13.8.05

Tudo como dantes...

SIRESP


(via Bloguitica)

Ota: uma questão de dimensão

Mário Lino, o inconstitucionalista

Artigo 9.º (Tarefas fundamentais do Estado)

São tarefas fundamentais do Estado:
a)...
...
c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais;
...


Artigo 48.º (Participação na vida pública)

1. ...

2. Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos.
Senhor ministro, como cidadão português venho por este meio requisitar a publicação dos estudos de viabilidade económica dos projectos da OTA e TGV.

Estratégias de negação

Problema: Portugal é um país periférico.

Estratégia de negação: TGV e Ota.
Resultado da estratégia de negação: O preço da periferia é ainda maior porque se investe dinheiro em projectos que não são rentáveis. Os agentes económicos agem como se Portugal não fosse um país períférico. A conta total dos custos de períferia aumenta.

Estratégia adaptativa: deixar o mercado funcionar.
Resultado da estratégia adaptativa: Os agentes económicos desviam o consumo dos produtos com custos de periferia incorporados. Os agentes económicos descobrem formas inovadoras de lidar com a periferia.
Estas e outras, no Blasfémias.

Máximo histórico?

12.8.05

É hoje!

A queda de um anjo

A campanha continua: "Uns patins para Mário Lino"

Radio Economics

O TGV irá desenvolver Portugal!

Últimas do Brasil

Há poucos com esse perfil

O ministro do Estado e das Finanças assumiu a total responsabilidade pela nomeação de Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), justificando a escolha por conhecer as qualidades e capacidades do ex-governante. Lembrou ainda que Vara é licenciado, em resposta às críticas de não possuir curriculum académico, e que tem uma ligação à Caixa há mais de 20 anos.


Não sei o que é pior. Se o espanto com a nomeações de políticos para empresas públicas se a tentativa do Ministro justificar com critérios técnicos uma opção política.

[fonte: Diário Digital]

11.8.05

From intelligent design to intelligent foreign policy?

Acordos público-privados e o projecto da Ota

Sobre os efeitos de uma concepção errónea dos mecanismos de escolha pública

Mário Lino, como outros ministros antes dele, está convencido que a sua determinação é fundamental para o crescimento económico nacional. É por isso que não se incomoda de avançar para a Ota sem estudos rigorosos de impacto financeiro – a suposição é a contrária: a ausência de decisão será sempre pior para a economia do que uma má decisão.

O que coloca a questão no plano fundamental: enquanto o mecanismo de escolha pública se mantiver centrado na ideia de que é a existência de escolhas públicas – boas ou más – que traz dinâmica à economia, a importância da Ota ou do TGV (para um ministro) será sempre fundamental. E assim se explica este fado nacional: o Estado a engordar, a economia a enfraquecer.

Sobre a morte de jornais e a amputação de citações

Também reparou nisso?

O Ministro das Obras Públicas publica hoje um artigo no Diário Económico (...) [t]rata-se somente da vertente ambiental (...). Falta obviamente o estudo de impacto financeiro e económico da construção do novo aeroporto.
Vital Moreira no Causa Nossa

Que a ti no te gusta el TGV?

"O aeroporto vai ser ali"

Thatcher ou Peron

Uma teoria que vem ganhando curso ultimamente entre nós é aquela a que poderíamos chamar a "teoria do fundo". De acordo com ela, mais valeria agora deixar o País "bater no fundo", pois assim se tornaria evidente a necessidade de proceder às tais reformas drásticas que se diz serem necessárias. Não nego os méritos da ideia. Só que ela também suscita muitas dúvidas. Vendo bem, ninguém sabe muito bem onde está o "fundo". Será isto em que vivemos já o "fundo"? A verdade é que é perfeitamente possível cair no fundo e ficar lá bem enterrado. Ou até continuar a cavá--lo, tornando-o ainda mais fundo. Dois exemplos históricos ilustram o dilema a Grã-Bretanha nos anos 70--80 e a Argentina nos anos 50.

(...) Um saiu de lá, outro ficou. Os dois caminhos são possíveis. Portugal não vai seguir exactamente nenhum deles, mas no sentido em que "bater no fundo" não é suficiente para obrigar a reformar, havendo duas maneiras de lidar com o "fundo" (sair ou ficar), o dilema pode resumir-se na pergunta Thatcher ou Perón? Depois, é só escolher.

