Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
15.7.06
Da água para o vinho...
Dois dos principais aliados dos Estados Unidos para a invasão do Iraque mudaram de governo e passaram para as mãos da esquerda. Falo, naturalmente, da Espanha e da Itália. Devido à recente entrada em funções do novo governo italiano, é difícil dizer se Prodi seguirá, ou não, uma agenda "radical" à la Zapatero. Mas, até devido às difíceis condições da coligação vencedora, parece-me difícil que isso aconteça.
Mas, na política externa havia, pelo menos, uma semelhança: ambos prometeram na campanha eleitoral tirar as tropas do Iraque. É certo que a semelhança acaba aí: Zapatero retirou de imediato os soldados espanhóis, os italianos vão demorar a fazê-lo até ao fim do ano.
De facto, este Zapatero não tem cura... será que ele ainda não percebeu que Israel não tem apenas uma luta antiterrorista pela frente, mas uma luta contínua pela sobrevivência desde 1948. Em nenhuma guerra podemos, actualmente, querer matar civis inocentes. Mas os adversários de Israel visam, frequentemente (e, às vezes, exclusivamente), os civis israelitas (ver os atentados suicidas em restaurantes, cafés, autocarros). O Hezbollhah, tal como o Hamas e a Fatah, misturam-se com a população civil, escudando-se em inocentes, para tentarem evitar os ataques israelitas. Os inocentes tornam-se escudos humanos, conscientes ou inconscientes.
Enquanto Zapatero, tal como o seu amigo Chirac e outros dirigentes bem-pensantes europeus continuam a pensar nos árabes como "vítimas" quando ao longo dos últimos 60 anos foram quase sempre eles os agressores. Se calhar, eles desejavam que Israel nunca tivesse existido...
É incrível que, quando se fala de Israel, a RTP-N tenha tantos "lapsus linguae"(outro aqui). Ouço agora, no notíciário transmitido após o final da Volta à França, que os mísseis lançados pelo Hezbollah no norte de Israel causaram dois mortos entre os colonos. Entre os colonos? Que colonos?
Que eu saiba, as cidades israelitas do norte não estão naquilo a que se chama habitualmente "territórios ocupados" que são, como se sabe, a Cisjordânia e Faixa de Gaza (embora esta, antes do rapto do soldado israelita, estivesse já completamente desocupada). Por isso, nunca se poderia tratar de colonos. A não ser, é claro, que o pessoal da RTP-N siga a cartilha do Hamas que, como não reconhece Israel, considera que todo o território de Israel é território ocupado.
President Hosni Mubarak of Egypt had just disclosed publicly that he had worked out a prisoner swap with Israel and Hamas, but that ``other parties" he would not name forced Hamas to sabotage the deal. It can be assumed that Syria and Iran are the other parties, the two countries having signed a military cooperation agreement last month that Syria's defense minister described as establishing ``a joint front against Israel."
... ou, continuando numa de vox populi, "olha para o que digo, não olhes para o que faço" é que se pode concluir desta notícias do The Boston Globe:
PROVINCETOWN -- Town leaders here are holding a public meeting today to air concerns about slurs and bigoted behavior. And this time, they say, it's gay people who are displaying intolerance.
Para mim nem sequer é surpresa, aqueles que andam sempre com a palavra tolerância na boca, são frequentemente os mais intolerantes.
The program of liberalism, condensed into a single word, would have to read: property. – Ludwig von Mises
Há poucos domínios intelectuais onde o colectivismo seja tão passiva e acriticamente aceite como o que fundamenta doutrinas e políticas do "Ordenamento do Território" e do "Planeamento Regional e Urbano".
A incompetência do Estado para conceber, planear e gerir os assuntos económicos e sociais está praticamente demonstrada. Mas parece ser unânime a sua capacidade técnica, superioridade intelectual, autoridade moral e legitimidade ética para levar a cabo masterplans para "uso racional" da propriedade de cada um de nós.
Não é possível ao Estado "ordenar" o território ou "planear" o seu desenvolvimento sem poderes legais de expropriação, ou seja, de transferência da titularidade de propriedade privada para a esfera "pública". Na prática, estes poderes configuram uma transferência dos direitos de propriedade do indivíduo para o Estado. O direito à propriedade fica resumido ao direito de usufruto, manutenção e melhoramentos (condicionados a aprovação), e ao dever de pagamento de tributo fiscal.
