1.7.06

Passos Perdidos

C'est fini

Erro de casting resolvido no MNE

Cansado demais... (2)

Business as usual

30.6.06

Saudades de Freitas

Novos (velhos) hábitos

The new UN Human Rights Council voted Friday to make a review of alleged human rights abuses by Israel a permanent feature of every council session.

The resolution, which was sponsored by Islamic countries, was passed by a vote of 29-12, with five abstentions. It effectively revives a practice of the UN's dissolved Human Rights Commission, which also reviewed alleged Israeli abuses every time it met.

Israel protested Friday's vote, calling it a perpetuation of "the old infamous habits" of the widely discredited commission.

The resolution requires UN investigators to report at each council session "on the Israeli human rights violations in occupied Palestine."

The resolution also said the council "decides to undertake substantive consideration of the human rights violations and implications of the Israeli occupation of Palestine and other occupied Arab territories at its next session and to incorporate that issue in its following sessions."

Parece este Conselho Israel é o maior problema de direitos humanos do mundo. Provavelmente os membros deste Conselho nem sequer sabem onde é o Darfur (ou então acham que é coisa pequena que não interesa a ninguém). Aliás, a cobertura feita pela Human Rights Watch destaca exactamente estes dois pontos: a credibilidade e selectividade.
On the last day of the session, the council adopted a resolution on the Occupied Palestinian Territories, which calls for existing human rights experts to report on Israeli human rights violations at its September session and for consideration of this situation at subsequent sessions. Based on a request by more than one-third of the council’s members, the council will also hold a special session on the situation in the occupied territories, possibly next week. Human Rights Watch agreed that the deteriorating situation in the Occupied Palestinian Territories should be considered by the council, but urged it to look at international human rights and humanitarian law violations committed by Palestinian armed groups as well.

Human Rights Watch called on the council to avoid the selectivity that discredited its predecessor and urged it to hold special sessions on other urgent situations, such as Darfur. The council’s ability to take up such situations quickly and send in human rights experts to do fact-finding should be a valuable tool in tackling violations.

"The council’s singling out the Occupied Palestinian Territories for special attention is a cause for concern,” said Hicks. “The human rights situation in the Occupied Palestinian Territories deserves attention, but the new council must bring the same vigor to its consideration of other pressing situations.”
Enfim os velhos hábitos demoram a perder-se. Mas, como de costume, eu também não espero nada de bom desse órgão perfeitamente inútil que dá pelo nome de ONU (não quer dizer que não defenda a existência de um organismo internacional que reúna as nações, mas não nos termos em que existe a actual ONU, nem sequer alguma coisa que tenha pretensão a um governo mundial - ideia utópica e totalitária).

Sobre Freitas e muito mais

Oriana Fallaci

We believe that freedom of speech is a universal value and should not fall within political, cultural or religious interests. Oriana Fallaci has been fighting for the freedom of expression in her work as a journalist throughout her whole life. As we intend to protect the freedom of speech we want to express our solidarity with Oriana Fallaci. Being aware of contentiousness of her latest statements, we still stand against the trial which is infringing the freedom of expression. THE LETTER OF SOLIDARITY WITH ORIANA FALLACI

As "exigências" do Hamas e o rapto de Gilad Shalit

Uma pergunta pertinente de Ann Coulter

In the latest of a long list of formerly top-secret government anti-terrorism operations that have been revealed by the Times, last week the paper printed the details of a government program tracking terrorists' financial transactions that has already led to the capture of major terrorists and their handmaidens in the U.S.

In response, the Bush administration is sounding very cross — and doing nothing. Bush wouldn't want to get the press mad at him! Yeah, let's keep the media on our good side like they are now. Otherwise, they might do something crazy — like leak a classified government program monitoring terrorist financing.

National Review has boldly called for the revocation of the Times' White House press pass! If the Times starts publishing troop movements, National Review will go whole hog and demand that the paper's water cooler privileges be revoked. Then there's always the "nuclear option": disinviting Maureen Dowd from the next White House Correspondents' Dinner.

Aumento de impostos

(...)a Confap [Confederação Nacional das Associações de Pais] contesta a eventual redução ou mesmo eliminação das deduções das despesas de educação em sede de IRS.
"Se se concretizar essa possibilidade será um retrocesso", considera Maria José Abreu, lembrando que "a Constituição da República Portuguesa defende a educação gratuita para os nossos filhos".
A presidente da Confap diz defender o fim da dedução relativa à educação, se os manuais escolares e tudo quanto é material escolar passar a ser gratuito para todos os alunos".

[RR]
A representante da Confap esquece-se, ou nunca percebeu (não está sózinha), que nenhum serviço prestado pelo estado é gratuito. Nenhum. Os salários dos funcionários que os prestam e os demais custos operacionais são suportados pelos impostos de todos os contribuintes (individuais ou colectivos) do sector privado. A percepção de que estes serviços não têm custo é lastimável e acontece num quadro em que o estado está presente como fornecedor, isento da demonstração clara de como, também ele, é afectado pelos preços do mercado. Basta usar, como medida imediata, os custos de um percurso educativo no sector privado, para os pais terem uma primeira indicação desses preços.

A concretizar-se, o fim destes benefícios significa um aumento de impostos. Pode parecer cinismo, mas penso que se trata apenas de uma simplificação do cálculo e da cobrança de impostos pelo único lado possível: o do aumento da receita. Dada a situação actual das finanças públicas e da sua prevísivel evolução, não há espaço para que estes benefícios dêem lugar a uma diminuição generalizada das taxas de imposto (beneficiando todos os que pagam a tal "gratuitidade" dos serviços públicos). Gostava que ao menos houvesse a sinceridade de dizer isso aos contribuintes. Afinal, são eles que continuam a votar nas urnas a necessidade de o estado lhes retirar tão grande proporção dos seus rendimentos.

