Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
13.8.05
Tudo como dantes...
Eu sei que o Miguel já está de férias e provavelmente não vai ler isto. Mas, desde já, declaro-lhe a minha solidariedade. O seu Setúbal já está a perder devido ao árbitro.
Pelo lado do Benfica, isto é bom, começam a época oficial tal como acabaram a anterior: sob a protecção dos árbitros.
Eles lá sabem por que é que, para o Campeonato, não querem o sorteio. Afinal, com as nomeações estão muito mais seguros...
Post-scriptum: Escrevo isto com o jogo a meio, com o Setúbal a jogar mal, pelo que, provavelmente, até pode ser que o Benfica ganhe merecidamente o jogo. Mas, lá que este golo do Benfica foi obtido graças a um erro do árbitro, lá isso foi.
Percebo a relutância do Governo publicar os estudos de viabilidade económica dos projectos da Ota e TGV. Afinal, alguém os vai ler. Como aconteceu com o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Recomenda-se a leitura dos seguintes posts no Grande Loja do Queijo Limiano:
No Bloguitica um texto (com o título em epígrafe) de Álvaro Costa, professor associado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Leitura recomendada.
Mário Lino, ministro das Obras Públicas, em vez de passar o tempo a escrever demagógicos artigos de opinião, devia ler um texto que os socialistas muito prezam: a Constituição da República Portuguesa. Se o tivesse feito teria percebido que o Estado não deve esconder informação dos seus cidadãos:
São tarefas fundamentais do Estado: a)... ... c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais; ...
2. Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos.
Senhor ministro, como cidadão português venho por este meio requisitar a publicação dos estudos de viabilidade económica dos projectos da OTA e TGV.
Estratégia de negação: TGV e Ota. Resultado da estratégia de negação: O preço da periferia é ainda maior porque se investe dinheiro em projectos que não são rentáveis. Os agentes económicos agem como se Portugal não fosse um país períférico. A conta total dos custos de períferia aumenta.
Estratégia adaptativa: deixar o mercado funcionar. Resultado da estratégia adaptativa: Os agentes económicos desviam o consumo dos produtos com custos de periferia incorporados. Os agentes económicos descobrem formas inovadoras de lidar com a periferia.
"Novo recorde" e "máximo histórico" são termos normalmente usados pela comunicação social para descrever a subida dos preços do barril de petróleo. Neste tipo de notícias é evidente a ignorância da classe jornalística em relação aos efeitos da inflação. Recomenda-se, por isso, a análise do gráfico da evolução real do preço do barril de petróleo (da revista Economist), apresentado no Blasfémias.
Ou, por uma questão de coerência, os jornalistas têm de passar, também, a referir-se aos aumentos salariais como "máximos históricos"...
Comunico aos meus prezados leitores que estarei de férias nas próximas duas semanas. Não digo que não passe por cá para colocar um post mas é melhor não contarem com isso. Deixo aos restantes co-bloggers a tarefa de conduzir a isurgência.
PS: Não comecem já a festejar que a minha ausência é apenas temporária.
O Presidente Lula foi implicado directamente no "mensalão". Volta-se a falar em impecheament. O PT está imerso em escândalos de corrupção e está à beira da cisão. Lula aparece em queda nas sondagens
O ministro do Estado e das Finanças assumiu a total responsabilidade pela nomeação de Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), justificando a escolha por conhecer as qualidades e capacidades do ex-governante. Lembrou ainda que Vara é licenciado, em resposta às críticas de não possuir curriculum académico, e que tem uma ligação à Caixa há mais de 20 anos.
Não sei o que é pior. Se o espanto com a nomeações de políticos para empresas públicas se a tentativa do Ministro justificar com critérios técnicos uma opção política.
Mário Lino, como outros ministros antes dele, está convencido que a sua determinação é fundamental para o crescimento económico nacional. É por isso que não se incomoda de avançar para a Ota sem estudos rigorosos de impacto financeiro – a suposição é a contrária: a ausência de decisão será sempre pior para a economia do que uma má decisão.
