A minha colher
nesta posta do Insurgente BrainstormZ a proposito desta do Paulo Querido.
O Paulo quase acertou uma. A inovação provém das necessidades criadas, de que é exemplo ao contrario o martelo que sem necessidade de utilização não é inovação nenhuma. No caso português é fácil de ver porque essas necessidades foram durante muito tempo maioritariamente do estado. Os entraves á concorrência por parte do Estado Novo impediam o aparecimento de novas necessidades por parte das empresas, ou seja se um restaurante não tem concorrência numa área assinalável, que estímulo, que necessidade tem de inovar e desenvolver novos métodos? Nenhuma. O Condicionamento Industrial é mais um exemplo, nestas condições, não existem necessidades que criem estímulos à inovação.
Infelizmente, continuamos com a aplaudida atitude estatal de proteger sectores, indústrias e empresas ineficientes (subsídios, favorecimentos fiscais, taxas alfandegárias, etc.) a quem é, por esse motivo, retirada a necessidade de inovar já que não necessitam manter-se competitivas para sobreviver. E como o Paulo indica a inovação depende da necessidade. Ao mesmo tempo estas medidas retiram também o incentivo de inovar aos sectores, industrias e empresas eficientes por, pelo menos, duas razões:
1. Os recursos (que são limitados) aplicados nas primeiras deixam de estar disponíveis para as segundas.
2. Distorcem o mercado e obrigam as melhores a um muito maior esforço e consumo de recursos (que poderiam ser destinados à inovação) para se manterem eficientes.
Não consta que o ábaco, a roda ou fogo - que postos em perspectiva, são capazes de não ter o que se lhe compare hoje em termos de inovaçao, não nasceram de incentivos do estado, mas da necessidade de indivíduos e da visão de “empresarios”. Como o Google, a Sonae, o BCP, a Apple, a Zara e tantas outras.
Para terminar, as guerras que são prerrogativa dos estados, ao incentivar inovação em determinadas áreas, travam-na noutras quem sabe mais prementes e rentaveis para a sociedade como um todo (what is not seen). A destruição não cria riqueza, destroi. Ver os links do BrainstormZ.
por Helder Ferreira @ 4/16/2005 02:23:00 da manhã
<< Blogue