Sensibilidade e bom senso
Jerónimo diz que Cavaco seria um Presidente "frio e insensível"
Donde se depreende que o proprio seria um Presidente quente e sensivel. E nos? Vamos eleger um amante, um creme para a pele ou um Presidente da Republica?
Jerónimo diz que Cavaco seria um Presidente "frio e insensível"
Donde se depreende que o proprio seria um Presidente quente e sensivel. E nos? Vamos eleger um amante, um creme para a pele ou um Presidente da Republica?
Os EUA, através da secretária de Estado Condoleezza Rice, bem como os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Grã Bretanha e ainda Javier Solana, responsável pela política externa ao nível da União Europeia, são unânimes na necessidade de apreciação do programa nuclear iraniano pelo Conselho de Segurança da ONU:
Secretary of State Condoleezza Rice joined her European counterparts January 12 in calling for a referral of the Iranian nuclear issue to the U.N. Security Council.
Iran’s decision to remove the International Atomic Energy Agency’s (IAEA) seals from its nuclear research facilities “demonstrates that it has chosen confrontation with the international community over cooperation and negotiation,” Rice said.
“We agree that the Iranian regime's defiant resumption of uranium enrichment work leaves the EU with no choice but to request an emergency meeting of the IAEA board of governors. That meeting would be to report Iran's noncompliance with its safeguards obligations to the U.N. Security Council,” she said.
Foreign ministers of Germany, France and Great Britain (collectively known as the EU-3) and EU foreign policy chief Javier Solana issued a statement January 12 saying EU-3 negotiations with Iran have come to a dead end. “We believe the time has now come for the Security Council to become involved,” they said in the joint statement.
[Fonte: The United States Mission to the European Union, 12-01-2006]
Na opinião de alguns, trata-se "obviamente" de uma ideia "absurda" e "improdutiva" porque qualquer decisão será bloqueada pelos interesses estratégicos da Rússia e da R. P. China.Kofi Annan, the UN Secretary-General says Iran is still interested in talks with European nations despite its decision to resume sensitive nuclear fuel research.
After a phone conversation with top Iranian nuclear negotiatior Ali Larijani on Thursday, Annan said he was told that the Iranians "are interested in serious and constructive negotiation but within a time frame".
[Fonte: Annan: Iran still keen on nuclear talks, Aljazeera, 13-01-2006]
Porque será?...
Os limites da democracia representativa, no Portugal Contemporâneo.
Numa sociedade liberal, a lei (o direito) garante a liberdade. Numa sociedade estatizada, a lei garante os poderes e os fins do Estado.
Em conclusão e para qualquer mediana inteligência é fácil compreender o seguinte: se o Estado abusa dos poderes que tem, é porque tem poderes a mais, e só uma forte cultura liberal poderá remetê-lo às suas funções originárias, para as quais foi, de resto, contratualizado.
Portugal Amordaçado, no Blasfémias.
Confesso que se fosse Soarista, nos tempos que correm, também me sentiria bastante constrangido em divulgar o meu sentido de voto sem a cobertura do anonimato. Até consigo imaginar o pessoal das sondagens do lado de lá aos risinhos: "ihihih, olha outro... hoje já é o 4º... ihihi... o que conseguir o próximo paga as bicas."
"Enquanto navegamos nas águas turvas do atraso e da corrupção vemos a América Latina mergulhar numa onda de governos populistas, ditos de esquerda, que juntamente com o ditador cubano Fidel Castro são exemplos para nosso governo. Este, em vez da propalada liderança, serve apenas para suprir os países vizinhos com recursos e obras por nós custeadas."
Maria Lucia V. Barbosa, "América Latina: O Continente Perdido"
David Castaño, no Sinédrio:
Está na altura do dr. Jorge Coelho vir a público para, em nome de toda a esquerda, ou em seu nome pessoal como nos tem habituado, defender a desistência de Soares, Jerónimo e de Louça a favor de Alegre.
Os meus amigos João e Paulo terminaram o seu Lusitano (que já foi em tempos o "destaque da semana" aqui no Insurgente), mas começaram A Causa das Coisas. Bem sei que sou suspeito, mas vale a pena seguir o que por lá se escreve.
Mais do que a citação de Ludwig von Mises propriamente dita, o que é de assinalar no artigo Danger time for America é o facto de a análise seguir uma linha surpreendentemente (ou talvez não, dado o notável ressurgimento da Escola Austríaca nos últimos tempos) próxima da teoria austríaca dos ciclos. Há pois razões acrescidas para ler a The Economist.
O português médio é uma criança que vive à sombra do pai-Estado. Depende e gosta de depender dele. Mais: não pondera que isso possa algum dia mudar. Fala – sempre confiante e em alta voz – nos “direitos adquiridos”. No que concerne à esfera económica, esta forma de pensar enferma de um erro básico: pensar na riqueza como um “dado garantido”. Sucede que a riqueza precisa de ser criada para poder ser redistribuída. Não cai do céu. É estranho que para muitos candidatos presidenciais isto seja tão incompreendido, passadas que estão quase duas décadas sobre 1989.Tiago Mendes, autor do Aforismos e Afins, no Diário Económico. Via Blue Lounge.
(...) o próximo [Presidente da República] deverá deixar uma mensagem simples a cada português: “não perguntes pelo que o país pode fazer por ti, pergunta pelo que tu podes fazer por ti próprio”.
Meu caro LA,
Last November, the Committee on Campus Life voted to grant official status to the Harvard College Libertarian Forum (HLF), the College’s only libertarian group. The new group will provide a forum for discussion of a popular, comprehensive, consistent alternative political viewpoint as well as a voice for the College’s formerly excluded libertarians.
HLF will bring speakers to campus, host debates, help students find scholarships and internships, engage in political activism, and—most importantly—foster discussion about libertarian issues and libertarianism.
"Rivers of Blood", a "Incubadora" e o Futuro do PSD, post do insurgente Bruno.
Escreve um leitor não identificado em comentário a este post:
por que é que o "Insurgente" não adopta, durante a campanha eleitoral o nome "Insurgente-Cavaco a Presidente"?
Quando terminasse a campanha voltava novamente a Insurgente; era tudo mais transparente.
A Associação de Quiosques de Imprensa de Espanha (Covepress) considerou hoje que a Lei do Tabaco causou uma descida de 40 por cento nas vendas e apelou à realização de uma greve no sector a 30 de Janeiro. (...)A seguir, à semelhança de coisas de outros tempos (link via Blasfémias), virá a licença para fumar!
O sector refere que as vendas caíram 40 por cento por os consumidores que compravam tabaco, agora não visitaram os quiosques. (...)
Um dos aspectos mais polémicos da nova lei, em vigor desde 01 de Janeiro, é o facto de limitar significativamente os pontos de venda do produto, que agora apenas pode ser comprado em tabacarias, licenciadas como tal, ou em bares e outros locais onde seja permitido fumar.
(in PortugalDiário)
O jackpot de 103 milhões oferecido pelo Euromilhões está a provocar, mais uma vez, uma febre apostadora.Em Portugal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é a concessionária do Euromilhões.