Ainda longe da liberdade

China's Internet regulators are stepping up controls on blogs and search engines to block material it considers unlawful or immoral, the government said Friday.
"As more and more illegal and unhealthy information spreads through the blog and search engine, we will take effective measures to put the BBS, blog and search engine under control," said Cai Wu, director of the Information Office of China's Cabinet, quoted by the official Xinhua News Agency.
The government will step up research on monitoring technology and issue "admittance standards" for blogs, the report said, without providing any details.

[Fonte]

Mas iniciaram o caminho.

29.6.06

A Mão Invisível

More than the export of democracy, it is the export of entrepreneurial capitalism that can produce a new birth of peace and freedom around our globe. Entrepreneurial capitalism is based on individual invention, and because wealth comes from one's own initiative, it advances human dignity. And here is the good news. Virtually every country, whatever its political system, wants to embrace it. They have seen the success of the American economy. It has been said that when goods cross borders, armies don't. Today, China and India are the world's two largest countries racing toward entrepreneurial capitalism. They are the example and test of that thesis. Several decades ago, their armies clashed. Now no one talks of war, only of their economic emergence. Capitalism has promoted peace and, in China, better — though still inadequate — respect for rights.

Hedging desportivo

Bom senso

A maioria dos eleitores que votaram no PS e no BE em 2005 considera que o Presidente da República fez bem em vetar a Lei da Paridade, aprovada na Assembleia da República pelos dois partidos. De acordo com a sondagem CM/Aximage, 52 por cento dos inquiridos, votantes no PS, concorda com Cavaco Silva. Apenas 30,4 por cento discorda. Entre os eleitores do BE, 56,4 por cento afirma que o Presidente fez bem em aplicar o seu primeiro veto político no passado dia 2 de Junho e 33,5 tem opinião contrária. No total, 61,5 por cento dos portugueses aplaude a decisão presidencial contra 24,3 por cento.

Sobre a irresponsabilidade europeia

Irresponsabilidade é o termo exacto para definir as recentes atitudes europeias face aos EUA. Quando o discurso dos governantes é igual ao dos guevaristas e racistas nas ruas, qualquer coisa não está bem. Não se pode evidentemente dizer que tudo o que os EUA fazem é bem feito. Mas o que fazem tem a vantagem de corresponder a uma tentativa de utilizar os meios apropriados para aplicar uma política. É da moda falar dos "erros" americanos, particularmente no Iraque e no Afeganistão. Como é evidente, terá havido "erros" no sentido em que sempre há erros quando se adopta um determinado curso político. Mais interessante é como, nesta perspectiva, os europeus ou as agências internacionais favoritas dos europeus (em especial a ONU) nunca cometem erros. É óbvio que quando não se faz nada também não se cometem erros. Pelo menos no sentido em que os americanos os cometem. Mas talvez se possa dizer qualquer coisa sobre outro tipo de "erros", nomeadamente os resultantes da inacção e da ineficácia. Vale a pena recordar alguns deles. Desde logo, o fracasso das negociações iranianas, para as quais foi agora necessário, mesmo se contraditoriamente, pedinchar aos "carrascos de Guantánamo" que se associassem. Ou o namoro com o "povo palestiniano", ultimamente entretido em lançar-se numa situação de pré-guerra civil. Sem esquecer a ineficácia da ONU no Ruanda, no Congo, no Darfur ou em Timor. Ou a sua corrupção, como no escândalo do programa "Petróleo por Comida". Para não mencionar outros casos que ocorreram bem dentro da Europa, como a Bósnia ou o Kosovo, onde sistematicamente foi necessário à última da hora chamar os americanos para se encontrar uma solução, por mais imperfeita que fosse.

É este o curriculum da irresponsabilidade europeia e dos seus instrumentos de política externa favoritos. Uma irresponsabilidade própria de quem, precisamente, não se sente responsável por nada, mas vai deixando atrás de si um rasto trágico. Perante isto, compreende-se que haja apenas uma solução: culpar Bush. É fácil e sempre dispensa de se pensar e fazer qualquer coisa.

África

Let's look at drought and AIDS. Zimbabwe's next-door neighbor is Botswana. Botswana has the world's second-highest rate of AIDS infection, and if there's drought in Zimbabwe, there's likely a drought in Botswana, whose major geographic feature is the Kalahari Desert, which covers 70 percent of its land mass. However, Botswana has one of the world's highest per capita GDP growth rates. Moody's and Standard & Poor gives Botswana an "A" credit rating, the best credit risk on the continent, a risk competitive with countries in central Europe and East Asia. Botswana compared to her other African neighbors prospers not because of foreign aid. There's rule of law, sanctity of contracts, and in 2004, Transparency International ranked Botswana as Africa's least corrupt country, ahead of many European and Asian countries. The World Forum rates Botswana as one of Africa's two most economically competitive nations and one of the best investment opportunities in the developing world. Botswana shares a heritage with Zimbabwe, for it, too, was a British colony. What it doesn't share with Zimbabwe explains its success: the rule of law, minimal corruption and, most of all, respect for private property rights. No amount of western foreign aid can bring about the political and socioeconomic climate necessary for economic growth. Instead, foreign aid allows vicious dictators to remain in power.

O pecado da omissão

Comédia liberal

Two university professors have published a study claiming that Comedy Central's "The Daily Show With Jon Stewart" drives down support for political institutions and makes young people more cynical about government.

