Mises put off many people, occasionally even friends, because he refused to compromise. During the early 1950s, journalist Henry Hazlitt wrote, Mises and novelist/philosopher Ayn Rand were at his house for dinner. Rand snapped at one of Mises' comments, saying "You seem to regard me as just a little Jewish girl who doesn't know anything."###
"Lu didn't mean it that way," Hazlitt said.
"I did mean it that way!" Mises replied.
Mises came to admire Rand, calling her "the most courageous man in America." Hazlitt told Rand about the remark, and she was delighted.
But it's vital that this Aid focuses better on poor people's needs. This means more aid being spent on areas such as basic health care and education. Aid should support poor countries' and communities' own plans and paths out of poverty.
Capitalismo é um conceito completamente estranho a estes socialistas. Dias atrás, o LA citou o caso dos alunos das escolas privadas nigerianas apresentarem melhores resultados que os das escolas públicas. A ajuda humanitária a este sector de actividade coloca o poder de volta nos corruptos líderes políticos. Promovendo a estupidificação das crianças...
Two weeks ago 280 million Africans woke up for the first time in their lives without owing you or me a penny from the burden of debt that has crippled them and their countries for so long. The deal struck by G7 Finance Ministers was a victory for the millions of people in the campaigns around the world. But the deal affects, immediately, only 18 countries. There are twice that number in need of help, including Nigeria. And though debt cancellation should be directed in ways that reduce poverty and improve governance it must not come with arduous economic strings attached.
Curioso ver os mesmos activistas, que acusaram os EUA de, primeiro, financiarem a guerra de Saddam contra o Irão e, depois, quererem mudar o regime vigente, defenderem agora semelhante medida para os países africanos.
It's an obvious solution - challenge and change the rules so they work for poor countries. Rewrite them so poor countries can develop, build their own industries, grow stronger, and one day compete as equals. Rich countries used trade rules to protect themselves as they developed - which is how they got where they are now. Now we need to use trade rules to end world poverty as we know it.
Estranho, então, que tenham sido as economias mais abertas a reduzirem os níveis de probreza dos seus cidadãos!
Hoje, em 10 cidades do mundo, músicos e 3 mil milhões de espectadores juntam-se para pressionar os líderes dos 8 países mais ricos a tomarem as necessárias medidas para acabar com a pobreza no planeta.
Louvável objectivo. Do evento e seus organizadores, pura demagogia política.
Exemplo:
These concerts are the start point for The Long Walk To Justice, the one way we can all make our voices heard in unison.
This is without doubt a moment in history where ordinary people can grasp the chance to achieve something truly monumental and demand from the 8 world leaders at G8 an end to poverty.
The G8 leaders have it within their power to alter history. They will only have the will to do so if tens of thousands of people show them that enough is enough.
By doubling aid, fully cancelling debt, and delivering trade justice for Africa, the G8 could change the future for millions of men, women and children.
Depois do que tanto se escreveu na blogosfera sobre o liberalismo, ainda aparecem coisas destas na nossa comunicação social:
Chegou a hora de Portugal entender o léxico liberal. Não estou seguro de que todo o Governo de José Sócrates o entenda e aceite. Manuel Pinho parece entender e aceitar que Portugal precisa de um Estado mais liberal – um Estado que lance planos onde, como neste caso, mais não faz do que apontar os caminhos (de forma bem visível) e garantir que os mantém abertos durante um bom período de tempo.
Ora, um Estado que tenta definir o caminho que a economia deve tomar não é, de forma alguma, parte do "léxico liberal". Aliás, este plano do ministro Pinho não é uma solução inovadora. Salazar já o tinha feito com o seu Condicionamento Industrial. Talvez seja esse o erro do jornalista: provavelmente julga que o Estado Novo foi um "Estado mais liberal".
E, no entanto, o conceito de liberalismo é muito fácil de compreender. Baseia-se, afinal, numa característica essencial: a liberdade de escolha de todos os indivíduos. Logo, para "Portugal entender o léxico liberal", basta cada português fazer a seguinte pergunta: somos livres?
Caro Martim Avillez Figueiredo, considerando o conteúdo do seu editorial, somos livres de investir no sector de actividade que julgamos ser o mais rentável?
I have written several recent essays in which I have suggested the potential feasibility and desirability of combining doctrines from Austrian Economics and Objectivism in our efforts to develop the strongest possible conceptual and moral case for a free market society.(1) In these essays I argued that Austrian Economics and Objectivism can benefit from each other’s insights and that the two schools have more in common than heretofore has been appreciated.(2) My conclusion was that it may be desirable to extract, refine, extend, and fuse together the following components taken primarily from these two schools of thought: (1) an objective, realistic, natural-law-oriented metaphysics as exemplified in the works of Aristotle, Carl Menger, Ayn Rand, and in the more recent works of Murray Rothbard; (2) Ayn Rand’s epistemology which describes concepts or essences as epistemological rather than as metaphysical; (3) a biocentric theory of value as appears in the writings of Menger and Rand; (4) Misesian praxeology as a tool for understanding how people cooperate and compete and for deducing universal principles of economics; and (5) an ethic of human flourishing based on reason, free will, and individuality as suggested in the contemporary works of Tibor Machan, Douglas B. Rasmussen, Douglas J. Den Uyl, and others.###
The purpose of this essay is to provide a clear, consistent, and accessible summary and introduction to the basic ideas contained in these earlier efforts. To help in this endeavor, I have included an exhibit providing a simplified example model or diagram of a potential Austrian-Objectivist philosophical foundation and edifice for a free society. This diagram focuses on pertinent factors, relationships, and general principles that define the proposed paradigm.
Cuba says it was facing a massive housing shortage and must build a half million homes over the next decade to deal with the crisis, according to a government report.
The National Housing Institute said in a report released Monday at a conference that despite the need for about 50,000 new homes a year, only about 15,000 were built during 2004.
E em quais localidades? Que tipo de habitação: T0, T1 ou T3? Com ou sem garagem? No centro ou na periferia? Apartamento ou casa? Para alugar ou vender?
Uma economia de mercado tem resposta a cada uma destas perguntas. Nela, os construtores têm de se sujeitar à vontade dos consumidores.
O Museu Checkpoint Charlie inaugurou a 15 de Novembro de 2004, no 15º aniversário da queda do muro de Berlim, um monumento constituído por mais de 1.000 cruzes, símbolo dos cidadãos de Berlim Oriental que, durante a Guerra Fria, foram mortos ao tentar fugir para a parte ocidental da cidade.
Apesar da grande afluência ao local (ou por causa desta), a Câmara de Berlim conseguiu convencer o banco Bankaktiengesellschaft (BAG), dono do terreno, a renegar o contrato de arrendamento com o referido museu. O banco pede agora, por este, 36 milhões de euros(!).
A câmara, liderada pela coligação do SPD com o PDS (antigo partido comunista da Alemanha de Leste), tinha, inicialmente, marcado a demolição do monumento para 4 de Julho, dia de independência dos EUA. Depois de protestos, adiaram para a madrugada de 5 de Julho, ainda 4 de Julho no continente americano...
Em alternativa ao destaque doutrinalmente pouco fundamentado dado pelo meu amigo Gabriel a Melissa Theuriau, não me resta alternativa senão seguir aqui uma sugestão (feita noutro contexto) do leitor Rui Carmo.
Veremos se Bush e o GOP saberão estar à altura da ocasião, dando o sinal correcto, tanto mais que é bem possível que as mudanças no SCOTUS nos tempos mais próximos não fiquem por aqui: O'Connor Retires From Supreme Court
Começamos a suspeitar que fazemos parte de demasiadas mailing lists de discussão quando, de uma noite para o dia seguinte, nos deparamos com quase uma centena e-mails acumulados.
A proposta é do BE, pela voz do Dr. Louçã (via P.D.):
O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã defendeu hoje, a propósito da "gralha" no relatório do Banco de Portugal sobre a situação orçamental do país, a criação de um Instituto das Contas Públicas. (...)
