente, que passem uma lei obrigando ao fecho de todas as janelas, lucarnas, clarabóias, portadas (interiores e exteriores), cortinas, postigos, olhos-de-boi e estores - em suma, todas as aberturas, buracos, aberturas e fissuras através dos quais a luz do Sol entra nas casas, em detrimento das justas indústrias com as quais, estamos orgulhosos de dizer, enriqueceram o país, que não pode, sem mostrar ingratidão, abandonar-nos hoje a um tão desigual combate.
Sejam suficientemente bons, honoráveis deputados, para considerarem seriamente o nosso pedido, e não o rejeitarem sem, pelo menos, ouvirem as razões que temos a apresentar em seu suporte.
Primeiro, se os senhores limitarem, no máximo possível, o acesso à luz natural, e, portanto, criarem uma necessidade de luz artificial, que indústria em França não será, em última análise, encorajada?
Se a França consumir mais gordura animal, terá de haver mais gado e ovelhas e, consequentemente, veremos um aumento de terrenos desflorestados, carne, lã, cabedal e especialmente estrume, a base de toda a riqueza agrícola.
Se a França consumir mais óleo, veremos uma expansão no cultivo de papoilas, oliveiras e sementes oleosas. Estas plantas ricas em óleo, apesar de extenuantes do solo, aparecerão na altura certa para nos permitir usar lucrativamente o aumento da fertilidade que a criação de gado trará às terras.
Os nossos pântanos serão cobertos por árvores resinosas. Vários enxames de abelhas recolherão das nossas montanhas os tesouros perfumados que hoje desperdiçam a sua fragância, como as flores donde elas emanam. Assim, não existe um único ramo da actividade agrícola que não passe por uma grande expansão.
O mesmo é verdade para o negócio portuário. Milhares de barcos dedicar-se-ão à caça da baleia e, a curto prazo, teremos uma frota capaz de elevar a honra da França e de gratificar as patrióticas aspirações dos abaixo assinados peticionários, fabricantes de velas, etc.
Mas o que dizer da manufactura parisiense? De hoje em diante, observarão dourado, bronze e cristal em velas, lâmpadas, candeeiros e candelabros cintilando em espaçosas lojas que hoje não passam, em comparação, de barracos.
Não existe necessitado resineiro no alto das suas dunas de areia ou mineiro nas profundezas do seu escuro poço que não vá receber salário superior e usufruir de mais prosperidade.
Necessitam apenas de breve reflecção, caros senhores, para serem convencidos que provavelmente não existe um único francês, do rico accionista da empresa Anzion ao humilde vendedor de fósforos, cuja condição não seria melhorada com o sucesso da nossa petição.
Antecipamos as vossas objecções, caros senhores, mas não há uma única delas que não tenham encontrado nos velhos e bolorentos livros dos defensores do comércio livre. Desafiamos a levantarem uma única palavra contra nós que não seja instantaneamente revertida contra os senhores e o princípio por detrás de toda a vossa política.
Vão-nos dizer que, apesar de ganharmos com esta protecção, a França não ganha nada porque o consumidor terá de suportar a despesa?
Temos a resposta preparada:
Os senhores já não têm o direito de invocar os interesses do consumidor. Vossas excelências sacrificaram-no sempre que os seus interesses se opunham aos do produtor. Fizeram-no de forma a icentivar a indústria e aumentar o emprego. Por este motivo, têm, desta vez, de fazer o mesmo.
Aliás, foram os senhores que anteciparam esta objecção. Quando lhes disseram que o consumidor tem um interesse na entrada livre de aço, carvão, trigo e têxteis, "Sim", vocês responderam, "mas o produtor tem um interesse na sua exclusão". Muito bem, certamente se os consumidores tem um interesse na admissão de luz natural, produtores têm um interesse na sua interdição.
"Mas", podem ainda dizer, "o produtor e o consumidor são a mesma pessoa. Se o fabricante lucra com a protecção ele fará o agricultor mais próspero. Contrariamente, se o agricultor é próspero, abrir-se-ão os mercados para produtos industriais". Muito bem, se nos garantirem o monopólio da produção de luz durante o dia, iremos comprar, primeiro que tudo, grandes quantidades de gordura animal, carvão, óleo, resina, cera, álcool, prata, ferro, bronze e cristal para fornecer a nossa indústria; e, também, nós e os nossos numerosos fornecedores, ao tornarmo-nos ricos, vamos consumir muito mais e espalhar a prosperidade por todas as áreas da indústria doméstica.
