...não se aceitam compromissos. Pré-politicos, Politicos ou meta-politicos. E um elogio iliberal é um sinal de alarme, com ou sem razão, porque a barricada existe e ha que escolher.
There can be no compromise between a property owner and a burglar; offering the burglar a single teaspoon of one’s silverware would not be a compromise, but a total surrender - the recognition of his right to one’s property. (…) And once the principle of unilateral concessions is accepted as the base of a relationship by both parties, it is only a matter of time before the burglar would seize the rest. (…) There can be no compromise between freedom and government controls; to accept “just a few controls” is to surrender the principle of inalienable individual rights and to substitute for it the principle of the government’s unlimited, arbitrary power, thus delivering oneself into gradual enslavement. (…)### There can be no compromise on basic principles or on fundamental issues. What would you regard as a compromise between life and death? Or between truth and falsehood? Or between reason and irrationality? Today, however, when people speak of “compromise”, what they mean is not legitimate mutual concession or a trade, but precisely the betrayal of one’s principles - the unilateral surrender to any groundless, irrational claim. The root of that doctrine is ethical subjectivism, which holds that a desire or a whim is a irreducible moral primary, that every man is entitled to any desire he might feel like asserting, that all desires have equal moral validity, and that the only way men can get along together is by giving in to anything and “compromising” with anyone. It is not hard to see who would profit and who would loose by such a doctrine. The immorality of this doctrine - and the reason why the term “compromise” implies, in today’s usage, an act of moral treason – lies in the fact that it requires men to accept ethical subjectivism as the basic principle superseding all principles in human relationships and to sacrifice anything as a concession to one another’s whims. The question “Doesn’t life require compromise?” is usually asked by those who fail to differentiate between a basic principle and a concrete, specific wish. Accepting a lesser job than one wanted, is not a “compromise”. Taking orders from one’s employer on how to do the work for which one is hired, is not a “compromise”. Failing to have a cake after one has eaten it, is not a “compromise”.
Integrity does not consist of loyalty to one’s subjective whims, but of loyalty to rational principles. A “compromise” (in the unprincipled sense of that word) is not a breach of one’s comfort, but a breach of one’s convictions. A “compromise” does not consist of doing something one dislikes, but of doing something one knows to be evil. Accompanying one’s husband or wife to a concert, when one does not care for music, is not a “compromise”; surrendering to his or her irrational demands for social conformity, for pretended religious observance or for generosity toward boorish in-laws, is. Working for an employer who does not share one’s ideas, is not a “compromise”; pretending to share his ideas, is. Accepting a publisher’s suggestions to make changes in one’s manuscript, when one sees the validity if his suggestions, is not a “compromise”; making such changes in order to please “the public”, against one’s own judgment and standards, is. The excuse, given in all such cases, is that the “compromise” is only temporary and that one can reclaim one’s integrity at some indeterminate future date. But one cannot correct a husband’s or wife’s irrationality by giving in to it or encouraging it to grow. One cannot achieve the victory of one’s ideas by helping to propagate their opposite. One cannot offer a literary masterpiece, “when one has become rich and famous”, to a following one has acquired as trash. If one found it difficult to maintain one’s loyalty to one’s own convictions at the start, a succession of betrayals – which helped to augment the power of the evil one lacked the courage to fight – will not make it easier at a later date, but will make it virtually impossible. There can be no compromise on moral principles. (…) The next time you are tempted to ask: “Doesn’t life require compromise?” translate that question into its actual meaning: “Doesn’t life require the surrender of that which is true and good to that which is false and evil?” The answer is that that precisely what life forbids – if one whishes to achieve anything but a stretch of tortured years spent in progressive self-destruction. (July 1962)
Soares, que se apresentou como o candidato solidário com os mais desfavorecidos, atacou de novo Cavaco Silva, avisando que se o antigo primeiro-ministro for para Belém, poderá instalar-se no país a "lei da selva".
O encontro entre Soares e Valentim há dias que estava a ser preparado, a pedido da candidatura do ex-presidente da República. Porém, tudo foi feito para parecer um imprevisto. Após uma manhã em visita às freguesias de Lordelo, Aldoar e Campanhã (Porto), Soares rumou a Gondomar para conhecer o Centro Social de Soutelo e contactar com população no Largo do Souto, no centro da cidade.
O candidato apoiado pelo PS acabou por fazer uma arruada que terminou na Biblioteca Municipal, onde o major o aguardava à porta . "Não sabia que Valentim Loureiro estava aqui. Só quando passei é que me disseram", alegou Soares. "Soube através da comissão de apoio a Mário Soares que ele queria vir a Gondomar", esclareceu, no mesmo instante, o autarca.
Se há palavra rara no discurso cavaquista é a Constituição.
(...)
Sabendo-se que o candidato não morre de amores pela Lei fundamental e que entre os seus apoiantes estão os defensores de "outra constituição", será excessivo temer que uma eventual presidência cavaquista possa significar meter a Constituição "na gaveta"?
Urina Sagrada, no blog de Evelyn Souza & Claudio Tellez (sobre a degradação da cultura ocidental provocada pelo "trabalho meticuloso dos desconstrucionistas, frankfurtianos e outros tantos").
O MAG e outros articuladores a serviço dos ditames do Foro de São Paulo tiveram tanto trabalho para colocar o Tabaré Vázquez na presidência do Uruguai... E vejam só o que está acontecendo!
"O Uruguai voltou à carga com sua intenção de associar-se aos Estados Unidos e abandonar o Mercosul. O ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori, deu uma entrevista ao semanário uruguaio Búsqueda, dizendo que seu país se distanciou do modelo econômico da Argentina e que se sente mais próximo do Chile."
Excluída parece, para já, a hipótese de Sócrates participar, nos próximos dias, em acções de rua ao lado de Soares, uma vez que “continua condicionado em caminhar”, depois de ter sofrido um estiramento num dos joelhos, na sequência de uma queda sofrida quando fazia esqui, na Suíça.
Conforme post anterior, o Público já confirmou o resultado da sondagem. Como apoio visual o jornal apresentou uma imagem com as faces desproporcionadas dos candidatos. A bem da verdade, o jcd colocou-as, no Pulo do Lobo, à escala...
No seguimento da cobertura pela blogosfera do "episódio" Soares (que aqui já comentei), começa agora a verificar-se alguma "dissidência" dentro da comunicação social. O André Azevedo Alves linkou para um artigo de opinião no Diário de Notícias. Abaixo um excerto da entrevista do candidato Mário Soares à revista Sábado:
Sábado: Já disse que só faria um mandato, por causa da idade. Se a meio sentir que começa a perder capacidades, o que faz?
Mário Soares: Bem, as pessoas quando perdem capacidades normalmente não dão por isso (risos). Mas a pergunta tem sentido. Sou muito introspectivo e os médicos dizem que sei diagnosticar bem, quando me queixo digo precisamente o que sinto. Se sentir que as minhas capacidades estão a decrescer, que não estou a ter a paciência e a capacidade de leitura que tenho, de reflexão e de escrita, se começar a sentir-me diminuído por alguma razão, é evidente que isso me põe um problema de consciência. E isso seria a renúncia, naturalmente. Mas não espere que isso aconteça, porque tenho o exemplo do meu paique morreu com 92 anos e até ao fim esteve lucidíssimo.
Sábado: O que lhe deu para dizer na televisão que o líder do CDS-PP era deputado do PS?
Mário Soares:Foi um lapso. Era para dizer: do Partido Popular Europeu. Não é uma questão de idade, todos temos lapsos. Mas saiu aquilo e só reparei quando me chamaram a atenção. Dizer, como ele, que o socialismo está paredes meias com o terrorismo é uma loucura. O socialismo sempre foi pacifista.
Lapso? Sugiro apenas que leiam a transcrição da notícia e/ou vejam o video.
PS: a imagem reproduzida está no canto inferior esquerdo da capa da revista Sábado.
Conforme tinha escrito aqui, apesar de ser apenas uma sondagem, estes resultados podem ajudar a compreender a conduta aparentemente desorientada e desesperada de Soares e seusapoiantes nos últimos dias. É provável que Soares (ou alguém por ele...) reaja pondo em causa a credibilidade da sondagem. Aguardemos pelas reacções...
