23.7.05

Poderá Eva Longoria sustentar a terceira via?

"Igreja Católica, Estado e Sociedade, 1968-1975"

Neste estudo, embora a autora parta da rádio católica como ponto sensível de observação dessa relação entre os católicos, a restante sociedade e o Estado, o que se colhe é uma análise bastante completa (e documentada) de todo o contributo plural do catolicismo nas transformações ocorridas nas décadas de 60 e 70. O caso da ocupação da Rádio Renascença em 1974-75 está, assim, amplamente contextualizado na história recente do catolicismo, sendo esclarecida (e provada) a progressiva desafectação da Igreja ao regime anterior e o seu papel fundamental na mobilização da sociedade civil contra as tendências destrutivas do processo revolucionário.

Hayek Links

A obesidade da extrema-esquerda e o terrorismo por via vegetal

Pergunto-me porque é que de dois em dois meses (mais ou menos) tenho de ouvir Isabel do Carmo dizer que Portugal está a ficar obeso e que deve comer menos lípidos e hidratos de carbono em favor das proteínas e da fibra. Ela própria, obesa há uma série de anos, a precisar de vegetais...

Contrariados, mas lá o despediram...

Um verme escrevinhador ousa gabar-se dos atentados de Londres nas páginas de um jornal britânico e justificá-los como actos de “petulância”. Se calhar estão bem um para o outro. Mas estão todos claramente a mais em qualquer sociedade decente que não tenha perdido os últimos vestígios de coragem e de dignidade.
Por outro lado, há uma coisa que me intriga: será que os jornais, com as suas manias politicamente correctas, não aprendem nada com os erros do passado?

Numa tentativa de aumentar a "diversidade" nas redacções os jornais contratam jornalistas vindos de diversos tipos de minorias. Mas, frequentemente, estas políticas dão "barraca", pois as pessoas que entram por este esquema não são devidamente avaliadas. Foi o que aconteceu com Jason Blair, com todas as consequências que isso teve para o NYT. Quando outros factores, para além dos profissionais, entram em jogo, a competência sai sempre a perder. Isto de considerar que a "diversidade" é sempre um ganho absoluto, seja em circunstância for é uma perfeita idiotice.

Para além de podermos também ter que discutir o próprio conceito de "diversidade"...

22.7.05

Mudança de rumo ou contestação interna?

Dez kompensans

London Police Kill Man at Subway Station

Police shot and killed a man wearing a thick coat at a London subway station Friday, a day after the jittery city was hit by its second wave of terrorist attacks in two weeks.

The man died after being shot by officers at the Stockwell subway station in south London, police said.

Passengers said a man, described as South Asian, ran onto a train at Stockwell station in south London. Witnesses said plainclothes police chased him, he tripped, and police then shot him.

Bush, John Roberts e Roe vs. Wade (2)

Discriminação

Contradições e misturadas de bloguistas ditos conservadores

21.7.05

Notícia de última hora

O legado dos défices passados II

A dívida directa do Estado, em Junho, ascendia a 95.573 milhões de euros (68,2% do PIB previsto para 2005), mais 10,6% do que em Junho de 2004.
Ora, cada português deve cerca de 9.557 euros. No final de Abril a dívida era "apenas" de 9.388 euros...

Danças com "lobos"

A Companhia Nacional de Bailado (CNB) quer a aprovação de um projecto-lei do Bloco de Esquerda (BE), que prevê a reforma por inteiro dos bailarinos aos 45 anos, contra os 55 actuais.

O advogado da Comissão de Trabalhadores (CT) da CNB explicou hoje à Comissão Parlamentar de Educação, Cultura e Ciência que "entre os 45 e os 55 anos é muito difícil, senão impossível, dançar com os níveis de `performance' exigidos a um bailarino profissional".
(...)
Além do projecto-lei do BE, o CDS-PP prepara uma iniciativa legislativa com "uma abordagem global e integrada para as várias profissões de desgaste rápido das artes do espectáculo", conforme expôs hoje a deputada Teresa Caeiro.

(in PortugalDiário)

Estranho ver como no século XXI ainda há quem pense que um emprego é para toda a vida!