Este é um feudalismo corporativo gerido por burocratas, políticos e profissionais do sector (engenheiros e arquitectos urbanistas ou "do território") e justificado pelos piores motivos— nunca pelo valor que a estrutura administrativa acrescenta aos proprietários, e consequentemente à sociedade, mas sim pelo condicionamento e apropriação de propriedade privada alegadamente utilizada para fins "anti-sociais".
Ideias estreitas Poucas coisas poderão irritar mais do que aqueles guias turísticos que anunciam sítios recônditos jamais visitados por alguém. Uma pessoa compra, digamos, o Rough Guide ou o Lonely Planet e lá aparecem as inevitáveis referências a “unspoilt spots” ou “pristine landscapes untouched by development” e coisas do género. Dado que o Rough Guide ou o Lonely Planet são consultados por milhões de pessoas, a partir do instante em que o “unspoilt spot” é por eles anunciado, logo o “spot” deixa imediatamente de ser “unspoilt”. Eu não falaria, portanto, de uma certa praia, não fora dar-se o caso de ter sido mencionada em grandes parangonas no Público de há dois dias atrás e logo pelas piores razões. É uma praia da ilha dita de Tavira. Chama-se Terra Estreita e caracteriza-se pelo facto de lá ir muito pouca gente, pelo menos em Setembro, quando eu lá faço férias. Não porque a praia seja má. Pelo contrário, é óptima. Mas porque a malta, com o seu apurado sentido gregário, prefere empilhar-se na praia ao lado, chamada do Barril.###
Para se lá ir, vai-se a Santa Margarida, entra-se no barquinho, que faz uma bela passeata pela ria, chega-se a um passadiço de madeira e faz-se um caminho ainda um pouco longo até chegar propriamente à praia. Nos últimos anos, a frequência tinha começado a aumentar. Nomeadamente, por causa de um belo hotel de luxo construído nas Quatro Águas, que trazia os seus clientes de barco para usar a Terra Estreita como uma espécie de praia privada. Mas nada de excessivo. Pois agora a Terra Estreita acabou. A praia foi concessionada a uma empresa que ali vai desenvolver um “conceito” a que chamou “Experience Beach” (eh lá!). O director da empresa tratou de explicar que “vai ser uma praia zen mas não uma praia VIP” (porra!). Vai haver cocktails exóticos, massagens, servidos depois de uma “chamada telefónica”. À tarde, vai haver jazz e cinema na praia. Citando o Público: “como o lugar é considerado um ‘santuário da natureza’, a empresa oferece também um conjunto de terapias destinadas a proporcionar o reequilíbrio das energias, seguindo métodos e técnicas orientais”. “Métodos e técnicas orientais…”, por amor de Deus. Mas porque é que não deixam certas coisas em paz? Ainda por cima com estas palermices... Antes uma barraca a vender umas sardinhas e umas fêveras, acompanhadas de sangria e cerveja, do que a idiotice das “técnicas orientais” e dos “cocktails exóticos”. Eu sei que é uma concessão. Mas concessionem-me a praia a mim, que eu junto-me com mais umas pessoas e pagamos para manter a coisa exactamente como estava. Assim é que era mesmo zen. E também não era VIP.
No blog The Volokh Conspiracy discutem-se as regras de acreditação dos cursos de direito, em certos estados dos EUA, pela American Bar Association [ABA - congénere americana da Ordem dos Advogados].
To my mind, the problem goes beyond the shortcomings of specific ABA standards. The real mistake is allowing an organization with a blatant conflict of interest to take over the accreditation role in the first place. As an interest group representing lawyers, the ABA has an obvious stake in limiting entry into the profession so as to decrease the competition faced by its members. One way of doing so is by restricting the number of accredited law schools, at least in the vast majority of states that require all or most aspiring lawyers to attend an ABA-accredited school in order to take the bar exam. We would not allow an organization run by Chrysler, GM, and Ford to set regulatory standards determining who has the right to sell cars in the United States. Requiring ABA accreditation for law schools is the exact equivalent in our industry.
(...)
Those state governments that require ABA accreditation of law schools have in effect appointed a committee of foxes to control access to their chicken coops. We should not be surprised if the foxes have taken the opportunity to gobble up some of the chickens. The really surprising thing is that so many people seem to accept the foxes' self-serving rhetoric that they are doing it for the benefit of chicken farmers.
