O socialismo, puro ou democrático, perdeu o seu prestígio para as "novas causas". Entre elas, o activismo ecologista, a alterglobalização, a positive action para as minorias, o fascismo do "saudável"... e agora o "direito ao microcrédito". Qualquer uma destas vias implica o sufoco de uma parte da economia livre, e a subjugação ou substituição dos agentes que nela operam (por lucro, ou movidos por objectivos "sociais") por organismos estatais. Uma sociedade que admite que os pobres devam ao Estado rapidamente descambará para uma sociedade onde todos devem ao Estado por solidariedade colectivista. Como bem explicou Hayek, o micro-socialismo tende a evoluir para o macro-socialismo.
Processo bem mais simples e directo que o micro-crédito é desonerar todos os cidadãos — ricos e pobres — do peso opressivo do Estado. E isto, a fundo perdido.
Existe na realidade um efeito benéfico, medido em termos de melhoria de condições de vida dos que acedem ao microcrédito? Se existe, é igual em zonas urbanas e rurais? Os bancos e entidades financeiras são acusados de predadores e de não concederem crédito aos mais pobres, porque estes não podem fornecer as garantias exigidas. Nesse sentido são condenados por aqueles que não lhes querem emprestar dinheiro (como se alguém fosse obrigado a fazê-lo) à manutenção na pobreza, surgindo os promotores do microcrédito como altruístas desinteressados e opositores do capitalismo (go figure). 1) Os Grameen Bank (GB)deste Mundo só podem conceder crédito porque alguém, algures, cria riqueza que permite a própria existência do GB; 2) Se quem cria a riqueza forem os próprios clientes do GB, este não faz mais que actuar num nicho de mercado, cobrando os juros suficientes que lhe permitem operar; 3) Se os seus clientes não criam riqueza suficiente para que o GB sobreviva por si mesmo, então este utiliza dinheiro que não lhe pertence; 4) Resta saber os métodos de cobrança, os prazos, as taxas e as exigências que o GB faz aos clientes. Há outra solução, esta sim capitalista, para que os pobres das zonas rurais (onde aparentemente o GB tem mais sucesso) tenham acesso ao crédito. No livro “O Mistério do Capital”, Hernando de Soto demonstra que o problema nos países menos desenvolvidos é a falta de capitalismo, no que este pressupõe de reconhecimento do direito de propriedade como base de funcionamento. Sem tal reconhecimento, não é possível aos pobres comerciarem, trabalharem ou trocarem seja o que for, ou seja não é possível o capitalismo. Como exemplo, nas páginas 252 e 253 acerca das Filipinas e Peru, podemos observar que nas Filipinas:
57% das propriedades urbanas são informais; 67% das propriedades rurais são informais.
No Peru: 47% das propriedades urbanas são informais; 81% das propriedades rurais são informais.
Isto é nove vezes mais que o capital das maiores empresas pertencentes ao Estado filipino nos finais de 1998 e no Peru, duas vezes mais que o valor do total dos activos das mil maiores empresas privadas formais. Ou seja, o potencial de garantia de crédito se estas propriedades entrassem na economia formal (fossem reconhecidas) é maior que o PIB das Filipinas! Com outra vantagem, em vez de taxas de juro de 20% (subsidiadas) a 100% pagas aos financiadores do microcrédito, os proprietários desta riqueza que são os pobres, poderiam pagar apenas as taxas de mercado. Neste sentido, podemos concluir que os pobres estão a ser miseravelmente explorados pelo facto de não terem acesso ao capitalismo.
Genial, o comentário de FJV sobre a notícia de que o parlamento europeu, atendendo ao facto de a tourada ser uma tradição espanhola, portuguesa e francesa, já não a vai proibir:
Ficaram tristes, menos pelos touros do que pelo facto de esta semana não proibirem outra coisa qualquer.
Here we must note two variants of the common hermeneutical theme. On the one hand are the candid relativists and nihilists, who assert, with an inconsistently absolutist fervor, that there is no truth. These hold with the notorious dictum of the epistemological anarchist Paul Feyerabend that "anything goes." Anything, be it astronomy or astrology, is of equal validity or, rather, equal invalidity. The one possible virtue of the "anything goes" doctrine is that at least everyone can abandon the scientific or philosophic enterprise and go fishing or get drunk. This virtue, however, is rejected by the mainstream hermeneuticians, because it would put an end to their beloved and interminable "conversation."
In short, the mainstream hermeneuticians do not like the "anything goes" dictum because, instead of being epistemological anarchists, they are epistemological pests. They insist that even though it is impossible to arrive at objective truth or indeed even to understand other theorists or scientists, that we all still have a deep moral obligation to engage in an endless dialogue or, as they call it, "conversation" to try to arrive at some sort of fleeting quasi-truth. To the hermeneutician, truth is the shifting sands of subjective relativism, based on an ephemeral "consensus" of the subjective minds engaging in the endless conversation. But the worst thing is that the hermeneuticians assert that there is no objective way, whether by empirical observation or logical reasoning, to provide any criteria for such a consensus.
Since there are no rational criteria for agreement, any consensus is necessarily arbitrary, based on God-knows-what personal whim, charisma of one or more of the conversationalists, or perhaps sheer power and intimidation. Since there is no criterion, the consensus is subject to instant and rapid change, depending on the arbitrary mind-set of the participants or, of course, a change in the people constituting the eternal conversation.
(...)
The prime moral duty proclaimed by the hermeneuticians is that we must at all times keep the conversation going. Since this duty is implicit, it is never openly defended, and so we fail to be instructed why it is our moral obligation to sustain a process that yields such puny and ephemeral results. In keeping with this alleged virtue, the hermeneuticians are fervently and dogmatically opposed to "dogmatism" and they proclaim the supreme importance of remaining endlessly "open" to everyone in the dialogue. Gadamer has proclaimed that the highest principle of hermeneutic philosophy is "holding oneself open in a conversation," which means always recognizing "in advance, the possible correctness, even the superiority of the conversation partner's position." But, as Barnes points out, it is one thing to be modestly skeptical of one's own position; it is quite another to refuse to dismiss any other position as false or mischievous.
(...)
In all the blather about openness, I am reminded of a lecture delivered by Professor Marjorie Hope Nicholson at Columbia University in 1942. In a critique of the concept of the open mind, she warned: "Don't let your mind be so open that everything going into it falls through."
There is another self-serving aspect to the hermeneutical demands for universal openness. For if nothing–no position, no doctrine–can be dismissed outright as false or mischievous or as blithering nonsense, then they too, our hermeneuticians, must be spared such rude dismissal. Keeping the conversation going at all costs means that these people must eternally be included. And that is perhaps the unkindest cut of all.
O mais antigo liberalismo não se denominava expressamente como tal. Recebeu a denominação de seus sucessores no momento em que o incorporaram a si próprios. Refiro-me àquilo que hoje se chama "liberalismo econômico clássico" – a escola de Adam Smith. Sua essência é a defesa da economia de livre mercado. Os argumentos que apresenta são de ordem prático-técnica, psicológica e moral, mas é importante entender que, nessa sua primeira versão, o liberalismo não era uma proposta de ação nem uma autodefinição de grupo. Adam Smith não traçou um programa político, mas descreveu processos econômicos que já existiam desde a Idade Média, explicando as razões da sua eficácia, enaltecendo a sua moralidade intrínseca e explicando algumas condições políticas e culturais requeridas para a continuidade do seu sucesso. Essas condições podem resumir-se na fórmula da democracia constitucional anglo-americana. Smith não era um ideólogo de grupo político, mas um filósofo e cientista social.
Uma segunda vertente liberal origina-se da Revolução Francesa, mas deve seu nome à formulação que obteve mais tarde na Espanha. O movimento liberal espanhol do século XIX não se compunha de capitalistas, mas de intelectuais e estudantes. Seu objetivo não era a liberdade de mercado, mas a destruição da monarquia e da Igreja, as quais não constituíam obstáculo ao capitalismo emergente mas sim à ascensão social e política de indivíduos de classe média que não encontravam oportunidade numa hierarquia estatal preenchida basicamente por membros da classe nobre.
(...)