"Esta gralha no relatório do Banco de Portugal é uma boa razão para criar um Instituto das Contas Públicas que acompanhe e certifique permanentemente a execução orçamental com critérios transparentes e estabilizados", acrescentou o coordenador da Comissão Permanente do BE.
Ou seja, à conta destas trampolinadas, podemos vir a ter mais um instituto público. Lá volta o deficit para os 6,83% ou mesmo, quem sabe, para os 6,85%.
Ler esta notícia divertiu-me mas, confesso, também me espantou um pouco.
E espantou-me porque se passou num país da "Velha Europa", com problemas com a sua própria comunidade muçulmana com uma minoria fortemente radicalizada, e por a história incluir deputados de esquerda frequentemente sensíveis a questões "politicamente correctas".
Mas para além do lado divertido desta história, há uma outra face mais sinistra: a do totalitarismo islamita que quer impor aos outros, que nem sequer são da mesma fé nem do mesmo país, as suas próprias concepções do mundo. Para esta gente, o ditado "em Roma, sê romano" não faz sentido nenhum.
A compreensão do "outro", como tudo na vida, e já me estou a repetir em relação a esta frase, é uma estrada com dois sentidos. O "outro" também tem que nos compreender, senão estala definitivamente uma "guerra de culturas". Isto é uma coisa que a esquerda do "pensamento único" e "politicamente correcta" tem que aprender de uma vez por todas. Receio é que muita dela continue a não compreender nada, mesmo com episódios como este.
There has never been a more popular time to be anti–American. From Beijing to Berlin, from Sydney to São Paulo, America’s detractors have become legion. But not everyone has chosen to get on the anti–American bandwagon. Where—and among whom—is America still admired, and why? Meet the pro–Americans.
Anecdotally, it isn’t hard to come up with examples of famous pro–Americans, even on the generally anti–American continents of Europe and Latin America. There are political reformers such as Vaclav Havel, who has spoken of how the U.S. Declaration of Independence inspired his own country’s founding fathers. There are economic reformers such as José Piñera, the man who created the Chilean pension system, who admire American economic liberty. There are thinkers, such as the Iraqi intellectual Kanan Makiya, who openly identify the United States with the spread of political freedom. At a recent event in his honor in Washington, Makiya publicly thanked the Americans who had helped his country defeat Saddam Hussein. (He received applause, which was made notably warmer by the palpable sense of relief: At least someone over there likes us.) All of these are people with very clear, liberal, democratic philosophies, people who either identify part of their ideology as somehow “American,” or who are grateful for American support at some point in their countries’ history. There are also countries that contain not only individuals but whole groups of people with similar ideological or nostalgic attachments to the United States. I am thinking here of British Thatcherites—from whom Prime Minister Tony Blair is in some sense descended—and of former associates of the Polish Solidarity movement. Although Lady Thatcher (who was herself stridently pro–American) is no longer in office, her political heirs, and those who associate her with positive economic and political changes in Britain, are still likely to think well of the United States. Their influence is reflected in the fact that the British, on the whole, are more likely to think positively of the United States than other Europeans. Polish anticommunists, who still remember the support that President Ronald Reagan gave their movement in the 1980s, have the same impact in their country, which remains more pro–American than even the rest of Central Europe.
A DECO revisita o PREC, o Governo quer controlar os aumentos de preços, os Hipermercados fazem publicidade, e poucos falam das consequências mais graves. A combinação do aumento do IVA, com a subida do ISP e do preço do petróleo, mais a retracção do consumo vai ter efeitos sérios no emprego, por via do esmagamento das margens das empresas. Não vai ser já, mas quando as falências dispararem e o desemprego subir rapidamente, ninguém vai responsabilizar estes aumentos, vão acusar as empresas de qualquer coisa que se lembrem na altura.
Retomando o post do Miguel, acrescento mais algumas informações a ter em conta pelos consumidores (subscriptores das revistas da editora EDIDECO ou não):
"Vários hipermercados e supermercados garantem que não vão mexer nos preços dos alguns produtos, mesmo depois do IVA subir de 19 para 21 por cento, a partir de Julho." (SIC)
"O Freeport Designer Outlet, em Alcochete, vai restituir, em dinheiro, a todos os consumidores que efectuarem compras nos próximos dias 1, 2 e 3 de Julho, os dois aumentos do Imposto de Valor Acrescentado (de IVA) dos últimos três anos." (Ag. Financeira)
No Diário Económico o ex-relativo Pedro Adão e Silva tenta a quadratura do círculo.
Portugal tem um problema com a despesa pública e tem um problema com a dimensão social do Estado. Mas estes problemas são de natureza diametralmente oposta. A menos que se confunda toda a despesa pública com despesa social, o problema português não é com a riqueza que o Estado despende em protecção social, mas com a despesa pública, expurgada desta componente.
O semanário [Económico] assegura existirem «pressões discretas do Executivo (de José Sócrates) junto de alguns accionistas da PT o sentido de votarem favoravelmente umaalteração dacomposição do conselho de administração»
Mesmo correndo o risco de não agradar a JPP, aqui fica a notícia na R.Renascença:
De acordo com o "Público", o relatório da Comissão de análise da situação orçamental, conhecido como "Relatório Constâncio", "apresenta um erro numa soma de um quadro que uma vez corrigido conduz a um défice público de 2005 de 6,72% do Produto Interno Bruto (PIB) em vez dos 6,83% que constam do documento".
Depois de tanto preciosismo com o arredondamento à centésima, com a revisão do rectificativo, agora isto. Depois querem o quê?
Começa hoje a presidência britânica da UE. Os objectivos que propõem são díficeis de atingir mas importantes. Não deixa de ser curioso que a tentativa de liberalização (possível) da UE seja liderada pelo PM de um partido socialista, que no entanto não deixa de lembrar a importância de manter a "protecção social" (via Reuters):
Despite its supposed role as honest broker during the presidency, Britain shows no sign of letting up on its aggressive calls for reform of the Common Agricultural Policy (CAP).
Chancellor Gordon Brown said on Thursday Europe and the United States should agree to end farm subsidies by 2010. A day earlier he referred to the "hypocrisy of developed-country protectionism" that condemned parts of Africa to poverty.
Straw said farm spending, now at 40 percent of the EU budget, "should be reduced and, over a period, reduced very significantly".(...)
Even without a budget deal, Blair wants to turn the EU's crisis into an opportunity to shape debate in the bloc.
Backed by the country's strong economy, Blair will argue Europe can adopt a more flexible, market-based economic framework -- essential to compete against emerging giants such as China and India -- without dispensing with social protection.
He will also push to secure an agreement on liberalising services across the bloc, a move that could also upset France.
O Paulo Gorjão queixa-se da "demagogia e populismo" do novo cartaz do BE. Acha que este é "revelador de uma irresponsabilidade política sem limites" ao acusar José Sócrates de "tudo e mais alguma coisa, incluindo o aumento... da gasolina!".
Não posso deixar de concordar com o Paulo (embora parte do aumento da gasolina - via IVA - seja da responsabilidadade deste governo). As críticas devem ser justas. Independentemente dos nossos ódios pessoais.
Verdades complicadas: a segurança dos prisioneiros
Who is secure in all his basic needs? Who has work, spiritual care, medical care, housing, food, occasional entertainment, free clothing, free burial, free everything? The answer might be nuns and monks, but the standard reply is 'prisoners'
(...) se, efectivamente, se trata de finalmente reconhecer que um governo de direita deve praticar políticas liberais e de desmantelamento do Estado dito «social», e que um partido de direita, em vez de se esgotar no discurso justicialista da defesa dos pobrezinhos e dos descamisados, como o fez o CDS destes últimos anos, se deve virar para a defesa da emancipação da sociedade civil face ao Estado, aí a conversa pode ter algum interesse. Se se trata apenas de uma tentativa de criar um novo espaço político que permita suprir a falta de «palco» provocada pela perda de controlo do CDS, acalentando a esperança de, com ele, conseguir expressão eleitoral que permita o regresso ao governo e ao orçamento de Estado para júbilo e regalo dos «boys», aí tenham paciência, mas já foram suficientes os anos dos governos da coligação.
