Now that the mourning for John Paul II has ended and he has been laid to rest in St. Peter’s, it is time to consider the state of the church he led for 27 years. For, despite his extraordinary life, his holiness and his critical role in bringing an end to communist rule in Eastern Europe, the condition of the church is grave. ###
(...)
The papacy of Pius XII was a time of explosive growth in the church, while that of John Paul II coincided with Catholic scandal and decline. Was the Holy Father responsible for the latter? No, but it is regrettably true that the decline that began at the close of Vatican II continued unabated through the papacy of John Paul II. Conceding his sanctity and charisma, he was unable to stop it.
But what was the cause of it? Defenders of Vatican II say that blaming the council “reforms” they cherish for the decline in vocations and devotion is a classic case of the logical fallacy, “Post hoc, ergo propter hoc.” After this, therefore, because of this.
Simply because a precipitous Catholic decline began with Vatican II does not mean Vatican II was the cause, they contend. Perhaps not. But there is no question but that—measuring what the council produced against what Catholics were promised—it was, in Jimmy Carter’s phrase, “a limited success.” Neither Paul VI nor John Paul II was able to arrest the spread of heresy, defections and disbelief that followed the Second Vatican Council.
(...)
With much of the church having succumbed to the heresy of modernism, it needs an Athanasius. As good a man as the pope was, as great as were his achievements, as noble as was his witness for life, the Catholic Church still awaits that bishop.
O comunismo ateu, principal calamidade do Séc. XX, está hoje, felizmente, reduzido a expressões do calibre do que se pode ler por exemplo aqui, aqui ou em grande parte do que se escreve aqui. Tal não quer dizer, no entanto, que a ameaça relativista não encontre hoje expressões sérias.
Depois de ouvir nos últimos dias vários neocatólicos a repetir os seus clamores por uma maior "democratização" da Igreja e outros chavões do catálogo progressista a que nos foram habituando ao longo dos últimos tempos, estou ainda mais convicto de que o maior risco da actualidade é precisamente a tentação de cair na heresia modernista.
Um post motivado por discussões com outros digníssimos insurgentes, cujas preferências em matéria musical, certamente por ignorância minha, só consigo classificar como esotéricas.
Até prova em contrário, os governos civis representam uma estrutura que poderia ser abolida sem grandes perdas de eficiência para a governação do país. Provavelmente, podia-se ganhar mesmo alguma eficiência, transferindo algumas das suas competências para outros órgãos.
Este cargo, nos termos previstos no artigo 291º da CRP, representa o governo no distrito, sendo por isso mais uma forma de satisfazer clientelas partidárias locais aquando das nomeações dos titulares. Tem ainda como competências a aproximação entre o cidadão e a administração, a segurança pública e a protecção civil. Outras responsabilidades do cargo são "Elaborar o cadastro das associações desportivas, recreativas e culturais para efeitos de gestão dos subsídios a atribuir; Registar dispositivos de alarmes; Autorizar rifas, tômbolas, sorteios, concursos publicitários, concursos de conhecimentos e passatempos".
A nova governadora civil de Setúbal esclarece-nos sobre a posição do governo:
Enquanto durar a legislatura do Partido Socialista, isso [extinção dos governos civis] não acontecerá, pois é uma medida que não está nos planos deste Governo. Admito que há reformas a fazer em termos de ordenamento e organização territorial, e vou estar atenta para ajudar nessa matéria, mas o actual Governo não transmitiu a ideia de extinção a nenhum dos governadores civis, que tomaram posse esta semana.
Adenda: Verifico que partilho da mesma opinião do blasfemo Gabriel Silva.
Debate on economic policy, such as it is, has now been narrowed to an exchange between one party that wants to increase public spending and another that also wants to increase it, but at a slightly lower rate. Indeed, there is an atmosphere of near- witch-hunt against anyone who dares to deviate from the cross-party chant: "Public spending good, big tax cuts bad."
This leaves the electorate with little choice in the economic realm between Tweedle-Dum and Tweedle-Dee. And heaven help you if you depart from the script. Barely had the name of Nick Herbert emerged as the Conservative candidate to replace the errant Howard Flight than the BBC had sunk its teeth into him.
Yesterday morning, Gordon Brown joined the lynch-mob, faux-shocked that Mr Herbert had not only advocated reductions in public expenditure but also the adoption of a flat tax in Britain. Brown referred to this issue several times, as if it was an idea akin to shooting the poor (after, presumably, all the nation’s hospitals have been closed and school-teachers summarily fired en masse). A flat tax! Whatever next? Social security abolished and soup kitchens in the street?
Não sou economista, nem tenho conhecimentos técnicos suficientes para me pronunciar sobre o défice e os problemas que ele acarreta. Apenas, ouvindo e lendo o que a grande maioria diz sobre o assunto e socorrendo-me da boa e velha técnica que é o bom senso, acredito não ser saudável lidar com uma despesa pública bastante acima da respectiva receita. Mas o que tem sido defendido em Portugal? Basicamente que a receita e a despesa devem andar lado a lado. Não devem fugir muito uma da outra. Este foi o discurso que a coligação PSD/CDS vendeu durante os seus quase três anos de governo. Era sua intenção convencer os portugueses da necessidade de controlar a despesa. O tiro saiu-lhes pela culatra. Na verdade, para os socialistas, tudo é possível se as receitas também subirem. Na minha opinião (e agora é compreensível porque disse não ser economista) a resposta da direita apenas pode ser política e nunca de cariz económico. A direita tem de lutar, tanto pela descida da despesa como da própria receita. Tem de se bater pela redução dos impostos. Numa primeira fase, os desequilíbrios serão inevitáveis e, possivelmente, na mesma proporção do abanão, mas julgo não haver outra alternativa.
A direita tem procurado uma resposta economicamente viável para a reforma do Estado. Creio que a solução não se encontra aí na medida em que o problema é político. Se a direita se virar para critérios meramente económicos ficará refém das políticas de esquerda. Tal qual o governo de Barroso, Portas e Ferreira Leite. Os resultados foram os que se viram. O governo actual é o que todos sabemos.
A edição de hoje do Público dá “pano para mangas”. Sobre a troca de livros escolares, um senhor da comissão do livro escolar da APEL diz que não faz sentido que os alunos do 3º ciclo entreguem os livros se vão ter que rever a matéria para os exames do 9º ano. Quem é este senhor? Por que razão esta gente se acha no direito de dizer o que os alunos precisam ou deixam de precisar? Também posso dizer-lhe o que é que os filhos dele precisam?
O espírito do liberalismo atacou Miguel Sousa Tavares outra vez.
