24.9.05

Rua Miguel Bombarda, Porto

As credenciais da "nova" esquerda alemã

Germany's new Left MPs accused of collaborating with Stasi

Germany's new Left party, which could play a crucial role in deciding the next chancellor, faced acute embarrassment yesterday amid claims that at least seven of its MPs had collaborated with the Stasi, the East German secret police.

Parece que vamos mesmo ter uma campanha alegre...

RINO

Katrina, Bush e socialismo

The federal government has no role to play under the Constitution in the reconstruction of the Gulf Coast.###

(...)

When a state or local government builds a road or a sewer or a levee with tax dollars it has collected from those subject to it, or with grants from Congress, or with loans from investors, it then owns, and should manage and maintain, what it built. If it is prudent, a state government will engage in preventive maintenance, and purchase insurance or set aside funds in case of a catastrophe. If a state government is not prudent, and a natural disaster strikes, why should American taxpayers bail it out? That would provide no incentive for prudence in the future. Why should American taxpayers cover for the blatant failure of Louisiana politicians to be prudent with tax dollars? The federal government's debt is exponentially larger than Louisiana's.

Who in his right mind would build anything below sea level and not maintain it, insure it, secure it, or put aside enough money to rebuild it after a flood? Only the government; the same government that diverted funds from rebuilding levees to financing new casinos.

(...)

Charity is a gift from one's own assets; freely given, out of love, compassion, or guilt. It is inconceivable for someone to be charitable with someone else's money. But that's how the government will sell this scheme. Charity? Let me get this straight, Mr. President: You want to give $200 billion of our children's money to the same politicians who couldn't maintain their own levees or protect their own infrastructure and to the same voters who let them get away with such malfeasance? I can think of five members of the Senate whose collective net worth exceeds $2.5 billion; let them be charitable with their own money. Has not Katrina exposed the folly of too many tax dollars in the hands of politicians?

If Katrina taught us anything it is that the last 40 years of social welfare has failed miserably. It has also taught us that those who suffered the most were those who relied on the government the most. How much suffering must there be until self-reliance, not government dependence, becomes the norm? Will members of Congress and the Gulf Coast political class have the courage to address this without spending taxpayers' money? Don't bet on it. Low taxes, local education, market driven inner-city jobs, and the self-reliance that comes slowly with the accumulation of personal resources do not translate into votes as quickly as handouts and dependence do.

When he ran for president in 2000 and again in 2004, George W. Bush told voters hundreds of times, in describing tax dollars, words to the effect that: "It's your money, not the federal government's!" As a candidate, he attacked the Nanny State. What happened to him? He has become a president who second-guesses a mayor on the safety of his city's streets, who presumes the Constitution lets him force taxpayers to re-build uninsured private homes, and who has proposed the biggest federal give-away of cash and land to private persons in history. This isn't compassionate conservatism. It is unconstitutional big government truly out of control.

Leitura recomendada

Arte e cultura, uma vez mais...

"The First Amendment has not repealed the ancient rule of life, that he who pays the piper calls the tune," Scalia said Thursday.

The justice, who limited his discussion to art issues, said he wasn't suggesting that government stop funding the arts, but that if it does fund artwork, it is entitled to have a say in the content, just like when it runs a school system.

The high court and Scalia have weighed in on the issue before.

In the late 1980s, the National Endowment for the Arts sparked a public and political uproar when it helped fund exhibits of photographer Robert Mapplethorpe's homoerotic images and a photograph by Andres Serrano of a crucifix immersed in urine.

Critics contended the NEA was financing obscenity, and Congress passed an arts-funding law in 1990 requiring public values be considered when handing out grants.

The Supreme Court upheld that law in 1998, ruling that the government need not subsidize art it considers indecent. Justice David H. Souter was the only dissenter, saying the law was overbroad and had "a significant power to chill artistic production and display."

Scalia said Thursday he believes the government did not violate the First Amendment in the case of the Serrano photo - it did not pass any law to throw the "modern day DaVinci" into jail nor did it stop him from displaying his art, he said.

"I can truly understand the discomfort with government making artistic choices, but the only remedy is to get government out of funding," he told the audience.
De facto, e parece que muitos artistas subsídio-dependentes não o compreendem, quem paga está, logo à partida, a fazer escolhas (boas ou más). Porquê uns e não outros? Que critérios para subsidiar um projecto e não outro? Enfim... voltarei ao assunto.