Vão dizer que a luz do Sol é uma oferta gratuita da Natureza e que rejeitar tal oferta seria, sob o pretexto de encorajar os meios de a adquirir, o mesmo que rejeitar a própria riqueza?
Mas se tomarem esta posição, os senhores dão um golpe mortal na vossa própria política; lembrem-se que até agora excluíram sempre produtos estrangeiros porque e em proporção da medida que estes se aproximam de ofertas gratuitas. Têm apenas metade do motivo para aceitar as exigências de outros monopolistas em relação à aprovação da nossa petição, que está em completo acordo com a vossa prática política; e rejeitar as nossas exigências precisamente porque elas são melhor fundamentadas que quaisquer outras será o mesmo que aceitar a equação: (+) x (+) = (-); por outras palavras, seria absurdo acima de absurdo.
Trabalho e Natureza colaboram em proporções variáveis, dependendo do país e clima, na produção de um bem. A parte que a Natureza contribui é sempre gratuita; é a parte contribuída pelo trabalho humano que constitui valor e pela qual se paga.
Se uma laranja de Lisboa é vendida por metade do preço de uma laranja de Paris, é porque o calor natural do Sol, que é, claro, gratuito, faz pelo primeiro o que o último deve ao aquecimento artificial que, necessariamente, tem de ser pago no mercado.
Logo, quando uma laranja nos chega de Portugal, podemos dizer que nos é oferecida metade gratuita ou, por outras palavras, a metade do preço quando comparada com as de Paris.
Agora, é precisamente com base na sua semigratuitidade (perdoem a palavra) que os senhores mantêm a posição de que a sua entrada deve ser barrada. Perguntam: "Como podem os trabalhadores franceses suportar a concorrência de trabalhadores estrangeiros quando os primeiros têm de fazer todo o trabalho, enquanto que os últimos têm de fazer apenas metade, tomando o Sol conta do resto?" Mas se o facto de um produto ser metade gratuito os leva a excluí-lo do mercado, como pode um produto totalmente gratuito induzir-vos a admiti-lo no mercado? Ou os senhores não são consistentes ou devem, depois de excluirem o que é metade gratuito como prejudicial à nossa indústria doméstica, excluir o que é totalmente gratuito com maior razão e o dobro do zelo.
Tomando outro exemplo: Quando um produto - carvão, ferro, trigo ou têxteis - nos chega do estrangeiro, e quando os podemos adquirir por menos trabalho que se o tivessemos de produzir nós próprios, a diferença é uma oferta gratuita que nos é concedida. O montante desta oferta é proporcional à extensão daquela diferença. É um quarto, metade ou três quartos do valor do produto se o estrangeiro nos pedir apenas três quartos, metade ou um quarto do preço mais alto. É tão completo como pode ser quando o doador, como Sol ao nos fornecer luz, nada nos pede em troca. A questão - que vos apresentamos formalmente - é se o que desejam para a França é o benefício do consumo gratuito ou as alegadas vantagens de produção onerosa. Façam a vossa escolha, mas sejam lógicos; porque enquanto banirem - como fazem - carvão, ferro, trigo e têxteis estrangeiros em proporção conforme o preço destes se aproxima de zero, quão inconsistente será admitir a luz do Sol, cujo preço é zero todo o dia?
Frédéric Bastiat, "Sophismes Économiques" (1845)
Nota: este texto em português é, esperamos, o primeiro de muitas traduções de ensaios e obras de autores liberais; podem contribuir para o seu melhoramento no Wikisource ou na caixa de comentários abaixo.
