Don't you just love the UN, with its self-serving double standards? Just look how upset it has become about Guantanamo Bay, where America puts those who wish to plot against that country.
The conditions in the prison there are, according to five UN inspectors, appalling. UN secretary-general Kofi Annan, in a respite from presiding over the most corrupt and ineffectual organisation on earth, says he thinks America will have to close it down.
I look forward to UN reports on jails in other member countries, whose conditions make Guantanamo look salubrious. What about the prisons in, say, Nigeria, or Colombia, or Russia, or Thailand, or even - as condemned by a report earlier this week - France?
Peter F. Kaznacheev explica a relevância do projecto CATO.ru:
The Russian language is spoken by hundreds of millions of people. CATO.ru is a part of the Cato Institute’s ambitious program to spread the ideas of liberty in some of the most significant language groups of the world: English, Spanish, Russian, and Arabic. By developing technologies and expanding markets, globalization in all its forms enables millions of people to experience the benefits of freedom. Now is the time to use innovative communication technologies to spur intellectual globalization by involving people everywhere in the dialogue of liberty.
"An estimated 350 hunts, involving more than 100,000 people, are expected to gather across Britain today, marking a year to the day since the hunting ban came into force." [Daily Telegraph, 18-02-2006]
Os homens do gatilho (os executores que não os dirigentes) foram mesmo condenados em definitivo por crime de organização terrorista. Alguns ainda cumpriam pena quando o PS e o PCP, a solicitação de Mário Soares, votaram a amnistia em 1995. Foram postos na rua pela amnistia. Sendo certo e sabido que depois de o poder político maioritariamente ter "perdoado" aos terroristas não haveria tribunal neste País, como não houve, capaz de os voltar a mandar para a cadeia. Suponho que entre os que cumpriam pena e foram soltos pela amnistia estaria o autor material da morte do seu pai, decidida no EPL (ou em Caxias?) pelos dirigentes das FP-25, pretensos grevistas da fome, como constava aliás na acusação. E alguns deles retomaram a política... activa. Estiveram activíssimos no último Congresso do Bloco de Esquerda. Um deles (a quem foram dados como provados tiroteios sobre civis, crimes de sangue) foi indigitado pelo BE como seu candidato nas autárquicas. E foi eleito. Os 22 assassinatos das FP-25 estão esquecidos, ficaram impunes.
O Ministro Correia de Campos avisou hoje que com os actuais níveis de despesa e modelos de financiamento o SNS é insustentável e propôs que fossem alteradas as taxas de cobertura.
Esta "chamada à realidade" provocou, de imediato, reacções de desagrado.
O BE achou que as declarações eram "gravissimas" e que "feri[am] de morte o princípio da universalidade e da solidariedade que estão na base do Serviço Nacional de Saúde".
O PCP disse que a "ideia [era]contrária à própria Constituição da República Portuguesa, que prevê um sistema universal, tendencialmente gratuito".
Para terminar em beleza um misterioso e auto-nomeado "Movimento de Utentes dos Serviços Públicos" disse estar "completamente contra uma sobrecarga em termos de pagamentos dos serviços de Saúde sobre os utentes".
Ninguém se lembrou foi de dizer como resolvia a questão do financiamento do sistema sem "sobrecarregar os utentes" ou sequer porque não deverão ser os utentes (que são os beneficários directos) a pagar o serviço. Nenhum deles (nem sequer o Ministro) ousou por em questão da obrigatoriedade das contribuições para o sistema.
Se alguém matar o autor das caricaturas que foram publicadas pela primeira vez em Setembro por um jornal dinamarquês no final de Setembro, os talibãs «oferecerem 100 quilogramas de ouro», declarou Dadullah à AIP ao telefone a partir de um local não identificado.
O mullah afirmou ainda que os talibãs darão cinco quilos de ouro a quem matar um soldado dinamarquês, norueguês ou alemão, segundo esta agência com sede no Paquistão.
Besides, terrorism is not the only new danger of this era. Another is the administration's argument that because the president is commander in chief, he is the "sole organ for the nation in foreign affairs." That non sequitur is refuted by the Constitution's plain language, which empowers Congress to ratify treaties, declare war, fund and regulate military forces, and make laws "necessary and proper" for the execution of all presidential powers . Those powers do not include deciding that a law -- FISA, for example -- is somehow exempted from the presidential duty to "take care that the laws be faithfully executed."
Consta que o principal candidato à vitória no festival de cinema de Berlim é o filme Road to Guantanamo, do realizador britânico Nigel Winterbottom e de Mat Whitecross. Trata-se de um "libelo acusatório" do Grande Satã e do seu quintal cubano. Michael Moore que se cuide que os neo-demagogos são rábidos.
Ainda me lembro do distante dia 12 de Setembro de 2001, quando na Europa todos eram americanos. Agora, aplaudem propaganda e competem pelo Urso de Ouro. Se for para a obra do Sr. Winterbottom pelo menos o critério de atribuição é transparente: um Urso para a melhor figura de urso.
Muito se fala da necessidade de certos sectores chave da economia se manterem nas mãos de nacionais. É o caso da PT, da Galp e da EDP. Subjacente a este raciocínio está o famigerado conceito da soberania. Ora, é precisamente neste ponto que a porca torce o rabo. Na verdade, o que dá força económica a um país, não é o ser dono do dinheiro, mas a sua capacidade em criar empregos e proporcionar boas condições de vida a quem nele trabalha. Num mundo em que o dinheiro é multinacional e o escudo já nem existe, pouco interessa a quem ele pertence. O importante é onde está o trabalho e que as empresas sejam saudáveis, com boas perspectivas de futuro (equivalendo a mais e melhores empregos). A soberania de um país, se é que tal ainda subsiste, está nesta realidade e não nas ideologias proteccionistas do capital.
No final do acto anterior da Comédia Mediática Universal, os horríveis Legolândios, fazedores de Carlsberg e perpetradores de cartoons, saíram de cena. Como se recordam, a acção envolvia uma intricada trama. Os malvados loiros derramavam a sua venenosa tinta sobre folhas de papel e contaminavam a fonte da água límpida bebida pelo amistoso povo dos Turbantes, sempre pacíficos e entregues às suas práticas culturais específicas. Mas envenenados pela tinta ocidental, cometiam actos horríveis, queimando e pisando bandeiras com a cruz cristã, vindas sabe-se lá de onde.
Alguns pérfidos Legolândios aproveitavam a confusão e puxavam fogo às suas embaixadas, numa tentativa soez de culpar os pobre e pacíficos Turbantes. Estes, mal souberam dos incêndios precipitaram-se para ajudar o próximo, conforme os preceitos de um dos inúmeros profetas que reverenciam e cujo nome agora não me lembro. Infelizmente o próximo estava longe e nem os Turbantes, nem os prestimosos bombeiros, nem tão pouco os sempiternamente vigilantes polícias chegaram a tempo de evitar o pior.
A cena seguinte era muito confusa e envolvia acusações, pedidos de desculpas e desculpas que ninguém tinha pedido. A intriga adensou-se e parece que acabou tudo num jogo de futebol (estou desconfiado que o dramaturgo se terá inspirado num livro de Mário Vargas Llosa, mas não tenho a certeza).
Com uma notável eficácia, a comunicação social já montou o cenário para um novo acto. O novo acto é sombrio: somos transportados para as masmorras de Abu Grahib, onde os agentes de Adolf Bush torturam inocentes com requintes de malvadez. A acção passa-se em Bagdad, a capital de um reino outrora feliz, onde todosviviam em harmonia e adoravam o seu governante, ao ponto de passarem a maior parte do tempo a construírem-lhe palácios e a erigirem estátuas em sua homenagem.
