7.1.06

Tadinha da Joana

Deste lado da barricada...

There can be no compromise between a property owner and a burglar; offering the burglar a single teaspoon of one’s silverware would not be a compromise, but a total surrender - the recognition of his right to one’s property. (…) And once the principle of unilateral concessions is accepted as the base of a relationship by both parties, it is only a matter of time before the burglar would seize the rest. (…)
There can be no compromise between freedom and government controls; to accept “just a few controls” is to surrender the principle of inalienable individual rights and to substitute for it the principle of the government’s unlimited, arbitrary power, thus delivering oneself into gradual enslavement. (…)###
There can be no compromise on basic principles or on fundamental issues. What would you regard as a compromise between life and death? Or between truth and falsehood? Or between reason and irrationality?
Today, however, when people speak of “compromise”, what they mean is not legitimate mutual concession or a trade, but precisely the betrayal of one’s principles - the unilateral surrender to any groundless, irrational claim. The root of that doctrine is ethical subjectivism, which holds that a desire or a whim is a irreducible moral primary, that every man is entitled to any desire he might feel like asserting, that all desires have equal moral validity, and that the only way men can get along together is by giving in to anything and “compromising” with anyone. It is not hard to see who would profit and who would loose by such a doctrine.
The immorality of this doctrine - and the reason why the term “compromise” implies, in today’s usage, an act of moral treason – lies in the fact that it requires men to accept ethical subjectivism as the basic principle superseding all principles in human relationships and to sacrifice anything as a concession to one another’s whims.
The question “Doesn’t life require compromise?” is usually asked by those who fail to differentiate between a basic principle and a concrete, specific wish. Accepting a lesser job than one wanted, is not a “compromise”. Taking orders from one’s employer on how to do the work for which one is hired, is not a “compromise”. Failing to have a cake after one has eaten it, is not a “compromise”.

Integrity does not consist of loyalty to one’s subjective whims, but of loyalty to rational principles. A “compromise” (in the unprincipled sense of that word) is not a breach of one’s comfort, but a breach of one’s convictions. A “compromise” does not consist of doing something one dislikes, but of doing something one knows to be evil. Accompanying one’s husband or wife to a concert, when one does not care for music, is not a “compromise”; surrendering to his or her irrational demands for social conformity, for pretended religious observance or for generosity toward boorish in-laws, is. Working for an employer who does not share one’s ideas, is not a “compromise”; pretending to share his ideas, is. Accepting a publisher’s suggestions to make changes in one’s manuscript, when one sees the validity if his suggestions, is not a “compromise”; making such changes in order to please “the public”, against one’s own judgment and standards, is.
The excuse, given in all such cases, is that the “compromise” is only temporary and that one can reclaim one’s integrity at some indeterminate future date. But one cannot correct a husband’s or wife’s irrationality by giving in to it or encouraging it to grow. One cannot achieve the victory of one’s ideas by helping to propagate their opposite. One cannot offer a literary masterpiece, “when one has become rich and famous”, to a following one has acquired as trash. If one found it difficult to maintain one’s loyalty to one’s own convictions at the start, a succession of betrayals – which helped to augment the power of the evil one lacked the courage to fight – will not make it easier at a later date, but will make it virtually impossible.
There can be no compromise on moral principles. (…) The next time you are tempted to ask: “Doesn’t life require compromise?” translate that question into its actual meaning: “Doesn’t life require the surrender of that which is true and good to that which is false and evil?” The answer is that that precisely what life forbids – if one whishes to achieve anything but a stretch of tortured years spent in progressive self-destruction.
(July 1962)

Ayn Rand - "The virtue of selfishness", pp 79-81

13% de intenções de voto a mais

A Cidade de Deus

Soares, a "lei da selva" e os encontros imprevistos

Soares, que se apresentou como o candidato solidário com os mais desfavorecidos, atacou de novo Cavaco Silva, avisando que se o antigo primeiro-ministro for para Belém, poderá instalar-se no país a "lei da selva".

O encontro entre Soares e Valentim há dias que estava a ser preparado, a pedido da candidatura do ex-presidente da República. Porém, tudo foi feito para parecer um imprevisto. Após uma manhã em visita às freguesias de Lordelo, Aldoar e Campanhã (Porto), Soares rumou a Gondomar para conhecer o Centro Social de Soutelo e contactar com população no Largo do Souto, no centro da cidade.

O candidato apoiado pelo PS acabou por fazer uma arruada que terminou na Biblioteca Municipal, onde o major o aguardava à porta . "Não sabia que Valentim Loureiro estava aqui. Só quando passei é que me disseram", alegou Soares. "Soube através da comissão de apoio a Mário Soares que ele queria vir a Gondomar", esclareceu, no mesmo instante, o autarca.

O temor de uns é a (ténue) esperança de outros...

Se há palavra rara no discurso cavaquista é a Constituição.

(...)

Sabendo-se que o candidato não morre de amores pela Lei fundamental e que entre os seus apoiantes estão os defensores de "outra constituição", será excessivo temer que uma eventual presidência cavaquista possa significar meter a Constituição "na gaveta"?

Leituras recomendadas

Tanto esforço...

"O Uruguai voltou à carga com sua intenção de associar-se aos Estados Unidos e abandonar o Mercosul. O ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori, deu uma entrevista ao semanário uruguaio Búsqueda, dizendo que seu país se distanciou do modelo econômico da Argentina e que se sente mais próximo do Chile."