O que coloca a questão no plano fundamental: enquanto o mecanismo de escolha pública se mantiver centrado na ideia de que é a existência de escolhas públicas – boas ou más – que traz dinâmica à economia, a importância da Ota ou do TGV (para um ministro) será sempre fundamental. E assim se explica este fado nacional: o Estado a engordar, a economia a enfraquecer.
O Ministro das Obras Públicas publica hoje um artigo no Diário Económico (...) [t]rata-se somente da vertente ambiental (...). Falta obviamente o estudo de impacto financeiro e económico da construção do novo aeroporto.
Editorial de Luciano Amaral no Diário de Notícias. Recomendo a leitura integral.
Uma teoria que vem ganhando curso ultimamente entre nós é aquela a que poderíamos chamar a "teoria do fundo". De acordo com ela, mais valeria agora deixar o País "bater no fundo", pois assim se tornaria evidente a necessidade de proceder às tais reformas drásticas que se diz serem necessárias. Não nego os méritos da ideia. Só que ela também suscita muitas dúvidas. Vendo bem, ninguém sabe muito bem onde está o "fundo". Será isto em que vivemos já o "fundo"? A verdade é que é perfeitamente possível cair no fundo e ficar lá bem enterrado. Ou até continuar a cavá--lo, tornando-o ainda mais fundo. Dois exemplos históricos ilustram o dilema a Grã-Bretanha nos anos 70--80 e a Argentina nos anos 50.
(...) Um saiu de lá, outro ficou. Os dois caminhos são possíveis. Portugal não vai seguir exactamente nenhum deles, mas no sentido em que "bater no fundo" não é suficiente para obrigar a reformar, havendo duas maneiras de lidar com o "fundo" (sair ou ficar), o dilema pode resumir-se na pergunta Thatcher ou Perón? Depois, é só escolher.
Governo escolheu a Ota sem estudo de viabilidade económica
Apesar da decisão política já ter sido tomada e anunciada, o Governo de José Sócrates ainda não realizou qualquer estudo de viabilidade económica quanto ao Aeroporto Internacional da Ota, sendo que, só agora, com o lançamento de um concurso público para a escolha de novo consultor financeiro, é que serão dados os primeiros passos nesse sentido.###
A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do jornal Público, que recorda ainda o facto do Executivo ter estimado em cerca de 6 a 8% o investimento estatal na Ota, mas ainda não existirem estudos que mostrem, por exemplo, que o envolvimento dos privados corresponderá às necessidades financeiras do empreendimento.
Apesar de já terem sido realizados 71 estudos parcelares, entre 1997 e 2005, onde foram gastos 12,7 milhões de euros (comparticipação da UE de 6,6 milhões de euros), apenas o que foi encomendado à Novolis (consórcio formado pelos bancos ABN e Efisa), se debruça sobre a avaliação económica do projecto Ota.
Ainda segundo o Público, que terá tido acesso a este documento, trata-se, no entanto, de uma análise muito superficial e mesmo desajustada do momento presente, não integrando sequer uma análise aprofundada da obra em termos dos custos e benefícios relativos.
Com a devida licença dos meus respeitáveisinterlocutores acho necessário intervir para repor a verdade histórica.
No capítulo 13º de "The Road to Serfdom" ("The Totalitarians in Our Midst" - Routledge Books 1ª ed 1944) Hayek transporta-nos até Alcácer do Sal onde, perante "o olhar frio do camarada controleiro que manuseava de forma displicente o arroz que tanto lhes custara a apanhar" vemos que esta herbácea nada mais é senão elemento na estratégia de dominação totalitária.
Já, no polémico "The Fatal Conceit" (Routledge Books 1ª ed 1998) Hayek revela-nos um insuspeito amor ao "arroz malandrinho" ("vai bem com os filetes" - cf. pp 103-105). Teria sido uma cedência do mestre ou (mais) uma traição de W.W.Bartleby III à memória de Hayek?
Terá sido também por esta altura que, numa publicação destinada a conservadores, aparece a grafia alternativa. "Hayeck Para Embuçados" intitulava-se a publicação. Simples gralha ou (mais uma) traição? O mal estava feito. Há quem nunca mais tivesse acertado com o nome do homem.