O liberalismo econômico clássico de Adam Smith e o liberalismo ateístico e anticlerical dos franceses e espanhóis eram não somente independentes um do outro, mas opostos. Smith insistia que a economia de mercado só progrediria num ambiente de moralidade e legalidade que ela própria não poderia criar mas tinha de encontrar pronto. O tradicionalismo inglês, e não o liberalismo revolucionário franco-espanhol, foi o berço da democracia liberal-capitalista. Na França e na Espanha, a ascensão dos liberal-revolucionários veio acompanhada, ao contrário, de uma expansão da autoridade estatal, indispensável como instrumento para a implantação de políticas anticlericais, especialmente de um sistema de educação baseado no ateísmo.
To no one's surprise, Air America filed for bankruptcy protection today. The filing was under Chapter 11, so the left-wing network will stay on the air, at least for now.
I can't deny taking a certain satisfaction in Air America's inability to pay its way, but the filing may not have a lot of significance in the long run; one thing the left will never run short of is money. So Air America, or something like it, will probably be around for a while. But the network's inability to generate revenue shows how little impact it is having.
The airline's uniform code states that staff must not wear visible jewellery or other 'adornments' while on duty without permission from management.
It makes exceptions for Muslim and Sikh minorities by allowing them to wear hijabs and turbans.
Under rules drawn up by BA's 'diversity team' and 'uniform committee', Sikh employees can even wear the traditional iron bangle - even though this would usually be classed as jewellery - while Muslim workers are also allowed prayer breaks during work time.
But Miss Eweida, 55, from Twickenham, insisted her cross, which is smaller than a ten pence piece, was not jewellery but an expression of her deep Christian faith.
She questioned why she was being forced to hide her religion when BA's Muslim and Sikh workers could express theirs.
Miss Eweida said last night: "I will not hide my belief in the Lord Jesus. British Airways permits Muslims to wear a headscarf, Sikhs to wear a turban and other faiths religious apparel.
"Only Christians are forbidden to express their faith. I am a loyal and conscientious employee of British Airways, but I stand up for the rights of all citizens."
O vencedor do prémio Nobel da Medicina deste ano foi Craig C. Mello. O apelido Mello parece levemente suspeito de apresentar alguma familiaridade? A genealogia portuguesa diz que sim. Aliás, não foi nenhuma investigação particular que chegou a essa conclusão, mas sim os meios de imprensa portugueses. No dia seguinte (ou mesmo no próprio dia) ao anúncio da atribuição do galardão, os jornais portugueses noticiavam que este investigador era quase português, ou melhor, de ascendência portuguesa. Esta referência é importante porque não se trata de um caso isolado - semana a semana, quem ligar o televisor ou folhear diversos jornais, acabará por se deparar repetidamente com relatos da vida de vários e humildes portugueses que fugiram da sua terra natal há décadas atrás, para o outro continente, em busca de uma vida melhor, criando riqueza, trazendo prosperidade ao local onde se estabeleceram e, acima de tudo, poupando os seus filhos do esforço por que passaram. Mas mais interessante ainda do que analisar o historial de Portugal em termos de fluxos migratórios, a sua inversão recente e as razões pelas quais se deu, é observar toda a repercussão sociológica que envolve a emigração de portugueses.
Muitos portugueses, talvez por pertencerem ao país dos ei-los que partem, desenvolveram uma espécie de inconsciente colectivo e nostálgico que os faz sentir conectados a tudo o que diga respeito a (descendentes de) conterrâneos (de outrora), chegando a idolatrá-los, vendo-os como heróis, representantes da pátria lusitana pelo mundo, que simbolizam directamente a capacidade de trabalho do português médio que abandona o seu país em busca de condições mais favoráveis. Começar do zero não era assim tão incomum, especialmente quando se tratavam de pessoas de baixos rendimentos que, assoladas pela miséria, fugiam na esperança de recomeçar do outro lado do Atlântico e viver o sonho americano. ###
Vem isto a propósito não de razões sociológicas ou demográficas mas do facto de tantos portugueses sentirem, mesmo que não o comuniquem conscientemente, uma admiração extrema pelo seu primo na América que se tornou num self-made man - alguém que era muito pobre, não tinha absolutamente nada e que, todavia, se tornou num empresário de grande êxito. O self-made man luso-americano ou luso-canadiano funciona como uma espécie de demonstração psicológica interna de que a quem é dada uma oportunidade de singrar com o seu próprio trabalho árduo, muitas vezes alcança o sucesso.
No entanto, a contradição imediata deste fenómeno reside na introspecção que se segue à primeira adoração que surgiu. Deixando de falar dos EUA ou do Canadá, de repente, a forma de entender Portugal e os portugueses altera-se radicalmente quando o assunto não recai sobre os emigrantes e seus descendentes, mas sobre os habitantes do território original. Ao contrário do que se admira em outras ocasiões, defendem-se de imediato toda a classe de imposições que penalizem a criação de riqueza, o desenvolvimento do potencial empreendedor, que inevitavelmente fica oprimido em si mesmo, e o desejo de assumir riscos de investimento. Com todos estes aspectos, afunda-se em conjunto a mobilidade social que implicitamente é tão venerada na sociedade norte-americana. Não se hesita em apoiar em abstracto a transferência de fundos dos ricos para os pobres, não entendendo que o que acaba por ocorrer é ter uma sociedade que trabalha para danificar as suas próprias possibilidades de progresso, manter uma legião maioritariamente ineficiente e improdutiva de dependentes directos deste dinheiro e financiar os mecanismos tortuosos e burocráticos desta própria transferência. Curiosamente ou não, são precisamente as mesmas pessoas que, sempre que podem, não hesitam em desejar o melhor para os seus filhos, ou seja, que possam vir posteriormente a estudar/trabalhar em países com uma estrutura económica semelhante à dos EUA, onde o seu trabalho seja superiormente recompensado.
A interrogação que infelizmente estes portugueses não parecem impor a si mesmos é a razão pela qual todos estes self-made men não foram, na verdade, produto caseiro. Porque foi necessário que saíssem para atingir tais resultados. E porque continua a corporate america a gerar mais self-made men de grande sucesso com sangue português do que Portugal. Quem colocar a si mesmo estas perguntas, sem conhecer previamente a resposta, acabará por ter de concluir que a única diferença é o facto de que estas pessoas que decidiram abandonar o seu país de origem, algo que no fundo aconteceu por toda a Europa, não foram bem sucedidas na sua terra nativa porque não lhe foi dada essa possibilidade. E decidiram recomeçar na América, ou em outro país maioritariamente livre, porque não é o Estado toda a fonte de oportunidades de empreendedorismo, mas sim a própria natureza da sociedade livre que permite que estas surjam quando alguém tem intenção e vontade de se dedicar à produção de algo que melhore as vidas de cada um dos elementos que a compõe.
Entretanto, e até que isto seja compreendido e assimilado, por consciencialização ou força da necessidade, aqueles que desejem maximizar as suas capacidades nas profissões da actualidade continuarão a emigrar para países que durante décadas sofrerem um desenvolvimento sustentado, o que lhes permite oferecer condições de trabalho muito mais apetecíveis e onde a qualidade é indubitavelmente reconhecida como preciosa. Consequentemente, os portugueses cá de dentro continuarão a ter portugueses e luso-something de quem se orgulhar, uns self-made men, outros já de profissões especializadas. E a grande maioria da Europa continental, de onde todos os mais individualistas vão tentando sair continuamente, deixando para trás os que defendem a manutenção dos sistemas económicos actuais e os malfadados estados de bem-estar (sic), continuará a assemelhar-se cada vez mais com uma estrutura decadente, em vias de colapso, que vive acima das suas possibilidades e acabará por sofrer o amargo sabor dos reajustamentos forçados.
A rare early October snowstorm that buried parts of the Great Lakes region under as much as 2 feet of snow was blamed Friday for at least three deaths in New York state, widespread blackouts and stranded travelers.
A teenage schoolgirl was arrested by police for racism after refusing to sit with a group of Asian students because some of them did not speak English.
Codie Stott's family claim she was forced to spend three-and-a-half hours in a police cell after she was reported by her teachers.
D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, considera o aborto "uma questão humana" e sublinha que, sendo assim, ela "tem que ser também uma questão religiosa", uma vez que "a Igreja está de acordo com tudo o que é humano".
(...)
Para si, "o aborto não é referendável porque o direito à vida é inviolável". Mas "uma vez que acontece esse referendo", o prelado afirma: "Iremos alertar todos os cidadãos para que votem em consciência e de acordo com a sua fé."
