Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
19.11.05
Mais uma grande derrota do Bush Jr.
"Our troops have become the enemy. We need to change direction in Iraq," said Rep. John Murtha of Pennsylvania, a Democratic hawk whose call a day earlier for pulling out troops sparked a nasty, personal debate over the war.
The House voted 403-3 to reject a nonbinding resolution offered by the GOP calling for the military to pull out of Iraq.
...Like most Democrats, Murtha voted against the measure."
...ha poucos na blogosfera e a Ana Albergaria é responsavel por uma grande parte. Senão leiam isto:
A partir de hoje , sempre que o meu pé me fugir para o chinelo, travar-me-ei. Passarei a usar expressões cândidas como: "vá, excelência, se fizer a fineza e por obséquio, fazer amor a si próprio". E seremos todos felizes para sempre. Olha que orgão sexual masculino de dimensões variáveis!
E se mesmo assim vos mantendes infiéis ide ao Cronicas Matinais ler a prova definitiva de que Darwin estava certo.
Quando eu for grande quero ser administador de uma empresa portuguesa (se elas ainda existirem nessa altura)
"This paper ...examin[es] the determinants of top executive compensation of companies listed in the Euronext Lisbon (Portuguese Stock Exchange).
...our results suggest that company performance is not significantly related to executive compensation...
Neither is pay related to shareholders’ wealth, nor is managerial pay related to the risk of the equity holders...
Interestingly, not even variable compensation is related to performance, either market-based, or accounting based...In practice, our results suggest that variable compensation is very rigid, and indeed not very variable.
...Overall, the results suggest an important disconnect between investors and managers rewards.
Compensation is not related to shareholders wealth, nor do shareholders have any mechanism to influence it..."
Para quem tiver interesse nessas coisas, este paper apresenta as remunerações médias recebidas pelos administradores das principais empresas portuguesas cotadas na bolsa.
"Do the supporters of progressive taxes, affirmative action, strict environmental safeguards, and unionized labor practice what they preach? In a word: NO. (...) 'I don't own a single share of stock,' Michael Moore declares. No, his tax returns show he has owned hundreds of thousands -- profiting from some of the very companies (like Halliburton and Boeing) he viciously denounces. (...) Noam Chomsky opposes private property and calls the Pentagon 'the most vile institution on the face of the earth' -- yet he has made millions in contract work for the Pentagon, owns two luxurious homes, and set up an irrevocable trust to protect his assets from Uncle Sam."
Everywhere we turn, we have to pay for licences to be allowed to go about our business. What is there left? Water is taxed at each end, with rates for turning on the tap or flushing it away. Air has so far been left strangely free. Compulsory meters bunged in nostrils could solve that. They have the technology. What about walking? Suntans? Sleep? Smiling has also escaped, perhaps because it is now prohibited on passport photographs. In any case, as things are going, it would yield diminishing returns.
On Nov. 6, 1917, Lenin takes power in Russia and admonishes: "Workers of the world, unite" (Of course under the dictatorship of Lenin). On Nov. 4, 1980, Chile creates a pension system that allows every worker to become a small capitalist, and originates a much more appealing vision: "Workers of the world, become owners and thus free".
Espero que alguém (alô Pedro) esteja a contar o tempo de antena que têm tido os vários candidatos à presidência, contando, como é óbvio, com o tempo de antena que é dado aos seus apoiantes quando eles falam dos candidatos. Tenho a certeza de que os resultados seriam extremamente interessantes e mostrariam com clareza cristalina quem é filho e quem é enteado nesta "democracia" mediática que temos.
Quanto às notícias protagonizadas por estes candidatos às próximas eleições presidenciais, é Jerónimo de Sousa aquele que mais vezes e por mais tempo surgiu nos écrãs da RTP1, 2:, SIC e TVI, em programas regulares de informação (exclui por isso entrevistas aprofundadas ou outros programas especiais sobre o assunto). De 22 de Agosto a 13 de Novembro de 2005, Jerónimo de Sousa foi protagonista de 227 notícias que tiveram uma duração total superior a oito horas. Francisco Louçã foi o segundo mais referido nas notícias destes canais, com 189 peças que estiveram próximas das sete horas de duração total. Cavaco Silva, pelo contrário, protagonizou o menor número de notícias, com 85 peças de cerca de 3 horas e 45 minutos de duração.
O novo Aeroporto da Ota pode ter um impacto devastador no turismo em Lisboa. A notícia é hoje avançada pelo jornal O Independente.
O Governo tem conhecimento de um estudo que prevê que a substituição da Portela pela Ota, vai provocar uma perda de quase 16 por cento do total de turistas na Região de Lisboa. Trata-se de um prejuízo de 100 milhões de euros por ano.
O estudo foi realizado em 2000 por uma consultora a pedido do Estado e prevê, por exemplo, que Lisboa possa perder 50 por cento das chamadas estadias curtas, o segmento turístico que mais tem crescido nos últimos anos.
O candidato apoiado pelo Partido Socialista já começa a demarcar-se deste investimento:
O candidato presidencial Mário Soares revelou hoje que tem "algumas dúvidas" sobre o investimento no novo aeroporto da Ota, durante uma conversa com alunos do Instituto Politécnico de Leiria, onde responsabilizou Cavaco Silva pelos problemas orçamentais do país.
Louçã defendeu que a missão portuguesa no Afeganistão "é injustificada e injustificável", argumentando que "o regime de Cabul é um regime de senhores d a guerra, traficantes e fanáticos". "Não compete às Forças Armadas Portuguesas patrulhar as ruas de Cabul", defendeu, acrescentando que a decisão "foi um erro, e continuará a ser um erro enquanto se mantiver".(...) Para Francisco Louçã, "o Governo escolheu os compromissos que queria, m as o povo português pode ter uma ideia diferente sobre o que deve ser a missão e a presença dos soldados portugueses em território estrangeiro".
Lembrando que uma missão como aquela que as tropas portuguesas estão a desenvolver no Afeganistão "envolve sempre riscos", Mário Soares admitiu que nunca gostou que "eles fossem para lá". Questionado sobre se, na sequência deste acidente, o Governo deveria or denar a retirada das tropas portuguesas do Afeganistão, o candidato apoiado pelo PS disse não poder "dar já essa opinião". "Não posso dar já essa opinião. Aliás, [a retirada das tropas] até podia ser entendida como um acto de cobardia. Os militares quando vão para essas mis sões sabem os riscos que correm", afirmou.(...) Mário Soares recordou, contudo, que à missão dos militares portugueses no Afeganistão estão subjacentes "compromissos internacionais sérios" que Portugal assumiu perante a NATO. "Aliás, tínhamos essa obrigação como país membro da NATO", sublinhou, lembrando que "a guerra no Afeganistão foi feita com o aval da NATO".
As Forças Armadas e o Ministério da Defesa confirmaram, esta sexta-feira, a morte de um militar português na sequência da explosão de um engenho, a sul de Cabul, capital do Afeganistão. A explosão provocou a morte do 1º sargento João Paulo Roma Pereira e um ferido grave, o cabo-adjunto, Horácio da Silva Mourão. Outros dois militares portugueses ficaram feridos ligeiramente, estando fora de perigo, avançou o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Almirante Mendes Cabeçadas, em conferência de imprensa.