(...)
Apesar do entusiasmo, o que é certo é que a esperança que muitos portugueses mantêm de vir a arrecadar o prémio não lhes é dada pelos resultados que têm vindo a obter desde que o Euromilhões chegou ao País. Portugal é um dos que mais apostam, mas não tem conseguido, até agora, obter o retorno que se podia esperar desse investimento. De acordo com as estatísticas da entidade belga Loterie Plus, Portugal foi responsável por 22,9% das apostas feitas até agora, mas apenas arrecadou 18,1% dos prémios totais distribuídos.
Diário de Notícias (meu destaque):
O Governo português é, entre os 22 países da União Europeia que já entregaram a última actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), o segundo que projecta o maior aumento da carga fiscal a incidir sobre as famílias e as empresas durante os próximos três anos. De acordo com o PEC português, este indicador - que calcula o valor dos impostos e das contribuições para a Segurança Social em percentagem do PIB - deverá passar de 35,2% em 2005 para 36,7% em 2008.A simples análise da carga fiscal como percentagem do PIB não considera (totalmente) os graves problemas da economia portuguesa:
(...)
Este agravamento da carga fiscal vai fazer com que Portugal suba alguns lugares no ranking dos países europeus com uma fiscalidade mais pesada. Neste momento, Portugal encontra-se, entre os 22 países analisados, na 15.ª posição, ou seja, está situado na metade da tabela com menor carga fiscal.
O palhaço e o peixinho dourado:
George Galloway has been branded a "laughing stock" by a Labour opponent after the Respect MP imitated a cat on Celebrity Big Brother.
Mr Galloway, 51, went on all fours, purred and pretended to lick cream from actress Rula Lenska's hands, as part of a task set on the Channel 4 show.
...
During a Big Brother task to see whether "humans can communicate with animals", Mr Galloway asked Ms Lenska: "Now, would you like me to be the cat?"
He crawled on all fours and then pretended to lap from her hands as if drinking cream, after which she rubbed the "cream" from his "whiskers" and stroked his head and behind his ears.[Fonte: Galloway 'cat' act sparks anger, BBC News, 13-01-2006].
Earlier, Mr Galloway acted the role of "lab assistant" while Ms Lenska "read the mind" of a goldfish called Barry.
Diário de Notícias (meu destaque):
A partir de segunda-feira, as acções de investigação levadas a cabo pelos profissionais da Polícia Judiciária (PJ) serão interrompidas, sem mais, às 17.30, hora a que termina o horário normal de trabalho. Tudo porque os inspectores vão iniciar uma greve às horas extraordinárias em protesto contra a falta de pagamento pelo Ministério da Justiça de parte do trabalho prestado fora do horário. Uma paralisação que inviabilizará, por exemplo, buscas domiciliárias, detenções ou, imagine-se, até uma qualquer perseguição que esteja a decorrer àquela hora. E a situação irá prolongar-se até ao final do mês.Felizmente existem "bairros" com segurança privada e horário alargado.
O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ, Carlos Anjos, admitiu, ontem, em conferência de imprensa, que, "em teoria, uma perseguição que esteja a decorrer às 17.30 poderá ficar a meio... ser interrompida". Em teoria, porque pode dar-se o caso de o agente em serviço não aderir à greve. Mas a indicação dada pelo sindicato é para que todas as acções de investigação parem àquela hora.
[Fonte]
"...Realist Conservatism [is] committed to the existence of timeless and unchanging essences from which derives a natural law that applies to all human beings in all circumstances.
Reductionist Conservatism... might be defined as a variety of conservatism ...affirming that there is such a thing as human nature and that it is more or less fixed, but which would ground this affirmation... in...contingent facts about human biology, or ...the laws of economics or in a theory of cultural evolution. The Reductionist Conservative is...more likely to look to empirical science for inspiration ... He is also bound to see grey in at least some areas where the Realist Conservative sees black and white...
...the Anti-Realist Conservative, ...might be characterized as someone doubtful that any relatively fixed moral or political principles can be read off even from scientific or economic facts about the human condition.
Whereas Realist and Reductionist Conservatives value tradition because there is at least a presumption that it reflects human nature, the Anti-Realist Conservative values it merely because it provides for stability and order. ...Since those principles can change, though, the conservative ought, in the view of the Anti-Realist, to be willing to change with them.
Realist Conservatives respect religion ...especially because its teachings are either explicit or implicit affirmations of the very same metaphysical truths knowable through philosophical inquiry. ... Reductionist and Anti-Realist Conservatives also respect religion, ...because it serves as a bulwark of social and moral order ...For the Anti-Realist, it is ultimately the values that have (for whatever reason) come to prevail in a culture, rather than any objective philosophical or scientific truths, that determine what we should do. Pragmatism is his only unchanging principle."
Com o dia 22 a aproximar-se rapidamente, José Sócrates presente "em espírito" e as sondagens a deixarem antever a possibilidade bem real de um resultado humilhante para Mário Soares, é natural que os seus apoiantes já não saibam muito bem o que fazer. Assim, compreende-se a divulgação deste video de Cavaco no Bicho Carpinteiro e no Super-Mário. Infelizmente para os soaristas, a performance de Cavaco no dito video não chega sequer para ofuscar aquele que foi sem dúvida o momento alto da campanha até agora (video disponível aqui), protagonizado por Mário Soares e injustamente ignorado pela generalidade dos media tradicionais e pelos próprios blogs de campanha.
(via Pulo do Lobo)
Sousa Santos contraria as declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, no início da semana, quando disse que, dentro de 10 anos, não haveria dinheiro para pagar as reformas dos portugueses.
"Essa enormidade dita pelo ministro das Finanças é um atentado contra a coesão nacional, contra a cidadania portuguesa", afirmou.
Boaventura Sousa Santos falava, na última noite, durante um comício do Bloco de Esquerda.
[via RR]
Há que estar vigilante contra os movimentos conspirativos que pretendem desintegrar o estado social nacional. Estranhamente, a notícia não dá conta que Boaventura Sousa Santos aventasse a hipótese de o ministro das finanças ser um membro dessa maléfica trupe dos neo-ultra-liberais.
Artigo de Sérgio Figueiredo no Jornal de Negócios.
Devíamos (...) ter prestado mais atenção à bizarra convergência entre Manuel Alegre e Cavaco Silva.
Quando falaram de privatizações e de sectores estratégicos. Como a água. Em que Alegre chegou a dizer que era caso para o Presidente derrubar um Governo. E Cavaco alertou, várias vezes, para «o perigo» de o Estado «perder o controlo» deste «bem essencial». Como se fossem parar às mãos de Osama bin Laden.
Ninguém interpretou bem esta «coligação estatizante», porque só assim surpreendeu ver os candidatos, todos à excepção de Garcia Pereira, aclamar em uníssono a intervenção do dr. Sampaio na EDP.
E todos se preveniam para que, através desta campanha eleitoral, reemergisse a doutrina dos centros de decisão e a defesa dos «campeões nacionais», em versão pouco elaborada.