A Direita e a Cultura (comentário final)

Grrrrr....CDLXIII

23.9.05

Toma, que é bem feito!

O liberalismo e a direita que temos

O abastardamento dos termos

Proteccionismo radiofónico

Congresso de Direito da Educação

A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DO DIREITO DA EDUCAÇÃO vai realizar o seu 1º Congresso de Direito da Educação nos próximos dias 14 e 15 de Outubro de 2005, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, dedicado ao tema "RESPONSABILIDADE POR UM ENSINO DE QUALIDADE".###ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DO DIREITO DA EDUCAÇÃO

1.º Congresso de Direito da Educação

DIREITO À EDUCAÇÃO

RESPONSABILIDADE POR UM ENSINO DE QUALIDADE



14 e 15 de Outubro de 2005

Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa



PROGRAMA PROVISÓRIO

14, sexta-feira,

10 horas: sessão de abertura [a confirmar]

10.30 horas: 1.ª sessão

Liberdade de ensino e qualidade do ensino
Presidente: MANUEL BRAGA DA CRUZ, Reitor da Universidade Católica Portuguesa

PAULO ADRAGÃO, Professor da Faculdade de Direito da Universidade do Porto

MÁRIO PINTO, Professor da Universidade Católica Portuguesa

CARLA AMADO GOMES, Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: qualidade e direitos dos estudantes

Debate

14,30 horas: 2ª sessão

Constituição e educação
Presidente: PAULO OTERO, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

MANUEL PORTO, Presidente do Conselho Nacional de Educação; Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

JORGE MIRANDA, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

JOSÉ CARLOS VIEIRA DE ANDRADE, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

Debate

17 horas: 3.ª sessão

Autonomia, qualidade e avaliação

Presidente: GUILHERME OLIVEIRA MARTINS, antigo Ministro da Educação, deputado do Partido Socialista

ADRIANO MOREIRA, presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior: qualidade e avaliação

JORGE BACELAR GOUVEIA, professor da Faculdade de Direito da Universidade Nova

MANUEL CARMELO ROSA, director da Fundação Gulbenkian

LUÍS PEDRO PEREIRA COUTINHO, assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: autonomia das universidades e avaliação da qualidade

Debate

Sábado, 9.30 horas: 4.ª sessão
Perspectivas internacionais

Presidente: MARCELO REBELO DE SOUSA, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

JAN DE GROOF, presidente da Associação Europeia do Direito da Educação, professor das Universidades de Ghent e do Colégio da Europa: o ponto de vista europeu

CHARLES RUSSO, presidente da Associação Americana de Direito da Educação: o ponto de vista americano

MÓNICA SIFUENTES, presidente da Associação Brasileira de Direito da Educação: o ponto de vista brasileiro

FERNANDO GURREA, Secretário de Estado da Educação e membro da direcção da Associação Espanhola de Direito da Educação: a nova lei de qualidade do ensino

Debate

Sábado, 11.30 horas, 5.ª sessão
O futuro da educação e o futuro do Direito da Educação

Presidente: BARATA MOURA, Reitor da Universidade de Lisboa

MARÇAL GRILO, administrador da Fundação Gulbenkian

PEDRO BARBAS HOMEM, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: uma agenda para o Direito da Educação

EDUARDO VERA-CRUZ, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: financiamento e qualidade do ensino superior público

JOÃO ATANÁSIO, assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: a liberalização dos serviços de educação

Encerramento


Inscrições



Dr.ª Rosa Guerreiro (Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa)

Faculdade de Direito - Alameda da Universidade, Cidade Universitária
1649-014 Lisboa

Telefone Geral da Faculdade – (351) 21 798 46 00 / (351) 21 798 46 05
Fax Geral da Faculdade – (351) 21 795 03 03
E-mail Geral da Faculdade – webmaster@mail.fd.ul.pt

Aprender com Kristol

RE: Grrrr...

Noites à direita, dúvidas culturais

Sobre o caso Fatima Felgueiras

Vantagem absoluta

No comments

"A Direita e a Cultura” (comentário social) - II

As aparências iludem

A juíza do Tribunal de Felgueiras Ana Gabriela Freitas decidiu-se pela não-confirmação da prisão preventiva de Fátima Felgueiras por entender que a ex-autarca apenas «alegadamente» terá estado refugiada no Brasil e que, mesmo a sua fuga, terá sido «aparente».