Os cruzados de Herr Bush destruíram esta luminosa terra. Num derradeiro acto de compaixão, o amado líder abriu as portas das prisões, reconhecendo que no reino de Bagdad só havia pessoas boas. Ainda mal refeitos dos horrores da tortura, muda a cena. Agora vemos campos de concentração horríveis, que, por cúmulo da perfídia os imperialistas construíram num cantinho de uma ilha paradisíaca e sem sombra de pecado político. Tudo funciona mal, as condições são tenebrosas e as sanitas entopem frequentemente com os objectos mais inusitados.
Enquanto isso, vou de fim de semana e levo este livro para reler:
As casas desocupadas que não ultrapassem determinado consumo de água e electricidade durante mais de um ano vão ser consideradas devolutas e, como tal, vão passar a pagar o dobro da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
Com este medida o governo pretende declarada e coercivamente "recolocar no mercado meio milhão de fogos devolutos no País", mesmo contra o desejo dos seus proprietários. O "interesse nacional" assim o exige, mesmo que pelo mesmo se atropelem as liberdades inviduais. A bem da Nação.
Sobre a erradicação da identidade histórica dos europeus através da engenharia social; a sociedade como processo estocástico transiente:
[A] person with no sense of the past is a person who is a stranger both to his or her own roots and to the human condition more generally. For human beings are not creatures of nature; we are inheritors of the history that has made us what we are. Not to know our history is not to know ourselves, and that is the condition not of human beings, but of animals.
And even from a practical point of view, to be ignorant of the past is to make us impotent and unprepared before the present. How can someone without a sense of medieval history have the slightest inkling of the meaning of the current impasse the West finds itself in in its dealings with Islam?
The Crusades were not, as is often implied by Muslims and non-Muslims alike, a unique moment of anti-Islamic aggression. They were actually but one blip in the astonishing growth of Islamic empires in Europe and elsewhere, from the time of Mohammed onwards, right up to 1683 when the Turks were turned back from the gates of Vienna and 1686 when they were expelled from Budapest.
...
Is it any wonder that, with no sense of our past or identity - as, in other moods, politicians increasingly complain - we are a culture obsessed with celebrity, football, and reality television? Most of our population know nothing else, and they have no yardstick from either history or culture with which to judge. As long ago as the 1920s, the great (classicist) poet T S Eliot stared at what he saw as the collapse of European culture: "These fragments I have shored against my ruin." Most of us have no knowledge now even of the fragments. We, or our children, will have only a desolate sense of loss, but we won't know what it is we have lost.
O furúnculo da extrema esquerda e o branqueamento do terror socialista
As tentativas de branquear o totalitarismo socialista por parte da extrema esquerda nunca cessam de surpreender e quando tratam de realidades que, por qualquer motivo, conhecemos relativamente bem tornam-se particularmente abjectas. A propósito de uma viagem à Roménia, fala-se na "fealdade da paisagem pós-socialista" (convenientemente ignorando que o declínio romeno se deveu ao socialismo) e num "governo novo [que] faz miséria" (desconhecendo ou omitindo a absoluta miséria vivida durante a ditadura socialista e a realidade de uma taxa de crescimento real do produto romeno que superou os 8% em 2004 e terá ficado acima dos 5% em 2005, e uma taxa de desemprego na casa dos 5%).
Tudo isto relativamente à Roménia, um dos países que mais sofreu com o horror imposto pelo socialismo real, sistema ao qual esta rapaziada não hesitaria em submeter-nos se para isso tivesse oportunidade. Há tentativas de branqueamento que revelam mais do que mil discursos camuflados.
Deixem-me ver se eu percebi bem: os aspirineiros criticam simultanemente o mesmo texto do Henrique Raposo por fazer "grandes descobertas" que consideram infundadas e por ser uma "velharia" que recorre a referências já antes recomendadas (presume-se que as referências só podem ser usadas uma vez e depois ficam "gastas", talvez como as liberdades). Caros aspirineiros: decidam-se. A continuarem assim, fica-se com a impressão que, havendo falta de capacidade para formular críticas substantivas, qualquer coisa serve, mesmo críticas que se auto-contradizem...
Tal como em Portugal, há em França quem reclame contra os lucros excessivos (???) de algumas empresas. Se não acreditam, leiam Le Figaro. A proprósito dos bons resultados de várias empresas do CAC40 que apresentaram, o articulista diz:
Or qu'entend-on ? Que ces bons résultats traduisent un manque de concurrence (dans la banque, l'assurance) ou reflètent des prix trop élevés au détriment des consommateurs (dans l'énergie, les télécoms) ou, pire, seraient le signe d'un dysfonctionnement du système capitaliste (tous les secteurs sont alors visés). Nous devons être le seul pays au monde où, lorsqu'une entreprise a de bons résultats à annoncer, elle doit affronter la tempête. Au lieu de se réjouir de la bonne santé de nos «champions nationaux», on dénonce leurs «superprofits» jugés «suspects», voire «indécents».
Bem, mas ao contrário do que pensa o articulista, não é só em França em que isso acontece. Aqui também há quem clame contra os lucros excessivos (curioso conceito).
Lá como cá, há quem não suporte o sucesso dos outros e ache que por detrás de uma grande fortuna está sempre um crime. Enfim...
Se trata de la segunda bomba de ETA en tres días y en la semana en la que el Gobierno trata de convencer a los ciudadanos de que el fin de la banda está más cerca. El pasado lunes, una furgoneta Renault Kangoo cargada con 80 kilos de cloratita reventó delante de una discoteca en la localidad navarra de Urdax provocando serios daños.
O Grande Comandante Miguel interpela-me, no sentido de eu responder a um inquérito acerca de quais as minhas manias (pedem-me cinco), que deverei depois reenviar a outras cinco pessoas. Uma das minhas manias é não responder a esses inquéritos, o que me impede de dizer as restantes quatro, e de o reenviar a quem quer que seja. Até porque esta é a única maneira de eu dar uma resposta completamente diferente da que qualquer outro inquirido possa dar.
Para quem pensa que o nosso ministro dos negócios estrangeiros ficou mauzinho (e ficou!) na fotografia nesta questão das caricaturas, há ministros europeus que desceram bem mais baixo. Vejam só este caso na Noruega:
To many, this sounded outrageous. But on February 10, in Oslo, came a dramatic capitulation that seemed a classic case of sharia in action. For days, Velbjørn Selbekk, editor of the tiny Christian periodical Magazinet – the first publication to reprint the now-famous Muhammed cartoons from the Danish newspaper Jyllands-Posten – had firmly resisted pressure by Muslim extremists (who made death threats) and by the Norwegian establishment (which urged him to give in). But then, on that morning – the day before a planned mass demonstration against the cartoons – Norway’s Minister of Labor and Social Inclusion, Bjarne Håkon Hanssen, hastily called a press conference at a major government office building in Oslo.###
There, to the astonishment of his supporters, Selbekk issued an abject apology for reprinting the cartoons. At his side, accepting his act of contrition on behalf of 46 Muslim organizations and asking that all threats now be withdrawn, was Mohammed Hamdan, head of Norway’s Islamic Council. In attendance were members of the Norwegian cabinet and the largest assemblage of imams in Norway's history. It was a picture right out of a sharia courtroom: the dhimmi prostrating himself before the Muslim leader, and the leader pardoning him – and, for good measure, declaring Selbekk to be henceforth under his protection, as if it were he, Hamdan, and not the Norwegian police, that held in his hands the security of citizens in Norway.
Selbekk, in his prepared remarks, leaned heavily on the usual soothing multicultural language, including the word "understanding." It was clear that Selbekk had indeed come to an understanding: he understood that if he didn't relent, he risked physical harm. He also spoke of "respect" – a word that in this context must surely have been understood by the imams to refer not to a volitional regard for a social equal but to the obligatory deference of a repentant infidel. As for Handam, he noted that "Selbekk has children the same age as my own. I want my children and his children to grow up together, live together in peace, and be friends." This was rather chilling, given that Selbekk’s family, too, had been under threat.
