20.8.05

James Shikwati

Sobre Marx e o Irão

Karl Marx wasn't right about much. But one thing he did get right is the social dynamic leading to political revolution. Genuine revolutions, Marx noted, do not take place in a friendly environment amenable to gradual and piecemeal reform. They are the result of widespread dissatisfaction so strongly suppressed that it eventually erupts, like an overblown balloon, in acts of revolutionary violence and fervor.

In a wonderful historical twist, this piece of Marxist-Leninist wisdom may be the key to the undoing of the Iranian theocracy. But to make it so, the US must play it clever and ignore the Iranian government's repeated provocations.###

(...)

The formula is simple and well known by now: generate a confrontation with the world's most powerful nation. A decision by the latter to lead an international campaign of sanctions, which would hurt the Iranian populace rather than governance, would be particularly helpful!

Breaking the UN seals on Isfahan nuclear facility and resuming uranium conversion -- effectively Ahmadinejad's first act in office -- is designed to generate just that. The egregious and unapologetic audacity of the act is supposed to be especially provocative, a clever attempt to stir passions. Apparently, the tactic is already working: the Iranian on the street has been riling behind his government, protesting the injustice of the harsher treatment the Iranian nuclear program receives than the Israeli one ever did.

Our best bet is to ignore the Iranian provocations altogether: not even issue a formal condemnation. We should put our faith in the Marxian mechanism of boiling, seething internal unrest and its revolutionary outburst. Once the Iranians are left alone, left to turn inward and focus on the scope and depth of their own illness, nothing good can happen to the ayatollahs.

(...)

In any event, if an Iranian nuclear capability does become a practical and imposing possibility in the future, a targeted air strike (American or Israeli) is always an option. But it being an option need not be a talking point of the Bush diplomatic team. Talk of all options being "on the table" may be counter-productive in the present context. All options are in fact on the table, but this fact need not be part of the diplomatic strategy for handling Tehran. The strategy should rather be consistent and manifest disregard of its provocations.

19.8.05

Perspectivas conservadoras sobre a guerra do Iraque

Um blog de pé entre as ruínas

A propósito de católicos esclarecidos

Francisco Louçã defende direitos dos colonos israelitas

Por não ter mais nada para dizer sobre o assunto, Francisco Anacleto Louçã, afirmou-se, ontem, "chocado" com as imagens que chegam de Israel, acusando Sharon de "violência, autoritarismo e prepotência" na sua política de retirada dos colonatos.

(...)

Relativamente aos excessos cometidos pelos colonos, Ana Drago tomou a palavra, desvalorizando "incivilidades" quando "se foge a uma carga policial". Nos próximos dias as declarações de Louçã vão ser transformadas por Daniel Oliveira em postes e publicadas on-line em nome do seu heterónimo blogosférico "Joana Amaral Dias".

A culpa

Na diversidade está o ganho

Os judeus farsantes não enganam a extrema-esquerda (2)

Aviz

Fora do Mundo mas não fora da blogosfera

18.8.05

Os judeus farsantes não enganam a extrema-esquerda

A grande solução do dr. Vitorino

No curioso mundo do dr. Vitorino, o Estado é o sujeito de todas as acções: “incentivar”, “garantir”, “definir”, “ordenar”, e ... “pagar”. Os cidadãos existem passivamente, para serem “mobilizados” e “compensados”. Tudo depende do Estado e da sua “política de ordenamento florestal”. Porquê? Porque, como seria de esperar, a causa do mal é o “lucro no mercado”, razão pela qual os “proprietários” teriam forrado as nossas encostas com “árvores de crescimento rápido”.###

Eis tudo explicado e tudo resolvido. Mas a história podia ser contada de outra maneira. Em Portugal, o Estado foi demasiadas vezes um instrumento para aplicar o que alguns políticos iluminados imaginaram ser as receitas do progresso. A ocupação intensiva do território, através da cultura e da “florestação”, foi uma dessas receitas. Em nome do progresso, ignoraram-se condições naturais, atropelaram-se tradições históricas, e questionou-se o direito de propriedade. O Estado apossou-se de terrenos comunitários para os cobrir de arvoredos instantâneos.

(...)