Os debates foram sonsos porque os candidatos não exibem diferenças de fundo, não questionam o sistema e escapam-se deliberadamente da questão essencial: basta mexer nas regras do sistema ou será preciso mudar o sistema por inteiro?
Todos estão, claramente, no primeiro registo. Incluindo Cavaco. Por isso também não espanta vê-lo, já esta semana, explicar neste jornal porque pensa que a legislação laboral não é obstáculo à competitividade nacional.
(...)
Enfim está visto que Cavaco Silva, ou qualquer dos outros adversários, pretende ser o Presidente de uma República que resiste à mudança que outras nações ousaram fazer. Há investimentos que esperam 8 anos por uma aprovação estatal? Cria-se uma «via verde», um fura-filas, em vez de matar o absurdo.
Nesta República presa a dogmas, incapaz de cortar com o instituído, não há Presidente que a salve. Tal como nos hospitais, ou nas moedas: num sistema viciado, as más expulsam as boas.
A esquerda julga-se detentora única da defesa da liberdade e não quer permitir que os outros também a possam defender, ainda que através dos acontecimentos que a própria esquerda julga serem símbolo sublime da dita liberdade. A esquerda não quer que a "direita" defenda a liberdade para a poder acusar de não o fazer, extrapolando daí todo o seu apoio (in)directo perante o Estado Novo. Não lhes convém, portanto, dar espaço no campo das ideias e causas. É tudo uma questão de marketing político.
Dos Santos, My Guide to your Galaxy
O mesmo PR que ontem defendeu a invasão da privacidade dos cidadãos convocou hoje, de emergência, o Procurador-Geral para explicar a invasão da sua privacidade.
Sobre Imposturas e Cartas de Amor, por Claudio Tellez:
Já quem faz um favor à ciência, apontando a palhaçada que é o relativismo pós-moderno, naturalmente não é visto com bons olhos pela intelectuária irresponsável que, afastando-se da própria natureza da atividade científica, pretende criar sabedorias convencionais através da falsificação, do apelo emocional, da manipulação de estatísticas, da trapaça acadêmica e, finalmente, do mais puro e simples - para utilizar um jargão adequado - "me-engana-que-eu-gosto".
Hundreds of pilgrims have been crushed to death and hundreds more injured, during a stoning ritual on the last day of the Hajj, the Saudi health minister has said.
A propósito da carta enviada aos 230 deputados da nação solicitando a realização de um referendo sobre a Ota e o TGV, o RMD escreve o seguinte:
Que raio vai na cabeça de alguém para subscrever uma carta a um ministro da república, sobre uma questão nacional, identificando-se como “cidadão do norte”?
(...)
Olhei a lista com cuidado. Gosto sempre quando cidadãos do Grande Porto falam em nome de todo o Norte.
Marquem na agenda: quartas-feiras, cerca das 22h, CAA é uma excelente razão para ver a RTPN.
(imagem roubada ao Vilacondense)
A Joana Amaral Dias descobre uma nova razão para não votar em Cavaco Silva. O homem recusou revelar os seus filmes preferidos!
Na sondagem Insurgente (na coluna direita), com 252 votos contabilizados, Cavaco Silva lidera agora com 63% das preferências, seguido a longa distância por Manuel Alegre com 12%.
Artigo de Luciano Amaral no Diário de Notícias
Hoje em dia, pouca gente se lembra do ambiente político português antes da sua primeira maioria absoluta, obtida em 1987. E se pouca gente se lembra, deve-se isso sobretudo a Cavaco. De facto, já nos esquecemos do extraordinário descrédito do sistema político entre 1976 e 1987. Governos que duravam entre dois anos e alguns meses, coligações espúrias e frágeis, conflitos permanentes entre os diversos órgãos de soberania eram o nosso pão quotidiano. Já poucos se recordam da sensação de crise perpétua, senão mesmo de inviabilidade, que então se tinha da nossa democracia. Foram as duas maiorias absolutas de Cavaco que acabaram com essa sensação. Foram elas a dar origem ao entretanto tornado célebre "centro", que as sustentou e que depois elegeu as quase maiorias absolutas de Guterres e Barroso e mesmo a corrente maioria absoluta de Sócrates. Ao criar o hábito do trânsito de votos entre os dois grandes partidos e ao criar o hábito (e a possibilidade) da estabilidade parlamentar e governativa, as maiorias de Cavaco passaram a ser, até hoje, o paradigma do bom governo democrático português. Foi por acreditarem que podiam voltar a essa idade de ouro que os eleitores correram a tentar ressuscitar a experiência, depositando os seus votos em Sócrates.###
Num esforço patético e um tanto ridículo, Mário Soares ainda tentou, no famoso debate com Cavaco, reivindicar para si a autoria da estabilidade de 1987 a 1995. Afinal, assegurou- -nos, teria sido ele o seu garante, ao não dissolver o Parlamento e ao viabilizar grande parte das medidas da maioria e do Governo. O que Soares não disse é que não ter feito qualquer uma dessas coisas seria a sua morte política. Como poderia ele hostilizar sistematicamente ou inviabilizar as mais vastas maiorias parlamentares e os governos mais estáveis que Portugal alguma vez teve em democracia? O que Soares não disse é que, caso não existissem aquelas maiorias, ele seria, como Eanes, um Presidente permanentemente activista, talvez mesmo mais um factor de instabilidade. Como muito oportunamente lembrou Luís Aguiar Santos, no blogue da Causa Liberal (www.blog.causaliberal.net), se Soares saiu das suas presidências com a imagem de Pai da Pátria, por todos aclamado, deve-o às maiorias de Cavaco. Estas maiorias serviram para disciplinar os seus piores instintos manobristas e arbitrários. Soares preparou-se para ir para a Presidência para pôr e dispor. Mas aconteceram então as duas maiorias absolutas, que ninguém previu e que o tolheram. As maiorias absolutas de Cavaco viabilizaram a nossa democracia quando muita gente começava a duvidar da sua governabilidade. Elas devolveram ao exercício dos poderes legislativo e executivo uma dignidade que sempre andou extraviada desde a fundação do regime. Tal como a conhecemos hoje, a democracia portuguesa é, portanto, em grande medida a democracia de Cavaco.
O Presidente da República defendeu hoje que o «respeito pela protecção de dados pessoais» nunca pode servir «para impedir o cruzamento de informações através do qual podem ser detectados delitos» relacionados com a evasão fiscal.[fonte: Diário Digital]
"O pressuposto do desconstrucionismo é a lingüística de Ferdinand de Saussure. Enquanto não se conseguiu descrever a língua como estrutura, como objeto, isolando-a das condições vivas da sua utilização, não foi possível inutilizá-la.
(...)