###As famílias dos militares portugueses envolvidos no acidente já foram informadas do sucedido pelo Exército. O mesmo responsável explicou que o incidente ocorreu cerca das 12:30 locais (7:30 de Portugal), a cerca de oito quilómetros a sul de Cabul, durante uma patrulha de vigilância no quadro das operações em curso da ISAF (Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão). A explosão atingiu a primeira das viaturas de um destacamento de comandos portugueses, provocando a morte do militar português. A patrulha era constituída por duas viaturas. Mendes Cabeçadas explicou ainda que o «engenho explosivo estava colocado no itinerário onde circulava a patrulha», mas descartou a hipótese de ter sido um ataque, bem como a possibilidade da patrulha em causa ter cometido qualquer falha nos procedimentos de segurança. Presente na conferência de imprensa, o ministro da Defesa, Luís Amado, garantiu que, apesar do acidente, a missão portuguesa no Afeganistão vai manter-se. O governante salientou que, desde o início, se assumiu que esta era uma missão de alto risco e que Portugal vai continuar a honrar os seus compromissos internacionais.
"Quando Chávez esteve em outubro nos Estados Unidos onde com vários outros chefes de Estado participou de uma Conferência da ONU, foi entrevistado pelo jornalista Ted Koppel, no programa 'Nightline' da ABC News. Nessa entrevista voltou a afirmar que o Governo norte-americano tinha planos para 'invadir seu país por causa do petróleo' e que ele estava de posse das 'provas concretas' cujos documentos entregou ao jornalista. Chamava-se Operação Balboa. (...) Esses documentos demonstram que o tal Plano Balboa que o presidente Chávez vinha denunciando como uma suposta operação de invasão à Venezuela por parte dos Estados Unidos, não era outra coisa que o Exercício de Simulação de uma operação militar, realizado pela Força Aérea Espanhola no ano de 2001. (...) Os documentos que segundo Chávez foram obtidos mediante ajuda dos serviços de inteligência, encontram-se na Internet acessíveis a qualquer pessoa que queira deles tomar conhecimento, e têm o caráter de Classificados Didáticos."
The French social model is not a model, since no-one wants to imitate it, it is not social since it leads to record unemployment and it is not French since it is based on class struggle and a refusal of reformism.
... mas o que mais poderíamos esperar na república dos "Carnavais, Malandros e Heróis... Sem Nenhum Caráter"? E assim se perpetuam, no Brasil, os "Donos do Poder"...
Face ao excesso de posts com imagens da Salma Hayek que têm aparecido aqui e aqui não me resta outra alternativa senão apelar à moderação. Com o propósito de deixar claro o que se deve evitar, aqui fica um exemplo do que não se deve postar:
Nos últimos dias tenho tido pouca disponibilidade para seguir blogs mas sobre a tempestade blogosférica que nos últimos dias em torno do Blasfémias se despoletou não quero (não posso) deixar de comentar brevemente alguns ataques obscenos de que o meu amigo CAA tem sido vítima.
Já por várias vezes manifestei a minha discordância (na blogosfera e fora dela) com o CAA relativamente a diversos assuntos e, no caso específico das matérias relacionadas com a Igreja Católica, lamento profundamente o estilo que ele regularmente usa nos seus ataques. Quem nos conhece melhor aos dois sabe até que já tivemos discussões em pessoa particularmente acesas. Por tudo isto, compreendo perfeitamente que se critique (em substância e em estilo) o post do CAA que originou esta polémica. O que não compreendo é que algumas dessas críticas assumam um carácter de tal modo ofensivo que superam em muito a (suposta) razão que os motivou.
Independentemente de tudo o resto, no contacto que com ele tive, o CAA sempre primou pela verticalidade e frontalidade, qualidades hoje cada vez mais raras. Ele não precisa que eu escreva isto mas, ainda assim, afirmo que considero o CAA um homem com carácter e uma pessoa de bem. Não posso por isso deixar de lamentar que se tentem organizar linchamentos por um eventual "delito" que consiste numa sátira de mau gosto. Tenho pelo menos a esperança de que essas tentativas sejam actos irreflectidos e não planeados. Todas as críticas ao que o CAA escreveu são aceitáveis (o que não quer dizer que sejam igualmente válidas). Todas as tentativas de arrasar pessoalmente o CAA são simplesmente inaceitáveis. Não contem comigo para participar em linchamentos.
José Tavares, responsável pela Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico, apresentou hoje a sua demissão ao ministro Manuel Pinho, em discordância com a forma como o processo tem sido conduzido pelo Governo. O dossier está agora nas mãos do próprio primeiro-ministro, José Sócrates.
Critica-se a privatização de escolas, universidades e hospitais sem haver, realmente, a compreensão de que o financiamento destas instituições tem origem na riqueza por eles (e outros) criada. A gratituidade dos serviços públicos é, por isso, uma ilusão.
Vejamos o exemplo de um trabalhador com salário mensal bruto de 500 euros (7.000/ano):
A empresa tem de pagar à Segurança Social 23,75% sobre o valor bruto do salário: 118,75 euros
O trabalhador entrega ainda 11% do seu salário bruto à Segurança Social: 55 euros
A empresa retem-lhe ainda 2,5% do salário bruto para entregar às Finanças: 12,50 euros
Com o salário líquido que recebeu (432,50 euros) o trabalhador, sempre que consome, tem de pagar IVA. Dado que existem 3 escalões deste imposto (5%, 12% e 21%) vamos assumir que o seu padrão de consumo tem distribuição por estes, respectivamente, de 30%, 5% e 65%. Pagará, por mês, uma taxa média de 15,8% que corresponde a 79 euros.
Concluindo:
A empresa - para contratar o trabalhador - tem despesas directas de 618,75 euros (8.662,50 por ano)
O trabalhador consome produtos e serviços no valor líquido de 353,50 euros (4.949 por ano)
O Estado confisca, por mês, 265,25 euros (3.713,50 por ano), 42,9% do que a empresa gasta com o trabalhador
"Since then, as an economics professor (some would say a mathematician gone bad), I have been impressed by how often the same thing happens in the public policy arena. Someone desperate to demonstrate their position, but stymied by a gap in their argument, invokes a 'then a miracle occurs' step, from which their supposed 'proof' can continue."
Seguindo à risca as recomendações do Prof. António Borges, tentei aumentar a minha produtividade. Ou seja, aumentei o número de horas dedicadas a trabalhar, aumentando também com isso as receitas fiscais (há que ajudar no combate ao deficit) e diminuindo o tempo disponível para escrever algo sobre as "Noites à Direita" de ontem. Não quero, mesmo assim, deixar de cumprimentar o Paulo Pinto de Mascarenhas e os demais promotores (entre eles o também insurgente Luciano Amaral) por mais uma interessante noite. Se dos convidados não ouvi nada surpreendente (o que foi bom, confirmando as minhas expectativas sobre cada um), acho que houve uma questão que, no fim, ficou no ar. Se do lado mais liberal, ficaram muitas ideias sobre as mudanças necessárias (e a oposição a alguns mitos), fica por enunciar claramente o passo seguinte: como levá-las à prática. Se como disse o Prof. António Borges, os partidos são máquinas que buscam o poder, não promovendo o debate ideológico, há que ver nessas aparentes fraquezas, oportunidades a conquistar. Se o debate de ideias já arrancou (é certo: numa pequena/imensa minoria ), é cada vez mais altura de confrontar os partidos com elas, entrando na sua lógica de poder - sem ela e só com boas intenções, o debate é desperdiçado.