De acordo com a notícia, o estudo A Mudança na Administração Pública diz-nos o que já todos sabemos. Por exemplo que não há uma cultura de serviço de qualidade perante o cidadão.
Sobre o XXVII Congresso do PSD, a análise do Political Compass sobre o posicionamento de vários líderes, é de rir. Dos exemplos, não há nenhum libertário de direita. Só de esquerda. Deveria chamar-se Moral Relativism Compass.
O problema do centro de logística brasileiro em Espanha é outra notícia hilariante. Mas alguém no seu perfeito juízo colocaria um centro destes em Portugal?
Segundo o seu "testamento", o papa João Paulo II terá considerado em certa altura a hipótese de renunciar. Recorreu a uma frase bíblica (cântico de Simeão), que reza assim: «Nunc dimittis servum tuum, Domine (...) in pace» [«Agora, Senhor, deixa partir este teu servo em paz»]. Pois um ignorante locutor de uma televisão nacional traduziu essa frase por «Nunca te demitas»! É evidente, não é? "Nunc" só poderia significar "nunca"! Pois não é verdade que o Português veio do Latim!?
A RTP está a transmitir uma publicidade aos seus programas sobre um deles a que chamou "Totus tuus - Todos teus" (pelo menos à hora almoço é assim que o estão a dizer). Não sei de que trata o programa, estava a almoçar e a televisão estava sem som, mas se "todos teus" está lá como tradução de "totus tuus", então está errada, pois a expressão latina, que era o lema de João Paulo II para o seu brasão, quer dizer "todo teu".
Aliás "totus tuus" é apenas parte da expressão "totus tuus ego sum, Maria", cuja tradução pode ser "Ó Maria, sou todo teu". Esta sua dedicação a Maria explica-a João Paulo II no seu livro "No limiar da esperança" (aqui com apontador para versão em italiano).
Por outro lado, ontem, na SIC-N, quando Joaquín Navarro Vals, porta-voz do Vaticano, falava das condições em que se iria processar o Conclave, diz a certa altura, em italiano, "finestre sigillate", que a SIC-N notícias traduz como "janelas guardadas". "Guardadas"? Por quem? É lógico que Vals referia-se às janelas ficarem fechadas e bloqueadas, poder-se-ia dizer, "seladas".
Haverá muita gente que poderá pensar que isto são apenas minudências, pormenores sem importância. O problema é que estes dois exemplos que trouxe aqui são exactamente apenas isso: exemplos. Isto repete-se a uma frequência, por vezes, assustadora. E isto, apenas nas línguas de que conheço algo. Na televisão, na rádio, na imprensa. E isso revela uma falta de rigor a este nível que pode, também, denotar falta de rigor a outros níveis, como por exemplo, na exactidão da informação transmitida.
Ontem, o comissário europeu para o comércio, Peter Mandelson, revelou a decisão de abrir investigações caso as importações texteis da China subam entre 10% e 100%, dependendo do tipo de produto. Esta política não é concensual na UE e a Suécia tem sido justamente um dos seus principais oponentes. Mas a explicação pode ter mais a ver com proteccionismo na própria Suécia do que com preocupações com a livre circulação de mercadorias. Via Forbes:
"Sweden's Hennes & Mauritz AB, Europe's largest fashion retailer, said Wednesday that lower textile quotas from China and other Asian nations had helped boost its first-quarter results, which included a 29 percent jump in earnings. H&M gets 60 percent of its textiles from Asia, including China, South Korea and Thailand, said company spokesman Carl-Henric Enhoerning. He declined to comment on possible new trade barriers against China, saying it was a political decision."
O comissário europeu encontrou também argumentos de solidariedade para justificar estes mecanismos:
"We have responsibility in Europe for our close neighbors in the Mediterranean, but also as I have said, for some very weak and vulnerable developing countries which are depending on the textile sector," Mandelson said. "We cannot stand by as they are swept aside in the event of massive surge in exports from China."
Numa atitude que a mim me parece um exemplo a seguir por outras ONG's, sempre críticas da globalização liberalizante, a Oxfam tem contestado esta determinação europeia (que é americana também):
"Northern policy makers sometimes forget that their policies on market access for Chinese imports have a direct bearing on prospects for poverty reduction in urban China."
Na entrevista do Publico ao Dr António Borges, o jornalista afirmou que a dimensão do estado não afecta o crescimento económico, dando a Finlândia como exemplo, ao que o primeiro respondeu: “Absolutamente de acordo.”
É o Dr António Borges já com tiques de político, leu demasiado Derrida, são os dados publicados mentirosos ou quem é que anda aí?
Esboçar qualquer tipo de argumento do género: "Uns tinham 3 eram maus, estes têm 4 são piores" é algo que um adolescente medianamente letrado consegue refutar.
Interessante será a partir de agora verificar a evolução dos indicadores citados com o Partido Socialista. Veremos se a despesa continua em curva descendente, se estanca ou inverte.
Veremos onde irá existir corte de despesa. Até ao momento, lendo os media, consigo perceber onde não vão existir cortes. Lemos até onde irá existir aumento de despesa.
Sobre a sua diminuição, os socialistas continuam calados que nem ratos.
Caro MP, durante os governos PSD/CDS o que estava em "curva descendente" era, somente, a taxa de crescimento da despesa pública! Melhor que o governo socialista anterior, mas não suficiente.
A esquerda (toda a esquerda) aposta o seu futuro na manutenção do Estado Social. Ela acredita num conceito que denomina de solidariedade social que de tão abstracto, é difícil controlar os seus limites. Tal como os seus custos traduzidos na enorme burocracia existente e nos sucessivos défices públicos a que apenas o aumento dos impostos parece ser a resposta das práticas socialistas. Incredulamente dou-me conta que tal não preocupa a esquerda. É que a continuar o descalabro financeiro, que Sócrates reduziu a uma mera imposição ideológica da direita, a esquerda vê-se perante o dilema da fuga para a frente que o presente governo parece praticar. Aumentar a eficiência da máquina fiscal de forma a ser possível ampliar as despesas e continuar com as ditas políticas sociais. Ora, isto vai levar ao fim do Estado Social tão só porque ele se vai tornar insustentável e impossível. Ao não encarar esta realidade de frente, a esquerda está a dar um tiro no pé e ao contrário da maioria dos liberais desta praça acredito que pode estar aí a possibilidade de se reformar verdadeiramente o conceito que por cá existe do Estado.
No LRC, um discurso do congressista Ron Paul sobre as consequências da guerra do Iraque:
How much better off are the Iraqi people? (...) One hundred thousand dead Iraqis, as estimated by the Lancet Medical Journal, certainly are not better off. Better to be alive under Saddam Hussein than lying in some cold grave. (...) “Are the American people better off because of the Iraq war?”