Em dois séculos, esquecemos muita coisa e não aprendemos nada. Há um problema, e imaginamos logo a solução sob a forma de um decreto-lei que justifique o emprego de mais funcionários, ou sirva para regalar empresários amigos. Se é assim que queremos viver, ou se já não somos capazes de viver de outra maneira, então o melhor é habituarmo-nos aos incêndios, aos défices, e à desordem. Porque o que diz o dr. Vitorino não é solução. É apenas uma grande parte do problema.

Eclético

A retirada dos justos

The day has arrived. We are beginning the most difficult and painful step of all – evacuating our communities from the Gaza Strip and Northern Samaria.

Ariel Sharon, discurso proferido em 15 de Agosto último.


Ao contrário do esperado pela grande maioria, é Sharon o principal protagonista da retirada israelita da Faixa de Gaza. É de louvar a determinação do homem que, em ’67, foi um dos comandantes da Operação Lençol Vermelho que conquistou o Sinai. Durante o seu governo, Sharon, venceu o terrorismo em Israel, quebrou Arafat e impôs os moderados à Autoridade Palestiniana.

A batata quente está agora nas mãos de Mahmoud Abbas. É que, caso Israel seja atacado a partir de Gaza, não tenho muitas dúvidas de uma futura ocupação por parte do Tsahal. Gaza foi um tampão de segurança durante 38 anos. Cabe agora à Palestina provar que este não mais é necessário.

I feel your pain

















Manuel Alegre critica Mário Soares, lembrando que "quem perde os afectos, perde a alma".

Desleixo

Eu gosto dos U2

O fim

17.8.05

Re: Investimentos públicos

Na variegada composição da LCGIPI-OTGV (Liga contra os Grandes Investimentos Públicos em Infra-estruturas, vulgo Ota e TGV) entram muitos dos que se rebelaram contra as medidas de redução das despesas públicas correntes (suspensão das subidas automáticas de remunerações e dos regimes especiais, revisão da idade e regime de aposentação, etc.). "Se não há dinheiro para mim, não pode haver para mais nada"!
Nestes não pode incluir, certamente, os insurgentes!

Enviesamento histórico:
Na generalidade dos países, sem excluir os mais liberais em matéria económica, a história do desenvolvimento económico é em grande parte a história das iniciativas e do investimento público, sobretudo em infra-estruturas.
Pura demagogia. Seguindo semelhante linha de raciocínio a União Soviética seria hoje o país com maior desenvolvimento económico.

Revisionismo:
Os mais coerentes opositores dos investimentos públicos em infra-estruturas não são os neoliberais, que são assaz selectivos nos investimentos a que se opõem, mas sim os tradicionalistas mais radicais, para quem o Marquês de Pombal, Fontes Pereira de Melo e outros quejandos figuram entre os principais responsáveis pela destruição do Portugal de antanho. Pela sua lógica, Portugal continuaria a viajar de carroça, por essas veredas fora...
Carroça? Pois com certeza caro VM, foi o Estado que inventou o motor de combustão e, claro, a roda!!!

E, finalmente, uma citação:
«Dizem-me que terei de desembolsar 1500 euros para suportar o TGV Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto, para além do novo Aeroporto da Ota. Mas, até hoje, ainda não vi quem quer que fosse afirmar o quanto cada cidadão português deveria pagar em 2015, caso qualquer destes projectos não se materializasse».
(Manuel Margarido Tião, "Ota e TGV, o Estudo que Falta Fazer", Público de ontem)
O senhor Tião devia ter maior cuidado com o que escreve. O 1.500 euros respeitam apenas à construção da linha do TGV. Não abrange a sua manutenção ou a construção do aeroporto da Ota. Ainda, um estudo que conclua sobre a inviabilidade económica dos referidos projectos está, desde logo, a considerar os custos/benefícios da sua não "materialização".

Liberdade e religião nas opções dos Estados Unidos da América

Faith Works?
Strong performance among evangelicals and traditional Catholics in key states propels Bush's victory

By Steven Waldman and John Green

George W. Bush won re-election by preserving his formidable coalition of religious Christians nationally and slightly building on it in the key battleground states.

In the pivotal states, he benefited from the strong support of evangelical Christians and, just as important, an impressive showing among regular churchgoing Catholics and mainline Protestants.

Just as in 2000, roughly 42% of total votes were cast by people who attend church once a week or more. Those voters went overwhelmingly for Bush.

A ONU é cada vez mais estúpida

Empresário comunista?

