27.8.05

Leitura recomendada

Força!

26.8.05

Parabéns

Aviso à navegação europeia

Why is India America's natural ally?
(...)
Think first of the vital national interests of the United States: prosecuting the global War on Terror and reducing the staying power and effectiveness of the jihadi killers; preventing the spread of weapons of mass destruction, including to terrorist groups; dealing with the rise of Chinese power; ensuring the reliable supply of energy from the Persian Gulf; and keeping the global economy on track.

Sugiro leitura deste texto de Robert Blackwill (embaixador dos EUA na Índia entre 2001 e 2003) e publicado na última edição da National Interest. A partir do momento em que a Europa deixou de ser o palco dos principais acontecimentos mundiais e onde o futuro da humanidade se joga, a América, procura novos aliados, entre os quais a Índia. De salientar no texto a menção de Robert Blackwill à classe média indiana que é já maior que a soma das classes médias inglesa, francesa e alemã...

Falsário III

Florestas limpas

V: A excessiva divisão do território (em meio milhão de proprietários) dificulta as limpezas florestais?

GRT: A limpeza da floresta é um mito.

O que se limpa na floresta, a matéria orgânica? E o que se faz à matéria orgânica, deita-se fora, queima-se? Dantes era com essa matéria que se ia mantendo a agricultura em boas condições e melhorando a qualidade dos solos. E, ao mesmo tempo, era mantida a quantidade suficiente na mata para que houvesse uma maior capacidade de retenção da água. Com a limpeza exaustiva transformámos a mata num espelho e a água corre mais velozmente e menos se retém na mata, portanto mais seco fica o ambiente.

Excerto da entrevista concedida pelo Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles à jornalista Alexandra Correia da Revista VISÃO, nº 545, em 14 Agosto 2003.


Link via Blasfémias.

Uma floresta, uma verdadeira floresta e não as matas que existem pelo país fora, limpam-se a elas próprias. Uma floresta de carvalhos, por exemplo. Que sujidade produz? Nenhuma. Apenas as folhas que caem no Outono e tão necessárias são para a alimentação e enriquecimento da terra, bem como à retenção das águas das chuvas, impedindo, dessa forma, as cheias. Os carvalhos (tal como todas as tradicionais árvores do clima mediterrâneo) são de crescimento lento, logo a sua propagação espontânea não se faz de um momento para outro. Uma semente que caía na terra e germine apenas dará origem a uma árvore muitos anos mais tarde. É precisamente o oposto do que sucede com os pinheiros e os eucaliptos que se propagam rapidamente e cujas árvores jovens atingem, bastante cedo, tamanhos consideráveis que impedem um normal desenvolvimento da vida florestal.

Até há dois anos atrás qualquer pessoa se riria do que está escrito no parágrafo anterior, tal como sempre se ridicularizou o Arquitecto Ribeiro Telles. Agora, e com os incêndios dos últimos anos que parecem não dar muita margem para dúvidas, já se começa a aceitar o ter sido um disparate a política florestal seguida, nos últimos 70, no nosso país.

Fogos florestais - II

Do que leio e ouço sobre os fogos florestais, fico a ideia que se transmite a noção que além de beneficiarem economicamente os madeireiros (de uma forma sempre suspeita), constituem uma oportunidade para reordenar a floresta, plantando outra espécies (antigamente predominantes), não repetindo as manchas contínuas de pinheiros e eucaliptos. Nesse processo, o estado (nacional ou através da UE) é muitas vezes chamado a subsidiar esse processo de reconversão, beneficiando assim os produtores florestais e o país como um todo.

Não estaremos perante um exemplo daquilo que Bastiat descreveu com a Falácia da Janela Quebrada (ler o ensaio "That Which is Seen, and That Which is Not Seen"), mais tarde retomada por Hazlitt no "Economics in One Lesson"?
Não me parece que da destruição dos recursos florestais exsitentes se possa tirar um resultado positivo para o país. Os fogos não representam por isso uma oportunidade positiva.