[fonte: Diário Digital]

A inevitabilidade do estado

"A Direita e a Cultura” (comentário social)

Estado Social e Miranda 2011

22.9.05

Direito e legislação

A Lei

Em defesa de Fatima Felgueiras

Contributo para iniciativas nacionais, quiçá mundiais

Atendendo aos hábitos nojentos de muitos portugueses, declaro:
Que sou contra o Dia sem Carros, mas muito a favor do Dia sem Escarros.
Que sou contra o Dia sem Pópós mas sou muito a favor do Dia sem Cocós.
No passeio.
De cão.
Tenho dias.
De cão.
E carro.
Também tenho.
Cão é que (já) não.
O autor declarou-se influenciado por Platão e Astérix.

He talks the talk...

Portugal "está num plano inclinado que interessa, imediatamente, travar e inverter e isso é, de facto, prejudicial sobre todos os pontos de vista, quer económico, quer social, quer, sobretudo, político", sublinha o social-democrata.
Na opinião de António Borges, é necessário iniciar o processo de "viragem" porque o país está num "momento mau" e os portugueses estão a perder "confiança" e segurança, inclusivamente, nas instituições políticas.
... but can/will he walk the walk?

Transportes públicos gratuitos?

De acordo com uma nota do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, são grátis todas as viagens de metropolitano, de autocarro, de barco ou de comboio.
Esta acção abrange a CP, Carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo/Soflusa, STCP e Metro do Porto.
Hoje, o ministro Mário Lino anunciou que o estado irá pagar nove milhões de euros às empresas privadas de transporte na zona de Lisboa, como indemnização pelo serviço público que prestam.

Hayeck para todos

Culturalismo - III

Semana 3: Você acha as políticas culturais do governo importantes? Eu queria que você até falasse um pouco dos teus filmes, de como foi juntar dinheiro e tudo mais...

Mainardi: Eu nunca aceitei dinheiro de leis de incentivo do Estado porque eu acho que o consumidor não é obrigado a financiar as minhas veleidades artísticas. Se eu tenho veleidades artísticas, problema meu. Se eu faço um filme que ninguém quer ver, problema meu. Se eu faço um filme que todo mundo quer ver, eu encho a botija de dinheiro (risos). É simples assim. Não deve haver política cultural, não deve haver ministro da cultura, não deve haver secretário da cultura, não tem que ter nada. Tem que ter gente que cuida do teatro municipal, que limpa tudo, que troca o revestimento das poltronas e toca pra frente. Se for pra não ter cultura, não vai ter cultura. O Estado corresponde por mais de 50% do mercado editorial brasileiro, das compras de livro. É uma inversão. Não existe isso. A gente lê menos, a gente não atribui importância à leitura, então paciência, fazer o quê? Não é o Estado que vai suprir isso. Eles não podem fazer o livro, a biblioteca e o leitor também.

[Obrigado ao nosso comentador gpn]

Quem perde

London calling

O pretenso bem estar

Defining politics

The party sought both to run well to the left of Labour on policy questions in many university towns and to oust a series of Shadow Cabinet members by tacking towards the Centre. This strategic ambiguity had served Mr Kennedy well before, and most of those around him believed that it was possible to snatch 70 or 80 constituencies this time. In that context, the final outcome of 62 seats has to be viewed as a disappointment.

Mr Kennedy told The Times that he wanted to respond to events by “getting the Liberal Democrats in the driving seat”. The real issue, though, is the direction in which the Lib Dem vehicle is travelling. The inconsistencies in the party programme and the propensity for populist lurches would have Mr Kennedy banned if his political party had a driving licence.###

More consistency and coherence are not impossible. Mr Kennedy contends that his central political principle is “the freedom of the individual”. This is admirable. In certain areas, such as the promotion of civil liberties, he and his party have a strong claim to virtue. In other spheres, nevertheless, their credentials are unimpressive. The economic freedom of the individual is not recognised with sufficient rigour. The right of free individuals to a meaningful choice in public services such as health and education has not been regarded with much respect. The freedom of individuals in dictatorships such as Iraq is, apparently, subject to the agreement of the United Nations.

