Segundo o Público, no discurso que irá proferir a 5 de Outubro, Sampaio defenderá que a "lei deve passar a considerar crime [o] enriquecimento cuja origem seja desconhecida".
Marques Mendes, o PSD e a arriscada política da senha
O Rodrigo Moita de Deus é bem capaz de ter razão (às vezes pode acontecer...) quando escreve que Marques Mendes já percebeu que pode ser primeiro-ministro por ter a "próxima senha". O que porventura Marques Mendes ainda não terá percebido é que, se quando chamarem pela sua senha apresentar ao balcão as mesmas políticas estatistas sociais-democratas que nos conduziram ao pântano actual, então correrá o sério risco de ter o mesmo destino que teve Santana Lopes e que já se antevê para José Sócrates. Como Marques Mendes é um político suficientemente inteligente para também já ter percebido isto, sou forçado a concluir que, ou está a privilegiar os interesses de curto prazo apostando em não anunciar rupturas e em esperar por uma degradação da conjuntura que o conduza ao poder (o que seria um erro lamentável de Marques Mendes), ou então que não há condições no PSD actual para defender outro tipo de políticas (o que seria grave para o PSD e para o país).
A comunidade insurgente aguarda com grande expectativa os comentários do LT sobre o Sporting-Halmstads assim como sobre os últimos desenvolvimentos da doutrina peseirista.
No seguimento desta oportuna reflexão do André Abrantes Amaral, o Instituto Insurgente de Sondagens (dirigido pelo LA), lança nova questão: Deveria Mário Soares desistir da sua candidatura a Presidente da República?
Será que, afinal, Tony Blair e a sua liderança trabalhista não são os liberais que os seus discursos mais recentes podem indiciar? Na sequência do pouco edificante episódio da expulsão e posterior detenção, ao abrigo de leis anti-terroristas, de um congressista (Walter Wolfgang, 82 anos) por se ter manifestado contra os argumentos que Jack Straw apresentava no seu discurso sobre a guerra no Iraque, surge o seguinte artigo no Telegraph:
This is a Government obsessed with "rights", but blind to any notion of liberty. Historic procedures such as trial by jury and habeas corpus are viewed almost with contempt by a Prime Minister who seems to regard them as the unloved relics of a bygone age, like fox hunting. The Government passes the Data Protection Act - supposedly to give us new rights to privacy - while it simultaneously lays the groundwork for compulsory ID cards, which would be the most intrusive peace-time legislation ever enacted, and would require all of us to submit unique biometric data to the state. As the Government has trampled on our liberties, it has enshrined spurious new rights under the Human Rights Act, now five years old.
Mr Blair (...) does not understand the simple notion of a liberal society, based on principles of the rule of law and of limited government. He must always tinker and control because - as a life-long politician with scant experience outside of that bubble - he cannot understand the simple human desire to be left alone.
O presidente do Conselho de Administração da Refer, três gestores da mesma empresa e um administrador da CP receberam ontem, no Ministério das Obras Públicas, o despacho de exoneração das respectivas funções por motivo justificado.
Recordo que a CP fechou o último exercício com capitais próprios negativos de 1.239 milhões de euros e prejuízos de 265,4 milhões de euros. Sendo uma empresa pública, estes resultados pertencem a todos os contribuintes. Perceba-se: são um encargo dos contribuintes.
Para além de ser mais uma organização para onde se podem fazer as nomeações convenientes aos governantes da época, o universo CP serve também para que o estado possa actuar de acordo com aquilo que entende ser a sua função de regular e dirigir a economia, como se vê no caso da expropriação das instalações da Bombardier. Numa altura em que o ministro Mário Lino discute com o seu secretário de estado quantos aeroportos vamos ter e o projecto TGV parece ter a luz verde para avançar, são estes os sinais da qualidade e formato da gestão pública que os supostos parceiros/investidores privados recebem.
Carmona Rodrigues deverá ser o futuro autarca da capital com uma vitória esmagadora sobre Manuel Maria Carrilho nas eleições de 9 de Outubro, caso se confirmem as intenções de voto dos lisboetas.
Numa sondagem conduzida pela Aximage através de 500 chamadas telefónicas efectivas aos residentes de Lisboa, Carmona Rodrigues obtém 39,9% dos votos, deixando o candidato socialista a 14,2 pontos percentuais. Carrilho tem 25,7% dos votos.
Lição nº1: Quem não establece metas não pode ser criticado por não as cumprir
O Executivo não vai apresentar o Programa Plurianual de Redução da Despesa Corrente conforme constava do Programa de Governo e tinha sido anunciado por Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças, refere o Diário Económico de sexta-feira.