Por nunca ter estudado o tema com a profundidade necessária para o efeito, não tenho uma opinião definitiva sobre o "micro-crédito", mas creio que algumas das características do fenómeno em geral - e do Grameen Bank de Muhammad Yunus em particular - justificam pelo menos alguma prudência da parte dos liberais. Aqui ficam alguns textos com uma perspectiva mais céptica: Yunus the Wonderful? Por Llewellyn H. Rockwell, Jr. / Myths of Microcredit. Por Jeffrey Tucker. / Microcredit Meltdown. Por Jeffrey Tucker. / The Micro-Credit Cult. Por Jeffrey Tucker.
America e a Grã Bretanha, pelo desconsolo dos oposicionistas portugueses, apoiaram Salazar, entendendo perfeitamente o perigo da URSS, através dos seus agentes locais, estender as suas garras até o Atlântico. O mundo livre pagou um preço, na área da credibilidade democrática, por este apoio aos regimes ibéricos.
Todos conhecem o desfecho. A URSS desmoronou-se. Para quem tem olhos de ver tanto o socialismo como o marxismo sofreram estrondoso descrédito. Todavia, o comunismo não morreu. Em toda a parte sobrevive como uma miasma venenosa. Hoje, em nome da democracia (que eles nem sabem o que é) os “idiotas úteis” querem eliminar Salazar da história de Portugal enquanto enaltecem Fidel Castro e outros sanguinários ditadores. A História não lhes ensinou nada nem eles querem aprender.
Quanto à política colonial de Salazar esta é sem dúvida criticável. Tal como a dos britânicos na India, na Malásia, no Chipre, no Kenya, na Irlanda. Ou dos holandeses na Indonésia. Ou dos franceses na Indochina e na Argélia. Mas aqui também na questão colonial, nunca podemos esquecer o factor soviético e a guerra fria. No que diz respeito às colónias portuguesas o que é certo, depois de tanto sangue derramado, é que não fica nada bem aos luminários da esquerda criticar Salazar. Não foi ele o responsável pela descolonização histérica e desastrosa que levou às guerras civis de Angola, Moçambique e Timor, onde morreram muitíssimo mais homens, mulheres e crianças do que alguma vez no tempo de Salazar.
Uma reacção estranha já que, como muito bem realça JPP, várias das expressões utilizadas na mini-biografia de Salazar que foi posta em linha parecem ter como único objectivo induzir a que não se vote em Salazar. Parece que só mesmo apagando Salazar da fotografia é que a extrema-esquerda ficaria satisfeita. Com novos meios descentralizados de circulação da informação como a blogosfera, será cada vez mais complicado concretizar esses desejos (já não basta controlar a comunicação social...) mas estou certo de que os adeptos da manipulação da história para efeitos de propaganda socialista não vão desistir.
No one enjoys luxury goods more than paramount leader Kim Jong-il, who boasts the country's finest wine cellar with space for 10,000 bottles.
Kim has a penchant for fine food such as lobster, caviar and the most expensive cuts of sushi that he has flown in to him from Japan, according to Kim's former chef.
Kenji Fujimoto, a pseudonym, who worked as Kim's personal sushi chef in the late 1980s and 1990s at a time when more than 1 million North Koreans perished in a famine, said in a book Kim would go to extremes to satisfy his appetite.
Kim would have aides purchase caviar for him in Iran and even sent one envoy to Beijing to bring back McDonald's hamburgers, he said.
Na versão original da lista não vem António de Oliveira Salazar, o que imediatamente suscitou protestos nessa parte muito viva e atenta da comunicação, que são os blogues. A lista foi entretanto corrigida, com a inclusão de Salazar, mas a ausência inicial só pode ter sido de natureza censória e não um lapso. Alguém achou que colocar lá o nome de Salazar ou podia gerar polémica, ou podia levar a uma votação incómoda na personagem, o que se entendeu que colocaria o programa em apuros. Quer num caso quer noutro, os malefícios do politicamente correcto são evidentes, porque uma lista deste tipo sem Salazar não tem pés nem cabeça.
(...)
Por tudo isto não espanta a censura do nome de Salazar, por medo de um resultado inconveniente num programa da "televisão pública" da democracia (ela própria fundada por Salazar), como não me espantaria que Salazar pudesse ganhar o concurso. Vejo nisso poucos inconvenientes e até vantagens. Para além do aspecto catártico, talvez isso suscitasse uma discussão a sério do que significou Salazar na nossa história do século XX onde ele é a personagem principal, goste-se ou não.
*[é impressão minha ou o título soaria bem melhor se fosse "Por que razão tem a democracia medo de Salazar?"]
Pope Benedict XVI is preparing to release a motu proprio extending permission for priests to celebrate the traditional Latin Mass, Vatican sources have confirmed.
The new papal document-- for which a publication date has not yet been set-- would give all priests permission to celebrate the Mass of St. Pius V.
(...)
Vatican sources say that the papal document affirms the principle that there is only one liturgical rite for the Latin Church. But this rite has two forms: the "ordinary" liturgy (the Novus Ordo, celebrated in the vernacular language) and the "extraordinary" (the Tridentine rite, in Latin). These two forms have equal rights, the text indicates, and bishops are strongly encouraged to allow free use of both forms.
A breve prazo as missas vão poder ser celebradas em Latim. A possibilidade está prevista na nova Carta Apostólica de Bento XVI, que estará concluída em breve. O texto está quase pronto. Bento XVI já o reviu duas vezes e os detalhes estão agora a ser avaliados nas Congregações. Segundo a agência francesa I Media, espera-se para Novembro a publicação desta nova Carta Apostólica, que deverá liberalizar a expressão tradicional do rito católico romano, segundo o missal de São Pio V. O documento parte do princípio de que "existe um único rito latino, com duas formas: a ordinária, ou seja, vernacular; e a extraordinária, neste caso, a tradicional; e que estas duas formas têm igualdade de direitos".
Johan Norberg: "Today, the Norwegian Nobel Committee made its wisest decision in...well, perhaps ever"
Tyler Cowen: "This is a wonderful choice. The funny thing is, they never would have considered this guy for the Economics prize."
Glenn Reynolds:"Micro-credit is far more effective at fighting poverty than big government programs. And Grameen's efforts to empower women have made them very unpopular with Islamists"
AA: "O micro-crédito é um triunfo do empreendedorismo privado, e a prova que o capitalismo pode ser uma poderosa ferramenta de ajuda aos pobres, se deixado funcionar."
Sobre o micro-crédito recomendo a leitura deste post do JCD
Para a compreensão dos estudos "científicos" sobre o Iraque publicados na Lancet (2)
Com a autorização do autor, publico um texto recebido por email no passado dia 11 sobre o mais recente estudo "científico" publicado na revista médica "The Lancet" sobre o número de iraquianos mortos em "consequência directa" da invasão.
Pode-se ler no "Portugal Diário" de hoje que um estudo feito pela revista médica "The Lancet" prova que "mais de 600.000 iraquianos morreram desde o início da invasão do Iraque, em Março de 2003, em consequência directa da violência". Adianta ainda o "P.D." que "os resultados baseiam-se em inquéritos efectuados entre 20 de Maio e 10 de Julho de 2006 junto de 1.849 famílias escolhidas aleatoriamente e com uma média de sete membros. Aos inquiridos foi perguntado se tinham sofrido a morte de familiares nos 14 meses anteriores à invasão de Março de 2003 e nos 14 meses seguintes.Os médicos iraquianos pediram certificados de óbito em 87 por cento dos casos e foram entregues os certificados correspondentes em 90 por cento dos casos."
Como médico com algumas noções de epidemiologia e, já agora, de como se manipulam números e estudos, gostaria de tecer alguns comentários:###
Em primeiro lugar, e como o próprio estudo refere, "69% das mortes resultaram sobretudo da violência étnica e intra-religiosa. Árabes contra árabes, sunitas contra xiitas..."
Mas como já sabemos que os americanos têm sempre a culpa de tudo, detenhamo-nos sobre outros aspectos:
1- Foram feitos inquéritos a famílias escolhidas aleatoriamente, mas onde? também nas zonas menos tocadas pela guerra? ou só nas mais violentadas?