Da boa vontade não reza a história

Fogos florestais

O novo director do DN

A quem aproveita o proteccionismo? - III

There is also little evidence to suggest that the quotas have significantly helped or will help the European clothing industry. Large retailers say they have shifted or plan to shift their production from China to other non-European countries like Morocco, Tunisia, Turkey, Bangladesh and Vietnam.

A quem aproveita o proteccionismo? - II

With around 50 million sweaters and 17 million pairs of trousers already detained, big name stores across the continent are increasingly anxious that these Chinese-made clothes are released in time to prepare for the Christmas rush. And now T-shirts and bras have also joined the list of products that have reached their EU quota limits.
Não só os consumidores europeus são prejudicados por não poderem aceder a produtos mais baratos, podendo assim dispersar o seu rendimento entre outros consumos (ou aumentando as suas aplicações em poupanças), mas também os chineses o são por os fabricantes estarem já a despedir pessoal (também estes ficam com o rendimento diminuido e com menor possibilidade de consumir, p.ex., produtos europeus).
No Telegraph:
Mr Mandelson [EU trade commissioner] admitted this week that there had been a "serious glitch" in the way the curbs had been enforced. He also said the quotas had been imposed to soothe "extreme public fears" in Europe, acknowledging that the motive was chiefly political.

EU trade officials began talks in China yesterday to find a way out of the immediate chaos, but there is little they can do beyond tinkering with quota deadlines until EU states can agree among themselves on the basic policy. The chief dispute is between the free-trade bloc of Holland, Scandinavia and Germany, and the textile producing states of the Mediterranean belt and eastern Europe.

France has sided with the southern tier to protect jobs in its former colonies in North Africa, chiefly to slow migration and to halt the spread of Islamic radicalism.

25.8.05

Estatuto social do bombeiro

Em declarações à TSF, o presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, Duarte Caldeira, afirmou que na época dos incêndios florestais, estão disponíveis cerca de 15 mil bombeiros dos 38400 voluntários inscritos. Para o responsável, os 61 por cento que não combatem as chamas são pessoas que apenas querem beneficiar do Estatuto Social do Bombeiro.

(in PortugalDiário, via Do Portugal Profundo)
Do referido Estatuto os benefícios mais atractivos são:###
Artigo 22º (Aumento de tempo de serviço para efeitos de aposentação)

1 - O tempo de serviço prestado pelos sapadores bombeiros e pelos bombeiros municipais a tempo inteiro beneficia do aumento de 25% para efeitos de aposentação.

2 - Do mesmo aumento beneficiam os subscritores da Caixa Geral de Aposentações, relativamente ao tempo de serviço prestado como bombeiro voluntário, bem como os titulares dos órgãos executivos das associações de bombeiros e dos órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses com, pelo menos, 15 anos de bom e efectivo serviço, quando, em qualquer dos casos, seja prestado em simultâneo com o exercício das respectivas funções.


Artigo 23º (Bonificação de pensões)

1 - Têm direito a uma bonificação de pensão, de quantitativo equivalente ao previsto no artigo anterior, determinado em função do tempo de serviço prestado e quando estejam abrangidos pelos regimes contributivos de segurança social, os seguintes indivíduos:

a) Os bombeiros;


Artigo 25º (Assistência médico-medicamentosa)

1 - Nos casos de acidente ou doença comprovadamente contraída ou agravada em serviço, pode o pessoal dos corpos de bombeiros voluntários na situação de actividade no quadro e os cadetes, bem como os titulares dos corpos gerentes das associações de bombeiros e dos órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses, beneficiar gratuitamente de assistência médica e medicamentosa, através do Fundo de Protecção Social do Bombeiro, na parte não coberta por outras entidades, contratos de seguro ou outra proveniência.


Artigo 29º (Isenção de taxas moderadoras)

1 - Os bombeiros beneficiam de isenção de pagamento de taxas moderadoras no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.