You may own your own home and expect to live there the rest of your life. But keep your bags packed, because the Supreme Court of the United States has decreed that local politicians can take your property away and turn it over to someone else, just by using the magic words "public purpose." ### We're not talking about the government taking your home in order to build a reservoir or a highway for the benefit of the public. The Constitution always allowed the government to take private property for "public use," provided the property owner was paid "just compensation."
What the latest Supreme Court decision does with verbal sleight-of-hand is change the Constitution's requirement of "public use" to a more expansive power to confiscate private property for whatever is called "public purpose" — including turning that property over to some other private party.
In this case — Kelo v. New London — the private parties to whom the government would turn over confiscated properties include a hotel, restaurants, shops, and a pharmaceutical company.
These are not public uses, as the Constitution requires, but are said to serve "public purposes," as courts have expanded the concept beyond the language of the 5th Amendment — reflecting those "evolving" circumstances so dear to judges who rewrite the Constitution to suit their own tastes.
No sane person has ever denied that circumstances change or that laws need to change to meet new circumstances. But that is wholly different from saying that judges are the ones to decide which laws need changing and in what way at what time.
What are legislatures for except to legislate? What is the separation of powers for except to keep legislative, executive and judicial powers separate?
When the 5 to 4 Supreme Court majority "rejected any literal requirement that condemned property be put into use for the general public" because of the "evolving needs of society," it violated the Constitutional separation of powers on which the American system of government is based.
When the Supreme Court majority referred to its "deference to legislative judgments" about the taking of property, it was as disingenuous as it was inconsistent. If Constitutional rights of individuals are to be waved aside because of "deference" to another branch of government, then the citizens may as well not have Constitutional rights.
What are these rights supposed to protect the citizens from, if not the government?
This very Court, just days before, showed no such deference to a state's law permitting the execution of murderers who were not yet 18. Such selective "deference" amounts to judicial policy-making rather than the carrying out of the law.
Surely the Justices must know that politicians whose whole careers have been built on their ability to spin words can always come up with some words that will claim that there is what they can call a "public purpose" in what they are doing.
How many private homeowners can afford to litigate such claims all the way up and down the judicial food chain? Apartment dwellers who are thrown out on the street by the bulldozers are even less able to defend themselves with litigation.
The best that can be said for the Supreme Court majority's opinion is that it follows — and extends — certain judicial precedents. But, as Justice Clarence Thomas said in dissent, these "misguided lines of precedent" need to be reconsidered, so as to "return to the original meaning of the Public Use Clause" in the Constitution.
Justice Sandra Day O'Connor's dissent points out that the five Justices in the majority — Ginsburg, Breyer, Souter, Stevens, and Kennedy — "wash out any distinction between private and public use of property." As a result, she adds: "The specter of condemnation hangs over all property. Nothing is to prevent the State from replacing any Motel 6 with a Ritz-Carlton, any home with a shopping mall, or any farm with a factory."
Numa altura em que se discute quantos mil milhões de dólares os países ricos devem doar e que se aproxima o Live 8, James Bartholomew publica um texto no Telegraph sobre o efeito de se financiar sistemas de ensino estatais e gratuitos no contexto africano. O texto também pode ser lido no seu site "The Welfare State We're In".
Professor James Tooley of Newcastle University has done a study of schooling in Africa and discovered something that will come as a surprise to many. There are a huge number of private schools there catering for the poor that do not appear in official statistics. They are not regulated and inspected or anything like that. Yet many extremely poor parents in the shanty town of Makoko on the Lagos lagoon in Nigeria make great financial sacrifices to send their children to them.###
The danger to Africa is that if Messrs Brown and Blair persuade other members of the G8 to give, say, $7 billion a year to Africa to promote free education, it will have an unintended consequence. Many of the poor parents who send their children to fee-paying, private schools will be tempted to send them to a vastly increased number of free state schools. In the process, the fee-paying schools will be driven out of business or dramatically reduced in size.
What's wrong with that, you might ask?
The problem is that the state schools are nothing like as good at delivering education as the private schools. Prof Tooley organised tests of 3,000 children at a random selection of state and fee-paying schools in Lagos. In every subject, children at the fee-paying schools did considerably better.
Os bancos HVB e UBS aconselham os investidores a venderam as Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas que possuem.
As taxas de juro de mercado não estão a reflectir a deterioração do risco de crédito do país, dizem os analistas do HVB. "As obrigações portuguesas estão sobrevalorizadas", num momento em que "Portugal enfrenta grandes desafios", afirma Kornelius Purps, analista do HVB, citado pela Lusa. Uma posição partilhada também pelos analistas da UBS "as OT estão excessivamente caras face ao seu risco de crédito."
Segundo o HVB, o diferencial das yields da dívida pública portuguesa face à referência alemã poderá quase que duplicar no próximo mês. O spread (custo de financiamento) das obrigações portu- guesas face às alemãs deverá aumentar dos actuais 8 pontos- -base para 15 pontos-base.
"Cuba irradia solidariedade" ou os efeitos da falta de vergonha
Entrevista de José Saramago disponível em resisitir.info.
Disse na Universidade de Havana que Cuba havia tornado possível a internacionalização da solidariedade... Isso é incrível. O mais puro, o mais autêntico, o mais desinteressado movimento de solidariedade nasce precisamente num dos países mais desprotegidos, mais pobres, que é ao mesmo tempo uma espécie de foco que irradia solidariedade de uma forma natural, espontânea, como se tivesse que ser uma consequência lógica de tudo quanto se passa aqui. Cada vez que há um movimento de solidariedade internacionalista começa em Cuba e vão para a Venezuela, vão e foram para África, para o Haiti. Não é necessário convocar a população cubana num referendo para ver se estão de acordo, ou não, com ir para a Venezuela, ou para o Haiti, ou para onde quer que seja, porque é justo; é como se este povo fosse solidário por natureza, mas também por educação, por qualquer coisa aprendida, porque a solidariedade também se aprende.
It is unlikely that anyone will believe the government's cost estimates for its pet ID card scheme after today's devastating report from the London School of Economics (LSE).
Just 24 hours ahead of a crucial Commons vote on the proposed ID card scheme, a panel of 14 professors at the LSE highlighted 10 potential pitfalls and concluded that the current scheme was "neither safe nor appropriate", and will cost double, triple or even quadruple the government's estimates.###
The main finding of the report, says the entire scheme, which has been budgeted at £5.8bn, is more likely to cost a minimum of £10.6bn and possibly as much as £19bn.
Once again the political clout of the school, which seems to be closely wired into parliament, Whitehall and the Bank of England, is being felt by ministers. No matter how loudly they protest, politicians and the public are going to believe, based on the school's track record of research, the LSE's £19bn figure rather than the government's own £6bn.
The strength of the LSE is that it is close to the political process: the present director Sir Howard Davies moved there from running the Bank of England and his place was taken by former LSE professor Mervyn King. The chairman of the Commons education committee, Barry Sheerman, sits on its board of governors, along with Labour peer Lord (Frank) Judd. Also on the board are Tory MPs Virginia Bottomley and Richard Shepherd, not to mention Lord Saatchi and Lady Howe.
After speaking with soldiers, sailors, and civilians who collectively staff the Joint Task Force - Guantanamo Bay, Cuba on my recent visit to that base, I left convinced that abuse definitely exists at the detention facilities. But not the slander and hyperbole about alleged mistreatment of the unlawful combatants confined there that we've all heard. There is far more serious abuse: the relentless, merciless attacks on American servicemen and women by these same terrorist thugs.###
Many of the orange jumpsuit-clad detainees fight their captors at every opportunity. They attack guards whenever the soldiers enter their cells, trying to reach up under protective face masks to gouge eyes and tear mouths. They make weapons and try to stab the guards or grab and break limbs as the guards pass them food. These terrorist prisoners openly brag of their desire to kill Americans. One has promised that if he is released he would find MPs in their homes through the Internet, break into their houses at night and 'cut the throats of them and their families like sheep.' These recalcitrant detainees are known euphemistically as being "non-compliant."