[N]ão há substituto para uma estratégia de afirmação reformista. O momento é propício para que alguém não se queira limitar a ganhar este jogo, mas antes apresentar as regras de um jogo diferente. Isso obrigá-lo-ia a ser agressivo, polarizador, violento, mesmo? Pois que o fosse: alguém terá de o ser um dia destes. A corrente timidez do prof. Cavaco cria dúvidas: talvez ele não seja, como se vai ouvindo por aí, um primeiro momento de ruptura com a insustentabilidade corrente, mas antes a última aposta para a sua sobrevivência. Aparentemente mais credível do que o dr. Soares? Com certeza. Mas um balão de oxigénio, na mesma. O que é grave, porque mesmo talvez não querendo, o prof. Cavaco (se for eleito) vai, com forte dose de probabilidade, ser chamado a desempenhar o papel de coveiro do que existe e de parteira do que aí vem. E para isso convinha que tivesse ideias claras.
It only stands to reason that where there's sacrifice, there's someone collecting the sacrificial offerings. Where there's service, there is someone being served. The man who speaks to you of sacrifice is speaking of slaves and masters, and intends to be the master. - Ayn Rand
O próximo Café Blasfémias realizar-se-à na terça-feira, dia 11 de Outubro, pelas 21.30, na Cafetaria do Teatro Rivoli. O tema em discussão será, oportunamente, o «Municipalismo».
Quem enriquece sem se ver donde lhe vem tanta riqueza terá de passar ao menos a explicar à República como e quando, isto é, a ter de fazer prova da proveniência lícita dos seus bens. (...) os cidadãos inexplicavelmente enriquecidos terão de explicar, para que a justiça e a moralidade sejam repostas
É a promoção do pobrezinhos mas honrados, que ricos, num país tão desgraçado como o nosso, só se participarem em negócios indignos e ilegais. Os ricos, obviamente são todos culpados de um crime qualquer. O estado de "rico" é algo a que as pessoas de bem e com nada a esconder não devem almejar.
Sejamos desconfiados. Por detrás de cada porta da vizinhança, em todas as vizinhanças, há um velhaco capaz de não declarar todos os rendimentos que lhes permitem as vidas faustosas, indignas de cidadãos honrados. Eu bem desconfio dos milhares que todos os dias entopem os acessos a Lisboa nos seus carros particulares. E as listas de admissão para os colégios particulares? Todos os anos desconfio dos milhares que vão passar férias aos trópicos. Nós sabemo-lo. Com aquele dedo que adivinha. E dizemo-lo aos amigos, aos colegas, aos companheiros de honradez. Os outros andam metidos em algo ilícito. Contra isto, pede-se a declaração pública de honra, a prova de inocência.
Será que as propostas do Sr. Presidente não espelham apenas a desconfiança mesquinha entre os cidadãos e a confiança absoluta nos poderes benignos do Estado omnipotente e dos seus impolutos e insuspeitos agentes?
Ver o Presidente da República defender a inversão do ónus da prova é razão para começar a recear. Em defesa de um regime corre-se o risco de se inverter a liberdade. No entender de Jorge Sampaio, quando o Estado é incapaz de vencer a corrupção, todos se tornam presumivelmente culpados. Todos pagam. Tanto santo, como o pecador.
A vida corre mal para muitos portugueses e a inveja começa a surgir. Mas o mais preocupante é que, num momento como este, quando se esperava do chefe de Estado um gesto tranquilizador, o que surge é uma ameaça velada.
O pessimismo em relação à política e aos políticos tem vindo a crescer entre nós e a ser visto com preocupação. Mas não deverá antes ser considerado como sinal de amadurecimento em relação ao que se pode esperar do comportamento dos políticos? Como medida contra os excessos de optimismo em relação ao que se deve esperar da política? O descrédito é sempre o resultado de um falso crédito. O que temos vindo a assistir não é mais do que a natural revolta contra as ilusões em relação a uma visão da política a que a segunda metade do século passado – com o Estado benfeitor - deu pleno esplendor.###
(...)
O cepticismo do século XVIII acerca da política e dos políticos – na realidade acerca de toda a governabilidade política– começou a desaparecer já no século XIX. Não devemos esquecer que o Estado benfeitor foi introduzido pelo Príncipe Bismarck na Alemanha ainda em finais do século XIX. Podemos até perceber a sua motivação. Ele temia tanto a democracia popular como a revolução socialista, e previu que os trabalhadores industriais poderiam ser mantidos fiéis ao colectivo – ao Estado (hegeliano) – se fossem subornados com promessas de segurança social. Em certa medida Bismarck teve êxito; o atractivo da ideologia marxista nunca foi suficientemente influente para se converter em força importante nos países desenvolvidos. Isso explica, em parte, a divisão, as dificuldades da reunificação e o impasse da última votação, que deu à Alemanha quase o pleno do equilíbrio das tais duas atitudes em relação à política: o optimismo e o pessimismo.