O governo português resolveu isentar-se a si, às misericórdias e às associações sindicais e desportivas das penalizações fiscais que incidem sobre fogos devolutos.
Nada como complementar um lei iliberal com (mais) uma arbitrariedade.
Gosto da Dra. Odete Santos. Aliás, da Sra. D. Odete Santos (apesar dos calções vermelhos de lycra). Há nela uma descontracção ao dizer a maior “calinada” deste mundo sem medo, que me lembra o meu processo de aprendizagem de línguas (já pedi para me trazerem uma cerveja do fogão, em francês e já pedi uma garrafa de licor azul para comer, em alemão). O segredo está no sentido de humor, na capacidade de nos rirmos de nós próprios quando somos corrigidos. Não sei se a Sra. D Odete Santos o tem, mas se for esse o caso, tem a minha admiração
Declaro que estou de acordo com o Engenheiro Sócrates em muitas coisas. Desde logo, que neste país de fadistas esfarrapados com falta de grãos, confunde-se frequentemente quem é assertivo com arrogante. No caso do nosso PM, não o acho minimamente arrogante. Errado muitas vezes, mente frequentemente, omite mais ainda, mas acho que acredita genuinamente nos erros, mentiras e omissões e defende aquilo em acredita contra seja quem for, seja como for.### Vem isto a propósito da entrevista a Maria João Avilez, na SIC, há momentos. Disse que “como foi preciso diminuirmos a despesa naquele ano (2005), fomos obrigados a aumentar os impostos ”. É reler, não bate a bota com a perdigota. Dizia ainda que o Governo está a criar um bom ambiente para os negócios, a apostar na educação e no desenvolvimento tecnológico e que a partir daí a empresas que façam o seu trabalho. Quanto às duas últimas “apostas” (sempre achei piada ao termo escolhido), não faço ideia se é verdade ou não. No caso da primeira, é uma anedota. O pilar fundamental de um bom ambiente para os negócios é a Justiça. Não há volta a dar-lhe. Sem uma justiça célere e justa (perdoem-me o pleonasmo), não há negócio, contracto ou riqueza que resista. Não adianta nada do que for feito sem resolver o maior entrave que se põe a quem quer investir. Mais, não adianta criar uma empresa na hora se a atribuição de uma coisa como a licença de mudança de destino, demorar mais de seis anos (!!!). Não é conversa, é assim mesmo. O estado nunca será Estado enquanto não deixar de ser um factor de empobrecimento por via de uma burocracia feita de pequenos poderes, uma justiça que pura e simplesmente não existe e um sorvedouro de recursos espoliados e aplicados de modo discricionário e sem critério a não ser a satisfação de interesses espúrios.
Versou o Engenheiro Sócrates, omitiu e mentiu sobre o problema da Segurança Social. Disse que a proposta do PSD não faz sentido porque exige a emissão de dívida pública para financiar a fase de transição, dizendo que o que temos que fazer é diminui-la. Omitiu que o seu Governo conseguiu a proeza de aumentá-la em 2005. Mentiu quando disse que os países que seguiram a receita do PSD já se arrependeram e que no Chile, dado o fracasso, o Estado é agora obrigado a socorrer o sistema, devido ao facto de o pilar de capitalização privado conseguir reformas demasiado baixas. É uma mentira barbudíssima. O facto é que o novo governo chileno comunga das ideias socráticas, porque quanto à capitalização do sistema privado, funciona e bem. No Chile como na Suécia. Não se pode é esperar investir durante cinco anos e ficar rico.
Enfim, o Engenheiro Sócrates quer acelerar a modernização da sociedade, o que não passa de um eufemismo vulgarmente utilizado pelos adeptos da engenharia social que imaginam o Homem-Novo, a Sociedade Perfeita e que invariavelmente dão com os burros n’água.
Israeli Prime Minister Ehud Olmert referred to Hezbollah's strike was an "act of war" by Lebanon. "The Lebanese government, of which Hezbollah is a part, is trying to shake regional stability. We are already responding with great strength," said Olmert. The U.S. has directly implicated Iran and Syria (and by default, Mugniyah, their proxy). There are several motivations for Hezbollah's attack: Iran wishes to shift focus from their nuclear program to Israel; Syria Syria seeks an excuse to re-occupy Lebanon; Lebanon has been under pressure to disarm Hezbollah; Hezbollah wishes to gain prestige but striking at their hated enemy while providing assistance to Hamas; the destabilization of the nascent Lebanese democracy would be a blow to the U.S. democracy promotion program.