[Channel Island, via ContraFactos e Argumentos]
Links:

Rendas: expropriação de imóveis inconstitucional

No âmbito da nova lei do arrendamento, o Governo anunciou a pretensão de dar aos inquilinos o “direito de comprar” determinado imóvel, se os senhorios não realizarem obras de recuperação. Associado a tal direito, surge a indicação de como deverá ser encontrado o preço dessa compra. Isto equivale a retirar aos proprietários a capacidade de decidir sobre o destino dos seus bens, usando a lei para beneficiar um grupo específico de cidadãos.
Hoje, no Diário Económico:###
O anúncio de que a reforma do arrendamento tinha entrado ontem em vigor e as múltiplas aparições públicas de Eduardo Cabrita, anunciando as novidades de uma lei ainda não promulgada por Cavaco Silva, deixaram um rasto de incómodo no Palácio de Belém.

Na verdade, os diplomas complementares ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) ainda não têm a assinatura do Presidente e, enquanto isso não acontecer e os mesmos não forem publicados em Diário da República, nenhum deles tem efeitos legislativos – o que quer dizer que não pode, para já, haver aumento de rendas.

(...)

Já ontem, numa entrevista ao DE, Eduardo Cabrita era questionado sobre se receava um veto presidencial em relação ao diploma que configura a possibilidade da venda judicial do imóvel arrendado ao inquilino. E respondia ter “perfeita tranquilidade relativamente ao que venha a ocorrer, sabendo qual é o quadro de competências de todos os órgãos de soberania e dos tribunais”.

Afirmando estar “firmemente convencido de que este é um mecanismo que tem bondade política e jurídica”, o secretário de Estado responsável pela lei justificou: “Na Constituição a propriedade não é um direito limitado. É um direito social”.
Dado a citada afirmação do secretário de estado, julgo ser relevante ler a Constituição da República Portuguesa:
Artigo 62.º (Direito de propriedade privada)

1. A todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição.

2. A requisição e a expropriação por utilidade pública só podem ser efectuadas com base na lei e mediante o pagamento de justa indemnização.
Ora, o referido diploma contempla a expropriação do imóvel não por motivo de "utilidade pública" mas para benefício dum particular (o inquilino). Quanto ao "pagamento de justa indemnização" também tenho as minhas dúvidas.

Melhorar o ensino

Os dinamarqueses estão a pedi-las

A court in Denmark has jailed a Pakistani man for life for ordering the murder of his 18-year-old daughter.

Ghazala Khan was shot dead two days after her wedding, because the family opposed her choice of husband.
(agradeço o link [e o título do post] ao leitor Rui Carmo)

Cavaco, Xanana, Sócrates e Alkatiri

Apenas desejamos que Cavaco não passe a Xanana e que Sócrates não se reduza à dimensão de Alkatiri. Portanto, que viva Scolari!

JPP e a assistência técnica da HP

Desenvolvimentos previsíveis

Símbolo contemporâneo da "longa resistência do povo português ao fássismo"

Fascismo

Ocupar território

Segundo uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, 20,6 por cento dos inquiridos classifica as políticas seguida pelo Governo de centro-esquerda, a que acresce 12,9 por cento que aponta uma classificação mais à esquerda. Tudo somado, 33,5 por cento de portugueses acredita que o Executivo se orienta por uma estratégia política de centro-esquerda e de esquerda, contra 27 por cento que o colocam no outro pólo do espectro político, o de centro-direita e de direita. O que não deixa de ser surpreendente, dado que o PS é um partido conotado com a esquerda e centro-esquerda.

[Correio da Manhã]
No início do ano escrevi o seguinte:
Com o PS "obrigado" - pelos eleitores e conjuntura económica - a mover-se à direita, [o PSD e CDS-PP] encontram-se, hoje, perante o dilema de manterem a sua base ideológica agora ocupada pelo PS (políticas socialistas com gestão equilibrada do Orçamento de Estado) ou, alternativamente, moverem-se eles próprios para uma opção mais liberal de Estado.

No PSD penso que existem demasiados militantes agarrados ao poder político e ao que este pode fazer pelas suas carreiras. Haverá, por isso, uma enorme resistência à defesa de políticas mais liberais não só porque lhes é "profissionalmente" inconveniente mas também porque se trata de terreno desconhecido.
O Governo de Sócrates prepara-se para ganhar as eleições legislativas de 2009 ocupando parte do "território" ideológico do PSD. À semelhança do que Tony Blair fez no Reino Unido.

Isenção jornalística

Nas bancas: Atlântico 16

As linhas editoriais e o ciclo vicioso da pobreza

As dificuldades que os sucessivos governos encontram na aplicação de reformas e que as empresas enfrentam na relação laboral e na afirmação de uma verdadeira economia de mercado resultam em boa medida da pouca expressão que teve, ao longo dos últimos trinta anos, um tipo de imprensa que fosse capaz de apresentar, sem intoxicações e de uma forma coerente, uma certa visão da política, da economia e da sociedade, fora daquilo que são os clichés do socialismo.

Sem uma corrente de opinião forte que fundamentadamente defenda e promova a economia de mercado, os valores do capitalismo, do individualismo e da liberdade, dificilmente se conseguirá uma efectiva mobilização de vontades que nos permita escapar a este ciclo vicioso que nos está "alegremente" a conduzir, enquanto país, à pobreza.

Parabéns!

28.6.06

Passatempo: "Onde está o neo-conservadorismo?"

"Ele rouba, mas faz"

A importância do resgate (3)

Fidel Castro es the best dancer-dancer in el mundo!