SIC: "Nogueira Leite critica Santana Lopes e João Soares"
PortugalDiário: "Nogueira Pinto elogia Soares e Santana por realojamentos"
Nota: o texto de ambas as notícias é idêntico e pertence à Lusa. A candidata também é a mesma (Nogueira Pinto)! Sobre o conteúdo desta, recomendo a análise do My Guide to your Galaxy.
Criou-se uma instabilidade substancial que acentuou a crise na relação de confiança entre o Estado e a sociedade, com efeitos negativos na posição portuguesa face aos grandes desafios da Europa, no combate pelo crescimento e pela competitividade da economia, na solidez e prestígio das instituições democráticas.
A insustentável situação a que se chegou – e que certos comportamentos e reacções dos últimos dias só têm contribuído para confirmar – mostra que as tendências de crise e instabilidade se revelaram mais fortes que o Governo e a maioria parlamentar, que se tornaram incapazes de as conter e inverter. Neste quadro, que revelou um padrão de comportamento sem qualquer sinal de mudança ou possibilidade de regeneração, entendi que a manutenção em funções do Governo significaria a manutenção da instabilidade e da inconsistência. Entendi ainda que se tinha esgotado a capacidade da maioria parlamentar para gerar novos governos.
###Comunicação ao País de Jorge Sampaio lida a 10/12/04 anunciando a dissolução da AR e a convocação de eleições antecipadas.
A partir de Outubro, sete mil professores do primeiro ciclo do ensino básico vão ter mais formação em Matemática, no âmbito de um programa dos ministérios da Educação e Ensino Superior destinado a melhorar a qualidade de ensino da disciplina.
Quando não existe avaliação dos professores, é impossível recrutar-se os melhores. Solução? Dar formação a todos(?) os professores do 1º ciclo. Afinal, são apenas sete mil...
A Câmara Municipal de Odemira resolveu declarar o concelho como Território Livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e propôr-se a fazer tudo o que puder para impedir a sua cultura. A CMO argumenta, entre outras razões, que assim defende o concelho destas culturas "onde é mais importante o lucro desenfreado e imediato do que o uso racional do solo e a utilização de sementes naturais". A autarquia, através do seu presidente António Camilo, lamenta não poder fazer mais (via Diário do Alentejo):
Tal como os proprietários de terrenos podem optar por declarar as suas propriedades como zonas de não caça, também os municípios deveriam poder optar por declarar o seu território como Zona Livre de Transgénicos, proibindo este tipo de culturas.
Estou em crer que se tratou de uma declaração não devidamente reflectida do edil. Não me parece plausível que o autarca socialista advogue que a câmara municipal tenha direitos iguais aos dos proprietários sobre os seus terrenos, ao ponto de poder decidir da origem das sementes que aí se plantam.
Infelizmente, tenho a sensação que o lamento do autarca, de não poder impôr completamente a sua vontade, é comum a muitos governantes. No seu papel de planeadores e defensores do bem comum, muitas vezes actuam e legislam sobre matérias que só deviam depender das escolhas individuais e do exercício dos direitos de propriedade.
Eu viciei-me nos debates autárquicos da Sic Notícias e da TSF. Eu, confesso, sou um pervertido, que goza ante o espectáculo da miséria humana. Eu rio-me das fatiotas, sugeridas por ‘assessores’ que no expediente são seguranças de boîte. Eu rio-me das atitudes, que pretendem emular estadistas e resultam na absoluta emulação do patético. Eu rio-me das frases, maravilhosamente ocas e decoradas a custo para desarmar o adversário (“Ó sr. dr., não fique nervoso!”). Eu rio-me de um país que chegou a isto e que se calhar nunca disto terá saído. E depois rio-me de mim, por contemplar semelhante miséria sem um pingo de vergonha ou de esperança.
Trata-se, porém, do abismo autárquico, cuja essência é irreformável. O problema é que as próprias ‘presidenciais’ não prometem melhor. Dos caciques de província à ‘alta política’ vai um saltinho, que aliás as reacções à divertida candidatura de Manuel Alegre exemplificam. Jerónimo garante ir até ao fim, o que no PCP basta para constituir uma epopeia. O dr. Louçã acha que Alegre não possui a “raiva” (sic) necessária para combater a direita – se não tivesse Louçã, o Bloco com certeza recolheria o seu candidato num canil. E o dr. Soares, coitado, permanece no risonho mundo de 1986, entre a audácia de Zenha, as reviravoltas nas sondagens e uma esquerda fragmentada prestes a beatificá-lo.