(agradeço ao leitor Rui Castro a indicação da confirmação pelo Público)
No Margens de Erro: Pedro Magalhães comenta a divulgação antecipada da sondagem da Católica, sem no entanto confirmar ou desmentir os dados apresentados. (agradeço ao leitor Miguel Madeira a indicação)
Cada vez que se quer atacar Mário Soares fala-se de Macau, da Emaudio e do livro de Rui Mateus, e é bem verdade que nenhum jornalista o confronta com os detalhes mais sombrios do seu passado. Mas nem vale a pena desenterrar as conexões asiáticas circula pela Net e pelos blogues um pequeno excerto de um recente noticiário da SIC em que Soares mete os pés pelas mãos ao comentar umas declarações de Ribeiro e Castro, numa atrapalhação mental tão grande que ao pé dela até a gafe do PIB empalidece. Pergunta: porque não passaram essas imagens mais vezes? Porque é que elas, como aconteceu com Guterres, não foram repetidas até à exaustão?
Dados a acompanhar com atenção e que, caso se confirmem, podem ajudar a compreender a conduta aparentemente desorientada e desesperada de Soares e seusapoiantes.
Sobre a lei do condicionamento industrial e/ou outros nacionalismos proteccionistas
Gostaria de recordar uma intervenção feita no parlamento , em 6 de Maio de 2004, pelo actual Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins:
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme d'Oliveira Martins.
O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, precisamos de uma atitude positiva. Nós defendemos uma economia aberta, mas defendemos, em primeiro lugar, as pessoas e uma economia centrada no emprego e na criação do emprego.
Vozes do PS: - Muito bem!
O Orador: - Essa é a questão fundamental. Essa aposta não pode deixar de ser vista. Por isso, há razões internas que não podem deixar de ser consideradas. Obviamente, a partir dessas condições internas é que temos de equacionar a nossa visão positiva do futuro. Obviamente que gostamos de ouvir o Sr. Ministro da Economia falar dos desafios positivos da economia nacional, também acreditamos nos desafios positivos da economia nacional, mas entendemos que, para pôr as pessoas em primeiro lugar, para pôr o emprego em primeiro lugar, para pôr os interesses vitais estratégicos em primeiro lugar, é indispensável definir regras, tornar claras as regras.
O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!
O Orador: - Nessa perspectiva, Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, preocupa-nos a salvaguarda dos interesses vitais nacionais. Não queremos regressar a qualquer lei do condicionamento industrial.
O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!
O Orador: - Queremos, sim, garantir uma economia aberta, transparente e clara.
Vozes do PS: - Muito bem!
O Orador passa então a enumerar os cinco princípios, segundo os quais, os socialistas, não querendo regressar ao condicionamento industrial, pretendem salvar a economia nacional de ser tomada pela avassaladora horda de investidores estrangeiros (meus destaques).###
O Orador: - Nesse sentido, relativamente à venda de acções de partes sociais de empresas a empresas e interesses estrangeiros, designadamente no que se refere aos interesses estratégicos, porque esta é a questão fundamental, esta é a nossa preocupação - e está sobre a mesa, por exemplo, o tema da Galp Energia e nós equacionamo-lo frontalmente porque é indispensável cumprir regras -, definimos cinco princípios. Primeiro, a venda das partes sociais do capital das empresas deve obedecer a regras claras e transparentes segundo o princípio de estrita igualdade de tratamento entre todos os concorrentes.
Aplausos do PS.
Segundo, é indispensável garantir a estabilidade na vida industrial, na vida económica e empresarial destas empresas. Não basta, pois, considerar a curto prazo qualquer negócio sem garantir, no futuro, a preservação da estabilidade empresarial e industrial.
Vozes do PS: - Muito bem!
O Orador: - Por outro lado, a salvaguarda do emprego. Em primeiro lugar, nós temos de preservar o emprego. Não podemos esquecer que este caminho a que chegámos de ter 0,5 milhões de desempregados tem de ser invertido claramente. E todos temos de o inverter.
Vozes do PS: - Muito bem!
O Orador: - Terceiro, a isenção do Estado e dos governos deve ser garantida, evitando situações de dúvida ou de suspeição relativamente a quem intervém no processo. Qualquer promiscuidade entre o poder económico e o poder político tem de ser evitada, tem de ser contrariada.
Aplausos do PS.
Quarto, impõe-se uma especial ponderação dos interesses vitais da economia, em especial em sectores como o da energia, o financeiro e bancário e o das telecomunicações. Quinto, deve preservar-se a existência de mecanismos que permitam ao Estado recuperar a liderança nos processos no caso de estarem em causa a defesa e a salvaguarda do interesse económico nacional.
Ingenuidade é pensar que vender produtos mais caros a nós próprios compensa. É pensar que as exportações são uma vantagem e as importações uma desvantagem.
Se a Espanha (com o dinheiro dos espanhóis) subsidia os seus produtos para nós comprarmos mais barato, só temos de agradecer. Se nós importarmos cada vez mais produtos a um menor preço que o que pagaríamos por os produzir em Portugal, melhor. É da maneira que aplicamos bem os recursos que temos.
A água será uma das principais causas de conflitos no século XXI. Portugal tem um clima muito seco e quente no Verão e húmido no Outono e Inverno. Sempre que não chove nos meses de Outubro a Março, a situação torna-se problemática. É necessário criar condições de armazenamento de água, essencialmente através da construção de pequenos diques, represas e açudes. Indispensável será também a aposta em sistemas de tratamento de águas que permitam o aproveitamento das águas armazenadas ao longo de vários meses ou alguns anos.
Indispensável será ainda reformular todo do conceito da floresta que se quer no nosso país, como forma de evitar a secura climatérica, a erosão dos solos e os incêndios que todos os ano deflagram em Portugal. Uma floresta diversificada de carvalhos, castanheiros, sobreiros e outras espécies de árvores autóctones é o ideal para um país como o nosso. Na verdade, estas são espécies que enriquecem a terra, bem como retém as águas das chuvas, impedindo a erosão dos solos e as inerentes cheias. Ademais, mantém a humidade nas terras, são de difícil combustão e de maior longevidade.
Todo este processo é bastante difícil e, ao contrário do que possa parecer, não deve ser deixado à responsabilidade do Estado, mas das pessoas, os verdadeiros interessados. Foi a intervenção estatal quem desvirtuou a floresta em Portugal, com os políticos a delirarem com o ‘petróleo verde’. Se os interesses estatais saírem da floresta, estará aberto o caminho ao regresso do bom senso.
Ao Estado não cabe ser o motor da economia nacional. Da mesma forma, não deve ser um entrave ao desenvolvimento do país. O Estado vive actualmente com um constante défice orçamental que se deve, não a quaisquer investimentos ou a uma brusca redução de impostos, mas a excesso de despesa corrente. Ao cobrar altos impostos que não se traduzem em serviços comparativamente úteis à população, o Estado tornou-se um entrave ao desenvolvimento do país, tornando-se necessária uma nova concepção do seu papel na economia e na sociedade. Que Estado queremos? Eis um debate a ser feito em 2006.
Estamos habituados a que o Estado, através das suas instituições, trate os cidadãos deste país como seres desprovidos de capacidade de tomar decisões acertadas. O resultado foi a progressiva desresponsabilização individual perante a consequência dos actos de cada um e que, por exemplo, vemos reflectida na dependência que existe em relação aos serviços do estado - quer nas prestações sociais, quer na interferência reguladora, quer na orientação de comportamentos. Um exemplo vem da Câmara Municipal do Barreiro, através do CIAC – Centro de Informação Autárquica ao Consumidor da Câmara Municipal do Barreiro. Agora que entramos em época de saldos, o munícipio, preocupado com a possibilidade dos seus eleitores terem comportamentos que fujam aos cânones dos omniscientes (por enquanto ainda não omnipotentes) especialistas em consumo, propõe-se guiá-los através da selva do mercado. Embora recomende a leitura integral do artigo, deixo-vos alguns dos seus conselhos (os itálicos, claramente, não constam do texto original...):
É sabido que certas produções fabris são exclusivamente dedicadas a Saldos de todo o ano, o que nada beneficia o Consumidor e não abona as regras de transparência do mercado. (...) [em que é que produtos mais baratos, produzidos ou não especialmente para a época, prejudicam os consumidores?]
As vendas em Promoção têm em vista o lançamento de um produto novo ou não comercializado anteriormente pelo agente económico que as organiza. Todavia, é habitual vermos nos hipermercados, supermercados, estabelecimentos de electrodomésticos e outros a expressão 'Promoção', com o objectivo de aumentar o volume de vendas ou escoar produtos existentes. Esta situação não se apresenta como uma verdadeira Promoção. [São uns sacanas, estes capitalistas!]