One thing for sure, the 1,500 plus dead American soldiers aren’t better off. The nearly 20,000 severely injured or sickened American troops are not better off. The families, the wives, the husbands, children, parents, and friends of those who lost so much are not better off.
The families and the 40,000 troops who were forced to re-enlist against their will – a de facto draft – are not feeling better off. They believe they have been deceived by their enlistment agreements.
The American taxpayers are not better off having spent over 200 billion dollars to pursue this war, with billions yet to be spent. (...) Al Qaeda recruiting has accelerated. Iraq is being used as a training ground for al Qaeda terrorists, which it never was under Hussein’s rule. So as our military recruitment efforts suffer, Osama bin Laden benefits by attracting more terrorist volunteers.
Ron Paul, do partido Republicano, é - segundo um estudo (PDF) da revista New American - o mais liberal dos congressistas americanos. Infelizmente, uma "espécie" em vias de extinção...
Sócrates quer estimular a iniciativa privada. Devia começar pelos funcionários públicos! Estimulando a sua saída. Recomenda-se, no Jaquinzinhos, a sequela ao post "O Estado Ladrão".
Por sugestão de nosso leitor N., recomendo editorial do Jornal de Negócios:
A globalização, subitamente, deixou de ser o liberalismo selvagem que os poderosos do mundo arquitectaram para acelerar o processo de saque ao Terceiro Mundo. A história continua a ter selvagens, só que mudaram de cor. Agora são chineses e indianos. (...) Activistas, apalermados, ensaiam o regresso aos protestos de rua, só que agora para apedrejar outros Governos e pelas razões opostas. (...) A esquerda opulenta passou a vida a lutar pelo internacionalismo, mas está em pânico porque é o modelo liberal, através da economia, que obtém resultados onde a ideologia fracassou.
Uma empresa de construção da Letónia foi alvo de um bloqueio imposto pelos sindicatos suecos. O crime desta parece ter sido pagar aos seus funcionários (letãos) menos que o estipulado pelos acordos colectivos de trabalho na Suécia a que empresa não estava vinculada. Pior ainda. O tribunal de trabalho sueco decidiu que o bloqueio era legal. Como não conseguia cumprir as suas obrigações a empresa abriu falência. Algumas centenas de letãos terão ficado desempregados mas o "Modelo Social Europeu" saiu triunfante.
The most fascinating disconnect between our political categories and the reality of John Paul II was the fact that he was perhaps liberty’s greatest champion in the 20th century. That story is well known and needs no repeating here.
But what gets less attention is the fact that it was the Catholic Church that launched the very notion of a sphere of liberty and morality not bound to the state.### After the fall of the Roman Empire in the West, Fareed Zakaria recounts in The Future of Freedom, the Catholic Church remained as an imperfect conscience for rulers who would define the rules of kings as synonymous with the whims of kings. When Emperor Theodosius slaughtered the Thessalonians, Ambrose, the archbishop of Milan, was so repulsed he refused to give the emperor Holy Communion. The emperor cried, No fair! He argued that David had done worse in the bible, to which Ambrose replied, “You have imitated David in his crime, then imitate him in his repentance!” Off and on for eight months, the most powerful ruler in the entire world mimicked the biblical David, dressing in rags like a beggar in order to plea for forgiveness outside the Ambrose’s cathedral.
Over time, the papacy’s moral authority increased. Pope Leo III may have been forced to anoint Charlemagne as Roman emperor, but by doing so he also cemented the notion that even kings were answerable to a higher authority. When Emperor Henry IV challenged the pope’s power of investiture he ended up, as legend has it, kneeling in the snows at Canossa to beg for forgiveness. It was only in modern times, best symbolized by Napoleon crowning himself emperor of the French, that this external authority was firmly rejected in favor of his own will-to-power. It is no coincidence that Napoleon is widely considered the first modern dictator.
This raises one of the great ironies John Paul pushed onto the consciousness of the world. The Catholic Church was the first real advocate of globalization. Communism was another globalizing force ("Workers of the world unite!" and all that). Even though Stalin’s ghost still mocked that the pope had no divisions, Karol Wojtyla pitted his universal creed — the splendor of truth! — against the crust of Communism’s lies. And, with the aid of other lovers of liberty, this pope won.
Some of John Paul the Great’s detractors saw his "social conservatism" as a contradiction to his criticism of capitalism run amok, or regarded his opposition to the death penalty as at odds with his opposition to abortion. John Paul confounded so many because his views on these and other issues were unswervingly consistent with a vision of the world bound not by the ideological categories of the moment but by the standards of eternity. My guess is his vision will be debated long after words like right and left have melted away like the snows of Canossa.
A confirmar-se o que vem relatado no post Assim também eu faço jornais..., Luís Osório, director d'A Capital deve, no mínimo, explicações detalhadas e um pedido de desculpas. Aguardemos.
O Instituto Federal para o Emprego, da Alemanha, pretende colocar desempregados a trabalhar na agricultura. Legalmente existe mesmo a possibilidade de obrigar desempregados de longa duração a aceitar estes trabalhos. Quem não está nada satisfeito, são os agricultores que preferem os imigrantes de Leste. Neste momento haverá 300.000 a trabalhar com visto temporário. O visto é-lhes atríbuido depois de se verificar que não há alemães disponíveis para trabalhar, o que parece levantar problemas de como obter essa informação - como seria de esperar, os alemães não fazem anúncios públicos das suas intenções laborais. Esta situação levanta a questão de como estabelecer quotas de imigração baseadas em necessidades estimadas de mão de obra, numa economia, para um período temporal futuro.
Estes imigrantes são mais produtivos, pontuais, motivados (os alemães encaram este trabalho como menor e temporário), dispostos a trabalhar por um salário mais baixo que os alemães e têm uma maior experiência de trabalhos agrícolas. Os agricultores queixam-se que muitos dos desempregados alemães nem sequer aparecem quando são colocados. Uma associação de desempregados acha que se propuser salários mais altos, os alemães estarão dispostos a trabalhar na agricultura.
Pelas mesmas razões, provavelmente, se vão encontrando cada vez mais imigrantes de Leste em explorações agrícolas portuguesas. Espero que ideias de criar emprego, desta maneira forçada, não estejam incluídas na promessa/objectivo de 150.000 novos empregados do Eng. Sócrates.
A propósito da difícil situação bielorrusa: What Color for Minsk?, por Bogdan Klich.