"Uruguai quer se associar aos EUA e deixar o Mercosul"

(Via Estadão)

Talvez a América do Sul não esteja tãããão perdida, afinal de contas. Haverá uma luz no fim do túnel?

6.1.06

Dead man walking...

Excluída parece, para já, a hipótese de Sócrates participar, nos próximos dias, em acções de rua ao lado de Soares, uma vez que “continua condicionado em caminhar”, depois de ter sofrido um estiramento num dos joelhos, na sequência de uma queda sofrida quando fazia esqui, na Suíça.
Caminhar??? E a manutenção do Falcon?

(via Blasfémias)

Candidatos à escala

A idade de Soares passou a ser relevante? (2)

Sábado: Já disse que só faria um mandato, por causa da idade. Se a meio sentir que começa a perder capacidades, o que faz?

Mário Soares: Bem, as pessoas quando perdem capacidades normalmente não dão por isso (risos). Mas a pergunta tem sentido. Sou muito introspectivo e os médicos dizem que sei diagnosticar bem, quando me queixo digo precisamente o que sinto. Se sentir que as minhas capacidades estão a decrescer, que não estou a ter a paciência e a capacidade de leitura que tenho, de reflexão e de escrita, se começar a sentir-me diminuído por alguma razão, é evidente que isso me põe um problema de consciência. E isso seria a renúncia, naturalmente. Mas não espere que isso aconteça, porque tenho o exemplo do meu paique morreu com 92 anos e até ao fim esteve lucidíssimo.

Sábado: O que lhe deu para dizer na televisão que o líder do CDS-PP era deputado do PS?

Mário Soares:Foi um lapso. Era para dizer: do Partido Popular Europeu. Não é uma questão de idade, todos temos lapsos. Mas saiu aquilo e só reparei quando me chamaram a atenção. Dizer, como ele, que o socialismo está paredes meias com o terrorismo é uma loucura. O socialismo sempre foi pacifista.
Lapso? Sugiro apenas que leiam a transcrição da notícia e/ou vejam o video.

PS: a imagem reproduzida está no canto inferior esquerdo da capa da revista Sábado.

Breaking news (com confirmação)

Breaking news (sujeito a confirmação) [2]

Furar o bloqueio

Cada vez que se quer atacar Mário Soares fala-se de Macau, da Emaudio e do livro de Rui Mateus, e é bem verdade que nenhum jornalista o confronta com os detalhes mais sombrios do seu passado. Mas nem vale a pena desenterrar as conexões asiáticas circula pela Net e pelos blogues um pequeno excerto de um recente noticiário da SIC em que Soares mete os pés pelas mãos ao comentar umas declarações de Ribeiro e Castro, numa atrapalhação mental tão grande que ao pé dela até a gafe do PIB empalidece. Pergunta: porque não passaram essas imagens mais vezes? Porque é que elas, como aconteceu com Guterres, não foram repetidas até à exaustão?
O episódio em causa é este (video disponível aqui). Por estes dias, vale também a pena ir lendo o que se publica no Faccioso.

(agradeço ao leitor Irascível a indicação do link para o artigo do DN)

Breaking news (sujeito a confirmação)

Liberalismo e Estado

Festança blogosférica

Capitalismo Selvagem Americano vs Modelo Social Europeu

Sobre a lei do condicionamento industrial e/ou outros nacionalismos proteccionistas

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme d'Oliveira Martins.

O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, precisamos de uma atitude positiva. Nós defendemos uma economia aberta, mas defendemos, em primeiro lugar, as pessoas e uma economia centrada no emprego e na criação do emprego.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Essa é a questão fundamental. Essa aposta não pode deixar de ser vista.
Por isso, há razões internas que não podem deixar de ser consideradas. Obviamente, a partir dessas condições internas é que temos de equacionar a nossa visão positiva do futuro.
Obviamente que gostamos de ouvir o Sr. Ministro da Economia falar dos desafios positivos da economia nacional, também acreditamos nos desafios positivos da economia nacional, mas entendemos que, para pôr as pessoas em primeiro lugar, para pôr o emprego em primeiro lugar, para pôr os interesses vitais estratégicos em primeiro lugar, é indispensável definir regras, tornar claras as regras.

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - Nessa perspectiva, Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, preocupa-nos a salvaguarda dos interesses vitais nacionais. Não queremos regressar a qualquer lei do condicionamento industrial.

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - Queremos, sim, garantir uma economia aberta, transparente e clara.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador passa então a enumerar os cinco princípios, segundo os quais, os socialistas, não querendo regressar ao condicionamento industrial, pretendem salvar a economia nacional de ser tomada pela avassaladora horda de investidores estrangeiros (meus destaques).###

O Orador: - Nesse sentido, relativamente à venda de acções de partes sociais de empresas a empresas e interesses estrangeiros, designadamente no que se refere aos interesses estratégicos, porque esta é a questão fundamental, esta é a nossa preocupação - e está sobre a mesa, por exemplo, o tema da Galp Energia e nós equacionamo-lo frontalmente porque é indispensável cumprir regras -, definimos cinco princípios.
Primeiro, a venda das partes sociais do capital das empresas deve obedecer a regras claras e transparentes segundo o princípio de estrita igualdade de tratamento entre todos os concorrentes.

Aplausos do PS.