Erro de cálculo

Ao longo da vida, não descontamos o suficiente para pagar a nossa própria reforma. Uma conta simples de fazer, se pensarmos que um trabalhador desconta, em média, durante 36 anos e recebe uma pensão durante cerca de 20 anos - tendo em conta que a idade de reforma é aos 60 anos e a esperança média de vida ronda os 80 anos. Ou seja, o dinheiro que foi descontado não chegaria para pagar uma reforma durante uma década.

Os 23 por cento pagos pela entidade patronal não são suficientes para financiar durante 20 anos um reformado. Mas «se o valor que descontamos fosse igual ao que recebemos, então, não seria preciso ser o Estado a tratar das reformas, poderia ser uma empresa privada», diz ao PortugalDiário o fiscalista Saldanha Sanches.
É "conta simples de fazer" mas não a conseguiram fazer....

Se o PD e/ou Saldanha Sanches tivessem realmente feito as contas (considerando a capitalização das poupanças, antes e depois da reforma) perceberiam que, num sistema privado de pensões, é possível ser-se milionário aos 60!

Pequenos pormenores...

O Estado dos funcionários

Bush, John Roberts e Roe vs. Wade

Aviso da Gerência

Entre Paz e Hayek

Harvard e o Ácido da Civilização

Cuidado com os fantasmas ultramontanos

Um dos equívocos da chamada direita liberal é que acredita que será mais liberal se for liberal nos costumes, sem perceber que os costumes, do ponto de vista liberal, nem sequer são um problema político, são um problema da vida privada.

Licença sabática

Mais explosões em Londres (IV)

Tony Blair issued a brief statement just after 3.40pm today. He said he had taken a Cobra meeting at 2.30, and just spoken to the Met police commissioner.

"We can't minimise incidents such as this," he said. "We know why these things are done. They're done to scare people"

"Fortunately there appear to have been no casualties. We've just got to react calmly, get on with our business as normal."

He said that, following the press conference, he would be going back to his previously planned schedule.

Mais explosões em Londres (III)

I saw an Asian man reaching towards his backpack, when it exploded with a bright light. He appeared shocked, and dumped the bag almost immediately and fled the seen. Three people around him attempted to prevent him leaving, but failed.
Gary Carter
Na BBC:
I was just in a carriage there was a big bang, it sounded like a balloon had popped but a lot louder, and then we all moved to one end of the carriage.
There was something on the floor, you could see something had exploded.
They opened the door so we could move through into the next carriage and there was a guy just standing in the carriage.
We pulled into Oval and we all got off onto the platform. The guy just ran and started running up the escalator everyone was screaming to stop him.
Andrea

I was going into the station, and I heard a noise. Then I heard noises, like shouting and screaming, and suddenly I saw a guy coming out and people chasing him.
He came out from the station, he was running and he was a little bit confused, looking right and left. I couldn't really catch him because I was carrying two heavy bags, and then he passed by me.
There was another guy who was chasing him.
We saw a policeman, so we waved, like, he was going that way. I don't know if they did catch him or not.
Hugo Palit

Mais explosões em Londres (II)

14:40 It is now becoming clear that there were three attempted bombings today - at Oval station, at Warren Street station, and on a 26 bus in Hackney. Speculation suggests the detonators on these devices went off, but the bombs themselves did not. Should this be the case, there are clearly going to be huge risks in disarming the devices. But in the bombs there is the potential for clues as to who, exactly, is behind this.

(...)

1501 Tony Blair is due to give a statement at 3.15pm.

Profecia antecipada

Venezuela, potência nuclear?

Though already having the Western Hemisphere's largest proven conventional oil reserves, Chavez recently announced plans for developing a nuclear energy source. In citing the need for nuclear energy, Chavez snubbed the nuclear technologies of France, Japan and the United States, as he declared that he would seek Iran's help in developing nuclear technology. His support for the rogue nation of Iran should come as little surprise for Chavez oft cites Castro's vision as that which Latin America must duplicate.

The economic, civil, political and human rights violations by Venezuelan President Hugo Chavez are widely noted and, sadly, worsening. The Venezuelan revolution is a disaster. Any other conclusion is delusional. For those not alive for the Cuban revolution, the Venezuelan revolution is Cuba all over again.

(The Ithaca Journal, via Cafe Hayek)
Chavez, ao contrário de Castro, tem acesso a recursos suficientes para levar a loucura comunista mais adiante.