O que ao tempo não se previu foi a crescente influência dos optimistas que permitiu que transferências estatais limitadas dessem lugar a um crescendo de direitos adquiridos. Um processo que, em Portugal, começou tarde mas cedo – graças à mistura de socialismo e keynesianismo – deu lugar à multiplicação de programas de regalias ditas sociais que hoje cada vez mais se revelam insustentáveis e anti-sociais. As ideias têm consequências e as falsas ideias também. Daí a crise, a pressão fiscal e o conflito entre o Estado essencial e o Estado social.
Britons are the most prolific shoplifters in Europe, a survey published on Wednesday showed.(...) They stole 3.58 billion pounds ($6.29 billion) of goods from their nation's shops last year, the equivalent of 1.59 percent of British retail turnover.
Finland had the second worst shoplifting problem followed by Portugal and Greece while the Swiss were the most disciplined shoppers, the survey showed. Theft accounted for 0.89 percent of Swiss retail turnover.
In all, Europeans stole 30.8 billion euros ($36.72 billion) worth of goods from their stores last year -- 71.5 euros per person.
Lisboa tem um problema fundamental. Falta de habitantes. Todas os outros, crime, trânsito, falta de estacionamento e de habitação, resultam deste.
Por não haver quem viva dentro da capital, os que nela trabalham vêm de longe aumentando o custo da sua deslocalização.
A maioria das vezes, esse custo é pago individualmente através do uso do automóvel, outras, de forma colectiva, com os transportes públicos.
Aquando das eleições autárquicas os políticos prometem menos carros na cidade. Mais estradas, mais comboios, mais estacionamento, mais obra. Menos custos individuais, mais custos colectivos.
O Presidente de Câmara que queira resolver os problemas de Lisboa apenas precisa de seguir uma política que fixe as pessoas na cidade. O que será conseguido com uma política de arrendamento natural e não adulterada, de desburocratização dos serviços municipais, acompanhada pela qualidade de vida que é o viver e trabalhar dentro de Lisboa. Uma cidade arrumada, sem obras desnecessárias, sem ter de usar o carro e talvez, nem mesmo os transportes públicos.
Tudo o resto é folclore de campanha eleitoral e ânsia por deixar obra fácil.
Imagine o leitor que o Estado quer construir uma nova infraestrutura (e.g. um TGV ou uma Ota), que custa 100 Milhões de Euros. Para isso vai buscar a impostos uma receita adicional desse montante. Esses impostos são recolhidos no mercado de um ou mais bens. E a actividade dos agentes económicos envolvidos nesses mercados, quer como compradores, quer como produtores, será afectada por este aumento de impostos. Não é surpresa para ninguém o facto de que esses agentes serão afectados negativamente no seu bem-estar. Afinal vão desembolsar agora mais 100 milhões de euros em relação ao que teriam de fazer, não fora esta decisão. O que é menos óbvio é que a soma dessas perdas seja superior aos 100 Milhões que pagam em imposto adicional. Essas perdas adicionais, que dão entre os economistas pelo nome técnico de excesso de carga, são o tal pecado associado ao financiamento por impostos. Infelizmente não é possível recolher receitas de impostos sem causar estas distorções.
"CRIMES ECONÓMICOS - a perigosa tentação...." de Pedro Madeira Froufe no Blasfémias.
Porque não acabarem-se com os órgãos e as autoridades de investigação criminal?
Cada um de nós que faça esse papel, que investigue e que delate!
Se, porventura, se corre o risco de se restringirem os direitos, as garantias e as liberdades individuais?! Bom, pior para estes....a bem do Estado.