No ano passado Israel retirou de Gaza. Ouviram-se críticas por não ser suficiente. Hoje, Gaza é uma base para ataques a Israel. Ouvem-se críticas ao erro estratégico de Sharon. O Hezbollah, que participa no governo do Líbano, ataca Israel e este responde. O que se ouve? Que o governo de Olmert deveria ser prudente. A boa e velha prudência deve ser das palavras que mais significados tem...
O regime sírio está aflito e corre o risco de perder Beirute. O Irão tem de distrair as atenções que carrega há ano meio a esta parte. Hamas e Hezbollah anseiam por apoio na sua luta radical. Ainda alguém julga ser a Palestina o que está em causa?
Já agora. Quem se lembra do Irão e da sua famosa bomba?
The problem is that it was always a civil engineering project and not an economic project, and even when it started to run into problems they always said that it was a magnificent achievement
O Governo quer taxar as lâmpadas brancas e incandescentes.(...) São medidas previstas para financiar o Fundo Português de Carbono, criado pelo Governo para adquirir toneladas de CO2 no mercado europeu de emissões e que o Executivo tem à disposição para financiar projectos que compensem os excessos de emissão de gases com efeito de estufa.
O capital, que de início era de seis milhões de euros, deve passar a um máximo de 300 milhões para o período de 2008-2012, recorrendo a medidas como sujeitar a imposto as lâmpadas brancas ou incandescentes e aumentar a taxa sobre o gasóleo para aquecimento ao nível do imposto sobre os produtos petrolíferos.
Não será, no entanto, suficiente, pelo que terá de haver transferências do Orçamento de Estado para o Fundo Português de Carbono.
Bastiat poderia sorrir com mais esta história de imposição fiscal com base na luminosidade do objecto. Infelizmente eu, que tenho de pagar estas alarvidades, não tenho nenhuma razão para isso.
Sobre a boa vontade dos homens e as crises de amnésia
O Daniel Oliveira,alerta para a divisão das forças de Israel após o rapto de mais dois soldados israelitas, desta vez a norte do país. O truque é inteligente, mas falha num ponto que o Daniel parece esquecer: Israel está preparado para lutar em todas as frentes ao mesmo tempo. Só assim se explica a sua sobrevivência desde que a ONU votou a divisão da Palestina em 1947. O Daniel preocupa-se ainda com a iniciativa de Israel em avançar primeiro no ataque às posições do Hezbollah no Líbano. A fazê-lo, o Daniel demonstra não se ter ainda apercebido do segredo de quem combate em todas as frentes: A surpresa, ou utilizando a famigerada expressão, a guerra preventiva. Ao atacar os grupos terroristas, há o risco de se sofrer uma qualquer retaliação. É certo. Mas antes tê-los a responder, que a ter a iniciativa.
Há ainda no comentário do Daniel um detalhe divertido, mesmo que sempre previsível. Ele está na critica subliminar à estratégia israelita e consequente esquecimento do estratagema do Hamas. Este ano, o Partido Trabalhista de Amid Peretz (um sindicalista, forte apoiante de um Estado Palestiniano) entrou para o governo. Se assim é, por que razão surgem agora estes ataques? Nas suas pontuais crises de amnésia, o Daniel não reconhece que o Hamas ainda jura a destruição do Estado vizinho e que, enquanto assim for, não há paz possível. Por muito que o mundo se encha de boa vontade.
Após terem falhado as negociações com o Deutsch Bank, a Eurotunnel (o operador do túnel do Canal da Mancha) anunciou que irá activar o processo de falência.
Comentado este assunto, o presidente da empresa confessa "[não] perceber como é que uma instituição como o Deutsche Bank manteve uma posição tão irrazoável sem pensar no trabalho das 2300 pessoas e nos 800 000 accionistas do Eurotunnel".
Provavelmente estarão a pensar nos trabalhadores e nos accionistas do Deutsche Bank, digo eu...
A eurodeputada sueca Cecilia Malmström iniciou uma campanha de recolha de assinaturas contra a existência de duas sedes do Parlamento Europeu. Podem ler aqui e aqui excelentes razões para apoiar esta iniciativa (*).