Leitura recomendada

As crianças, no universo sincrético em que se movem, têm um comportamento diferente. Como não conseguem planear a prazo, cada acção que fazem é validada no acto, embora frequentemente sejam necessárias sucessivas acções desastrosas para se convencerem da sua inviabilidade.

Mais explosões em Londres

A route 26 bus in Hackney Road in Bethnal Green had its windows blown out by a blast. There were no injuries.
Police in London say they are not treating the incidents as "a major incident yet".
One person was injured at Warren Street, although the person's condition is unknown.


Na Sky News:
There have been unconfirmed reports of an explosion on the London Underground, and an incident on a bus in Hackney, East London.
Stations at Warren Street, Oval and Shepherd's Bush have been closed.
Scotland Yard won't confirm reports that armed police have entered University College Hospital in Bloomsbury near Warren Street station.
British Transport Police say one person has been injured at Warren Street station.
Services on the Victoria, Northern and Hammersmith & City and Bakerloo Lines have been suspended.

Radicais e moderados, utópicos e realistas

Existe correntemente na linguagem política em Portugal (e na Europa também, na verdade) uma peculiar imprecisão de termos. Palavras como "liberal", "conservador", "socialista" ou "social-democrata" deixaram de ter sentido claro. Em parte, está bem assim. Os grandes conceitos políticos têm e devem ter certa maleabilidade, não havendo uma "via única" para o "liberalismo" ou a "social-democracia". Mas mesmo descontando esta maleabilidade, a imprecisão parece ter sido levada hoje a um ponto que vai para além do aconselhável. O estado do vocabulário político lembra um pouco o dos tempos finais da URSS, em que eram apresentados como "conservadores" aqueles apostados na sobrevivência e aprofundamento do "comunismo" e como "revolucionários" os que pretendiam uma transformação "capitalista".

(...)

Numa idade democrática, o liberalismo é o único refúgio dos verdadeiros conservadores, sendo também ele que garante a ordem política mais "moderada" e "realista" que é passível de combinação com a democracia. "Radical" e "utópico" é o estado de coisas em que vivemos, cuja funcionalidade, precisamente por isso, não poderá sobreviver por muito mais tempo.

Campos e Cunha (VIII)

Campos e Cunha (VII)

"Eu nunca me defini" ou a entrevista a Francisco Louçã no Público

Já agora

Trampolinada relevante

Tenho ideia que em tempos alguém se referiu a Campos e Cunha como um "infiltrado".
Resta saber quanto tempo se manterá no governo - se se mantiver constante no seu pensamento (e aplicando-o nas suas decisões), dependerá "só" da resistência ao aparelho socialista que Sócrates lhe quiser providenciar. E da própria resistência de Sócrates aos apelos do populismo das obras públicas e das "políticas sociais".
Confirma-se que a pouca resistência de Sócrates resultou no vísivel cansaço do ex-ministro, evidente para quem o tenha visto na TV, nos últimos dias. Curioso que tenha acontecido no mesmo dia em que Jorge Coelho pela manhã, na gravação da Quadratura do Círculo, tenha eleogiado largamente Campos e Cunha por ter a coragem de implementar medidas que muitos tinham estudado mas não tinham levado à prática (ouvi na TSF, mas não encontrei link). Se entendermos que Coelho é a voz das estruturas do PS, não se poderá dizer que Sócrates e o governo é que estarão desligados do partido (e não Campos e Cunha) e que a maioria parlamentar que os suporta não garantirá apoio continuado à sua manutenção?

Campos e Cunha (VI)

Campos e Cunha (V)

Campos e Cunha (IV)

O Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) afirmou quarta-feira que a demissão de Campos e Cunha (...) resulta de um discurso «demasiado pessimista» do ex-ministro em período eleitoral.

Campos e Cunha (III)

Portugal caminhou até à beira do abismo... saberemos dar um passo em frente.

Campos e Cunha (II)

Campos e Cunha (I)

20.7.05

Este já levou um par de patins...

Temos Mestre!