Para Oliveira do Hospital, a CDU defende "um Plano de Desenvolvimento Estratégico para a próxima década".
A um empresário, numa economia planeada, é sempre bom saber onde a riqueza confiscada aos contribuintes será "investida".

16.8.05

As responsabilidades do Presidente da República

Questão nacional

A trampolinada de Mário Lino

No final de Abril de 2005, o (...) Ministro [Mário Lino] admitia estudar alternativas à Ota, referindo que o projecto actual não acrescentava tanta capacidade de aumento de passageiros [face à Portela] «quanto o Governo desejaria».
Ora, se assim é, não tendo sido desde então tornado público qualquer novo estudo que justifique a adopção cega da Ota, não se compreende o espanto do ministro com aqueles que lhe exigem, tão singelamente, que divulgue e coloque à disposição de todos os estudos já existentes que serviram de base à decisão já tomada.

(in O Primeiro de Janeiro, via Blasfémias)
Leitura recomendada.

Dispersão de custos

Os custos implicados por cada trabalhador do sector privado em Portugal cresceram, em média, 5,8% no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2004. A impulsionar esta subida estiveram as indemnizações pagas por despedimentos.
Se estes custos eram minimamente expectáveis (ex: indústria dos têxteis), os melhores gestores repercutiram-nos, durante anos anteriores, em aumentos salariais relativamente inferiores. Outros poderão faze-lo reflectir nos salários futuros dos trabalhadores que ficam...

Défice de vergonha

Manobras de diversão

O PS vai avançar com uma proposta de criação de círculos uninominais de candidatura nas eleições legislativas a seguir às eleições autárquicas de Outubro, avança esta segunda-feira o jornal Público.
Continuam a tentar desviar a nossa atenção do facto dos estudos de viabilidade económica - que justificam a construção da OTA e TGV - não terem sido ainda publicados.

15.8.05

Freakonomics

Which is more dangerous, a gun or a swimming pool? What do schoolteachers and sumo wrestlers have in common? Why do drug dealers still live with their moms? How much do parents really matter? What kind of impact did Roe v. Wade have on violent crime?

These may not sound like typical questions for an economist to ask. But Steven D. Levitt is not a typical economist. He is a much-heralded young scholar who studies the riddles of everyday life-from cheating and crime to sports and child-rearing - and whose conclusions regularly turn the conventional wisdom on its head. He usually begins with a mountain of data and a simple, unasked question. Some of these questions concern life-and-death issues; others have an admittedly freakish quality. Thus the new field of study contained in this book: Freakonomics.

Through forceful storytelling and wry insight, Levitt and co-author Stephen J. Dubner show that economics is, at root, the study of incentives - how people get what they want, or need, especially when other people want or need the same thing. In Freakonomics, they set out to explore the hidden side of … well, everything. The inner workings of a crack gang. The truth about real-estate agents. The myths of campaign finance. The telltale marks of a cheating schoolteacher. The secrets of the Ku Klux Klan.

U2?

Em destaque

14.8.05

Verdades politicamente incorrectas

SE ha puesto de moda motejar a Huntington y su «choque de civilizaciones». El progre dice eso de que son pobreza e injusticia las que traen el terrorismo. La famélica legión. Sin embargo, hay pobreza, hay injusticia, pero los autores del 11-IX, el 11-III, el 7-VII y tantos otros crímenes, no sufrían eso. Y utilizaron la técnica y el dinero de Occidente contra Occidente. ¿Por qué?

Por odio. Algunos musulmanes se sienten amenazados -y agreden. Para ellos Occidente (judíos, rusos, indios incluidos) les ha expulsado de sus tierras legítimas: las de España, Sicilia, Chechenia, Israel, Cachemira, Filipinas, etc. Históricamente, ellos habían invadido antes.Pero no es esto lo peor. Toda una cultura, toda una sociedad se sienten invadidas por la técnica, la medicina, las artes, la economía, la libertad, la igualdad de las mujeres, el laicismo. Todo el que escribe una novela o pinta un cuadro o es demócrata en el mundo árabe, occidentaliza sin querer.
(...)
No, por Dios, no estoy diciendo que Islamismo sea sinónimo de terrorismo. Pero la suya es, en lo esencial, una sociedad cerrada, teocrática, que se siente amenazada. Su franja lunática se estremece, se dispara. Los demás fluctúan entre la tradición y la modernidad. Y tienen miedo.
(...)
Pero, entre tanto, ahí están los terroristas. Y su base: los musulmanes semioccidentalizados, antioccidentales de Arabia, Alemania, España, Inglaterra, Francia. Porque el musulmán aislado es un ser humano como otros, eso se ha visto mil veces. Pero encuadrado por sus imanes y sus mezquitas es un riesgo que Europa no habría debido aceptar. Viven de Europa y América y del dinero que reciben (por su petróleo o su trabajo) sacan las armas asesinas. Son una minoría, pero demasiado grande, demasiado bien arropada.