Este post do Miguel fez-me recordar o recente edição do livro O Não com Razão, de Manuel Monteiro. Em várias áreas, a distância entre as minhas posições e as de Manuel Monteiro é grande, mas reconheço-lhe o inequívoco mérito de ter, desde sempre e como poucos, manifestado a sua frontal oposição à Constituição europeia. Num tempo em que muitas posições (ditas) de princípio parecem flutuar ao sabor das conveniências de curto prazo é uma postura que deve ser enaltecida.
As razões de Manuel Monteiro para rejeitar a Constituição europeia. De vez em quando é preciso acordar do sono letárgico em que a puseram à espera da melhor oportunidade. Já à venda. É uma edição de O Espírito das Leis.
Já tive a oportunidade de comentar os estatutos da recém-criada Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) e as possíveis consequências para a blogosfera portuguesa.
"O perigo maior de Portugal é tornar-se numa pequena Sicília. Aquilo que eu vejo nas propostas do PCP e do Bloco de Esquerda são pequenas sicílias. Eu não sei se a Sicília é de esquerda ou de direita. Sei que para tudo há um padrinho, seja o Estado, seja outro qualquer. Um dos perigos maiores da sociedade portuguesa é a extrema aversão ao risco."
Comentário de Daniel Bessa no "Noites à Direita" de ontem.
‘Portugal tem empresários muito bons’. Foi esta umas das afirmações do Professor António Borges que mais gostei de ouvir nas Noites à Direita de ontem. Ela contraria a ideia que se vem instalando que os portugueses são inatamente avessos ao risco, desorganizados e com falta de visão estratégica. Desculpem-me a expressão, mas tudo isso não passam de tretas. Independentemente do regime autoritário de Salazar, das confusões do PREC e da hostilidade existente, o nosso país foi dos que mais cresceu no século XX. Basta olhar para o Portugal dos anos 50 e compará-lo com o dos anos 60. Apesar do Estado, o país desenvolveu-se e esse desenvolvimento não foi obra e graça do Espírito Santo. O país fervilha de gente que todos os dias cria empresas e arrisca em novos negócios. O que se passa actualmente com a classe empresarial portuguesa é muito simples. Ela surgiu apesar do Estado e é agora protegida por este para combater a globalização. Desta forma, não há lugar a novos empreendedores, não há renovação, não há concorrência. A situação actual é sui generis. O Estado beneficia alguns empresários, asfixiando a vida da maioria, vindo depois dizer que estes não têm capacidade empreendedora. Ora, com amigos assim, há quem não precise de inimigos.
Na notícia acerca do evento de ontem a TSF esquece-se de referir as fortes críticas de Daniel Bessa [1] (secundadas por António Borges) ao PCP e ao BE [2]. Segundo este, a adopção das medidas por eles defendidas transformariam Portugal numa Sicilia [3].
[1] Aliás, a notícia nem sequer o menciona. [2] Algo que já adivinhavamos... [3] Para quem não percebeu: Sicilia=Mafia
ADENDA: Para o DN, Daniel Bessa também não esteve presente.
ADENDA 2: Vá lá. Para o Diário Digital, António Borges foi apenas "um dos oradores". Continuamos, contudo, a desconhecer a identidade do(s) outro(s).
ADENDA 3: O Jornal de Negócios e a Rádio Renancença seguem o critério do Diário Digital. Pela RR ficamos ainda a saber que Pires de Lima é "um dos promotores". Para eles Daniel Bessa está ausente em parte incerta. Começo a duvidar do que vi e ouvi ontem.
ADENDA 4: Aleluia! Afinal não tive uma alucinação. Daniel Bessa esteve mesmo presente na sessão de ontem. O Diário Económico não só menciona a sua presença como dá noticia das suas criticas ao PCP e ao BE, ao "enviesamento de esquerda inaceitável" dos tribunais do trabalho e menciona a sua proposta de redução siginificativa do IRC. Não obstante algumas lacunas, é até agora a notícia mais completa.
Queria dar os meus parabéns aos organizadores das "Noites à Direita" (em especial ao PPM) pela sessão de ontem.
A escolha dos convidados revelou-se excelente (como aliás já adivinhava). Tenho algumas críticas a fazer às duas intervenções mas confesso que, na sua maioria, as propostas apresentadas por António Borges e Daniel Bessa vão no sentido certo do que necessita ser modificado em Portugal.
Assim que tiver disponibilidade pretendo fazer uma análise mais detalhada.
PS: Desta vez deixo o comentário social ao cuidado da Miss Pearls.
"O jovem repórter penetrou na zona do perigo na França. Foi ver como vivem os imigrantes e filhos de imigrantes em Clichy-sus-Bois, uma das áreas rebeladas. O garoto que liderava aquela gangue em particular era filho de um imigrante de Gana. Ele mesmo é francês. Mas chama 'franceses' os seus 'inimigos'. Não se informou ao telespectador com o devido cuidado que eles têm casa de graça, escola de graça e hospital de graça. Os desempregados têm direito à assistência social e estão muito longe de ter um padrão de vida que lembre, ligeiramente que seja, os pobres do Brasil ou, anotem aí, os pobres dos Estados Unidos. (...) O repórter não quis saber de contradições, não. Milhões de espectadores brasileiros foram expostos às verdades daqueles 'pobres garotos', alguns deles saídos de um carro em ótimo estado. Todos visivelmente bem alimentados e educados. O prédio que receberam de graça para morar estava meio emporcalhado, é verdade. Eles reclamavam que o governo não ia lá fazer reformas. Por conta própria, aquela 'pobre gente' não quer passar nem uma miserável mão de tinta na parede. Eles querem pichar. O governo que limpe."
Segundo tempo: as jovens grávidas
"Aparece lá a garota de 19 anos. Pobre, sim, mas, vê-se, não abestada. Está na terceira gravidez. Cada filho de um pai diferente. Sua irresponsabilidade sexual, sua moral lassa no que concerne à sexualidade, sua decisão de praticar o ato que ela sabe que leva à gravidez, tudo isso é atribuído à sua pobreza — pobres talvez tenham hormônios mais inquietos... — e à falência das políticas públicas de combate à reprodução irresponsável."
Mesmo erro
"Nos dois casos, os humanistas de plantão expropriam os indivíduos de sua responsabilidade pessoal. Os incendiários da França não têm culpa de sair destruindo o país que lhes dá, sem custos, moradia, saúde e educação. Os brasileirinhos e brasileirinhas que saem por aí fazendo filhos também não podem responder por seus, quem sabe?, instintos. Podem até votar. Podem decidir sobre os destinos da nação. Mas não podem responder pelo momento em que tiram a calça. (...) Mais um pouco, vamos ter de criar a 'Orgasmobrás'. Tenho algumas sugestões para o cargo..."
São de perder a conta as inomináveis coisas que Soares tem vindo a dizer ao longo desta pré-campanha. Agora, em mais uma demonstração daquilo que ele considera ser o seu "afecto", decidiu dar mais um pontapé no ex-amigo Alegre. Em tempos, o Pedro Marques Lopes, n'O Acidental, fez uma brevíssima resenha deste género de manha canalha em que Soares sempre foi muito proficiente. E continua. Caso Cavaco disesse 1/10 do que Soares disse nestas últimas semanas, já tinha sido arrasado por todo o lado na comunicação social. Se juntarmos a isto o visível à-vontade com que Soares se move entre o "povo", dançando o vira aqui, visitando feiras acolá, lambuzando criancinhas, até nos faz lembrar o célebre Bokassa do Atlântico (expressão do próprio Soares), Alberto João Jardim. Com uma grande diferença: Jardim conseguiu aguentar o poder 30 anos ininterruptos. Soares só o conseguiu indirectamente. Jardim é muito mais eficiente. Deve ser por isso que Soares tanto o odeia.