"Uns patins para o Ministro Mário Lino"

Escutem atentamente: "vocês já viram os estudos"

Governo escolheu a Ota sem estudo de viabilidade económica

Apesar da decisão política já ter sido tomada e anunciada, o Governo de José Sócrates ainda não realizou qualquer estudo de viabilidade económica quanto ao Aeroporto Internacional da Ota, sendo que, só agora, com o lançamento de um concurso público para a escolha de novo consultor financeiro, é que serão dados os primeiros passos nesse sentido.###

A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do jornal Público, que recorda ainda o facto do Executivo ter estimado em cerca de 6 a 8% o investimento estatal na Ota, mas ainda não existirem estudos que mostrem, por exemplo, que o envolvimento dos privados corresponderá às necessidades financeiras do empreendimento.
Apesar de já terem sido realizados 71 estudos parcelares, entre 1997 e 2005, onde foram gastos 12,7 milhões de euros (comparticipação da UE de 6,6 milhões de euros), apenas o que foi encomendado à Novolis (consórcio formado pelos bancos ABN e Efisa), se debruça sobre a avaliação económica do projecto Ota.

Ainda segundo o Público, que terá tido acesso a este documento, trata-se, no entanto, de uma análise muito superficial e mesmo desajustada do momento presente, não integrando sequer uma análise aprofundada da obra em termos dos custos e benefícios relativos.


[fonte: Diário Digital]

Calimero

10.8.05

Ponto de ordem

Excelentes notícias

Segurem-se, que agora é que isto vai acelerar!!

No melhor arroz cai a nódoa

(batatas) A murro

Re: Portugal arde

Democracy is coming...

Quanto vale a Ordem da Liberdade?

Estudos: uma questão de escala?

A nova orientação do MAI, em particular a da secretaria de Estado dirigida por Ascenso Simões, é de deixar de conceder subsídios a associações e outras entidades privadas, bem como a câmaras municipais, para fazer campanhas de prevenção, numa lógica de entregar as verbas sem fazer uma avaliação directa dos projectos.

(...)

Os projectos serão avaliados caso a caso e, se for necessário fazer-se uma campanha de prevenção rodoviária, será realizada através da contratação directa de agências de publicidade, adiantou o assessor do MAI.
Nada tenho, à partida, contra a nova orientação do MAI. Aliás, tenho pena que o Ministério da Economia não siga o mesmo critério de "fazer uma avaliação directa dos projectos". É claro que os montantes a distribuir são, neste caso, um infinitésimo dos que o governo se propõe gastar na Ota e no TGV o que parece - na lógica do governo - isenta-los da necessidade de estudos.

Populismo bloquista

Salário Mínimo

(...) in a growing economy, the expected effect of a one-off increase in the minimum wage is to reduce the rate of growth of employment (and not to result in a lower level of persons working at the new minimum wage compared to the former minimum). However, a lower growth of employment will also have a detrimental effect on certain groups in society and the argument that minimum wages have had no adverse employment effects may well not be as valid as is sometimes claimed.

Whether the minimum wage protects low-skilled workers effectively is (...) much less clear. On the one hand, it guarantees minimum earnings. On the other hand, we can see that some countries differentiate the statutory minimum wage according to age and qualifications. There are eight countries with reduced rates for younger or less-experienced workers. This reflects the danger that a minimum wage may price low-skilled workers out of jobs. A minimum that is not calculated carefully is an obstacle to combating youth unemployment, which is a huge problem in most countries analysed in this study.

Finally, quite a few recent studies raise questions about the effectiveness of the minimum wage as an anti-poverty tool by demonstrating that the main beneficiaries of the minimum wage are employees in better-off households (...).

A seguir é o camarada Otelo

9.8.05

Foro de São Paulo

Interrogado por los periodistas, Raúl Reyes, líder guerrillero colombiano, admitió en su reciente visita a Venezuela que las FARC forman parte del llamado Foro de Sao Paulo. Veamos a que se refería:###

Después de la caída del Muro de Berlín en 1989 y del derrumbe del comunismo en la ex Unión Soviética, Fidel Castro decidió sustituir el apoyo que recibía del Bloque Oriental por el de una transnacional latinoamericana.