Apenas com a publicação do portentoso "Hayek's Challenge - an intellectual biography of F.A.Hayek" de Bruce Caldwell (University of Chicago Press 1ª ed 2004) conhecemos a verdade. Primeiro quanto à grafia: "Não" (cf cap3 "The Methodenstreit" pp 64-82). Por último quanto à sua pretensa arrozofilia: "'Tá bem..."(cf cap 13 "Rules, Orders and Evolution" pp 288-319).
Alberto, desculpa ter de corrigir-te. Faço-o, precisamente como pedes, por respeito ao mestre, mas sabes perfeitamente (vem no primeiro volume de Law, Legislation and Liberty) que se escreve arroz de mariscko (podes ver no índice remissivo).
Ao reler o excelente, e infelizmente intemporal, post Portugal arde, do João Miranda, ocorreu-me uma razão adicional para a proliferação de incêndios: o (quase) absoluto laxismo do Estado na identificação e punição dos incendiários, um laxismo que aliás é mais uma manifestação do desleixo a que são votadas as funções essenciais do Estado quando o seu âmbito de actuação se alarga muito para além do razoável.
Partilho a indignação, expressa por vários, acerca da atribuição aos U2 da Ordem da Liberdade. A desvalorização das ordens honoríficas não se resume, contudo, a este "incidente".
Desde que Mário Soares começou a atribuir condecorações "à dúzia" (e a personagens de mérito mais que duvidoso) que se desvirtuou o propósito das comendas distinguirem "...em vida ou a título póstumo, os cidadãos portugueses que se notabilizem por méritos pessoais, por feitos cívicos ou militares ou por serviços prestados ao País".
O "golpe final" foi desferido com a atribuição a Isabel do Carmo da Ordem da Liberdade. No seu fraco entendimento Sampaio deve ter achado que esta prestou "serviços relevantes (...) [na]defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação do Homem e à causa da liberdade". Desconheço quais os serviços prestados para além de incitamentos à guerra civil e atentados terroristas. E não me parece que estes fossem em prol da "causa da liberdade".
Depois disto ainda resta algum mérito à Ordem da Liberdade?
Segundo o Público online o MAI irá reformular a política de concessão de subsídios às campanhas de prevenção rodoviária:
A nova orientação do MAI, em particular a da secretaria de Estado dirigida por Ascenso Simões, é de deixar de conceder subsídios a associações e outras entidades privadas, bem como a câmaras municipais, para fazer campanhas de prevenção, numa lógica de entregar as verbas sem fazer uma avaliação directa dos projectos.
(...)
Os projectos serão avaliados caso a caso e, se for necessário fazer-se uma campanha de prevenção rodoviária, será realizada através da contratação directa de agências de publicidade, adiantou o assessor do MAI.
Nada tenho, à partida, contra a nova orientação do MAI. Aliás, tenho pena que o Ministério da Economia não siga o mesmo critério de "fazer uma avaliação directa dos projectos". É claro que os montantes a distribuir são, neste caso, um infinitésimo dos que o governo se propõe gastar na Ota e no TGV o que parece - na lógica do governo - isenta-los da necessidade de estudos.
Numa visita a Manteigas Francisco Louçã defendeu a adopção de políticas populistas, despesistas e ineficazes (normalmente "populista" já implica as restantes características).
Primeiro defendeu que "Portugal deverá comprar meios pesados em vez de os alugar a preços exorbitantes". Presumo que se refeira aos meios aereos. Vários estudos já referiram que a opção pela compra (que - para além do montante dispendido na aquisição - implica a sua manutenção e sub-aproveitamento durante a maior parte do ano) fica mais cara que o aluguer - mesmo a "preços exorbitantes - durante alguns meses.
Por último disse que o "Estado deve oferecer-se para comprar as terras, para haver quem cuide delas". Existe a tendência nos bloquistas (e nos estatistas em geral) para pensar que as tarefas desempenhadas pelo Estado são sempre mais eficientes e que não tem custos. A nacionalização das terras implicaria um aumento dos custos a suportar pelo Estado que teriam de ser obtidos por via fiscal. Aliado à natural ineficiência do Estado e ao desleixo com que costuma votar as suas propriedades o único resultado visível, desta política, seria o aumento de impostos.