Luis Fernades hoje n’O Publico (artigo completo de acesso pago):
No clima neoliberal que tem inspirado as "políticas do défice zero", tem predominado a filosofia do Estado securitário, que reduz problemas sociais a casos de polícia, seleccionando como actores da insegurança precisamente as vítimas maiores das políticas neoliberais - os imigrantes ilegais e os "bairros étnicos"
O virar o bico ao prego parece ter-se tornado o desporto intelectual preferido em Portugal. Luis Fernandes diz que tem estado atento aos problemas dos bairros sociais nos ultimos quinze anos. A ser assim devia ter percebido algumas coisas:
Não ha nem houve nos ultimos trinta anos quaisquer politicas “neo-liberais” (seja la o que for o neoliberalismo) em Portugal;
A actual situação é isso sim, consequência das politicas socialistas e social-democratas ;
A filosofia de estado securitario não cabe em qualquer politica “neo-liberal”. Ja nas politicas socialistas...faz parte;
Os problemas dos imigrantes ilegais e dos “bairros étnicos” são um dos resultados visiveis do total falhanço das politicas sociais que de liberais não têm nada.
Não se tente inverter a lógica causa-efeito. O efeito hoje vivido tem a causa na social-democracia. O efeito hoje vivido não é um excerto liberal colocado no tronco social democrata.
Na Somália, a luta contra o governo central é armada (meu destaque):
Six people were killed and 12 others wounded in fighting over taxes between rival militia in Somalia's capital Mogadishu, residents said on Monday.
The gunfight broke out on Sunday when local faction leader Abdulkadir Bebe tried to seize the Bondhere district of central Mogadishu to collect a new levy which is unpopular with locals, they said.
"They failed to take the area because everybody here has a gun," resident Hussein Ali told Reuters in Nairobi by telephone. (...) In the 14th attempt to restore central government since 1991, Somalia's new President Abdullahi Yusuf returned earlier this year from Kenya but has failed to impose authority and has set up base outside Mogadishu due to insecurity there.
Em Portugal, a nossa arma é o voto. Apesar de menos "eficaz"...
No próximo dia 9 de Outubro (data das eleições autárquicas) muitos portugueses vão, tal como em anteriores eleições, escolher o mal menor. Mas ao votarmos em políticos/partidos cuja campanha é centrada em mais despesa pública estamos, cada vez mais, a escolher o caminho para a servidão.
Um Liberal, mais do que qualquer outro eleitor, tem à sua frente uma difícil escolha: o seu voto não é suficiente para alterar o rumo deste purgatório socialista.
Porém, é na batalha das ideias que o liberalismo tem de, primeiro, vencer. A sua responsabilidade não deve ser o presente mas, sim, o futuro. É nas conversas de café, à mesa com família e amigos, nas salas de aulas e, claro, na blogosfera que os liberais têm de intervir. Porque são estas as reais trincheiras da luta contra o estatismo. Não o boletim de voto!
Com a nomeação de Hariet Miers, parecem confirmar-se as previsões mais pessimistas sobre a incapacidade do Presidente Bush deixar uma marca positiva a nível da composição do Supremo Tribunal. Em pleno segundo mandato, com uma maioria composta por 55 republicanos no Senado e com os democratas fragilizados por sucessivos erros estratégicos, seria razoável esperar que Bush tivesse nomeado Clarence Thomas ou Scalia para presidir ao Supremo Tribunal e que tivesse escolhido dois substitutos para Rehnquist e O'Connor que dessem garantias bem mais substanciais de saberem interpretar o que está efectivamente escrito na Constituição.
Com uma governação caracterizada pelo aumento substancial da despesa pública e por uma política externa aparentemente descoordenada e desorientada (ou, o que será pior, coordenada por quem está mal orientado), restava a possibilidade de actuar sobre a configuração do Supremo Tribunal para que Bush deixasse pelo menos uma marca inequivocamente positiva.
Com mais esta desilusão, salvam-se até ao momento pequenos triunfos como enterrar o aberrante tratado de Kyoto (o qual, no entanto, dificilmente teria sido ratificado no Senado qualquer que fosse a actuação do Presidente), a derrota de Kerry (que, apesar de tudo, teria levado a cabo quase de certeza políticas ainda mais estatistas) e as repetidas manifestações de histerismo provocadas à extrema-esquerda (nos EUA e no resto do mundo). Pouco, muito pouco...
Não há dúvida que o espírito de Munique 1938 continua bem vivo. Agora, há em Inglaterra uns engraçadinhos que acham que a bandeira inglesa pode ofender os presos muçulmanos das cadeias britânicas e que o pessoal das cadeiras deveria evitar usá-las.