2- Os inquiridos contabilizaram (em meados de 2006) o número de familiares mortos desde os 14 meses anteriores à invasão até aos 14 seguintes. Foram mortes confirmadas por atestados em 90% dos casos dos 87% solicitados, o que dá 79% de confirmações. Temos assim que em 600.000 há portanto 126.000 casos não confirmados.
3- As mortes não relatadas não puderam ser, obviamente, controladas por atestados. Isto quer dizer que nada nos garante não haver uma minimização do número de mortes antes da invasão, o que poderá distorcer grandemente o método de comparação "antes e depois".
4- Uma das mais óbvias desonestidades do “estudo” tem aliás a ver com a amostra: comparar 14 meses antes da invasão (em “paz”) com 14 meses a seguir (e portanto na fase em que houve guerra mais intensa e generalizada no terreno), e extrapolar os ditos casos desses 14 meses para os 28 meses seguintes, inflaciona, e de que maneira, os números.
5- Finalmente, todos sabemos que sempre que alguém morre vítima da violência bélica no Iraque isso nos é diligentemente comunicado pela generalidade da imprensa. Seria muito fácil essa mesma imprensa (ou algum curioso) dedicar-se a pegar nos jornais desde a altura da invasão e somar as mortes (só violentas e dos iraquianos, atenção).
Mas vamos supor, já atirando muito (mas muito) por alto, que desde Março de 2003 morreram em média diariamente 100 pessoas vítimas de atentados, bombas, (ou torturas dos americanos, pois claro!). Há muitos dias, como hoje, em que nada vem relatado, mas fica por conta dos outros...Teríamos assim, desde Março de 2003: 100(mortes/dia)x365(dias/ano)x3,5(3 anos e meio) = 127.750 mortes! Um bocadinho longe das 600.000...Como diz a outra: há coisas fantásticas, não há?
Já agora, fazendo as contas com os números do “estudo” da Lancet: 600.000 (mortes)/(3,5x365 dias) = 469 mortes por dia, ininterruptamente desde 2003!
A ser assim, e lendo a nossa imparcialíssima imprensa, até o Avante está vendido ao imperialismo americano!
"The capitalists have to be frightened," (...) "There is no alternative. They can’t just dispose of people as they wish. They have to be held accountable."
"Last night's brilliant episode of South Park uncovered the truth about the websites devoted to 9-11 conspiracy theories: the websites are part of a massive conspiracy to convince the American public that the Bush Administration carried out 9-11 ("the most perfectly executed plan in history") so the sheeple will not lose their faith in the US Government s omnipotence."
À última hora, a direcção da maioria parlamentar decidiu que, afinal, as condições de acesso das finanças às contas bancárias poderão ser ainda mais facilitadas, destaca a edição do Diário Económico esta sexta-feira.
(...)
As propostas do PSD e do BE alargam ainda mais as possibilidades de levantamento do sigilo bancário do que o projecto do Governo. Por exemplo, segundo a proposta do PSD, o levantamento (do sigilo bancário) passaria a ser decidido pelo director distrital de Finanças.
The 9-9-06 Issue of The Economist has global warming as a cover story, The Heat is On. On page 8 of the special section, the Economist lends support to the quip that environmental writers have a post-it-note on their computer screens that reads: “never, ever check facts.” We take note of the fact that it prints two pictures of a Svalbard Glacier from 1918 and 2002 respectively called Blomstrandbreen as implicit proof of melting ice. Danish professor Ole Humlum from Oslo University, who used to work at the university’s branch in Svalbard, years ago revealed the photos as a Greenpeace hoax. Blomstrandbreen is a so-called galloping glacier, which periodically advances and retreats, regardless of the climate. We reach back to 2002 for a report on the hoax. The Economist seems either oblivious or unconcerned with reality. Makes one wonder what else in the report is science fiction
Moral da história? Todo o cuidado é pouco quando se está a lidar com o fanatismo de organizações eco-religiosas como a Greenpeace.
A Anacom decidiu esta quinta-feira suspender de forma imediata a oferta do plano tarifário PT Free Noites, da Portugal Telecom (PT), de acordo com um comunicado do regulador.
No documento, a Anacom sublinha que «deixou sempre claro» à Portugal Telecom «que a gratuitidade do tráfego do serviço telefónico fixo prestado pela PT Comunicações, independentemente dos diferentes formatos que têm vindo a ser seguidos pela concessionária, suscita sérias reservas de natureza concorrencial.» A entidade reguladora duvida de igual modo «da percepção que os consumidores terão sobre a coerência entre um tarifário do serviço universal que aumenta o preço da assinatura associado à gratuitidade do tráfego no período noites e o plano agora lançado, que alegadamente garante tal gratuitidade sem qualquer mensalidade adicional.» A Anacom refere-se neste caso a uma proposta de tarifário definida pela PT Comunicações em Agosto, com a denominação «noites».
O João Miranda escreveu hoje, como de costume de modo incisivo, sobre a religião ambientalista, elencando algumas das características desta nova religião. O ponto número 4 reza assim:
Os ambientalistas, tal como os os fanáticos religiosos, reagem irracionalmente às heresias.
E como reagem irracionalmente a quaisquer heresias, querem-nas castigar. Assim, um tal David Roberts não hesita em propor uma espécie de tribunal de Nuremberga para todos aqueles que pertençam à "denial industry", só que aqui os negacionistas não são aqueles que negam o holocausto, mas todos aqueles que, por um ou outro motivo, são cépticos quanto à questão do "aquecimento global", sobretudo, no que diz respeito às suas origens antropogénicas.
Toda esta linguagem de equiparar o aquecimento global ao Holocausto e a tentativa de associar o negacionismo do Holocausto ao cepticismo sobre o aquecimento global, chamando negacionistas a estes últimos, não passa de uma tentativa torpe, totalitária e politicamente corrente (tautologia: o politicamente correcto é totalistarista por definição) de encerrar o debate, escudando-se num inexistente consenso científico e demonizando o adversário (velha táctica por demais empregue).
Daqui a pouco ser céptico sobre o aquecimento global será quase considerado como crime contra a humanidade. A este propósito, ler também Global warming: the chilling effect of free speech de Brendan O'Neill.
É certo que as ameaças à liberdade de expressão se multiplicam, mesmo em países democráticos como a França (cf. Génocide arménien: la décision française mal accueillie en Turquie; não tenho dúvidas que o genocídio dos arménios aconteceu, mas uma lei a penalizar quem expresse dúvidas sobre ele é qualquer coisa muito estúpida), mas é preciso não nos intimidarmos perante estes exemplos, sob pena da liberdade de expressão ser coisa do passado, passando a existir, apenas, a verdade oficial.
De qualquer modo, pelos exemplos vistos, parece não haver dúvidas que para alguns o ambientalismo está a tornar-se numa verdadeira religião, com dogmas de fé e tudo, em que os hereges têm que ser condenados pela sua dissêndia em relação à verdade oficial.
Espero que a RTP, no âmbito do cioso cumprimento das suas obrigações de serviço público, já esteja a planear a exibição de um documentário que desmonte mais este escandaloso exercício de propaganda da CIA.
Felizmente, a verdade sobre todos estes actos de falsificação e manipulação da administração Bush está nanet para quem a queira descobrir.
Para explicar a sanha contra os funcionários, há boas almas que atribuem ao actual governo do PS um suposto projecto de “direita liberal” para minimizar o Estado. É talvez a mais comovente de todas as ilusões. As vítimas administrativas e docentes do actual governo convencem-se assim de que os seus problemas seriam simplesmente resolvidos mudando estes ministros, ideologicamente contaminados, por outros ministros, ideologicamente mais puros. Mas este, como o chefe do governo não se cansa de repetir, é bem um governo de esquerda. Mais: é o único governo de esquerda possível numa época de relativa estagnação económica, e quando já ninguém acredita nas vantagens de estatizar a produção da riqueza. O seu objectivo é preservar o actual Estado Social, isto é, o sistema pelo qual o poder político se reserva o direito de determinar em última instância as “escolhas” dos indivíduos. E para isso, a “esquerda moderna” só encontrou um caminho. E esse caminho, quando retiramos aos discursos e planos governamentais a sua casca lírica, é basicamente este: exigir mais aos seus funcionários, e pagar-lhes menos. É precisamente porque o governo não quer nem pode contemplar uma verdadeira mudança de vida em Portugal, que precisa de levar o funcionalismo ao purgatório. A outra alternativa de esquerda seria destruir a sociedade com impostos. A “esquerda moderna” é, apesar de tudo, sensata.