Yet these thugs are treated with an amazing degree of compassion: They are given ice cream treats and recreational time. They live in clean facilities, and receive a full Muslim religious package of Koran, prayer rug, beads, and prayer oils. An arrow in every cell points to Mecca. The call to prayer is played five times daily. They are not abused, hanged, tortured, beheaded, raped, mutilated or in any way treated the way that they once treated their own captives or now treat their guards.
Former intelligence officer Wayne Simmons asked those in charge pointedly why we would allow a book like the Koran - that inflames and reinforces the jihadist mentality - even to be distributed to these people. "Doesn't giving them a Koran simply add fuel to an ideological fire already burning out of control?" Simmons asked. Those in charge were visibly surprised at the question. "Giving them the Koran is simply something that we think we ought to do as a humane gesture," said second-in-command Brigadier General Gong. "We're Americans. That's how we operate."
Sobre o mesmo asunto, recomendo a leitura do post Guantanamera, de Luciano Amaral.
A maioria dos eleitores votou em Sócrates, depositando nele a esperança de encontrar vida além do défice. Os factos, como esperado, demonstraram precisamente o contrário. Vai daí, Sócrates inventou um sistema de, ‘puxando’ o défice para uns dramáticos e virtuais 6,83%, alertar o povo para a necessidade de salvar o Estado social. É assim que o nosso PM se apresenta. Como o homem que, mais que equilibrar as contas públicas, salvará as ditas conquistas sociais. As conquistas sociais de uns tantos (que trabalham para o Estado), mesmo que em detrimento de muitos e de mais uns poucos. Dos muitos que trabalham no sector privado e dos poucos que, por gostarem ou não terem outra alternativa, trabalham por conta própria.
Sucede que, ao seguir esta política, Sócrates, além de pôr a esquerda a defender os privilegiados, coloca-a também contra o sector mais dinâmico da sociedade. O governo de Sócrates vai ter esta marca: a do homem que, na defesa da sua tripulação, se inquieta com cada buraco, tapa impacientemente cada brecha e na aflição de quem agonia, anseia pelo fim da tormenta e que a barcaça aguente.
Acontece que a borrasca que é a globalização nunca mais vai acabar.
O PM canadiano declarou não pretender aderir à mais recente iniciativa de Bob Gelfod (que tem pressionado os países ocidentais a aumentar a sua ajuda a África).
Segundo ele a forma mais rápida e eficaz de ajudar os países pobres é acabar com os subsídios agricolas na UE e EUA.
Foreign aid is more than simply straight money. It's about trade
Ontem, no canal 1, o Brasil deu uma lição de bola. A todos os que, todos os anos, dizem que a Argentina, a Itália ou a Colômbia estão com "uma equipa fenomenal e um meio-campo de sonho". Todos ficámos saber o que significa o verdadeiro toque de bola.
Convocar eleições antecipadas na Alemanha não é fácil. Um das maneiras (já usada no passado por Brandt (1972), Schmidt (1982) e Kohl (1983)), é o Bundeskanzler pedir um voto de confiança ao Bundestag e convencer os membros do próprio partido a absterem-se ou votar contra.
Mesmo assim, o Bundespräsident (presidente da federação) pode ou não convocar as eleições. Terá de verificar se de acordo com a constituição há uma genuína falta de confiança ou perturbação do trabalho do governo. Outra opção que tem é pedir ao Bundestag que vote outro Bundeskanzler (pouco provável que a maioria SPD/Grünen tenha uma alternativa a apresentar).
Se o presidente federal dissolver o parlamento, os deputados descontentes com essa decisão podem recorrer para o Tribunal Constitucional para que este confira se de facto havia razão para a dissolução. O Die Welt reporta que há um número crescente de deputados da coligação que pretende fazer isso mesmo.
Um alternativa que provavelmente não será usada por Schröder é a sua própria demissão do cargo. O problema, para além da imagem de abandono que lhe traria, é que teria de esperar que o parlamento não conseguisse eleger um novo chanceler, para que houvesse novas eleições.
Um exercício possível é comparar este processo com o português e o que aconteceu o ano passado com a escolha, e posterior demissão, de um novo primeiro ministro suportado por uma maioria estável e qual o papel do nosso PR no processo.
O uso de “liberal” ou “neo-liberal” para descrever pejorativamente as auto-correções do Estado Social tem sido muito útil aos interessados na manutenção do regime. A identificação do liberalismo como uma simples tendência sádica para cortar e restringir, permite-lhes evadir a verdadeira questão levantada a partir das tradições liberais: a possibilidade de elaborar um outro modelo social, assente na responsabilização dos cidadãos, e não no arbítrio do Estado. Infelizmente, os elementos não-socialistas da actual classe política não estão dispostos a assumir os debates necessários para desfazer o equívoco. Resta apenas um pequeno número de comentadores que, com um estoicismo quase incompreensível, não se importam de ser insultados ou ignorados. É pena. Porque seria interessante podermos finalmente dispôr, no horizonte da nossa política, de um liberalismo que não fosse o Estado Social contrariado, mas o contrário do Estado Social.
Durante os próximos meses haverá uma quantidade infindável de contribuintes satisfeitos por terem a oportunidade de gastar um pouco mais nas suas férias de Verão. É um facto: a maioria dos contribuintes tem dinheiro a receber do Fisco (experimentem no simulador). E o mais curioso é que muitos não percebem que seria melhor ter de pagar IRS (o reembolso significa que o Estado lhes devolve, sem juros, dinheiro que cobrou em demasia).
Este é o objectivo do sistema de retenção na fonte do imposto sobre o rendimento: anestesiar a indignação do contribuinte face ao real montante de impostos cobrados.
Meses atrás vi, na SIC Notícias, uma reportagem do 60 Minutes, em que Dave Ramsey, locutor da rádio com um programa de aconselhamento financeiro, sugeria que a melhor forma de gerir as finanças pessoais é efectuar todas as transacções em dinheiro (eliminando todos os cartões). Segundo este, o uso de cartões não dá real percepção do montante gasto em cada compra:
When you spend cash instead of spending plastic, you spend 12 to 18 percent less... You know why? Because cash hurts. You don’t register the pain with plastic. I mean you go buy a stereo you start layin' out Uncle Benjamin on the counter you're goin', «Wait a minute. I want to think about this a minute.» Whoa!
Ou, usando um provérbio popular, o que os olhos não veêm, o coração não sente.
Hoje, com a retenção na fonte, o contribuinte não sente a dor de ver o dinheiro sair do seu bolso. Afinal, de que outro modo conseguiria o Estado confiscar mais de 50% da riqueza de um cidadão sem este lhe oferecer resistência?
Nota: obrigado aos insurgentes Miguel e AAA pela inspiração.
O Estado recorreu a diferente tipo financiamento da frota automóvel:
Os ministros da Presidência do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira e das Finanças, Luís Campos e Cunha assinaram em conjunto uma portaria que autoriza o aluguer de uma viatura durante quatro anos para utilização do Executivo, com custos que ascendem a mais de 75 mil euros.
O valor (1.562,50 euros/mês), em si, não é relevante para o aluguer operacional/renting de uma viatura topo de gama quando contabilizados a manutenção, seguro, carro de substituição, pneus, etc (confirmem aqui os valores).
O problema está descrito na seguinte frase:
Não especificando nem a necessidade premente que leva ao aluguer da viatura nem qual será o gabinete governamental que a vai utilizar.
