A velhice
Quando entrei na faculdade, os líderes das associações de estudantes eram uns tipos muito mais velhos que por lá andavam. À medida que fui avançando nos estudos aquela ideia nunca se desvaneceu. Manteve-se, de forma inconsciente, na minha cabeça. 'Eles' eram sempre muito mais velhos que eu.
Agora, 8 anos após ter concluído o meu curso, quando vejo nas televisões os líderes das associações de estudantes a reivindicarem um sistema de ensino que, acredito eu, não saberão muito bem em que consiste, continuo com aquela sensação de ver uns tipos muito mais velhos que eu. Velhos, não apenas de cara, de feições, mas também de espírito, nas frases que utilizam e no modo como discursam. Esperam apenas receber e não encaram a possibilidade de dar algo em troca, já não digo à sociedade, mas a eles próprios, os principais interessados numa formação universitária.
Quando se olha para os estudantes não se vêem uns tipos com garra, mas uma geração cansada. Já quando estudava era assim, mas sempre pensei que ia assistir a uma mudança.
por André Abrantes Amaral @ 4/14/2005 11:47:00 da manhã
<< Blogue