Estes 7,7 por cento têm um significado ainda mais grave, na medida em que o sector produtivo é o mais afectado. É a demonstração das consequências desastrosas da política seguida.
As políticas seguidas devem ser claramente responsabilizadas pelo estado actual do país. São responsáveis pelo sentimento de irresponsabilidade individual e pelo conformismo apoiado pelo estado social. São responsáveis pelo estado deter uma imensa cadeia de centros de emprego não funcionais. São responsáveis pelas limitações que as empresas têm ao seu crescimento e pelo sentimento de repulsa pelo lucro resultante da visão socialista de quem legisla. São responsáveis pelo fortalecimento de clientelismos e favorecimentos corporativos, consubstanciados em barreiras admnistrativas à entrada no mercado de trabalho e ao livre estabelecimento empresarial. São responsáveis pelo favorecimento do proteccionismopatrioteiro, prejudicando principalmente os que têm maiores restrições orçamentais. São responsáveis por terem tornado o aparelho estatal num colosso sobredimensionado, que tudo regulamenta. São responsáveis pelo nível de impostos necessários a suprir as necessidades do colosso e das suas políticas sociais.
A consequência a tirar é que as políticas seguidas devem ser descontinuadas, abandonadas. Haja coragem e visão para reconhecer que são necessárias propostas novas, sem raízes na continuidade, para mudar de rumo.
Resumo: O que dizer do PFL e outros partidos que se dizem oposicionistas e ficam discutindo chequinhos carregados por secretárias e dólares em cueca e sequer tentam apurar o que é o Foro de São Paulo? Será que só querem mesmo aquilo que o povo suspeita seja seu único interesse: gritar com o único fito de “se arranjar”, de mamar mais ainda no dinheiro suado dos brasileiros?
À medida que os efeitos da globalização ganham forma, assiste-se por parte da esquerda, a um crescente apanágio das virtudes nacionais. O processo só não tem graça porque demonstra a pobreza de espírito daqueles que o subscrevem. Há cerca de vinte anos, Miguel Esteves Cardoso fez juras de amor à maçã reineta portuguesa e foi considerado um tolo. Eram os tempos das vacas gordas (perdão) dos fundos comunitários. Actualmente quando os empregos escasseiam e a resposta já não se encontra nos dinheiros de Bruxelas, o nacional é bom. A esquerda foi universalista quando o universalismo era socialista. Agora que este é capitalista, ela é patriota.
Esta conversão não só revela, pelas razões referidas, pobreza de espírito, como contém uma certa fragilidade. É que o pretenso patriotismo da esquerda não assenta na defesa dos interesses do nosso país, mas na conveniência de alguns privilegiados, cujas benesses se encontram em risco. Não suporta a ideia de interesse nacional e é incapaz de considerar uma política que vise aumentar o nosso poder de intervenção no mundo, como maneira de, aproveitando-se das vantagens da globalização, nos trazer benefícios. Bem dissecado, o patriotismo da esquerda não vela por Portugal, mas pelos proveitos do Estado social que esconde os seus protegidos.
Durão Barroso afirmou que a liberalização dos mercados agricolas da UE está dependente de concessões que os outros países façam, nos mercados de bens e serviços, no âmbito da OMC.
Simplificando, se não conseguir contrapartidas dos outros países a UE continuará a devotar 50% do seu orçamento a 3% dos seus habitantes e a obrigar os cidadãos dos países-membros a pagar caro os produtos agricolas. Esquece-se que os subsidios, preços garantidos e o proteccionismo distorcem os incentivos de mercado impedindo uma mais eficiente afectação dos investimentos. É uma boa receita para empobrecer. Mas a culpa será dos "outros"...
Manter-se-ão igualmente as limitações para os países Terceiro-Mundo em exportar (em muitos casos) os unícos produtos em que podem ser competitivos. Dirá, contudo, que se preocupa e se solidariza com eles organizando algumas galas beneficentes onde entegará uns cheques que lhe aliviem a consciência. Já que não enriquecemos condenamos os outros à pobreza. Sempre mantemos aparência que, afinal, não estamos assim tão mal.
Depois disto, surge agora esta notícia no Público:
A Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) está a investigar o caso das reformas compulsivas na Câmara de Setúbal e, se vier a concluir que houve "ilegalidades graves" traduzidas na "consecução de fins alheios ao interesse público", Carlos de Sousa poderá perder o mandato e a câmara poderá ser dissolvida.(...) Os funcionários envolvidos podem ainda vir a ser acusados de "violação aos deveres de isenção, zelo e lealdade". A informação que abre o procedimento da IGAT também não exclui a hipótese de estarem em causa "condutas criminais, designadamente de corrupção [...] e o crime de prevaricação".
Recordo que as reformas resultariam de despedimentos (após faltas sucessivas e injustificadas, situação que contaria com a concordância das chefias) para que os funcionários pudessem beneficiar do actual sistema de reformas, antes da entrada em vigor, em 2006, do novo regime de aposentações.
Adenda: O DN noticiava a semana passada que também a Procuradoria-Geral da República iria abrir um inquérito para averiguar o aumento anormal de aposentações compulsivas.
A propósito da recorrente questão da criação de um partido liberal (agora suscitada nos comentários a este excelente post do Rui A.), continuo a achar que é uma má ideia no contexto português. O que se torna cada vez mais imperativo é o aparecimento de liberais em posições relevantes nos principais partidos portugueses (incluindo o PS).
É certo que a situação inglesa também não é famosa mas, apesar de tudo, há diferenças relativamente a Portugal. Há algumas horas atrás, numa conferência para os lados de Westminster, tive oportunidade de ouvir uma MP citar favoravelmente Ludwig Erhard. Mais ainda, ouvi a mesma MP manifestar inequivocamente a sua discordância com quem defende que é papel do Estado tornar o mercado social porque, segundo ela, o mercado é, pela sua própria natureza, social no sentido em que esses críticos procuram argumentar que ele não é. Um pequeno pormenor: a MP em causa, acreditem ou não, foi eleita pelo (New) Labour Party.
Some folks ask me what the transition was like from NASCAR reporter to political reporter. It's easy. In one, you try to explain to your readers the significance of grown-ups getting paid exorbitant amounts of money to go around in circles indefinitely, always turning left. In the other, you get to interview racecar drivers.
• There’s no evidence that more than a handful of people in the Middle Ages believed the Earth was flat. The claim that Christopher Columbus disproved the flat Earth was invented by the creator of Rip van Winkle.
• Copernicus was never persecuted for saying that the Earth went around the sun. The idea of a “warfare” between Science and Religion was invented by 19th century Americans.
• It is said that 25 million Africans have HIV/AIDS. What they don’t tell you is that in 1985 AIDS was redefined in Africa so that it could be diagnosed without an HIV test. Thenceforth diseases common in Africa could be called AIDS.
• What Nelson Mandela doesn’t want you to know: Water and sanitation infrastructure in Africa collapsed after colonial rule came to an end. Public health followed suit.
• Endangered species? Not! New, hitherto unknown species have been discovered more frequently than known species have disappeared. Scientists keep finding—alive—species thought to have gone extinct.