The Lib Dems’ task over the next few years, starting with their conference in Blackpool this week, involves an essentially philosophical challenge. What is Liberalism and how is to be applied to the modern world? The party has, in fairness, sought to address these matters before but has also sought to avoid internal conflict while doing so. As a result, Liberalism is anything that men such as John Stuart Mill, William Gladstone, John Maynard Keynes, Sir William Beveridge or even Paddy Ashdown may have said at one time. Liberalism now has to be considerably less liberal as to its own interpretation. If not, it will mean nothing at all. Mr Kennedy concluded his conversation with this newspaper last week with the thought: “The easy life is not an option.” He is correct. He has to start with the hardest question of all — what does he truly stand for?

Culturalismo - II

Livre escolha

E não se pode extinguir a AACS? (II)

Leitura recomendada

culpa é obviamente do Bush e do neo-liberalismo selvagem.

21.9.05

Culturalismo

Chegou-me hoje por e-mail o pedido para assinar mais uma petição, desta vez dirigida à ministra da cultura. O título chamou-me a atenção: "A Cultura do Desperdício".

Confesso que tive de ler alguns parágrafos mais que uma vez. Demonstração clara da minha iliteracia. Assegurei-me que aquilo que lia era aquilo que percebia era aquilo que queriam dizer os autores da petição por assinar (frase sem vírgulas, num registo experimental).
O que peticionam à ministra da cultura? Claro, já se adivinha: mais dinheiro. Todo o dinheiro possível e outro que se imprima. Estão muito chateados e dizem, pelo menos cinco vezes, que "é inaceitável" que o ministério não tenha um plano (tipo quinquenal, presumo), não se empenhe (aqui, talvez, no sentido de colocar as jóias de família no prego) e não realize concursos (parecem gostar de competir - menos mal).
Pelos vistos, se a coisa continuar assim, desaparece a "dinâmica de criação".

Os peticionários limitam-se a exigir a manutenção de um direito adquirido: o recebimento de subsídios. À ministra exigem que lembre o ministro das finanças que lembre os contribuintes a não esquecer de contribuir com as suas contribuições impostas para os subsídios (cá está, outra frase experimental).

Os seus direitos são um dever para todos nós.
Os seus subsídios são menos rendimento dísponível para todos nós. Menos rendimento para gastar, por exemplo, em bilhetes para espectáculos por eles apresentados mas por cada um de nós seleccionados.
Os seus direitos são menos liberdade de escolha para todos nós.

Logo agora que o governo irradia confiança, surge esta descrença nas capacidades redistributivas do estado. Como é possível duvidar do culturalismo do estado socialista?

Eu é que sou verdadeiramente de esquerda

Johan Norberg

At 32, the Swedish writer and author of In Defence of Global Capitalism is one of the leading international thinkers preaching the benefits of free trade, open borders and immigration as the only path to eradicating poverty and generally increasing individual happiness. His 2002 book was a bestseller and has been translated into English, French, German, Dutch, Hindi, Estonian and Finnish.(...)

"Globalisation consists of our everyday actions," Norberg wrote. "We eat bananas from Ecuador, drink tea from Sri Lanka, watch American movies, order books from Britain, work for export companies selling to Germany and Russia, holiday in Thailand and save money for retirement funds investing in South American and Asia."

After colonising Europe and the right-wing opinion journals of the US, Norberg is bringing his good news gospel of globalisation to Australia.

Next month he will deliver the 2005 Centre for Independent Studies John Bonython lecture.

His views are likely to fall on more welcoming ears than in his native Europe, where cynical political leaders on the continent - with the exception of the eager baby capitalists in eastern Europe - often treat globalisation with disdain and even contempt.


The End of Small Government

The war on terrorism has been a rationale for increased spending, but not its primary cause. President Bush has endorsed a substantial increase in spending for agriculture, defense, education, energy, homeland security, Medicare, and transportation -- only a trivial amount of which is a direct response to Sept. 11 -- all the while refusing to veto a single spending bill. The primary cause of the rapid increase in federal spending to date is that the Bush administration and too many Republicans in Congress have embraced big government conservatism in both foreign and domestic policy at the expense of their traditional party commitment to fiscal responsibility.

(...)

The primary condition that will threaten a substantial increase in the federal spending share of GDP is the combination of unfunded promises for Social Security and Medicare and a substantial increase of the ratio of retirees per worker -- a problem that will become clearer as baby boomers begin to retire in 2008. The primary cost of the war in Iraq and Katrina relief may turn out to be the inability to gain bipartisan attention to these much larger long-term problems. Whether the era of small government is over depends primarily on how these long-term problems are sorted out, not on the temporary spending for the war in Iraq and Katrina relief.