The pins showing the English flag -- which has often raised hackles due to its connection with the Crusades of the 11th, 12th and 13th centuries -- could be "misconstrued," Chief Inspector of Prisons Anne Owers said in a section on race in a report on a jail in the northern English city of Wakefield.
The banner of St. George, the red cross of a martyr on a white background, was adopted for the uniform of English soldiers during the military expeditions by European powers to recapture the Holy Land from Muslims, and later became the national flag of England.
A section on race relations in Owers' report said: "We were concerned to see a number of staff wearing a flag of St. George tie-pin.
"While we were told that these had been bought in support of a cancer charity there was clear scope for misinterpretation, and Prison Service Orders made clear that unauthorized badges and pins should not be worn."
A cruz de Santo André parece que dá más recordações aos muçulmanos.
Chris Doyle, director of the Council for the Advancement of Arab-British Understanding, said Tuesday the red cross was an insensitive reminder of the Crusades.
"A lot of Muslims and Arabs view the Crusades as a bloody episode in our history," he told CNN. "They see those campaigns as Christendom launching a brutal holy war against Islam.
"Muslim or Arab prisoners could take umbrage if staff wore a red cross badge. It's also got associations with the far-right. Prison officers should be seen to be neutral."
Doyle added that it was now time for England to find a new flag and a patron saint who is "not associated with our bloody past and one we can all identify with."
Isto é do mais idiota do que se pode obter numa sociedade que se verga ao politicamente correcto, ao multiculturalismo, à diversidade, ao pretenso cosmopolitismo e a sei lá mais o quê, que tem consideração por todos os outros, menos pela sua própria cultura.
Além disso, quantas vezes é preciso dizer que as Cruzadas apenas foram uma resposta da Cristandade às agressões praticadas pelo Islão desde o séc. VII. Durante três séculos a Cristandade esteve na defensiva e apenas no final do séc. XI teve forças para lançar uma espécie de contra-ofensiva que aliás, sem se chamar Cruzada, já existia na Península Ibérica com a chegada, cada vez em maior número, de cavaleiros francos, prontos a ajudar Afonso VI, rei de Leão e Castela, depois da derrota deste em Zalaca em 1086 às mãos dos Almorávidas (cuja intolerância religiosa, mesmo em relação aos outros muçulmanos - al-Mutamid que o diga-, é conhecida e antecede a dos cruzados).
Voltando ao assunto, esta gente da brigada do politicamente correcto é perigosa porque acredita cegamente nas suas teorias que, se fossem levadas completamente a sério, apenas levariam à destruição da sociedade ocidental tal como a conhecemos. E, podem crer, se não houver uma sociedade ocidental tal como nós a conhecemos, também não haverá nem democracia, nem liberdade, nem direitos humanos, nem nada disso.
You know those showers where the merest nudge of the dial turns the water from freezing to scalding? Mainstream European politics is the opposite of that. You can turn the dial all the way from “left” to “right” and it makes no difference.
They put their centre-right foot in, they pull their centre-left foot out. But they don’t yet understand they’re about to be shaken all about.
Muslims v Jews in Palestine, Muslims v Hindus in Kashmir, Muslims v Christians in Nigeria, Muslims v Buddhists in southern Thailand, Muslims v (your team here). Whatever one's views of the merits on a case by case basis, the ubiquitousness of one team is a fact.
Dudley Metropolitan Borough Council (Tory-controlled) has now announced that, following a complaint by a Muslim employee, all work pictures and knick-knacks of novelty pigs and "pig-related items" will be banned. Among the verboten items is one employee's box of tissues, because it features a representation of Winnie the Pooh and Piglet. And, as we know, Muslims regard pigs as "unclean", even an anthropomorphised cartoon pig wearing a scarf and a bright, colourful singlet.
Dando seguimento a uma oportuna sugestão do leitor Rui Carmo aqui fica mais um excelente exemplo de comunicação política documentado no Blogautarquicas.
Um excelente artigo de Robert Novak sobre a criminalização da política e a politização do sistema de justiça que inevitavelmente lhe está associada. Um artigo escrito no contexto da perseguição movida a Tom DeLay mas com muitos aspectos que se podem aplicar sem dificuldade também a Portugal.