Belarus is an old Stalinist type of regime. President Lukashenka has ruled with an iron fist for over a decade now. Nevertheless the situation around Belarus is changing. It's not business as usual anymore, particularly after the Orange Revolution. Young Belarusians travel often to neighboring Poland, Lithuania or Ukraine. At Independence Square in Kiev there were many Belarusian white-red-white (banned by the regime) flags waving. Those young people came back home infected with the virus of democracy and a stronger motivation to oppose the regime.###
I'm convinced that Belarus is among the next in line to make a positive step towards democracy. The European model, based on values -- support for democracy, the rule of law, freedom of speech and human rights -- provides a strong center of gravity. It will move in the direction of Minsk. This process is inevitable.
Regarding Belarus the EU has to build on its constructive role in the Ukrainian crisis. A coherent and demanding position of our community at next year's presidential election in Belarus is the least we owe to the people of that country. They struggle, they risk lives for values which are everyday reality for us. We must not let them down.
The Georgians had the Rose, the Ukrainians Orange as the symbol of their peaceful revolution. What will the Belarusians choose to symbolize their struggle for democracy, freedom and dignity? It is only a question of time to know the answer.
Só é pena que o o "modelo europeu" inclua actualmente um Estado Social esclerosado, insustentável e promotor de graves problemas sociais, mas importa ter sempre presente que a luta pela liberdade é permanente e se processa em várias frentes...
"The deployment of Jordanian peacekeepers to East Timor was probably one of the most contentious UN decisions to follow the bloody independence ballot. It was eclipsed only by the cover-up and inaction that followed when the world body learned of their involvement in a series of horrific sex crimes involving children living in the war-battered Oecussi enclave.
IT caused outrage among East Timorese and Australian troops sent to protect them, raised tensions among UN peacekeepers to a deadly new level and caused senior UN staff to resign in disgust.
...The UN mission in East Timor led by Sergio Vieira de Mello (who was later killed in Baghdad) did its best to keep the matter hushed up. The UN military command at the time was only too happy to oblige."
Uma nota cautelar: como é óbvio, estas recomendações não vinculam de forma alguma os restantes insurgentes, entre os quais se incluem detentores de perspectivas diversas da minha relativamente às direitas não liberais. Como se pode constatar na lista do lado direito, também a nível de links se pratica por estas paragens o pluralismo.
"Porque é tão insignificante o liberalismo em Portugal?" de Luís Aguiar Santos na Causa Liberal.
[A] democratização dos regimes parlamentares foi a principal causa da liquidação do liberalismo enquanto doutrina consistente e politicamente organizada. As massas de cidadãos eleitores não eram seduzíveis pelos direitos individuais negativos nem pelo mercado e foram presa fácil para as causas demagógicas dos radicais, para o maná materialista do socialismo ou para a sensação de segurança da arregimentação nacionalista. Com o alargamento do sufrágio, o liberalismo ficou circunscrito aos manuais e a umas poucas cabeças pensantes que permaneciam pouco dadas àquilo a que no século XIX se chamava, sem rodeios e como nos livros dos Antigos, demagogia.
Depois do ter sido publicado, esta semana, o diploma que corrige um entrave legislativo à construção de postos de combustíveis junto de grandes superfícies comerciais, era de esperar que o Sr António Saleiro (líder da ANAREC) respondesse. É conhecida a sua oposição a esta liberalização na distribuição, por razões de segurança para os consumidores. A minha dúvida era qual a forma e a intensidade que as suas intervenções teriam a partir de agora, uma vez que o diploma acaba por ser publicado já durante o governo socialista. O mesmo partido que anteriormente o designou como governador civil de Beja, onde esteve de Nov./1995 a Nov./1997 e com o qual teve alguns desentendimentos.
Nem a propósito, a TSF entrevistou-o a propósito da intenção de António Costa de restringir os custos (só os salariais?) da administração política do e no país. De todos os ex-governadores civis disponíveis, porque é que a TSF se lembraria agora dele? Diz ele que "há alguns esbanjamentos, porque há governadores que têm duas ou três viaturas, e há também despesas com ofertas de almoços e outros custos desnecessários". Será que o problema é usarem cartões-frota das petrolíferas ou não consumirem nos postos da ANAREC? Infelizmente a pergunta que a TSF não fez é que sentido faz manter a estrutura dos governos civis. Indirectamente, pela caracterização que faz da inoperância do cargo, António Saleiro responde: nenhum.
O ministro tem hipótese de poupar aqui algum dinheiro. O problema é que seriam menos umas colocações (custa-me chamar-lhes "jobs") para distribuir pelos dirigentes (não são só "boys") locais.
Exemplo de servidão, agora à escala europeia, trazido pelo leitor NG, um português que trabalha na Suíça.
A recente discussão sobre a Directiva Bolkstein vem pôr o dedo na ferida sobre a servidão à escala europeia.
Actualmente estou a trabalhar na Suíça. Por razões legais (suíças), a empresa suíça para quem trabalho foi obrigada a contratar-me para trabalhar em Portugal, apesar de na realidade passar a maior parte do tempo na Suíça. Resumindo, estou na Suíça como ilegal e pior que tudo sem seguro de acidentes (fiz um seguro turístico, mas corro o risco de mesmo assim não estar coberto se descobrir a minha situação).
O que tem isto a ver com a servidão e com a directiva Bolkenstein? A Suíça, apesar de não fazer parte da UE, está rodeada de países da União e viu-se obrigada a negociar e a legislar para que não sofra tanto os custos de estar isolada. Assim, a Suíça tem com a maioria dos países da UE acordos de livre circulação de pessoas, baixas tarifas alfandegárias e mesmo em muitos locais da Suíça é possível pagar com euros e receber francos suíços como troco. Quando na UE se começou a falar da Directiva Bolkstein na Suíça prepararam-se logo para negociar acordos bilaterais semelhantes com os países da UE. Felizmente o Chirac poupou-lhes a trabalheira toda.
A Suíça tem uma população envelhecida, um custo de vida alto (mesmo para os suíços) e precisa de trabalhadores novos e mais baratos que os suíços como de pão para a boca. No entanto continua a colocar graves entraves à entrada de trabalhadores estrangeiros. Por estranho que pareça, é comum aparecerem nos jornais donos de pequenas empresas a reclamarem contra a lei suíça porque os seus trabalhadores estrangeiros (que segundo os próprios patrões são exemplares e competentes) em situação ilegal são devolvidos à origem sem apelo nem agravo. E com isto condenadas a fechar, pois não só têm dificuldades em conseguir trabalhadores como os que conseguem encarecem o produto final, retirando competitividade às empresas.
Mesmo com 20% da força de trabalho constituída por estrangeiros (estatísticas oficiais), os governos suíços continuam a defender com unhas e dentes o que eles chamam a "qualidade de vida Suíça", razão pela qual tentam impedir a entrada de emigrantes (sobretudo de fora da Europa).