Segundo, é indispensável garantir a estabilidade na vida industrial, na vida económica e empresarial destas empresas. Não basta, pois, considerar a curto prazo qualquer negócio sem garantir, no futuro, a preservação da estabilidade empresarial e industrial.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Por outro lado, a salvaguarda do emprego. Em primeiro lugar, nós temos de preservar o emprego. Não podemos esquecer que este caminho a que chegámos de ter 0,5 milhões de desempregados tem de ser invertido claramente. E todos temos de o inverter.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Terceiro, a isenção do Estado e dos governos deve ser garantida, evitando situações de dúvida ou de suspeição relativamente a quem intervém no processo. Qualquer promiscuidade entre o poder económico e o poder político tem de ser evitada, tem de ser contrariada.

Aplausos do PS.

Quarto, impõe-se uma especial ponderação dos interesses vitais da economia, em especial em sectores como o da energia, o financeiro e bancário e o das telecomunicações.
Quinto, deve preservar-se a existência de mecanismos que permitam ao Estado recuperar a liderança nos processos no caso de estarem em causa a defesa e a salvaguarda do interesse económico nacional.

Vozes do PS: - Muito bem!

Uma verdade tantas vezes esquecida

Ingenuidade é pensar que vender produtos mais caros a nós próprios compensa. É pensar que as exportações são uma vantagem e as importações uma desvantagem.

João Miranda.


Se a Espanha (com o dinheiro dos espanhóis) subsidia os seus produtos para nós comprarmos mais barato, só temos de agradecer. Se nós importarmos cada vez mais produtos a um menor preço que o que pagaríamos por os produzir em Portugal, melhor. É da maneira que aplicamos bem os recursos que temos.

Ano novo, floresta nova

Ano novo, economia nova

Programado para intervir em mais uma prioridade nacional

Presidente força Sócrates a travar Iberdrola na EDP

Sampaio ao Diário Económico: “Agi em conformidade com os poderes do presidente para defender o interesse nacional no médio e longo prazo”.
Espera-se a qualquer momento que Mário Soares diga que Jorge Sampaio agiu como "uma espécie de computador que está programado para primeiro-ministro".

A Câmara aconselha

Estamos habituados a que o Estado, através das suas instituições, trate os cidadãos deste país como seres desprovidos de capacidade de tomar decisões acertadas. O resultado foi a progressiva desresponsabilização individual perante a consequência dos actos de cada um e que, por exemplo, vemos reflectida na dependência que existe em relação aos serviços do estado - quer nas prestações sociais, quer na interferência reguladora, quer na orientação de comportamentos.
Um exemplo vem da Câmara Municipal do Barreiro, através do CIAC – Centro de Informação Autárquica ao Consumidor da Câmara Municipal do Barreiro. Agora que entramos em época de saldos, o munícipio, preocupado com a possibilidade dos seus eleitores terem comportamentos que fujam aos cânones dos omniscientes (por enquanto ainda não omnipotentes) especialistas em consumo, propõe-se guiá-los através da selva do mercado. Embora recomende a leitura integral do artigo, deixo-vos alguns dos seus conselhos (os itálicos, claramente, não constam do texto original...):

É sabido que certas produções fabris são exclusivamente dedicadas a Saldos de todo o ano, o que nada beneficia o Consumidor e não abona as regras de transparência do mercado. (...)
[em que é que produtos mais baratos, produzidos ou não especialmente para a época, prejudicam os consumidores?]

As vendas em Promoção têm em vista o lançamento de um produto novo ou não comercializado anteriormente pelo agente económico que as organiza. Todavia, é habitual vermos nos hipermercados, supermercados, estabelecimentos de electrodomésticos e outros a expressão 'Promoção', com o objectivo de aumentar o volume de vendas ou escoar produtos existentes.
Esta situação não se apresenta como uma verdadeira Promoção.
[São uns sacanas, estes capitalistas!]

A agressividade dos fornecedores de bens e serviços é bem evidente com a introdução de novos métodos de aliciamento do Consumidor que, em alguns casos, proíbe e, noutros, condiciona, e que devem ser, em qualquer dos casos, encarados com as maiores precauções e denunciados.
[Todos presos! Já! E pode-se também proibir a publicidade. As agências de meios devem ser ilegalizadas!]

A palavra de Deus (o outro)

Enquanto no Blasfémias se escreve sobre a pureza do liberalismo e das maravilhas de um mercado em auto-gestão os outros países vão aprendendo a utilizar a economia e a sua nova dimensão global como instrumentos das suas estratégias nacionais.
Rodrigo Moita de Deus n'O Acidental.

Gostava que o Rodrigo me explicasse quem é, afinal, essa entidade denomindada "economia" que outros manipulam em seu proveito.

...E o quinto Anjo tocou a sua trombeta

Iran’s hard-line President Mahmoud Ahmadinejad told a crowd of theological students in the holy city of Qom on Thursday that Israeli Prime Minister Ariel Sharon “has joined his ancestors and others will soon follow suit”, according to the state-run Mehr news agency.

...

Iran’s state-owned media and newspapers have been reporting the Israeli leader’s deteriorating health condition with evident glee. In a statement put out by state-run news agencies, the Headquarters for the Commemoration of Martyrs of the Global Islamic Movement said “the death of Sharon brings joy to the hearts of Muslims”.

The ultra-conservative president told the radical Shiite Islamists, many of whom have come to Qom from different Muslim countries, that Islam did not restrict itself to geographical borders.

“We must believe in the fact that Islam is not confined to geographical borders, ethnic groups and nations. It’s a universal ideology that leads the world to justice”, Ahmadinejad said.

