Os EUA, através da secretária de Estado Condoleezza Rice, bem como os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Grã Bretanha e ainda Javier Solana, responsável pela política externa ao nível da União Europeia, são unânimes na necessidade de apreciação do programa nuclear iraniano pelo Conselho de Segurança da ONU:
Secretary of State Condoleezza Rice joined her European counterparts January 12 in calling for a referral of the Iranian nuclear issue to the U.N. Security Council.
Iran’s decision to remove the International Atomic Energy Agency’s (IAEA) seals from its nuclear research facilities “demonstrates that it has chosen confrontation with the international community over cooperation and negotiation,” Rice said.
“We agree that the Iranian regime's defiant resumption of uranium enrichment work leaves the EU with no choice but to request an emergency meeting of the IAEA board of governors. That meeting would be to report Iran's noncompliance with its safeguards obligations to the U.N. Security Council,” she said.
Foreign ministers of Germany, France and Great Britain (collectively known as the EU-3) and EU foreign policy chief Javier Solana issued a statement January 12 saying EU-3 negotiations with Iran have come to a dead end. “We believe the time has now come for the Security Council to become involved,” they said in the joint statement.
Na opinião de alguns, trata-se "obviamente" de uma ideia "absurda" e "improdutiva" porque qualquer decisão será bloqueada pelos interesses estratégicos da Rússia e da R. P. China.
Há duas explicações possíveis. A primeira é que os responsáveis pela condução da política externa das principais nações ocidentais desconhecem completamente os factos geopolíticos mais elementares relativos à Rússia e à R. P. da China. A alternativa é que, apesar de anteciparem a oposição estratégica desses dois países, terão compreendido algo que os espíritos mais simples ainda não conseguiram perceber.
Curiosamente apenas Kofi Annan se mostrou contrário à apreciação da decisão iraniana pelo Conselho de Segurança da ONU:
Kofi Annan, the UN Secretary-General says Iran is still interested in talks with European nations despite its decision to resume sensitive nuclear fuel research.
After a phone conversation with top Iranian nuclear negotiatior Ali Larijani on Thursday, Annan said he was told that the Iranians "are interested in serious and constructive negotiation but within a time frame".
Numa sociedade liberal, a lei (o direito) garante a liberdade. Numa sociedade estatizada, a lei garante os poderes e os fins do Estado. Em conclusão e para qualquer mediana inteligência é fácil compreender o seguinte: se o Estado abusa dos poderes que tem, é porque tem poderes a mais, e só uma forte cultura liberal poderá remetê-lo às suas funções originárias, para as quais foi, de resto, contratualizado.
Confesso que se fosse Soarista, nos tempos que correm, também me sentiria bastante constrangido em divulgar o meu sentido de voto sem a cobertura do anonimato. Até consigo imaginar o pessoal das sondagens do lado de lá aos risinhos: "ihihih, olha outro... hoje já é o 4º... ihihi... o que conseguir o próximo paga as bicas."
"Enquanto navegamos nas águas turvas do atraso e da corrupção vemos a América Latina mergulhar numa onda de governos populistas, ditos de esquerda, que juntamente com o ditador cubano Fidel Castro são exemplos para nosso governo. Este, em vez da propalada liderança, serve apenas para suprir os países vizinhos com recursos e obras por nós custeadas."
Está na altura do dr. Jorge Coelho vir a público para, em nome de toda a esquerda, ou em seu nome pessoal como nos tem habituado, defender a desistência de Soares, Jerónimo e de Louça a favor de Alegre.
Os meus amigos João e Paulo terminaram o seu Lusitano (que já foi em tempos o "destaque da semana" aqui no Insurgente), mas começaram A Causa das Coisas. Bem sei que sou suspeito, mas vale a pena seguir o que por lá se escreve.
Mais do que a citação de Ludwig von Mises propriamente dita, o que é de assinalar no artigo Danger time for America é o facto de a análise seguir uma linha surpreendentemente (ou talvez não, dado o notável ressurgimento da Escola Austríaca nos últimos tempos) próxima da teoria austríaca dos ciclos. Há pois razões acrescidas para ler a The Economist.