Pontos de Fuga

O Bloco de Esquerda parece ter acordado da letargia em que andava e vem propor que os medicamentos não sujeitos a receita médica devem ter um preço máximo fixado pelo Estado, por forma a evitar que, fora das farmácias, cada vendedor escolha o preço que lhe apeteça, nomeadamente seja impedido de vender medicamentos a preços exorbitantes. Note-se como, uma vez mais, esta medida poderá ganhar simpatia da generalidade da opinião pública, porque tem como objectivo a saúde de todos nós. E a saúde é actualmente, como já várias vezes venho referindo, o terreno em que mais facilmente as pessoas aceitam a supressão das suas liberdades. Mas adiante. Mas quais são, de forma leiga, os efeitos de uma medida como essa?###

a) Absoluta marginalização do consumidor - O consumidor deixa de ser tido e achado na definição dos preços, uma vez que a tabelização dos preços é nacional e esquece as particularidades das necessidades de cada zona. Tanto faz se no Norte se compram milhares de anti-gripais e no Sul apenas se comprarem dezenas que o preço máximo aplicável será o mesmo.
b) Subida dos preços médios – A imposição de um tecto máximo torna o mercado ligeiramente mais previsível. Os vários vendedores sabem até onde poderão subir os restantes e a tentação de todos subirem ligeiramente os preços, de forma concertada, é muito maior do que num mercado em que os vários vendedores desconhecem as intenções uns dos outros.
c) Subida dos preços baixos – Se os preços mais altos tiverem de ser reduzidos por forma a cumprir com a imposição legal, nem por isso os vendedores deixam de ter custos. Para lhes fazer face, terão de subir ligeiramente os preços mais baixos, de forma a permitir ter aí mais lucro que compense as perdas.
d) Abandono dos produtos mais penalizados pela lei – Ao não obter lucro suficiente com determinados produtos, o vendedor optará por deixar de os vender e eventualmente os mesmos deixarão de estar disponíveis a um maior número de pessoas.
e) Limitação da inovação e do empreendorismo – Ao fixar um tecto de preços, os vendedores dispostos a inovar e a empreender esforços na sua actividade deixarão de o fazer porque não poderão ser pagos por isso.

O resultado de uma medida como esta seria mais penalizador para o consumidor do que a fixação livre dos preços. Insistir na diabolização do lucro é fácil e tentador, mas nem sempre corresponde à verdade.

Para acabar de vez com o fumo

Vou, com este post, terminar com os meus comentários aos comentários sobre o texto "O que é seu, é nosso". Agradeço a todos os que contribuiram para a discussão, mas penso que já tornei clara a minha posição (obviamente, as caixas de comentários continuam à vossa disposição). Lamento apenas que o segundo exemplo usado não tenha suscitado tanto interesse como a legislação proibicionista. Para mim, tão grave ou pior é a criação de um novo suposto direito a ser exercido sobre propriedade privada alheia em condições desfavoráveis aos proprietários - falo do "direito de compra" instituido no âmbito da nova lei de arrendamento. Não tendo conhecimentos de direito constitucional, não deixo de me interrogar como a CRP o enquadrará, mesmo tendo em conta o seu pendor socialista.


Para terminar, uma história.
Li, não lembro onde nem quando, por isso não me peçam a fonte, que algures nos EUA (apesar de tudo, terra de tradições proibicionistas) o dono de um bar se deparou com um problema. Dada a lei que proíbia o fumo no seu estabelecimento, a clientela tinha diminuido. Em causa, além dos seus rendimentos, ficaram também os postos de trabalho dos seus empregados. Como se sabe, um dos argumentos para aprovar esta legislação (aparece em todos os países) é a protecção da saúde dos empregados de bares, restaurantes e outros espaços onde se costume (costumava?) fumar. Tal estava perfeitamente descrito na lei. Mas nada dizia sobre a protecção aos patrões (os sacanas dos capitalistas que só querem é lucros). E isso deu uma ideia ao "bar owner": em acordo com os seus empregados, cedeu a cada um deles uma quota simbólica no estabelecimento. Todos se tornaram patrões e como o bar deixou de ter empregados, voltou a estar autorizado a que se fumasse no seu interior.
Um pequeno triunfo do capitalismo.

Overdose bloquista

Os medicamentos não sujeitos a receita médica devem ter um preço máximo fixados pelo Estado, defendeu esta terça-feira o Bloco de Esquerda, refere a «agência Lusa». A medida visa «pôr um travão» ao seu aumento desde que passaram a ser vendidos fora das farmácias.

[PD]
Para certos consumidores o preço do medicamento não é o único factor no processo de decisão de compra. A fácil disponibilidade em estabelecimentos comerciais como hipermercados pode ser, por exemplo, um factor determinante. A certos consumidores pode ser-lhes mais vantajoso pagar um pouco mais pelo medicamento que terem de se deslocar à farmácia onde, segundo o Observatório Português dos Sistemas de Saúde, os preços são mais baixos. Porém, a imposição de um preço máximo reduz a atractividade do negócio nestes locais limitando-se, assim, a liberdade de escolha dos consumidores.

Esperemos, por isso, que tal ignorância económica permaneça apenas nos deputados de partidos políticos legislativamente irrelevantes.

Nota: para quem o preço é o factor decisivo na compra a deslocação à farmácia continua a ser opção.

A importância do resgate (2)

Redundância estatal

O novo portal do Governo, o NETemprego, é um serviço gratuito, que está disponível 24 horas por dia e acessível em qualquer lugar.
O portal permite atingir um volume alargado de utilizadores em simultâneo, o que vai contribuir para uma «maior transparência do mercado de trabalho», adiantou o vice-presidente do Conselho Directivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Alexandre Rosa, durante o lançamento do portal NETemprego.

Em termos práticos, e do ponto de vista dos candidatos, o portal permite o registo do Currículum Vitae ou a inscrição como candidato a um novo emprego. Para além disso, possibilita a consulta e candidatura a ofertas de emprego, assim como a comunicação de obtenção de emprego. Estão ainda presentes no portal mecanismos de gestão automática de ofertas de trabalho.

[Agência Financeira]
Esperemos que este seja o primeiro passo para a extinção dos Centros de Emprego. Mas alguém me explique, por favor, a diferença deste novo portal do Estado (neste momento, inacessível...) para sites como o SuperEmprego, ExpressoEmprego, Bolsa de Emprego, Net-Empregos, Central de Emprego, Myjobs, StepStone, Hays, Ray Human Capital, Egor JobBank, Vedior, Select, Shortlist, SHL, Michael Page, Randstad, Multipessoal, Cegoc, Addecco, etc???