We don’t shy away from declaring that Islam is ready to rule the world”, he added.

Ahmadinejad dwelled on his recurrent theme that the return of the Shiite Messiah, the Mahdi, is not far away and Muslims must prepare for it.

We must prepare ourselves to rule the world and the only way to do that is to put forth views on the basis of the Expectation of the Return”, Ahmadinejad said, referring to the Shiite Muslim belief that the Mahdi, on his return, will establish justice in a world consumed by chaos and corruption. [Iran Focus, 5 de Janeiro de 2006]

Camas estratégicas

International Encyclopedia of Economic Sociology: Libertarianism (2)

Nova sondagem

5.1.06

É a vida

O Império da Vontade

"Todo ataque relativista muito enfático encobre um autoritarismo secreto que mantém o adversário ocupado na defensiva só para poder em seguida triunfar sem discussão. Reparem na presteza com que esse tipo de relativista, ao sair do exame das opiniões adversárias para a defesa das suas próprias, passa do discurso dubitativo às afirmações intolerantes que se ofendem até às lágrimas, até à apoplexia, ante a simples ameaça de objeções. O relativismo militante é um véu de análise racional feito para camuflar a imposição, pela força, de uma vontade irracional."

Olavo de Carvalho, "O Império da Vontade". (via JB Online)

Para terminar o dia

International Encyclopedia of Economic Sociology: Libertarianism

Apresentando Hugo Chávez o novo farol da esquerda mundial (funciona a petróleo)

"In a televised Christmas Eve speech, Chavez, a left-winger and a former soldier, said that "minorities, descendants of those who crucified Christ ... have grabbed all the wealth of the world for themselves."


[Fonte]

Ano novo, segurança social nova

Ainda há esperança para Mário Soares

Nós é que somos os democratas!

Ariel Sharon

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Foto.



This is a difficult time and we - all of us - will be up to the task. Disse Ehud Olmert (também na foto) presidindo ao conselho de ministros do governo de Israel. Esperemos que seja até às melhoras de Sharon. Além de político, Ariel Sharon foi um militar. A sua participação na Operação Lençol Vermelho, aquando da invasão do Sinai na Guerra dos Seis Dias (Sharon chefiou três brigadas e um batalhão de reconhecimento), é memorável, pela argúcia, coragem e constante capacidade de improvisação.

Para um breve retrato de Sharon, sugiro leitura neste site.

"Bons vizinhos" ou "Os pacíficos democratas palestinianos"

Dois guardas egípcios foram mortos na fronteira com a Faixa de Gaza. O incidente aconteceu numa altura em que cerca de 300 palestinianos invadiam território egípcio.

ExampleExample


Via Telegraph:

Hundreds of Palestinians have flooded across the Egyptian border from the Gaza Strip after a group of gunmen linked to the ruling Fatah movement stole a bulldozer and destroyed a boundary wall.(...)

The gunmen who attacked the border at Rafah were renegade members of the al-Aqsa Martyrs Brigades group, Fatah's armed wing. They were demanding the release of a comrade who was arrested on suspicion of kidnapping three Britons last week.(...)
Before breaking through the barricade, the gunmen occupied several government offices in Rafah and ordered travellers to leave the town's EU-controlled border terminal.

The gunmen detonated a bomb under a barrier along the Gaza-Egypt and threatened to arrest any Palestinian Authority officials who attempted to cross the border.

They said they allowed the terminal to reopen after security forces told them where their leader was being detained but said they would prevent citizens in Rafah in forthcoming elections unless Palestinian security forces freed their leader.

Adenda: Recordo que em Rafah está um contigente da GNR, participando no EU-BAM (European Union-Border Assistance Mission).

E a Terra será arrancada da sua órbita...

O dirigente socialista Jorge Coelho afirmou hoje que o projecto do Governo poderá ficar em causa se Cavaco Silva vencer as presidenciais.
[fonte: Diário Digital]

Um regime inviável?

4.1.06

Liberdade Econômica

Fumando na Espanha...

"Se está construyendo una sociedad basada en la falsa premisa, según la cual si X es una causa eficiente o remota de la muerte, entonces X es una enfermedad, un problema de salud pública cuya prevención y tratamiento justifica una reducción de la esfera de autonomía individual. En la mayoría de los casos, este enfoque supone un grave deterioro del principal fundamento de una sociedad abierta: las personas son responsables de los actos libremente realizados. La erosión de este criterio permite a la gente liberarse de los efectos no deseados de sus propias acciones y a los gobiernos extender su campo de intervención.
(...)
En suma, la legislación antitabaco aprobada por el gobierno socialista es una expresión más de la 'fatal arrogancia' de los políticos cuando creen saber mejor que los ciudadanos lo que conviene a éstos. Esta es una inaceptable restricción del derecho de las personas a vivir como lo deseen sin violar la libertad de los otros."

Lorenzo Bernaldo de Quirós, "La 'Ley Seca' del tabaco"

(via El Cato)

Sobre o assunto, vi na noite de Ano Novo uma sátira excelente feita no programa "Punto y Raya", da RTVE. Ao som de "sevillanas", mostraram que diversas coisas vão acontecer na Espanha por causa do ridículo dessa lei: por exemplo, as pessoas farão menos sexo (pois uma das motivações para o sexo é o cigarro logo depois) e emagrecerão (pois uma das motivações para almoçar é o cigarro depois do almoço). Piadas, sem dúvida, mas ironizando muito bem a situação. No sketch seguinte, mostraram primeiro uma reunião de trabalho na década de 1980, onde somente uma pessoa na sala não estava fumando e foi duramente repreendida por isso (ora, que falta de respeito, não fumar onde todos estão fumando!). A seguir, em 2006, mostraram um indivíduo em um lugar desértico, sentado sobre uma pedra na frente de alguns arbustos. Ele olha para os lados, tira um cigarro e o coloca na boca. Imediatamente, vários soldados pulam dos arbustos e metralham o pobre infeliz. Retiram, então, o cigarro do cadáver com uma pinça (!) e dizem que o cigarro mata...