As análises que ele faz são perfeitas, desde que você entenda que se referem à 'língua' de Saussure, não à de Platão, de Dante ou de qualquer um de nós. Aquela não existe: é uma estrutura hipotética, um sistema de regras. Ler nela é impossível, porque aí o sentido de cada palavra se torna apenas a diferença entre ela e as demais, e não algum objeto do mundo, o que implica que ninguém compreenderia uma única palavra se não conhecesse todas as outras. Se fosse assim com as línguas de verdade, o primeiro bebê ainda estaria tentando aprender a primeira palavra.
(...)
A língua não é um sistema: é um aglomerado fragmentário de procedimentos que só é completado pelo sistema do mundo, pela realidade em torno, na qual ela é uma forma de instalação humana, articulada por sua vez com muitas outras. Retirada desse conjunto, considerada 'em si mesma', ela se torna um sistema, mas por isso mesmo não pode mais funcionar: sem os objetos (e aliás também sem o sujeito), sobram rombos demais num tecido feito de meras diferenças; diga você o que disser, o resultado será incongruente."
Olavo de Carvalho, "O Método Derrida"
Via Blasfémias, artigo do Jornal de Notícias:
A companhia aérea espanhola de baixo custo Vueling anunciou hoje a inauguração de um voo diário entre Lisboa e Madrid, a partir de 20 de Fevereiro deste ano.Se a rota Lisboa-Madrid não tiver o sucesso esperado pelos responsáveis desta companhia, grande parte do investimento (aviões) pode ser "desviado" para destinos mais lucrativos. Não se pode dizer o mesmo da aposta TGV!
"A companhia aérea de baixo custo, que já voa entre Lisboa e Barcelona, prevê transportar 80.000 passageiros nesta rota até ao final do ano, com a realização de 600 voos", afirmou hoje o director- geral da Vueling, Lazaro Rós, numa conferência de imprensa em Lisboa.
Segundo o gestor, a Vueling está a apostar em Lisboa e no aumento das rotas para esta cidade, porque desde que passou a voar para a capital portuguesa ligando-a a Barcelona, teve "uma resposta muito positiva" por parte dos passageiros.
"O preço do bilhete é de 60 euros, incluindo tarifas, enquanto que o preço de promoção será de 10 euros", acrescentou.
A Vueling, que faz parte de uma nova geração de companhias aéreas, aposta na oferta de um "excelente serviço ao cliente e em bilhetes a preços muito competitivos" para as rotas em que a companhia opera.
"O objectivo da Vueling é o de reduzir para menos de metade o preço médio dos bilhetes praticado pelo resto do dos operadores", explicou o responsável.
Em 2005, a Dívida Pública cresceu 12,1% para 101.758.000.000 euros. Por outras palavras, as despesas do Estado excederam as receitas em 11.019.000.000 euros.
Tal montante representa o valor estimado (pelo Estado...) para a construção do aeroporto da Ota e do TGV. Alguém sabe dizer-me que "investimentos" públicos foram realizados em 2005?
The most desirable goal would be to extend the postmodern world ever wider, so that eventually it became the norm for relations between countries to be governed by law and negotiation, so that domestic and foreign policies became intertwined and identities fused into a sense of a wider international community. This is, at best, a very long-term vision.
COOPER Robert, The Breaking of Nations, London, Atlantic Books, p. 171.
Desculpem o atraso de 11 dias mas só ontem o Instituto de Gestão do Crédito Público publicou o boletim mensal.
Divída Pública (Dezembro 2005): 101.758.000.000 euros
Esta subida de 1,25% em relação ao mês anterior significa que cada português tem, em média, dívida para com o Estado de 10.178 euros. Quanto deve a vossa família?
The Dutch foreign minister Bernard Bot has said the EU constitution is "dead" for the Netherlands, rejecting EU leaders' recent pleas for a resuscitation of the charter.[fonte:EUobserver.com]
After meeting his Austrian counterpart Ursula Plassnik in The Hague, Mr Bot stated on Wednesday (11 January) "we have discussed the constitution, which for the Netherlands is dead," according to press reports.
Austria, which currently holds the EU presidency, aims at a revival of the treaty, with its leader Wolfgang Schussel declaring on Monday "the constitution is not dead. It is in the middle of a ratification process."
But Mr Bot poured cold water over these hopes, reiterating that it is out of the question that the Netherlands will ratify the constitution.
O Secretário-Geral da UGT foi ontem comunicar ao PR que, afinal, "o sistema de Segurança Social não está em risco de falência". Nas suas declarações à imprensa, João Proença, não revelou o segredo da sustentabilidade do sistema. Limitou-se a enunciar os princípios que, em sua opinião, tornam o actual sistema preferível aos outros.
Relevando o "pequeno" pormenor da sustentabilidade, julgo que a questão dos princípios é relevante e passível de discussão. João Proença pode, com toda legitimidade, julgar o actual modelo "superior". Ninguém impede que ele continue a acreditar e a contribuir para o actual sistema. O que não é legítimo é pretender obrigar todos os outros a acreditar e a contribuir para o mesmo sistema. Ninguém devia poder impedir que eu optasse por um sistema diferente. Ele julga estar a defender os direitos de todos os trabalhadores. Eu apenas me pretendo defender a mim. Infelizmente aqui, como em muitos outros casos, o colectivo sobrepõe-se ao indivíduo.
"A criança não nascida ainda é uma realidade vindoura, que chegará se não a pararmos, se não a matarmos no caminho. Mas se investigarmos bem as coisas, isso não é exclusivo da criança antes do nascimento: o homem é sempre uma realidade vindoura, que vai se fazendo e realizando, alguém sempre inconcluso, um projeto inacabado, um argumento que tende a uma solução.
E se dissermos que o feto não é um 'quem' porque não tem uma vida 'pessoal', então teríamos que dizer o mesmo da criança já nascida durante muitos meses (e do homem durante o sono profundo, da anestesia, da arteriosclerose avançada, da extrema senilidade, sem dizer do estado de coma).
(...)
O núcleo da questão é a negação do caráter pessoal do homem. Por isso oculta-se a paternidade; por isso reduz-se a maternidade ao estado de suportar um crescimento intruso que pode ser eliminado. Descarta-se todo uso possível do quem, dos pronomes tu e eu. Tão logo apareçam, toda o castelo erguido para justificar o aborto rui como uma monstruosidade.
(...)
Se as relações de maternidade e paternidade forem abolidas, se a relação entre os pais for reduzida a uma mera função biológica sem duração para além do ato de geração, sem nenhuma significação pessoal entre as três pessoas implicadas, que ocorre de humano em tudo isso? E se isso se impõe e se generaliza, se em fins do século XX a humanidade vive de acordo com esses princípios, não estará comprometida, quem sabe até quando, essa mesma condição humana?"
Julián Marías, "Uma visão antropológica do aborto"
Bernardo Pires de Lima relembra coisas que convém não esquecer:
Convém, no entanto, não esquecer que, quando esteve em Belém, o agora regressado Soares procurou, entre outros, o mesmo Silvio Berlusconi para parceiro negocial num grupo empresarial, a fim de garantir o controlo de interesses nos media, favoráveis ao presidente e à sua reeleição. Berlusconi era um homem de negócios, como ainda o é hoje, mas Soares era já um político consagrado e, acreditava-se, dedicado apenas à política e ao nobre cargo de Presidente da República.