Reformar é preciso

Regardless of the difficult weeks ahead, the facts will not change. Germany is crumbling under a gigantic mountain of debt. Unemployment remains at a record high. The economy is slowing down and companies are moving away.
What we need is liberalisation and deregulation. We need to go back to the classic economic models whose success was proved time and time again during Germany's economic miracle.(...)
For Germany, it does not really matter who eventually runs the shop. The main thing is that reform is carried out as quickly and as decisively as possible.
Segundo Köppel (que sobre o mesmo tema escreveu ontem no Die Welt), Schröder tem a flexibilidade suficiente para moldar uma coligação que implemente as reformas necessárias.

Surge-me a dúvida se o "centrão" alemão, que dividiu os votos entre Schröder e Merkel, tem vontade de ser reformado. Não estarão os alemães demasiado acostumados à economia social, onde a protecção de regalias e as políticas sociais não se coadunam com rupturas (inevitáveis para implementar as reformas)?
Se reformar é preciso, os eleitores alemães não parecem ansiosos por pagarem o preço do processo, aumentando a dimensão dos problemas por todos identificados.
O que de me faz lembrar um outro país, mais a sul.

Garantia

Eu voto na tartaruga

Bye-bye Marrakesch

Thomas Sowell - random thoughts

With various people complaining about "price gouging" as gasoline prices rise and as higher prices are charged for other things in areas struck by hurricanes, economist Walter Williams has coined a new term: "Tax gouging." But government is never accused of either "greed" or "gouging" -- not even when they bulldoze people's homes in order to turn the land over to businesses that will pay more taxes.


Random Thoughts

20.9.05

World Tour

Soares visita Brasil em pré-campanha
Brevemente, num país perto de si.

Deutschland unter alles

Aviso ao Professor Cavaco

Doutor Economista

A procura da justiça

The history of man is the history of crimes, and history can repeat. So information is a defense. Through this we can build, we must build, a defense against repetition.
Simon Wiesenthal (Baltimore Jewish Times, February 24, 1989)


Sempre gostei deste homem. Deste homem que morreu hoje. Da sua perseverança. Do seu sentido de justiça. Sempre admirei o seu sofrimento e a contenção com que o viveu.

Reminder - Sondagem Insurgente

O comunismo está à esquerda do socialismo, tal como este está à esquerda da social democracia?
Partilhem com os outros leitores do Insurgente a vossa opinião, deixando-nos um comentário sobre a questão. Lembro-vos as palavras do nosso Grande Timoneiro:
o melhor comentário sobre o tema da sondagem será aqui publicado como post, o que poderá ser visto como um prémio ou como uma penalização dependendo do apreço que o comentador contemplado tenha por este humilde blog
Contamos com o vosso contributo!

O fracasso das sanções económicas

For the past decade, the US has tried to isolate the ruling generals of Myanmar - the former Burma - into submission--just as it has with countries like Cuba. This in the hope of bringing democracy and liberty to its people. Outlawing trade, however, has done little to goad the regime toward change, as I discovered on a trip down the Burma Road linking China and Myanmar. They simply seek aid and comfort elsewhere--and have no trouble finding it.

(...) our attempts to shame and isolate the generals into cooperation have only created an investment and development vacuum others, and in particular China, are more than willing to fill. Not a single step has been made toward democracy or a liberal society

A Europa decapitada

Alemanha: Líder dos liberais rejeita negociar com o SPD

O líder dos liberais do FDP, Guido Westerwelle, enviou segunda-feira uma carta ao presidente do Partido Social- Democrata alemão (SPD), Franz Muntefering, manifestando-se indisponível para negociar a formação de uma coligação de governo com este partido.

Na carta, Westerwelle recordou a Muntefering que «o SPD não obteve qualquer mandato dos eleitores para a formação de governo» e que, por isso, não pode aceitar o convite do SPD para sondar se é possível a formação de uma coligação junto com os Verdes.