Será que, com o aumento do preço do petróleo (incluíndo a nova taxa de IVA e ISP), o Estado planeia recorrer ao carpooling de ministros?
A maioria dos portugueses defende que faz sentido realizar-se um referendo em Portugal sobre o Tratado Constitucional Europeu. A conclusão é do Barómetro realizado pela Marktest para a TSF e Diário de Notícias.
(...)
Enquanto 47,3 por cento dos inqueridos opta pela manutenção do referendo sobre o tema, apenas 32,5 por cento acha que os chumbos da França e Holanda são suficientes para que a consulta em Portugal deixe de se justificar.
(...)
No universo global dos eleitores portugueses, a vitória vai, no entanto, para os indecisos. Mais de 39 por cento dos inquiridos nesta sondagem confessa que não sabe se é a favor ou contra a Constituição Europeia.
Dos que já têm um voto definido, o sim sai claramente vencedor: 36,6 por cento votaria sim, 22,8 por cento votaria não.
No âmbito de debate sobre os círculos uninominais, o António Amaral (não existe aqui nenhuma relação familiar...), do Arte da Fuga deu-nos indicação deste artigo publicado por Jack Straw, precisamente sobre as vantagens e desvantagens da representação proporcional.
O artigo é todo ele bastante interessante, mas saliento apenas algumas partes:
Those who favour PR must face this truth: you can have proportional voting, but you cannot have proportional decision-taking. (...)
Sobre os programas eleitorais que, mesmo vencedores, nem sempre se tornam, na representação proporcional, de governo:
The issue, then, is at what stage a coalition of votes and representatives coalesces into a bloc capable of making yes/no decisions. Under first-past-the-post, this transition takes place at the time of the election. In proportional systems, where no party can typically gain a clear majority of seats, the transition takes place after the election.
Parties may have set out their positions in their manifestos, but the document which matters is the coalition programme agreed behind closed doors after the election. So what voters see is not necessarily what they are going to get. This may also mean that parties' programmes are not subject to the relentless examination by opponents and media which ours are. (...)
### Sobre a aproximação eleitor e eleito:
Moreover, no PR system has the inherent democratic strength of single-member territorial constituencies. In the last fortnight, I may have been in Israel, Palestine, Iraq, Luxembourg and Brussels, but this week I am back in Blackburn. I cannot shuffle off my responsibility to someone else with whom I share the constituency, or - worse - with others on a regional or national list. I'm answerable and accountable: it's direct, in-your-face democracy, it's simple and it works.
Sobre as verdadeiras mudanças de governo e o rejuvenescimento ideológico dos partidos que perdem.
While the Free Democrats were in power in Germany for the 29 years to 1998, Labour was out of power for all but seven in the UK. In those dark days of opposition, most of us did not call for a new voting system to ensure that the electorate gave us a better answer the next time, but argued for a refreshed ideology and new policies to reconnect us with the electorate. It's been better for my party, and infinitely better for the country than the quick fix of PR would ever have been.
Receitas e despesas são rubricas independentes e só por acaso é que um erro de duplicação pode afectar da mesma forma receitas e despesas.
O que este erro combinado com esta explicação sugerem é que o governo primeiro definiu qual seria o défice e só depois fez as contas para que o défice batesse certo com as despesas e as receitas.
A Forbes apresenta um artigo cheio de exemplos de investidores que deslocalizam os seus investimentos da "velha Europa", para longe das barreiras impostas pelo seu modelo económico e social. Eis alguns parágrafos:
Five years ago policymakers gathered in Portugal and established the Lisbon Agenda, an ambitious set of proposals aimed at turning Europe into "the most competitive and dynamic knowledge-driven economy" by 2010. Yet growth on the Continent has instead been stymied by years of rigid labor laws, high taxes and welfare statism. So while China and the U.S. bump along at 9.2% and 4.4% annual growth, respectively, the 25 nations of the EU, collectively the world's largest economy, limps. What growth there is comes almost exclusively from new members in eastern Europe and the Baltics.(...)###
Germany, still struggling from problems associated with its 1990 reunification, is reeling from 20.5% unemployment in the east. In France unemployment is at 10%, with the buffeted government's growth aims hitting up against a public bent for socialist cushions; Morgan Stanley says "social unrest could become a serious issue" just ahead. And in Italy, already in recession, lawmakers are talking of dumping the euro altogether. So companies and investors are seeking their fortunes outside these slow-growth, high-cost neighborhoods.(...) The French National Institute for Statistics estimates that France has lost 1,000 jobs per year since 1995 to companies transferring operations to eastern Europe; more losses are expected. Rigid western European labor laws have forced companies to look for cost savings in Asia, too.(...)
Investors and economists say disinvestment will continue until European policymakers make radical changes in labor laws and corporate taxes.
Podemos aprender com o passado e evitar a repetição de processos indesejáveis. É hoje necessário declarar esta verdade amarga: é o destino da Alemanha [nos anos 30] que estamos em perigo de seguir. Se, a longo prazo, somos os criadores do nosso destino, de imediato somos escravos das ideias que criamos. Somente reconhecendo o perigo a tempo poderemos ter esperança de evitá-lo.
(...)
Poucos estão prontos a reconhecer que a ascensão do nazismo e do fascismo não foi uma reacção contra as tendências socialistas do período precedente, mas o resultado necessário dessas mesmas tendências. O importante é que, se considerarmos as pessoas cujas opiniões influem nos acontecimentos neste país, todas elas são em certo sentido socialistas. É porque quase todos o desejam que estamos marchando na direcção do socialismo. A questão está em saber aonde esse movimento nos levará.
O meus parabéns ao Luís Aguiar Santos por esta iniciativa.
Banning flag desecration flatters the desecrators and suggests that the flag of this great republic is a wee delicate bloom that has to be protected. It's not. It gets burned because it's strong. I'm a Canadian and one day, during the Kosovo war, I switched on the TV and there were some fellows jumping up and down in Belgrade burning the Stars and Stripes and the Union Jack. Big deal, seen it a million times. But then to my astonishment, some of those excitable Serbs produced a Maple Leaf from somewhere and started torching that. Don't ask me why -- we had a small contribution to the Kosovo bombing campaign but evidently it was enough to arouse the ire of Slobo's boys. I've never been so proud to be Canadian in years. I turned the sound up to see if they were yelling ''Death to the Little Satan!'' But you can't have everything.
O Grupo Amorim pretende construir em Setúbal um centro comercial "Dolce Vita" e já apresentou o projecto à câmara. No âmbito do negócio, o GA ainda compraria o antigo "Quartel do 11" (há muito abandonado) ao ministério da defesa por 1,7 milhões de euros para criação de um centro cultural. Também celebrou um acordo de patrocínio com o Festroia, permitindo expandir as actividades daquele festival de cinema.
Boas notícias? Seriam, se não fosse a versão actualizada do condicionamento industrial que se pode ler nesta notícia (Região de Setúbal Online):
O presidente da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal [José Landeiro Borges] está «surpreendido» com a intenção do Grupo Amorim de investir num centro comercial ao ar livre, na zona ribeirinha de Setúbal.(...)
«Nas reuniões em que estiveram presentes pessoas da Câmara de Setúbal e, inclusivamente, num debate que teve lugar há duas semanas para discutir o futuro do distrito, nunca se abordou tal questão», critica Landeiro Borges. Carlos de Sousa já tinha esclarecido que a associação de comerciantes ainda não tinha sido contactada, mas Landeiro Borges considera que tal procedimento «não é correcto», quando está em causa a aprovação de uma superfície comercial que terá, inevitavelmente, impactos no comércio tradicional local.
O presidente da associação de comerciantes quer agora inteirar-se do processo, para depois se pronunciar. Mas deixa antever que a posição da associação não será favorável à instalação do empreendimento.
O governo, depois de aumentar em 2% a taxa superior do IVA, prepara-se para intervir na livre fixação de preços. O objectivo será verificar se os preços não sobem mais de 2%. Será que o governo procura limitar a diminuição do consumo de bens mais sensíveis à variação de preços, ao limitar a subida (possível) de um dos factores da base de cálculo do IVA (preço * quantidade)?