A agressividade dos fornecedores de bens e serviços é bem evidente com a introdução de novos métodos de aliciamento do Consumidor que, em alguns casos, proíbe e, noutros, condiciona, e que devem ser, em qualquer dos casos, encarados com as maiores precauções e denunciados. [Todos presos! Já! E pode-se também proibir a publicidade. As agências de meios devem ser ilegalizadas!]
Enquanto no Blasfémias se escreve sobre a pureza do liberalismo e das maravilhas de um mercado em auto-gestão os outros países vão aprendendo a utilizar a economia e a sua nova dimensão global como instrumentos das suas estratégias nacionais.
Iran’s hard-line President Mahmoud Ahmadinejad told a crowd of theological students in the holy city of Qom on Thursday that Israeli Prime Minister Ariel Sharon “has joined his ancestors and others will soon follow suit”, according to the state-run Mehr news agency.
...
Iran’s state-owned media and newspapers have been reporting the Israeli leader’s deteriorating health condition with evident glee. In a statement put out by state-run news agencies, the Headquarters for the Commemoration of Martyrs of the Global Islamic Movement said “the death of Sharon brings joy to the hearts of Muslims”.
The ultra-conservative president told the radical Shiite Islamists, many of whom have come to Qom from different Muslim countries, that Islam did not restrict itself to geographical borders.
“We must believe in the fact that Islam is not confined to geographical borders, ethnic groups and nations. It’s a universal ideology that leads the world to justice”, Ahmadinejad said.
“We don’t shy away from declaring that Islam is ready to rule the world”, he added.
Ahmadinejad dwelled on his recurrent theme that the return of the Shiite Messiah, the Mahdi, is not far away and Muslims must prepare for it.
“We must prepare ourselves to rule the world and the only way to do that is to put forth views on the basis of the Expectation of the Return”, Ahmadinejad said, referring to the Shiite Muslim belief that the Mahdi, on his return, will establish justice in a world consumed by chaos and corruption. [Iran Focus, 5 de Janeiro de 2006]
Numa Galaxia muito, muito longe, havia um planeta chamado Prtgl. Numa das organizações territoriais do planeta Prtgl de nome Ehdark, existia uma empresa cujo dono era o Govend de Ehdark, de nome Camcolec Pau-anjo, SRT, que produzia o bem mais necessario ao regular funcionamento dos Ehdarkianos: as camas colectivas fabricadas em Pau-anjo, importado de outros colectivos como Ehpau e Ehanjo. O Sengov, eleito democraticamente que era constituido por um Senak (funções legislativas) e um Govend (funções executivas) geria os destinos dos habitantes. Algures no tempo, o Govend viu-se a braços com uma grave crise de falta de “guitark”. Pensou vender a Camcolec a cidadãos privados, incluindo os de outras organizações territoriais (os de Ehdark não tinham muita porque o Govend fazia por isso). Imediatamente levantou-se um coro de vozes ensurdecedor a gritar: “Nããããoooo! A Camcolec é estratégica! Imaginem se a vendemos. Ficamos na mão dos estranhos que tomarão conta da empresa!! Nem pensar! E a chantagem, meu Seud? E a chantagem?? E as nossas camas??”. E pronto. Ficaram assim: na mesma. Anos depois, os Goven de Ehpau e de Ehanjo chatearam-se com o Goven de Ehdark e deixaram de fornecer Pau-anjo.
Está a partir de hoje disponível na coluna da direita uma nova sondagem, onde os leitores insurgentes poderão manifestar as suas intenções para as próximas eleições presidenciais. Como é habitual, a responsabilidade pela sondagem cabe ao reputado Instituto Insurgente de Estatística, dirigido pelo nosso LA.
Não conheço os amigos liberais do Rodrigo Moita de Deus (grande nome!), mas devem ser pessoas atinadas. Naquele seu jeito bem humorado diz muito com pouco e nesse sentido devia ser um exemplo para os Governos.
O Rodrigo (se me é permitido) começa por se esquecer disto: 1.A EDP não está em risco de ficar nas mãos da Iberdrola, mas mesmo que esteja, não muda nada. Passamos de um monopólio para outro.
2.A intervenção do estado nesta coisa só é necessária para tentar remediar milhentas outras intervenções anteriores, nomeadamente a sua responsabilidade na criação de um monopólio e a promiscuidade entre os negócios e a política.
3.Resolver a questão do monopólio é fácil. Liberalize-se totalmente. Quem quiser que venha cá vender energia, venha da China, de Espanha ou do Belize. E se o Sr. Patrick Barros quiser construir a famigerada central que o faça, com o dinheiro dele. ###
4.A questão do administrador nomeado pela Iberdrola é mais um exemplo. Não consta que o BCP tenha o mesmo problema e é participado pelo BPI e pela CGD. Ring a bell?
Precisamente por os mercados estarem ao serviço das pessoas é que estas têm que ter liberdade de escolha (o mercado que se amanhe a dar-lhes o melhor pelo melhor preço), precisamente por os mercados estarem ao serviço das pessoas é que tem que ser o mercado a satisfazer as necessidades das pessoas e não uma qualquer ideia de “Ah! não tenho nada no bolso, mas tenho um porta-moedas”, esquecendo que pode ter as moedas sem precisar do dito para nada.
Os gauleses eram os bons, mas para tomar um banho decente tinham que ir bater nos romanos e provavelmente morriam de constipações. Não fosse o desaparecimento do Panoramix e se calhar ainda agora andariam de carroça, a comer peixe estragado e, pior, a aturar os descendentes do Assuracentourix!
Se a Zara pagar aos empregados para aprenderem espanhol, quem fica a ganhar? Na América Latina, em Espanha e nos EUA, falar espanhol (castelhano) é uma vantagem. Porque não aproveitá-la? “Ai meu Deus (o outro) a língua”. As línguas nascem e morrem e daí não vem mal ao mundo (heresia!!!) nem a ninguém em particular. Não acredito que haja muita gente a ler um qualquer poeta português do Sec XIII no original e isso não impediu Fernando Pessoa, que está mais que traduzido. E sim, os espanhóis são provincianos no que respeita ao mercado, mas há pior. Por exemplo os franceses para quem uma empresa que faz iogurtes é estratégica (seja lá o que isso for).
Mas enfim, já sei que o Rodrigo vai transformar este post (se responder) numa coisa ridícula e hilariante. É a vida.
Do Henrique Raposo (com o devido respeito) esperava mais. No primeiro parágrafo e parte de segundo diz o óbvio e qualquer Liberal concorda. O Henrique sabe que ninguém tem tanto interesse na eficácia e na força do Estado como os Liberais e que a única maneira como o concebem é ao serviço das comunidade, o que, infelizmente está longe da realidade actual. Fala no exemplo da "nega" dos americanos aos chineses. A empresa chinesa é estatal, e os interesses dos Estados não são necessariamente os mesmos que os das empresas ou os das pessoas. Como na maior parte destes casos, não é o mercado a comprar ou a vender, são os Estados. Qual mercado? Inter-estatal?
No plano da política e das relações Internacionais como existem (o que é), o Liberalismo é impraticável e pode parecer uma ideologia* na boca ou na pena de alguns, só que por aqui, por aqui, por aqui e por aqui por exemplo, discutem-se princípios também. E não pode haver compromissos. O Henrique ainda não se esqueceu da “Lealdade e Coragem”, pois não? Lealdade ao pragmatismo? Coragem de pensar dentro da grelha conceptual social-democrata?
A globalização não tem que estar ao serviço dos Estados, tem que estar ao serviço das pessoas concretas. A globalização não ocorre entre Estados, ocorre entre as pessoas e por isso é que os medrosos lhe chamam neo-liberalismo ou exigem uma globalização-outra. Porque se fosse entre Estados seria regulável, seria possível pará-la e domá-la. O que como o Henrique bem sabe é o desejo mais profundo das elites do status-quo e do esquerdismo bem-pensante, que perdeu uma batalha, mas sabe que não perdeu a guerra. E a trégua so durou dez anos.
Claro que a economia Liberal está a montante das pessoas, não é um fim em si mesma. Não se pode é esquecer que sem economia Liberal, não é possível a vontade sequer. Seja ela qual for. E o contrário também é verdade, sem a vontade Liberal, não há economia Liberal.