O português médio é uma criança que vive à sombra do pai-Estado. Depende e gosta de depender dele. Mais: não pondera que isso possa algum dia mudar. Fala – sempre confiante e em alta voz – nos “direitos adquiridos”. No que concerne à esfera económica, esta forma de pensar enferma de um erro básico: pensar na riqueza como um “dado garantido”. Sucede que a riqueza precisa de ser criada para poder ser redistribuída. Não cai do céu. É estranho que para muitos candidatos presidenciais isto seja tão incompreendido, passadas que estão quase duas décadas sobre 1989.
(...) o próximo [Presidente da República] deverá deixar uma mensagem simples a cada português: “não perguntes pelo que o país pode fazer por ti, pergunta pelo que tu podes fazer por ti próprio”.
Hipótese B: »Será que isto dá para sacar umas gajas? Mas se é para isso, preferia antes um carro mais desportivo!»
Hipótese C: «Maravilha. Será que tem o Ambrósio incluído?»
Hipótese D: «Ainda te vou pôr a andar a pé, meu gordo capitalista!»
Se optaste pela Hipótese A, és um porco anarco-liberal que não leu Bastiat; se optaste pela hipótese B, és um utilitarista da linha hedonista, dos que faz corar as pedras da calçada; se a tua opção é a C, e gostas de Ferrero Rocher, és o novo Peter Sellers da blogosfera, rivalizando com o RMD para o prémio «A Pantera Cor de Rosa afinal sou eu embora pareça sempre um menino muito macho»; se a tua opção «fô» «dê» (piada original starring Professor Oliveira Marques numa aula de Finanças memorável), então, meu caro, és pura e simplesmente um belo exemplar do «Homo Lusus», o português típico, aquele que decide as eleições.
Um abraço, Rodrigo Adão da Fonseca
P.S. Eu estou indeciso entre a Hipótese A e a Hipótese B. Mas ainda assim mais inclinado para a A: compreensível, tendo em conta que:
a) sou um adorador do capital - o que, segundo o Grande Mestre, não faz de mim um liberal (tenho antes de perceber a diferença entre «Saraband» e «Morangos Silvestres», e citar a capa de todos os livros da FNAC);
b) as minhas leituras se limitam ao Hayek (só o conheci anteontem; ainda ando fascinado na sua descoberta; o autor é para mim totalmente novo; um dia, quando for grande, e quando o Hayek deixar de me fascinar, sou capaz de ler o Zakaria e a colecção completa da Disney).
Agora, tenho de dizer-vos uma coisa: quando consigo, vejo de relance a penúltima página do «Jogo» e leio o HR na Atlântico.
A minha adesão à Hipótese A fica fragilizada pelo facto de já ter lido algo sobre Bastiat, obviamente por acaso e a reboque do Hayek (cf. «Law and Liberty: A comparison of Hayek and Bastiat», publicado numa perigosa revista anarc., The Journal of Libertarian Studies). De contrário, a adesão era imediata.
Tudo seria diferente se o pópó fosse um carro mais desportivo. Pelo que me apercebi esta semana, há popós que inspiram sentimentos imprevisíveis em certas «ninas». Um certo senhor parou um belo popó em cima do passeio em frente à sede de um banco, esta semana no Porto, perto de um local onde decorria um seminário de professoras de liceu. Elas ficaram loucas, meus caros. Loucas. Grande carro, sim senhor!
No The Harvard Crimson (jornal da dita universidade), a notícia da abertura de um forum que é uma alternativa aos tradicionais clubes republicanos e democratas:
Last November, the Committee on Campus Life voted to grant official status to the Harvard College Libertarian Forum (HLF), the College’s only libertarian group. The new group will provide a forum for discussion of a popular, comprehensive, consistent alternative political viewpoint as well as a voice for the College’s formerly excluded libertarians.
HLF will bring speakers to campus, host debates, help students find scholarships and internships, engage in political activism, and—most importantly—foster discussion about libertarian issues and libertarianism.
O texto tenta também explicar aos seus leitores, e potenciais membros do forum, as ideias que o suportam.