Sim, são piadas... mas não estamos longe disso ou de coisas ainda piores. Às vezes imagino que chegará o dia em que, ao pedir por telefone uma "pizza calabresa", terei meu pedido negado pois, através do número telefônico, a pizzaria terá acesso ao meu cadastro contendo informações inclusive sobre os meus níveis de colesterol, e por determinação estatal serei impedido de comprar tal pizza por conter gordura em demasia...

A que ponto estamos chegando.

Aqui começa Portugal

A decisão de construir o CCB foi tomada em 1988, e a obra foi pensada para acolher a presidência portuguesa da então CEE, em 1992.

De um custo estimado inicialmente em 35 milhões de euros, a obra acabou por custar quase 200 milhões de euros.

Um inquérito parlamentar às obras acabou por terminar "inconclusivo" em 1991.

Apesar das polémicas à volta da obra e das dificuldades de financiamento iniciais, o Centro acabou por se impor no panorama cultural português, acolhendo regularmente iniciativas como a Festa da Música e a exposição World Press Photo.
E agora vai receber a colecção Berardo. Comentários do presidente do CCB, demitido pela ministra da Cultura:
Fraústo da Silva gostava mesmo que a ministra lhe explicasse como geriria uma casa que tem de gerar diariamente 26 mil euros para sobreviver sem défices.

(...)

«Estabelecer aqui a Colecção Berardo vai contra os próprios estatutos da casa, que exigem uma programação diversificada e de alta qualidade e não uma colecção permanente», justifica. «Para apresentarmos a Colecção Berardo não poderíamos fazer mais nada. Seria incomportável», adianta. Mas as razões de Fraústo da Silva não se ficam por aqui. O presidente da administração do CCB garante que «o público não gosta, nem quer ver» o acervo de arte contemporânea de Berardo. «Tivemos aqui uma exposição com peças da Colecção durante nove meses e só a visitaram pouco mais de sete mil pessoas, enquanto que o World Press Photo, em três semanas recebeu mais de 23 mil visitantes».
Ora, 23 mil a dividir por três semanas (21 dias) equivale a uma média de 1.095 espectadores por dia. Mesmo que cada visitante pague 5 euros por bilhete isso apenas resulta numa facturação diária de 5.475 euros, longe dos 26 mil euros necessários para balançar o orçamento do CCB.

Ainda, note-se que não é todos os dias que o CCB apresenta exposições com o êxito do World Press Photo. Quem paga então o défice? Os mirandelenses, por exemplo...

Aqui termina Portugal

O presidente da Câmara de Mirandela anunciou hoje que vai colocar um cartaz gigante na via rápida IP4 a anunciar «Aqui termina Portugal», em protesto contra o esvaziamento de serviços no distrito de Bragança.
Mas será o autarca de Mirandela não sabe que, segundo Mário Lino, o aeroporto da OTA e o TGV são investimentos para desenvolver não apenas Lisboa mas todo o país???

Mark Steyn: It's the demography stupid !

Much of what we loosely call the Western world will not survive this century, and much of it will effectively disappear within our lifetimes...

One obstacle to [saving at least some parts of the Western World] is that...the political platforms ...of the West are largely ...government health care, government day care...

We've prioritized the secondary impulse over the primary ones: national defense, family, faith and, most basic of all, reproductive activity--"Go forth and multiply," because if you don't you won't be able to afford all those secondary-impulse issues, like cradle-to-grave welfare.

The design flaw of the secular social-democratic state is that it requires a religious-society birthrate to sustain it...

...The progressive agenda--lavish social welfare, abortion, secularism, multiculturalism--is collectively the real suicide bomb.

...Who, after all, are going to be the first victims of the West's collapsed birthrates? Even if one were to take the optimistic view that Europe will be able to resist the creeping imposition of Sharia currently engulfing Nigeria, it remains the case that the Muslim world is not notable for setting much store by "a woman's right to choose," in any sense.

[Read the whole thing]
P.S. Ainda estão aqui? Não há outras coisas que vocês deviam estar a fazer?

Opus Dei

A propósito do livro de John L. Allen sobre o Opus Dei

O responsável do Opus Dei, em Roma, das relações com os jornalistas internacionais, Marc Carroggio, reconhece que “está satisfeito” com o livro que o jornalista vaticanista John L. Allen acaba de lançar: «Opus Dei, um olhar objetivo para lá dos mitos e da realidade da mais controversa força da Igreja Católica», com edição original em inglês (Opus Dei, An Objective Look Behind the Myths and Reality of the Most Controversial Force in the Catholic Church), e já editado também em português (Alêtheia Editores) e coreano.

Marc Carroggio refere à agência Zenit que este é o primeiro livro que compara desapaixonadamente os “mitos” sobre a Obra (nome com o qual se conhece o Opus Deis) com a realidade.###

(...)