Se queremos realmente "oferecer" incentivos à limpeza das matas privadas, porque não imputar o custo do combate aos incêndios aos proprietários beneficiados? Porque não responsabilizar o proprietário do terreno onde começou o fogo, e que se propagou a terrenos adjacentes, obrigando-o a indemnizar os restantes proprietários?(*)
(*) Estas ideias não são da minha autoria e foram sugeridas num recente jantar conspirativo.
Um estudo do EIRO analisou os efeitos do salário mínimo em 26 países europeus (infelizmente Portugal não foi incluido no estudo). As conclusões não são muito animadoras para os seus defensores.
(...) in a growing economy, the expected effect of a one-off increase in the minimum wage is to reduce the rate of growth of employment (and not to result in a lower level of persons working at the new minimum wage compared to the former minimum). However, a lower growth of employment will also have a detrimental effect on certain groups in society and the argument that minimum wages have had no adverse employment effects may well not be as valid as is sometimes claimed.
Whether the minimum wage protects low-skilled workers effectively is (...) much less clear. On the one hand, it guarantees minimum earnings. On the other hand, we can see that some countries differentiate the statutory minimum wage according to age and qualifications. There are eight countries with reduced rates for younger or less-experienced workers. This reflects the danger that a minimum wage may price low-skilled workers out of jobs. A minimum that is not calculated carefully is an obstacle to combating youth unemployment, which is a huge problem in most countries analysed in this study.
Finally, quite a few recent studies raise questions about the effectiveness of the minimum wage as an anti-poverty tool by demonstrating that the main beneficiaries of the minimum wage are employees in better-off households (...).
Interrogado por los periodistas, Raúl Reyes, líder guerrillero colombiano, admitió en su reciente visita a Venezuela que las FARC forman parte del llamado Foro de Sao Paulo. Veamos a que se refería:###
Después de la caída del Muro de Berlín en 1989 y del derrumbe del comunismo en la ex Unión Soviética, Fidel Castro decidió sustituir el apoyo que recibía del Bloque Oriental por el de una transnacional latinoamericana.
Aprovechando el poder parlamentario que tenía el Partido de los Trabajadores (PT) en Brasil, Fidel Castro convocó en 1990, junto con Luis Ignacio "Lula" Da Silva, a todos los grupos guerrilleros de América Latina a una reunión en la ciudad de Sao Paulo. Además del propio PT y del Partido Comunista de Cuba, acudieron al llamado el Ejército de Liberación Nacional (ELN) y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC); el Frente Sandinista de Liberación Nacional (FSLN) de Nicaragua; la Unión Revolucionaria Nacional de Guatemala (URNG); el Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional (FMLN) de El Salvador; el Partido de la Revolución Democrática (PRD) de México; y varias decenas más de grupos guerrilleros y partidos de izquierda de la región que se han ido sumando a lo largo de los años, como el Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) de México. Allí decidieron conformar una organización que se autodenominó el Foro de Sao Paulo.
Para dirigirla centralizadamente, crearon un Estado Mayor civil, dirigido entre otros por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge y Frei Betto; y un Estado Mayor militar, comandado también por el propio Fidel Castro, el líder Sandinista Daniel Ortega, y donde juega un rol importante el argentino Enrique Gorriarán Merlo. Gorriarán Merlo fue fundador del Ejército Revolucionario del Pueblo (ERP), y posteriormente del Movimiento Todos por la Patria (MTP). Gorriarán Merlo es el autor del ataque terrorista de enero de 1989 al regimiento de infantería de La Tablada, en Buenos Aires, donde murieron 39 personas; y fue quien encabezó la escuadra que asesinó a Anastasio Somoza en Asunción, Paraguay, en septiembre de 1980. Gorriarán Merlo también organizó la maquinaria militar del Movimiento Revolucionario Tupac Amaru (MRTA), el mismo que hace tres años y medio tomó la residencia del embajador japonés en Lima.
Inicialmente foi apenas anunciada a condecoração ao vocalista dos U2, Bono, conhecido pelo seu envolvimento em causa humanitárias, mas segundo o Palácio de Belém, todos os quatro membros do grupo vão ser condecorados.###
(...)
"Ao longo dos últimos 25 anos a banda aliou a sua exposição pública, obtida pelo sucesso musical, à defesa de causas humanitárias e dos direitos humanos", refere o Palácio de Belém em comunicado.