Sobra evidentemente Cavaco, o dos silêncios, das estratégias e das ‘gestões’. E face à concorrência, Cavaco parece ser o mal menor na desesperada corrida a um cargo que ninguém sabe para que serve e ninguém concorda sobre para que deveria servir. Ao menos, a utilidade de um presidente de câmara não levanta quaisquer dúvidas. Perguntem em Felgueiras. Perguntem onde quiserem.
É preciso não esquecer, caro Rodrigo, que a National Interest já não é propriamente uma revista neo-conservadora. O comentário de Mearsheimer intitulado Realism is Right e publicado no último número, é bem esclarecedor. Não me parece, pois, que haja aqui grande capacidade de reinvenção.
O governo, Soares e seus apoiantes a mais um mandato presidencial, apelam ao optimismo dos portugueses como forma de ultrapassar a crise. Claro que tudo não passam de palavras ocas, sem qualquer significado e efeito.
Os socialistas têm um procedimento engraçado e, no mínimo, espirituoso. Repetem à exaustão que os cidadãos têm de ser optimistas, caso contrário viveremos sempre em crise. De acordo com o governo, os empresários têm de investir, os desempregados de montar negócio por conta própria, mas o Estado não desce os impostos, não controla a despesa pública, nem desregulamenta a economia. Afirmam os políticos (maioritariamente socialistas) que temos de arriscar, mas acrescentam sempre que o Estado deve regular o mercado indefinidamente desvirtuado e nunca em equilíbrio. Confiam e não confiam. Dão uma no cravo e outra na ferradura.
Para a classe política, o ónus está do lado da sociedade, mas o Estado regulamenta e intervém quando quer. Com um cenário destes não são precisos optimistas, bastam os inconscientes que por aí ainda investem.
Katrina and Rita demonstrate to a certain extent how both compassionate conservatism and welfare-state liberalism alike are uncompassionate. Inheriting from the neocons a basic philosophical comfort with the concept of the welfare state, compassionate conservatism - which also goes by "big government conservatism" - sees no pressing need to pare government down to its core functions. Traditional conservatism, on the other hand, considers a lean government essential to the task of fulfilling its core responsibilities.
A great many liberals in recent weeks have argued that conservative hostility to big government suggests we don't support agencies such as FEMA or fire and rescue services. This is nonsense. Every conservative I know wants firemen to put out fires. We don't, however, want firemen asking us how our marriage is going or lecturing us about how to be more "sensitive." A fireman can't put out the fires at my house if he's at your house giving you a big hug.
Ultimately, this is the core problem with all ideologies that try to make government an extension of the family. Welfare-state liberalism wants the government to act like your mommy. Compassionate conservatives want the state to be your daddy. The problem: Government cannot love you, nor should it try.
Love empowers us to do some things government must never have the power to do and other things the government can almost never do well. Parents are real social engineers. I can arbitrarily force my child to eat, play and dress as I see fit - all in the hope this will make her a better person. I can punish her for making choices that are perfectly legal and reward her for making giant strides that look tiny or invisible to those in government, and which are none of their business anyway.
O incómodo causado pelo extraordinário caso de sucesso que é o Blasfémias, apesar do ainda reduzido impacto da blogosfera nacional, é notório e não são por isso de estranhar as manifestações de mal estar que se vão sentindo, de forma quase sempre discreta, em vários círculos. Só é pena que as poucas manifestações explícitas desse mal estar sejam deixadas a cargo dos Paulos Queridos que mais não podem fazer do que oferecer-nos textos confrangedores como este.
O "tetra-desmentido" (segundo as asneiradas de alguns) Bjørn Lomborg será o orador principal na public lecture de 17 de Novembro da London School of Economics.
A maioria das empresas estrangeiras não tenciona estabelecer ou desenvolver a sua actividade em Portugal, segundo um estudo da Ernst & Young, divulgado hoje.
Isto apesar do 22º lugar de Portugal no índice do WEF. Serão os empresários portugueses mais sensíveis ao discurso do governo sobre a "confiança" quanto ao futuro?
Portugal ficou classificado em 22º lugar no índice de competitividade do Fórum Económico Mundial, subindo duas posições (via RR).### Via WEF:
The rankings are drawn from a combination of hard data, publicly available for each of the economies studied, and the results of the Executive Opinion Survey, a comprehensive assessment conducted by the World Economic Forum, together with its network of partner institutes (leading research institutes and business organizations) in the countries covered by the Report. This year nearly 11,000 business leaders were polled in a record 117 economies worldwide. The survey questionnaire is designed to capture a broad range of factors affecting an economy’s business environment that are key determinants of sustained economic growth. Particular attention is placed on elements of the macroeconomic environment, the quality of public institutions which underpin the development process, and the level of technological readiness and innovation.
O membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), Artur Portela, renunciou esta quarta-feira ao cargo em protesto contra a alegada pressão do Governo para alteração da metodologia de análise da renovação das licenças de televisão.
(...)
«O acto de um membro do Governo que convida o presidente de um órgão regulador - que é independente - para lhe dizer que as coisas devem ser feitas de certa forma e num determinado prazo, tem uma carga política», justificou.
A Portugal Telecom foi privatizada há alguns anos. Toda? Não! Uma participação dourada de irredutíveis acções estatais ainda resiste ao mercado. Mas eis que a Comissão Europeia resolve pôr em causa esta dourada posição accionista do estado português, duvidando da sua legalidade face às leis da UE. Liderada por um temível neo-liberal(*), a Comissão parece não gostar da interferância estatal na sua administração.
(*) Dizem as más línguas que ele teve, em tempos, poderes sobre essas acções da PT...
Por que motivo deve Soares desistir da presidência?
Soares deveria desistir da corrida a Belém, não pelo perigo de uma eventual derrota estrondosa, mas pelos riscos que corre que, se vencer, o marcarão para sempre.
Ao contrário do que se diz por aí, Mário Soares não tem receitas para os problemas actuais. Aliás, pouco percebe do que se passa. Soares é um homem que acreditou num projecto político e que o vê desmoronar-se de dia para dia. Acredita numa Europa que já não existe. O mundo mudou e são necessárias outras ‘armas’ para fazer frente à concorrência dos mercados (algo que aterroriza o ex-presidente). O mundo está completamente diferente do que era há 20 anos e ninguém espera por nós. Nem os EUA, nem a China, sequer a Índia. Ninguém espera. Nem por nós, nem por Soares. É preciso adaptar a Europa à nova realidade, não resistir. E resistir é tudo o que Mário Soares fará. Resistir e querer que o país o acompanhe no suicídio. Com Soares, ao fim de 5 anos tudo estará pior, confuso e mais pobre. O presidente fixe dos dois primeiros mandatos ficará na memória como um homem falhado.
Apenas a desistência o pode privar dessa desgraça.
O Governo está a fazer coisas difíceis na função pública e o PSD fala em "políticas anti-sociais". O Governo vai adoptar medidas ainda mais difíceis e Mendes assume-se o profeta da desgraça. Dá votos. Mas não é sério.
Desta vez são os sindicatos dinamarqueses que se queixam que os trabalhadores polacos estão dispostos a trabalhar por um valor inferior ao salário mínimo (EUobserver):
They argue that the Danish labour model is being undermined but their opponents believe that the Danish trade union model itself undermines the EU principle of freedom of movement.
No ano passado foram os suecos a queixarem-se dos trabalhadores letões:
Latvia's minister of finance Krisjanis Karins hinted in Swedish daily Dagens Nyheter last week that the Scandinavian collective agreements created artificially high pay levels.(...) "The service trade in the EU is limited, and it is a form of protectionism. If we should protect the Swedish model, we should look at the social model of the whole of EU", Mr Karins indicated.
«Com companhias de "low-cost" mais perto de Lisboa e o aeroporto na Ota o mercado da aviação ficaria distorcido», diz ao PortugalDiário o comandante Silveira Pinto, representante do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.
«O Sindicato é contra a criação de um aeroporto exclusivamente para companhias de baixo custo. No entanto, se esta estrutura fosse aberta a todas as companhias seria uma boa alternativa à Ota, uma vez que resolveria os problemas do aeroporto da Portela no que diz respeito a excesso de tráfego», explica o representante dos pilotos.
«Não defendemos a Ota como o novo aeroporto». «Antevemos uma grande confusão» caso os intentos do ministério forem concretizados. «As companhias recusar-se-iam a aterrar na Ota. Ficará mais barato aterrar em Lisboa e num aeroporto destinado às companhias "low-cost"».
Perante as duas opções prevê-se que o mercado prefira a proximidade. A não ser que a concorrência seja administrativamente cerceada não se permitindo que todos os operadores utilizem o aeroporto "low cost".
Neste último caso poderá ocorrer mais uma "perversão". Isto é, passageiros que normalmente não utilizariam as companhias "low cost" passam a optar por estas dada a distância entre os dois aeroportos e Lisboa.
China links attacks on police to new-found rights. A statement by the Public Security Ministry, quoted by the Beijing Youth Daily, pinned the blame on a growing awareness of people's rights and a resistance to heavy-handed authority.(...)
"The rapid growth of people's awareness of their own rights has caused them to resist management and led them to threaten and mob police," he added.
Lamentável, esta mania que os seres humanos têm de resistir às ditaduras e lutar pelos seus direitos...