The Norwegian government hailed this "reconciliation." Foreign Minister Jonas Gahr Støre, who had faced off with Selbekk in several TV debates when the latter had been defending free speech, now congratulated him for his apology, which he characterized, grotesquely, as an act of "responsibility" that displayed "integrity and courage." Norway’s imams were ecstatic: one said that "the fact that Norwegians have apologized gives Norway…a higher status than before." And Aftenposten, Norway’s newspaper of record, cheered Selbekk’s action, while denying that it constituted an admission that he had no right to publish the cartoons. Alas, Selbekk’s surrender plainly represented a giant step toward a purely theoretical "freedom of speech" – a "freedom" of which fewer and fewer Norwegians, after this officially sanctioned act of national humiliation, will dare to avail themselves.
Instado pelo Miguel e pelo Miguel, aqui vao cinco manias minhas:
1- Prefiro escrever a' noite e de madrugada.
2- Sou viciado no Civilization desde a versao inicial (uma das coisas que me aborrece nos ultimos dois anos e' quase nao ter tido tempo para satisfazer o vicio...)
3- Quando leio um texto, procuro imediatamente pontos de que possa discordar.
4- "Esqueco-me" facilmente de comer se estiver entretido com outra actividade.
5- Quando pesquiso textos sobre um tema, facilmente me "perco" a ler outras coisas que encontro por acaso e que nao dizem respeito a esse tema.
Como o Miguel ja passou a "batata quente" a outros bloggers aqui n'O Insurgente e como conheco as propriedades das progressoes geometricas, nao passo a bola a ninguem violando dessa forma parcialmente o "regulamento".
Aceitando o desafio do Luís Marvão aqui ficam as minhas manias:
1. Acordo sempre à hora certa mesmo quando me esqueço de ligar o despertador;
2. Tenho sempre a impressão que vou chegar atrasado aos encontros o que me leva a chegar (quase) sempre com uma antecedência desnecessária;
3. Sou viciado no Stargate (a série, não o filme);
4. Insisto sempre em sentar-me na esplanda mesmo quando está um frio de rachar;
5. Vejo programas de televisão que não gosto só para poder dizer mal. Depois, não os consigo deixar de ver.
Para terminar aqui fica o regulamento: "Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
Por estes dias realiza-se na Universidade de Oxford uma "Israeli Apartheid Week", organizada pela Palestinian Society e aprovada pela associação de estudantes da universidade.
Já se sabe no que vai dar: dizer mal de Israel, dos judeus, demonizá-los mais um bocadinho, mas não, não se trata de anti-semitismo, não! É só anti-sionismo, por isso nada preocupante, pois afinal, Daniel Oliveira dixit, o grande perigo na Europa é a islamofobia (voltarei a este termo e à sua tentativa de equiparação, totalmente ilegítima e injustificada, com anti-semitismo ou racismo).###
Sobre os boicotes académicos a Israel e a sua má-fé já escrevi algumas vezes( por exemplo, aqui) pelo que não me repetirei. Também não advogo a repressão e o impedimento deste tipo de eventos. Cada um deve ser livre de dizer os seus disparates. Mas o que eu acho piada é a esta característica de "dois pesos, duas medidas" que existe, hipocritamente, na Inglaterra. Se alguém diz alguma coisa contra gays ou muçulmanos tem, prontamente, a polícia à perna a fazer uma investigação por "hate speech" ou outra coisa qualquer, pois é preciso ser inclusivo, não deixar ninguém numa sensação de desconforto, etc., etc. (estes discurso é muita vezes empregue em escolas e universidades).
Mas não posso deixar de notar a desonestidade intelectual de tentar associar o que se passa actualmente em Israel com o que acontecia na África de Sul pré-1990 (ano em que o regime legal do apartheid começou a ser desmantelado pelo governo de F. W. de Klerk ). Que raio de apartheid é este que deixa que os árabes israelitas concorram ao Knesset ao mesmo que advogam a destruição de Israel? Que apartheid é este que não tem autocarros e restaurantes em que é obrigatória a segregação entre israelistas e outros? Vêm-me falar de muros? Muros há muitos e não por uma questão de apartheid, mas de segurança. Sempre assim foi historicamente, assim continua a ser. É só olhar para Marrocos com o ex-Sara espanhol, em Ceuta a separar a cidade do resto de Marrocos, o que os Estados Unidos querem construir na sua fronteira sul. Se são justificados ou não, é outra coisa, mas nada têm a ver com apartheid.
Israel pode e deve ser criticado em muitos aspectos, mas quem começa logo com equiparações de Israel com o Apartheid ou com os Nazis, diz logo ao que vem, pois, no fundo, mas bem no fundo (que é para ver se ninguém descobre), estas manifestações só têm uma motivação: o ódio a Israel e aos judeus.
Na próxima sexta-feira, dia 17, às 21.30 horas, no Ateneu Comercial do Porto, terá lugar um debate sobre a "Importância dos grandes Projectos Estruturantes - nomeadamente TGV e OTA - na afirmação da Área Metropolitana do Porto no contexto do Noroeste Peninsular e Nacional". O painel será constituído por: - António Guilhermino Rodrigues (Presidente do Conselho de Administração da ANA/NAER) - Alberto José Castanho Ribeiro (Administrador da REFER/RAVE) - Carlos Brito (Provedor do Cliente do STCP /subscritor da petição à AR) - Paulo Morais (Professor Universitário /subscritor da petição à AR) O moderador será Jorge Fiel, jornalista do "Expresso". A entrada é livre.
"But the conclusion is clear: Europe is in deep trouble. These days we all talk about the rise of Asia and the challenge to America, but it may well turn out that the most consequential trend of the next decade will be the economic decline of Europe. (...) If present trends continue, the chief economist at the OECD argues, in 20 years the average U.S. citizen will be twice as rich as the average Frenchman or German. (...) The decline of Europe means a world with a greater diffusion of power and a lessened ability to create international norms and rules of the road. It also means that America's superpower status will linger. Think of the dollar. For years people have argued that it is due for a massive drop as countries around the world diversify their savings. But as people looked at the alternatives, they decided that the chief rivals, the euro and the yen, represented economies that were structurally weak. So they have reluctantly stuck with the dollar. It's a similar dynamic in other arenas. You can't beat something with nothing." Fareed Zakaria, "The Decline And Fall Of Europe" The Washington Post, 14 February 2006
The average Briton, we are told, is filmed 300 times a day once he steps out of his door. His home is hardly his castle, either. If he doesn’t have a television he receives repeated menaces from the licensing authority, which may send an officer to inspect his house. And the form granting him the inestimable democratic right to vote comes with the threat of a £1,000 fine if he doesn’t fill it (and he’ll go to prison if he doesn’t pay the fine).
...
The State is increasingly concerning itself with the individual’s private habits, instituting a reign of virtue, chief among which is healthiness (we are approaching the situation of Samuel Butler’s satire, Erewhon, a country where illness is a crime). Though not a single smoker is unaware of the dangers of smoking, and hasn’t been for 30 years or more, he is now to be prevented from smoking in public, even when he is among other smokers only.
...
Increasingly the citizen is asked to denounce his neighbour, for example if his neighbour is cheating social security. (Cheating it is the only rational response to so preposterous, impersonal and inhumane a system.) This official invitation to atomise society further by sowing mistrust among the population has not yet been entirely successful; but posters such as the one I saw last weekend in a bookshop — “Racism is a crime. Report it!” — engender a vague but nevertheless all-pervasive anxiety. After all, racism is a vague term, open to many interpretations, and there is an increasing tendency to treat complainants as if their complaints were self-justifying: you have been badly treated if you think you have been badly treated. Far from being a generous and compassionate principle, this attention to, or even encouragement of, complaint confers immense and often arbitrary powers on officialdom. It is not liberating, it is infantilising.
...