Enfim, assuntos que um bocadinho mais desenvolvidos deram, entre outras coisas, o despedimento de Joaquim Vieira de Director da Grande Reportagem, há coisa de dois meses.
Soares é fixe!
Leitura recomendada: Os estouvados, por Rui Ramos.
Verdadeiramente, os candidatos de esquerda nestas eleições presidenciais já ganharam o que lhes interessava ganhar. Porque a sua guerra foi sempre menos contra o prof. Cavaco, do que contra aquela outra esquerda a que o eng. Sócrates chama a “esquerda moderna”. Basta ouvir o dr. Soares a elogiar o eng. Sócrates apenas na medida em que possa ser o “anti-Guterres”, ou Jerónimo de Sousa a alarmar-se, não com a vitória do prof. Cavaco em si, mas com o reforço que essa vitória poderia dar à ... “arrogância” do eng. Sócrates – para perceber onde está o inimigo principal dos actuais candidatos anti-cavaquistas: são aqueles que, à esquerda, aceitaram as “reformas”, a ideia de uma economia assente na iniciativa privada dos cidadãos num mercado global, ou a natureza limitada do poder numa democracia pluralista.###
(...)
Mais uma vez, pudemos constatar que, para estas esquerdas, aqueles que não pensam como eles são necessariamente seres inferiores e perversos: não têm “cultura”, andam “ao serviço” dos “grandes interesses”, ou, como disse o dr. Soares, “acreditam na selecção natural entre ricos e pobres”. O dr. Louçã até definiu o prof. Cavaco como o “candidato que não sabe nada da vida”, como se a vida fosse domínio privativo do dr. Louçã. Mal o prof. Cavaco, em Grândola, fez uma pequena experiência de cançonetismo abrilista, logo protestaram por não lhes ter pedido licença. O regime e os seus símbolos pertencem-lhes em exclusivo. Quando não mandam, a democracia está “ameaçada”. Quando perdem, é porque houve conspiração. Já vimos assim o dr. Soares acusar os jornalistas, e até pôr em dúvida a legitimidade de umas eleições ganhas pelo prof. Cavaco. A democracia permanece, para eles, uma coisa frágil, a precisar do seu paternalismo e tutela.
Com tais candidatos, o prof. Cavaco podia sempre apostar na abstenção à esquerda, porque existe uma esquerda que não se revê neste alarido de intolerância. Dizia o eng. Sócrates, no fim do ano passado: “a democracia portuguesa é muito mais madura do que alguns estouvados com uma visão apenas oportunística da política pretendem”. É isso que também é preciso tirar a limpo no dia 22.
Ainda a propósito da proibição do uso dos galheteiros tradicionais nos restaurantes, o Office Lounging apresenta mais algumas prioridades para a protecçõa dos consumidores.
"...las diversas formas actuales de disolución del matrimonio, como las uniones libres y el "matrimonio a prueba", hasta el pseudo-matrimonio entre personas del mismo sexo, son expresiones de una libertad anárquica, que se quiere presentar erróneamente como verdadera liberación del hombre. Esa pseudo-libertad se funda en una trivialización del cuerpo, que inevitablemente incluye la trivialización del hombre. Se basa en el supuesto de que el hombre puede hacer de sí mismo lo que quiera: así su cuerpo se convierte en algo secundario, algo que se puede manipular desde el punto de vista humano, algo que se puede utilizar como se quiera. El libertarismo, que se quiere hacer pasar como descubrimiento del cuerpo y de su valor, es en realidad un dualismo que hace despreciable el cuerpo, situándolo —por decirlo así— fuera del auténtico ser y de la auténtica dignidad de la persona."
Benedicto XVI, Discurso en la apertura de la asamblea eclesial de la diócesis de Roma, 6-VI-2005
A nova lei da rádio, votada e aprovada na terça-feira à noite na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, tem como principal novidade a obrigatoriedade de as rádios passarem entre 25% e 40% de música portuguesa das 7:00 às 20:00 horas, com a taxa a ser definida anualmente pelo Governo.Não há escapatória. Para além de decidir o que devemos comer, a classe política pretende também orientar as nossas escolhas musicais. Só me admira como ainda nos permitem decidir quais, de entre eles, nos hão de guiar a nós, pobres crianças desamparadas.
Malkin-Almani was born in Israel, but moved to California at the age of five...a violinist and child prodigy who had performed at Carnegie Hall at the age of 16... her left hand was badly mauled in an automobile accident...After [the] accident, ...she decided to study for a degree in Middle Eastern studies at Columbia University. Big mistake...The whole atmosphere in the department was hostile, and it was orchestrated by Edward Said.
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Limitar o valor das pensões pagas pelo sistema público a um salário mínimo e tornar obrigatória para todos, ricos e pobres, e de forma imediata, a contribuição de 6% para o sistema público e de 5,5% para o privado é a solução defendida num estudo de António Duarte, economista do Banco Português de Negócios, e Marco Ferreira, jurista, para resolver o problema da sustentabilidade da Segurança Social. Em declarações ao DN, António Duarte sustenta que com este modelo o Estado só teria prejuízo durante dois anos, gerando cash flow a partir daí, graças à securitização do risco de cada contribuinte, com base na sua idade, face à sua esperança média de vida. De acordo com os cálculos feitos no referido estudo, quem descontou durante 30 anos com base numa média salarial de 500 euros, e calculando uma taxa de rentabilidade média de 2,4% (considerada prudente) o valor da pensão pago pelo sistema privado seria da ordem dos 330 euros a somar à componente pública, ou seja, acima do salário de referência.Curioso, dois anos atrás fui um pouco menos "prudente" (taxa de rentabilidade de 3%), assumi 40 anos de descontos a uma taxa inferior (a proposta acima assume aumento de 0,5%) e uma esperança média de vida de 120 anos(!). Mas os cálculos mostraram que, num sistema exclusivamente privado, o contribuinte pode ser milionário aos 60!!!
Um bom sistema de saúde é um factor de desenvolvimento de um país. O Sistema Nacional de Saúde, porque obrigatório, encontra-se sobrecarregado e trata tudo de forma indiferenciada. Um sistema público de qualidade pode ser mantido, mas nunca obrigatório. Os cidadãos devem ter a possibilidade em escolher serviços alternativos, desvinculando-se, nesse caso, das contribuições obrigatórias para o Sistema Nacional de Saúde.
A ser assim permitir-se-á ao cidadão a livre escolha do serviço de saúde pretendido e que para o qual, exclusivamente, contribui. Acresce que, desimpedido de um sistema de saúde que visa abarcar a totalidade da população, o Estado pode canalizar recursos para outras áreas.
Uma das notícias que mereceu a atenção do comentarista Miguel Sousa Tavares no telejornal de ontem da TVI foi a decisão de retoma do programa de desenvolvimento de armas nucleares pela teocracia iraniana (não vale a pena perder tempo com eufemismos).