Se discordar disso é recusar a tradição Liberal, pois seja, mas duvido.
* Não me vou meter por ai outra vez. Precisaria de interlocutores e são poucos.
"Todo ataque relativista muito enfático encobre um autoritarismo secreto que mantém o adversário ocupado na defensiva só para poder em seguida triunfar sem discussão. Reparem na presteza com que esse tipo de relativista, ao sair do exame das opiniões adversárias para a defesa das suas próprias, passa do discurso dubitativo às afirmações intolerantes que se ofendem até às lágrimas, até à apoplexia, ante a simples ameaça de objeções. O relativismo militante é um véu de análise racional feito para camuflar a imposição, pela força, de uma vontade irracional."
Apresentando Hugo Chávez o novo farol da esquerda mundial (funciona a petróleo)
"In a televised Christmas Eve speech, Chavez, a left-winger and a former soldier, said that "minorities, descendants of those who crucified Christ ... have grabbed all the wealth of the world for themselves."
Em menos de 20 anos, a população portuguesa terá um rosto envelhecido. A população com mais de 64 anos de idade irá crescer enquanto a activa e os mais jovens irão regredir.
Os custos com a saúde em Portugal vão crescer e as despesas com as reformas atingirão, em meados deste século, níveis astronómicos do nosso PIB. O cenário piora quando se prevê que haverá menos população activa para pagar os custos adicionais do envelhecimento da população. Não cabe ao Estado convencer os cidadãos a terem mais filhos, mas este não deve impedir o acesso a um sistema de segurança social digno e confiável. Para tal, o Estado não deve ter o monopólio do sistema de segurança social. Às pessoas deve ser dada a liberdade de prepararem o seu próprio futuro, aplicarem as suas poupanças e terem uma reforma digna. Forçar o contrário é condenar uma geração inteira à mentira e a um sacrifício insustentável e desnecessário
Para Vital Moreira, o episódio do "Grândola, Vila Morena" não passa de "oportunismo eleitoral".
Abstraindo-me da minha admiração pelos dotes vocais de José Afonso, admito que a apropriação da musica pela esquerda revolucionária e considerando o uso que delas fez o próprio autor não a tornam digna de ser cantada por quem acredita na democracia liberal.
This is a difficult time and we - all of us - will be up to the task.Disse Ehud Olmert (também na foto) presidindo ao conselho de ministros do governo de Israel. Esperemos que seja até às melhoras de Sharon. Além de político, Ariel Sharon foi um militar. A sua participação na Operação Lençol Vermelho, aquando da invasão do Sinai na Guerra dos Seis Dias (Sharon chefiou três brigadas e um batalhão de reconhecimento), é memorável, pela argúcia, coragem e constante capacidade de improvisação.
Para um breve retrato de Sharon, sugiro leitura neste site.
Dois guardas egípcios foram mortos na fronteira com a Faixa de Gaza. O incidente aconteceu numa altura em que cerca de 300 palestinianos invadiam território egípcio.
Hundreds of Palestinians have flooded across the Egyptian border from the Gaza Strip after a group of gunmen linked to the ruling Fatah movement stole a bulldozer and destroyed a boundary wall.(...)
The gunmen who attacked the border at Rafah were renegade members of the al-Aqsa Martyrs Brigades group, Fatah's armed wing. They were demanding the release of a comrade who was arrested on suspicion of kidnapping three Britons last week.(...) Before breaking through the barricade, the gunmen occupied several government offices in Rafah and ordered travellers to leave the town's EU-controlled border terminal.
The gunmen detonated a bomb under a barrier along the Gaza-Egypt and threatened to arrest any Palestinian Authority officials who attempted to cross the border.
They said they allowed the terminal to reopen after security forces told them where their leader was being detained but said they would prevent citizens in Rafah in forthcoming elections unless Palestinian security forces freed their leader.
Adenda: Recordo que em Rafah está um contigente da GNR, participando no EU-BAM (European Union-Border Assistance Mission).
Já saiu o 2006 Index of Economic Freedom da Heritage Foundation. O Chile caiu um pouco em relação ao ano passado, mas continua sendo o único país da América Latina que está no primeiro grupo (FREE COUNTRIES). O Brasil, em 81o lugar, continua no terceiro grupo (MOSTLY UNFREE COUNTRIES) e a Venezuela de Chávez está, como era de se esperar, no quarto e último grupo (REPRESSED COUNTRIES), onde por sinal também estão a Coréia do Norte, Cuba e o Irão. A Bolívia ainda está no segundo grupo (dos MOSTLY FREE), vamos ver por quanto tempo...
Dos países da América do Sul, somente o Chile, a Bolívia, o Uruguai e o Peru estão nos dois primeiros grupos, sendo que somente o Chile no primeiro. E dizem por aí que a "agenda do neoliberalismo" foi aplicada na América do Sul durante a década de 1990...
"Se está construyendo una sociedad basada en la falsa premisa, según la cual si X es una causa eficiente o remota de la muerte, entonces X es una enfermedad, un problema de salud pública cuya prevención y tratamiento justifica una reducción de la esfera de autonomía individual. En la mayoría de los casos, este enfoque supone un grave deterioro del principal fundamento de una sociedad abierta: las personas son responsables de los actos libremente realizados. La erosión de este criterio permite a la gente liberarse de los efectos no deseados de sus propias acciones y a los gobiernos extender su campo de intervención. (...) En suma, la legislación antitabaco aprobada por el gobierno socialista es una expresión más de la 'fatal arrogancia' de los políticos cuando creen saber mejor que los ciudadanos lo que conviene a éstos. Esta es una inaceptable restricción del derecho de las personas a vivir como lo deseen sin violar la libertad de los otros."
Sobre o assunto, vi na noite de Ano Novo uma sátira excelente feita no programa "Punto y Raya", da RTVE. Ao som de "sevillanas", mostraram que diversas coisas vão acontecer na Espanha por causa do ridículo dessa lei: por exemplo, as pessoas farão menos sexo (pois uma das motivações para o sexo é o cigarro logo depois) e emagrecerão (pois uma das motivações para almoçar é o cigarro depois do almoço). Piadas, sem dúvida, mas ironizando muito bem a situação. No sketch seguinte, mostraram primeiro uma reunião de trabalho na década de 1980, onde somente uma pessoa na sala não estava fumando e foi duramente repreendida por isso (ora, que falta de respeito, não fumar onde todos estão fumando!). A seguir, em 2006, mostraram um indivíduo em um lugar desértico, sentado sobre uma pedra na frente de alguns arbustos. Ele olha para os lados, tira um cigarro e o coloca na boca. Imediatamente, vários soldados pulam dos arbustos e metralham o pobre infeliz. Retiram, então, o cigarro do cadáver com uma pinça (!) e dizem que o cigarro mata...
Sim, são piadas... mas não estamos longe disso ou de coisas ainda piores. Às vezes imagino que chegará o dia em que, ao pedir por telefone uma "pizza calabresa", terei meu pedido negado pois, através do número telefônico, a pizzaria terá acesso ao meu cadastro contendo informações inclusive sobre os meus níveis de colesterol, e por determinação estatal serei impedido de comprar tal pizza por conter gordura em demasia...
A decisão de construir o CCB foi tomada em 1988, e a obra foi pensada para acolher a presidência portuguesa da então CEE, em 1992.
De um custo estimado inicialmente em 35 milhões de euros, a obra acabou por custar quase 200 milhões de euros.
Um inquérito parlamentar às obras acabou por terminar "inconclusivo" em 1991.
Apesar das polémicas à volta da obra e das dificuldades de financiamento iniciais, o Centro acabou por se impor no panorama cultural português, acolhendo regularmente iniciativas como a Festa da Música e a exposição World Press Photo.
E agora vai receber a colecção Berardo. Comentários do presidente do CCB, demitido pela ministra da Cultura:
Fraústo da Silva gostava mesmo que a ministra lhe explicasse como geriria uma casa que tem de gerar diariamente 26 mil euros para sobreviver sem défices.
(...)
«Estabelecer aqui a Colecção Berardo vai contra os próprios estatutos da casa, que exigem uma programação diversificada e de alta qualidade e não uma colecção permanente», justifica. «Para apresentarmos a Colecção Berardo não poderíamos fazer mais nada. Seria incomportável», adianta. Mas as razões de Fraústo da Silva não se ficam por aqui. O presidente da administração do CCB garante que «o público não gosta, nem quer ver» o acervo de arte contemporânea de Berardo. «Tivemos aqui uma exposição com peças da Colecção durante nove meses e só a visitaram pouco mais de sete mil pessoas, enquanto que o World Press Photo, em três semanas recebeu mais de 23 mil visitantes».