A servidão na Suíça afecta quer os trabalhadores em procura de melhores condições de vida, quer os patrões que são obrigados a fechar actividades produtivas porque o Estado quer defender a sua "qualidade de vida". Será este o futuro da Europa ?
Muito curiosos os números [do Inquérito de Conjuntura] antes do alisamento com médias móveis de três meses, relativos aos consumidores. O indicador de confiança disparou em Março. Querem ver que afinal as expectativas políticas são mesmo importantes para os portugueses?
Clara alusão ao discurso da tanga de Barroso e ao optimismo de Sócrates. Mas, considerando o gráfico apresentado, é curioso, então, que a variação do índice de confiança dos consumidores europeus acompanha a variação do índice português...
Um argumento recorrente quando se discute a evasão fiscal é o seguinte: “se todos pagassem os impostos, todos pagaríamos menos.” Quem usa este argumento parte de um pressuposto que a história prova errado, ou seja, que há um limite para a necessidade de receitas do Estado e que o mesmo quer e é capaz de cumpri-lo. Se fosse arrecadada a totalidade dos impostos de todo o rendimento que todas as pessoas e empresas atingem, o Estado limitaria as taxas às suas necessidades de cobrança actuais. Quando foi que o apetite do Estado diminuiu ou se manteve? Mais receita para o Estado implica só mais despesa, nada mais.
Embora o post seja acerca de outro assunto, esta pequena história abaixo sobre as opções tomadas quando se discutia inicialmente a cobrança de imposto sobre o rendimento nos Estados Unidos ilustra bem este facto.
Como o Estado substituiu os seus cobradores de impostos pelas empresas não existe sequer a possibilidade dos cidadãos responsabilizarem ninguém directamente pelo roubo a que são sujeitos. O Moloch está protegido do protesto e a mudança de governo por si só não resolverá nada, porque a besta alimenta-se a si mesma. É um processo que não tem fim à vista.
Embora este post possa "soar" como apoio à evasão fiscal, não é essa a intenção e não concordo com a mesma por motivos diferentes do argumento inicial.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), José António Silva, afirmou hoje que o primeiro-ministro se mostrou receptivo para suspender a lei de licenciamento comercial e travar a proliferação de grandes superfícies comerciais. (...) "Não somos contra a concorrência, mas é necessária uma harmonia no sector, porque os prejuízos afectam também os consumidores e o próprio ordenamento territorial das cidades", justificou o presidente da CCP.
Primeiro, o crescimento das grandes superfícies será "travada" pela procura. Não é rentável abrir novo shopping se não houver consumidores interessados em lá ir comprar.
Segundo, "os prejuízos afectam também os consumidores"??? Só pode ser brincadeira! Hoje temos maior escolha, horários mais alargados e melhores infraestruturas de apoio por causa das grandes superfícies. E a concorrência destas obrigou o pequeno comércio à descida dos preços. Uns estavam preparados (ex: lojas chinesas), outros não. Perdem alguns comerciantes, ganham sempre os consumidores.
Nota: é nestas alturas que dava jeito uma verdadeira Associação de Defesa do Consumidor.
Volta a meia, há meia-dúzia de iluminados, normalmente bem instalados em universidades públicos e com emprego garantido para a vida inteira à custa dos contribuintes dos respectivos países, que decidem propor boicotes académicos (entre outros a Israel).
Hoje, foi mais um desses casos, pois fiquei a saber por esta notícia do Jerusalem Post que em Birmingham, professores universitários vão propor, uma vez mais, um boicote académico a algumas insituições universitárias israelitas.
Como a notícia menciona, nos últimos tempos, já não é a primeira vez que isso acontece. Aliás, no meu blogue individual, em 21 de Julho de 2004, tive a oportunidade de me referir a isso, através da entrada O boicote académico a Israel, pelo que me dispenso de comentários adicionais.
Apenas quero notar que há pessoas a quem o actual momento de alguma acalmia nas relações israelo-palestinianas desagrada a muito gente. Está visto que esta gente, no fundo, não pretende a paz na região, apenas deseja a destruição do estado de Israel.
BrainstormZ, o problema não é a esquerda socialista ser incompetente, mas inconsciente. Competente ela é, ou não estaríamos atulhados num Estado enorme e omnipresente.
A propósito do post do BrainstormZ, relembro as palavras do ministro sueco do comércio, ontem, no Financial Times:
«The European Union's response to higher Chinese textile exports shows "a growing and worrying protectionist trend" which could eventually undermine the EU's economic competitiveness, Sweden's trade minister has warned. Highlighting a growing divide within the 25-nation bloc over the benefits of trade liberalisation, Thomas Ostros told the FT: "There is an increase in protectionist ideas which I feel is very troublesome, not least in the light of the Lisbon strategy (to turn the EU into the world's most competitive economy.) In the long run, it will mean less economic growth and fewer jobs if we use that type of strategy." The warning comes as the European Commission is expected to adopt guidelines on Wednesday on how to apply so-called safeguard measures on Chinese clothing imports. (...)The row over Chinese clothing imports follows the worldwide lifting of textile quotas on January 1. A Brussels official said the 25-nation EU was now "profoundly and almost equally split" between countries advocating curbs and those, such as the UK and Sweden, warning that such measures would send a damaging signal about the EU's commitment to free trade."We have had a 10-year period to prepare ourselves for free trade in textiles and we should have used that period for preparation," said Mr Ostros. "It is not a sustainable strategy to shelter ourselves now from imports." »
"A China apoia a liberalização do comércio e opõe-se ao proteccionismo comercial, assim como à imposição de medidas discriminatórias e injustas contra os produtos chineses, particularmente os produtos têxteis", afirmou o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Qing Gang.
"A razão principal [destas medidas] é que os Estados Unidos e a Europa, principais importadores, têm algumas regras pouco razoáveis, excessivamente proteccionistas", acrescentou Qing no decorrer de um encontro com a imprensa. (...) A Comissão Europeia deverá analisar amanhã eventuais medidas de salvaguarda para proteger o mercado europeu da entrada de têxteis chineses.
Proteccionismo é uma forma de imposto que impossibilita o consumidor de obter o produto que deseja ao melhor preço.
E, segundo o Artigo 81° da Constituição da República Portuguesa, é uma medida inconstitucional:
Artigo 81.° (Incumbências prioritárias do Estado)
Incumbe prioritariamente ao Estado no âmbito económico e social: (...) i) Garantir a defesa dos interesses e os direitos dos consumidores;
É do interesse dos consumidores portugueses ter livre acesso aos têxteis chineses.
O convite que recebi para colaborar no Insurgente era irrecusável. Por isso, a partir de hoje, há um alentejano-setubalino-vitoriano que por aqui deixará algumas insurgências, tentando não destoar no meio de tantas sumidades da blogosfera.