As considerações de Sousa Tavares sobre esta questão podem ser resumidas nos seguintes pontos: as negociações entre os representantes da troika europeia e os ayatollahs iranianos foram um fracasso (óbvio) e os EUA estão estrategicamente impedidos de considerarem um ataque militar ao Irão devido ao seu envolvimento no Iraque. Disto conclui Sousa Tavares que o “melhor” será esperar que os israelitas façam o “trabalho sujo” e executem uma operação militar preventiva, que desmantele os reactores nucleares iranianos e evite a necessidade futura de uma acção de preempção.
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O imã radical Abu Hamza al-Masri encorajava os fiéis a matar não muçulmanos nos sermões gravados em cassetes que foram encontradas na sua casa, afirmou hoje a acusação no início do julgamento do dirigente religioso.As declarações foram proferidas na capital de um país maioritariamente cristão (Londres). Será que um cristão pode fazer o mesmo em Teerão?
Sobre o pedido de referendo ao aeroporto da Ota e TGV, a Joana escreve o seguinte no seu Semiramis:
Personalidades do Norte do país (juristas, economistas, professores universitários, etc.) apelaram, em carta aberta ao Parlamento, para que proponha a realização de um referendo sobre Ota e TGV. Isto causa-me perplexidade e tristeza. Questões técnicas complexas, que envolvem estudos de tráfego, engenharia, avaliação financeira e económica, estudos ambientais e o planeamento a longo prazo das infra-estruturas de um país, não podem ser dirimidas em referendo. Nós, quando elegemos os nossos representantes, confiámos na capacidade de julgamento deles para tomarem decisões.Citando a própria Joana... "isto causa-me perplexidade e tristeza"!
O médio Karyaka [do Benfica] expressou hoje todo o descontentamento com a sua situação no Benfica, mostrando-se muito crítico...também com Portugal.Ora façamos as contas:
...Karyaka foi particularmente duro com Portugal e a cidade de Lisboa em particular.
"Portugal é um país atrasado. Penso que Lisboa está 20 anos atrás de Moscovo...
"Investimento Estratégico" de JCD no Blasfémias
"A cabeça do Dr. Boaventura Sousa Santos está cheia de serradura" de MacGuffin no Contra a Corrente
"Novo cálculo das pensões" de Carlos Novais na Causa Liberal
Entra hoje em vigor a portaria que proibe os restaurantes de usar os tradicionais galheteiros. Como é do conhecimento geral, este regulamento visa proteger os industriais dos azeite a saúde pública. Os nossos leitores devem estar recordados dos aparatosos acidentes e epidemias provocados pela utilização dos galheteiros reutilizáveis.
Com a actual ânsia de regular todos os aspectos da vida privada não me admira que,qualquer dia, isto se torne realidade...
"O Iluminismo foi decisivo para as mudanças políticas que deram origem tanto às democracias liberais quanto ao fenômeno apolítico do totalitarismo. Em sua vertente francesa, o 'ato de fé' na razão humana levou a um anti-clericalismo radical e à veneração do empirismo. A reação negativa da Igreja Católica, ao condenar o modernismo e o liberalismo, contribuiu para estigmatizar a fé como sendo 'irracional' e para criar uma imagem de hostilidade da Igreja para com a cultura moderna. Por essas e outras razões, muitos liberais consideram impossível compatibilizar o Liberalismo com o Cristianismo.
(...)
Fragiliza-se a caracterização da civilização ocidental a partir da sua própria intelectualidade. Os postulados esquizofrênicos que levam além de um subjetivismo despersonalizante eliminam não somente a possibilidade do conhecimento, mas também – absurdamente – a existência de quem conhece. O objetivo é colocar em xeque as consciências individuais em nome da afirmação de entidades coletivizantes abstratas que definem com bastante precisão – e aqui acabou-se o relativismo! – quais são as atitudes, os modos de pensar e os comportamentos válidos para o mundo globalizado."
Claudio Téllez, "Iluministas e Iluminados"
Finnish president Tarja Halonen is surprised by Austria’s plans to revive the Constitution, saying her Austrian colleagues failed to mention their intentions despite Helsinki taking over the presidency from Vienna in the second half of 2006.[fonte: EU Observer]
Ms Halonen’s statement comes just after the Austrian chancellor Wolfgang Schussel on Monday (9 January) said that his country, currently at the helm of the EU, is aiming to resuscitate the debate on the EU constitution under its presidency.
(...)
"To us, the recess declared after the referendums in France and Holland is still valid," she said, adding that the two countries had planned for the 2006 EU agenda "shoulder to shoulder."
No Bloguítica:
No âmbito da estratégia seguida pela comunicação social, montada propositadamente para prejudicar Mário Soares, a SIC Notícias -- claro, tinha de ser um canal televisivo de Francisco Pinto Balsemão -- decidiu em plena campanha eleitoral entrevistar Pedro Santana Lopes...
Selective abortion: 10 million girls 'missing' in India
Around 10 million female foetuses may have been aborted in India over the past two decades because of ultrasound sex screening and a traditional preference for boys, according to a study published online in The Lancet.
(...)
The study published by the London-based medical journal comes on the heels of a report last October by the United Nations Population Fund (UNFPA), which warned that infanticide or abortion was driving India towards a gender imbalance with alarming social consequences.
No Portugal Diário:
... o antigo Presidente manifestou depois a sua oposição ao "capitalismo selvagem" e às "teorias do neo-liberalismo", ilustrando com os dias que se seguiram à passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos.(via Blasfémias)
"Se fosse religioso diria que aquilo foi Deus a funcionar", disse.
Paulo Baldaia, no Insubmisso:
Cavaco vai ser Presidente da República porque à esquerda a miséria é quase total.
Os leitores do Insurgente que eventualmente leiam o meu já velhinho blog individual saberão que ao contrário de alguns dos outros insurgentes, tenciono votar em Cavaco Silva, e sem grandes problemas de consciência. Nos últimos dias, uma série de de sondagens que têm vindo a público dão a Cavaco Silva uma intenção de voto de mais de 60%. Apesar da boa notícia, estas sondagens reflectem um problema. Não por supostamente convidarem o eleitorado cavaquista a ficar em casa, por estar certo da vitória. Mas por aquilo que tal margem representa. Uma vontade de consenso, que mais não é que um cansaço da política. Uma vontade de consenso, de quem espera que os problemas desapareçam se as divergências se apagarem. Uma vontade de consenso, quando o que o país precisava era de conflito. De discutir. De se partir ao meio. Só dividindo, poderia Cavaco trazer consigo uma onda de mudança. Só assim a vitória de Cavaco poderia ter um efeito "regenerador" no sistema político. A confirmarem-se os resultados previstos pelas sondagens, a vitória de Cavaco não é mais que um sintoma da doença. É pena. E acima de tudo um desperdício.
(adaptado daqui)
Uma interrogação pertinente formulada por Victor Abreu, no Jantar das Quartas:
Porque será que os media se referem sempre a Augusto Pinochet como «o ex-ditador chileno» e a Fidel Castro como «o presidente cubano»?