[fonte: Diário Digital]

Leitura recomendada

A Campanha do Argus

19.9.05

O papel da imprensa: Brasil vs Portugal

É impressionante a frequência com que o nome de Portugal, país moderno e europeu, tem aparecido nos últimos tempos ligado aos mais diversos esquemas manhosos que pipocam por aqui [Brasil], sejam eles de corrupção política, financiamento ilegal de partidos ou tráfico pesado de droga.

A diferença é que no Brasil, país de terceiro mundo, imprensa e autoridades concorrem na denúncia e investigação. No Portugal europeu, imprensa e autoridades são cúmplices na preguiça e na ocultação, e isto apenas quando não são parte do próprio esquema.

(in Gândavo, via Grande Loja do Queijo Limiano)
Preguiça. Boa caracterização!

Live 8 (efeitos colaterais não esperados)

O chefe de Estado norte-americano instou também os países participantes na cimeira [da ONU] a alcançarem um acordo no âmbito da ronda de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), para reduzir subsídios agrícolas e taxas aduaneiras em todo o mundo, de forma a potenciar o comércio nos países em desenvolvimento.

«A eliminação de barreiras comerciais implicará retirar milhões de pessoas da pobreza até 2015», indicou Bush, insistindo em que «está muita coisa em jogo».

«As vidas de milhões de pessoas dependem disso», vincou.

Os Estados Unidos estão dispostos a eliminar as suas barreiras comerciais se outras nações adoptarem medidas semelhantes, afirmou o presidente, referindo-se aos subsídios que tanto o seu país como a União Europeia atribuem aos respectivos produtos agrícolas e que representam uma grave desvantagem para os produtos dos países em desenvolvimento.

(in Diário Digital, via A Arte da Fuga)

Apesar da referida medida ser a mais eficaz para combater a pobreza dos países subdesenvolvidos, as palavras de Bush pouca ressonância tiveram nos principais órgãos de comunicação social. Afinal, esta não é exactamente uma das principais exigências de Bono e Geldof...

PS: Bush, ao dizer que elimina as suas barreiras alfandegárias sobre os produtos agrícolas se outros Estados fizerem o mesmo, tentou passar a batata quente para as mãos da União Europeia e a sua PAC (Política Agrícola Comum).

Eleições na Alemanha (2)

Estado, o proxeneta

The [Ministry of Social Affairs] guidelines state that 'sexual health is a basic human right' and in some cases instruct health workers to help disabled persons to contact a prostitute.

'The assisting person must in some cases escort the person to the prostitute. It can also be essential for the assisting person to talk to the prostitute, together with the person, to express requests and ensure that enough time is provided,' the ministry states in its guidelines.

(in Jyllands-Posten, via Marginal Revolution)
Concordo com o Rabbit's blog ao caracterizar o comentário de Alex Tabarrok de "brilhante":
All this sounds very reasonable to me. My only objection? Government intervention could lead to shortages.

Jogador compulsivo

O Governo vai manter o compromisso de resolver o défice orçamental. A garantia foi dada, esta sexta-feira, pelo ministro da Economia que defendeu ainda a aposta no aumento das exportações portuguesas.
(...)
Manuel Pinho referiu também que o Executivo está a fazer frente à burocracia, elegeu o investimento como mola propulsora das exportações pela iniciativa privada e aposta na inovação, educação e na criação de um clima de negócios propícios ao empreendimento.
O ministro da Economia pensa que pode aumentar a competitividade das empresas portuguesas (e, consequentemente, obter maior receita fiscal) com mais despesa pública. Antes dele, outros já pensaram o mesmo!

O que fariam se um Jogador, apesar de no passado nunca ter acertado nas suas apostas, continuar a exigir o vosso dinheiro com a promessa que desta vez é diferente?

Aviso à navegação

O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje em Bruxelas que a Europa precisa de uma Alemanha dinâmica para se reorganizar, pressionando os dirigentes políticos alemães a formar um governo estável o mais rapidamente possível.
Discordo. A Alemanha - tal como Portugal - só se reorganizará quando os seus cidadãos assim o exigirem. E, pelos resultados das eleições, ao contrário dos japoneses, a necessidade de o fazer ainda não está suficientemente enraizada na sociedade. Os próximos anos serão, portanto, a borrasca antes da verdadeira tempestade.