Aprovechando el poder parlamentario que tenía el Partido de los Trabajadores (PT) en Brasil, Fidel Castro convocó en 1990, junto con Luis Ignacio "Lula" Da Silva, a todos los grupos guerrilleros de América Latina a una reunión en la ciudad de Sao Paulo. Además del propio PT y del Partido Comunista de Cuba, acudieron al llamado el Ejército de Liberación Nacional (ELN) y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC); el Frente Sandinista de Liberación Nacional (FSLN) de Nicaragua; la Unión Revolucionaria Nacional de Guatemala (URNG); el Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional (FMLN) de El Salvador; el Partido de la Revolución Democrática (PRD) de México; y varias decenas más de grupos guerrilleros y partidos de izquierda de la región que se han ido sumando a lo largo de los años, como el Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) de México. Allí decidieron conformar una organización que se autodenominó el Foro de Sao Paulo.

Para dirigirla centralizadamente, crearon un Estado Mayor civil, dirigido entre otros por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge y Frei Betto; y un Estado Mayor militar, comandado también por el propio Fidel Castro, el líder Sandinista Daniel Ortega, y donde juega un rol importante el argentino Enrique Gorriarán Merlo. Gorriarán Merlo fue fundador del Ejército Revolucionario del Pueblo (ERP), y posteriormente del Movimiento Todos por la Patria (MTP). Gorriarán Merlo es el autor del ataque terrorista de enero de 1989 al regimiento de infantería de La Tablada, en Buenos Aires, donde murieron 39 personas; y fue quien encabezó la escuadra que asesinó a Anastasio Somoza en Asunción, Paraguay, en septiembre de 1980. Gorriarán Merlo también organizó la maquinaria militar del Movimiento Revolucionario Tupac Amaru (MRTA), el mismo que hace tres años y medio tomó la residencia del embajador japonés en Lima.

Sampaio no seu melhor

Inicialmente foi apenas anunciada a condecoração ao vocalista dos U2, Bono, conhecido pelo seu envolvimento em causa humanitárias, mas segundo o Palácio de Belém, todos os quatro membros do grupo vão ser condecorados.###

(...)

"Ao longo dos últimos 25 anos a banda aliou a sua exposição pública, obtida pelo sucesso musical, à defesa de causas humanitárias e dos direitos humanos", refere o Palácio de Belém em comunicado.

A Presidência da República destaca nomeadamente que na década de 90, o "seu envolvimento ao nível da dívida do terceiro mundo foi de relevante importância para o agendamento público desta matéria".


(via Blasfémias)

Economistas austríacos

The Owner-Built Landscape: Installation Techniques

Re: Comunicado

O escândalo "oil for food"

THE UN inquiry into the oil-for-food scandal has concluded that the head of the world organisation's largest humanitarian program took almost $US150,000 (...) in kickbacks, most of it in stacks of $US100 bills.

Benon Sevan was accused of receiving the cash for steering Iraqi oil contracts to a firm run by a brother-in-law and a cousin of Boutros Boutros-Ghali, the former UN chief. The charge of outright corruption came in the latest report by the UN inquiry led by former chairman of the US Federal Reserve Paul Volcker.

The findings rocked the UN, where officials initially dismissed the oil-for-food scandal as a vendetta by right-wing US politicians angered by UN opposition to the war in Iraq.

Mr Volcker's findings suggest that Saddam Hussein's government was successful in effectively bribing the official in charge of the oil-for-food program for the entire six years of its existence.

(...)

The money came from oil sales by a Panama-based company, African Middle East Petroleum (AMEP), which was run by Dr Boutros-Ghali's relatives.

But the company was only able to get the contracts -- and pay the kickbacks -- because Iraq had allocated the oil to Mr Sevan.

The report found that Mr Sevan had conspired with AMEP's owner, Fakhry Abdelnour, who is a cousin of Dr Boutros-Ghali, and one of the company's officers, Fred Nadler, the brother of Dr Boutros-Ghali's wife, Leia.

(...)

A further report is due early next month on the business dealings of Kojo Annan, the son of UN Secretary-General Kofi Annan who succeeded Dr Boutros-Ghali in 1997.