Disparar, ou não, sobre um potencial bombista suicida? Condenar ou absolver um réu? Rejeitar, ou não, uma hipótese científica? Na actuação policial, como nos tribunais e na investigação académica, são inúmeras as situações em que a possibilidade de escolha é dual e onde existe incerteza relativamente à decisão acertada a tomar. Essa incerteza leva, inevitavelmente, à possibilidade de erro.
(...)
O facto de observarmos um erro não implica que a decisão tomada não tenha sido acertada – ou, se quisermos, a melhor possível no contexto relevante. Confundir isto é não perceber que a avaliação da justeza de uma decisão só pode ter em conta a informação conhecida no momento em que ela se dá. Uma pessoa pode ser presa preventivamente e mais tarde ver essa resolução alterada sem que haja qualquer incoerência. Basta que tenham surgido dados novos que, racionalmente, recomendem a sua revisão.
O PSD fez um pacto secreto com o governo e o PS. Apenas esta realidade pode explicar a inexistência de uma oposição capaz por parte do partido de Marques Mendes. Atentemos numa realidade muito simples: Ambos os partidos são maioritariamente compostos por quadros que pertencem e/ou vivem lado a lado com o Estado. Os dois sabem, melhor que ninguém, quanto dependem do voto da função pública.
Há dias, mencionando o artigo de Pacheco Pereira, publicado no Público, em que este sugeria ser a oposição liberal a única possível, aventei a hipótese de o PSD vir, a longo prazo, pagar caro a defesa de políticas de cariz socialista. Seria o preço de quem se omite da política. Qual quê. Na política não há lugar a ingenuidades. Tudo se pensa, tudo se prepara e nada é deixado ao acaso. Este PSD, com os militantes que agora o governam, nada omite, mas tudo faz para que pouco mude. Porque qualquer alteração das políticas públicas implicaria um terramoto no meio onde vivem. O PSD não peca por omissão. O seu pecado é o da acção, de quem age pela calada de forma a passar imune ao abanão que apenas se pode adiar.
Terror had a plan in mind as it visited Mumbai on Tuesday. The powerful explosions that killed at least 147 rush-hour commuters and tore apart seven local-train compartments were methodically executed to shock the country’s financial capital and hurl it into chaos. Unlike the 1993 blasts, aimed at the city’s institutions, 11/7 was meant to hit the people who represented the face of globalising Mumbai.The bombs — in all probability improvised explosive devices, the choice of terror groups in the past 10 years — exploded mostly in first-class compartments ferrying professionals and businessmen during the evening rush hour.
NEW DELHI: The terror attack on Mumbai trains was carried out by Lashkar-e-Toiba and local Students Islamic Movement of India (SIMI) activists and was designed to trigger communal conflagration in the country’s financial capital, intelligence sources said.
Justificar todo e qualquer desmando com os supostos erros das supostas medidas neo-liberais, parece o novo gospel da inteligentzia nacional. Ouvi há dias num debate da RTPn esta coisa extraordinária:
O neo-liberalismo está em colapso por todo o lado
Li ontem no Público esta outra (mais ou menos) a justificar a viragem à esquerda na América Latina.
As medidas neo-liberais não conseguiram diminuir as desigualdades.
São pouco preocupantes (ingenuidade concerteza) as motivações ou cegueira ideológica de quem diz e escreve isto. Os erros de facto, já são perigosos e indiciam má-fé, por serem cometidos por professores de Ciência Política e intelectuais respeitados. Como é sabido, as ideias têm consequências e corremos o risco sério que estas alarvidades se transformem em verdades indiscutíveis. ### Sabemos que a América Latina é a nova Utopia socialista dos deserdados da Terra, mas convinha que um módico de honestidade os levasse a evitar o branqueamento de décadas de ditaduras avulsas de esquerda e direita e a responsabilizar quem de facto foi e é responsável pela miséria extrema que ainda se vive em tantas regiões na zona. Mas não. A culpa, o fardo da pobreza é do neo-liberalismo ou das medidas neo-liberais. A Utopia socialista inalcançável em décadas de autoritarismos, colectivismos diversos e corrupção do Estado, devia ter sido alcançada pelas supostas medidas neo-liberais de Vicente Fox, ou FHC em seis anos, seis meses, seis dias, qual deus ex-machina. A destruição massiva das economias e das instituições perpetradas pelos colectivismos autoritários, as repetidas nacionalizações bolivianas, os Generais, Allende, Chávez, o Sendero Luminoso, Guevara, Castro, o comandante Marcos e o resto da cambada de criminosos que reduziram milhões de pessoas à miséria são completamente obliterados da história e sobra o culpado do costume: o neo-liberalismo ou as medidas neo-liberais. Restar-nos-ia perguntar: Quais medidas neo-liberais? Dir-nos-ão: As privatizações selvagens. Claro, basta que na boa tradição onanística do marxismo de bolso, os meios de produção não sejam propriedade do Estado e estamos perante o neo-liberalismo. E explicar os resultados das mesmas medidas em Hong-Kong, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Suécia, Irlanda, Singapura, Dinamarca ou mesmo no Chile quando comparado com resto do Continente? Não há medicamentos para a indigência intelectual? Para falarmos de liberdade económica ver aqui e pensar um bocadinho. Não dói.