Silêncio vale ouro

Custo laboral

Portugal tem o custo laboral por hora trabalhada mais baixo dos antigos 15 membros da União Europeia, cerca de 7,21 euros, de acordo com um estudo do Instituto de Economia de Colónia (Alemanha), esta segunda-feira divulgado.
(...)
Os dados confirmam as razões da tendência de deslocalização das empresas para os novos membros da EU onde o custo laboral pode chegar a ser seis ou sete vezes mais reduzido que nos países mais ricos da organização.

(in TSF)
O custo laboral não é razão suficiente para a deslocalização. É necessário considerar-se também, entre outros, a produtividade, a burocracia e o nível de impostos.

Falta de formação...

(...) quando a retoma chegar será suficiente para absorver a mão-de-obra que agora está a ser afastada pelo choque económico?

Essa é a questão crucial. Saber se esta população com idades avançadas, em termos de mercado de trabalho, e com qualificações baixas vai ter condições de regressar à vida activa como aconteceu com a população de Setúbal nos anos 80. Esta população tem baixa empregabilidade e corre-se o risco de entrar numa situação de desemprego estrutural. Mas tem de haver uma grande intervenção, quer da política pública quer da formação profissional.

----

(...) o que se está a fazer para assegurar a modernização?

Temos de alterar as qualificações - com formação contínua e de desempregados - e formação inicial das pessoas que entram no mercado de trabalho. Este é o verdadeiro contributo da política de emprego e formação profissional. Há ainda a acrescentar o apoio à criação do próprio emprego e ainda os apoios à contratação.

Que exemplos concretos existem do anunciado reforço das políticas activas de emprego?

Estamos a apostar nas medidas de formação que têm uma componente de equivalência escolar. São basicamente os cursos de aprendizagem de formação/educação. O objectivo é recuperar pessoas que abandonaram o sistema de ensino. Estes cursos têm uma procura e empregabilidade elevada. No OE intensificou-se as políticas activas de emprego em mais 110 milhões de euros.
Sobre este assunto, convém relembrar parte da entrevista de Medina Carreira à SIC:
Medina Carreira: (...) Nós gastamos em formação profissional sabe quanto? Está orçamentado na Segurança Social. 900 MILHÕES DE EUROS por ano, em média. Nos últimos três anos. Para formar quem e como? O senhor já deu por alguém que tivesse aprendido alguma coisa na formação? O senhor já viu que são 180 milhões de contos...

SIC: O que eu vejo é os empresários a dizer que precisam de operários especializados e não os têm. Apesar do alto nível de desemprego.

MC: Nós precisávamos de um ensino técnico profissional adaptado às circunstâncias modernas e andamos a fingir que fazemos formação. Porquê? Porque uma parte deste dinheiro vem da Europa. Nós não temos pejo em estragar este dinheiro que vem da Europa.
Empresários e trabalhadores são quem melhor sabe quais as reais necessidades de investimento em formação. Logo, porque razão é o Estado quem decide quais os cursos a financiar com os impostos cobrados aqueles?

*(Via Blasfémias)

A propósito da eleições na Alemanha

Eleições na Alemanha

Westerwelle stumped for regime change, gambling on a radical shift in German politics towards lower taxes, more personal responsibility, more business-friendly ideas and a radical reconstruction of the welfare system.

A paralisação alemã

18.9.05

The Conservative Philosopher

Blair, esse direitista...

[...] and I would say probably I'm changing my thinking about this in the past two or three years. I think if we are going to get action on this, we have got to start from the brutal honesty about the politics of how we deal with it. The truth is no country is not to cut its growth or consumption substantially in the light of a long-term environmental problem. What countries are prepared to do is to try to work together cooperatively to deal with this problem in a way that allow us to develop the science and technology in a beneficial way.
Now, I don't think all of the answers lie in just - in developing the science and technology, but I do think there is no way we are going to tackle this problem unless we develop the science and technology capable of doing it.
Tal como nota Pinkerton, o autor do texto na Tech Central Station, estas palavras de Blair não tiveram grande eco na imprensa. É que eu me apercebi primeiro destas declarações através do Rotweiler Puppy e do Barcepundit (o primeiro onde li isto).

Blair e a BBC

Nesta passagem por Nova Iorque, Blair ainda teve tempo para confidenciar a Rupert Murdoch que a cobertura noticiosa da BBC do furacão Katrina estava "full of hatred of America". Como se nós já não soubessemos disso. Mas, não faz mal nenhum que Blair se aperceba disso. Os contribuintes britânicos é que são obrigados a pagar um serviço de fraca qualidade.