Top UN officials fear for Kofi Annan's job after Mark Pieth, one of the Volcker panel, said that the Annan investigation would have "direct consequences" for the position of the UN chief

Comunicado

A "Quase" Grande Equipa do Benfica

Re: Vítimas da modernidade

Zimbabwe: ONU critica "silêncio" africano

O relator das Nações Unidas para o direito à habitação, Miloon Kothari, denunciou ontem, numa conferência de imprensa em Genebra, o "silêncio dos governos dos grandes países africanos" perante as demolições realizadas no Zimbabwe pelo Governo de Robert Mugabe. "Não compreendo como personalidades influentes como Nelson Mandela não digam nada" sobre as demolições de milhares de construções clandestinas, que terão afectado mais de 700 mil pessoas. "Quando se trata do Presidente Mugabe, estes assuntos são abafados", acusou o relator da ONU, defendendo que países emergentes, como a Índia e o Brasil, se pronunciem publicamente contra estas acções das autoridades do Zimbabwe, país que vive actualmente a sua pior crise económica e social desde a chegada ao poder de Robert Mugabe.
È perfeitamente natural. Verdadeiros "democratas" como Chavez, Lula, Castro ou Mugabe não podem ser alvo de criticas. Alguns "atropelos" à Justiça são desculpáveis, e inclusivamente necessários, em nome dos seus "nobres" ideiais.

Para mais informações: Sokwanele Blog

[fonte: DN]

Assalto a fábrica de papel

Atlântico (2) - João Miranda e energia nuclear

Atlântico (1) - Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal

Por coincidência, o general Vasco Gonçalves e o Dr. Álvaro Cunhal desapareceram na mesma semana. Foi como se até a morte os quisesse continuar a comprometer. Desde há trinta anos que os seus inimigos tratavam o líder do PCP e o chefe dos governos provisórios como duplos um do outro. A relação entre os dois foi a base do descrédito de cada um deles. Condenou Vasco Gonçalves ao inferno no Verão de 1975, e Cunhal ao purgatório nos anos seguintes. No caso de Vasco Gonçalves, a sintonia com Cunhal provava que não era, ao contrário do que dizia, o militar revolucionário, puro e sem partido que em Abril de 1974 fizera uma revolução para todos. No caso de Cunhal, o apoio a Vasco Gonçalves demonstrava que não regressara a Portugal para viver em democracia. Não admira, por isso, que os dois tivessem tido o cuidado de manter uma certa distância entre si. ###

(...)

Na morte, Cunhal e Vasco Gonçalves não tiveram o mesmo tratamento. A imprensa deu ao primeiro o destaque devido a um dos ídolos da tribo, enquanto o segundo foi discretamente deixado nas páginas interiores e segundas metades dos telejornais. Até o Estado preferiu pôr luto pelo chefe de partido, e esquecer o primeiro-ministro. É difícil escapar à sensação de que houve aqui uma injustiça, ou um erro. Os dois homens tinham oito anos de diferença entre si e curricula muito diferentes. Um fez carreira nas forças armadas do Estado Novo, e o outro foi um revolucionário profissional toda a vida. Em 1974, as inclinações políticas de um eram desconhecidas, e o outro estava muito claramente integrado na “diplomacia” subversiva da União Soviética. Mas faziam os dois parte do mesmo mundo, e um não se pode perceber sem o outro. Sem Cunhal, Vasco Gonçalves teria talvez passado apenas por excêntrico; sem Vasco Gonçalves, Cunhal seria hoje pouco mais do que um nome reservado para as mais minuciosas histórias do antisalazarismo. O “camarada” nunca teria existido sem o “companheiro”.

(...)

Como aconteceu a Costa Gomes, a rejeição de Mário Soares e dos outros políticos não deixou a Vasco Gonçalves alternativa ao carinho comunista. Ficou a viver entre bustos de Lenine, fotografias de Fidel e cravos vermelhos. O PREC também comprometera Cunhal, fazendo dele uma figura incompatível com uma democracia parlamentar de tipo ocidental. Não lhe restou outro recurso senão tentar descobrir novos Vascos Gonçalves, sempre convencido de que a democracia portuguesa não tinha de ser como as outras: procurou uma réplica entre os últimos conselheiros da revolução, e quase se convenceu que tinha encontrado um substituto no comandante que derrotara os “esquerdistas” em Lisboa, em Novembro de 1975. O eanismo foi o último esforço de Cunhal para dar influência ao PCP através de um militar patriota. Ficou assim provado que para ser “Vasco Gonçalves” nem era preciso deixar de ser anti-comunista. Em 1987, o colapso do eanismo, mesmo antes do Muro de Berlim, determinou o fim político de Cunhal.