Quando a verdade incomoda, a extrema-esquerda considera lamentável a actuação de quem a noticia sem ceder aos ditames do politicamente correcto.
Fonte da PSP do Porto afirmou ao CM que depois de tomarem conhecimento da ocorrência constataram que os quatro elementos estavam “ligados a diversas situações desde tráfico de droga, furtos e roubos”. Dois deles, entre eles o condutor, são cadastrados.
(...)
Fontes da GNR sublinhavam ao fim da tarde a “revolta” da corporação pela decisão do MP de deter o colega até ao interrogatório desta manhã. “Têm estado com ele desde a primeira hora a dar todo o apoio ne- cessário”, dizem.
Com pedidos de desculpa ao Pedro Correia, que iniciou a série sobre os livros da vida, quem é que quer saber de Hemingways, Carvers, Wildes, Borgess e García Marquezs. Isto sim é que é literatura. E mai nada.
Today, Ms [Ségolène] Royal decided to speak out on the thorny question of whether Turkish killings of Armenians from 1915 to 1923 amounted to genocide. Following the week-old lead of the French president, Jacques Chirac, and that of Mr Sarkozy, Ségo came out to say that Turkey had to recognise it had committed genocide, before it could ever join the EU.
She was speaking a day before the French national assembly was due to debate a law that would impose a prison sentence on anyone who denies the Armenian genocide, while on French soil.
Given that many supporters of Turkish accession suspect this whole project is yet another attempt to make it as hard as possible for the country to join the EU, it seemed reasonable to ask Ms Royal whether she thinks Turkey should join the EU one day.
Her informative reply to a Paris press conference? To note that the French electorate had been promised a referendum on whether Turkey should be admitted, right at the end of the long and painful accession negotiations that are due to stretch out until 2015 or beyond.
Ok fine, but where does she stand, then? Her final offer: "My opinion is that of the French people."
Um dos radicais islâmicos condenados por implicação nos atentados de 2002 em Bali foi libertado ontem e outros 11 viram as suas penas reduzidas no âmbito da tradicional comutação de penas do Dia da Independência da Indonésia.(...) Nos atentados de Bali morreu também um soldado pára-quedista português Diogo Ribeirinho, integrado no contingente português em Timor-Leste e que se encontrava na altura de férias na ilha indonésia.
O Luís Rainha respondeu a este meu ‘post’ sobre a Segurança Social. Para tal, defendeu, uma vez mais, as vantagens de a segurança social continuar nas mãos do Estado por apenas assim se salvaguardarem os direitos dos mais pobres. Sempre que vem a ‘lume’ a ideia de as pessoas deixarem de ser obrigadas a fazer descontos para a segurança social, surge a mesma cantilena. Assim sendo, é importante esclarecer melhor o meu argumento.
Se o problema é o risco de os mais pobres ficarem sem reforma, então que se fale verdade e se institua uma contribuição (naturalmente menor) para criar o género de uma ‘rede de segurança’. Um fundo para quem tem menos e poucas perspectivas de conseguir uma velhice ‘digna’. No entanto, o ponto essencial de toda a discussão à volta da segurança social não é este. É antes o nada justificar que se obriguem todos, todos os meses, a descontar para algo que não lhes dá qualquer garantia. ### Qual o objectivo em coagir os cidadãos a este pagamento mensal? Só vejo um: O medo da liberdade. Durante décadas, o Estado habituou-se a controlar os cidadãos, delineando as suas reformas, alterando as regras a seu bel-prazer e não dando quaisquer satisfações do quer que seja. A possibilidade, a mera possibilidade de, em Portugal, todos sairmos por aí a correr a fazer os nossos próprios descontos, assusta muita gente. Gente demasiado zelosa para deixar cair assim o seu poder.
O Luís pode ter muito boa vontade, mas esquece que a desejabilidade de um objectivo, por muito benéfico que seja, não justifica a coerção sobre os outros. O grande problema nesta discussão é que a esquerda portuguesa, que tanto disse amar a liberdade, se cansou e, no que diz respeito a certas liberdades cívicas, está hoje do lado da autoridade. Veremos, no futuro, qual o discurso mais atractivo.
Um dia depois do espectáculo mediático da cerimónia de assinatura do acordo entre o Estado português e o Massachusetts Institute of Technology, será que os contribuintes podem finalmente ler os termos do mesmo?
Nota: o Estado apenas disponibilizou o "Assessment of an MIT-Portugal collaboration" (pdf), da autoria do MIT.
No dia das eleições para o Senado e Câmara de Representantes os eleitores de Minneapolis também votam o referendo para determinar se, em futuras eleições locais, será adoptado o sistema de Instant Runoff Voting.
Curioso verificar que os EUA, apesar das intervenções militares no Afeganistão e no Iraque, são apenas o 52º país com militares activos por 1.000 habitantes (Portugal encontra-se em 63º...).
O ministro das finanças queixava-se no ínicio da semana que ninguém o levava a sério quando afirmava que não iria haver mais aumentos de impostos no próximo ano. Porque desconfiarão tanto os contribuintes das promessas governamentais em matéria fiscal? DN:
Portugal foi o terceiro país da OCDE e o primeiro na União Europeia a Quinze a apresentar um maior acréscimo da carga fiscal durante os últimos 20 anos. De acordo com os dados ontem publicados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre 1985 e 2004, a soma das receitas fiscais e das contribuições sociais em percentagem do PIB (a definição mais usual de carga fiscal) aumentou 9,3 pontos percentuais em Portugal, passando de 25,2% para 34,5%.
Ouço na TSF que o Prémio Nobel da Literatura deste ano, que será conhecido dentro de uns 50 minutos (mais coisa menos coisa), será atribuído a um asiático ou a um sul-americano ou a uma mulher.
É sempre bom saber que os critérios da Academia Sueca que regem este prémio são os critérios literários...
O Dr António Vitorino dizia hoje logo pela manhã que a insustentabilidade do Estado Social não é do Estado, é isso sim, do modelo de sociedade em que vivemos. Sugiro que vá ao supermercado mais próximo e escolha um dos modelos disponíveis nas prateleiras.
Talvez mais importante fosse rever certas leis, melhorar a eficiência da administração pública e reavaliar tudo aquilo que, no nosso ordenamento jurídico e administrativo, penaliza a iniciativa dos cidadãos. Quantas das nossas leis e práticas públicas não são um enorme convite à corrupção? Quantas leis não transformam em corrupção aquilo que noutros países é prática legal e transparente? Quantos obstáculos absurdos não se colocam à frente de cidadãos em- preendedores? Um empresário confrontado com os trâmites mais alucinantes para abrir uma empresa ou reestruturar a sua fábrica está a ser convidado a corromper. Muitos de nós já se confrontaram com a necessidade de fazer obras urgentes em casa para as quais é necessária a respectiva licença camarária. Quando nos informam de que a licença demora anos a emitir, não nos estarão a convidar a corromper uns quantos fiscais e funcionários? Quantos de nós não o teremos já feito?
Restrições absurdas ou ineficiência são, portanto, o maior convite à corrupção. De resto, quando essas restrições atingem níveis insuportáveis, a corrupção é a única maneira de dar vida a uma economia.
Kojève parece considerar que todo o poder se baseia na força bruta e é, por isso, intrinsecamente tirânico, incluindo nessa condição a aristocracia, vista pelos clássicos como o melhor regime (trata-se, para Kojève, do poder de uma minoria sobre a maioria); para ele, nas condições do mundo moderno, o melhor regime seria «the universal and homogeneous state». Mas Strauss aponta as dificuldades (partindo do pressuposto clássico de que os sábios não têm vontade de poder): um estado universal e homogéneo implicaria o poder absoluto dos não-sábios porque jamais a minoria dos sábios poderia governar sabiamente sem poder absoluto e jamais este lhes seria dado pelos não-sábios, que também jamais adquiririam em conjunto as faculdades dos sábios – a questão torna-se então limitar o poder dos não-sábios e, portanto, de os fazer governar sob a lei (daqui se podem originar as ordens constitucionais: «it is more probable that in a situation that is favorable to radical change, the citizen body will for once follow the advice of a wise man or a founding father by adopting a code of laws which he has elaborated, than that they will ever submit to perpetual and absolute rule of a succession of wise men»
Da minha parte, penso contudo ser útil resistir à tentação de reduzir a obra de Strauss, demonizando-a e reconduzindo-a aos limites estritos do pensamento neoconservador.