We also live in a propaganda state. No one believes what a government official says any longer because he is assumed to be a liar, ex officio as it were, even when he is telling the truth. We assume that all official information is self-exculpating, self-congratulating or self-glorifying in intent, that all official speech is therefore spin or political advertising. Those of us who work in the NHS — not a small number — receive expensively produced glossy publications from our employers, full of photographs of happy, smiling workers meeting happy, smiling customers, at the very same time as drastic cuts must be implemented to meet burgeoning debts and there are patients in casualty who have been waiting for hours for admission. One is reminded of the Stalinist images of flaxen-haired peasant maidens serving at banquet tables groaning with food of every description that were disseminated to the world in the midst of one of the most severe famines in history.
Quer-me parecer que o ENP confunde neste post constrangimentos ao uso que cada indivíduo faz da liberdade de expressão (que é como a meu ver devem ser enquadrados a consciência, a memória, os conhecimentos e muitos outros factores) com constrangimentos à liberdade de expressão em si mesma:
À parte das leis do Estado, a minha consciência, a minha memória, os meus conhecimentos, a minha circunstância, a minha civilização, são tudo constrangimentos à minha liberdade de expressão.
Talvez seja uma diferença subtil mas é também uma diferença crucial. Julgo que alguma da confusão ocidental ao longo deste episódio da publicação dos cartoons de Maomé vem precisamente daí.
No seguimento deste 'post' e, para um eventual interesse na continuação do debate sobre o financimento do ensino, de seguida são identificados alguns dos comentários mais pertinentes: ### Sobre o programa de ensino:
Concordo com a ideia do voucher. Acho uma óptima ideia, bem como o facto das escolas poderem escolher os próprios professores que querem em vez do Estado impor estes àquelas.
No entanto não concordo com a ideia de "não devendo o estado ter qualquer intervenção nesta matéria". O Estado não deve escolher o currículo? Assim corre-se o risco de dois alunos de escolas diferentes terem dado matérias diferentes no mesmo nível lectivo? Isto não criará vários sistemas paralelos de ensino? Há matérias que têm precedências (sobretudo nas disciplinas cientificas); as universidades escolhem as provas especificas que desejam impor aos candidatos com base no currículo das disciplinas que não é mais que um garante que o aluno sabe A, B e C. Se não definirem o currículo, pelo menos que definam os exames, que é praticamente o mesmo. Mas tem de existir uma garantia que todas as crianças (adolescentes) em determinados níveis (ao 4º, ao 9º e ao 12º p.ex.) têm os mesmos conhecimentos.
Outra ideia com a qual não concordo totalmente: "Há a certeza que muitas crianças mais desfavorecidas são salvas pelo estado e que os pais são um perigo para o seu futuro." Bem, quer dizer... nalguns casos, absolutamente!!! Preconceito social? Como é que uns pais que têm a 4ª classe podem avaliar qual o melhor currículo para o futuro do seu filho?? E olhe que apenas 20% da população (activa) tem o ensino secundário! Eu não acho que o problema está nas matérias ensinadas nas escolas, mas sim no facto de elas não serem ensinadas ou aprendidas.
Gostaria de saber o que acha desta questão da equivalência de conhecimentos. De resto achei a sua análise bastante boa.
Alexandra
Só mais um ponto:
Para além de que se duas escolas não seguirem linhas curriculares idênticas, como é que poderá um aluno mudar?? Cairá "de pára-quedas" num ambiente curricular completamente diferente!
Alexandra
Se o Estado não der um mínimo de orientação ao curriculo escolar obrigatório quem garante que não aparecerão escolas corânicas subsidiadas pelo voucher a ensinar árabe como 1ª lingua e português como lingua estrangeira ? Ou umas que não ensinem história de Portugal ?
Mentat
Alexandra,
Obrigado pelo seu comentário. Vou ser conciso nas minhas respostas. Não o tome como uma desconsideração, mas antes por se tratar de uma caixa de comentários onde é difícil expor todo o nosso raciocínio de forma conveniente e percebível.
A Alexandra diz: “O Estado não deve escolher o curriculo? Assim corre-se o risco de dois alunos de escolas diferentes terem dado matérias diferentes no mesmo nível lectivo? Isto não criará vários sistemas paralelos de ensino?”
Não vejo aqui um risco, antes uma vantagem. A diversidade é uma grande vantagem para uma sociedade. A equivalência de conhecimentos não é o mais importante. O essencial é que esses conhecimento sejam bons e úteis aos alunos.
Veja o seguinte: Os pais escolhem as escolas dos filhos. Naturalmente, procurarão as melhores escolas e aqueles cujos programas sejam úteis para a sua aprendizagem.
André Abrantes Amaral
Mentat,
"Se o Estado não der um mínimo de orientação ao curriculo escolar obrigatório quem garante que não aparecerão escolas corânicas subsidiadas pelo voucher a ensinar árabe como 1ª lingua e português como lingua estrangeira ? Ou umas que não ensinem história de Portugal?"
Creio que os pais só aceitaram que os seus filhos aprendam árabe se virem nisso uma vantagem. Não havendo, nenhuma escola ensinará árabe. Há matérias onde não é preciso proibir. Não vale a pena proibir aquilo que as pessoas não querem.
André Abrantes Amaral
"Há matérias onde não é preciso proibir. Não vale a pena proibir aquilo que as pessoas não querem."
Caro André
Induzi em erro com a minha questão e pelos vistos dei azo a uma série de comentários "iranianos". A minha questão era: Não acha lógico, que mesmo num sistema de ensino totalmente privado, o Estado não deva impor um curriculo mínimo que garanta que os valores da nossa sociedade e que nos distingue como Povo, seja transmitido às gerações futuras ? Não se trata de proibir nada ou impor uma visão orientada politicamente, mas sim garantir que o ensino forma Portugueses e não outra coisa qualquer ?
Mentat
Caro Mentat,
Não acho absolutamente necessário que o Estado imponha um curriculum ou programa mínimo. Os valores da nossa sociedade foram criados por esta, pelo povo, não pelo estado. Assim sendo, não vejo como o Estado protegeria esses valores de melhor forma que as pessoas. Na minha opinião, são os indivíduos os maiores interessados na manutenção desses valores e são eles os únicos, os capazes de os inovar constantemente à maré das novas necessidades. Até porque se colocaria a questão: Quais valores?
André Abrantes Amaral
Sobre a escolha dos pais
As pessoas que só têm a 4ª classe mtas vezes percebem mto mais do que aquilo que o resto da sociedade pensa. Há situações em que a sua clarividência em relação à educação dos filhos é até superior à das pessoas com cursos superiores
Eu concordo com quase td. Acho que as escolas devem ter mtp mais liberdade na escolha de currículos e talvez a única coisa que é necessária para além do que referiu no seu post são os exames. Mas estes também não precisam de ser estanques e absolutos. Podem ser apenas alguns conteúdos que se considerem necessários mas que permitam que a escola continue a ter liberdade de manobra.
Outra forma de resolver o problema (especialmente ao nível do acesso ao ensino superior): as faculdades possuírem os seus próprios exames e formas de selecção. Os alunos, em vez de concorrer nacionalmente, concorrem directamente às faculdades que lhes interessam. Ao contrário daquilo que se pensa, creio que seria relativamente fácil manter o processo transparente.
Sara
"As pessoas que só têm a 4ª classe mtas vezes percebem mto mais do que aquilo que o resto da sociedade pensa. Há situações em que a sua clarividência em relação à educação dos filhos é até superior à das pessoas com cursos superiores"
Em relação à vivencia diária sim, talvez, mas em relação à educação dos filhos não creio. E muito menos nos meios rurais. Note que eu não estou a chaamr estupidas às pessoas, nem é uma forma de paternalismo, é apenas uma opinião. Muitas pessoas acham até que a escola não é necessária porque "eu só tenho a 4ª classe e olhem para mim tão bem sucedido na vida, os putos têm é que trabalhar e não estudar". Isto são coisas que se ouvem hoje no portugal rural! Não é só saber se a matemática é importante ou a física ou a quimica! É que matérias dentro destas disciplinas. Imaginem uma criança que não deu a matéria X no 9º ano e agora ela é necessária para aceder ao curso universitário que quer. O mesmo com a materia Y e Z enquanto que andou a perder tempo com a W e a T que agora não precisa para nada. Deve a criança planear todo o seu futuro académico desde o inicio de modo a não incorrer nestas situações?