Quando se nota que os seus “15 minutos de fama” duraram apenas o tempo que as forças armadas precisaram para retirar de África, é difícil escapar à suspeita de que o “companheiro” e o “camarada” foram apenas efeitos secundários de uma tragédia distante. Ao contrário do que se diz, a derrocada da URSS salvou Cunhal, ao torná-lo inofensivo. Aqueles a quem ele tinha assustado no auge do seu poder começaram agora a achar graça à sua falta de arrependimento. No funeral, todos disseram bem, um cenário absolutamente imprevisível em 1975. Cunhal, que não viveu como quis, pôde assim morrer como quis.

How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

General "Buck" Turgidson: Mr. President, we are rapidly approaching a moment of truth both for ourselves as human beings and for the life of our nation. Now, truth is not always a pleasant thing. But it is necessary now to make a choice, to choose between two admittedly regrettable, but nevertheless *distinguishable*, postwar environments: one where you got twenty million people killed, and the other where you got a hundred and fifty million people killed.

President Merkin Muffley: You're talking about mass murder, General, not war!

General "Buck" Turgidson: Mr. President, I'm not saying we wouldn't get our hair mussed. But I do say no more than ten to twenty million killed, tops. Uh, depending on the breaks.
Do filme Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

V for Vendetta

People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people.

Beneath this mask there is more than flesh. There is an idea (...), and ideas are bulletproof.
Um filme insurgente?

8.8.05

Economistas em cativeiro

Há umas semanas, em editorial com (...) título ["os nossos economistas"], interrogava-se um semanário de referência, sobre alguns dos nossos melhores economistas.

Reconhecem-se, lia-se no artigo, “carradas de razão nos diagnósticos que fazem e nas terapias que recomendam”. E os portugueses até acreditam neles. Então - era a pergunta -, qual será a razão pela qual não as aplicaram quando estavam no governo? Evitariam o buraco em que estamos agora metidos. Estranho mistério o deste País, concluía o artigo.

Não é mistério. É um erro comum. Comparar coisas não comparáveis. Os economistas em que cuja competência os portugueses acreditam são economistas em liberdade. Diferentes dos mesmos economistas quando passam a fazer parte de um governo. Economistas em cativeiro. Acontece com todas as espécies animais. Ficam diferentes. Quando se limita um exemplar de uma espécie, constrangendo-o, restringindo a sua liberdade, muda o comportamento. Tornam-se menos fecundos, menos criativos. Acomodam-se. Forçados a conviver com outras espécies. Algumas perigosas.
António Amaro de Matos, no Diário Económico.

O Islão e o Ocidente

Com o fundamentalismo islâmico portas adentro, o Ocidente enfrenta hoje uma guerra cultural, como enfrentou os totalitarismos no século XX, e o multiculturalismo é um cavalo de Tróia, tal como a esquerda pacifista e marxista o foi no passado recente. Ou talvez continue a ser: muitos dos seus defensores são herdeiros ou são ele próprios órfãos de utopias cuja única ligação à realidade era o ódio ao liberalismo.

Tentação do betão

Mário Lino promete uma decisão definitiva sobre a construção do aeroporto da Ota para Outubro e só depois divulgará a informação considerada «pertinente e necessária» que consta dos inúmeros estudos já realizados sobre o projecto. O método é estranho e de utilidade duvidosa. Mas, pelo menos, é coerente com o processo de decisão deste Governo: decidir primeiro para analisar os estudos depois.
(...)
Esta maneira de fazer as coisas não inspira sossego, sobretudo quando recordamos que o actual primeiro-ministro foi o principal decisor político que levou o país a construir 10 estádios de futebol para o Euro 2004.

Foi José Sócrates quem defendeu a candidatura e os moldes em que ela foi apresentada. Foi ele, rodeado e aplaudido pela «inteligentzia» do futebol, quem garantiu ao país a necessidade de 10 novos palcos em vez de seis e quem colocou as suas mãos no fogo pela racionalidade da decisão.