SCUT's explicadas

«Quanto é que custa pôr as pessoas a pagar essas portagens? E o impacto no tráfego com a introdução das portagens?» (...)
«O país tem 70 mil kms de estradas. Todas foram feitas com os portugueses a pagar. Pagámos e pagámos bem, como o Orçamento de Estado paga muitas outras coisas que o país considera importante, independentemente de quem as utiliza concretamente»
O sr. ministro parece querer dizer que as SCUT's, actualmente, nada custam às "pessoas". Não se deve estar a referir às "pessoas" contribuintes (singulares e colectivas). Os mesmos que pagam as "muitas outras coisas" que os planeadores estatais consideram importantes. Se já todos (restantes contribuintes europeus incluidos) "pagámos bem" as estradas do país, porquê continuar, todos, a pagá-las através dos impostos, as receitas do OE?

A exploração das multinacionais

Local consumers are the biggest beneficiaries of market-seeking investment. In nearly every one of our case studies, they enjoyed lower prices or a better selection of goods and services - or both - after foreign companies arrived. The price of passenger cars in China, for instance, declined by more than 30 percent from 1995 to 2001, years when Ford Motor, GM, and Honda Motor entered the market. (But tariffs still keep prices there much higher than they should be.) In Mexico, Wal-Mart's "everyday low prices" ended a long history of hefty margins for the country's leading retailers to such an extent that some analysts now credit the company with helping to reduce the country's inflation rate. In India, the price of air conditioners, televisions, and washing machines fell by around 10 percent in 2001 alone after foreign companies entered the market.

Polacos criam emprego em França

Rzeczpospolita quotes French economists Vincent Aussiloux and Michael Pajot, who said French exporters have created 150,000 extra jobs in France on the back of higher sales to central Europe after enlargement, while enlargement has cost just 5,000 jobs in France so far.

They added that French supermarket owners in new member states tend to employ French managers and stuff shelves with French products.

French firms are the largest foreign investors in Poland, which suffers an unemployment rate double that of France at around 20 percent.

Good Luck!

O preço que tem de ser pago

A energia eólica poderá ser, do ponto de vista da sustentabilidade, uma das mais eficientes. Mas não é a mais barata. Do ponto de vista da factura a pagar pelo consumidor final, a esperança reside nos avanços tecnológicos da indústria, que poderá permitir, no futuro, uma maior eficiência dos aerogeradores. De outra forma o preço da electricidade aumentará. Segundo fontes do sector contactadas pelo DN, um MW produzido pelas eólicas custa cerca de 90 euros, enquanto a mesma potência em centrais térmicas de ciclo combinado a gás natural orçam em torno dos 50 euros, podendo atingir, no entanto, os 80 euros num mercado volátil e inflacionado como é o actual. Mas é também por via do preço que a grande aposta na energia foto-voltaica está por fazer. As mesmas fontes referem que 1 MW originado neste tipo de aproveitamento solar fica por 320 euros. Já a térmica solar (aquela que se aplica domesticamente) o preço não vai além dos 150 euros.

Prova da devoção socialista ao défice

A dívida oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), que chegou ao poder com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ascende a cerca de 39 milhões de reais (14 milhões de euros), divulgaram terça-feira fontes do partido.

(...)

O parlamentar do PT Ivan Valente, membro da nova direcção do partido, admitiu entretanto que o total da dívida poderá ser ainda maior porque não foram contabilizados os empréstimos bancários contratados de forma suspeita.

O total das dívidas do PT, incluindo os empréstimos bancários suspeitos, poderá ascender a 93 milhões de reais (33,2 milhões de euros), segundo números publicados na imprensa brasileira.

[fonte: Diário Digital]

Hayek Links

19.7.05

"Eles movem-se por eles próprios"

"a truly liberal radicalism..."

We must make the building of a free society once more an intellectual adventure, a deed of courage. What we lack is a liberal Utopia, a program which seems neither a mere defense of things as they are nor a diluted kind of socialism, but a truly liberal radicalism which does not spare the susceptibilities of the mighty (including the trade unions), which is not too severely practical, and which does not confine itself to what appears today as politically possible. We need intellectual leaders who are willing to work for an ideal, however small may be the prospects of its early realization. They must be men who are willing to stick to principles and to fight for their full realization, however remote. The practical compromises they must leave to the politicians. Free trade and freedom of opportunity are ideals which still may arouse the imaginations of large numbers, but a mere "reasonable freedom of trade" or a mere "relaxation of controls" is neither intellectually respectable nor likely to inspire any enthusiasm.