Strauss desenvolveu uma obra complexa, que merece ser revisitada de uma forma crítica; conhece-la significa dominar as principais premissas de alguns do principais problemas que persistem desde a modernidade (e que estão, até, novamente na ordem do dia a nível mundial): as tensões existentes entre religião e política, entre a técnica, a racionalidade científica e a moral.
No seguimento de oportunas e pertinentes denúncias como esta e esta, suscitadas por este meu post, declaro, para os efeitos devidos, a minha condição de cidadão honrado e anti-fássista. Penitencio-me ainda pelo facto de ter referido o nome e publicado uma fotografia do Doutor António de Oliveira Salazar. Fica feita a necessária auto-crítica num estilo tão próximo quanto possível do maoísmo que caracteriza os verdadeiros democratas anti-fássistas.
Para um esclarecimento reaccionário, fássista e contra-revolucionário, ver este palhaço.
Uma jovem de 14 anos foi apedrejada enquanto almoçava no pátio de seu centro educativo em Lyon (centroeste da França) por quatro adolescentes que a acusaram de comer durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã, informaram fontes policiais nesta terça-feira (10).
The Brussels borough of Sint-Joost-ten-Node (where the party headquarters of the Vlaams Belang party is located) has 19 councillors of non-European origin on a total of 27. Eleven of the 16 Socialist councillors in Sint-Joost are non-European immigrants, as are 4 of the 5 Christian-Democrats, 2 of the 3 Greens and 2 of the 3 Liberals. The most popular of them is Emir Kir, the Socialist secretary of state for public monuments in the Brussels regional government. Mr Kir, who is Turkish, wants to demolish the Brussels monument for the genocide of the Armenians. According to him the genocide is a hoax.
Exactly 50% of the Brussels electorate are either foreigners or naturalized Belgians. Six years ago the figure was only 32%. In Antwerp, where 17% of the electorate are immigrants (11.5% in 2000), one third of the Socialist councillors are Muslims. In Ghent, where 12.6% of the electorate is foreign (8.1% in 2000), one quarter of the Socialist councillors are Muslims. In Vilvoorde, a Flemish suburb of Brussels, where 14.8% of the electorate is foreign (9.3% in 2000), half the Socialist representatives are Muslims.
Yet when Arab leaders and their people deny the Holocaust, they deny their own history as well -- the lost history of the Holocaust in Arab lands. It took me four years of research -- scouring dozens of archives and conducting scores of interviews in 11 countries -- to unearth this history, one that reveals complicity and indifference on the part of some Arabs during the Holocaust, but also heroism on the part of others who took great risks to save Jewish lives.
Acontece que, nos tempos mais recentes, os Estados modernos em geral (e o Estado português, em particular) têm alargado dramaticamente as áreas de intervenção do direito penal, considerando crime uma série de comportamentos que, até então, escapavam às sanções penais (ainda que pudessem ser ilícitos e sancionados por outras vias). Este movimento é especialmente visível nas áreas da economia (crimes exercidos na administração de sociedades comerciais ou relacionados com o incumprimento de regras impostas pela legislação laboral, por exemplo), da fiscalidade (com o aumento generalizado dos crimes fiscais e o seu progressivo afastamento dos quadros tradicionais de crimes já existentes anteriormente, como a burla ou o abuso de confiança) ou do ambiente.
Ora, se é relativamente fácil criminalizar uma nova conduta, é muito mais difícil torná-la eticamente censurável na consciência dos cidadãos. A censura moral de que falava o novo PGR não se impõe por decreto, mas é tão ou mais indispensável para o respeito da lei como a efectividade aplicação de sanções.
João Alexandre “Dapin” Aviso: Muita da linguagem aqui, é chinês, eu sei. Surfista de Carcavelos que há vinte anos disse: “Quero ser surfista profissional.” Para os mais distraídos isto equivale a ter dito que queria ser o Bill Gates ou o Michael Jordan na mesma altura. No Início dos anos 80, o Dapin foi sozinho para a Austrália na perseguição do sonho. Empregou-se num restaurante e no primeiro campeonato competiu na final. Na época os melhores do Mundo eram os australianos com um ou outro americano, sul-africano ou havaiano (no surf são considerados uma nacionalidade por razões históricas) ao barulho. O Dapin foi o único surfista que conheci que criou manobras. Há uma que hoje é vulgar a que chamamos “snap” e num dia na praia do Magoito ele repetia-a sem nunca ter visto ninguém fazer aquilo, chamava-lhe “off-the-lip com um cutback em cima”. Nos campeonatos da ASC em Carcavelos em 86, arrancava “floaters” que era coisa nunca vista. Passava as secções da onda por cima enquanto todos os outros (mesmo os melhores) passavam por baixo. Não marcou Portugal, nem se calhar coisa nenhuma mas mais como ele e este sítio mal frequentado talvez fosse melhor.
João Miranda, por isto e por ser uma rede de super-computadores escondidos em caves espalhadas pelo Mundo, com sede algures no Norte de Portugal.
Devo esclarecer que não existe um único insurgente que defenda o regime totalitarista de Salazar e Marcello Caetano.
A questão essencial estava, sim, no enviesamento das sugestões da RTP dado que um dos objectivos do programa passa por destacar "as personalidades mais marcantes da História de Portugal" para, depois, os telespectadores elegerem quem mais admiram.
Ao não incluir, inicialmente, na lista de sugestões as referidas personalidades, a RTP estava a fazer um juízo de valor que deve ser deixado apenas aos participantes no concurso. Só assim saberemos o que os telespectadores da televisão pública pensam realmente sobre tais personalidades.
Por isso, eu - assim como, julgo, os restantes insurgentes - continuo perante o mesmo dilema: as personalidades que mais marcaram a História de Portugal são os portugueses que menos admiro.
Adenda: sugere-se leitura dos comentários de modo a perceber a diferença entre regime totalitário (termo que usei) e ditadura autoritária.
Partindo dos actuais resultados do inquérito insurgente sobre as preferências dos nossos leitores em termos de semanários (disponível na coluna aqui ao lado), posso começar por presumir que o SOL não será, para estes e para a maioria dos consumidores, uma opção de compra.
Penso que o erro do projecto de José António Saraiva [JAS] está em querer conquistar o "território" ocupado pelo líder Expresso apostando numa estratégia de "clone mais barato" (o SOL custa menos 80 cêntimos). No entanto, o preço não pode ser o único factor competitivo pois será, caso se torne necessário, facilmente copiado pelo Expresso - recorrendo, por exemplo, a novas ofertas.
JAS confessou que um dos principais objectivos do SOL é "marcar a agenda política" o que, bem ou mal, o Expresso é conhecido por fazer. Deste modo, aos olhos do habitual consumidor de semanários, o SOL não é diferente do Expresso. Então, pensará o consumidor, porquê fazer a troca?
Julgo que uma estratégia de sucesso assenta na necessidade dos leitores pretenderem ter acesso a informação não manipulada por políticos e outros grupos de interesse (à qual o imediatismo da televisão é particularmente vulnerável). Logo, esta estratégia alternativa passa não por "marcar a agenda política" mas, sim, por desconstruir tal agenda, tarefa que requer, por parte dos seus responsáveis, certo cuidado e tempo de análise (uma vantagem competitiva dos semanários em relaçãos aos diários, rádios e televisões).
Via Blasfémias, a notícia que a Ryanair passa a disponibilizar aos portugueses das regiões norte (Porto) e sul (Faro) mais um destino: Madrid.
Nota: segundo o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, quem vive na região de Lisboa ainda vai ter de esperar cerca de uma década pelo TGV para Madrid e pelo aeroporto da OTA...
O Filipe Moura, em resposta a este meu ‘post’ e aproveitando o que escrevi aqui, conclui estar o liberal apenas “preocupado consigo mesmo, com a sua própria reforma (e eventualmente a da família) e com a de mais ninguém”. No entanto, o Filipe simplifica demasiado, não apenas as diferenças entre o liberalismo e o socialismo, bem como aquilo que pretendi dizer. A forma simplista como o Filipe trata o problema denota uma enorme confusão.