O Grande Irmão zela pela nossa liberdade informativa
Novo instrumento de controlo da informação aprovado hoje na AR.
A liberdade e multiplicidade, que tanto eles dizem prezar, nos media se consegue não apertando o controlo mas removendo as barreiras administrativas que limitam a concorrência.
Ariel Sharon resistiu mais uma vez mas fica por saber se a retirada de Gaza, com as consequências mais ou menos previsíveis (dada a situação e postura da ANP) que se seguiram, não acabará mesmo por determinar o fim político de Sharon e o triunfo de Netanyahu no Likud.
Theory and History is primarily a critique of Karl Marx, his materialism, and his prediction of the inevitability of socialism. Marx attributes the creation of tools and machines, as well as the economic structure of society, to undefined “material productive forces;” Mises rejects this materialistic view; he points out that tools and machines are actually created by individuals acting on the basis of non-materialistic ideas.
This book discusses the theory of economics, i.e., the study of purposive human action, and with history, the record of the past actions of individuals. All actions are determined by ideas. Thoughts and ideas are “real things,” Mises writes. “Although intangible and immaterial, they are factors in bringing about changes in the realm, of tangible and material things.” Rather than rejecting the study of historical change as a “useless pastime,” Mises considers it of the utmost practical importance. “History looks backward into the past, but the lesson it teaches concerns things to come.” History opens the mind to an understanding of human nature, increases wisdom, and distinguishes civilized man from the barbarian. Moreover, historical knowledge is of the utmost importance in helping to anticipate and plan for the future.
Though Theory and History may not be studied as often as other, more popular Mises works, it provides great insight into Mises’s fundamental thoughts and is a fascinating exploration of human action.
Sabendo-se a situação de forte endividamento da generalidade dos municípios (incluindo o da capital), onde pensam os candidatos ir buscar os meios financeiros necessários? Quando é que as campanhas eleitorais locais deixam de versar exclusivamente sobre quem é que propõe mais projectos de despesa, para passarem a incidir também sobre as formas de a financiar?
Infelizmente, os eleitores (e órgãos de comunicação social) não exigem aos candidatos tal transparência. Mas, mais tarde, queixam-se do montante de impostos pagos...
Queixam-se que, com a alteração da lei, "a maioria dos representantes autárquicos tem decidido favoravelmente pela abertura indiscriminada de novos espaços comerciais" [1] e que esta não garante "a coexistência e o equilíbrio dos diversos formatos comerciais" [2].
[1] leia-se: já não tem poderes para limitar a entrada de novos concorrentes [2] leia-se: os consumidores preferem as grandes áreas ao "comércio tradicional".
Na entrevista do Die Welt a Ivan Miklos, o ministro das finanças eslovaco (antigo aluno da LSE...) define-se como um liberal clássico. Diz ele que a sua inspiração foi sempre Friedrich August von Hayek. O modo de regular uma comunidade de maneira a que a liberdade e a responsabilidade individual sejam fundamentais, qual o papel do estado na economia e das instituições privadas para desenvolver a prosperidade, são as perguntas a responder.
Ivan Miklos comenta também a situação alemã, a necessidade de reformas e a maneira como as implementar - depressa, evitando medidas avulsas, com coragem e determinação.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa [SCML] decidiu patrocinar a organização do Rali Lisboa-Dacar, podendo o apoio vir a ser da ordem dos cinco milhões de euros, soube o Expresso. (...) Esta iniciativa pode levar à criação, já em fase avançada de estudo, de um novo jogo, desta vez de apostas no desporto automóvel, com sucesso em vários países da Europa.
Recordo que, duas semanas atrás, a SCML interpôs uma providência cautelar contra o patrocínio da Liga de Futebol pela empresa betandwin. Para o efeito, alega-se que a lei portuguesa concede o monopólio dos "jogos de azar" à SCML, dado o teor social da sua missão:
A missão do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é clara:
Explorar os jogos sociais concedidos pelo Estado de forma eficiente, garantindo o cumprimento da política nacional de jogos, nomeadamente a preservação da ordem pública, contribuindo para a satisfação dos apostadores e criando valor a devolver à sociedade através do financiamento público das despesas de natureza social.
O patrocínio do Lisboa-Dacar deve ter a haver com um importante objectivo social. Mas ainda não percebi qual...
Adenda: na notícia do Expresso o valor de 5 milhões de euros refere-se ao patrocínio dos três anos de Lisboa-Dacar; via Blasfémias, confirmam-se os primeiros 1,5 milhões de euros.