Ora, 23 mil a dividir por três semanas (21 dias) equivale a uma média de 1.095 espectadores por dia. Mesmo que cada visitante pague 5 euros por bilhete isso apenas resulta numa facturação diária de 5.475 euros, longe dos 26 mil euros necessários para balançar o orçamento do CCB.
Ainda, note-se que não é todos os dias que o CCB apresenta exposições com o êxito do World Press Photo. Quem paga então o défice? Os mirandelenses, por exemplo...
O presidente da Câmara de Mirandela anunciou hoje que vai colocar um cartaz gigante na via rápida IP4 a anunciar «Aqui termina Portugal», em protesto contra o esvaziamento de serviços no distrito de Bragança.
Mas será o autarca de Mirandela não sabe que, segundo Mário Lino, o aeroporto da OTA e o TGV são investimentos para desenvolver não apenas Lisboa mas todo o país???
Much of what we loosely call the Western world will not survive this century, and much of it will effectively disappear within our lifetimes...
One obstacle to [saving at least some parts of the Western World] is that...the political platforms ...of the West are largely ...government health care, government day care...
We've prioritized the secondary impulse over the primary ones: national defense, family, faith and, most basic of all, reproductive activity--"Go forth and multiply," because if you don't you won't be able to afford all those secondary-impulse issues, like cradle-to-grave welfare.
The design flaw of the secular social-democratic state is that it requires a religious-society birthrate to sustain it...
...The progressive agenda--lavish social welfare, abortion, secularism, multiculturalism--is collectively the real suicide bomb.
...Who, after all, are going to be the first victims of the West's collapsed birthrates? Even if one were to take the optimistic view that Europe will be able to resist the creeping imposition of Sharia currently engulfing Nigeria, it remains the case that the Muslim world is not notable for setting much store by "a woman's right to choose," in any sense.
O responsável do Opus Dei, em Roma, das relações com os jornalistas internacionais, Marc Carroggio, reconhece que “está satisfeito” com o livro que o jornalista vaticanista John L. Allen acaba de lançar: «Opus Dei, um olhar objetivo para lá dos mitos e da realidade da mais controversa força da Igreja Católica», com edição original em inglês (Opus Dei, An Objective Look Behind the Myths and Reality of the Most Controversial Force in the Catholic Church), e já editado também em português (Alêtheia Editores) e coreano.
Marc Carroggio refere à agência Zenit que este é o primeiro livro que compara desapaixonadamente os “mitos” sobre a Obra (nome com o qual se conhece o Opus Deis) com a realidade.###
(...)
Penso que o autor reúne muitos dados, depois de investir centenas de horas a recolher informações e opiniões de todo o tipo. Situa os dados no seu contexto, de maneira que se pode entender o porquê de muitas actuações; ouviu as duas partes e tratou ambas com respeito. Por último, deixa que o leitor tire livremente as suas conclusões.
Penso que são qualidades muito apreciáveis num livro deste estilo. Os "lugares comuns" são obstáculos para o diálogo e para o debate desapaixonado. Neste sentido, qualquer esforço por demonstrar falsos "clichés" é positivo.
As comparações podem ser odiosas, mas não posso deixar de assinalar que o autor do Código Da Vinci nunca esteve num centro do Opus Dei, e que eu saiba nunca falou com uma pessoa do Opus Dei.
O retrato da Obra que pinta no Código só existe na sua imaginação. Penso que o trabalho de Allen pode servir para que muitos leitores desse romance, que não conhecem o Opus Dei em primeira mão, fiquem a saber que não somos "nem anjos nem demónios". Somos gente de carne e osso, com erros e acertos, com defeitos e com desejos de seguir um ideal espiritual que nos entusiasma.
No IEF 06, Portugal obteve um "score" de 2.29 o que representa uma melhoria de 0.15 pontos relativamente ao resultado do ano passado (2.44). Como resultado disso subimos 7 lugares na clássificação, para 30º lugar.
Os resultados para cada um dos indicadores(**), e as variações relativamente a 2005, foram:
- Política comercial: 2.0 (=) - Carga Fiscal: 3.4 (-0.5) - Intervenção governamental: 2.5 (=) - Política monetária: 1.0 (-1.0) - Investimento estrangeiro: 2.0 (=) - Sector bancário e financeiro: 3.0 (=) - Salários e preços: 2.0 (=) - Direitos de propriedade: 2.0 (=) - Regulação: 3.0 (=) - Economia informal: 2.0 (=)
(*) Os dados do IEF 2006 são feitos utilizando as estatisticas de 2004. (**) O resultado final é a média aritmética dos indicadores parciais
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Para terminar deixo a posição e resultado de alguns países:
1. Hong Kong (1,28) 2. Singapore (1,56) 3. Ireland (1,58) 4. Luxembourg (1,60) 5. Iceland (1,74) 6. United Kingdom (1,74) 7. Estonia (1,75) 8. Denmark (1,78) 9. Australia (1,84) New Zealand (1,84) United States (1,84) ... 19. Germany (1.95) 20. Sweden (1.96) Czech Republic (1.96) ... 29. Japan (2,26) ... 30. Portugal (2,29) ... 33. Spain (2,33) ... 44. France (2,51) ... 46. Cape Verde (2,69) ... 81. Brazil (3,08) ... 111. China, People's Republic of (3,34) ... 114. Mozambique (3,35) ... 121. India (3,49) ... 122. Russia (3,50) ... 131. Guinea Bissau (3,65) ... 139. Angola (3,84) ... 150. Cuba (4,10) ... 153. Venezuela (4,16) 154. Zimbabwe (4,23) 155. Burma (Myanmar) (4,46) 156. Iran (4,51) 157. Korea, Democratic Republic of (North Korea)(5,00)
Pela primeira vez na sua história, Portugal é um país de imigração. Habituados a ser recebidos, os portugueses estão, neste início de século, a aprender a receber. O número de imigrantes residentes está próximo de atingir as 500 mil pessoas, ou seja, 5% da população total. As populações que escolhem Portugal, como local para alcançar uma vida melhor, não procuram problemas, mas trabalho. Portugal necessita de mão de obra e a entrada dos imigrantes é benéfica aos interesses do país. A ameaça não é a sua presença, mas o desemprego que os pode afectar. Uma sociedade que dá trabalho é uma sociedade que tem lugar para todos. Além de conseguirem empregos, é indispensável que os imigrantes se integrem por completo na cultura e vivência portuguesas. Na língua, nos costumes, na história e nas tradições do nosso país. O conhecimento do Português é essencial para que possam ter igualdade de acesso a empregos, o assumir de plenos direitos e até mesmo da cidadania portuguesa.
Eu li as estelas visigóticas na biblioteca da FCSH, um pombal de donzelas que arrulhavam mutuamente desventuras amorosas a pretexto de invisíveis trabalhos de grupo. Não sou tão culto como o dr. Soares.
Os pipelines são “linhas de poder” e a dependência energética tende a transferir poder político para os fornecedores. Vladimir Putin, que reconstruiu e centralizou no Kremlin o poder autocrático da antiga URSS, está perfeitamente consciente da importância política do pipeline báltico e do potencial de pressão sobre a União Europeia que ele representa. Putin tem como objectivo geopolítico a reconstituição da “esfera de influência russa” no centro da Eurásia. Se o gás natural russo que abastece os países da UE deixar de ser transportado ao longo dos pipelines actuais, isso dará ao Kremlin uma alavanca de poder político importante e pouco tranquilizadora sobre países como a Ucrânia, a Roménia e até a Polónia.
Portugal e outros países da União Europeia não podem ignorar as profundas implicações geopolíticas destes desenvolvimentos.(...)
Há uma alternativa imediatamente disponível que pode e deve diminuir a dependência energética da UE: a energia nuclear. É vital que os governos ocidentais invertam a tendência de desactivação das centrais nucleares e compreendam que têm de enfrentar a campanha “anti-nuclear” dos ambientalistas. Essa campanha dificulta uma avaliação racional dos custos e benefícios da opção nuclear, incluindo estimativas adequadas do risco político das alternativas.