“[48] ...in accordance with settled case-law the primacy of Community law requires any provision of national law which contravenes a Community rule to be disapplied, regardless of whether it was adopted before or after that rule.
[49] The duty to disapply national legislation which contravenes Community law applies not only to national courts but also to all organs of the State, including administrative authorities […] which entails, if the circumstances so require, the obligation to take all appropriate measures to enable Community law to be fully applied.”
European Court of Justice, 9 September 2003, Case C-198/01, Consorzio Industrie Fiammifieri (CIF)
E lá foi votada, pelos partidos constituintes, a Grande Coligação governamental na Alemanha. Para finalizar o processo, o Bundestag terá de dar o seu voto favorável, o que irá acontecer a 22 de Novembro. Para já, o programa da coligação já começou a ser criticado por conta das medidas já conhecidas: o IVA será aumentado em 3% (passando para 19%), aumentam também os impostos para os rendimentos mais altos (acima de 250.000 euros) e a idade de reforma irá subir dos 65 para os 67 anos. De facto, não parece que a coligação vá quebrar o ciclo de políticas de levou ao estado actual do país, onde o desemprego atingiu níveis muito elevados. Se nada mudar, a contestação pode levar a que cada partido coligado comece a pensar se não será boa ideia voltar às urnas. A questão é saber se os eleitores alemães estarão então dispostos a alterar o rumo das políticas que suportam a famosa economia social de mercado (como a rigidez do mercado laboral) e que criaram o estado actual de problemas - até agora, parece que não.
Faleceu na passada sexta-feira, quase a completar 96 anos. Sobre ele, leia-se o que escreveu Mark Skousen no artigo "The Other Austrian" e também "Reclaiming Drucker" por Peter Starbuck.
You can understand why the Quai d'Orsay is relaxed about Iran becoming the second Muslim nuclear power. As things stand, France is on course to be the third. You heard it here first. You probably won't hear it on Mr Dassier's station at all.
Many people are blaming the riots in France on the high unemployment rate among young Muslim men living in the ghettoes around Paris and elsewhere. Some are blaming both the unemployment and the ghettoization on discrimination by the French. Plausible as these explanations may sound, they ignore economics, among other things. (...) Prior to the decade of the 1930s, the wages of inexperienced and unskilled labor were determined by supply and demand. There was no federal minimum wage law and labor unions did not usually organize inexperienced and unskilled workers. That is why such workers were able to find jobs, just like everyone else, even when these were black workers in an era of open discrimination. The first federal minimum wage law, the Davis-Bacon Act of 1931, was passed in part explicitly to prevent black construction workers from "taking jobs" from white construction workers by working for lower wages. It was not meant to protect black workers from "exploitation" but to protect white workers from competition. (...) There is no free lunch, least of all for the disadvantaged.
Aguardam-se - em coerência com a lógica usada - mais declarações "anti-portuguesas", dado o seu apoio ao candidato Mário Soares e a liderança de Cavaco Silva nas sondagens presidenciais.
"Além da pauperização da sociedade venezuelana, Chávez está deixando uma imagem de vulgaridade que será muito difícil de se apagar. O presidente venezuelano, com sua linguagem vulgar e seu populismo barato, conquista cada vez mais admiradores nesta porção do continente. Parece que a integração, o desenvolvimento e os benefícios do livre comércio ficarão acima da linha do Equador, com poucas exceções."
Ainda não tenho idade (e já combinei com o João Miranda que primeiro avança ele para dois mandatos) mas uma coisa é certa: quando me candidatar a Presidente da República quero um "António M. Costa" no blog não oficial de apoio à minha candidatura para fazer o trabalho sujo. Independentemente de tudo o resto, entre o Super Mário e o Pulo do Lobo vai de facto uma grande diferença...
O serviço nacional de correio electrónico gratuito Megamail vai ser encerrado no final deste mês. A Vodafone diz que a sua existência não se justifica face ao leque de alternativas de qualidade existentes actualmente, mas as críticas relativamente ao modo como o processo está a ser conduzido fazem-se sentir, tanto por parte dos utilizadores, que deixarão de contar com aquele endereço de contacto, como por parte da FCCN, que diz que a decisão foi unilateral.
(...)
Sob a designação de "Mail para todos", o Megamail foi lançado em Fevereiro de 2000, no seguimento de um protocolo de cooperação entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), representado pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), a Vodafone Portugal (então Telecel) e a SUN, com o objectivo de criar de um serviço de email gratuito.
(...)
Lamentando ainda não ter chegado à fala com a operadora, Pedro Veiga diz estar já a ser pensada uma solução de continuidade juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que, contudo, demorará o seu tempo a ser implementada e nunca poderá reflectir o histórico de dados das contas que existiam no Megamail.
Mesmo que não houvesse múltiplas soluções privadas (e gratuitas), este subsídio continuaria a ser um erro. O benefício de uma caixa de correio electrónico depende, essencialmente, do valor que cada indivíduo lhe atribui. Logo, porquê subsidiar os emails de quem não lhes dá suficiente valor?
Que um liberal diga que apoia Cavaco porque é o menos mau, é uma coisa; que um liberal se entusiasme com Cavaco, é coisa que está para lá do meu entendimento!
O PPM interroga-se sobre a existência de António M. Costa e recorda ter duvidado igualmente da existência de Ivan Nunes. No caso deste último, recordo-me que só acreditei que não era um heterónimo usado por alguém para escrever este tipo de coisas quando uma amiga me assegurou que o dito Ivan existia mesmo. Há casos em que a realidade consegue transcender os mais vincados estereótipos que se possa ter sobre a extrema esquerda.
O Tribunal de Setúbal inicia hoje o julgamento de um jovem acusado da morte de três pessoas, em Setembro do ano passado, devido ao despiste do automóvel que conduzia numa corrida de tunning em Palmela.
O jovem Neutel Mendes está acusado de sete crimes - três de homicídio voluntário, dois de ofensas à integridade física simples, um de condução perigosa e outro por condução de veículo sem habilitação própria.
O acidente ocorreu na denominada recta do picanço, na Quinta da Marquesa, em Palmela, e provocou a morte de três jovens: dois rapazes, de 15 e 22 anos, e uma rapariga, de 24 anos.
(...)
a advogada de defesa vai tentar que a acusação dos crimes de homicídio voluntário - com uma moldura penal de oito a 16 anos de prisão -, seja alterada para "homicídio negligente, sem dolo", punível com pena até cinco anos de prisão.
Algumas notas:
A "recta do picanço" é uma estrada privada;
Para se conduzir numa estrada privada não é necessária carta de condução;
As vítimas do acidente eram espectadores por escolha própria;
Numa corrida de automóveis, a "condução perigosa" é do conhecimento de todos os espectadores;
Porquê, então, acusar o condutor de "homicídio voluntário" e não de "homicídio negligente, sem dolo"?
Deverá o condutor ser condenado pela negligência dos espectadores?
PS: sobre este acontecimento já tive a oportunidade de, há um ano atrás, publicar dois posts no TempestadeCerebral.
"Blair has gone from being the great hope to being the great threat," Greenpeace spokesman Ben Stewart told Reuters by telephone from Downing Street. "His rowing back on Kyoto is deeply, deeply worrying."
Com o aumento de 3% do Salário Mínimo Nacional o objectivo de crescimento da produtividade é quase garantido, dado que os trabalhadores menos produtivos serão futuros desempregados (e não contarem para a referida estatística).