A Presidência da República destaca nomeadamente que na década de 90, o "seu envolvimento ao nível da dívida do terceiro mundo foi de relevante importância para o agendamento público desta matéria".
No seguimento do Comunicado do Comandante Miguel, o Grande Timoneiro procedeu à necessária revisão dos links na coluna da direita, por forma a indicar o caminho para o Miss Pearls, o novo blog da Miss Pearls.
Mais notícias sobre o "mensalão do Saddam" (como lhe chamou o Luciano Amaral) que tem sido, quase completamente, ignorado pela imprensa nacional.
THE UN inquiry into the oil-for-food scandal has concluded that the head of the world organisation's largest humanitarian program took almost $US150,000 (...) in kickbacks, most of it in stacks of $US100 bills.
Benon Sevan was accused of receiving the cash for steering Iraqi oil contracts to a firm run by a brother-in-law and a cousin of Boutros Boutros-Ghali, the former UN chief. The charge of outright corruption came in the latest report by the UN inquiry led by former chairman of the US Federal Reserve Paul Volcker.
The findings rocked the UN, where officials initially dismissed the oil-for-food scandal as a vendetta by right-wing US politicians angered by UN opposition to the war in Iraq.
Mr Volcker's findings suggest that Saddam Hussein's government was successful in effectively bribing the official in charge of the oil-for-food program for the entire six years of its existence.
(...)
The money came from oil sales by a Panama-based company, African Middle East Petroleum (AMEP), which was run by Dr Boutros-Ghali's relatives.
But the company was only able to get the contracts -- and pay the kickbacks -- because Iraq had allocated the oil to Mr Sevan.
The report found that Mr Sevan had conspired with AMEP's owner, Fakhry Abdelnour, who is a cousin of Dr Boutros-Ghali, and one of the company's officers, Fred Nadler, the brother of Dr Boutros-Ghali's wife, Leia.
(...)
A further report is due early next month on the business dealings of Kojo Annan, the son of UN Secretary-General Kofi Annan who succeeded Dr Boutros-Ghali in 1997.
Top UN officials fear for Kofi Annan's job after Mark Pieth, one of the Volcker panel, said that the Annan investigation would have "direct consequences" for the position of the UN chief
Estou inteiramente de acordo com a Miss Pearls na avaliação da estação do Oriente. Eu ainda sou do tempo (pouco moderno) em que as infra-estruturas eram construídas a pensar nos seus utilizadores...
O relator das Nações Unidas para o direito à habitação, Miloon Kothari, denunciou ontem, numa conferência de imprensa em Genebra, o "silêncio dos governos dos grandes países africanos" perante as demolições realizadas no Zimbabwe pelo Governo de Robert Mugabe. "Não compreendo como personalidades influentes como Nelson Mandela não digam nada" sobre as demolições de milhares de construções clandestinas, que terão afectado mais de 700 mil pessoas. "Quando se trata do Presidente Mugabe, estes assuntos são abafados", acusou o relator da ONU, defendendo que países emergentes, como a Índia e o Brasil, se pronunciem publicamente contra estas acções das autoridades do Zimbabwe, país que vive actualmente a sua pior crise económica e social desde a chegada ao poder de Robert Mugabe.
È perfeitamente natural. Verdadeiros "democratas" como Chavez, Lula, Castro ou Mugabe não podem ser alvo de criticas. Alguns "atropelos" à Justiça são desculpáveis, e inclusivamente necessários, em nome dos seus "nobres" ideiais.
Durante o passado fim-de-semana, assaltantes levaram da sede do Banco Central brasileiro, em Fortaleza, 3,5 toneladas de notas de 50 reais através de um túnel escavado por debaixo do cofre.
Não usei o termo "roubo de dinheiro" porque, para o banco central, tal não se aplica. Afinal, este pode sempre imprimir mais notas...
João Miranda estreou-se, em boa hora, a escrever na Atlântico com o artigo: A POLÍTICA ENERGÉTICA E A MENTALIDADE ESTATISTA. É de louvar a visão e sentido de oportunidade de Helena Matos. É aliás bem demonstrativo do triste panorama dos media nacionais que alguém como o João Miranda não tenha ainda uma posição com o destaque merecido a nível da imprensa (dita?) de referência.