Os fundamentalistas do “nuclear não!” são a descendência eco-ideológica daqueles que na década de 70 viam nos mísseis nucleares americanos a maior ameaça à paz. Trinta anos depois, não é de esperar que tenham maior clarividência política. Nem razão.
Porque feito de homens, o mundo sempre foi caracterizado pela incerteza. Acontece que, com a inovação tecnológica que permite uma maior aproximação entre os povos, as inevitáveis mudanças sucedem-se em maior número e muito mais rapidamente. Neste início de 2006 são várias as ameaças que um Estado como Portugal enfrenta. Tanto a nível nacional como internacional. Todas as formas de as defrontar estão interligadas. Por exemplo, quando se aplicam medidas de crescimento económico, combate-se o desemprego e facilita-se a integração dos imigrantes. Uma economia mais forte, permite uma maior intervenção de Portugal no mundo, não apenas porque terá mais recursos para aplicar na prossecução desse objectivo, como será mais respeitado pela comunidade internacional. Uma abertura aos mercados internacionais, não apenas facilita o combate à estagnação económica (e ao desemprego) como também ajuda a enfrentar o embate económico, financeiro e social que o Ocidente terá (e já está a ter) com a China e toda a Ásia. O mundo está cada vez mais interligado e muitas das medidas a aplicar a nível nacional terão repercussões no papel que Portugal possa vir a ter no mundo.
Este 'post' dá início a uma série que publicarei n'O Insurgente, sobre as ameaças que, na minha opinião, pairam sobre o nosso país e a melhor forma de as enfrentar. Serão textos simples, com pequenas sugestões, como se quer e se espera num blogue.
Os encargos com os fundos de pensões de empresas públicas transferidos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) em 2003 e 2004 foram subavaliados e custarão 303 milhões de euros por ano ao Estado em 2014, segundo o Tribunal de Contas (TC).
(...)
«O impacto directo sobre as finanças públicas, que se projectará por um período longo, resultante das transferências referidas, tem um efeito positivo sobre as receitas do Estado no ano em que ocorreram, mas têm efeito inverso nos anos posteriores, uma vez que as receitas não serão suficientes para suportar o valor das despesas», adianta.
A propósito das recentes declarações em que acusava a comunicação social de ter arquitetado um conluio contra ele, Soares excusa-se a fazer prova disto.
«Eu não tenho que apresentar factos nem sou réu. Eu tenho direito de fazer críticas, visto que todos os dias sou criticado», disse, acrescentando que «são eles que têm de demonstrar que são imparciais».
Recordo que a imputação ao acusado do ónus da prova já foi usado, com grande sucesso, durante os "Processos de Moscovo".
Mário Soares especificou hoje um pouco melhor as suas críticas à comunicação social, centrando os seus ataques sobre a SIC. Apesar das repetidas solicitações para que concretizasse e fundamentasse as suas acusações, Soares nunca o fez, mas é de presumir que esteja insatisfeito por a SIC não ter dado o devido destaque a esta sua performance (video disponível aqui).
Quando muda o Ano? Na primeira, na ultima ou entre a sexta e a sétima badaladas da meia-noite de 31 de Dezembro? Fico sempre com a sensação que perdi segundos de vida. Apesar do charuto.
Um restaurante é um espaço publico? Ou privado? E pode-se fumar?
E os parques de estacionamento dos centros comerciais, são o quê? E pode-se fumar ou não?
Porque é que no BCP, ter accionistas que são ao mesmo tempo concorrentes directos, não é um problema, mas na Galp ja é? E o tabaco, como é que fica?
Jesus nasceu mesmo a 25 de Dezembro, ou foi o filho da Semiramis? E charutos, pode ser?
Se toda a gente acha que os espanhois são mais produtivos e vivem melhor que nos, porque é que não queremos as empresas deles ca? Para continuarmos pobrezinhos e a reivindicar o direito (adquirido) à indignação? 2,75 Euros não sera demasiado por vinte cigarros?
O Quaresma ja estara recuperado da lesão? E o Anderson vem ou não? E o Co, fuma nos balnearios?
O Nuno não deixa o seus créditos por mãos alheias. Depois de no ano passado ter disponibilizado uma primeira colectânea com o ilustre nome de "Stardust", este ano apresenta-nos "Never Fear Jazz Is Here". Ide baixar a compilação. Ide!
Francisco Louçã visitou o hospital de S.Bernardo em Setúbal e defendeu o SNS, na sua forma pública e universal (via RSO):
Francisco Louçã considerou que a transformação dos hospitais em empresas, instituída por decreto-lei quinta-feira, abre caminho para a privatização do Serviço Nacional de Saúde(...) "Um bom serviço de saúde assenta em os centros de saúde terem uma retaguarda técnica e qualificada nos hospitais. No dia em que ele for privado, evidentemente teremos uma saúde para os ricos e uma saúde para os pobres. Isso não é aceitável, é anti-democrático e é uma forma de destruir o princípio elementar de solidariedade", concluiu.
Não passa pela cabeça de Louçã, que o estado não seja monopolista na prestação de serviços de saúde e assegure, a todo o custo, a sua universalidade. Para ele, não é concebível um sistema em que não sejamos todos tratados igualitariamente e que possa, ainda assim, cuidar dos menos afortunados. Como bem referiu o André, "seria preferível que todos pagassem menos por um serviço de safety net de que apenas alguns beneficiariam". Numa coisa Louçã acerta: hoje o estado oferece os mesmos serviços de saúde aos ricos e aos pobres (e o mesmo serviço de prestações sociais). Não diferencia; a todos trata menos bem. As queixas que a imprensa recorrentemente ecoa, são contra os serviços prestados pelo modelo defendido por Louçã e por quem como ele pensa.
Para ele, será essa solidariedade forçada, nivelada por baixo, que é democrática. Será ela que ao invés de garantir uma rede de segurança para os que não se conseguem valer a si próprios, dispersa recursos por todos. A protecção estatal, com pagamento mensal obrigatório, estende-se aos que dispondo livremente dos seus rendimentos, responsabilizando-se pelo seu futuro e o da sua família, podem e querem segurar-se contra infortúnios.
Essa solidariedade defendida por Louçã não é uma rede protectora dos mais fracos. É uma, pouco eficaz e eficiente, rede de arrasto.
O artigo é longo e um tremendo chorrilho de disparates saídos de uma qualquer série de ficção de teorias da conspiração. De notar que estes "jornalistas" usam uma fonte que defende que os aviões que atingiram as torres gêmeas eram telecomandados e que foram colocados explosivos de vêspera nas mesmas torres. É assim que os sindicatos da função pública andam a utilizar o dinheiro de todos para, aproveitando-se da ignorância de quem os segue, espalharem ideais da extrema esquerda.
Se os Presidentes da República tivessem direito, como os antigos Reis de Portugal, a um cognome que os marcasse na posteridade, Jorge Sampaio seria «o Prioritário», dada a quantidade de prioridades nacionais que definiu, defendendo todas as causas e as suas próprias contradições.
A última das quais - em clara deriva presidencialista - passa por afirmar o chavão do momento:
«É preciso travar estas derivas neo-liberais, pá!».
E eu a pensar que num mercado regulamentado, marcado por regras de igualdade e transparência, num ambiente empresarial europeu que se quer único, vigoravam regras de sã concorrência. Afinal, o nosso ideal europeu baseia-se numa fraternidade com um só sentido - a da entrada de capitais estrangeiros, sob a forma de subsídios. Isto de abrir o país à concorrência e à cooperação empresarial já é outra fruta ...
A polémica em torno da possível presença de um responsável da Iberdrola no conselho de administração da EDP é bem demonstrativa do nosso atraso. O Presidente da República questiona o Governo e todos os candidatos presidenciais são unânimes em manifestar grave preocupação com o assunto. Em Portugal, definitivamente o único mercado que funciona livremente (frequentemente sob a capa do ofuscante "interesse nacional") é o mercado de interesses...
No passado dia 23 de Dezembro, Mário Soares, candidato à presidência da república portuguesa, comentou afirmações do líder do CDS-PP sobre o facto do terrorismo ter origens na esquerda. O seu comentário foi, no mínimo, interessante. E, apesar das recentes queixas do candidato em relação a tratamento desigual por parte dos órgãos de comunicação social, este recebeu um excelente presente de Natal.
A comunicação social decidiu “apagar” este episódio dos anais da história mas a blogosfera não o deixou: transcrição e video da entrevista estão disponíveis na Internet.