Em mercados competitivos (como a grande distribuição), demonstra-se que não é necessária a intervenção do estado. Neste caso, com a vontade expressa de algumas das maiores empresas em não subir o preço (procurando manter as suas vendas e atrair os clientes dos concorrentes), e com isso aumentar as suas vendas, elas beneficiam os consumidores. Pelo menos aqueles mais sensíveis à gestão dos seus orçamentos familiares, aqueles com maiores restrições e que inteligentemente comparam preços. Os que estão dispostos a comprar produtos mais caros (por razões várias), não beneficiando da concorrência de preços, acabam por ajudar a aumentar a colecta do IVA.
Adenda: O resultado da reunião governativa sobre o tema foi a decisão de "estabelecer mecanismos de comunicação entre a direcção geral dos impostos e a inspecção geral das actividades económicas". Passam a usar o Messenger?
O Conselho directivo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa votou a propina mínima para o próximo ano, mercê dos votos dos estudantes, directos interessados, e de um funcionário, contra os professores e o próprio presidente do Conselho directivo, o qual pediu a demissão na sequência da decisão, por entender que deixa de haver meios para o funcionamento da Faculdade. Que País, este, onde os estabelecimentos públicos universitários são financeiramente governados pelos utentes e pelo pessoal administrativo! Por que espera o Ministro do Ensino Superior para fazer aprovar a revisão do sistema de governo das universidades, de modo a pôr fim a esta rebalderia?
Segundo o Diário Digital "Emídio Rangel prepara lançamento de novo canal de televisão". ER acha que há mercado para mais um canal em sinal aberto e procura investidores e patrocinadores.
Havendo acordo com estes últimos o projecto terá seguimento? Não necessáriamente. ER espera que o governo lhe conceda uma licença (talvez no início de 2007). As eminências da AACS terão (por certo) que dar o seu aval. Alguns milhares de requisitos e impressos e estudos terão de ser cumpridos/preenchidos/satisfeitos.
Perguntam vocês porque não se investe mais em Portugal. Ora bem...
Amnesty International calls Guantanamo a "gulag." Sen. Teddy Kennedy says he cannot condone allegations of near-drowning "as a human being." And Sen. Patrick Leahy calls it "an international embarrassment," as opposed to himself, a "national embarrassment."
On the bright side, at least liberals have finally found a group of people in Cuba whom they think deserve to be rescued.
Já mencionei, em forma de comentário a este ‘post’ do Bruno, a importância dos círculos uninominais como forma de prestigiar o papel do Parlamento e, consequentemente, fortalecer a própria democracia.
Um dos muitos argumentos contrários à adopção do sistema uninominal é precisamente a alegação que essa seria uma forma de, liquidando os pequenos, forçar a existência de apenas dois partidos políticos que alternariam, de forma rotativa, no poder. A representação proporcional (o modelo por nós adoptado), permitindo que vários partidos tenham assento parlamentar, daria uma maior pluralidade ao debate político.
Naturalmente, não concordo com este ponto de vista. Por três razões muito simples. Em primeiro lugar, nada confirma que o sistema uninominal liquide os pequenos partidos. Quem olhe para a realidade político-partidária inglesa encontra precisamente o contrário. A existência de inúmeros partidos políticos com assento parlamentar. Como se explica então esta confusão? É explicando-a, e pegando num dos muitos argumentos de Popper, que chegamos à segunda razão.
A representação proporcional não cria condições para o surgimento de vários partidos. Impede, isso sim (ou dificulta seriamente), que um deles consiga a maioria absoluta. E ao ficar em minoria, o partido mais votado torna-se refém dos pequenos partidos, não tendo outra alternativa que não seja aliar-se a estes ou governar de forma condicionada. Desta forma, os pequenos partidos (tantas vezes com uns meros 7% e 8% dos votos) acabam por deter uma influência e um poder muito superior ao que, fruto da mera contagem dos votos, deveriam dispor. O que os pequenos partidos temem, com o sistema uninominal, não é o seu desaparecimento, mas a sua irrelevância eleitoral.
Pergunta-se, neste caso, por que razão nada se faz para mudar. Existe a ideia (a meu ver errada) que a irrelevância eleitoral destes partidos conduz ao empobrecimento do debate partidário e que, dessa forma, apenas duas sensibilidades políticas estariam devidamente representadas no Parlamento. Tal não é assim. A explicação é simples e encontra-se na terceira razão que me leva a ser favorável ao sistema uninominal. ### O sistema uninominal permite a fácil existência de maiorias absolutas. Assim sendo, um governo não tem desculpas para os insucessos e fica com os méritos das boas políticas. O dia da eleição será, como o disse Popper, o Dia do Juízo. O tira-teimas. Quem perde, perde tudo, porque tudo está em jogo. Apenas um responsável está a ser julgado. A perder, o partido do governo é forçado a retirar todas as consequências da sua derrota. A renovação, não é apenas pessoal, mas também ideológica e será imediata, caso contrário, o regresso ao poder torna-se muito mais difícil e bastante mais lento. É desta forma que todas as sensibilidades políticas acabam por se ver representadas em qualquer dos partidos. Eles acabam por ser o espelho da sociedade, na medida em que são o fruto do seu julgamento.
Existem muitos outros argumentos (tal como impedir o esquecimento de certas zonas do país apenas porque não elegem deputados suficientes) favoráveis à adopção dos círculos uninominais, mas estes, julgo eu, vão ao encontro dos maiores mal-entendidos que existem nesta matéria. Seria muito importante uma verdadeira discussão, franca e despida de ideias feitas e pré-concebidas, sobre este assunto de forma a tornar a democracia mais clara e simples. O futuro dirá se tal pode vir a suceder.
O aumento da taxa de IVA pode afastar os investidores da zona franca da Madeira. A Associação de Profissionais do Centro Internacional de Negócios da Madeira fez as contas (via RR):
Partindo de 12 empresas que temos em 2004, em que foi cobrado 40 milhões, passava de 40 para 90. Fizemos uma projecção até 2007 em que poderíamos ter 74 empresas, o que daria uma receita em termos de IVA de 541 milhões de euros
Medina Carreira participou num debate organizado pelo CDS-PP e deixou algumas notas sobre o país (via RR):
"Como não vamos ter economia tão cedo corremos o risco, se não tratarmos do Estado, acabar por estoirar com o Estado porque, com a economia a crescer 1,3% anualmente, nós vamos falir antes de 2015", disse.(...)
Medina Carreira deixou várias farpas aos políticos, uma delas dirigida ao Primeiro-ministro: "É isto que me leva a não compreender que os partidos políticos concorram às eleições sem saber o Estado das finanças públicas. Isto são contas que se fazem em 10 minutos, com duas somas e duas subtracções".
Ao assistir ao programa 'Prós e Contras' ontem na RTP, deparei-me que hoje se dizem e ouvem coisas que há dois anos não havia coragem para dizer, nem para ouvir. A sociedade está tomar consciência do círculo vicioso em que estamos metidos. Começa-se a fartar. Falta pouco para o verniz estalar de vez. Ainda vamos ver a esquerda (e grande parte da direita portuguesa) a colar os cacos do que resta do Estado social.
É muito interessante e reveladora a obsessão de certaesquerda com os textos de João César das Neves. É possível que seja resultado de uma falta de exposição a pontos de vista divergentes da ortodoxia politicamente correcta mas seria provavelmente mais prudente que se começassem a habituar...
Adenda: sobre o mesmo assunto (ainda que não exactamente na mesma linha dos dois textos referidos), veja-se o post A preto e branco, de Pedro Mexia. (agradeço ao João Galamba a indicação)
Apesar de ter vencido mais uma vez por larga margem as eleições galegas, o PP de Fraga Iribarne ficou a um lugar da maioria absoluta, situação que possibilitará ao PSOE e ao BNG formarem uma coligação pós-eleitoral maioritária.