El nuevo y el viejo PP -representados por Mariano Rajoy y José María Aznar- se unieron ayer para reivindicar la figura del liberal francés Raymond Aron (1905-1983) como raíz intelectual del centro-derecha español. En el acto de presentación del libro «Raymond Aron: Un liberal resistente», que ha editado la fundación que preside Aznar -FAES-, Rajoy aprovechó para sentar las bases del pensamiento liberal de su partido -con los referentes de Karl Popper, Friedrich Hayek y el propio Aron-, que trata de romper, según se encargó de recordar el presidente del PP, «el dominio de los resortes de la acción cultural que todavía retiene la izquierda tras la caída del Muro de Berlín».###
Ante los principales dirigentes del PP (al acto asistió la plana mayor del partido a excepción del alcalde de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón), Rajoy resaltó el trabajo de FAES -el laboratorio de ideas de los populares- al editar el libro, que ha coordinado José María Lassalle, uno de los principales colaboradores del líder de la oposición y que representa una de las caras renovadoras del partido. Durante su discurso, el presidente del PP rememoró la figura de Aron como un pensador heterodoxo «que se enfrentó al totalitarismo comunista cuando no estaba de moda hacerlo y que luchó sin desfallecer por la libertad y los valores del liberalismo cuando la izquierda los criticaba e impugnaba sin remilgos».
(...)
La obra de Aron sirvió a Aznar para defender la necesidad de estrechar los vínculos entre Europa y Estados Unidos. «En 1955, Aron se enfrentó a la ideología dominante en su libro «El opio de los intelectuales». Sus consideraciones se nos muestran hoy dolorosamente actuales: cincuenta años después observamos un pensamiento dominante que hace a Estados Unidos responsable de todo cuanto se detesta y busca levantar un muro entre nuestras sociedades. Precisamente, cuando más importante es que permanezcan unidas», ante la amenaza del nuevo fundamentalismo que representa la yihad». En la misma línea se pronunció Rajoy, para quien Rodríguez Zapatero es «un producto actualizado de aquella vieja obsesión antiamericana» que, mezclada con su «ignorancia», ha sido «explosiva» en el ámbito exterior. Precisamente, el acto sirvió al líder del PP para poner negro sobre blanco la apuesta internacional de su partido y para criticar la política exterior del Ejecutivo, por su «pasteleo y los numerosos errores» que, en su opinión, ha cometido en año y medio de mandato.
Discurso do presidente do Banco Mundial (pode ser lido na totalidade aqui), onde indica as bases necessárias para o favorecimento de um desenvolvimento económico sustentado nas zonas mais pobres do mundo (Independent):
We know that sustained economic growth is essential for development and reducing poverty. And, we also know that many of the drivers are not measurable in numerical terms. Because they are harder to measure, harder to predict and often harder to influence, there is a tendency to discount these factors as "soft".
That would be a mistake, because sustainable development depends as much on leadership and accountability, on civil society and women, on the private sector and on the rule of law, as it does on labour or capital. Perhaps the most important determinant for reducing poverty is leadership. And institutions of accountability such as civil society and a free press can help leaders listen, help to hold them accountable for results, and expose corruption.
Vinha hoje no carro (por sinal, um VW) a ouvir na rádio as reacções da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa à decisão da VW de não construir o seu novo SUV em Palmela (notícia a que O Insurgente deu o devido relevo já há alguns dias). O principal argumento do presidente da dita comissão era que a decisão era infeliz por ser, sobretudo, uma decisão "política" e não "económica". Os custos (particularmente os laborais) seriam muito mais elevados na Alemanha, mas, por razões "políticas", a VW tinha preterido a Autoeuropa. Eu estava habituado a ver as comissões de trabalhadores e os partidos representantes dos "mais desfavorecidos" manifestarem a maior repugnância pelo "economicismo", pela valorização exclusiva do "lucro", pela exclusiva racionalidade "económica" sem preocupações "sociais". Afinal parace que estava enganado e o neoliberalismo descobriu novos campeões. Só tenho uma questão para os meus novos companheiros: onde andam vocês o resto do ano?