E se uma criança quiser mudar de escola? Entre anos ou no meio do ano até?
Qual é o problema de ser o Estado a definir os curriculos?
Alexandra
«Os pais escolhem as escolas dos filhos. Naturalmente, procurarão as melhores escolas e aqueles cujos programas sejam úteis para a sua aprendizagem.»
Seria assim se não interviessem outros factores na escolha. Por exemplo, a proximidade geográfica (numa vila em que haja uma única escola, não há qualquer «escolha»). Ou então, o facto de os pais já terem um filho na escola X.
Ricardo Alves
Parece-me que há aqui uma clara entrada em transe liberal. Obviamente os curriculos devem ser decididos centralmente e não escola-a-escola. Para além dos motivos óbvios há um muito importante: deficiências de informação. A maioria esmagadora dos pais desconhece os curriculos escolares das escolas dos seus filhos e, mesmo tendo dados históricos, nada impede uma escola de alterar completamente os currículos de um ano para o outro. E escolher uma escola, principalmente num modelo de curriculos liberalizados, não é como escolher uma marca de cereais. Uma má escolha desinformada teria como consequencias a perda de, no mínimo,um ano escolar para o aluno. Tem que haver uma regulação central como em quase todos os sectores para combater as deficiências de informação.
Karloos
Sobre a privatização das escolas:
Imagine o André que, por exemplo, o governo iraniano, no seu pleno direito como agente económico, comprava todas as escolas do Algarve a Aveiro e impunha um currículo em que se ensinasse que o holocausto nunca existiu e onde forçasse as alunas a usar o lenço islâmico na escola. Que fazer neste caso? Deixar o mercado funcionar e esperar que todas as familias portuguesas se mudem para o norte do país? Ou então, num cenário mais realista, que houvesse um take-over regional feito pela igreja católica, pelo PCP,...
Karloos
E que país colocariam os filhos nessas escolas? Acaso não estariam a abrir mercado para novas escolas, como curriculo "normal" aparecerem?
Por outro lado no sistema actual qualquer que seja o curriculo adoptado pelo MNE os país não têm escolha. Mesmo que a matéria de algumas disciplinas seja um disparate.
Miguel Noronha
"Imagine o André que, por exemplo, o governo iraniano, no seu pleno direito como agente económico, comprava todas as escolas do Algarve a Aveiro e impunha um currículo em que se ensinasse que o holocausto nunca existiu e onde forçasse as alunas a usar o lenço islâmico na escola. Que fazer neste caso?" Eu abria logo uma escola com um currículo "ocidental". Era sucesso garantido, pelo menos até outros fazerem o mesmo e concorrerem comigo nesse nicho de mercado.
CMF
Boa Noite, Fico satisfeito pelo interesse causado pelo tema (+ de 30 comentários). Já quando do debate o que mais me agradou nas propostas apresentadas pelo André Amaral foi o serem uma verdadeira reforma no sistema. Claro que podemos sempre arranjar exemplos, casos particulares de "injustiças". Alexandra, coloca o problema se um aluno quiser mudar de escola...? se os pais foram "menos capazes" de escolher o melhor para os seus filhos...? Tudo são questões válidas, agora a minha opinião não podemos ter a pretenção de evitar o "sofrimento" numa mudança desta natureza! Não podemos nem devemos! É para mim o grande entrave Português para o desenvolvimento...a ideia é boa mas teríamos de mudar mentalidades para ser aceite! Este é o tipo de argumentos para quem nada quer alterar. Com o actual sistema, não temos só alguns exemplos pontuais de "injustiça". Temos milhares deles! Atrevo-me mesmo a dizer que gerações inteiras foram Injustiçadas! Gerações inteiras que foram vitimas por ex. do péssimo ensino da matemática que temos...que empurra as pessoas para carreiras nas ciências sociais com as consequências ao nível do desemprego licenciado que temos! Como será ossivel o tal do plano tecnológico, e o fomento da inovação quando mais de 80% dos alunos não conseguem sequer uma nota positiva mínima a matemática!!?? Estes sim (e falo de gerações inteiras) são os injustiçados! A principal ideia que me agradou apresentada pelo André, para além da liberdade e responsabilidade pela educação de cada um que traz para o sistema (sim porque o futuro de cada um deve ser da sua responsabilidade e não estar à espera da "almofada" do estado para qualquer irresponsabilidade que tome, por ex. abandono escolar), foi a competição! Sim, competição algo que choca muito a Sociedade Portuguesa. A tal lei da selva como dizem alguns. E não este "deixa andar" nacional e paternalismo com que tudo é tratado. Quem não se lembra das manifestações de estudantes sempre que se quer introduzir o mínimo de exigência no sistema (eu próprio vivi as da PGA. Lembram-se?)? Dos protestos que causaram quando as universidades vieram dizer que para entrar terá de ter no mínino nota positiva! E Espantem-se, houve cursos que se teve de deixar os "meninos" entrarem com negativas! Será que alguém acha isto normal !!?? Quem não se lembra do choque causado a alguns com a avaliação pública das escolas? Pois por muito que choque as nossas mentalidades...só com competição se conseguem resultados. E mesmo aqueles menos capazes são motivados e "puxados" para cima! Este é acho a principal virtude. Competição entre escolas e professores para que aqueles que sejam medíocres sejam simplesmente eliminados do sistema! Sim , eliminados...exactamente como na teoria Darwiniana da evolução! Só aqueles que sirvam e se adaptem ao meio envolvente devem sobreviver! Acredito que é uma ideia que devido às tais mentalidades nacionais cause repulsa, especialmente nessa corporação imensa e crescente (crescente mesmo no desemprego) que são os professores. Mas como disse de inicio para se resolverem os problemas terá de haver "sofrimento". Foram empurrados para uma carreira sem futuro (com a queda da natalidade cada vez serão necessários menos professores), agora a solução é virarem agulhas e escolherem outra carreira, sendo que o estado não pode garantir rendimento a estas pessoas.... A privitização do ensino teve uma experência ao nível do superior, mas mais uma vez, o estado matou a possibilidade de sobrevivência deste escolas. Em vez de chamar as privadas para tomarem conta de algumas públicas, aumentaram as vagas e baixaram as notas de entrada dando acesso a práticamente todo os alunos que desejem ingressar no ensino superior! Claro com o consequente aumento nos gastos, mas o dinheiro público é facil de gastar, não tem dono.... Bem hajam pela paciência e um obrigado ao André Amaral, esperando eu por mais temas destes colocados no blog...e mais uma vez peço...esqueçam pequena intriga e vaidades políticas... tratem do que realmente interessa...já que existe aqui muito boas ideias e gente capaz e só assim podem trazer mais gente para a causa... Eu já cá estou...
Por onde andará a Brigada dos Mártires da Al-Licenciosidade? A esta altura seria de esperar que já tivessem emitido uma catadupa de declarações em tom “veementemente condenatório,” censurando as estações televisivas e demais órgãos de comunicação social pela “irresponsável exibição” das imagens de violência da soldadesca em Abu Grahib.
Que estranho sortilégio explicará o plúmbeo silêncio do Oliveira, que não BE-berra contra este “abuso de liberdade” praticado pela comunicação social? Ou será que esta “mosca” lhe vem mesmo a calhar, para temperar as suas sopas de cavalo trotskista cansado?
Onde estão as mensagens conciliatórias dos Altos Comissários para a Dignidade do Homem? Certamente que ainda não tiveram oportunidade de ver sequer um fotograma dos horrores de Abu Grahib. De outro modo já se teriam pronunciado, manifestando a sua mais “profunda indignação” pela exploração "mediática, oportunista e comercial" dessas imagens de violência, sem atender às "consequências" para a “estabilidade” — o summum bonum de todo o invertebrado político — e para a “sensibilidade” do Outro.