Los partidos derrotados en las recientes elecciones gallegas van a poder, dentro de la ley, sumar sus respectivos escaños y arrebatar el gobierno de la Xunta al partido que, con gran diferencia, ha sido el más votado en aquellos comicios.###
No hace tanto tiempo que en España la mayoría de los medios de comunicación tenían la sensibilidad de reconocer los efectos perversos que producía la posibilidad legal de que partidos diferentes, que no acudían coaligados, ni con un programa en común a las urnas, sumaran, tras las elecciones, sus representantes para desbancar del gobierno al partido más votado. No hacía falta que estuvieran al día de las críticas teóricas que expertos, como Sartori o, sobretodo, Popper, hacían del sistema proporcional, ni de los ejemplos que, como reducción al absurdo, se planteaban cuando se manifestaba la escasa legitimidad que entrañaba la posibilidad legal de que minorías extremistas se convirtieran, a pesar de su escasa representatividad, en el verdadero factor decisivo de la política de un gobierno.
Os Jovens do Bloco, movimento juvenil associado ao Bloco de Esquerda (BE), ensinam "técnicas de desobediência civil", num ‘workshop’, no âmbito de um acampamento que decorre entre 27 a 31 de Julho em S. Gião, na Serra da Estrela.
Depois de várias excelentes intervenções sobre finanças públicas, Medina Carreira terminou a sua participação no Prós e Contras defendendo um "neo-proteccionismo". Espero que não seja influência do ex-economista Paul Krugman.
o trabalhador português, funcionário público incluído, ganha mal e paga, quase sozinho, a totalidade das despesas de um Estado que lhe dá pouco, cada vez menos.
Convém explicar - a quem pouco percebe de Contabilidade - um simples facto: os funcionários públicos não pagam impostos!
Na folha de vencimento de um funcionário público (solteiro e sem filhos), com um contrato de trabalho que estipula o salário bruto de 1.000 euros, virá a seguinte informação:
Salário bruto: 1.000 euros
IRS (retenção na fonte - 10,5%): 105 euros
Caixa Geral de Aposentações (10%): 100 euros
ADSE (1%): 10 euros
Salário líquido: 785 euros
Ora, o Ministério que emprega o funcionário vai entregar os 105 euros retidos ao Ministério das Finanças, os 100 à Caixa Geral de Aposentações e os 10 à ADSE (ou ao Ministério da Saúde, não sei quem faz a gestão financeira).
Mas - para quem ainda não percebeu que estamos a falar exclusivamente de entidades estatais - estas operações são equivalentes a eu tirar dinheiro do meu bolso esquerdo das calças e colocá-lo no bolso direito. Tradução: o funcionário público não pagou impostos porque esse dinheiro já se encontrava, anteriormente, nos cofres do Estado. Ocorreu apenas um movimento contabilístico.
E se o dinheiro já estava depositado na conta bancária do Estado convém, então, descobrir quem o pôs lá: o contribuinte privado, pois claro!
Momento 1: Keynes desenhou a sua célebre metáfora de que a intervenção pública fazia crescer a economia, mesmo que à custa de dar emprego a quem abrisse buracos na estrada para empregar, em seguida, gente para os tapar. Quando o disse, este lorde britânico tinha razão – depois de 1945 a Europa tinha um problema sério de procura. Isto é, a economia precisava de oportunidades, pelo que mais valia que fosse o Estado a criá-las.
Momento 2: esta lógica económica pura gerou, porém, um desvio grave no destinatário – isto é, nos organismos públicos. Convencidos que tinham um papel chave na criação de dinâmica para a economia, engordaram as suas estruturas. Para cada decisão (supostamente necessária), criava-se um grupo de trabalho, responsáveis vários e técnicos no terreno. Ministérios surgiram apenas para cumprir esta função: gerar “procura”. Assim se criou o gordo Estado europeu.
Momento 3: para arrepiar caminho, viaje-se até agora, hoje. Ao aumentar os “custos de funcionamento”, Sócrates demonstra que não está a ser capaz de se libertar desta perversa visão de escolha pública – aquela que assenta o necessário esforço do Estado na economia na sua própria existência. Melhor: aquela lógica muito socialista de que os recursos gerados pelo esforço individual de todos podem reverter em grande parte para o tal esforço esclarecido do Estado – que trabalha para o bem comum. E não vale a pena agora recordar que os mercados já provaram ser capazes – sozinhos – de manter actividade económica muito considerável. O que importa é olhar o Estado, e a forma como ele se coloca perante os problemas.
NOTA: Neste editorial MAF faz uma merecida referência ao livro "O Que É a Escolha Pública?" de André Azevedo Alves (o "nosso" AAA) e José Manuel Moreira.
o Eng. Sócrates, tal como o Dr. Barroso, manda dizer que «não há alternativa». Ora, pode não haver alternativa ao controle do défice. Mas há alternativa aos meios que o Eng. Sócrates escolheu para controlar o défice. O Eng. Sócrates resolveu aumentar os impostos. Revela isto a coragem de quem acredita que o futuro do País deve estar na estatização da riqueza? Ou, pelo contrário, resulta da falta de coragem para encarar outro tipo de políticas, por exemplo, a redução das despesas? O Eng. Sócrates diz que não tem que adoptar a «agenda» dos outros. Pois não. Mas tem de explicar qual é, afinal, a sua verdadeira agenda. E seja qual fôr essa agenda, deveria ter dado aos portugueses uma oportunidade de optar, em eleições, entre essa agenda e as outras.
Não há dúvida que os vários lóbis homossexuais (de vária índole e através do mundo) conseguiram moldar, frequentemente, a linguagem de modo a que esta reflectisse as suas visões do mundo.
Só para esclarecer, nesta minha menção a "visões de mundo", não estou a falar neste caso concreto da chamada - erradamente - hipótese Sapir-Whorf (dessa falarei noutra altura e provavelmente no meu blog Humanae Litterae). Estou a falar da tentativa de controlar o pensamento através do controlo da linguagem que, aliás, é o fim último do totalitarismo que está presente no politicamente correcto.
Se há uma prova do que afirmo no primeiro parágrafo, veja-se o caso das palavras "homofobia" e "heterofobia" num dicionário português de referência como, por exemplo, o Hoauiss.
No primeiro caso, há as entradas "homofobia", "homofóbico, "homófobo". "Homofobia" é definida como "rejeição ou aversão a homossexual ou a homossexualidade".
Mas neste mesmo dicionário a palavra "heterofobia" (ou qualquer um dos seus derivados) nem sequer aparece. Se nem sequer no sentido etimológico do termo que seria qualquer coisa como "medo ou aversão irracional aquilo que é diferente" ou, num sentido mais estrito "medo ou aversão irracional ao sexo oposto", quanto mais no sentido de "rejeição ou aversão aos heterossexuais ou à heterossexualidade", que faria desta palavra o antónimo de "homofobia".
Só que a heterofobia como antónimo de homofobia existe mesmo, como se pode comprovar por esta acórdão do Cour d'Appel de Paris (tribunal com funções mais ou menos equivalentes a Tribunal da Relação) em que o Centre Gai et Lésbien de Paris é condenado, em recurso, não só por despedimento ilegal, mas ainda por assédio e tudo porque o empregado despedido era heterossexual.
Aliás, nos seus considerandos, o tribunal menciona mesmo um "tract diffamant, hétérophobe, sur lequel figurait également le salaire de la personne visée" (o empregado que foi despedido). Aconselho aliás a leitura do acórdão pois é bastante esclarecedora.
Tal como com o conceito de "racismo", em que há muita gente com dificuldade em entender que o racismo é de todas as cores e não exclusivamente branco (e quando reconhecem que há outros tipos de racismo arranjam logo uma explicação desculpabilizadora), a aversão ou a rejeição dos outros devido à sua orientação sexual também é uma estrada com dois sentidos.