Um texto patenteia o elevado nível de qualidade a que o João nos habituou e nele a argumentação a favor dos diversos subsídios à produção energética e às energias "alternativas" (não serão todas as fontes energéticas alternativas umas relativamente às outras?) é exemplarmente desmontada, quer numa perspectiva económica, quer numa perspectiva ambiental.
Fico no entanto com algumas dúvidas quanto à argumentação do João contra a energia nuclear assente na dificuldade de cobrir os riscos associados à actividade. Em primeiro lugar, porque um vasto conjunto de entidades estatais já intervém actualmente na produção de energia a partir dos combustíveis fósseis e porque é muito duvidoso que os riscos e os custos ambientais resultantes da operação dessas centrais se encontrem devidamente reflectidos nos preços. Em segundo lugar, porque o próprio problema de fazer reflectir no preço da energia "todos os factores de produção, incluindo os custos ambientais" é de aplicação bem mais complexa do que possa parecer à primeira vista. Desde logo, e sem entrar em grandes pormenores, seria necessário determinar quais os efeitos externos relevantes, como podem ser medidos e valorizados e a quem cabem os direitos de propriedade sobre os factores afectados. São questões difíceis, para as quais há várias (e frequentemente divergentes) respostas a nível teórico e prático mas que me parecem não permitir um rejeição tão liminar da energia nuclear.
Em tempo de recuperar, na medida do possível, leituras atrasadas, deparo-me com mais um artigo obrigatório de Rui Ramos, desta feita na Atlântico: COMPANHEIRO VASCO. CAMARADA CUNHAL.
Por coincidência, o general Vasco Gonçalves e o Dr. Álvaro Cunhal desapareceram na mesma semana. Foi como se até a morte os quisesse continuar a comprometer. Desde há trinta anos que os seus inimigos tratavam o líder do PCP e o chefe dos governos provisórios como duplos um do outro. A relação entre os dois foi a base do descrédito de cada um deles. Condenou Vasco Gonçalves ao inferno no Verão de 1975, e Cunhal ao purgatório nos anos seguintes. No caso de Vasco Gonçalves, a sintonia com Cunhal provava que não era, ao contrário do que dizia, o militar revolucionário, puro e sem partido que em Abril de 1974 fizera uma revolução para todos. No caso de Cunhal, o apoio a Vasco Gonçalves demonstrava que não regressara a Portugal para viver em democracia. Não admira, por isso, que os dois tivessem tido o cuidado de manter uma certa distância entre si. ###
(...)
Na morte, Cunhal e Vasco Gonçalves não tiveram o mesmo tratamento. A imprensa deu ao primeiro o destaque devido a um dos ídolos da tribo, enquanto o segundo foi discretamente deixado nas páginas interiores e segundas metades dos telejornais. Até o Estado preferiu pôr luto pelo chefe de partido, e esquecer o primeiro-ministro. É difícil escapar à sensação de que houve aqui uma injustiça, ou um erro. Os dois homens tinham oito anos de diferença entre si e curricula muito diferentes. Um fez carreira nas forças armadas do Estado Novo, e o outro foi um revolucionário profissional toda a vida. Em 1974, as inclinações políticas de um eram desconhecidas, e o outro estava muito claramente integrado na “diplomacia” subversiva da União Soviética. Mas faziam os dois parte do mesmo mundo, e um não se pode perceber sem o outro. Sem Cunhal, Vasco Gonçalves teria talvez passado apenas por excêntrico; sem Vasco Gonçalves, Cunhal seria hoje pouco mais do que um nome reservado para as mais minuciosas histórias do antisalazarismo. O “camarada” nunca teria existido sem o “companheiro”.
(...)