Penso que o autor reúne muitos dados, depois de investir centenas de horas a recolher informações e opiniões de todo o tipo. Situa os dados no seu contexto, de maneira que se pode entender o porquê de muitas actuações; ouviu as duas partes e tratou ambas com respeito. Por último, deixa que o leitor tire livremente as suas conclusões.

Penso que são qualidades muito apreciáveis num livro deste estilo. Os "lugares comuns" são obstáculos para o diálogo e para o debate desapaixonado. Neste sentido, qualquer esforço por demonstrar falsos "clichés" é positivo.

As comparações podem ser odiosas, mas não posso deixar de assinalar que o autor do Código Da Vinci nunca esteve num centro do Opus Dei, e que eu saiba nunca falou com uma pessoa do Opus Dei.

O retrato da Obra que pinta no Código só existe na sua imaginação. Penso que o trabalho de Allen pode servir para que muitos leitores desse romance, que não conhecem o Opus Dei em primeira mão, fiquem a saber que não somos "nem anjos nem demónios". Somos gente de carne e osso, com erros e acertos, com defeitos e com desejos de seguir um ideal espiritual que nos entusiasma.

IEF 2006

Ano novo, política de imigração nova

A arte da escrita

Eu li as estelas visigóticas na biblioteca da FCSH, um pombal de donzelas que arrulhavam mutuamente desventuras amorosas a pretexto de invisíveis trabalhos de grupo. Não sou tão culto como o dr. Soares.
No Pulo do Lobo.

Leitura recomendada

Os pipelines são “linhas de poder” e a dependência energética tende a transferir poder político para os fornecedores. Vladimir Putin, que reconstruiu e centralizou no Kremlin o poder autocrático da antiga URSS, está perfeitamente consciente da importância política do pipeline báltico e do potencial de pressão sobre a União Europeia que ele representa. Putin tem como objectivo geopolítico a reconstituição da “esfera de influência russa” no centro da Eurásia. Se o gás natural russo que abastece os países da UE deixar de ser transportado ao longo dos pipelines actuais, isso dará ao Kremlin uma alavanca de poder político importante e pouco tranquilizadora sobre países como a Ucrânia, a Roménia e até a Polónia.

Portugal e outros países da União Europeia não podem ignorar as profundas implicações geopolíticas destes desenvolvimentos.(...)

Há uma alternativa imediatamente disponível que pode e deve diminuir a dependência energética da UE: a energia nuclear. É vital que os governos ocidentais invertam a tendência de desactivação das centrais nucleares e compreendam que têm de enfrentar a campanha “anti-nuclear” dos ambientalistas. Essa campanha dificulta uma avaliação racional dos custos e benefícios da opção nuclear, incluindo estimativas adequadas do risco político das alternativas.

Os fundamentalistas do “nuclear não!” são a descendência eco-ideológica daqueles que na década de 70 viam nos mísseis nucleares americanos a maior ameaça à paz. Trinta anos depois, não é de esperar que tenham maior clarividência política. Nem razão.

Ano novo, vida nova

O proteccionismo

Os bons negócios do Estado

Os encargos com os fundos de pensões de empresas públicas transferidos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) em 2003 e 2004 foram subavaliados e custarão 303 milhões de euros por ano ao Estado em 2014, segundo o Tribunal de Contas (TC).

(...)

«O impacto directo sobre as finanças públicas, que se projectará por um período longo, resultante das transferências referidas, tem um efeito positivo sobre as receitas do Estado no ano em que ocorreram, mas têm efeito inverso nos anos posteriores, uma vez que as receitas não serão suficientes para suportar o valor das despesas», adianta.
[fonte: Dinheiro Digital]

A justiça soarista

«Eu não tenho que apresentar factos nem sou réu. Eu tenho direito de fazer críticas, visto que todos os dias sou criticado», disse, acrescentando que «são eles que têm de demonstrar que são imparciais».
Recordo que a imputação ao acusado do ónus da prova já foi usado, com grande sucesso, durante os "Processos de Moscovo".

O marxismo-jeronismo

De Molina e Mariana a Hayek e Rothbard

3.1.06

Twilight Zone MCCCLXXXIII

Soares e a propaganda (2)

Coisas que me apoquentam

Never fear: jazz is there

O Eixo do Mal na América Latina

Anjos e Demónios

Solidariedade de arrasto

Francisco Louçã considerou que a transformação dos hospitais em empresas, instituída por decreto-lei quinta-feira, abre caminho para a privatização do Serviço Nacional de Saúde(...)
"Um bom serviço de saúde assenta em os centros de saúde terem uma retaguarda técnica e qualificada nos hospitais. No dia em que ele for privado, evidentemente teremos uma saúde para os ricos e uma saúde para os pobres. Isso não é aceitável, é anti-democrático e é uma forma de destruir o princípio elementar de solidariedade", concluiu.