José Sócrates congratula-se por ter dificultado, ainda mais, a entrada no mercado de trabalho. As corporações do sector não ficaram satisfeitas, contudo. "Ainda devia ser mais difícil", dizem. "Os nosso associados não ficam suficientemente resguardados da concorrência", argumentam.
Na semana passada, a blogosfera portuguesa - incluindo O Insurgente - destacou o perigo do Estado querer controlar a liberdade de expressão dos bloggers, através da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que substitui a Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Estão sujeitas à supervisão e intervenção do conselho regulador todas as entidades que, sob jurisdição do Estado Português, prossigam actividades de comunicação social, designadamente:
a) ...
b) As pessoas singulares ou colectivas que editem publicações periódicas, independentemente do suporte de distribuição que utilizem;
(...)
d) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem ao público, através de redes de comunicações electrónicas, serviços de programas de rádio ou de televisão, na medida em que lhes caiba decidir sobre a sua selecção e agregação;
e) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem regularmente ao público, através de redes de comunicações electrónicas, conteúdos submetidos a tratamento editorial e organizados como um todo coerente.
Artigo 12.º (Equiparação ao Estado)
No exercício das suas atribuições, a ERC assume os direitos e obrigações atribuídos ao Estado nas disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente quanto:
a) À cobrança coerciva de taxas, rendimentos do serviço e outros créditos;
Artigo 24.º (Competências do conselho regulador)
3 - Compete, designadamente, ao conselho regulador no exercício de funções de regulação e supervisão:
a)...
h) Organizar e manter bases de dados que permitam avaliar o cumprimento da lei pelas entidades e serviços sujeitos à sua supervisão;
(...)
q) Proceder à identificação dos poderes de influência sobre a opinião pública, na perspectiva da defesa do pluralismo e da diversidade, podendo adoptar as medidas necessárias à sua salvaguarda;
(..)
ae) Restringir a circulação de serviços da sociedade da informação que contenham conteúdos submetidos a tratamento editorial e que lesem ou ameacem gravemente qualquer dos valores previstos no n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro, sem prejuízo da competência do ICP-ANACOM em matéria de comunicações electrónicas de natureza privada, comercial ou publicitária.
Artigo 45.º (Funções de fiscalização)
1 - Os funcionários e agentes da ERC, os respectivos mandatários, bem como as pessoas ou entidades qualificadas devidamente credenciadas que desempenhem funções de fiscalização, quando se encontrem no exercício das suas funções e apresentem título comprovativo dessa qualidade, são equiparados a agentes de autoridade e gozam, nomeadamente, das seguintes prerrogativas:
a) Aceder às instalações, equipamentos e serviços das entidades sujeitas à supervisão e regulação da ERC;
b) Requisitar documentos para análise e requerer informações escritas;
c) Identificar todos os indivíduos que infrinjam a legislação e regulamentação, cuja observância devem respeitar, para posterior abertura de procedimento;
Ora, um órgão de comunicação social estrangeiro não pode ser objecto de controlo editorial por parte desta entidade mesmo que seja um jornalista português a escrever o artigo. A única competência que esta entidade tem sobre o conteúdo publicado seria, segundo a alínea ae) do nº3 do artigo 24º, a restrição do acesso ao mesmo.
Logo, o mesmo acontece para os bloggers que publiquem os seus conteúdos em sites estrangeiros. Como acontece com O Insurgente! Julgo que, por esta razão, não é necessário alegar desorganização e incoerência. No entanto, quanto a blogs alojados em sitesportugueses, um destes dias a ERC ainda pode bater à porta...
Nota: mesmo assim, o Estado arranjará sempre formas de tentar "calar" a blogosfera. Veja-se o caso Do Portugal Profundo.
Adenda: Antonio Balbino Caldeira, autor do "Do Portugal Profundo" foi absolvido.
"Aqui no Brasil, a história do dinheiro de Cuba para a campanha petista de 2002 mostra que um pé de chinelo qualquer consegue avião particular para sair de São Paulo, ir a Brasília, seguir para Campinas e dali para São Paulo apenas com o objetivo de conduzir três caixas de um uisquezinho comum que, adquiridas em Rivera, saem por bem menos de mil dólares. Só o combustível bebido pela aeronave custa muito mais do que as 36 garrafas nele carregadas com zelos que se aproximam dos exigidos para o transporte de valores. (...) Pois agora, na terra da baixaria, podemos produzir manchetes sobre o transporte milionário de três miseráveis caixas de Johnnie Black, ou Red, ou Havana Club, com direito a atitudes sigilosas, acompanhamento de economista, avião, carro blindado e motorista.
Sobre o episódio, podem restar dúvidas em relação à procedência e ao conteúdo das caixas. Mas não cabem dúvidas sobre terem estado rotuladas como bebida e quanto ao fato de pelo menos duas serem de um frugal Johnnie Walker de 25 dólares em free shop, ou de cento e poucos reais em qualquer supermercado da paulicéia, onde se situava o destino final da encomenda."
É realmente difícil de acreditar que as tais "três miseráveis caixas" continham somente bebidas alcoólicas. O Whisky cubano pode embriagar bem mais do que se imagina...
Con gritos de "Zapatero dimisión" comenzó la masiva manifestación, la tercera que afronta el Gobierno en los últimos meses. 2 millones de personas salieron a la calle en un sábado grisáceo en Madrid para protestar contra el proyecto de ley de educación del Ejecutivo socialista, la LOE, y exigir su retirada, así como un nuevo texto nacido del consenso.
Confesso que não percebi se Joana Amaral Dias se insurge contra a intervenção da policia para repor a ordem pública, se contra a morosidade dos tribunais.
Por não comparecer na votação do orçamento de Estado da passada sexta-feira, ao explicar-se dizendo que agora privilegia a sua candidatura presidencial, mas não suspende o exercício do cargo de deputado, Manuel Alegre poderá ter cometido um erro capital. Alegre apresentou-se ao eleitorado como independente e livre, mas acaba por atestar que tudo não passará de falta de consideração pelos seus colegas de bancada, sentimento de impunidade perante o eleitorado, uma certa pedantice à mistura e uma enorme falta de tacto político que explica o seu lugar secundário (e sempre atrás de Soares) na política portuguesa.
O seu erro foi, desta forma, uma tolice. Uma tolice apenas cometida por amadores e amadores que vêem a vida como lêem poemas. Alegre provou não ser seguro, que é imprevisível e demonstrou não estar talhado para o lugar a que se candidata. Sexta-feira passada, terá atingindo o seu ponto alto nas sondagens. A partir de agora, será sempre a descer. Soares, muito mais experiente, agradece.
Irish internal market commissioner Charlie McCreevy has suggested tax harmonisation is not and will not be on the Brussels agenda whether "by the front door or the back", stressing tax competition among countries is "healthy".
In a speech given in Brussels on Thursday (10 November), Mr McCreevy said "National vetoes will be retained and competition between member states for inward investment - some of it tax based - will continue. Tax competition is a healthy spur to governments across Europe," according to the Financial Times.
Daqui a alguns dias, vai realizar-se na Tunísia uma cimeira mundial sob égide ONU em que estará em questão o futuro da Internet.
Kofi Annan, a 5 de Novembro, ainda tentou traquilizar os que duvidam das boas intenções da ONU, escrevendo um artigo no Washington Post que The U.N. Isn't a Threat to the Net (que penso ser o mesmo que saiu no Público). Claro que, perante palavras tão sábias, ficamos todos mais sossegados, a conferência até vai ser realizada num país que defendem os direitos humanos. Não é assim?