Money Speech

O dinheiro é o teu meio de existência. O veredicto que pronunciares sobre a sua origem é igual ao veredicto que pronunciares sobre a tua vida. Se corromperes a sua origem, vais destruir a tua própria existência. Conseguiste adquirir o teu dinheiro através de mendicidade ou da fraude? Os teus bens não serão tributo do teu mérito, mas antes um estandarte da tua vergonha. Então podes sair à rua e gritar que o dinheiro é mau e perverso. Porque te vai lembrar a tua depravação. É por isso que consideras o dinheiro mau e fonte de corrupção? É por isso que defendes a sua redistribuição?

Aumento do preço provoca queda do consumo!!!

Os últimos dados da Autoridade da Concorrência, sobre o mercado de combustíveis, apontam para o agravamento da queda do consumo, nos últimos 12 meses.

Na gasolina a procura caiu mais de 6% e no gasóleo 1,6%.

[RR]
A subida do preço dos combustíveis petrolíferos será, a seu tempo, o grande impulsionador no desenvolvimento de tecnologias alternativas de energia e/ou de motores de combustão mais eficientes. Não os subsídios estatais.

Fábrica de imagens

Seria interessante perceber em que foram gastos os milhões e milhões de dólares, euros e outras moedas que, ao longo de décadas e décadas, têm sido afectados aos palestinianos. Onde estão os livros, as escolas, as estradas, as estações de tratamento de água... que tantas vezes têm sido pagas? Além dos 165 mil funcionários públicos contratados pela Autoridade Palestiniana e daqueles que estão afectos aos diversos e antagónicos serviços de segurança, o que se produz, fabrica e cria nos territórios que estão sob a jurisdição da Autoridade Palestiniana? A crise gerada pela suspensão da ajuda europeia e norte-americana aos palestinianos após a eleição dum governo do Hamas tornou evidente como os palestinianos se tornaram não só absolutamente dependentes destas ajudas mas sobretudo como consideram ter absoluto direito a elas. Mesmo aqueles dirigentesque nos são apresentados como moderados, como será o caso da delegada-geral da Palestina em Portugal, senhora Randa Nabulsi, verbalizam esta reivindicação dos fundos como se estes fossem uma alínea do seu PIB: "Primeiro foi Israel que, há três meses, reteve o nosso dinheiro: 50, 60 milhões de dólares por mês. Os americanos fizeram o mesmo. Mas porquê a Europa? Ficamos espantados com a reacção da Europa", perguntava a delegada-geral da Palestina em Portugal durante uma entrevista ao semanário Expresso. Excluindo o dinheiro retido por Israel, que em parte pode corresponder a verbas tributárias devidas à AutoridadePalestiniana, que dinheiro da Autoridade Palestinina reteve a UE? E os EUA? Dependentes economicamente, os palestinianos são-no também mediaticamente. Por isso não vimos o vídeo da confissão de Wedad Mustafa, não voltámos a ouvir falar de Mohammed al-Doura e não sabemos se iremos voltar a ouvir o nome de Houda Ghalya.

Tudo bons rapazes

The Aksa Martyrs Brigades announced on Sunday that its members have succeeded in manufacturing chemical and biological weapons.

In a leaflet distributed in the Gaza Strip, the group, which belongs to Palestinian Authority President Mahmoud Abbas's Fatah Party, said the weapons were the result of a three-year effort.

According to the statement, the first of its kind, the group has managed to manufacture and develop at least 20 different types of biological and chemical weapons.

The group said its members would not hesitate to add the new weapons to Kassam rockets that are being fired at Israeli communities almost every day.
(via O Jansenista)

Resistentes "anti-fássistas"

Da ignorância à reciclagem da luta de classes

221 anos de história

A 221-Year Temperature History of the Southwest Coast of Greenland


Reference
Vinther, B.M., Andersen, K.K., Jones, P.D., Briffa, K.R. and Cappelen, J. 2006. Extending Greenland temperature records into the late eighteenth century. Journal of Geophysical Research 111: 10.1029/2005JD006810.

What was done
Combining early observational records from 13 locations along the southern and western coasts of Greenland, the authors extended the overall temperature history of the region - which stretches from approximately 60 to 73°N latitude - all the way back to AD 1784, adding temperatures for 74 complete winters and 52 complete summers to what was previously available to the public.

What was learned
In the words of the authors, "two distinct cold periods, following the 1809 'unidentified' volcanic eruption and the eruption of Tambora in 1815, [made] the 1810s the coldest decade on record." The warmest period, however, was not the last quarter century, when climate alarmists claim the earth experienced a warming that was unprecedented over the past two millennia. Rather, as Vinther et al. report, "the warmest year in the extended Greenland temperature record [was] 1941, while the 1930s and 1940s [were] the warmest decades." In fact, their newly-lengthened record reveals there has been no net warming of the region over the last 75 years!

What it means
With approximately half the study region located above the Arctic Circle (where CO2-induced global warming is suggested by climate models to be most evident and earliest expressed), one would expect to see southwestern coastal Greenland's air temperature responding vigorously to the 75-ppm increase in the atmosphere's CO2 concentration that has occurred since 1930, even if the models were only half-way correct. However, there has been no net change in air temperature there in response to the 25% increase in the air's CO2 content experienced over that period. And this is the region the world's climate alarmists refer to as a climatological canary in a coal mine??? If it is, real-world data suggest that the greenhouse effect of CO2 has been hugely overestimated.
No CO2 Science, via LvMI.

Re: Hobbes e o liberalismo

A importância do resgate

Hillary(ous) or not?