Vou continuar a escrever no Office Lounging (e também no Bonfim, partilhado com o assaz intermitente Miguel), porque haverá escritas mais pessoais (ou clubísticas) que por lá terão mais adequado abrigo.
A Comissão Europeia vai propor amanhã um investimento de 7500 milhões de euros no sector das pescas entre 2007-2013, um terço do qual será utilizado para medidas de controlo da actividade e investigação sobre os "stocks" nos 25 Estados membros.
O mercado livre gere melhor o stock piscatório, sem a necessidade de "investir" 2,5 biliões de euros.
Menos peixe significa que haverá mais dificuldade em pescá-lo, maiores os custos e, consequentemente, a necessidade de cobrança de preços mais altos. Ora, quem conhece a lei da oferta e procura (a Comissão Europeia, aparentemente, ignora a sua existência!) sabe que o aumento do preço do peixe "europeu" reduz o consumo deste em benefício de produtos substitutos. Decréscimo da procura que levaria, também, à redução natural da frota pesqueira - outro destino dos fundos comunitários...
E, se existisse um mercado livre, passariamos, por exemplo, a comprar peixe da América do Sul, salvaguardando a retoma dos recursos marinhos junto à nossa costa.
"Catholic World News has learned, through confidential sources deep inside the Vatican, that the next Pope will be a Catholic.
Oh, you're not surprised?
Then maybe you're not a member of We Are Church, WomynChurch, EcoChurch, or any of the other groups now emerging to lobby-- uselessly but noisily-- for the selection of a Roman Pontiff who will ordain women, make abortion a sacrament, strike the 6th and 9th commandments from the decalogue, and canonize Che Guevara."
Ao contrário do que o título poderia deixar pensar, o autor deste título não é um ateu ou um detractor do Papa. É um jornalista italiano, especialista em questões religiosas, que dispõe de um excelente blogue, Settimo Cielo, sobre questões religiosas (sobretudo italianas, mas que afectam o topo da hierarquia da Igreja Católica) e também o sítio www.Chiesa. É neste último sítio que se pode encontrar o artigo com o título acima mencionado (em italiano ou em inglês, embora eu recomende, para quem consiga, a leitura em italiano).
Para além do artigo acima mencionado, no seu seguimento, vem ainda um entrevista com um especialista em história do Papado, Giovanni Maria Vian, com uma avaliação do papado de João Paulo II.
O s exames do 9.º ano podem acabar já em 2006. A realização das provas de Português e Matemática no actual ano lectivo não está em causa, mas o Ministério da Educação analisa também formas de minimizar o seu impacto, nomeadamente reduzindo o peso específico da nota - actualmente 25% - na classificação final dos estudantes, segundo apurou o DN.(...)
"Os exames são uma única peça num sistema de avaliação que tem que ser um pouco mais vasto", considerou. "É preciso ter consciência de que avaliam apenas uma parte das capacidades. Não avaliam coisas como a oralidade e o saber fazer das crianças. Têm um lugar importante, mas limitado".
Este fim de semana li o artigo do Daniel Oliveira no jornal Expresso sobre a nova revista Atlântico. Não me cabe fazer aqui uma defesa da dita publicação, mas chamar a atenção para alguns pormenores que, polvilhando, o texto do Daniel, dizem muito sobre a estagnação da esquerda.
O escrito começa com aquilo a que só posso denominar de verdadeira lata, quando o Daniel classifica a revista de “um exercício (...) da mesma lengalenga do costume”. Para quem, caiu na armadilha do marxismo, ouve, bebe e segue o pensamento de senhores como Louçã, Rosas e Fazenda, é caso para dizer que quem tem telhados de vidro nunca deveria atirar pedras. Mas adiante. O Daniel, não consegue falar da direita, sem lembrar a ditadura. Diz ele que “A direita portuguesa, não tinha, ao seu dispor, desde a ressaca da ditadura, intelectuais.”
O Daniel expressa-se ao melhor estilo da escola estalinista deixando cair algumas expressões e mal entendidos. Veja-se como liga de forma ténue e subtil a direita actual com a extrema direita salazarista. Já o fez de forma mais feroz e directa, agora parece optar por outro caminho. No fundo, o mais fácil, aquele que não requer ler e perceber o que a direita diz. A direita, que o Daniel despreza, viu-se obrigada a dissecar Marx, Lenine, Kautsky e teve esperanças no pouco de bom senso trazido por Bernstein. O Daniel não. O Daniel limita-se a ser mordaz, cínico, arrogante quanto baste. Não existe o aprofundar de uma ideia, de uma crítica minimamente capaz que nos faça pensar um pouco. Com esta esquerda não há debate, mas o receber de uma série de insultos menores de quem escreve para se rir, de preferência à gargalhada.
The motivations of the good folks praying for Terri outside the hospice one can understand. The motives of her parents one can understand. Even the motives of Michael Schiavo one can understand. He wants to be rid of Terri to start a new life with his new family.
What is inexplicable is why he did not get a divorce and let her go. What is inexplicable is the behavior of the media talking heads, who seemed so desperately anxious that the judge's ruling not be reversed and that Terri die. Why were they so pro-death?
"Earlier in the day, I had been received by Cardinal Joachim Meisner of Cologne, Germany...
We began by speaking about the centrality of the message of Fatima for John Paul II. Meisner has himself been to Fatima five times in the past 15 years. The first time was just after the fall of communism. Mesiner had experienced communism as the bishop of Berlin, in communist East Germany, before he became bishop of Cologne.
It was Pope John Paul who ordered him to visit Fatima, saying "You are from a communist country yourself, go to Fatima. Before the light of the faith was extinguished in Eastern Europe, the light of faith was lit in Portugal just half a year before. Blessed be Portugal!
Meisner attributed the fall of communism to Pope John Paul. "The Pope pulled the carpet out from under the feet of communism," he said. "Only the one who knows God, knows man."
...But the Pope also became very critical of Western societies, Meisner said.
"I made two great intellectual errors in my life," he said. "The first was thinking that communism would end only after 100 years; the second was thinking that when communism fell, all our problems would be solved. That has proven false."
He said, "Western hedonism, as communism, will also someday collapse..."
Com o intuito de combater a evasão fiscal, a Alemanha resolveu restringir o sigilo bancário. Prevê-se que os grandes beneficiários deste medida sejam os bancos austriacos. Saibam tudo no Office Lounging.
No seu blog, luc van braekel publica um excelente post sobre o supracitado assunto.
Europeans against freedom
Last Saturday, a few days after Lebanese people had demonstrated for freedom, some 60,000 Europeans were demonstrating in Brussels against more freedom. The target of their protest: the liberalization and deregulation of services, addressed by the European Commission in the so-called "Bolkestein directive".(...)