É óbvio que há pessoas que acham um desaforo o "controlo" da Internet estar nos Estados Unidos (ver aqui e aqui), mas de facto, se a Internet caísse sob a alçada da ONU, bem poderíamos dizer adeus a liberdade de expressão na mesma.
Aliás, uma organização que duvida da bondade dos objectivos da ONU é a muito insuspeita RSF, ou seja, os Repórteres sem Fronteiras. Na sua página oficial, esta organização toma a sua posição nesta questão com o texto Gouvernance d’Internet : la position de Reporters sans frontières. Sobre o controlo exercício pelo ICANN sobre os nomes dos domínios a nível mundial, dizem os RSF (destaques meus):
Cette situation est certes critiquable, mais les solutions proposées pour y remédier semblent bien pires. La Chine, Cuba et les pays les plus répressifs de la planète cherchent à attribuer la régulation du Réseau à une organisation supranationale indépendante, entendez l’ONU. Or, lorsque l’on connaît l’incurie de cette organisation en matière de droits de l’homme - rappelons que sa commission ad hoc a récemment été présidée par la Libye -, l’idée fait froid dans le dos. Souhaite-t-on vraiment que les pays qui censurent le Net et emprisonnent les internautes se mettent à réguler la circulation de l’information sur le Réseau ? Le simple fait d’organiser ce sommet en Tunisie, un Etat où le Président et sa famille contrôlent la presse et Internet d’une main de fer, démontre que la liberté d’expression n’est pas considérée comme un thème central du SMSI. Pourtant, dans toutes les dictatures de la planète, c’est aussi sur le Web que se diffusent désormais les informations indépendantes, celles qui échappent à la censure. Considérer le Réseau du seul point de vue technique, et ainsi décider que l’Iran et le Viêt-nam devraient participer à sa gestion au niveau mondial, est une erreur qui pourrait coûter cher à des centaines de millions d’internautes.
Aliás, o governo tunisino já apresentou credenciais no passado (ver aqui) de como reprimir o conteúdo dos sítios internet que lhe não agradam. Voltando à tomada de posição dos RSF, elatermina assim:
Il est certes difficilement justifiable que l’ICANN reste ad vitam aeternam sous la coupe d’un seul pays. C’est un point sur lequel les Etats-Unis vont devoir négocier, d’autant qu’ils recommandent eux-mêmes qu’Internet soit géré par le secteur privé. Reconnaissons toutefois que les Américains sont parvenus à développer le Net sans bug majeur ; et admettons également qu’ils sont dans l’ensemble respectueux de la liberté d’expression. Espérons donc qu’un compromis acceptable, c’est-à-dire une solution qui réduit au minimum l’intervention des Etats et garantit la liberté d’expression, sera trouvé lors du SMSI. Si tel n’est pas le cas, mieux vaut ne rien changer.
De facto, a intervenção da ONU na regulação da Internet apenas iria fazer com que acabasse a liberdade de expressão neste meio.
"No civilized nation should have a leader who wishes or hopes or desires or considers it a matter of policy to express that ... another country should be pushed into the sea," Rice said, speaking slowly and sternly. "It is unacceptable in the international system."
Com efeito, não há como um realizador português para arrombar um clássico da literatura portuguesa. Ao menos o mal é feito em casa e fica tudo em família. O Crime do Padre Amaro, um telefilme produzido pela SIC mas que se estreou primeiro nos cinemas, alega no genérico ser uma "versão livre" da obra, mas este é um caso de liberdades amplas demais.###
(...)
Este padre Amaro chega a Lisboa e é colocado num bairro "difícil" onde há muita "exclusão" e pouca devoção. E entra logo numa onda de Bloco de Esquerda, porque anda sempre à futrica, põe-se ao lado dos moradores contra a polícia durante uma rusga para prender um dealer e angaria fiéis com concertos de rap.
Como os padres têm que cultivar a modernidade e não estamos numa telenovela da TVI, em que as coisas importantes levam 30 episódios a acontecer, Amaro pouco demora a enrolar-se com a carnuda Amélia, o que dá direito a umas cenas de sexo que fariam voar o monóculo do Eça se ele as visse. Por esta altura, o filme poderia voltar a ser titulado como Com Jeito Vai... na Sacristia!
Em redor do parzinho pecador gravitam umas beatas caricaturais, dois invertidos de revista do Parque Mayer, uns "jovens" irados contra a "ex- clusão", um vilão grunho e três padres velhos e depravados, um deles - surpresa! - pedófilo, interpretado por Nicolau Breyner (coitado!).
“Prophet!” said I, “thing of evil!-prophet still, bird or devil!- Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore, Desolate, yet all undaunted, on this desert land enchanted- On this time by Horror haunted, - tell me truly, I implore- Is there-is there balm in Gilead?-tell me-tell me, I implore!”
E que tal o Cosmopolitismo e o Individuo? O Henrique Raposo em mais uma reflexão, a não perder. Por falar em não perder, amanhã na Casa da Musica, Bill Frisell.
Um indivíduo esperou dois anos por um julgamento, parte significativa deles em prisão preventiva, para o tribunal acabar por entender que não havia razões suficientes para ele ser sequer acusado. Um outro foi alvo de buscas em sua casa, ao mesmo tempo que o próprio Procurador afirmava não haver qualquer razão para suspeitar dele. Um outro ainda está há vários meses à espera de ser ouvido pela primeira vez acerca de um crime de que é suspeito. O sistema de justiça, por sua vez, terá de esperar muitos mais até ter alguma credibilidade. José Saramago afirma que não participará em eventos oficiais em que Cavaco Silva esteja presente, caso seja eleito. A Juventude Popular decide não apoiar Cavaco. A ambos, o país mostrou a sua indiferença. A ambos, Cavaco agradeceu. No debate parlamentar sobre o Orçamento, Louçã continuou a sua campanha presidencial. Na campanha presidencial, continuou a sua demagogia parlamentar. Sem diferenças, para não se confundir. No Reino Unido, o governo de Tony Blair pretendia viabilizar uma lei permitindo a detenção, durante 90 dias sem acusação formada, de indivíduos suspeitos de terrorismo. A maioria dos eleitores estava a favor. A maioria do Parlamento estava contra. Blair acusou os últimos de ignorarem os primeiros. Ignorando ele próprio que a função do Parlamento não é a de seguir a opinião pública, e que se fosse, então não seria preciso para nada. Michael Howard pediu a demissão de Blair. Segundo ele, Blair perdeu a autoridade sobre o seu partido. Isto dito pelo mesmo homem que sairá em Dezembro da liderança dos Conservadores. Em França, os "jovens", certamente "frustrados" com a sua "condição social", foram fazendo arder mais uns carros durante a semana. Chirac, Villepin e Sarkozy, certamente frustrados com a sobrevivência política uns dos outros, procuraram queimar-se mutuamente. A culpa, claro está, é das "políticas neo-liberais". De Bush, certamente, porque em França não há "políticas neo-liberais".
Repetindo um exercício já anteriormente realizado no Insurgente, aqui ficam, a título de curiosidade, o número de links contabilizados pelo BlogPulse para alguns blogs nacionais.