Já explorei um aspecto do “pensamento criminoso” conhecido como a psicologia dos “direitos adquiridos”. Muitas pessoas – sejam ricas ou pobres – tendem a acreditar terem direito a algo em troco de nada, ou a comportar-se como se todo o mundo lhes devesse, e não o contrário. (...) Somos todos iguais aos olhos de Deus. Para lá disso, porém, somos completamente desiguais. Temos diferentes dons e limitações, diferentes genes, diferentes linguagens e culturas, diferentes valores e estilos de pensamento, diferentes percursos pessoais. Na verdade, a Humanidade poderia ser adequadamente designada como a espécie desigual. Aquilo que mais nos distingue de todas as outras criaturas é a nossa extraordinária diversidade, e a variabilidade dos nossos comportamentos. Iguais? Falando apenas na esfera moral, variamos entre demoníacos e gloriosamente angélicos. ### A falsa noção da nossa igualdade empurra-nos para a pretensão de pseudocomunidade – a noção segundo a qual todos são iguais – e quando essa pretensão falha, como tem de falhar se agirmos com o mínimo de intimidade ou autenticidade, conduz-nos à tentativa de atingir a igualdade através da força: a força da persuasão suave, seguida por uma persuasão cada vez menos suave. (...) A missão da sociedade não é a de estabelecer a igualdade. É, sim, a de desenvolver sistemas que lidem de forma humana com a nossa desigualdade – sistemas que, de forma razoável, celebrem e encorajem a diversidade.
M. Scott Peck, ‘O Caminho Menos Percorrido e Mais Além’ Sinais do Fogo, Lisboa, Maio 2005.
O candidato do PS à presidência da minha Junta de Freguesia promete, entre outras coisas, "desporto para todos" e "informática para todos".
Embora não consigam rivalizar com o Euromilhões que promete "dinheiro a rodos" estas promessas são tão desprovidas de conteúdo como o máxima hippie do "paz e amor". Têm o mérito de, pela sua vacuidade, não permitiram uma efectiva fiscalização por parte da eleitorado (o presidente pode sempre argumentar que comprou uma bola de futebol e um rato sem fios) e ajudarem a encher o folheto da campanha.
O aumento da taxa máxima do IVA de 19% para 21% afastou a gigante Norte-americana Yahoo! de se estabelecer em Portugal, mais concretamente na Região Autónoma da Madeira. Uma decisão que poderá ter como consequência a deslocalização de mais de 70 milhões de euros de receita fiscal que, caso a empresa se registasse na Madeira, entrariam nos cofres do Estado.
.Só haverá solução para o conflito entre Israel e a Palestina quando a legítima Autoridade Palestiniana destruir ou domesticar o ilegítimo Hamas. Enquanto não existir coragem para se falar disto, nada será feito. Qualquer Estado assenta numa premissa: monopólio exclusivo da violência. Estado X tem autoridade interna e externa devido a esse monopólio.
De facto, para perceber que nem sempre à "direita" estão melhor salvaguardados (embora devessem estar) o indivíduo e o liberalismo económico basta olhar para o triste espectáculo que, salvo honrosas excepções, nos oferece o actual CDS-PP (entre muitos exemplos recentes, vários dos quais em Lisboa, veja-se este oportunamente destacado pelo Rui A.).
O facto de as Noites à Direita serem uma iniciativa louvável, e onde o envolvimento de Luciano Amaral e Rui Ramos é garantia de credibilidade, não pode servir de justificação para que o que são manifestamente ideias e propostas socialistas passem por inovadores contributos liberais.
2 candidatos da extrema-esquerda. 2 candidatos da esquerda republicana, socialista e laica (apesar da deriva bloquista do Mário). 1 candidato do centro-esquerda (Cavaco dixit).
Quatro candidatos à esquerda, nenhum à direita. Ao centro, talvez um: Cavaco. Isto é deveras surpreendente, ou melhor, deveria ser; mas a julgar pelo que leio por aí, toda a gente acha isto normal. Toda a gente define Cavaco como o candidato "da direita", o que é um disparate tremendo. Quem se recordar dos seus governos - pensionistas e funcionário públicos generosamente aumentados - e quem tiver lido as suas memórias tira daí imediatamente o sentido. Evidentemente, como não virá ninguém da "direita", Cavaco lá terá de fazer o papel: quem não tem cão caça com gato.
Certamente que haverá pessoas que dirão, "pronto! lá vem mais dum dia europeu de qualquer coisa". Diga-se de passagem que, habitualmente também só muito desconfiado quanto a utilidade destes "dias mundiais/europeus/internacionais" de tudo e mais alguma coisa. Para além disso, pela sua profusão, parece-me que banalizam o conceito, o que leva a que, frequentemente, muita gente não os leve a sério, sendo apenas comemorado por aqueles a quem tal diz respeito, exceptuano uma ou outra manifestação mais pública.
Não sei se este Dia Europeu das Línguas chegará ou não a muita gente, aqui em Portugal praticamente não se fala (exceptuando algumas iniciativas localizadas)mas, de facto, na Europa Comunitária, o problema das línguas é um problema bem real. A Europa a 25 tem 20 línguas oficiais (e não tem 21 porque os irlandeses abdicaram do gaélico na Europa). Por aqui se pode ver que o orçamento comunitário para serviços de interpretação e tradução é absolutamente colossal.