Caro Bz.,
A propósito do teu post sobre a demonstração pública de apoio e satisfação tola (euphemism mode) da senhora senadora Hillary Clinton, dois pontos:
  1. Al Gore deve ter ficado agastado com os efeitos no global warming desta decisão proteccionista - na realidade, um subsídio à industria de velas americana. É que assim, fomenta-se a manutenção e quiçá a expansão em solo americano, de uma indústria altamente poluidora através do fumo que gera; presumo que os industriais de tochas e candeeiros a petróleo ou gás também não tenham ficado satisfeitos com o especial favorecimento dado às velas americanas.
  2. Daqui decorre uma ideia para a criação de legislação, seguindo o desígnio do 64º artigo da CRP, protegendo a saúde dos nossos concidadãos: proíba-se a utilização de velas em espaços públicos ou privados (tanto faz...) dados os riscos de inalação do seu fumo em espaços fechados (tipo restaurantes com ambiente romântico ou bares com recantos mais esconsos), dado o impacto oftalmológico causado pela fraca luminosidade emitida (minorava-se o custo de novos óculos para o SNS e as listas de espera nas consultas) ou de incêndio (infelizmente os telejornais estão cheios de exemplos de tragédias causadas por velas acesas, de vítimas mortais ou de famílias que viram o seu lar em chamas).

Cada um merece o que tem

Clinton assina petição dos vendedores de velas

Exmos. Senhores:

Vocês estão no caminho certo. Rejeitam teorias abstractas e têm pouca simpatia pela abundância e baixos preços. Preocupam-se principalmente com o destino do produtor. Desejam libertá-lo da concorrência estrangeira, isto é, reservar o mercado doméstico para a indústria doméstica.

(...)

Estamos a sofrer da ruinosa concorrência de um rival que, aparentemente, trabalha sob condições tão superiores à nossa para a produção de luz que ele está, com ela, a inundar o mercado doméstico a um incrivelmente baixo preço; desde o momento em que ele aparece, as nossas vendas são interrompidas, todos os consumidores a ele recorrem e um segmento da indústria francesa, cujas ramificações são inumeráveis, é imediatamente reduzido a completa estagnação. Este rival, que não é outro que o Sol
A proteccionista senadora americana Hillary Clinton parece não ter lido esta obra de 1850 mas, 156 anos depois, subscreve a versão de 2006 que impõe tarifas de 108,3% aos produtores de velas chineses:
This is a real victory for the Syracuse candle-making industry. Our manufacturers deserve a level playing field and we owe it to them to make sure that others do not unfairly circumvent our fair trade practices. Syracuse has a proud history of candle production but attempts by importers to undercut our producers have put that tradition at risk. I am pleased that the Department of Commerce heeded our call to take action against these unfair practices and recognized the importance of this decision to local producers, especially here in Syracuse. We will continue to make the case on behalf of Syracuse candle-makers as the Commerce Department considers its final determination.
No Cato@Liberty, via Johan Norberg.

Core business

RR:

O Ministério da Justiça vai criar dois tribunais liquidatários, em Lisboa e Porto, para resolver a "elevada pendência" nos tribunais administrativos e fiscais, com 36 mil processos parados.

(...)trinta circunscrições vão substituir, até ao fim do ano, as actuais comarcas, círculos e distritos judiciais(...)
"Não se trata aqui de falar em encerramento de tribunais, fala- se em ter um novo modelo de gestão dos tribunais, que tenha uma maior responsabilização e mais competências atribuídas aos magistrados na gestão dos respectivos tribunais e também uma gestão mais concentrada dos recursos financeiros, com novas funções também para os secretários judiciais", explica Conde Rodrigues.
O novo modelo implicará também uma maior especialização dos juízes. "Nessa circunscrição existirão magistrados que assumirão funções de presidência de colectivo, outros nas áreas da família e menores, laboral, comércio, instrução criminal. Cada um terá a sua especialidade", esclarece o secretário de Estado(...)

Não-fumadores que fumam

Desde que, de forma clara, seja tornada pública a opção feita por determinado restaurante ou bar, de proibir ou permitir que se fume no seu interior, a decisão de neles entrar e consumir deve ser da inteira responsabilidade do cliente. Só este deve avaliar se o fumo que pode encontrar no seu interior é factor determinante para não escolher aquele espaço para jantar, beber um copo, ouvir música ou dançar, optando por outro estabelecimento.
A nova Lei do Tabaco pretende proibir que se fume em estabelecimentos comerciais, como restaurantes, discotecas e bares, de modo a proteger a saúde dos seus trabalhadores e clientes não-fumadores. Os subscritores da respectiva lei defendem que aqueles não devem ser obrigados a “fumar”. Que a liberdade de fumar de uns não pode restringir o direito ao “ar puro” de outros.

Mas vejamos, primeiro, o caso dos empregados. Penso que tais estabelecimentos são das empresas em que, a priori, os trabalhadores podem facilmente conhecer as condições de trabalho oferecidas, entre elas as ambientais. Portanto, uma pessoa que opta por trabalhar num restaurante, discoteca ou bar sabe, desde logo, que nestes estabelecimentos existe um ambiente de fumo. Assim, tal como decidiram trabalhar em horário diferente dos restantes sectores de actividade, também eles escolheram ser “fumadores”.###

Ora, com os clientes não-fumadores o processo de decisão é semelhante e mais imediato. Ninguém é obrigado a frequentar estabelecimentos comerciais em que se permite fumar. Se o fazem é porque o benefício que retiram destes locais é superior à melhor alternativa disponível. Por outras palavras, escolhem ser “fumadores” (falo por experiência própria).

A definição de “fumador” não pode, por isso, restringir-se a quem apenas decide acender o cigarro, charuto, cachimbo, etc.