"Some writers claim that there are no limits to what science can do. They are either ignorant or are having you on. (...) As our understanding of the universe develops, so does our understanding of the limits on what science will ever be able to do. I leave aside here the question of whether science is reaching its limits in many scientific areas (which may well be true). The point is that the scientific method itself has fundamental limits, and many important areas lie outside those limits. Science can’t deal with values, ethics, aesthetics, or metaphysics, and these limits of science follow from the very nature of the scientific enterprise and its methods."
Mas tu não quiseste privar o homem da liberdade e repeliste a tentação; horrorizava-te a ideia de comprar com pão a obediência da Humanidade, e respondeste que «nem só de pão vive o homem», sem saber que o espírito da terra, exigindo o pão da terra, havia de levantar-se contra ti, combater-te e vencer-te, e que todos haveriam de segui-lo, gritando «Deus deu-nos o fogo celeste!» Os séculos passarão e a Humanidade proclamará, pela boca dos seus sábios, que não há crime e que, por conseguinte, não há pecado: o que há é apenas famintos: «Dá-lhes pão se queres que sejam virtuosos.»
António Borges e Daniel Bessa serão os convidados principais da próxima sessão das Noites à Direita, com moderação de António Pires de Lima.
Numa conversa aberta a todos, António Borges e Daniel Bessa serão convidados a debater o que está em causa para o presente e para o futuro económico e político do nosso País: até onde deve ir a intervenção do Estado na Economia; será possível conseguir desenvolver o País com a actual Constituição, ou é obrigatória a sua revisão; será que o modelo social está totalmente esgotado ou é ainda reformável; como é possível combater o défice e o desemprego, aumentando a produtividade; que reformas e privatizações são essenciais; e qual deve ser o papel de Portugal numa economia cada vez mais globalizada.
Dia 16 de Novembro, pelas 20h30, na Sociedade de Geografia, junto ao Coliseu de Lisboa.
"Aceitamos muito facilmente que os termos da linguagem da democracia são os da tradição da Revolução Francesa e do iluminismo...
"A ideia da política como actividade total, que está implícita no pressuposto da cidadania, deriva dessa tradição do político como cidadão, fazendo política como quem respira, subsumindo todas as dimensões da “felicidade terrestre” que, desde a Revolução Francesa, é o objectivo da política...
Mas há outra dimensão da política, assente em outras tradições, que consideram que a acção cívica (a intervenção política) é apenas uma parte limitada da vida, a que se acede mais por emergência do que por normalidade."
"The fact is, U.S.-Latin American relations are at one of their lowest historical points. The majority of Latin intellectuals traditionally have felt a deep and secret inferiority complex toward the U.S., blaming it for everything bad that takes place in the hemisphere. They have taught in both public and private schools and universities for three generations, and finally have seen their favorite students reach the top political positions not only in Venezuela, Argentina, Brazil, Uruguay, Ecuador, Paraguay, and Bolivia, but also again in Chile, where the highly successful accomplishments and the good name of the "Chicago boys" are being meticulously trashed by official lies and horrendous judicial decisions, while Allende's followers are treated as victims and "compensated" from the state coffers. (...) Yes, Castro has been attacking U.S. governments and institutions for more than four decades, but the obscenity and insolence of Chávez and his clique have no precedent. Undoubtedly, he was encouraged by the lack of response when last January he said during one of his weekly "Aló Presidente" broadcasts that Condi Rice's problem was her lack of a sex life, something on which he offered to help her. (...) Unfortunately, socialism and communism have a growing number of advocates in Latin America, while capitalism has no clear support coming from Washington. Instead, too many recycled civil servants enjoy the tax-free life and great power of their current positions at the International Monetary Fund, World Bank, Inter-American Development Bank, and all the U.N. outposts, from where they support failed policies of big government and higher taxes. Is it any wonder some Latin friends of the U.S. feel betrayed?"
Eu costumava dizer que o termômetro para os próximos acontecimentos na América Latina seria o referendo que confirmaria (ou não) Hugo Chávez no poder. Após a vitória de Chávez nesse referendo, a retórica anti-americana e anti-capitalista ganhou força no continente. Mas essa força não é de agora, vem sendo preparada ao longo de décadas de doutrinação ideológica nas escolas e universidades. Enquanto as mentalidades foram sendo formatadas na América Latina, pouco apoio recebemos de Washington com relação ao Capitalismo. O que aconteceu com a tradicional área de influência dos Estados Unidos, isto é, com as Américas?
"Quando se abole o direito à propriedade, a vida torna-se descartável e a liberdade passa a ser apenas um sonho longínquo. A mais triste conseqüência da utopística socialista é tornar a própria liberdade uma utopia."
In its essence, Deconstruction is an assault on reason in favor of the same dogmatic subjectivism held by the Nazis. It is the view that there is no such thing as objective truth, no way to prove anything by reference to facts and evidence. What, then, is the basis for any assertion about what is true or false, good or bad, right or wrong? All of these ideas are determined, not by objective facts, but by an inescapable web of irrational assumptions and subjective emotions. And what shapes those assumptions and emotions? Contemporary Deconstructionists conclude that they are shaped by collective social forces, by modern academia's holy trinity of "race, class, and gender."###
So here we get the two essentials of Nazism: the rejection of reason and the mind in favor of the worship of brute emotion, and the elevation of the collective over the individual. What, then, distinguishes the ideas of the modern intellectuals from the philosophy of the Nazis? The addition of an altruist twist. The Nazis were certainly pro-self-sacrifice, because they advocated (and enforced) the sacrifice of the individual self to the collective aggrandizement of the race. But the modern intellectuals declare that they are even more altruistic because they want to sacrifice our own race to other races.
This is the essential meaning of Multiculturalism. The Multiculturalists accept the vicious Nazi assumption that an individual's ideas and values are determined by his race—but, they say, the cardinal sin is to be too racially self-assertive, that is, the worst thing you can do is to assert the universal truth or superiority of your own group's culture at the expense of the ideas and values of others. "All cultures are equal" is the Multiculturalist theory. In practice, this means that we must be ready to subordinate our own culture—the culture of Western civilization—in order to show our "respect" for the cultures of every other group on earth, from the Eskimos and Patagonians to the culture of, say, the North African Arabs.
(...)
Multiculturalism is a program for self-imposed dhimmitude. I have already pointed this out in stories I have posted about the absurd lengths to which Western Multiculturalists are willing to go to expunge our own culture out of an obsequious respect for Muslim "sensibilities." The examples range from the trivial (removing a public sculpture of a pig in rural England, because Muslims consider the pig an "unclean" animal) to the ominous, such as Britain's proposed law making it a crime to criticize someone else's religion—essentially banning dissent against Islam.
But nowhere are the results more ominous than in France. The riots there are described as the product of France's failure to "assimilate" Muslim immigrants from North Africa, and various reasons are cited for this failure. But the most fundamental reason is that Europe has long ago lost any real interest in assimilating its immigrants. Indeed, it has rejected the very idea of assimilation. To induct others into European culture—why, that kind of cultural self-assertion would be just like the Nazis. Instead, Europe has gone out of its way to "accommodate" other cultures—by encouraging immigrants to live for decades sealed off in their own enclaves.
(...)
It is not just that French Muslims need to assimilate into French culture. It is that there has to be a self-confident culture for them to assimilate to. One cannot assimilate with self-annihiliation.
(...)
It is in the streets of the Parisian suburbs that one can now see the ultimate effects of Multiculturalism—and sense a premonition of the dark and murderous future that lays ahead for Europe.