The funny thing is that this Bolkestein directive was unanymously approved in January 2004 by the previous "leftist" European Commission lead by Romano Prodi. But now that the new "right-wing, pro free market" commission Barroso has to implement the directive, the left is protesting. (...)
Drieu Godefridi, founder and director of the Brussels-based Hayek Institute, writes:
There is an element of truth in the sad slogans of this tired nation: The Bolkestein directive poses a direct treath to the crest of social privileges in Western Europe, which is simply unsustainable from an economic viewpoint. The creative forces of competition which will be liberated by the directive, will force Western Europe to purify its legislation, to lower its labor-parasiting taxes, and to diminish the cost of labor. The Bolkestein directive will only accelerate an evolution that can never be stopped by the incantations of Old Europe, an evolution that is called "globalization", i.e. free trade between individuals, wherever they are on the planet.
BRITISH truckers are furious over an EU law that bans overtime from today — slashing their pay by £80 a week.
The Brussels ruling cuts their average 55-hour week to 48 and is set to force hundreds of drivers out of the industry.
Kate Gibbs of the Road Haulage Association said: “The knock-on effect will be quite phenomenal.
“We are predicting a massive driver shortage because overtime has always been a key attraction of the job. The new law will mean a substantial wage cut for some.”
(...)
[one] driver said: “Why limit what someone can earn? People have different appetites for work and different levels of stamina.
O Sarsfield Cabral é um neoliberal sedento de sangue
"...Sugiro...aos que reclamam contra o dumping social que levem até ao fim as suas ideias. Como os nossos salários são um quarto ou um quinto dos alemães e metade dos espanhóis, deveriam então ser proibidas as exportações portuguesas para a Alemanha e Espanha...Ou então, para evitar a concorrência desleal e harmonizar tudo por cima, Portugal deveria adoptar salários, regalias sociais e normas ambientais ao nível da Alemanha. Os acrescidos custos anulariam então a já escassa competitividade das nossas empresas. Deixaríamos de exportar...O desemprego seria brutal. Mas seria coerente."
"...he spent much of the 1990s explaining that freedom untethered from moral truth risks self-destruction.
For if there is only your truth and my truth and neither one of us recognizes a transcendent moral standard (call it "the truth") by which to settle our differences, then either you will impose your power on me or I will impose my power on you; Nietszche, great, mad prophet of the 20th century, got at least that right. Freedom uncoupled from truth, John Paul taught, leads to chaos and thence to new forms of tyranny. For, in the face of chaos (or fear), raw power will inexorably replace persuasion, compromise, and agreement as the coin of the political realm. The false humanism of freedom misconstrued as "I did it my way" inevitably leads to freedom's decay, and then to freedom's self-cannibalization. This was not the soured warning of an antimodern scold; this was the sage counsel of a man who had given his life to freedom's cause from 1939 on.
Thus the key to the freedom project in the 21st century, John Paul urged, lay in the realm of culture: in vibrant public moral cultures capable of disciplining and directing the tremendous energies--economic, political, aesthetic, and, yes, sexual--set loose in free societies. A vibrant public moral culture is essential for democracy and the market, for only such a culture can inculcate and affirm the virtues necessary to make freedom work. Democracy and the free economy, he taught in his 1991 encyclical Centesimus Annus, are goods; but they are not machines that can cheerfully run by themselves. Building the free society certainly involves getting the institutions right; beyond that, however, freedom's future depends on men and women of virtue, capable of knowing, and choosing, the genuinely good.
That is why John Paul relentlessly preached genuine tolerance: not the tolerance of indifference, as if differences over the good didn't matter, but the real tolerance of differences engaged, explored, and debated within the bond of a profound respect for the humanity of the other. Many were puzzled that this Pope, so vigorous in defending the truths of Catholic faith, could become, over a quarter-century, the world's premier icon of religious freedom and inter-religious civility. But here, too, John Paul II was teaching a crucial lesson about the future of freedom: Universal empathy comes through, not around, particular convictions. There is no Rawlsian veil of ignorance behind which the world can withdraw, to subsequently emerge with decency in its pocket."
O excesso de Estado não impossibilita apenas a economia. Destrói também o espírito crítico, a capacidade de discernimento. Anestesia, lentamente, o nosso pensar, sensibilidade e liquida a nossa independência face ao colectivo. Um dos grandes objectivos do Estado, nesta longa caminhada, é o diluir nele a religião, qualquer que ela seja. É esta finalidade que explica porque os defensores do estatismo sempre a empurraram para fora das questões sociais e políticas. O Papa João Paulo II criticou desde o início o liberalismo desenfreado, sem ética. Sucede que sem ética, o liberalismo não sobrevive. Ela é intrínseco a este. Eu nem sei se sou religioso, mas tenho a certeza que há valores que se encontram no catolicismo, no judaísmo e no islamismo que suportam a sobrevivência da sociedade liberal. A religião derrotou o comunismo. Não está na hora de combater o estatismo?
Depois de ler o post do Pintoff, pergunto-me se alguém no Ministério da Justiça leu os números 2 e 3 do Artigo 26° da Constituição da República Portugesa (meus destaques):
2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a utilização abusiva, ou contrária à dignidade humana, de informações relativas às pessoas e famílias.
3. A lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano, nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na experimentação científica.
Ao criar uma base de dados genética, o Estado está a assumir que qualquer cidadão é um potencial criminoso.
As finanças acham estranho que as empresas apresentem consecutivamente prejuízos fiscais ou resultados tributáveis nulos e prepara-se para fiscalizar todas as que o façam há 3 ou mais anos. Não sendo, de todo, impossível que esta situação decorra da actividade normal da empresa é provável que a contas apresentadas não correspondam à verdade e configurem casos de evasão fiscal.
O que move o Estado nesta cruzada não é necessidade das empresas apresentarem as contas correctas aos seus proprietários mas sim o imperativo do Estado aumentar as suas receitas fiscais a fim de prosseguir milhentos programas desnecessários e contraproducentes.
Ao mesmo Estado, refira-se, é permito acumular défices consecutivos valendo-se, para isso, de contrinuições forçadas de pessoas e empresas e da emissão de títulos de dívida que irão ser pagos (??) pelas gerações futuras.
Um artigo no NYT regista, sem margem para dúvidas, o aumento das liberdades individuais na China. Graças ao crescimento económico...
No one thinks China is running out of workers. But young migrant workers coveted by factories are gaining bargaining power and many are choosing to leave the low pay and often miserable conditions in Guangdong. In a nondemocratic China, it is the equivalent of "voting with their feet."