Comecemos pelo princípio. Neste ‘post’, fiz referência à reforma que os filhos pagam aos pais por ter sido esse o argumento do Eng. Cravinho. Um raciocínio enganoso porque quando se diz que os mais novos não querem descontar para o actual sistema da segurança social, eles não estão (como o fez crer o Eng. Cravinho) a recusar-se a pagar a reforma dos seus próprios pais. Apenas não pretendem continuar a confiar parte do seu salário para um bolo comum, que não é rentabilizado, nem sequer alguém sabe a quem é entregue. Ora, o Eng. Cravinho fez crer existir uma ligação directa entre o contribuinte e o beneficiário quando esta não existe. Esse ‘engano’ de Cravinho é grave por ser, precisamente, essa uma das críticas feitas ao actual sistema. ### Por sua vez, o Filipe parece acreditar que o socialismo se preocupa com uma reforma digna para os cidadãos que trabalharam. Colocar as coisas nestes termos é fácil, populista e profundamente demagógico. Vejamos: No entender do Filipe, todos têm direito a uma boa reforma porque paga por todos. Fácil! Esta atitude é populista ao desresponsabilizar os cidadãos que contam que o Estado lhes assegure um rendimento razoável para a velhice. Para quê poupar se depois teremos uma reforma ‘digna’? É também demagógica por três motivos: Em primeiro lugar, as pessoas têm direito a reformas não apenas porque trabalharam, mas também porque tiveram certos cuidados. Acreditar que apenas devido ao trabalho já temos direito a tudo, é errado. Nem todos os direitos são inatos às pessoas, mas resultam do nosso comportamento. Em segundo lugar, o Filipe assume-se (com a sua ideologia) um solidário que pensa nos pobres. Como quer ser solidário e não o consegue sozinho, pretende obrigar quem não concorda com ele. Ou seja, o Filipe assume-se solidário (que ele próprio decide no que se deve traduzir), mas com o dinheiro dos outros. Sucede que o socialismo, com este feito, não é mais ou menos solidário que qualquer outra ideologia. A solidariedade não nasce à força, pelo que, ao pretender fazê-lo, o socialismo atinge o despotismo e a tirania. É aterrador denotar no subconsciente do Filipe a forma como pisa os direitos mais elementares da pessoa humana, apenas para atingir os fins que considera correctos. Por fim, é bom de ver que o actual sistema da segurança social não protege os pobres, mas sim os seus grandes beneficiários. Uma classe média de média idade que bem podia (caso não fosse forçada a descontar para o actual sistema) planear a sua reforma de outra maneira.
Pretender delinear o seu futuro faz parte da natureza humana e impedi-lo uma das maiores violências que o Estado, hipocritamente, infringe às pessoas. É violenta, porque forçada. Hipócrita, porque em nome de valores que o Estado não tem nem lhe cabe ter.
To be sure, Strauss seemed to prefer the classical Greek philosophy of Plato and Aristotle to modern political philosophy. He was a proud Jew and took the claims of religion with utmost seriousness while keeping his distance from organized religion. He dwelled at length on liberal democracy's undemocratic and illiberal tendencies, in part because he loved the truth and in part because he was devoted to America's well-being. He was the kind of friend who makes one better by constantly exhibiting, through example and argument, the look of excellence. Not always an easy sort of friend, but the sort of friend, you would think, whom true liberals in every time and place would appreciate.
Dozens of protesters pelted the Danish embassy in Tehran with stones and petrol bombs on Tuesday after Danish television broadcast footage deemed insulting to the Muslim Prophet Mohammad, witnesses said.
Sectarian tension. Is it really about Sunnis and Shias? Many would disagree. They will tell you that it’s the Hariri tribunal, stupid. “Many heads are going to roll. Have you not read the list al-Seyassah published? Almost everyone is on the list, including Lahoud and son, Bashar and company.” (...) The word is the pro-Syrian camp is doing its best to at least change the government before it votes on the establishment of the tribunal. If Siniora won’t be toppled, then at least introduce a cabinet change to obstruct the passing of such bills. Hizbullah and Aoun and their pro-Syrian friends will stop at nothing to accomplish this. Journalists and media are being mobilized. (...) The message is: government is evil, Zionist. Tribunal is waste of money, an insult to Nasrallah who would have to testify, along with others. Even the Maronite patriarch has awoken to this ploy, and warned that the actions of those parties are designed to obstruct the establishment of that tribunal. He was quickly denounced by Aoun himself, who likened Bkirki to its Sunni counterpart in being a slave to Hariri’s whims.
Cuando el Estado utiliza el monopolio de la fuerza para violar derechos e incumplir contratos se transforma en una máquina de destruir riquezas.### Uno de los sentidos básicos para la existencia del Estado es que, supuestamente, su función es reducir los costos de transacción. Tomemos el caso de una sociedad con muy pocos miembros. En esa sociedad se conocen todos y se sabe quién es el que paga puntualmente, quién tiene una definitiva tendencia a retrasarse, quién cumple con los contratos, quién no los cumple. En fin, en una sociedad reducida, no sólo se pueden realizar transacciones de contado, sino que, también, pueden llevarse a cabo transacciones de largo plazo porque el conocimiento de los actores permite saber si las partes cumplirán con sus obligaciones.
El problema se presenta en las sociedades más amplias en las cuales la gente no se conoce entre sí y, por lo tanto, no sabe quién es el cumplidor y quién el incumplidor. En una sociedad donde nadie sabe cuál es la seriedad de las partes, las transacciones se limitan a ser al contado, o bien se pactan contratos de largo plazo y, si una de las partes lo incumple, la parte afectada puede recurrir al uso de la fuerza para obligar a la otra a cumplir con su parte del contrato.
Supuestamente, la existencia del Estado sirve, entre otras cosas, para obligar a las partes a cumplir con los contratos asumidos. En caso de incumplimiento de una de las partes, el juez establece quién tiene la razón. Pero para que la sentencia del juez no sea solamente declamatoria, el Estado tiene el monopolio de la fuerza para hacer cumplir la sentencia del magistrado. De esta manera, la gente puede realizar transacciones a plazo con personas que no conoce, porque existe un Estado que se encargará de velar por el cumplimiento de los contratos. La existencia de un Estado de este tipo permite reducir los costos de transacción porque cada persona no necesitará utilizar la fuerza para obligar a la otra parte a cumplir. Se le transfiere esa tarea al Estado al que, para eso, se le confiere el monopolio de la fuerza. Digamos que, en un país en serio, el Estado permitiría reducir los costos de transacción.
El problema se presenta cuando tenemos un país que no es serio y el Estado, en vez de cumplir con sus obligaciones, se transforma en una máquina de destruir riqueza y de aumentar los costos de transacción. Un Estado que viola las normas, que genera transferencias arbitrarias de ingresos y que subordina las políticas públicas a las necesidades electorales de los gobernantes de turno. Ese Estado aumenta los costos de las transacciones porque utiliza el monopolio de la fuerza para violar derechos, produce inseguridad jurídica, incumplimiento de los contratos y robo legalizado. En otras palabras, ese tipo de Estado es una especie de depredador o, si se prefiere, es un Estado compuesto por individuos que actúan como una banda de mafiosos. ¿Qué hacen los mafiosos? Brindan “seguridad” a determinados sectores a cambio de dinero. Es decir, los mafiosos primero agreden a los vecinos de la zona en que actúan y, luego, cuando le hacen ver a la gente los riesgos que corre, les ofrecen protección contra ellos mismos y contra otras bandas mafiosas, obviamente a cambio de dinero.