Que é feito dos manuais destinados aos imprevidentes jornalistas sobre a liberdade — modo de usar e das “sérias advertências” quanto aos perigos de instigação de ondas de violência no mundo islâmico que a divulgação oportunista destas imagens pode causar?
Onde estão as meticulosas e especiosas distinções, os avisos contra as “generalizações,” enfim, toda a panóplia de cautelas a que a esquerda nos habituou ao longo das últimas semanas? Agora certamente que são devidos apelos ao “respeito” pela cultura cívica do povo americano e pelo seu presidente, que não podem nem devem ser confundidos com os desmandos de uma soldadesca irresponsável e desumana.
Por que razão não é “evidente” que as inenarráveis sevícias já conhecidas e as agora reveladas se devem exclusivamente à fraca cabeça dos responsáveis pela penitenciária? Bastava terem organizado um torneio prisional de futebol de salão e acabavam todos — torcionários e prisioneiros — abraçados, mas no paroxismo do golo, não no do choque e espasmo. E sem sombra de licenciosidade, bem entendido.
The LSE Hayek Society presents: The European Union: The Road to Serfdom? When: Mon 20th Feb, 6.30-8pm Venue: Z232 (St.Philips - North Building)
Dr Alan Sked, founder of the UKIP and Senior Lecturer in International History at the LSE, and Neil O'Brien, director of the think-tank Open Europe, will be debating the seemingly never-ending business of European integration, its direction and its desirability.
We have come full circle. Here is how the last great historical era began, the one we seem to be starting over afresh.
It's January 30, 1933, and here's what the Cleveland Press reports from Washington under the headline, "US Unruffled by Hitler Rise."
"High authorities here regard with complacence Adolf Hitler's rise to power in Germany... They [express] faith that Hitler would act with moderation... Experts based this belief on past events showing that so-called radical groups usually moderated, once in power."
The Philadelphia Evening Bulletin stated that Hitler seemed extreme in the past, but "Lately, however, there have been indications of moderation.###
(...)
It seems, however, that this whole cycle of experience has been forgotten by all too many people, and even whole countries. Thus Russia and France base their indecently quick and unconditional invitations to Hamas leaders to be official guests on the assertion that they can persuade the organization to moderate.
First, they do not consider it to be a terrorist group (apparently terrorism, like fascism, is a matter of taste). Second, it is coming to power due to an election (as did Communists and fascists). And third, only appeasement - excuse me, "constructive engagement" - will work.
Or, in Russian President Vladimir Putin's words, "We are deeply convinced that burning bridges is the easiest, but not a very promising activity."
WE HAD it explained to us by The Washington Post. Hamas, it said, "Probably... will seek to implement its moderate campaign platform, which promised an uncorrupted and effective government while working out a modus vivendi with Israel." Excessive pressure on the new regime, it warned, "would likely only strengthen the Islamists or trigger a resumption of terrorism."
In other words, aspirants to genocide never lie and if you don't bother them they won't kill you.
Faz hoje 20 anos, era assassinado Gaspar Castelo-Branco naquele que foi (julgo eu) o último crime do organização terrorista FP25. Entretanto, os seus membros foram indultados e amnistiados. O criminosos continuam impunes.
Miguel Sousa Tavares disse ontem, na TVI, (cito de memória) que “uma ofensiva militar contra o Irão será através da força aérea”. A resolução de intervenções militares usando unicamente o poderio vindos dos ares é tentador. É limpo. Morrem poucos dos ‘nossos’ e pouco ou nada se sabe dos ‘outros’. Infelizmente, as vantagens acabam aqui. Guerra alguma se venceu com aviões. Recorrendo a John Mearsheimer, arriscaria mesmo que pouca utilidade têm tido para abreviar um conflito militar. A juntar à ineficácia dos bombardeamentos no alcance da vitória, temos a geografia iraniana (já salientada pelo FCG): Um país acidentado, com uma enorme costa marítima, ao largo da qual passam a grande maioria dos petroleiros que abastecem o Ocidente. A guerra, caso a haja contra o Irão, não será certamente cor-de-rosa.
Em mais uma vã tentativa de salvar o nosso condenado sistema estatal de pensões o Ministro Vieira da Silva acaba de criar mais um desincentivo ao trabalho.
Com a sabática política prudentemente auto-imposta a chegar ao fim, Paulo Portas terá certamente um papel a desempenhar no realinhamento e reorganização da direita portuguesa. O facto de ter resistido à tentação de se envolver nas presidenciais aumentou significativamente o seu campo de manobra para os próximos tempos e o novo contexto político tem características favoráveis ao exercício da reconhecida destreza política de Portas.
Sendo certo que a experiência governativa do CDS foi a vários títulos decepcionante, a verdade é que as alternativas nesse espaço político (dentro e fora do partido) não conseguiram até agora afirmar-se.
Tudo parece portanto apontar para que, à direita, Portas volte a assumir uma posição de destaque, ainda que talvez em moldes não totalmente coincidentes com os do passado recente. Espera-se que, aproveitando o período de reflexão a que se sujeitou, não volte a incorrer nos erros do passado.
De tudo o que se disse, especulou e alinhavou sobre o caso dos cartoons de Maomé, incluindo os variados disparates oficiais e não oficiais, religiosos e laicos, jornalísticos e políticos, e por aí fora, o que não se disse é que a turba que se manifestou nas ruas, queimou embaixadas e bandeiras, e ameaçou matar mais uns quantos «infiéis» do Ocidente em nome de um Alá misericordioso, conseguiu exactamente o que queria. A partir de agora, qualquer editor de jornal, qualquer caricaturista ou cartoonista, qualquer articulista ou jornalista, qualquer humorista, pensará duas vezes antes de se meter com o Islão. E qualquer governo tentará evitar que os seus jornais, jornalistas e caricaturistas, se metam com o poderoso Islão. O tal Islão «tolerante» e «pacífico» que vimos nos últimos dias a espumar da boca. Ou seja, Europa 0 Islão, 1.
Para além de manifestações de justificada repulsa, até agora não há conta de destruição de embaixadas (algo em que o seu presidente parece ser especialista), queima de bandeiras ou declarações de Freitas do Amaral.
Security forces fired into the air as they struggled to contain the unrest in the eastern city of Lahore, where protesters burned down four buildings housing a hotel, two banks, a KFC restaurant and the office of a Norwegian cell phone company, Telenor.
No seguimento da "Jihad dos Cartoons", a Organização da Conferência Islâmica está a pressionar a ONU para que a declaração de princípios da nova organização de Direitos Humanos inclua uma declaração contra a "blasfémia". (*)
Javier Solana, cujo maior feito foi ter demonstrado a irrelevância da PESC, concorda.
(*) Não sabia que os países muçulmanos, especialmente os árabes, tinham assim tanto apreço pelos Direitos Humanos.
The diary of a Saudi man, currently living in the United Kingdom, where the Religious Police no longer trouble him for the moment.
In Memory of the lives of 15 Makkah Schoolgirls, lost when their school burnt down on Monday, 11th March, 2002. The Religious Police would not allow them to leave the building, nor allow the Firemen to enter.
Há duas razões muito claras que exigem a publicação das caricaturas como elemento informativo indispensável para a formação de opinião numa sociedade livre: uma, é perceber pela sua observação que elas estão absolutamente dentro daquilo que é o mainstream do desenho satírico típico da imprensa dos países em que há liberdade de expressão; outra, é perceber que só com um esforço de manipulação desproporcionado (e intencional) elas podem ser consideradas ofensivas e blasfemas.
O Relativismo demonstrou ser um meme resistente, e o pensamento radical, contaminado pelo romantismo hegeliano, insiste em confundir crenças na superioridade de uma civilização com racismo. Quando a estrutura mental está apenas preparada para analisar conflitos rácicos ou guerras entre proletários e capitalistas, não é fácil saltar para outro nível.###
(...)