Os antitabagistas desejam, no entanto, criar, de forma coerciva, melhores alternativas para os não-fumadores. À custa dos fumadores que, assim, passam a ter de escolher a segunda melhor alternativa (depois de implementada a nova Lei do Tabaco, a única disponível).

Pode julgar-se que esta Lei é apenas um necessário trade-off em benefício da saúde dos não-fumadores. Mas é, acima tudo, um atentado à liberdade. Muitos de nós, em casa, privilegiando o convívio social com os nossos convidados, permitimos que estes fumem ou, como convidados não-fumadores, escolhemos partilhar o mesmo espaço com fumadores. Optamos, deste modo, por “fumar”. Se, acredito, a maioria da sociedade portuguesa valoriza a liberdade do dono duma habitação tomar tal opção (mesmo que com ela não concorde) porque, então, tenta a mesma implementar na “casa” de outros leis contrárias a este princípio?

27.6.06

Notícias realmente importantes de Timor

O ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros e da Defesa de Timor-Leste, José Ramos Horta, afirmou que o futebol praticado pela selecção Austrália no Mundial 2006 conquistou a admiração de todo o mundo.

«Eles não perderam, na verdade, ganharam a admiração e o coração de milhões de adeptos por todo o mundo», disse o político à estação televisiva ABC.

«Quero oferecer a minha compaixão e tremenda admiração pelos jogadores australianos, os «Socceroos». Fiquei muito, muito impressionado com o profissionalismo e excelência [dos australianos]», salientou o Prémio Nobel da Paz em 1996. Ramos Horta já havia enviado os parabéns à selecção portuguesa após a passagem de Portugal aos oitavos-de-final.

Atlântico - Quinta-feira nas bancas

Aliança improvável

Batota por objectivos

A extrema esquerda e a manipulação da informação (2)

Timor e a esquerda caviar-radical portuguesa

ViaCTT

Os CTT lançam, esta terça-feira, um serviço que vai permitir a todos os cidadãos e empresas ter uma caixa electrónica postal. A adesão ao ViaCTT é gratuita, devendo ser alargada proximamente a quarquer das mil estações de correio existentes no país.

(...)

A adesão ao serviço ViaCTT, que estará disponível no portal www.viactt.pt ou através do número 808 202 029, é gratuita, dado que quem paga são as empresas que enviam a correspondência para o utilizador.

[TSF]
Julgo que, no meu caso, por exemplo, as empresas preferem enviar a respectiva correspondência para a minha conta do Yahoo! que, curiosamente, tem custos nulos para todas as partes envolvidas.

Nota: ver, também, post do blasfemo Carlos Loureiro.

Crise futebolística

Faro e de Loulé querem que a Federação Portuguesa de Futebol ajude a rentabilizar o estádio do Algarve. Cada uma destas autarquias gasta cerca de 900 mil euros para manter o estádio, por isso pedem a intervenção da administração central para evitar o abandono da infra-estrutura.

[TSF]
Hoje estádio, amanhã aeroporto e comboio...

Chantagem sindical

A greve que os enfermeiros cumprem hoje está a atingir entre 71 a 72% de adesão a nível nacional, disse à Lusa Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

[DD]
Num serviço público monopolista, o poder dos sindicatos e as respectivas consequências para os cidadãos são - como esta greve o demonstra - demasiado evidentes.

A enorme adesão à greve leva-nos a questionar se as acções destes profissionais da saúde são exclusivamente motivadas por válidas preocupações ou se, alternativamente, estes estão cientes do elevado poder negocial que o monopólio do Estado lhes proporciona.

No sector privado da economia, greves com semelhante impacto social não ocorrem. A concorrência pelos melhores trabalhadores acaba por diferenciar, em cada empresa, as condições de trabalho oferecidas. Deste modo, em determinado momento, o número de profissionais que se encontra descontente com o seu trabalho é relativamente reduzido (há sempre a possibilidade de trocar de empresa) e, além disso, todos têm presente que uma greve pode afectar a continuidade do seu posto de trabalho (clientes descontentes rapidamente mudam de fornecedor).

Este tipo de greve assenta, portanto, numa luta de poder entre o Estado e Sindicatos sobre o destino a dar aos impostos cobrados. Ao cidadão cabe apenas "obedecer" ao vencedor desta batalha fiscal!

Um dia destes ainda vai ser obrigatório fumar

Zhao Baolu, um cientista chinês que há 20 anos se dedica a estudar a nicotina, revelou que esta substância não só não prejudica a saúde dos fumadores, como também pode ser usada no tratamento de doenças como a de Alzheimer ou de Parkinson.

(via Blasfémias)

Esperar para ver

Mistérios

O que é seu, é nosso

Este é o texto, ontem publicado na revista Dia D do Público.