Artigo 32º (Faltas ao serviço)

1 - Os bombeiros voluntários poderão faltar ao trabalho para o cumprimento de missões atribuídas aos corpos de bombeiros a que pertençam, incluindo a frequência de acções de formação, sem perda de remuneração ou quaisquer outros direitos e regalias, desde que o número de faltas não exceda, em média, três dias por mês, e não haja prejuízo para a actividade da entidade patronal.

2 - ...

3 - Para efeitos da frequência de cursos de formação na Escola Nacional de Bombeiros, os bombeiros voluntários têm a faculdade de faltar ao trabalho, sem perda de direitos, até ao máximo de 15 dias por ano, em períodos interpolados de 5, sendo as respectivas entidades patronais compensadas pelos custos inerentes.

4 -...

5 - Os bombeiros voluntários têm direito a receber do Serviço Nacional de Bombeiros salários e outras remunerações perdidos quando aquele proceda à sua requisição.

Dois pesos...

Quem pensa o quê?

Retorno fiscal

Num cenário cinza, «o mais plausível, na minha opinião», os privados não reagem e investem apenas 17 mil milhões de euros nos [próximos] 25 anos. Os novos empregos criados reduzem-se a 24 mil por ano e o impulso extra no PIB reduz-se a 21 mil milhões de euros no período. Ou seja, cerca de 1000 milhões por ano, ou 0,7% do PIB. Assumindo a mesma taxa de fiscalidade de 25%, as receitas fiscais seriam, ainda assim, de 240 milhões por ano. «Neste cenário, o investimento demoraria onze anos a ser recuperado, mas seriam ainda gerados cerca de 2500 milhões nos 14 anos seguintes».
Este professor de Economia esqueceu-se de apontar o facto dos seus cálculos relativamente ao investimento privado não estarem directamente relacionados com o investimento público no aeroporto da Ota e TGV. Logo, o retorno fiscal para o Estado será maximizado se não existir qualquer investimento público.

O país (ir)real

Durante as férias tive a oportunidade, que me escapa o resto do ano, de tomar o pequeno almoço a horas civilizadas e com o tempo necessário às mastigações recomendadas. Pude dar uma vista de olhos aos programas que ocupam as manhãs da RTP e SIC (parece que o da TVI também foi de férias). Grande lição de (ir)realidade. Ali, aos meus olhos e ouvidos, estavam os cidadãos deste país. Empurrando-se até conseguirem tempo de antena para mandar beijinhos aos parentes e amigos, para conseguir mostrar o cartaz que assinalava a sua presença (pessoal ou em representação), para dar a conhecer as avós portuguesas (tarefa meritória esta, a de dar tempo de antena às avós; já quanto aos netos...).

Por vezes, e muitas vezes na blogosfera, esquecemos que é este, maioritariamente, o país real. Aquele que não lê blogs, não leu Haye(c)k, não sabe que a direita não é liberal nem se importa com a anacleta revolução permanente e urbana. Estarão também entre os cidadãos que em Outubro vão escolher, entre os caciques locais, aquele que maiores benefícios lhe trará ou aquele que o "opinion maker" da freguesia aconselhar. Serão os mesmos que em Janeiro irão escolher entre Soares e Cavaco, entre o "bochechas" que os livrou de fascistas e comunistas e o Sr. Prof. que fez as estradas que ajudam a que os filhos, netos e demais parentes emigrados, cheguem mais depressa à aldeia.
Também as gerações mais novas que apareciam nas manhãs televisivas, se mostravam continuadoras deste Portugal pouco literado (alfabetizado?), a continuação garantida de um país desfazado da realidade educacional, cultural e tecnológica do resto da Europa. Muitos deles estarão, infelizmente para sempre, excluídos de qualquer "choque tecnológico" mas continuarão a depender do estado providência para viver. As escolhas dos governantes na repartição do dinheiro dos impostos não será alheia ao apoio que possam deles derivar, num movimento circular que ajuda a perpetuar o atraso do país.
Mas sejamos optimistas: há sempre as crianças "pós-choque". Por elas (e também pelos já mais mais crescidos) valerá a pena tentar mudar o país.