Depois de ver a confusa performance de Mário Soares cheguei à seguinte conclusão: ou o candidato estava bêbado ou o peso da idade (aliada ao cansaço da campanha) passou a ter a relevância que, até então, nunca equacionei.
A hipótese de Soares estar inebriado é verosímil mas, a verificar-se, levantaria a questão do nível de empenho deste na campanha eleitoral. Por outras palavras, devem os eleitores confiar num candidato que não consegue controlar a ingestão de bebidas alcoólicas?
Mas e se, pelo contrário, a resposta do candidato teve causas mais… “naturais”?
Ora, se a idade de Soares não lhe permitiu resistir ao cansaço de uma campanha que mal começou, os eleitores devem considerar a possibilidade de tal voltar a acontecer caso este ganhe as eleições. Afinal, durante crises políticas a agenda do presidente não depende deste exclusivamente. E, num Estado Social da dimensão do português, as decisões políticas têm significativas repercussões na vida de todos os cidadãos…
Boaventura Sousa Santos falou ontem, no mesmo programa ‘Prós e Contras’, que nunca aceitaria viver num país, como os EUA, onde se tem de esperar meia hora, para que as companhias de seguros aceitem pagar as receitas que os médicos prescrevem aos doentes. Sousa Santos tem toda a razão. Assim sendo, aceita de bom grado, viver num país, como Portugal, onde se espera 6 meses por uma consulta médica. É este discurso parcial e cego da ‘nossa’ elite ‘dirigente’ que me constrange.
Ontem, no programa ‘Prós e Contras’ falou-se da Segurança Social. Miguel Portas explicou que o já se esperava. Todos devem contribuir para o sistema público de segurança social, independentemente de dele receberem algum benefício, porque só assim, os pobres terão apoios do Estado e uma reforma digna. Tudo bem. Existem apenas três problemas. Um que foi mencionado por Pacheco Pereira e outros dois que não. Comecemos pelo primeiro: A segurança social dos pobres pode ser paga por impostos. Ao invés de se obrigar (e enganar) toda a população pagar caro por um sistema que nunca a vai beneficiar, seria preferível que todos pagassem menos por um serviço de safety net de que apenas alguns beneficiariam. Por que razão esta solução não colhe no discurso de Miguel Portas? A resposta leva-nos ao segundo problema: Não colhe porque o Estado, sem o monopólio da segurança social, perde poder. Imaginemos que a maioria dos leitores deixa de descontar para o Estado e deposita as suas poupanças futuras em instituições privadas. Numa perspectiva estatal esta possibilidade é aterradora. O que nos leva ao terceiro problema: A liberdade. No discurso de Miguel Portas, não há mínima hipótese de os cidadãos escolherem livremente o seu futuro. O dilema da Segurança Social em Portugal é um problema de liberdade. É a este nível que a questão deve ser posta.
A história do ateísmo é conhecida - os factos estão estudados, foram analisados e comentados por estudiosos das mais variadas orientações. Sabe-se dos atentados à vida, à liberdade e à propriedade (e não só). De há alguns séculos a esta parte este foi o tom oficial (guilhotinas, proibições, expulsões, nacionalizações, colectivizações, saltos em frente, revoluções culturais, campos de concentração, gulags, laogais, campos de morte, extermínios, holocaustos).
Também se conhece bem a história das perseguições e os efeitos tremendos que estas e convivência centenária com a intolerância aportaram (vejam-se os efeitos que a expulsão das ordens religiosas teve sobre a qualidade do ensino em Portugal e o impulso à estatização do mesmo que daí resultou). A história do ateísmo, certamente, não se resume à Perseguição mas é impossível compreender uma sem a outra - e o caso português, neste particular, constitui um verdadeiro case study (Vd. por exemplo história de Portugal desde o Marquês do Pombal até à República - prisões, proibições, expulsões, nacionalizações).
Evidentemente que existiram no seio do ateísmo opiniões que não se subsumiam na corrente oficial e principal - mas, as toleradas, eram pontuais, avulsas e nunca beliscaram o discurso tradicional. Quando, por desventura, o faziam os seus autores eram severamente punidos. (vejam-se as reacções à proposta de Leonardo Coimbra – ministro da educação durante a República - sobre as escolas religiosas).
Eram essas manifestações, de algum modo discrepantes, verdadeiramente importantes no seu tempo? Influenciaram decisivamente as opiniões coevas? Alteraram o modo de agir dos ateus?
Não.
Essas visões oscilavam entre as excentricidades permitidas e as heresias castigadas. Mas umas e outras não afectavam a corrente dominante e essa permanecia intolerante e visceralmente contrária à Religião e à Liberdade. Não fizeram escola nem deixaram qualquer lastro nas expressões oficiais da organização estatal. E se o Estado acabou por mudar (um pouco) a sua visão das coisas tal foi constrangido por fenómenos políticos, culturais e históricos que impuseram os valores da modernidade ao arrepio da vontade declarada dos seus mentores ateus.
Mas, sobretudo para os liberais-anti-católicos (lamentável conceito que conceptualmente diagnosticarei nos próximos tempos), a tentação é enorme quando se descobrem textos que, aqui e além, parecem emparelhar a evolução do pensamento ateu com valores da nossa própria contemporaneidade. De repente, a vertigem da fábula torna-se irresistível. Tudo é virado do avesso, o sentido histórico das coisas é confundido e os perseguidores são pintados como os mais ardorosos defensores das causas das suas vítimas:
Os revolucionários de 1789 guilhotinavam católicos ? Cá está, o ateísmo sempre pugnou pelo Libertação !
Há um trecho do "Capital" em que se lê que a religião é o Ópio do Povo? Não restam dúvidas, o liberalismo clássico e individualista assenta directamente em Marx ! (Update: Vd. este comentário)
Descobriu-se um extracto da autoria de Afonso Costa no qual ele profetiza que a Igreja desaparecerá de Portugal em 2 gerações ? Está claro que foi a República que esteve na base da evolução em direcção à Liberdade e da Democracia !
O CAA diz que existe uma relação negativa entre catolicismo e liberdade sem nunca provar as suas afirmações, nem responder às minhas objecções ? Pronto, eis um libertarian (?) e a prova acabada que o ateísmo é o fundamento da Liberdade.
O CAA afirma que não existem diferenças entre um membro da Opus Dei e um fundamentalista islâmico? Eis a prova que os ateus são pessoas Racionais.
Muitos ateus já caíram nessa atarantação histórica e conceptual. Trata-se de um misto de pio "wishful thinking" com uma aliciante, mas inapelavelmente pontual, aliança estratégica entre os defensores da Liberdade, do Indivíduo e do Mercado com os opositores institucionalmente organizados da Cruz - embora, tantas vezes, a eventual generosidade da ideia seja fatalmente prejudicada por uma volitiva falsificação interpretativa dos factos.
(Designo este fenómeno como "equívoco Guilhotina" pela pouca exuberância das referências à revolução francesa que, logicamente, deveria ser o berço doutrinal destas posições, e porque os seus defensores perdem a cabeça sempre que vêm um crucifixo.)
C.S. Lewis sobre a vida deste lado do guarda-fatos
"Most of us are not really approaching the subject in order to find out what Christianity says: weare approaching it in the hope of finding support from Christianity for the views of our own party. We are looking for an ally where we are offered a either a Master or - a Judge. I am just the same."
C. S. Lewis, Mere Christianity, p.87
P.S. Lewis era Protestante. (Momento ecuménico do dia)
Até agora, nenhum dos que ainda há dias ficaram chocados com a intervenção de Cavaco Silva demonstrou estar contra a intenção de Sampaio. Imagino que quando instados a reagir até a irão apoiar. Suponho que possibilidade de intervenção do PR na gestão da EDP esteja prevista na Constituição.
Este excelente post do Rui A. sobre Juan de Mariana deu origem a interessantes reacções de duas pessoas que muito prezo: o João (Noronha) e o CAA. Não tendo disponibilidade para me alongar nem dedicar a atenção que estas reacções mereceriam (e descansado pela certeza de que o Rui responderá a algumas das objecções levantadas muito melhor do que está ao meu alcance), limitar-me-ei a algumas breves considerações sobre o assunto que me parecem relevantes (parcialmente inspirados pelos comentários do CL e do Gabriel Silva a este post):
1- Redescobrir autores (ou melhor, aspectos da sua obra) relevantes que caíram no esquecimento parece-me de extrema importância, independentemente da recepção que estes autores tiveram no seu tempo. A popularidade instantânea é um fraco critério de Verdade. Tal não implica obviamente por si só a intenção de reescrever a história seja de que instituição for (ainda que haja casos em que a versão da história hoje prevalecente esteja muito mal escrita...).