No nosso país, a necessidade de respeito pela propriedade e pelos direitos a ela ligados, não costuma estar no topo dos valores e regras que regulam as relações sociais. Assim se compreende que seja tido como perfeitamente aceitável que o Governo, através do Ministério da Saúde, se prepare para retirar aos proprietários de estabelecimentos comerciais a liberdade de escolherem qual o mercado para o seu negócio, quais os seus clientes. Estou a falar da legislação que impõe a proibição de fumar em bares, restaurantes ou noutros espaços de propriedade privada, deixando aos donos a responsabilidade de se queixarem às autoridades no caso de um cliente violar a lei. Para tal, o Governo invoca a necessidade de o Estado cumprir a garantia constitucional de proteger a saúde de todos os cidadãos.
A liberdade de escolha deveria ser assegurada não só aos proprietários, mas também aos eventuais clientes dos bens e serviços prestados nestes estabelecimentos. Desde que, de forma clara, seja tornada pública a opção feita por determinado restaurante ou bar, de proibir ou permitir que se fume no seu interior, a decisão de neles entrar e consumir deve ser da inteira responsabilidade do cliente. Só este deve avaliar se o fumo que pode encontrar no seu interior é factor determinante para não escolher aquele espaço para jantar, beber um copo, ouvir música ou dançar, optando por outro estabelecimento.
A livre concorrência, assente na inexistência de limitações administrativas, dará hipótese de satisfazer os vários tipos de clientela. Se a procura de espaços de lazer livres de fumo for da dimensão que se apercebe através dos inquéritos de opinião, os quais dão conta que os malefícios do tabaco (incluindo o fumo que vem dos cigarros alheios) são reconhecidos por muitos, tal atrairá os empreendedores. Uma definição clara dos direitos de propriedade pode corresponder a novas oportunidades de negócio e à entrada no mercado de novos empresários ou à reconversão de estabelecimentos já existentes.
Outra legislação, prestes a entrar em vigor, parte do papel do Estado como justiceiro social para justificar mais um ataque aos direitos de propriedade. No âmbito da nova lei do arrendamento, o Governo anunciou a pretensão de dar aos inquilinos o “direito de comprar” determinado imóvel, se os senhorios não realizarem obras de recuperação. Associado a tal direito, surge a indicação de como deverá ser encontrado o preço dessa compra. Isto equivale a retirar aos proprietários a capacidade de decidir sobre o destino dos seus bens, usando a lei para beneficiar um grupo específico de cidadãos.
Esquece-se que a degradação, que muitos imóveis sofreram, também resultou da continuada intervenção do Estado neste mercado. Ao estabelecer regras e limites para o valor das rendas e dos seus aumentos, restringiu os direitos do proprietário e criou barreiras à obtenção de rendimentos que assegurem a valorização do imóvel e a realização de obras. Esta insegurança, nos direitos de posse, contribui para diminuir o potencial deste mercado como destino no investimento das poupanças de muitos aforradores.
O Estado devia limitar-se a garantir que as escolhas dos seus cidadãos são livres, que o processo de negociação e contratação, entre quem presta um serviço ou vende um bem e quem decide adquiri-lo, é isento de alguma forma de coacção ou especial favorecimento de uma das partes. Tal podia ser conseguido se os legisladores, ao invés de pretenderem regular minuciosamente o funcionamento de um qualquer mercado, se preocupassem antes em melhorar a qualidade e rapidez do sistema judicial e a promover a segurança dos cidadãos e dos seus bens.
Pelos vistos, para o Estado, os direitos de propriedade só são absolutos na hora de cobrar impostos. Nessa altura, transformam-se em inúmeras e pesadas obrigações fiscais. No contexto actual, a propriedade privada é apenas mais um instrumento ao dispor do Estado e das políticas seguidas por quem prefere retirar aos indivíduos a liberdade de escolha e o pleno usufruto dos seus bens.

26.6.06

Atlântico - Quinta-feira nas bancas com novo grafismo

Festa de São Josemaría Escrivá de Balaguer

Festa de São Josemaría Escrivá de Balaguer. Ao dar o meio-dia, morre repentinamente em Roma, depois de ter dirigido um olhar cheio de carinho, pela última vez, a uma imagem da Virgem de Guadalupe que tinha em lugar de honra no quarto de trabalho. Cinco anos antes, durante a sua estada no México, tinha murmurado em frente de um quadro em que a Senhora dá uma rosa a São João Diego: “Assim queria eu morrer: olhando para a Santíssima Virgem, e que ela me desse uma flor”.

Comentários insurgentes

Incompreensão soviética

Saddam e a corrupção na ONU

LINKS between Boutros Boutros Ghali, the former UN Secretary-General, and an alleged agent for Saddam Hussein will come under the spotlight when the first American trial of a major figure in the Oil-for-Food scandal gets under way today.

(...)

The trial could reveal whether the scandal-plagued $64 billion humanitarian programme, which allowed Iraq to sell limited amounts of oil to finance the import of humanitarian supplies while under UN sanctions, was corrupt from the very start.

Negar a realidade

In one of the survey's most striking findings, majorities in Indonesia, Turkey, Egypt, and Jordan say that they do not believe groups of Arabs carried out the Sept. 11, 2001 terrorist attacks. The percentage of Turks expressing disbelief that Arabs carried out the 9/11 attacks has increased from 43% in a 2002 Gallup survey to 59% currently. And this attitude is not limited to Muslims in predominantly Muslim countries - 56% of British Muslims say they do not believe Arabs carried out the terror attacks against the U.S., compared with just 17% who do.
Fonte: Pew Global Attitudes ("The Great Divide: How Westerners and Muslims View Each Other).

(via
The Guest of Time)

Incrível

Dia D



Leituras recomendadas!

Capitalismo selvagem

Acreditar

25.6.06

Parabéns...

Épico

Destaque da semana

Mundo Moderno

A extrema esquerda e a manipulação da informação

O documentário da televisão australiana, que serviu de pretexto para fazer cair o governo de Timor, é uma peça brilhante. Não prova rigorosamente nada e começa com uma frase genial: "o primeiro-ministro de Timor, Mario Alkatiri, é um terrorista, comunista e muçulmano".

Ora, e independentemente da qualidade e objectivos do documentário, quem se der ao trabalho de efectivamente ouvir o seu ínicio facilmente constatará que a citação truncada por NRA distorce em absoluto o significado do que é dito (transcrição aqui):

Alkatiri is a terrorist, a communist, a Muslim, say the men at this rally up in the hills to Foreign Minister Ramos Horta. The rumours about Dr Alkatiri are many and wild. But evidence is thin on the ground. [destaque meu]

Vindo da extrema esquerda, este tipo de distorções não é propriamente surpreendente mas não deixa de ser lamentável. E fica como mais um aviso para que nunca se caia no erro de atribuir credibilidade a quem é incapaz de se exprimir num registo não propagandístico.

Ataque a partir de Gaza

Impasse em Timor