No entanto, reconheço que existe uma brecha na tese da superioridade civilizacional do Ocidente, e que a encontramos nas palavras dos seus críticos (mas não do modo como eles desejariam). O vírus que tem ameaçado o mundo mais livre, mais justo, mais humano, o melhor de que temos conhecimento na história da humanidade é, precisamente, o Relativismo. Podemos ir mais longe, e recuar a Hegel e seus acólitos (Schopenhauer já dizia, com grande perspicácia, em 1841, que a filosofia atingira o último grau de aviltamento na pessoa de Hegel), e às traições a Voltaire, que tão bem tinha distinguido, em 1732, o espírito analítico de Newton e Locke do dogmatismo cartesiano, e a Kant, de quem o Romantismo se quis, sem pudor, apoderar. Antes, já a Revolução Francesa havia traído o ideal da Liberdade, transformando-o no fanatismo jacobino. E mais tarde, Marx atirava a derradeira lenha para fogueira do século XX. São essas as sementes do mal-estar moderno. Hoje, vencidas muitas batalhas, ainda temos que lidar com o Relativismo — e com a sua consequência lógica, o obscurantismo —, e com os discursos “sousassantistas” contra a ciência; a ideia de estado-nação, que parece dar credibilidade a qualquer reivindicação de meia dúzia de pessoas cuja especificidade cultural ou étnica pode ser a troca de uma letra por outra, continua em alta; e o transpersonalismo resiste às tentativas de liberalizar definitivamente as nossas democracias, como se pode ver no recente e inaceitável comunicado do ministro Freitas do Amaral.
(...)
Alguns indivíduos, do lado esquerdo do cenário político, esquecem-se de metade das coisas que já escreveram e relativizam a violência que tem dominado muitas ruas dos países islâmicos. Não me surpreende. Quem aprende desde juvenil idade a raciocinar numa perspectiva colectivista, sem nunca se sujeitar a um choque ideológico, dificilmente aceitará todas as consequências do valor da Liberdade. É pena, pois um dos legados iluministas é, não só a crítica racional às ideias alheias, mas também a capacidade de auto-crítica. Não aproveitar acontecimentos marcantes para rever o edifício ideológico (mesmo que, no final, este se mantenha em pé) é sinal de rigidez e fraqueza mental. Mais uma vez, os sintomas de uma hipotética decadência da civilização ocidental, parecem vir daqueles que mais apontam o dedo ao mundo onde vivem, e no qual são tolerados, por maior que seja o disparate proferido.
O Parlamento Europeu irá discutir hoje e votar amanhã a "Directiva Bolkstein" que prevê a liberalização do mercado de serviços na UE. Como seria de esperar, as corporações irão promover uma manifestação para defender a manutenção das barreiras proteccionistas.
Contra estes e, contra a "proposta de compromisso" negociada pelo PSE e pelo EPP-ED manifestou-se um grupo de seis países (República Checa, Hungria, Holanda, Polónia, Espanha e Reino Unido) que enviaram uma carta ao Comissário do Mercado Interno instando-o a não recuar na proposta original.
Sobre a OPA da SONAE e a avaliação do management da PT feita pelo mercado
Uma OPA como a que foi lançada pela SONAE sobre o capital da PT tem, na perspectiva do oferente, uma série de riscos acrescidos face a uma OPA de menor dimensão, os quais têm de ser bem medidos antes do anúncio da operação.
Assim, e ainda durante o processo da OPA colocam-se, v.g., potenciais dificuldades pelas Autoridades da Concorrência e até riscos de imagem pela não concretização da operação. Numa fase pós-OPA subsistem riscos de perda de valor, v.g., pela não concretização de sinergias, por dificuldades de alinhamento cultural entre os colaboradores das diversas empresas, pela dificuldade de as redimensionar, pela verificação de riscos não previstos, pela incerteza que paira sobre a rendibilidade da rede fixa no médio prazo.
Estes riscos são - ou devem ser (nem sempre são) - objecto de mensuração antes do lançamento da OPA, e acrescidos ao valor da cotação, para comparação com o valor real (e potencial) da empresa visada.
Por isso, dizer que a actual administração da PT tornou a empresa apetecível, em tom de elogio, não faz qualquer sentido (faço referência ao post do PPM, mas ao longo destes dias várias pessoas têm escrito neste mesmo sentido, inclusive, para minha surpresa, tem sido essa a linha dominante no DE). ### A Administração da PT, com maior ou menor responsabilidade, com maior ou menor margem de manobra, conduziu a que, na véspera do lançamento da OPA, houvesse um gap significativo entre a capitalização bolsista e o valor real e potencial da empresa, permitindo que a sua concorrência, descontados os riscos (brutais) da operação, ainda encontrasse entusiasmo e fundamento para lançar a Oferta. Estamos a falar, além do mais, de uma empresa que está numa posição de monopólio, pelo que parte, por essa razão, de uma posição francamente favorável.
Não se pretende aqui crucificar a actual administração da PT, que em muitos planos terá (ou não) feito aquilo que as condições lhe permitiam (não é esse o ponto). Agora, o que é um dado de facto é que o mercado tem penalizado o título PT, em boa medida, entre outros aspectos, i) pela instabilidade institucional do seu corpo accionista; ii) pela bizarria de ter como pólo de equilíbrio um minoritário ambivalente como é o Estado; iii) pela atitude monopolista anti-cliente que por vezes cultiva e que prejudica a sua apetência junto do pequeno aforrador (ele próprio consumidor dos seus serviços); iv) pela dificuldade que o seu management sempre teve em promover efectivas reorganizações internas (dado o seu carácter substantivamente «para-público»), preferindo ser um dos maiores centros de distribuição de favores em forma de «jobs» (seja em «in» ou «outsourcing») que o país conheceu desde os anos 90.
O falado interesse de Pereira Coutinho surge na sequência da iniciativa da SONAE, e dificilmente se traduzirá numa OPA concorrente. Pereira Coutinho lidera o Grupo SGC, que não terá sozinho facilidade em encontrar uma muleta financeira que suporte eventuais pretensões desta natureza; ser-lhe-á assim mais vantajoso reforçar as suas ligações ao Grupo SONAE, alinhando os seus interesses, participando na divisão do esforço da operação (e que se poderá traduzir na entrada de Pereira Coutinho no cabo e nos conteúdos); não será aliás difícil fazê-lo, pois Pereira Coutinho mantém uma excelente relação pessoal com alguns dos principais protagonistas do lado SONAE (v.g., Lobo Xavier exerceu durantes muitos anos funções no Grupo SGC, sendo ainda advogado das empresas).
Nas próximas semanas poderão surgir outros interessados em dividir com a SONAE o esforço da OPA, tomando posição nos negócios que Belmiro e Cia tenham definido como não «core», ou que levantem obstáculos em sede de direito da concorrência.
Mas desenganem-se os que no eixo Lisboa-Cascais ainda não digeriram a OPA (embora sempre tenham sido a favor do «funcionamento do mercado») e que aspiram a uma OPA concorrente que permita manter o status quo. Nada vai voltar a ser como dantes.
1) Privatizando todo o ensino. Todas as escolas devem ser privadas. O ensino deve ser privado, não devendo o estado ter qualquer intervenção nesta matéria.
Da mesma forma que separámos a Igreja do estado, devemos separar o estado da educação. A aprendizagem é fundamental para o crescimento de qualquer aluno e os pais devem ter total liberdade em orientar a sua educação. Essa liberdade só é possível se todas as escolas forem privadas, porque numa escola pública o estado intervém e regula o ensino e, ao fazê-lo, retira poder de intervenção aos pais. ### 2) O estado deve subsidiar quem não pode pagar o ensino dos seus filhos, com a atribuição de vouchers. Encaro esta medida como sendo um mal menor e de uma forma pragmática. O ideal é todo o ensino ser de financiamento privado. Só assim se garante a total liberdade dos pais e dos alunos.