Talvez seja altura de fazer uma correçãozinha nos dicionários.
Post scriptum. Aliás os meus Webster's e Petit Robert sofrem do mesmo problema.
Depois da indústria têxtil, eis que chega a vez da indústria do calçado reclamar medidas proteccionistas. Proteger-se de quem? Dos chineses, claro. (via Forbes):
Lithuanian shoemakers have teamed up with their Italian counterparts to petition the European Commission for protection from cheap imported footwear from China.(...)The European shoemakers planned to lodge their appeal 'quite soon' but filing the request could take longer if some other countries decide to join the appeal, Deltuva said, citing Portugal as a likely co-petitioner.
não sou leninista, (...) não sou comunista, (...) nem sou sequer marxista. (...) sou profundamente anti-castrista (...) não sou comunista
Estas declarações não são, para muitos, surpresa. Autodesignar-se leninista, estalinista, castrista, trotskista, marxista, comunista, etc é, hoje em dia, um tiro no pé para qualquer partido!
For almost five decades the United States has put in place a series of costly policies designed to force Cuba to dismantle its communist system. These policies have failed totally. Contrast this with Vietnam, also communist, where Washington has adopted a different approach, normalizing relations with its former enemy. While Vietnam remains a Leninist regime in many ways, it has opened up its society, and the government has loosened its grip on power, certainly far more than that of Fidel Castro. For the average person in Libya or Vietnam, American policy has improved his or her life and life chances. For the average person in Iran or Cuba, U.S. policy has produced decades of isolation and economic hardship.
(...)
I realize that it feels morally righteous and satisfying to "do something" about cruel regimes. But in doing what we so often do, we cut these countries off from the most powerful agents of change in the modern world—commerce, contact, information. To change a regime, short of waging war, you have to shift the balance of power between the state and society. Society needs to be empowered. It is civil society—private business, media, civic associations, nongovernmental organizations—that can create an atmosphere which forces change in a country. But by piling on sanctions and ensuring that a country is isolated, Washington only ensures that the state becomes ever more powerful and society remains weak and dysfunctional. In addition, the government benefits from nationalist sentiment as it stands up to the global superpower. Think of Iraq before the war, which is a rare case where multilateral sanctions were enforced. As we are discovering now, the sanctions destroyed Iraq's middle class, its private sector and its independent institutions, but they allowed Saddam to keep control. When the regime was changed by war, it turned out that nation-building was vastly more difficult because the underpinnings of civil society had been devastated.
Bem na linha do saudoso Guterres, parece que este governo socialista também tem dificuldades em fazer contas. Pelo menos é o que se pode depreender disto.
Leitura recomendada: Liberty or Equality, de Erik von Kuehnelt-Leddihn.
"He is a champion of Catholicism against Protestantism; of legitimate monarchy against King Demos; of ordered freedom against Nazis and Communists. He is an heir of the culture of the land long ruled by the great house of Habsburg - that political and cultural complex so foolishly fragmented by Woodrow Wilson and Herbert Hoover.
(...)
In these four hundred wise pages, Erik Ritter von Kuehnelt-Leddihn does not spare the sensibilities of humanitarians, positivists, heretics, egalitarians and fools."
Para quem não seguiu os recentes desenvolvimentos, sugiro a leitura desta troca de posts entre dois bloggers do Barnabé, Daniel Oliveira e Bruno Cardoso Reis (por ordem cronológica):
Um socialista olha para a realidade e vê que não vivemos no País das Maravilhas;
Uma resposta de avestruz com a habitual estratégia de contra-ataque: títulos inflamatórios (ou, por outras palavras, "pornográficos");
O outro publica um irónico contra-argumento mas, entretanto, comete - à luz do dogma bloquista - dois sacrilégios (aqui e aqui) e uma gaffe (pode-se pensar mas não se deve dizer);
O coordenador-político do Barnabé responde a quente e chama aquele de Bonifácio!;
Ainda não há baixas mas as moscas parecem adivinhar uma carnificina;
Num momento de lucidez volta-se à diplomacia e ao poder dos argumentos, exigindo-se um pedido de esclarecimento que, julgo, ser importante citar:
Cabe ao Daniel, e sobretudo ao PCP, ao Bloco e aos sindicatos que se opõem às actuais reformas, explicar que política económica é que propõem em alternativa e qual é a base das suas propostas. Este social-fascista veria com gosto uma economia que permitisse manter e até aumentar substancialmente salários e regalias sociais, não vejo é onde é que esse milagre económico se esconde.
Haverá genuína resposta sem os habituais truques de ilusão? Espero que sim. E, já agora, faço minhas as palavras do JM: "Juizinho! É mais fácil destruir que construir."
Adenda: infelizmente, o resultado da discussão foi uma baixa. Por vezes, nestes casos, tende a ocorrer um efeito dominó. Estará o Barnabé em vias de extinção? Talvez. Mas a blogosfera é um espaço liberal - qualquer um destes bloggers tem a liberdade de criar/participar noutro blog.
Este filme, escrito e realizado por Akira Kurosawa - e, mais tarde, adaptado para western n' Os sete magníficos -, retrata a luta de uma aldeia japonesa contra a tirania.
Os habitantes desta pequena comunidade agrícola são pessoas simples e incapazes de se protegerem contra quem, regularmente e cada vez mais, lhes rouba o produto do seu trabalho. Assim, contratam 7 profissionais da espada que, a troco de sustento alimentar, os ajudam a defender a sua propriedade.
Egoismo é uma das palavras mais abastardadas que existe, pois do significado defender o seu proprio interesse passou a entender-se defender o seu proprio interesse à custa/apesar do interesse dos outros ou do interesse colectivo. Significado este que pressupõe (erradamente em meu entender) que os interesses individuais são de soma nula. Para que o segundo significado estivesse correcto o egoista teria que ser absolutamente independente de todos os outros, o que obviamente não é, i.e. ao ser egoista comprometeria o seu proprio interesse logo de acordo com qualquer dos significados da palavra não seria egoista. Otario, burro, imbecil seriam palavras mais adequadas. Daqui, o problema que existe e a que o Manuel chama egoismo, é o hedonismo, o relativismo moral, a ideia de que não ha valores absolutos e até um certo nihilismo. O estar-se nas tintas para isto ou para aquilo. Nada disto tem que ver com o egoismo.
Numa familia minimamente funcional o interesse egoista de cada um dos elementos obrigatoriamente beneficia toda a familia. Ou seja, um pai/mãe ao proteger o interesse do(s) filho(s) é egoista: “O meu filho”, “O meu marido”, “A minha mulher”, “A minha familia.”; contribuindo para um “interesse colectivo” bem definido, egoista e voluntario. Um empresario que inicie um negocio, não o faz a pensar em qualquer interesse colectivo (e se o fizesse seria meio caminho para fechar a porta), fa-lo por puro interesse proprio (egoista ) e caso seja bem sucedido contribui para o bem estar colectivo – mais empregos, mais impostos, produtos melhores/mais baratos, etc. Ao assinar um contrato, nenhuma das partes esta (ou deve estar) preocupada com o interesse da outra. O que é certo é que se cada uma defender o seu proprio interesse, o resultado final não é de soma nula. Outros exemplos nos pontos 1 a 3 do post do João Miranda. O que não é possivel é conceber sequer que as pessoas defendam outros interesses que não os seus- entendido o egoismo desta maneira- resultando dai qualquer coisa de bom. Se este conceito de egoismo não for pacifico, por favor arranjem outra palavra. Ou o que é defender o interesse proprio sem estar preocupado com o interesse de terceiros, mas nunca à custa destes?
Nota: Manuel, nenhum liberal dos que ha por ai quer acabar com o Estado e acha que este não serve para nada, mas isso é outra discussão e muito mais facil.
Nota 2: O altruismo é uma palhaçada, a não ser que seja egoista, de outro modo não passa de ma-consciência ou obrigação moral.