Como aconteceu a Costa Gomes, a rejeição de Mário Soares e dos outros políticos não deixou a Vasco Gonçalves alternativa ao carinho comunista. Ficou a viver entre bustos de Lenine, fotografias de Fidel e cravos vermelhos. O PREC também comprometera Cunhal, fazendo dele uma figura incompatível com uma democracia parlamentar de tipo ocidental. Não lhe restou outro recurso senão tentar descobrir novos Vascos Gonçalves, sempre convencido de que a democracia portuguesa não tinha de ser como as outras: procurou uma réplica entre os últimos conselheiros da revolução, e quase se convenceu que tinha encontrado um substituto no comandante que derrotara os “esquerdistas” em Lisboa, em Novembro de 1975. O eanismo foi o último esforço de Cunhal para dar influência ao PCP através de um militar patriota. Ficou assim provado que para ser “Vasco Gonçalves” nem era preciso deixar de ser anti-comunista. Em 1987, o colapso do eanismo, mesmo antes do Muro de Berlim, determinou o fim político de Cunhal.
Quando se nota que os seus “15 minutos de fama” duraram apenas o tempo que as forças armadas precisaram para retirar de África, é difícil escapar à suspeita de que o “companheiro” e o “camarada” foram apenas efeitos secundários de uma tragédia distante. Ao contrário do que se diz, a derrocada da URSS salvou Cunhal, ao torná-lo inofensivo. Aqueles a quem ele tinha assustado no auge do seu poder começaram agora a achar graça à sua falta de arrependimento. No funeral, todos disseram bem, um cenário absolutamente imprevisível em 1975. Cunhal, que não viveu como quis, pôde assim morrer como quis.
No passado Sábado, 6 de Agosto, fez 60 anos que os EUA lançaram a bomba atómica sobre a cidade de Hiroshima. Como complemento ao meu anterior post , aqui fica o seguinte diálogo:
General "Buck" Turgidson: Mr. President, we are rapidly approaching a moment of truth both for ourselves as human beings and for the life of our nation. Now, truth is not always a pleasant thing. But it is necessary now to make a choice, to choose between two admittedly regrettable, but nevertheless *distinguishable*, postwar environments: one where you got twenty million people killed, and the other where you got a hundred and fifty million people killed.
President Merkin Muffley: You're talking about mass murder, General, not war!
General "Buck" Turgidson: Mr. President, I'm not saying we wouldn't get our hair mussed. But I do say no more than ten to twenty million killed, tops. Uh, depending on the breaks.
Há umas semanas, em editorial com (...) título ["os nossos economistas"], interrogava-se um semanário de referência, sobre alguns dos nossos melhores economistas.
Reconhecem-se, lia-se no artigo, “carradas de razão nos diagnósticos que fazem e nas terapias que recomendam”. E os portugueses até acreditam neles. Então - era a pergunta -, qual será a razão pela qual não as aplicaram quando estavam no governo? Evitariam o buraco em que estamos agora metidos. Estranho mistério o deste País, concluía o artigo.
Não é mistério. É um erro comum. Comparar coisas não comparáveis. Os economistas em que cuja competência os portugueses acreditam são economistas em liberdade. Diferentes dos mesmos economistas quando passam a fazer parte de um governo. Economistas em cativeiro. Acontece com todas as espécies animais. Ficam diferentes. Quando se limita um exemplar de uma espécie, constrangendo-o, restringindo a sua liberdade, muda o comportamento. Tornam-se menos fecundos, menos criativos. Acomodam-se. Forçados a conviver com outras espécies. Algumas perigosas.
Com o fundamentalismo islâmico portas adentro, o Ocidente enfrenta hoje uma guerra cultural, como enfrentou os totalitarismos no século XX, e o multiculturalismo é um cavalo de Tróia, tal como a esquerda pacifista e marxista o foi no passado recente. Ou talvez continue a ser: muitos dos seus defensores são herdeiros ou são ele próprios órfãos de utopias cuja única ligação à realidade era o ódio ao liberalismo.
Mário Lino promete uma decisão definitiva sobre a construção do aeroporto da Ota para Outubro e só depois divulgará a informação considerada «pertinente e necessária» que consta dos inúmeros estudos já realizados sobre o projecto. O método é estranho e de utilidade duvidosa. Mas, pelo menos, é coerente com o processo de decisão deste Governo: decidir primeiro para analisar os estudos depois. (...) Esta maneira de fazer as coisas não inspira sossego, sobretudo quando recordamos que o actual primeiro-ministro foi o principal decisor político que levou o país a construir 10 estádios de futebol para o Euro 2004.