The main lesson which the true liberal must learn from the success of the socialists is that it was their courage to be Utopian which gained them the support of the intellectuals and therefore an influence on public opinion which is daily making possible what only recently seemed utterly remote. Those who have concerned themselves exclusively with what seemed practicable in the existing state of opinionhave constantly found that even this had rapidly become politically impossible as the result of changes in a public opinion which they have done nothing to guide. Unless we can make the philosophic foundations of a free society once more a living intellectual issue, and its implementation a task which challenges the ingenuity and imagination of our liveliest minds. But if we can regain that belief in the power of ideas which was the mark of liberalism at its best, the battle is not lost. The intellectual revival of liberalism is already underway in many parts of the world. Will it be in time?



F.A. Hayek in ""The Intellectuals and Socialism"

Breve manual para aspirantes a Russell Kirk

Amanhã

Nova Cidadania: 6 anos politicamente incorrectos

O caminho para o inferno (III)

O futuro de cada país depende da acção conjunta dos jovens, o que os torna um dos principais alvos da globalização capitalista e da ofensiva ideológica do imperialismo. A juventude desempenha um papel efectivo na luta contra estas ofensivas. Em todos e cada um dos países há movimentos de resistência contra o imperialismo, lutando por novos sistemas sociais que rejeitem a ideia de que o capitalismo é a única opção, e que apresentem o poder popular como alternativa real às políticas neo-liberais.(...)

Os jovens de todo o mundo têm sido vítimas dos efeitos das políticas imperialistas e neo-liberais de instituições internacionais como o FMI, a OMC, o G-8, a União Europeia e o Banco Mundial.(...)

O 16º FMJE afirma e reforça o seu carácter de evento internacional, anti-imperialista e político-cultural das massas juvenis e estudantis. É também uma oportunidade de expressar a solidariedade com a juventude e povo da Venezuela, a sua Revolução Bolivariana e todos os povos em luta no mundo.
Do programa de actividades, constam o "Tribunal Anti-Imperialista", os "Fóruns de Solidariedade Internacional com os povos em luta" e o "dia de Solidariedade coma Luta do Povo Venezuelano e com o Processo Revolucionário Bolivariano". A direcção deste encontro é assegurada por um português.

Como munícipe, registo a utilização dos recursos camarários para o que só pode ser considerado um serviço de propaganda ideológica e partidária, dadas as ligações entre os organizadores, do lado português, e a CDU. Infiro também que a CMS e o seu presidente apoiam as posições do presidente venezuelano e o seu PREC bolivariano.

Ainda sobre Campos e Cunha

Mas a parte melhor e que, pessoalmente, considero a mais "saborosa" do artigo, é o autêntico libelo do ministro contra o "sacrossanto" investimento público, não só pondo em causa a sua eterna "bondade" - "a ideia de que o investimento é sempre algo de bom é errada" - mas desmistificando a ideia feita e erigida ao cume da verdade absoluta de que o crescimento económico é fundamentalmente potenciado por aquele.###

Para o efeito, compara séries longas desde 1981 em Portugal e na Suécia, com elevado investimento público e queda simultânea do crescimento económico no caso português, face à queda brusca do investimento público sueco acompanhada de aceleração do crescimento do respectivo PIB.

Por uma questão de filosofia económica, o ministro não nega em absoluto o investimento público, argumentando que o sucesso relativo da Suécia resultou, não da redução daquele e do desperdício que ele sempre incorpora, mas da melhoria da sua "qualidade". Segundo Campos e Cunha, na "qualidade" do investimento reside o seu efeito multiplicador no crescimento económico e cita o FMI para defender a sua incidência em "projectos com a maior rendibilidade económico-social possível".

Lido isto nas entrelinhas, duas conclusões se poderão tirar:
1. Está por determinar a rendibilidade dos projectos que padecem de "elefantíase", em especial a Ota
e o TGV, muito embora Jorge Coelho garanta que serão um poço de lucros;

2. Com Campos e Cunha a Ministro das Finanças, grande parte do programa económico do governo, designadamente o relativo às obras faraónicas, será para meter na gaveta. Qualquer estudo rigoroso, aconselhará certamente o congelamento definitivo daquelas.

A primeira metade do século XX português

E o PR não diz nada?!!

Companheiros de luta

As lições do bom aluno

In Spain, the benefits of the funds are evident in the modern infrastructure, improvements in worker productivity, increases in per capita income and an expanding economy.
The funds have also helped Spain soften the effects of some unpalatable structural changes, like liberalizing the labor market and privatizing state-owned industries.