Cuando los jueces, bajo el argumento de la justicia social, empiezan a violar los derechos de los ciudadanos; cuando los gobiernos, bajo el criterio de la defensa de la producción nacional, otorgan privilegios a determinados sectores productivos para que obtengan ganancias expoliando a los consumidores; cuando los gobernantes se arrogan el derecho de manejar el dinero de los contribuyentes como se les da la gana y sin dar ningún tipo de explicaciones; en definitiva, cuando el aparato de compulsión y coerción que es el Estado se transforma en una máquina de quitarle a unos lo que les corresponde para dar a otros lo que no les corresponde, pasa a ser un Estado corrupto y mafioso y, por lo tanto, un Estado que aumenta los costos de transacción, porque los individuos ya no tienen que defenderse de los ladrones comunes, sino que ahora tienen que enfrentarse con un ladrón mucho más poderoso que ostenta el monopolio de la fuerza: el Estado. Por supuesto que algunos sectores, advirtiendo las reglas de juego impuestas por un Estado mafioso, concluyen que la única manera de sobrevivir es asociándose al mafioso de turno. Esto significa “hacer negocios” con el “capo mafia”, con lo cual la corrupción tiende a enquistarse. Algunos suelen llamar capitalismo nacional a este negocio entre mafiosos. De esta manera, la carrera política deja de tener el objetivo de construir políticas públicas de largo plazo para mejorar la calidad de vida de la población y se transforma en una carrera por tener el control mayoritario del negocio, que es el poder. El poder pasa a constituir una herramienta fundamental para amasar fortunas.
La aparición de ese Estado mafioso, arbitrario, corrupto e inescrupuloso retrotrae a la sociedad a la situación de las comunidades chicas en las que resulta imposible realizar contratos de largo plazo con gente desconocida porque nadie puede asegurar el cumplimiento de los mismos. Por el contrario, bajo un Estado mafioso como el descripto, cada uno de los habitantes sabe de antemano que lo más probable es que el Estado sea el primero en violar los contratos. En consecuencia, la gente invierte poco, produce menos y trata de realizar contratos de corto plazo para protegerse, no ya de los ladrones privados, sino de la mafia estatal, cuya voracidad por tener caja en base a la expoliación de la gente decente y laboriosa se transforma en la razón de ser de los funcionarios mafiosos de turno.
¿Quiénes progresan en una sociedad con un Estado mafioso? Los que aceptan las reglas de juego de la mafia y constituyen alianzas con los mafiosos de turno para obtener rentas gracias al uso del monopolio de la fuerza que tiene el Estado.
¿Quiénes pierden en una sociedad de estas características? Aquellos que pretenden jugar con las reglas de la honestidad y el respeto al cumplimiento de los contratos.
¿Cuál es la expectativa de largo plazo de esa sociedad? Su autodestrucción, porque bajo estas reglas serán pocos los que se animen a generar riqueza porque saben que los saqueadores los van a expoliar. Y como los saqueadores viven de lo que producen los pocos que generan riqueza –es decir, los saqueadores nunca producen riqueza, la consumen– se llega a un punto en el cual los saqueadores no tienen riquezas para robar porque la gente perdió todo estímulo por producir. En ese extremo, cabe imaginarse dos posibilidades: a) la sociedad resurge porque los saqueadores se van a otro lugar a robar o b) se establece una autocracia que transforma en esclavos a los ciudadanos, quienes tendrán que trabajar para los mafiosos funcionarios públicos, so pena de ser condenados por traidores a la patria socialista.
Todos sabemos que intervenção rima com corrupção e que esta, mais que combatida, é incentivada por uma visão utilitarista do Governo e da Administração Pública, – inseparável do que Schumpeter chamou Estado Fiscal - hoje, perigosamente consensual. Na Segurança Social, por exemplo, mais do que o princípio da capitalização, o que se questiona são os “custos de transição” e os ganhos do sistema actual comparados com um sistema misto. A suspeita sobre o privado está lá, mas a ênfase vai mais para as contas, ainda que, no limite, para justificar o sequestro, tudo sirva: desde a solidariedade ao perigo da bolsa. Os bondosos governantes não distinguem entre pensionistas e contribuintes, e entram em pânico com a ideia de dar liberdade de escolha às pessoas. Ora sem essa liberdade as pessoas nunca ganharão consciência dos custos das suas escolhas e do valor (não apenas material) da liberdade e da responsabilidade individual. Compreende-se a revolta do homem de aviário contra a dieta imposta. Mas a ocasião é boa para pôr fim a um totalitarismo encoberto que obriga a Sociedade a viver para o Estado. É essa a luta a continuar.
A nomenklatura do eduquês está no Ministério da Educação
Um artigo que chama a atenção para as causas profundas do calamitoso estado da educação em Portugal: Sobre a má famados professores, por Francisco José Viegas.
A ministra, trata os professores como uma corporação, à semelhança do que o governo entende fazer com os farmacêuticos ou os juízes e médicos. Errado. Depois de disciplinar a vida da escola, a verdadeira corporação resiste e sobrevive nos vários andares daquele pobre ministério cheio de - repito - génios certamente carregados de talento, mas que tudo têm feito para tentar destruir o ensino. Os professores são o elo mais fraco nessa cadeia de pequenos ideólogos formados à pressa nos anos setenta e que se encarregaram de matérias científicas, sindicais e pedagógicas com empenho semelhante. Isto pode não preocupar a ministra para já. Mas os professores sabem do que falo. E esse é o próximo desafio, se houver seriedade.
The bureaucratic costs to business of complying with European legislation could be up to €600bn a year - almost twice original estimates - the European Union's enterprise commissioner admitted on Monday.
O Ministro das Finanças voltou hoje a reafirmar que não haverá aumento de impostos no próximo ano. "Parece que não confiam naquilo que o ministro das Finanças diz", desabafou(...). Teixeira dos Santos queixa-se do facto dos jornalistas o questionarem sempre sobre a possibilidade de os impostos aumentarem, quando já o negou "mais de uma dúzia de vezes". "Parece que não acreditam em mim"
Lembro-me da história de um rapaz que costumava iludir os seus vizinhos gritando que os lobos vinham aí. No dia em que falou verdade, em que os lobos vieram mesmo, ninguém acreditou nele. Aprendemos que em política, (tal como no futebol segundo um dito de um ex-dirigente), aquilo que é verdade hoje amanhã já não é.
José Sócrates afirmou, sexta-feira, que o programa do Governo "nada prevê quanto ao aumento de impostos" e que "não podia ser mais claro". (...) "Eu recomendo que leiam o meu programa: não está no programa nenhum aumento de impostos", sublinhou
O primeiro-ministro José Sócrates anunciou hoje no Parlamento que o Governo vai deliberar um aumento de impostos para combater o défice de 6,83%. A taxa normal do IVA aumenta para 21% e sobe o Imposto sobre Produtos Petrolíferos e o imposto sobre o tabaco.(...) Sócrates anunciou ainda um novo escalão de 42% destinado às pessoas com rendimentos mais altos.
A ler, na edição de hoje do WSJ, um texto do Nobel da Economia 2006 -"Dynamic Capitalism". Depois de estabelecer uma comparação entre o sistema económico americano, inglês ou canadiano e o da Europa continental quanto ao dinamismo em gerar inovações que se tornem rentáveis, ele conlui que o primeiro sistema o promove enquanto o segundo o impede e desencoraja.
Para terminar, Phelps comenta a causa da justiça económica:
We all feel good to see people freed to pursue their dreams. Yet Hayek and Ayn Rand went too far in taking such freedom to be an absolute, the consequences be damned. In judging whether a nation's economic system is acceptable, its consequences for the prospects of the realization of people's dreams matter, too. Since the economy is a system in which people interact, the endeavors of some may damage the prospects of others. So a persuasive justification of well-functioning capitalism must be grounded on its all its consequences, not just those called freedoms.
To argue that the consequences of capitalism are just requires some conception of economic justice. I broadly subscribe to the conception of economic justice in the work by John Rawls.
No Mises Blog, citação de um artigo de Phelps no WSJ (em 2003) intitulado "False Hopes for the Economy and False Fears", onde comenta de forma crítica a teoria austríaca do "business cycle".
Então onde é que estão os SMS a convocar as manifs. contra a bomba da Coreia? Ainda não se viu nada. Contra o palerma do Bush é que já foram aparecendo uns artiguinhos. Parece que não soube lidar com a "ameaça da Coreia". Em suma: tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.
Vem na edição impressa do Público: um casal queniano foi condenado a 18 meses de prisão por fazer amor numa mesquita. Não se percebe. Fazer amor numa mesquita é muito melhor do que fazer bombas numa mesquita. Quem sabe se não seria esta até a melhor maneira de combater o terrorismo islamita. Foram coisas assim que venceram o exército americano no Vietname nos anos 60. Certamente venceriam também estes mal-amanhados exércitos de Alá nos dias que correm.