Não passa pela cabeça de Louçã, que o estado não seja monopolista na prestação de serviços de saúde e assegure, a todo o custo, a sua universalidade. Para ele, não é concebível um sistema em que não sejamos todos tratados igualitariamente e que possa, ainda assim, cuidar dos menos afortunados. Como bem referiu o André, "seria preferível que todos pagassem menos por um serviço de safety net de que apenas alguns beneficiariam".
Numa coisa Louçã acerta: hoje o estado oferece os mesmos serviços de saúde aos ricos e aos pobres (e o mesmo serviço de prestações sociais). Não diferencia; a todos trata menos bem. As queixas que a imprensa recorrentemente ecoa, são contra os serviços prestados pelo modelo defendido por Louçã e por quem como ele pensa.
Para ele, será essa solidariedade forçada, nivelada por baixo, que é democrática. Será ela que ao invés de garantir uma rede de segurança para os que não se conseguem valer a si próprios, dispersa recursos por todos. A protecção estatal, com pagamento mensal obrigatório, estende-se aos que dispondo livremente dos seus rendimentos, responsabilizando-se pelo seu futuro e o da sua família, podem e querem segurar-se contra infortúnios.
Essa solidariedade defendida por Louçã não é uma rede protectora dos mais fracos. É uma, pouco eficaz e eficiente, rede de arrasto.

The Dishonest Reporter 'Award' 2005

Our fifth annual recognition of the most skewed and biased coverage of the Israeli-Palestinian conflict.
O relato completo aqui.

"O império do mercado" (construído segundo o programa fixado por Hayek em 1960) finalmente desmascarado

O artigo é longo e um tremendo chorrilho de disparates saídos de uma qualquer série de ficção de teorias da conspiração. De notar que estes "jornalistas" usam uma fonte que defende que os aviões que atingiram as torres gêmeas eram telecomandados e que foram colocados explosivos de vêspera nas mesmas torres. É assim que os sindicatos da função pública andam a utilizar o dinheiro de todos para, aproveitando-se da ignorância de quem os segue, espalharem ideais da extrema esquerda.
(via Blasfémias)

Mais dificil que entrar no Reino dos Céus

Caro André,

Já constava da Bíblia: é mais difcil implementar regras de concorrência na Lusitânia que um rico avarento entrar no Reino dos Céus.

Se os Presidentes da República tivessem direito, como os antigos Reis de Portugal, a um cognome que os marcasse na posteridade, Jorge Sampaio seria «o Prioritário», dada a quantidade de prioridades nacionais que definiu, defendendo todas as causas e as suas próprias contradições.

A última das quais - em clara deriva presidencialista - passa por afirmar o chavão do momento:


«É preciso travar estas derivas neo-liberais, pá!».

E eu a pensar que num mercado regulamentado, marcado por regras de igualdade e transparência, num ambiente empresarial europeu que se quer único, vigoravam regras de sã concorrência. Afinal, o nosso ideal europeu baseia-se numa fraternidade com um só sentido - a da entrada de capitais estrangeiros, sob a forma de subsídios. Isto de abrir o país à concorrência e à cooperação empresarial já é outra fruta ...

Rodrigo Adão da Fonseca

I want what he's having

O papão Iberdrola e o Estado paizinho

A idade de Soares passou a ser relevante?

Constrangimento

Um problema de liberdade

O “EQUÍVOCO GUILHOTINA” (uma aplicação do ‘equívoco molina’ )

  • Os revolucionários de 1789 guilhotinavam católicos ? Cá está, o ateísmo sempre pugnou pelo Libertação !
  • Há um trecho do "Capital" em que se lê que a religião é o Ópio do Povo? Não restam dúvidas, o liberalismo clássico e individualista assenta directamente em Marx ! (Update: Vd. este comentário)
  • Descobriu-se um extracto da autoria de Afonso Costa no qual ele profetiza que a Igreja desaparecerá de Portugal em 2 gerações ? Está claro que foi a República que esteve na base da evolução em direcção à Liberdade e da Democracia !
  • O CAA diz que existe uma relação negativa entre catolicismo e liberdade sem nunca provar as suas afirmações, nem responder às minhas objecções ? Pronto, eis um libertarian (?) e a prova acabada que o ateísmo é o fundamento da Liberdade.
  • O CAA afirma que não existem diferenças entre um membro da Opus Dei e um fundamentalista islâmico? Eis a prova que os ateus são pessoas Racionais.

    Muitos ateus já caíram nessa atarantação histórica e conceptual. Trata-se de um misto de pio "wishful thinking" com uma aliciante, mas inapelavelmente pontual, aliança estratégica entre os defensores da Liberdade, do Indivíduo e do Mercado com os opositores institucionalmente organizados da Cruz - embora, tantas vezes, a eventual generosidade da ideia seja fatalmente prejudicada por uma volitiva falsificação interpretativa dos factos.

    (Designo este fenómeno como "equívoco Guilhotina" pela pouca exuberância das referências à revolução francesa que, logicamente, deveria ser o berço doutrinal destas posições, e porque os seus defensores perdem a cabeça sempre que vêm um crucifixo.)

  • C.S. Lewis sobre a vida deste lado do guarda-fatos

    "Most of us are not really approaching the subject in order to find out what Christianity says: weare approaching it in the hope of finding support from Christianity for the views of our own party. We are looking for an ally where we are offered a either a Master or - a Judge. I am just the same."

    C. S. Lewis, Mere Christianity, p.87
    P.S. Lewis era Protestante. (Momento ecuménico do dia)

    E agora?

    O equívoco anti-religião

    A Constituição como um instrumento de alguns

    Homossexualidade em Portugal e a manchete do Expresso

    Pros & Tal

    Torturas e assim II

    2.1.06

    Prós e Contras - banca não é capital de risco

    O Miguel Portas mais uma vez confunde banca com capital de risco. Os bancos têm um objecto próprio - que não acomoda o capital de risco

    O negócio bancário é
    , por definição, avesso ao risco. Os accionistas dos bancos, quando investem neste tipo de activos, procuram empresas de baixo risco.