Portugal, by contrast, has mainly used the funds to expand its economy - but without modernizing it to address most protracted problems, including a growing budget deficit, a bloated public sector, rampant tax evasion and inadequate educational system, scholars say.

Instead, political pressure from an influential web of small-town politicians seems to have diverted the money to strengthening infrastructure in rural areas rather than making investments in cities that could have created freer flows of goods and people. (...)
What is more, the way Portugal has used EU funds appears to have worsened some of its problems. It accelerated government hiring during boom times instead of freezing it, for example.(...)###

Portuguese infrastructure is not only poorly planned but in surprisingly poor condition, given the amount of money spent on it, scholars say.(...)
"In Portugal, the infrastructure is not in good shape at all. You look around, and you say, 'Where is all this money going?"'

One possibility is that much of the money is finding its way into the pockets of government or industry officials, Royo contends. "Corruption has to be a part of it," he said. "If you are spending all that money and the infrastructure is still poor, how else can you explain it?"
Portuguese officials deny any corruption, but they concede that the funds could have been better spent.

"Portugal's administration of the funds perhaps has not been the most effective, but it has not been a corrupt one," said Crisóstomo Teixeira, a senior policy adviser at the Ministry of Public Works, Transportation and Communications. "Portugal has made investments in small roads to improve mobility of people in small towns. If you do that, you don't have much money left for big, modern highway systems. The mayors of small towns here have pressed hard for roads in their areas. That is politics, not corruption."

Portugal (anti)radical

Os bons exemplos

Anti-racism organisation wastes 14 million kronor

The government's flagship organisation for fighting racism in society has been accused of wasting massive amounts of taxpayers' money and of achieving "absolutely nothing" since it was set up two years ago. (...)

According to the newspaper, the Centre Against Racism spent 330,000 kronor in 2004 renovating its 180 square metres of office space in central Stockholm. The organisation only has three employees. (...)

But a far greater amount was spent on hotels and restaurants. In 2004 the three employees plus the eleven board members managed to rack up bills of almost 600,000 kronor in travel, luxury hotel charges, meals and booze. (...)

Indeed, in two years the Centre has not carried out one investigation or produced one report into racism, ethnic harassment or homophobia, according to SvD. And the figures on hate crimes which the Centre publishes on its web site are five years old.

Nevertheless, the salary costs in 2004 amounted to 1.7 million kronor, while the expenses of board members, who are meant to be unpaid, came to 275,000 kronor. (...)
Isto é, um organismo público financiado em cerca de 1.500.000 euros , durante dois anos, não produziu nada que se visse.

Para além da duvidosa utilidade de um centro deste tipo, parece que serviu apenas para empregar algumas pessoas com o dinheiro dos contribuintes. Um verdadeiro socialismo.

18.7.05

Saving the Soul of Classical Liberalism

George Bush (pai), during his presidency, derisively referred to "that vision thing," when someone sought to juxtapose his position with that of Ronald Reagan. The "shining city on a hill," the Puritan image that Mr. Reagan invoked to call attention to the American idea, was foreign to Mr. Bush's mind-set. Mr. Bush did not understand what Mr. Reagan meant and failed to appreciate why the image resonated in public attitudes.

In a sense, we can say that Ronald Reagan was tapping into a part of the American soul about which George Bush remained illiterate. The critical distinction between those whose window on reality emerges from a comprehensive vision of what might be, and those whose window is pragmatically limited to current perceptions, comes clear in this comparison.

My larger thesis is that classical liberalism cannot secure sufficient public acceptability when its vocal advocates are limited to this second group of "does it work?" pragmatists. Science and self-interest do indeed lend force to any argument. But a vision, an ideal, is necessary. People need something to yearn and struggle for. If the liberal ideal is not there, there will be a vacuum and other ideas will supplant it. Classical liberals have failed, singularly, in their understanding of this dynamic.
###
(...)

[T]he problem here lies in the leading thinkers. Few socialists dispute the suggestion that an animating principle, an ideal, is central to the whole socialist perspective. But many who profess to be classical liberals have seemed reluctant to acknowledge the existence of what I have called "the soul" of their position. They often seem to seek exclusive "scientific" cover for advocacy, along with occasional reference to enlightened self-interest.