THE FORMER IRAQI REGIME OF Saddam Hussein trained thousands of radical Islamic terrorists from the region at camps in Iraq over the four years immediately preceding the U.S. invasion, according to documents and photographs recovered by the U.S. military in postwar Iraq.###
(...)
Reaching out to Islamic radicals was, in fact, one of the first moves Saddam Hussein made upon taking power in 1979. That he did not do it for ideological reasons is unimportant. As Barodi noted at last week's hearing, "He used us and we used him."
Throughout the 1980s, including the eight years of the Iran-Iraq war, Saddam cast himself as a holy warrior in his public rhetoric to counter the claims from Iran that he was an infidel. This posturing continued during and after the first Gulf war in 1990-91. Saddam famously ordered "Allahu Akbar" (God is Great) added to the Iraqi flag. Internally, he launched "The Faith Campaign," which according to leading Saddam Hussein scholar Amatzia Baram included the imposition of sharia (Islamic law). According to Baram, "The Iraqi president initiated laws forbidding the public consumption of alcohol and introduced enhanced compulsory study of the Koran at all educational levels, including Baath Party branches."
Hussein Kamel, Saddam's son-in-law who defected to Jordan in 1995, explained these changes in an interview with Rolf Ekeus, then head of the U.N. weapons inspection program. "The government of Iraq is instigating fundamentalism in the country," he said, adding, "Every party member has to pass a religious exam. They even stopped party meetings for prayers."
And throughout the decade, the Iraqi regime sponsored "Popular Islamic Conferences" at the al Rashid Hotel that drew the most radical Islamists from throughout the region to Baghdad. Newsweek's Christopher Dickey, who covered one of those meetings in 1993, would later write: "Islamic radicals from all over the Middle East, Africa and Asia converged on Baghdad to show their solidarity with Iraq in the face of American aggression." One speaker praised "the mujahed Saddam Hussein, who is leading this nation against the nonbelievers." Another speaker said, "Everyone has a task to do, which is to go against the American state."
Questionado pelos jornalistas sobre a advertência feita por Teixeira dos Santos, segunda-feira à noite, na RTP, de que dentro de dez anos o pagamento das reformas poderá estar comprometido, Manuel Alegre respondeu que «ninguém tem certezas sobre isso».As palavras de Manuel Alegre recordam-me de um adágio popular: "Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão".
«Esses cálculos todos que se fazem não são certezas absolutas e dependem de muitos factores, portanto eu não tenho essa posição alarmista nem catastrófica», declarou o candidato a Belém, no final de uma visita à sua sede de candidatura em Lamego.
De acordo com Manuel Alegre, para que a sustentabilidade do sistema de Segurança Social venha a estar em risco em 2015 «era preciso que a economia portuguesa falhasse, ou que Portugal andasse para trás», cenário em que disse não acreditar.
Em 1974 e 1975, houve muitos problemas também porque [os empresários] não previram a descolonização[Diário Digital]
Conmo seria de esperar, a extrema-esquerda e as centrais sindicais ficaram bastante desagradadas com as declarações de Teixeira dos Santos. Outra coisa não seria de esperar. Considero, no entanto, bastante estranho que o CDS (através de Teresa Caeiro) tenha alinhado com os primeiros considerando que as afirmações do Ministro "pecam por algum exagero".
Parece-me que já não vale a pena perder mais tempo a falar sobre as eleições do próximo dia 22. Nem mesmo para ridicularizar os candidatos da esquerda. Eles não precisam de ajuda.
Proponho-me então fazer algumas profecias sobre as próximas eleições presidenciais que se realizaraõ em 2011.
Muslims Clash Over Oakland Liquor Stores
They weren't your ordinary thugs. Dressed in bow ties and dark suits, nearly a dozen men carrying metal pipes entered a corner store, shattered refrigerator cases and smashed bottles of liquor, wine and beer, terrifying the clerk but stealing nothing.
They just wanted to leave a message: Stop selling alcohol to fellow Muslims.
Após os atentados de 11 de Setembro 2001, em Nova Iorque e Washington, a percepção que tínhamos do mundo mudou. EUA e Europa afastaram-se e o Oceano Atlântico que antes os unia poderá vir a separá-los. O mundo encontra-se cada vez mais globalizado e o que sucede na Europa e nos EUA é da máxima importância para Portugal. Situando-se o nosso país à beira do Atlântico, é imprescindível que este se mantenha como o ponto central das trocas comerciais. A sua substituição pelo Pacífico é demasiado séria para o um país como o nosso que poucas possibilidades tem de concorrer no outro lado do mundo.
Para tal é indispensável que os EUA continuem a ser uma potência forte, que as suas relações com os países europeus sejam preferenciais e que Portugal esteja em condições de ser um concorrente saudável.
Porque pode despoletar todas as outras, esta é a maior ameaça com que Portugal lida no início do século XXI. Enfrentá-la, o maior desafio que nos depara.
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No Blasfémias:
Um grupo de cidadãos, não compreendendo os motivos que levaram às tomadas de decisão de gastar o absurdo montante de 11.000.000.000 - onze mil milhões de euros - em projectos megalómanos, mais os habituais 30%, 70%, 110% ou 150% de desvios, obras a mais e alterações de projectos, a que acrescem os projectos acessórios, muitos outros milhões para acessibilidades e mais o que se lembrarem os que vierem depois, não se deixando impressionar pela cacofonia ensaiada dos estudos de encomenda que, quando suportam a decisão previamente tomada são tornados públicos e quando demonstram o contrário são ignorados e escondidos, pede encarecidamente aos senhores deputados da nação, por eles eleitos, que ouçam a voz dos que os elegeram.
Estes cidadãos gostavam de sentir uma pequena brisa de cidadania, provar uma gota de participação cívica ou carreagar um grão de poder, opinando em liberdade sobre este gigantismo dos milhares de milhões, dos dez zeros que valem uma dúzia de pontes Vasco da Gama, muitas dezenas de Casas da Música e de CCBs, mais de uma centena de hospitais ou um milhão de carros utilitários.
Estes cidadãos gostavam de convocar um referendo em seu nome e dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos a quem a factura também vai chegar. Estes cidadãos gostavam de participar livremente num verdadeiro debate público sobre estes investimentos multigeracionais, gostavam de sentir-se incluídos num relevante processo de escolha pública cujas consequências poderão ser bem diferentes das do prometido paraíso da riqueza explosiva.
Estes portugueses querem exercer a sua cidadania, sentir o poder dos cidadãos, ajudar o governo a aperfeiçoar a democracia, valorizar a intervenção cívica, participar intensamente na vida pública - afinal, querem apenas que os autores das citações que encabeçam este texto ponham em prática o sentido das suas proclamações públicas.
Estes eleitores e contribuintes, sabendo que a lei do referendo foi feita justamente para impossibilitar que grupos de cidadãos os convoquem, pedem encarecidamente aos senhores deputados da nação uma ajudinha. Façam-no, em nome de quem os elegeu.