March is one of the most important hiring months for China's factories, yet some analysts believe that the current shortfalls are the beginning of a long-term trend that is already bringing wage pressures and could eventually erode China's position as the world's dominant low-cost producer.
(...)
China remains a country where migrant workers are routinely exploited. But after a decade of stagnant wages, these workers are showing more willingness to demand their rights. Last year, factory workers rioted and held strikes in Guangdong. Other workers just left.
They can do that because economic growth in other regions has created increasing competition for workers. Many are leaving Guangdong for the rival Yangtze River Delta region near Shanghai, where many factories offer higher salaries. Others are starting to find work in larger cities in interior provinces. Some are simply returning to the farm.
"If we go to work in Guangdong, we work hard all year round but we can't save much money," said Tang Xiaoliang, a migrant worker who toiled in Guangdong factories but has returned to his village near Hunan Top. "The pay is too low. Whoever pays higher, I will go there."
Nota: Lembram-se da recente discussão sobre a abertura dos mercados europeus à China?
Pope John Paul II died Saturday night, Rome time, at age 84. Official papal biographer George Weigel (author of Witness to Hope) spoke to NRO's editor Kathryn Lopez about the man and his papacy and his place in history.
National Review Online: What's Pope John Paul's greatest legacy?
George Weigel: He was the great Christian witness of the last quarter of the 20th century, the man who took the Christian proposal to more of the world than anyone else. His pivotal role in the collapse of European Communism will be remembered by many; I hope they remember that he helped bring down the Wall as a pastor and teacher, not as a politician. ###
NRO: We know he's played a big role in the history of the world, how about more parochially — in Catholic history?
Weigel: This was the most intellectually consequential pontificate since the Council of Trent. The Church will be digesting the teaching of John Paul II for at least a century, and possibly longer. In addition to that, and at a more personal level, John Paul inspired literally tens of millions of Catholics to live lives of radical Christian conviction. That will extend his influence far into the future.
Toda a gente gosta de mandar bocas ao Santana Lopes, seja pelos violinos de Chopin, seja pela missiva, pela CML sob sua presidência, ao Machado de Assis, seja por muitas coisas.
Com o Bush, passa-se exactamente o mesmo, andando muita gente, todos os dias, à procura do bushismo do dia. Também do Reagan se diziam coisas deste tipo.
Mas se isto já não surpreende, apesar de não completamente justo (afinal ninguém, pelo menos aqui em Portugal, anda atrás de citações do Lula para ver as "lulices" por ele cometidas e eu já li que quando ele fala de improviso, os seus assessores tremem como varas verdes)., já é mais surpreendente que instituições venerandas como a BBC fazem coisas como esta, relatada pelo Jornal de Notícias (sem apontador para a notícia):
A BBC pediu publicamente desculpas por ter solicitado uma entrevista ao cantor jamaicano Bob Marley, que faleceu em 1981. A estação pública britânica admitiu estar "muito envergonhada" pela carta que enviou, por correio electrónico, à Fundação Bob Marley, solicitando uma entrevista com o lendário cantor reggae.
Não sendo um bushismo, uma santanice, nem mesmo uma lulice, será o quê?
O fenómeno dos blogs chegou ao "mainstream media". A CNN, no seu programa 'Inside Politics' tem agora um segmento de 4 minutos sobre os assuntos mais comentados na blogosfera (video aqui - Windows Media Video 2,9 MB). Links via Rua da Judiaria.
[O] guarda redes da selecção francesa de futebol, Fabien Barthez, ameaçara não jogar na partida com Israel em protesto contra as acções do exército israelita nos territórios ocupados. (...) No próximo dia 1 de Junho, curiosamente, a França vai disputar uma partida amigável com a República Popular da China. Barthez irá jogar e, obviamente, nunca lhe terá sequer passado pela cabeça protestar contra as sistemáticas violações de direitos humanos cometidas por Pequim.
Os grandes e poderosos deste mundo prestam homenagem à vida do Papa
As reacções dos grandes e poderosos deste mundo à morte do Papa são muito curiosas.
Aparentemente, a opinião sobre o Papa é unânime.
Desde o Presidente Bush ao Fidel Castro, passando pelo governos dos países descristianizados da Europa, todos os governos de todas as cores adoravam este Papa.
Ortodoxos, heréticos, cismáticos, apóstatas, incréus todos adoravam o Papa. Desde o Cardeal Ratzinger até ao Jorge Sampaio, passando pelo Hans Kung, todos adoravam o Papa.
Como é isto possível?
É simples.
Todos escolhem a parte do pensamento e da acção do Papa que mais lhes interessa e esquecem o resto.
Um grupo muito numeroso sublinha a doutrina social da Igreja, o diálogo ecuménico (ou diálogo 'económico' segundo o Mário Soares), o diálogo inter-religioso, a oposição à guerra no Iraque.
Outro grupo, mais pequeno, sublinha o seu papel na queda do Comunismo e a defesa da vida e da dignidade humana.
Conclusão: Ambos os grupos estão errados. O Papa é só um. A doutrina da Igreja é só uma e ambos os grupos fazem uma leitura parcial e, logo, distorcida da doutrina da Igreja e da acção do Papa.
Mesmo em relação aos aspectos sublinhados por ambos os grupos, existe alguma distorção. É duvidoso que quem cite a doutrina social da Igreja tenha lido a Centesimus Annus e a condenação da teologia da libertação, ou que quem cite o ecumenismo e o diálogo inter-religioso tenha lido a Dominus Iesus. E quanto às posições em matéria de política externa, escamoteia-se a posição do Papa em relação à 1ª guerra do golfo ou as posições sobre a questão do Darfur. Quem gosta do papel desempenhado pelo Papa na guerra fria esquece as críticas feitas ao capitalismo liberal na Sollicitudo Rei Socialis, na Laborem Exercens ou na Centesimus Annus.
E algumas posições doutrinais do Papa e da Igreja ficam sempre de fora dos comentários: o aborto, a homossexualidade, o papel da mulher, a teologia do corpo...há questões que são demasiado polémicas, politicamente incorrectas e contra-culturais para poderem ser mencionadas na TV antes da meia-noite.
No dia da sua morte, sem encómios de circunstância ou elogios de oportunidade, sem entrar nas análises psicanalíticas sob o Homem e cada um dos seus passos e gestos, sem proceder aos entediantes julgamentos do «deve» e do «haver» do seu papado, quer sejamos fervorosos crentes ou proclamemos, como Zaratustra, «a morte de todos os deuses», mas, também, sem receio dos chavões banalizadores dessa vulgaridade em que se transformou o «politicamente correcto», há que reconhecer que João Paulo II nos deixa a todos um enorme legado chamado Liberdade.