    As empresas de capital de risco têm o seu lugar próprio; em Portugal o capital de risco não tem materialidade, em boa medida porque os portugueses são avessos ao risco, em grande parte porque não há condições de concorrência.

    Na verdade, o peso excessivo do Estado e uma economia condicionada e pouco transparente conduzem a que os detentores do capital arrisquem, sim, mas noutras paragens. A globalização tem destes inconvenientes: cada um investe onde lhe dá na gana, e onde ganha dinheiro...

    (Também no Blue Lounge)

    Rodrigo Adão da Fonseca

    Torturas e assim

    That guy is on something...

    Prós e Contras

    O que falta a Portugal é uma cultura de exigência e uma verdadeira tradição de liberdade.

    Os portugueses não exigem - porque isso dá trabalho - nem gostam do outro lado da liberdade: a responsabilidade.

    A globalização tem por isso neste quadro um pequeno inconveniente: não respeita as particularidades deste nosso simpático povo...

    Rodrigo Adão da Fonseca

    Obrigado

    Um libertarian na Igreja Romana? Muitas dúvidas sobre Juan de Mariana

    "Juan de Mariana foi um liberal e um percursor dos clássicos e é, também, entre outros, um excelente exemplo para contrariar os fanatismos obscurantistas que pretendem reduzir a instituição que é a Igreja Católica, a sua História e os homens que a fizeram, nas perseguições da Inquisição."
    O propósito do post é digno de aplauso, ainda para vais vindo de um não católico.

    Na sequência da leitura deste post, fiz algumas pesquisas na Catholic Encyclopedia de 1917 e recorri à única obra de Juan de Mariana que se encontra publicada na Internet: A Treatise on the Alteration of Money.

    Por muito que eu queira fazer coro com a conclusão acima citada, não posso deixar de referir que:

    1. Algumas das opiniões de Juan de Mariana citadas no post (e no texto de Jesus Huerta de Soto indicado como referência) não são compatíveis, nem nunca foram compatíveis, com a doutrina da Igreja. Falo, nomeadamente, da posição atribuída a Juan de Mariana sobre:

      .
    2. Algumas das opiniões de Juan de Mariana referidas neste livro não seriam aceitáveis por muitos libertarians, em particular a sua defesa da imposição de impostos sobre a importação de ’bens de luxo’ e da confiscação parcial de bens das vítimas das burlas perpetradas por funcionários do fisco (último capítulo do livro).

    3. Pelo menos uma das opiniões dos escolásticos espanhóis citadas no texto de Jesus Huerta de Soto é, aparentemente, citada fora do contexto; faz-se uma leitura moderna do conceito escolástico de ‘justo valor’:
      "common estimation" was a traditional scholastic way of discovering a just price. Common estimation was the common opinion of men in general as to what was a reasonable price, and though it might in many cases be based in part on factors that included certain market forces, such as the "abundance or scarcity" of the item in question, the important point to recognize is that common estimation and the market price of Austrian or neoclassical economics do not mean the same thing. That is, even if in some cases they might coincide, they do so for different reasons.

    As previsões para 2006 da National Review Online

    Aliens from Mars will invade the Earth. Using their giant spider-legged attack vehicles, the invaders will lay waste to human civilization. President Bush will be named to head a hastily assembled International Council of Nations. He will begin a last-ditch effort to counterattack by launching nuclear warheads at Mars on Saturn V rockets. Rep. Nancy Pelosi will immediately condemn his plan as "unnecessary and irrational." Peace activists will march outside the charred remains of the White House, mourning the tragic loss of innocent Martian life. Michael Moore will release a documentary alleging links between Bush and the Martians. Then all the Martians get sick and die. The End. (I know, what a lame ending, but I couldn't come up with anything better.)
    Leiam tudo aqui.

    JCN no DN: Complexo de esquerda...

    1. ...ligam à retórica ideológica e não à eficácia concreta. O que interessa são "direitos adquiridos", "conquistas inalienáveis", mesmo que isso atrase o de-senvolvimento e aumente a pobreza e o desemprego.

    2. ...Na análise económica os disparates são esmagadores.

      • ...A imperiosa luta contra o capital e a visão conflituante da empresa são impostas independentemente dos reais interesses dos trabalhadores. Essa fúria espanta o capital nacional e externo e contribui poderosamente para a paralisia e atraso.

      • A defesa da intervenção do Estado, toda paga com impostos dos trabalhadores, tem criado e mantido enormes desperdícios e abusos.

      • A ignorância das radicais mudanças recentes, por exemplo na natureza do capital, leva-os a atacar a poupança dos pobres, que compõem os famigerados fundos mobiliários que popularizaram o mercado financeiro.

      Estas não são questões de opinião. São simples erros técnicos.

    3. ... virou proteccionista numa luta míope e retrógrada contra a globalização...A abertura dos têxteis chineses, por exemplo, beneficiaria muito todos os pobres nacionais, que se vestiriam muito mais barato. Porquê insistir na manutenção de indústrias obsoletas e dispendiosas?

    4. ...a recente opção da esquerda na luta contra a família.

      ...os mais desfavorecidos precisam de uma política clara de apoio à família, a mais antiga e segura forma de segurança social. Mas esta é a única medida omitida no palavroso programa do actual Governo socialista.

    5. Finalmente, surge a velha opção da esquerda contra a religião.
    Por todas estas razões mantenho a discordância. Mas sinto que não sou de esquerda por razões de esquerda.