Last Wednesday afternoon after Tom DeLay's indictment was announced, the caterwauling began among House Republicans about their own decision of Jan. 3. By reinstating a rule that a party leader must resign if indicted, Republican House members complained, they had placed a gun in the hand of a Democratic district attorney frantic to use it.
(...)
In today's polarized climate, both parties have contributed to the criminalization of politics. But Democrats, losers in both elections and the world of ideas, have turned to using the criminal process over the last two decades. That means depicting DeLay not as a mere reactionary politician but the cause of national corruption. This resolve was furthered by the reckless DA in Texas and a retreat by House Republicans.
O gado francês produz mais do que duas vezes o total de gases emitidos pelas 14 refinarias de petróleo do país, segundo um relatório de economistas do país.
Suas emissões também incluem o óxido nitroso, ou o gás do riso. A agricultura francesa é a campeã européia de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
There are too many victims of state failure in Britain today. I want to be their champion, giving them genuine opportunity to live a fulfilled life. We will only achieve this by a radically different approach. The typical reaction to today's lack of social mobility is to do what Gordon Brown does: demand more state intervention. But the immobile society is, in large part, the result of too much government intervention, and of the wrong sort. It is a myth that such heavy-handed intrusions help the poor. They don't.
David Davis, candidato à liderança dos Tories, 14 de Setembro 2005.
Este discurso de David Davis, candidato à liderança dos Tories e proferido no Institute for Public Policy Research, no passado dia 14 de Setembro, assenta que nem uma luva na realidade portuguesa. É preciso que tomemos consciência que as políticas defendidas e aplicadas pelo governo do eng. Sócrates já foram tentadas noutros países. Países que, dando conta do seu insucesso, fazem agora um sério esforço por mudar.
Já, por diversas vezes, foi mencionado n’O Insurgente. O Estado Social faliu ao trair quem prometeu servir: Os mais necessitados. Tanto o sistema de saúde, como o de educação, não favorece os mais desfavorecidos, mas os influentes. O mesmo sucede com a Segurança Social. Qual dos leitores espera receber a reforma para a qual, obrigatoriamente, desconta? Vivemos num Estado em que os mais influentes se arranjam de qualquer forma e os outros ficam a ver.
Estes problemas não se resolvem com pequenas reformas. A sua causa não se encontra em erros organizacionais, mas na estrutura em si mesma. O problema reside no Estado Social. Na rigidez das suas políticas sociais.
Seria importante que os partidos de direita deixassem de ter medo de propor medidas liberais. Ser liberal não é ser a favor dos mais ricos, mas de quem mais precisa. É ser contra os favorecimentos escandalosos que resultam do Estado Social.
Tomei conhecimento através do Rodrigo Moita de Deus que na TSF se ensinava hoje aos portugueses que o Estado Novo era tão "fascista como a alemanha nazi". Ora, bem analisada a afirmação, ela até pode ser considerada razoável. Senão vejamos: uma vez que a Alemanha nacional-socialista não era fascista (confundir fascismo e nacional-socialismo continua a ser infelizmente um erro corrente), é razoável afirmar que o Estado Novo (que também não era fascista) era tão "fascista como a alemanha nazi".
Não foi certamente este o sentido pretendido por quem aos microfones da TSF fez a comparação acima referida mas o facto é que a expressão não será necessariamente falsa.
Ciclo FALAR DE BLOGUES - «Falar de blogues no feminino» Falar de blogues no feminino 13 de Outubro, 19:00 horas
Com: Carla Quevedo, autora do blogue Bomba Inteligente. Isabel Matos Ferreira, autora do blogue Miss Pearls. Isabel Ventura, mestranda em Estudos sobre as Mulheres. Patrícia Antoniete, co-autora do blogue brasileiro Megeras Magérrimas.
Sobre que assuntos falam as mulheres na blogosfera? Que motiva as autoras dos blogues? Que dados têm sobre quem as lê? Haverá especificidades da intervenção das mulheres na blogosfera?
Organização: José Carlos Abrantes e Almedina Livraria Almedina Atrium Saldanha, Loja 71, 2.º Piso Lisboa