No entanto, tendo em consideração a crença socialista que existe em Portugal, a atribuição de vouchers aos pais dos alunos seria já uma enorme ajuda na dinamização do ensino em Portugal que se encontra estagnado e anémico.
Quais as vantagens dos vouchers?
1) Os pais podem passar a escolher a escola dos seus filhos; 2) Há um maior estímulo no interesse e dedicação, tanto da parte dos pais que passam a determinar o destino dos seus filhos, como dos alunos que sentem neles ser depositado um capital de esperança; 3) Permite aos mais pobres o acesso às escolas privadas; 4) Conduz à competição, com a subsequente redução dos custos, melhoria da qualidade de ensino e sua constante inovação.
Basicamente, é devolver o poder às pessoas. Estas preferem ser elas próprias a fazer os seus serviços sociais a acatar os que lhes são impostos pelo Estado.
Que tipo de vouchers? Há vários:
1)Sujeitos, ou não sujeitos, a fiscalização; A fiscalização pode ser feita através de inspecções e/ou atribuição de licenças. O preferível é que não haja qualquer tipo de fiscalização; 2) Só para algumas escolas ou para todas; Na minha opinião deve ser para todas as escolas privadas, sejam elas laicas ou religiosas (qualquer que seja o seu credo) É aos pais e não ao Estado quem cabe escolher a educação dos filhos; 3) Abrangendo só escolas públicas, tanto escolas públicas como escolas privadas ou só escolas privadas. O preferível seria esta terceira modalidade. 4) Abrangendo todas as famílias, ou apenas algumas. Na minha opinião apenas deveria abranger as famílias mais pobres; 5) De igual, superior ou inferior montante ao calculado custo anual de um aluno na escola pública. No meu ponto de vista, deverá ser sempre inferior.
O que é muito importante é que não sejam impostas quaisquer condições às escolas privadas, caso contrário, teremos escolas privadas, mas um ensino público. O que é de evitar.
Para terminar, não posso deixar de salientar que os vouchers são um risco que vale a pena correr.
Em primeiro lugar, são um mal menor. Constituem uma política programática que tem em conta a realidade portuguesa, ainda bastante centralizada e dependente do Estado.
Em segundo lugar, tem vários atenuantes:
a) Nem todas as escolas terão de aceitar vouchers, e b) Se a regulamentação da educação for reduzida, poderá abrir-se o caminho a que as famílias e as escolas definam o que entendem dever ser, em cada caso concreto, uma política de aprendizagem.
Tudo isto passa por uma mudança de mentalidades. Existe a crença que a família não está apta a cuidar da educação dos filhos. Pior. Há a certeza que muitas crianças mais desfavorecidas são salvas pelo estado e que os pais são um perigo para o seu futuro. Tudo se resume a um enorme preconceito social a que é indispensável por cobro. A génese do discurso liberal, nestas matérias, deveria estar aqui.
(...)"qualquer que seja o juízo negativo que possamos fazer sobre o sentido, a oportunidade, a intenção e o teor destas caricaturas, ele não põe em causa, de modo nenhum, o direito à liberdade de expressão"(...) "nada justifica a violência, porventura orquestrada, pelo menos tolerada, que essas caricaturas provocaram em diversos países do mundo muçulmano"
"A nossa obrigação é que cada vez construamos mais pontes. Já chegou o Muro de Berlim e o muro construído recentemente entre Israel e uma parte da Palestina. Não vamos agora fazer um muro no Mediterrâneo! É preciso é pontes e alguns túneis, também"(...) "porque não, além do campeonato do Mundo e do campeonato da Europa de futebol, fazer um campeonato Euro-Árabe? Acho que era uma das coisas que mais podia aproximar"
Talvez o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros esteja tão ocupado a escrever comunicados que não representam ninguém, que se tenha esquecido da oportunidade que vai ter, em breve, de construir pontes, viadutos ou autoestradas com os legítimos representantes do regime dos Ayatollahs. Para mais, poderá fazê-lo no âmbito de um campeonato mundial de futebol: é já a 17 de Junho que os jogadores portugueses vão encontrar a selecção iraniana em Frankfurt. Certamente o Sr. Prof. estará lá e poderá estender os braços e o seus habituais rasgados sorrisos a todos os dignitários iranianos. A não ser que seja remodelado/reformado antes disso.
Há mais de dois anos, de segunda a sexta, cerca das vinte e duas horas, lá estava mais um post extraordinariamente bem escrito, revelador de uma disciplina e cultura fora do comum e que valeu ao Semiramis ser eleito o melhor blog de direita de 2005 pelos leitores d’O Insurgente. A ser verdade o rumor da sua morte, um bem haja à Joana e sentidos pêsames à sua família.
Abu Hamza, conhecido pregador do ódio ao Ocidente, foi condenado a sete anos de prisão no Reino Unido. Para a sua advogada, é um "prisioneiro de fé". Nas ruas de várias cidades, um conjunto de radicais islâmicos incita à chacina do Ocidente, devido a uns rabiscos publicados num jornal dinamarquês. Ambos os casos mostrando que para esta gente, tudo faz parte da esfera da sua religião, e nada nem ninguém merece existir caso a ela não esteja entregue. Incluindo os muçulmanos que não pensam como eles. Há quem não queira perceber isto. O dr. Freitas do Amaral, que acha que os rabiscos são muito condenáveis, embora não ache que haja mérito em afirmar que a violência contra embaixadas de um país aliado é inadmissível. A dra. Ana Gomes concorda com ele, e não deixa de ser bastante revelador da natureza do pensamento do dr. Freitas que Ana Gomes tenha corrido a defendê-lo. Quem também correu bastante esta semana foi o ainda presidente da República Jorge Sampaio, que numa vista à importante povoação de Nelas, procurou evitar o bom povo de Canas de Senhorim. Foi pena, porque os indígenas costumam proporcionar-nos bons momentos televisivos. Tal como imagino que aconteça com o parlamento madeirense, infelizmente, muito ignorado. Para muito boa gente, incluindo este vosso escriba, quem deveria ser ignorado era o Hamas, pelo menos até mudar a sua posição relativamente a Israel. O Governo russo, no entanto não pensa assim. E entendeu por bem promover o diálogo com o grupo terrorista. A França e o dr. Freitas, com a firmeza que os caracteriza, rapidamente vieram mostrar a sua simpatia para com iniciativa. A diplomacia francesa já não supreende. E o dr. Freitas também não. O problema está em que ele nos representa. E esta foi uma semana em cheio para ele. Espero que não declare uma fatwa contra a minha pessoa. Quanto mais não seja porque eu ficaria bastante ofendido, e seria estranho que o dr. Freitas não mostrasse para comigo a mesma atenção que presta às sensibilidades daqueles que nos querem queimar a todos.
El mejor servicio que podemos hacer a quienes dentro del islam intentan tener una lectura diferente de la de los integristas es no ceder en los principios. Tenemos que elegir la libertad. Y en ella está implícito el poder herir a alguien. Dejarnos coartar por la amenaza de la violencia sería autocensurarnos.
(...)
La esperanza de Ahmadineyad es convertirse en el líder del mundo musulmán con el antisemitismo por bandera.
(...)
Igual que ocurre con los problemas sociales y religiosos, en política internacional llegará el momento en que habrá que marcar un límite definido. Si mantenemos que Irán no pueda acceder al arma nuclear, debemos ser conscientes de lo que ello puede comportar en términos de violencia.
(...)
Porque el multiculturalismo es un veneno. Defender la cultura de uno no significa rechazar las demás, es tener una identidad fuerte. Pero eso la izquierda tampoco lo comprende, porque defiende un hombre abstracto.
O epifenómeno dos cartoons revela como George Bush conseguiu impor o "ou nós ou eles" aos mais improváveis cidadãos. O debate em Portugal , na praça pública, é disso revelador, ultrapassando as habituais fracturas esquerda/direita.
Definitivamente, com cartoons ou sem eles, certa esquerda é cada vez mais uma caricatura...