(Paulo Ferreira, in Jornal de Negócios)
Leitura recomendada.

Beijo socrático

Socratic kissing:

Really a Platonic kiss, but it's claimed to be the Socratic technique so it'll sound more authoritative; however, compared to most strictly Platonic kisses, Socratic kisses wander around a lot more and cover more ground.

(The Philosophy of Kissing, via O Mundo de Claudia)

Otite?

Segundo um estudo da Eurosondagem, para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, 42,5 por cento dos inquiridos mostraram dúvidas quanto aos investimentos e defendem que devem ser sujeitos a uma reavaliação; apenas 14,8 por cento entendem que a OTA e o TGV devem avançar e 31 por cento responderam que não.
E, mesmo assim, o Governo não publica os estudos de viabilidade dos referidos projectos...

Notícia de última hora

Parece-me que é verdade

Bavarians are hot under the collar over an EU directive that will force their barmaids to cover up, supposedly to protect them from the sun.

Brewery owners, politicians and most of the women themselves have condemned the legislation as absurd, claiming the "tan ban", as it has been nicknamed, will destroy a centuries-old tradition.

(...)

Under the EU's Optical Radiation Directive, employers of staff who work outdoors, including those in Bavaria's beer gardens, must ensure they cover up against the risk of sunburn.

(...)

The new legislation, which is due to be voted on in the European parliament next month, was defended by Wolfgang Kreissl-Dörfer, a Bavarian MEP. He said: "Sun rays have become more aggressive and there has been a huge increase in the amount of skin cancer."

The directive was initially accused of outlawing bare-chested British builders.

But Britain opted out of signing it, arguing that it was up to employees and employers to use their common sense to guard against the sun.
[fonte:Daily Telegraph]

Nesta notícia é desmentido que a directiva imponha directamente tais restrições mas diz que estas podem ser impostas pelas autoridades locais:
The EU Optical Radiation Directive was originally designed to protect employees who work with X-ray machines or hot industrial equipment.

The European Commission added an amendment including sunlight as another potential danger to be controlled.

An EU spokesman insisted that if the legislation came into force, there would be no need for anyone to change their clothes.

"These proposals are seeking to protect people working outdoors and exposed to the sun for long periods," he said.

"According to Cancer Research, there are 69,000 new cases of skin cancer diagnosed each year.

"What this calls for is employers to assess the risk of skin cancer and retina damage.

"The measures of how to do that and the measures to act if there is a risk will be decided at a local level - in the UK, for example, by the Health and Safety Executive.
[fonte: ITN]

Se ainda não eram eurocépticos com esta é garantido

THE EU has declared a crackpot war on busty barmaids — by trying to ban them from wearing low-cut tops.
Po-faced penpushers have deemed it a HEALTH HAZARD for bar girls to show too much cleavage.

And in a daft directive that will have drinkers choking on their pints, Brussels bureaucrats have ordered a cover-up.

They say barmaids run a skin cancer risk if they expose themselves to the sun when they go outside to collect glasses.


[fonte: The Sun (só podia...) via Samizdata]

Contributo para o avanço do país

Então?!

7.8.05

Human Rights Vs Property Rights

(...) it's bogus to make a distinction between human, civil and property rights (...). In a free society, each person is his own private property; I own myself and you own yourself. That's why it's immoral to rape or murder. It violates a person's property rights. The fact of self-ownership also helps explain why theft is immoral. In order for self-ownership to be meaningful, a person must have ownership rights to what he produces or earns. A good working description of slavery is that it is a condition where a person does not own what he produces. What he produces belongs to someone else. Therefore, if someone steals my computer, he's violated my ownership rights to my computer, whichI earned through my labor, and therefore my human or civil rights to keep what I produce.

Creating false distinctions between human rights and property rights plays into the hands of Democrat and Republican party socialists who seek to control our lives. If we buy into the notion that somehow property rights are less important, or are in conflict with, human or civil rights, we give the socialists a freer hand to attack our property.

As President John Adams (1797-1801) put it, "Property is surely a right of mankind as real as liberty." Adding, "The moment the idea is admitted into society that property is not as sacred as the laws of God, and that there is not a force of law and public justice to protect it, anarchy and tyranny commence."