Until the Bush administration, with its incontinent spending, unleashed an especially conscienceless Republican control of both political branches, conservatives pretended to believe in limited government. The past five years, during which the number of registered lobbyists more than doubled, have proved that, for some Republicans, conservative virtue was merely the absence of opportunity for vice.
The way to reduce rent-seeking is to reduce the government's role in the allocation of wealth and opportunity. People serious about reducing the role of money in politics should be serious about reducing the role of politics in distributing money.
No programa "Prós e Contras" o Ministro das Finanças reconheceu (finalmente...) a insustentabilidade do actual modelo estatal de segurança social.
Perante a constatação que o Estado será incapaz de pagar, no futuro, as reformas correspontes às contribuições, do presente, pergunto-me qual será a moralidade do Estado as continuar a cobrar coercivamente.
Noutros casos chamar-se-ia a isto uma fraude premeditada.
«Por que espera Sócrates?», no Super Mário.
Veremos no entanto quem ri por último entre os socialistas...
XERXES E MONTAIGNE, por JPP.
Nesta campanha, a arrogância está muito desigualmente distribuída. E a arrogância levará a uma humilhação de todo desnecessária.
"Professor David Fergusson backs abortion, but when he conducted a research study showing women who have abortions are significantly more likely to suffer [subsequent mental health problems, including depression, anxiety, suicidal behaviors and substance use disorders] he says a handful of medical journals refused to publish his report.
...That's unusual for Fergusson, who has had other studies appear in a variety of leading publications.
..."It verges on scandalous that a surgical procedure that is performed on over one in 10 women has been so poorly researched and evaluated, given the debates about the psychological consequences of abortion," he added."
[Fonte]
Este artigo de Antonio Amaro de Matos no Diario Economico.
Todos estamos de acordo em que os donos das empresas, paguem impostos sobre os rendimentos que delas retiram ou quando utilizam fundos da empresa em seu proveito. Como os outros cidadãos. Nem mais, nem menos. Em sede de IRS, sem excepções. Hoje são tributados primeiro na empresa em IRC e depois em IRS. Isto é, duas vezes. E também não entendo porque é igualmente tributada a parte restante dos lucros, não distribuídos, valores que permanecem investidos na empresa. Informe-se ou não o fisco da aplicação que tiveram foi um investimento. E, se nunca ocorreu – penso – tributar capital que vai ser investido, porquê tributar o que permaneceu investido?
Na sondagem Insurgente (na coluna direita), Cavaco Silva lidera com 62% das preferências, seguido a longa distância por Manuel Alegre com 10%.
A Autoridade da Concorrência (AdC) propôs a eliminação dos concursos para a instalação de novas farmácias, nas recomendações sobre o sector das farmácias enviadas ao Governo.[fonte: Dinheiro Digital]
A AdC propôs também a eliminação de todas as restrições existentes ao trespasse, cessão de exploração e relocalização de farmácias.
O documento inclui a recomendação de revogar a «norma legal relativa à reserva de propriedade da farmácia em favor de licenciados em Ciências Farmacêuticas e sob condição resolutiva a favor dos alunos de farmácia, tendo implícito a eliminação da intransmissibilidade do alvará, e a revogação da obrigatoriedade de que a direcção técnica de farmácia seja exercida pelo seu proprietário».
À saída de uma visita à Lisnave Mário Soares surpreendeu tudo e todos: «A partir de agora é diferente, é campanha. Agora não falo mais directamente com os jornalistas, fala ele (apontando para João Paulo Velez, seu assessor de imprensa».Os Srs. jornalistas que não se apoquentem com esta possível dificuldade em obter declarações do candidato do PS. Ele já prometeu que nunca mais falava de Cavaco Silva pelo menos umas 2.536 vezes e já se sabe o que aconteceu.
[Fonte]
A 'crise interna' na ATTAC e, por arrasto, no Le Monde Diplomatique, foi desencadeada pelas práticas 'autoritárias' da direcção do movimento.
Mas na génese desta crise, estão as rivalidades entre as várias minúsculas correntes políticas que se uniram (?) no movimento 'alter-globalista' e que vieram ao de cima, por exemplo, aquando da proibição do véu islâmico:
le journal abrite des sensibilités politiques assez différentes, même si elles se recommandent toutes de «la gauche de la gauche». ...un courant de «gauche internationaliste» qui s'oppose à une mouvance chevènementiste ou «nationale-républicaine»Para além disto, existem determinadas posições de Ramonet que alguns dentro do movimento consideram politicamente incorrectas e que são também motivo de fricção (apoio ao regime cubano, aos terroristas das FARC):
Le soutien apporté par Ramonet au régime cubain a également provoqué des tensions. De même, une partie de la rédaction, des lecteurs aussi trouvent que le journal manque de distance par rapport aux Farc...Enquanto isso, a circulação do Le Monde Diplomatique vai caindo:
La diffusion payée est passée d'un pic de 240 000 exemplaires en 2003 à 205 000 aujourd'hui.Os ódios entre as várias correntes esquerdistas não são novidade; esta é a enésima aplicação dos ensinamentos desses grandes filósofos políticos que são os Monty Python. O sketch dos Monty Phyton sobre os conflitos entre as várias facções da Frente de Libertação da Judeia [transcrição escondida abaixo] é o clássico que guia a acção do 'movimento' .
A propósito do estado de saúde de Ariel Sharon, outras faces do ódio, para juntar às declarações do psicopata iraniano:
Robertson suggests God smote Sharon:
Television evangelist Pat Robertson suggested Thursday that Israeli Prime Minister Ariel Sharon's stroke was divine retribution for the Israeli withdrawal from Gaza, which Robertson opposed.O caso de Pat Robertson mostra como um "design inteligente" não chega para garantir a qualidade do produto final.
"He was dividing God's land, and I would say, 'Woe unto any prime minister of Israel who takes a similar course to appease the [European Union], the United Nations or the United States of America,'" Robertson told viewers of his long-running television show, "The 700 Club."
"God says, 'This land belongs to me, and you'd better leave it alone,'" he said.
Far-right activists took credit Thursday for the severe deterioration in Ariel Sharon's health, claiming that a pulsa denura - Aramaic for "lashes of fire" - death curse they instigated against the prime minister in July was the real catalyst behind his current state of health.Os afligidos por bushite aguda (*) precisarão de ler isto, para evitar crises e espasmos:
"I take full responsibility for what happened," far-right activist Baruch Ben-Yosef, one of the participants at the July pulsa denura, told The Jerusalem Post. "Our pulsa denura kicked in. Nothing could kill Sharon and he said his ancestors lived until they over 100 years old but we got him with the pulsa denura."
The White House sharply criticized Christian broadcaster Pat Robertson on Friday for suggesting that Israeli Prime Minister Ariel Sharon's stroke was divine punishment for "dividing God's land."(*) Doença do foro psicológico, que leva as vítimas a substituir a causa próxima de toda a asneira e calamidade pelos imperscutáveis mas certamente sinistros desígnios do presidente americano.
"Those comments are wholly inappropriate and offensive and really don't have a place in this or any other debate"