Por isso várias pessoas na União Europeia já avançaram, não há muito tempo, com a ideia de impor apenas três línguas oficiais, que seriam o alemão, francês e inglês. Isto pouparia ao orçamento comunitário as centenas de combinações de línguas necessárias. É claro que se levantaram imensas objecções dos Estados não contemplados por esta lista mínima.
Já nos anos 70, este problema (com uma Europa a 9 a partir de 1973)já se colocava e um deputado belga avançou a ideia de fazerem do latim (sim! do latim) a língua oficial a partir do qual os documentos oficiais serão traduzidas para a língua dos estados-membros.
Mas, independentemente, destes problemas, eminentemente, mais políticos do que linguísticos, apenas queria deixar um conselho aos leitores: não acreditem na velha expressão popular de que "burro velho não aprende línguas". Isso pura e simplesmente não é verdade.
Além disso, os benefícios de se saber mais do que a língua materna e, de preferência, saber pelo menos duas línguas estrangeiras, são evidentes para a qualidade de vida de uma pessoa. O acesso a fontes de informações que de outra maneira estariam, frequentemente, inacessíveis, o acordar para outras realidades torna o nosso mundo um pouco menos paroquial.
O governo chinês aumenta o controlo da liberdade de expressão através da internet (via Guardian):
"The state bans the spreading of any news with content that is against national security and public interest," said a statement from Xinhua, the official news agency. The announcement called for blogs and personal web pages to "be directed towards serving the people and socialism and insist on correct guidance of public opinion for maintaining national and public interests"(...)
Banned phrases from news sites, blogs and instant messaging services include independence, democracy, Taiwan, Tiananmen Square, freedom and the Dalai Lama.
Aproveitando-se certamente de o CAA estar ausente em missao nos EUA, nos anuncios Google do Blasfemias aliciam-se os leitores blasfemos a frequentar "Hoteis em Fatima".
Ann Coulter explica por que deveria Bush ter nomeado Scalia para presidir ao SCOTUS:
Scalia deserved the chief justiceship. He's the best man for the job. He has suffered lo these many years with Justices Souter, Kennedy and O'Connor. He believes in a sedentary judiciary. He's for judicial passivism. Scalia also would have been the first cigar-smoking, hot-blooded Italian chief justice, which I note the diversity crowd never mentions.
But most important, if Bush had nominated Scalia, liberals would have responded with their usual understated screams of genocide, and Bush could have nominated absolutely anyone to fill Justice O'Connor's seat. He also could have cut taxes, invaded Syria, and bombed North Korea and Cuba just for laughs. He could even have done something totally nuts, like enforce the immigration laws. ###
(...)
Bush has already fulfilled all his campaign promises to liberals — and then some! He said he'd be a "compassionate conservative," which liberals interpreted to mean that he would bend to their will, enact massive spending programs, and be nice to liberals. When Bush won the election, that sealed the deal. It meant the Democrats won.
Consequently, Bush has enacted massive new spending programs, obstinately refused to deal with illegal immigration, opposed all conservative Republicans in their primary races, and invited Teddy Kennedy over for movie night. He's even sent his own father to socialize with aging porn star Bill Clinton.
Subiu para nove o número de islamitas detidos, esta madrugada de segunda-feira, na região de Paris, em França, devido a suspeitas de envolvimento na preparação de atentados terroristas em solo francês.
Apenas depois da 2.º GM foi incutido nos povos da Europa que a vida é fácil. A paz é perpétua e todas as dificuldades são umas chatices que (com enorme despeito) se infiltram nas nossas vidas e nos incomodam.
Até 1945 nada na vida (pelo menos para a grande maioria) era garantido. Nem o emprego, nem a habitação, sequer a vida eram favas contadas. Com certeza que não precisamos dos infortúnios do passado, nem tão pouco aceitá-los como comuns e banais. Sucede que partir do pressuposto contrário é um erro que pouco nos ajuda. A vida é incerta, difícil e apenas aceitando-a, tal qual ela é, poderemos ser os optimistas que Soares e Sócrates tanto nos pedem que sejamos. Isso e sorrir quando vemos uma tartaruga gigante nas Seychelles com um presidente da República sentado em cima.
Em resposta a um ataque de rockets do Hamas a força aerea israelita retaliou contra alvos na Faixa de Gaza. Aquilo que qualquer país consideraria um "acto de guerra" é considerado apenas um "incidente" dado que a vítima foi Israel. A "comunidade internacional" considera que Israel está a "escalar o conflito". À ANP ninguém se lembra de exigir que desarme os exercitos terroristas nem os impeça de atentar contra a segurança do seu vizinho.