Un poco de historia es necesaria: hoy se sustituye por varias paparruchas. Muchos la oyen con disgusto. La verdad es amarga. El Cristianismo, nacido de una escisión del judaísmo, fracasó en Israel, pero creció en la diáspora judía helenizada de Egipto, Siria, Roma, otros lugares. Frente al desmadre social y ético de tantos griegos, orientales y romanos, a su falta de fe e íntima inseguridad, sentó una nueva Verdad. Un Salvador, un mandato de amor, el Bien y el Mal, el Paraíso y el Infierno, el Perdón, una vida reglada. Libertad y democracia, ciertamente, cero. Y abominaron del teatro, de mil inventos de los griegos (que luego han vuelto).
(...)
Pero fue liberalizándose poco a poco: es una larga historia, me tienta escribirla, pero no aquí. Platón y Aristóteles y los griegos en general (no todos, ciertamente) fueron clave en esa inflexión. Y la libertad y la nueva creatividad crecieron, ya se sabe, en la Edad Media, en el Renacimiento, luego, ahora mismo. Hubo choques terribles entre Cristianismo y mundo nuevo. Pero al final, entre mil problemas, hoy existen un Cristianismo y un Socialismo y un Conservadurismo democráticos, entre otros «ismos». En estas estamos, mejor o peor, según fechas y lugares.

Pues bien, a lo que voy: nada de esto en el Islam. Constituyó, en el siglo VII, otra reacción conservadora frente a una sociedad declinante. Otro Monoteísmo, muy rígido, con el Bien y el Mal, el Cielo y el Infierno, la Teocracia. Con diferencias, por supuesto. Pero sobre todo una: no invadió el mundo desde dentro aprovechando sus debilidades, como el Cristianismo, lo conquistó desde fuera con la espada.

De diálogo, alianza de civilizaciones, «todos somos andaluces», poco. Un gran intercambio, sí, de elementos materiales, pero ideológica y socialmente, Occidente e Islam se dieron las espaldas. Lo esencial: el Islamismo jamás se asimiló, como tantos pueblos y religiones, a la tradición greco-romana, la que hizo posible la apertura de Occidente a una nueva sociedad, a una literatura y un pensamiento más abiertos. Jamás. Pese a los influjos helenizantes en los siglos del VIII al X u XI, occidentalizantes desde el XIX, en su línea central los musulmanes han mantenido un pensamiento conservador estable, teocrático.

El del siglo VII, digamos. El siglo más estéril de la Historia (no en el caso de España). Para desdicha de todos. Imposible, salvo excepciones, la asimilación a la línea helénico-occidental de la historia. Este es el choque: es necio negarlo.

Porque se habla mucho de los califas ilustrados - Harum al Rashid, Al Mamún, Al Mansur, los fatimíes de Egipto- que hacían traducir al árabe la sabiduría griega que luego creció en el mismo mundo árabe (Al Andalus incluido, por supuesto) y pasó a la Cristiandad, en latín o castellano, a través en parte de España. Hubo el notable intento de combinar el Corán con Platón y Aristóteles, paralelo al de Santo Tomás y otros entre los cristianos.

Quedó en nada. ¿Por qué esos admiradores del Islam medieval (con razón, pero sin ella en sus ataques al Cristianismo), por qué no dicen que esa flor se agostó en el siglo XI, con los selyúcidas, los almorávides, los almohades? ¿Que Averroes, un aristotélico, acabó confinado en Lucena, Al Motamid desterrado en África? La concordia entre el Corán y los griegos fue imposible y los filósofos fueron tenidos, más o menos, por heréticos. En Occidente triunfaron, en el mundo musulmán no. Y el Islam se volvió impenetrable, esta es la cuestión. La base de todo.
Bem, acabei por citar grande parte do texto, mas penso que vale a pena lê-lo.