Foi José Sócrates quem defendeu a candidatura e os moldes em que ela foi apresentada. Foi ele, rodeado e aplaudido pela «inteligentzia» do futebol, quem garantiu ao país a necessidade de 10 novos palcos em vez de seis e quem colocou as suas mãos no fogo pela racionalidade da decisão.
Really a Platonic kiss, but it's claimed to be the Socratic technique so it'll sound more authoritative; however, compared to most strictly Platonic kisses, Socratic kisses wander around a lot more and cover more ground.
Segundo um estudo da Eurosondagem, para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, 42,5 por cento dos inquiridos mostraram dúvidas quanto aos investimentos e defendem que devem ser sujeitos a uma reavaliação; apenas 14,8 por cento entendem que a OTA e o TGV devem avançar e 31 por cento responderam que não.
E, mesmo assim, o Governo não publica os estudos de viabilidade dos referidos projectos...
Encontrei a mesma notícia do The Sun em publicações mais respeitáveis:
Bavarians are hot under the collar over an EU directive that will force their barmaids to cover up, supposedly to protect them from the sun.
Brewery owners, politicians and most of the women themselves have condemned the legislation as absurd, claiming the "tan ban", as it has been nicknamed, will destroy a centuries-old tradition.
(...)
Under the EU's Optical Radiation Directive, employers of staff who work outdoors, including those in Bavaria's beer gardens, must ensure they cover up against the risk of sunburn.
(...)
The new legislation, which is due to be voted on in the European parliament next month, was defended by Wolfgang Kreissl-Dörfer, a Bavarian MEP. He said: "Sun rays have become more aggressive and there has been a huge increase in the amount of skin cancer."
The directive was initially accused of outlawing bare-chested British builders.
But Britain opted out of signing it, arguing that it was up to employees and employers to use their common sense to guard against the sun.
Nesta notícia é desmentido que a directiva imponha directamente tais restrições mas diz que estas podem ser impostas pelas autoridades locais:
The EU Optical Radiation Directive was originally designed to protect employees who work with X-ray machines or hot industrial equipment.
The European Commission added an amendment including sunlight as another potential danger to be controlled.
An EU spokesman insisted that if the legislation came into force, there would be no need for anyone to change their clothes.
"These proposals are seeking to protect people working outdoors and exposed to the sun for long periods," he said.
"According to Cancer Research, there are 69,000 new cases of skin cancer diagnosed each year.
"What this calls for is employers to assess the risk of skin cancer and retina damage.
"The measures of how to do that and the measures to act if there is a risk will be decided at a local level - in the UK, for example, by the Health and Safety Executive.
Se ainda não eram eurocépticos com esta é garantido
THE EU has declared a crackpot war on busty barmaids — by trying to ban them from wearing low-cut tops.
Po-faced penpushers have deemed it a HEALTH HAZARD for bar girls to show too much cleavage.
And in a daft directive that will have drinkers choking on their pints, Brussels bureaucrats have ordered a cover-up.
They say barmaids run a skin cancer risk if they expose themselves to the sun when they go outside to collect glasses.
(...) it's bogus to make a distinction between human, civil and property rights (...). In a free society, each person is his own private property; I own myself and you own yourself. That's why it's immoral to rape or murder. It violates a person's property rights. The fact of self-ownership also helps explain why theft is immoral. In order for self-ownership to be meaningful, a person must have ownership rights to what he produces or earns. A good working description of slavery is that it is a condition where a person does not own what he produces. What he produces belongs to someone else. Therefore, if someone steals my computer, he's violated my ownership rights to my computer, whichI earned through my labor, and therefore my human or civil rights to keep what I produce.
Creating false distinctions between human rights and property rights plays into the hands of Democrat and Republican party socialists who seek to control our lives. If we buy into the notion that somehow property rights are less important, or are in conflict with, human or civil rights, we give the socialists a freer hand to attack our property.
As President John Adams (1797-1801) put it, "Property is surely a right of mankind as real as liberty." Adding, "The moment the idea is admitted into society that property is not as sacred as the laws of God, and that there is not a force of law and public justice to protect it, anarchy and tyranny commence."