(...)

The collectivists claimed superior wisdom; life became the pursuit of happiness in the aggregate. Aided and abetted by the Hegel-inspired political idealists, these new intellectuals shifted away from the notion of personal realization to that of collective psyche. The ideal of socialism was so successful that it led to major political and institutional changes - even when the experience of history showed it to be deeply flawed. What else but the power of the socialist ideal can explain its longevity in Russia or even parts of Western Europe?

So what differences are we actually parsing here? The categorical difference between the soul of classical liberalism and that of socialism is that one idealizes the individual, the other the collective. The individual is indeed at the center of the liberal vision: he or she strives to achieve goals that are mutually achievable by all participants in society. Precisely because these goals are internal to the consciousness of those who make choices and take actions, the outcomes they produce are neither measurable nor meaningful, as "social" outcomes. Yet most aggregate numbers that we use are designed with the "social" in mind: think of the distribution tables that American tax analysts use to depict the nation''s tax burden, or the standard unemployment figure that governments issue periodically.

As soon as we lay down a "social" purpose, even as target, we contradict the principle of liberalism itself. Yet classical liberals succumbed. They themselves have confused the discussion by advancing the claim that the idealized and extended market order produces a larger "bundle" of valued goods than any socialist alternative.

To invoke the efficiency norm in so crude a fashion as this, even conceptually, is to give away the whole game. Almost all of us are guilty of this charge, since we know, of course, that the extended market does indeed produce the relatively larger bundle, on any measure. But attention to any aggregative value scale conceals the uniqueness of the liberal order in achieving the objective of individual liberty.

(...)

Small liberal "victories" on details of legislative policy are not enough. Nor, even, are electoral successes by those who, to an extent, espouse the liberal principles. Just because we manage to ban rent control in our locality, or to elect a Ronald Reagan as President, does not mean that classical liberalism can be said to inform public attitudes. Classical liberals quite literally "went to sleep" during the decade of the 1980s, and kept sleeping after the death of socialism. The result is that public attitudes today are more shaped by the nanny state, or by paternalist, rent-seeking, mercantilist regimes than they are by liberal ideals.

Creating a new vision, a new soul for liberalism, is our most important task now. I am not here suggesting that attention should be limited to the design of all-inclusive political packages. Politics, for the most part, proceeds in piecemeal fashion, one step at a time. What I am suggesting is that we, those who teach liberalism, focus on the vision, the constitution of liberty, rather merely on pragmatic utilitarian calculus that shows liberalism to yield quantifiably better results than politicized economies.

In other words, liberals should not lean back and say, "our work is done." The organization and the intellectual bankruptcy of socialism in our time has not removed the relevance of a renewed and continuing discourse in political philosophy. We need discourse to preserve, save, and recreate that which we may, properly, call the soul of classical liberalism. Without public understanding of its organizing principles, the extended market order will not survive.

Um blog de sucesso

O caminho para o inferno (II)

El mundo vira a la izquierda, recalcó tras asegurar que el capitalismo es el camino al infierno. Importantes señales se ven hoy en el mundo y particularmente en América Latina, de donde emergen nuevas ideas, insistió en su programa Aló, Presidente (...)
Sobre a Federação Mundial de Juventudes Democráticas, que organiza o festival, leia-se o que disse na ocasião o português Miguel Madeira, presidente da mesma:
Es una organización no gubernamental internacional de juventud, con datos consultivos de Naciones Unidas y la UNESCO y, sobre todo, es una plataforma juvenil que, con estos jóvenes de todo el mundo, es una plataforma de las fuerzas juveniles progresistas, antiimperialistas y de izquierda que tienen un espacio de intercambio, de experiencia, de trabajo, de lucha y también para agilizar la acción.
Aconselho a leitura da transcrição do programa do presidente venezuelano, disponível na página do Festival.

O caminho para o inferno

President Hugo Chavez urged Venezuelans on Sunday to embrace his "21st century socialism," while poll results showed less than one-third of the population supports the economic model.
Speaking during his weekly radio and television program, Chavez called on Venezuelans to "leave behind any confusion or any type of fears, phantoms," regarding socialism. (...)

In Sunday's program, Chavez urged his countrymen to work "to build this road: Venezuelan socialism of the 21st century.(...)