Falsário II

O risco da liberdade é também perder

A quem aproveita o proteccionismo?

Alguns produtos vindos da China já não podem entrar na União Europeia por terem sido ultrapassadas as quotas de importação de têxteis chineses.
Por isso, em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países europeus, estão mais de 13 toneladas de roupa, entre atoalhados e tecidos, e 426 364 camisas retidas nas alfândegas, à espera que o importador decida o que fazer ao material.(...)

Acontece que, no período transitório entre ter sido liberalizado o mercado e ter entrado em vigor o sistema de quotas, só as encomendas feitas acabaram por ultrapassar essa quota.

24.8.05

Arte de encher chouriços

Trampolinada de Sampaio

Dor?

Pior que a Mafia

A Refer e a Bombardier têm 20 dias para chegar a acordo, caso contrário o Governo avança para a expropriação das instalações da ex-Sorefame, como está previsto na lei.

(in Diário Notícias)

Se fosse qualquer outra entidade, o proprietário teria a possibilidade de, pelo menos, procurar protecção policial e/ou judicial...

Falsário

As responsabilidades do Presidente da República II

RE: Tudo como dantes...

Finalmente...!!!

“numa situação nacional marcada por agravados problemas políticos, económicos e sociais que comprometem o futuro do País, as condições de vida dos trabalhadores e do povo, reafirmando a esperança e a confiança de que é possível um rumo diferente e uma vida melhor, o Comité Central decide que o candidato do PCP seja, o Secretário-geral, camarada Jerónimo de Sousa.”

O dilema socialista

O que é um "neo-liberal"?

I consider myself a liberal. I know many people who are liberals, and many more who are not. But, throughout a career that is beginning to be a long one, I have not known a single neoliberal. What does a neoliberal stand for? What is a neoliberal against? In contrast with Marxism, or the various kinds of fascism, true liberalism does not constitute a dogma, a closed and self-sufficient ideology with prefabricated responses to all social problems. Rather, liberalism is a doctrine that, beyond a relatively simple and clear combination of basic principles structured around a defense of political and economic liberty (that is, of democracy and the free market), welcomes a great variety of tendencies and hues. What it has not included until now, nor will it include in the future, is that caricature furnished by its enemies with the nickname neoliberal.
A "neo" is someone who pretends to be something, someone who is at the same time inside and outside of something. It is an elusive hybrid, a straw man set up without ever identifying a specific value, idea, regime, or doctrine. To say "neoliberal" is the same as saying "semiliberal" or "pseudoliberal." It is pure nonsense. One is either in favor of liberty or against it, but one cannot be semi-in-favor or pseudo-in-favor of liberty, just as one cannot be "semipregnant," "semiliving," or "semidead." The term has not been invented to express a conceptual reality, but rather, as a corrosive weapon of derision. It has been designed to devalue semantically the doctrine of liberalism. And it is liberalism -- more than any other doctrine -- that symbolizes the extraordinary advances that liberty has made in the long course of human civilization.

Via Johan Norberg

23.8.05

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22.8.05

Como vai ardendo a razão dos socialistas

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Jogada de mestre

21.8.05

Contraste n.º 22

Em Portugal, as posições liberais muito raramente são defendidas por elementos da direita política. Deste modo, esta torna-se culpada, por não comparência ao debate, pela iliteracia reinante face ao mercanismo de mercado. A razão desta passividade é um puzzle que me intriga.

Uma das possíveis soluções para o mesmo é a seguinte: nos partidos do espectro político de direita (PSD e PP) não há liberais. Estes partidos são uma mescla de conservadores e socialistas "suaves". Obviamente ambas as facções não terão grande interesse em defender o mecanismo de mercado. Os socialistas são racionalistas por vocação. Os conservadores batem-se pela não alteração do status quo.

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