2- Negar a importância crucial da Igreja (simultaneamente una e plural) no desenvolvimento do pensamento político e filosófico ocidental raia o absurdo.
3- Uma figura pode ser pioneira mesmo que a evolução a partir das suas ideias seja indirecta e que a sua expressão dessas mesmas ideias seja, pelos padrões de épocas posteriores, apenas parcial ou imprecisa. É possível que Rothbard tenha pontualmente incorrido no erro de fazer mau uso das posições da escolástica ibérica (e não só...)para suportar as doutrinas políticas da sua preferência, mas quem ler os textos de Marjorie Grice-Hutchinson ou Alejandro Chafuen sobre os mesmos escolásticos, facilmente verificará que as limitações (de uma perspectiva liberal) do pensamento político, económico e filosófico dos escolásticos se encontram devidamente assinaladas.
4- Algumas das opiniões de Juan de Mariana não são certamente aceitáveis por muitos libertarians, mas isso em nada retira que Mariana tenha em certos aspectos antecipado os modernos libertarians. O mesmo se poderá dizer, por exemplo, de Locke que, para não ir mais longe, faz assentar toda a sua teoria da propriedade e dos direitos individuais em Deus, uma "base" que não é aceitável para muitos dos actuais libertarians (crentes ou não).
5- Avaliar quais as opiniões de Mariana (ou seja de que autor for), que são compatíveis coma doutrina da Igreja é, para um católico, um empreendimento louvável mas de natureza extremamente delicada. Entendimentos demasiadamente restritivos e fechados dessa "compatibilidade", para além de imprudentes face às limitações da razão humana, arriscam-se a colocar em causa uma das maiores riquezas da Igreja: a sua diversidade na unidade. Para usar um exemplo mais conhecido (e fora do campo da filosofia política em sentido estrito), veja-se o carácter contra-producente das posições mais agressivas que foram historicamente tomadas contra os ensinamentos de Teilhard de Chardin.
6- Sendo constituída por homens, a Igreja está naturalmente sujeita a erros. Querer no entanto reduzir a Igreja a esses erros denota uma visão parcial e muito pouco objectiva, frequentemente motivada por uma incapacidade de conviver com a dimensão religiosa do ser humano.
Todo o discurso é construido com base em meias verdades e na demonização de quem discorda:
"...entre 1950 e 1963 as multinacionais Americanas estiveram proibidas de entrar na Coreia do Sul..." (Graças a Deus operavam na Coreia do Norte, digo eu e alias o desenvolvimento humano e economico da CS deu-se precisamente nesses anos)
"...os pobres que se danem..." Pois.
Pronto, eu assino a confissão: viva Marx e Negri e Gramsci e Chavez e o Cmdt Marcos e o Zapateiro e o Pato Donald e o Che e acima de todos eles o Grande Unico Timoneiro Supremo Benfeitor Professor Boaventura. E a "branca" subsidiada que também é bom.
O Miguel Portas mais uma vez confunde banca com capital de risco. Os bancos têm um objecto próprio - que não acomoda o capital de risco
O negócio bancário é, por definição, avesso ao risco. Os accionistas dos bancos, quando investem neste tipo de activos, procuram empresas de baixo risco.
As empresas de capital de risco têm o seu lugar próprio; em Portugal o capital de risco não tem materialidade, em boa medida porque os portugueses são avessos ao risco, em grande parte porque não há condições de concorrência.
Na verdade, o peso excessivo do Estado e uma economia condicionada e pouco transparente conduzem a que os detentores do capital arrisquem, sim, mas noutras paragens. A globalização tem destes inconvenientes: cada um investe onde lhe dá na gana, e onde ganha dinheiro...
Ouvir o Prof Boaventura é uma tortura que não lembrou ainda à CIA. Não fosse assim e o Sr estaria algures numa prisão secreta na Polonia ou no Egipto a discursar aos prisioneiros (raptados obviamente). Em dez minutos, dez, garanto que diziam o que fosse necessario. Aplaudindo.
P.S. Porque é que estamos todos (?) a ver isto?
P.S II Gostei do "Marxismo ao contrario" (frase de JPP) com uns pos de "destruição criativa" do Mestre-escola. Não ha limites para a imaginação do globalista-outro. F****n' brilliant!!
Acabo de ouvir o Miguel Portas dizer que a proposta da CGTP, para elevar o salário mínimo para 500 euros era "razoabilissima" e que o actual "baixo nível" deste, era uma "forma de proteccionismo para às empresas".
Eu achava que ele era licenciado em Economia mas devo estar enganado. Demonstra o mesmo nível de conhecimento, sobre a matéria, que o Prof Rosas.
"Juan de Mariana foi um liberal e um percursor dos clássicos e é, também, entre outros, um excelente exemplo para contrariar os fanatismos obscurantistas que pretendem reduzir a instituição que é a Igreja Católica, a sua História e os homens que a fizeram, nas perseguições da Inquisição."
O propósito do post é digno de aplauso, ainda para vais vindo de um não católico.
Por muito que eu queira fazer coro com a conclusão acima citada, não posso deixar de referir que:
Algumas das opiniões de Juan de Mariana citadas no post (e no texto de Jesus Huerta de Soto indicado como referência) não são compatíveis, nem nunca foram compatíveis, com a doutrina da Igreja. Falo, nomeadamente, da posição atribuída a Juan de Mariana sobre:
Pelo menos uma das opiniões dos escolásticos espanhóis citadas no texto de Jesus Huerta de Soto é, aparentemente, citada fora do contexto; faz-se uma leitura moderna do conceito escolástico de ‘justo valor’:
Aliens from Mars will invade the Earth. Using their giant spider-legged attack vehicles, the invaders will lay waste to human civilization. President Bush will be named to head a hastily assembled International Council of Nations. He will begin a last-ditch effort to counterattack by launching nuclear warheads at Mars on Saturn V rockets. Rep. Nancy Pelosi will immediately condemn his plan as "unnecessary and irrational." Peace activists will march outside the charred remains of the White House, mourning the tragic loss of innocent Martian life. Michael Moore will release a documentary alleging links between Bush and the Martians. Then all the Martians get sick and die. The End. (I know, what a lame ending, but I couldn't come up with anything better.)
[WARNING: o resumo que de seguida se apresenta não faz justiça ao texto original publicado no DN de hoje]
"Quando ouço os líderes [da esquerda] falar sobre os seus objectivos, sinto uma identificação sincera e atenta. A sua preocupação declarada são os mais pobres, os que menos têm e menos podem.
...Depois passam aos meios para esse objectivo, e aí começam as divergências. Divergências que são entre esses meios e os interesses que dizem defender.
Existem cinco grandes contradições na esquerda.
...ligam à retórica ideológica e não à eficácia concreta. O que interessa são "direitos adquiridos", "conquistas inalienáveis", mesmo que isso atrase o de-senvolvimento e aumente a pobreza e o desemprego.
...Na análise económica os disparates são esmagadores.
...A imperiosa luta contra o capital e a visão conflituante da empresa são impostas independentemente dos reais interesses dos trabalhadores. Essa fúria espanta o capital nacional e externo e contribui poderosamente para a paralisia e atraso.
A defesa da intervenção do Estado, toda paga com impostos dos trabalhadores, tem criado e mantido enormes desperdícios e abusos.
A ignorância das radicais mudanças recentes, por exemplo na natureza do capital, leva-os a atacar a poupança dos pobres, que compõem os famigerados fundos mobiliários que popularizaram o mercado financeiro.
Estas não são questões de opinião. São simples erros técnicos.
... virou proteccionista numa luta míope e retrógrada contra a globalização...A abertura dos têxteis chineses, por exemplo, beneficiaria muito todos os pobres nacionais, que se vestiriam muito mais barato. Porquê insistir na manutenção de indústrias obsoletas e dispendiosas?
...a recente opção da esquerda na luta contra a família.
...os mais desfavorecidos precisam de uma política clara de apoio à família, a mais antiga e segura forma de segurança social. Mas esta é a única medida omitida no palavroso programa do actual Governo socialista.
Finalmente, surge a velha opção da esquerda contra a religião.
Por todas estas razões mantenho a discordância. Mas sinto que não sou de esquerda por razões de esquerda.