Chavez often tells Venezuelans that "being rich is bad" while calling capitalism a "savage" economic system used by the world's most powerful countries, including the United States, to "dominate and colonize" poor nations. Many of the president's opponents fear he is flirting with communism while becoming increasingly authoritarian.
Na BBC:
The Venezuelan government has warned it will confiscate hundreds of private companies that are lying idle if they fail to re-open.(...)

"Either capitalism, which is the road to hell, or socialism, for those who want to build the kingdom of God here on Earth," he said.

Venezuela: o fim da economia privada

O presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, avisou todos os empresários com interesses no país de que as suas empresas serão confiscadas, caso permaneçam inactivas ou a funcionar de forma ineficiente.


Espera-se que após as nacionalizações as empresas passem a ostentar prejuízos respeitaveis.

[fonte: Diário Digital]

Leituras blasfemas

Aguarda-se um desmentido

O regresso das receitas extraordinárias

: "As necessidades de consolidação orçamental levam (...) o Executivo a prever a venda de património imobiliário excedentário"


[fonte: DN Online]

Boris Johnson: fly the flag

I have already had enough about how perfectly normal these young men were, and what charming fellows they were, and how there was nothing they loved more than serving in dad's chip shop or helping an old lady across the street or a good game of cricket in the park.

"All he wanted to do was have a laugh," said one of the neighbours last night, about one of the sick quartet responsible for killing themselves and at least 52 others in London. "He was sound as a pound." Yeah, right. If these four young men were perfectly normal Yorkshiremen, then what the hell is happening to this country? Of all the shattering revelations of the past few days, the worst has been that these suicide bombers were British.###

They were our very own. They were as British as a wet bank holiday. They were as British as Tizer, and queues and Y-fronts and the Changing of the Guard, and the chips that made them what they were. They were born in British maternity wards, and attended by every comfort that the state could give.

They went to British primary schools and learnt about Britain from British teachers, and when they murdered so many of their fellow Britons it was the British emergency services who tried to save what lives they could.

(...)

The disaster is that we no longer make any real demands of loyalty upon those who are immigrants or the children of immigrants.

(...)

So we have drifted on over the intervening decades, and created a multi-cultural society that has many beauties and attractions, but in which too many Britons have absolutely no sense of allegiance to this country or its institutions. It is a cultural calamity that will take decades to reverse, and we must begin now with what I call in this morning's Spectator the re-Britannification of Britain.

That means insisting, in a way that is cheery and polite, on certain values that we identify as British. If that means the end of spouting hate in mosques, and treating women as second-class citizens, then so be it. We need to acculturate the second-generation Muslim communities to our way of life, and end the obvious alienation that they feel.

(...)

We have reached a turning-point in the relations between the Muslim community and the rest of us, and it is time for the moderates to show real leadership. That is why I want to end with the words of my Labour colleague Shahid Malik, MP for Dewsbury, who said yesterday: "The challenge is straightforward - that those voices that we have tolerated will no longer be tolerated, whether they be on the streets, in the schools, in the youth clubs, in the mosque, in a corner, in a house.

We need to go beyond condemning. We need to confront." Well said, Shahid; and it is time for the imams to follow.

Este blog respeita a lei!

Lenita Gentil comemora 35 anos de carreira com novo CD
[fonte Diário Digital]

A fábula da galinha

Euroestupidez (mais um caso)

[A] group of French cleaning ladies who organised a car-sharing scheme to get to work are being taken to court by a coach company which accuses them of "an act of unfair and parasitical competition".

The women, who live in Moselle and work five days a week at EU offices in Luxembourg, are being taken to court by Transports Schiocchet Excursions, which runs a service along the route. It wants the women to be fined and their cars confiscated.

(...)

TSE (a empresa de transporte) is also suing the women's employer, Onet-Luxembourg. "They've basically accused us of inciting the car-sharing scheme when we have nothing to do with the method of transport used by our staff," said director Frédéric Sirerol.

Aceitam-se apostas

My Government is My Soul

It's only a state of mind

Obey Hank Williams

17.7.05

Porque é que a direita quando chega ao poder não é liberal? (III)

Porque é que a direita quando chega ao poder não é liberal? (II)

Porque é que a direita quando chega ao poder não é liberal?

Contra Hank Williams

Hank Williams Saw the Light