[THE Scottish Parliament] triumphs have included the tokenist abolition of feudalism, the ban on hunting and on fur farming (non-existent in Scotland - they might as well have banned bull-fighting), the oppressive and confiscatory land "reform" laws and the smoking ban. This last measure signalled the Scottish Executive's determination to intrude ever further into people's lifestyles. The depth of the Executive's fanaticism was demonstrated by its refusal to allow smoking even on stage.(...)
Where is the benefit in privatising industries if people are nationalised? The link between an obese drinker huddled over a cigarette outside a Glasgow pub and the high-minded writings of such defenders of liberty as Friedrich von Hayek, Frederic Bastiat and Erik von Kuehnelt-Leddihn might appear tenuous. In fact it is very close.
Não sei porquê, mas depois de ler o texto, fiquei com a sensação de algo de semelhante se estar a passar por cá.
O Tribunal Europeu de Justiça (TEJ) anunciou hoje a decisão do "caso Edith Cresson". A principal acusação incidia sobre a contratação do seu antigo dentista, René Berthelot, para conselheiro científico responsável pela coordenação dos programas de investigação do HIV/SIDA. Recordo que Berhelot, que claramente não possuia qualificação para exercer o cargo, produziu em dois anos apenas 24 páginas de notas irrelevantes tendo recebido 150.000 euros.
Apesar de ter considerado provadas as acusações, o TEJ considerou que o veredicto é, em si, uma sanção suficiente. Cresson, que se arriscava a perder metade da sua pensão vitalicia (no valor de 42.300 euros por ano) "sofreu" apenas uma repreensão.
E, pelas mesmas razões, isente-se também o Sumol de Ananás!
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) entende que os prémios de presença e em função do resultado que os jogadores da selecção receberam pela sua participação no Mundial da Alemanha (no qual ficaram em quarto lugar entre 32 equipas) devem ficar isentos de imposto porque a Selecção contribuiu para a «divulgação e prestígio» do país.
62 das 232 comarcas judiciais existentes no país recebem anualmente menos de 500 processos. Paralelamente, apenas duas comarcas recebem mais de 400 mil processos.(...) O estudo [do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa] foi agora conhecido e serve de base ao Ministério da Justiça para começar a discutir a reorganização do mapa judiciário. Para se saber se vale a pena haver tantos tribunais, se a distribuição geográfica continua a fazer sentido, quando se sabe que é no Porto, em Lisboa e nos concelhos limítrofes destas duas grandes cidades que se concentra a grande litigância processual. Os dados são impressionantes. 69 por cento das comarcas (147 tribunais) recebem anualmente menos de dois mil processos. Dezoito por cento recebe entre dois a quatro mil e em oito por cento das comarcas judiciais a entrada de processos ultrapassa aos quatro mil por ano. Porto e Lisboa são as líderes de inquéritos entrados. Na primeira cidade, a média anual é de 102 mil inquéritos, na segunda é de 303 mil.
[Público] A necessidade de reorganizar os recursos que o estado afecta à Justiça, vai certamente ter a participação dos diversos grupos que têm interesses directos na área. Estou a falar de juízes, funcionários judiciais, advogados e last but not least, os próprios poderes políticos locais. Todos eles têm algo a defender em nome da sua actual posição ou visando a melhoria dessa mesma posição. Devemos estar atentos a este processo e ao modo como o governo promove a melhoria da eficiência e eficácia do sistema judicial.
Depois de ter terminado com o Vitriolica Webb’s Ite, a Lucy Pepper está de volta à blogosfera com o Blogzira. Actualizem os vosso links e passem por lá.