Escreve um leitor não identificado em comentário a este post:
por que é que o "Insurgente" não adopta, durante a campanha eleitoral o nome "Insurgente-Cavaco a Presidente"? Quando terminasse a campanha voltava novamente a Insurgente; era tudo mais transparente.
Apesar do cepticismo manifestado por muitos dos insurgentes (eu incluído) relativamente a Cavaco, há aparentemente quem nos veja como um sólido bloco cavaquista. Estou certo que este facto não deixará de causar satisfação ao meu amigo LT (mas, mesmo assim, a mudança de nome durante a campanha eleitoral está absolutamente fora de questão...).
Vem um pacato assalariado do almoço, vai estacionar a sua carroça na garagem da repartição, quando dá de caras com este veículo arrumado ali ao lado. Mas esta gente não lê Bastiat? Não sabem que não se deve esbanjar dinheiro em luxos? Para mais, em "fantasmas"... Baaahh!
A Associação de Quiosques de Imprensa de Espanha (Covepress) considerou hoje que a Lei do Tabaco causou uma descida de 40 por cento nas vendas e apelou à realização de uma greve no sector a 30 de Janeiro. (...)
O sector refere que as vendas caíram 40 por cento por os consumidores que compravam tabaco, agora não visitaram os quiosques. (...)
Um dos aspectos mais polémicos da nova lei, em vigor desde 01 de Janeiro, é o facto de limitar significativamente os pontos de venda do produto, que agora apenas pode ser comprado em tabacarias, licenciadas como tal, ou em bares e outros locais onde seja permitido fumar.
O jackpot de 103 milhões oferecido pelo Euromilhões está a provocar, mais uma vez, uma febre apostadora.
(...)
Apesar do entusiasmo, o que é certo é que a esperança que muitos portugueses mantêm de vir a arrecadar o prémio não lhes é dada pelos resultados que têm vindo a obter desde que o Euromilhões chegou ao País. Portugal é um dos que mais apostam, mas não tem conseguido, até agora, obter o retorno que se podia esperar desse investimento. De acordo com as estatísticas da entidade belga Loterie Plus, Portugal foi responsável por 22,9% das apostas feitas até agora, mas apenas arrecadou 18,1% dos prémios totais distribuídos.
Percebo agora o patrocínio de uma prova desportiva internacional. A SCML está a tentar fazer com que os apostadores estrangeiros aumentem o bolo do Euromilhões de forma a travar a "fuga de capitais"...
O Governo português é, entre os 22 países da União Europeia que já entregaram a última actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), o segundo que projecta o maior aumento da carga fiscal a incidir sobre as famílias e as empresas durante os próximos três anos. De acordo com o PEC português, este indicador - que calcula o valor dos impostos e das contribuições para a Segurança Social em percentagem do PIB - deverá passar de 35,2% em 2005 para 36,7% em 2008. (...)
Este agravamento da carga fiscal vai fazer com que Portugal suba alguns lugares no ranking dos países europeus com uma fiscalidade mais pesada. Neste momento, Portugal encontra-se, entre os 22 países analisados, na 15.ª posição, ou seja, está situado na metade da tabela com menor carga fiscal.
A simples análise da carga fiscal como percentagem do PIB não considera (totalmente) os graves problemas da economia portuguesa:
A Despesa Pública excede - e em muito - a Receita pelo que o Estado tem de recorrer a Dívida Pública. O seu crescimento implica, no futuro, maior carga fiscal ou redução drástica das despesas.
Para o trabalhador, a carga fiscal como percentagem do custo com pessoal da empresa é muito elevada. Socialistas facilmente apontam o dedo à comparativamente inferior taxa de 25% de IRC pago pelas empresas esquecendo-se que, sem elas, não há riqueza criada e, consequentemente, salários para pagar e impostos para cobrar. Esta pesada carga fiscal sobre os contribuintes é canalizada, pelo Estado, para os que não pagam impostos: as denominadas "despesas sociais" (principalmente os subsídios de desemprego, pensões e reformas) e os salários dos funcionários públicos.
Da Despesa Pública resta uma pequena porção caracterizada como "investimento". Socialistas defendem que este será o catalisador do crescimento do PIB e futura redução da carga fiscal. A história diz-nos o contrário...
George Galloway has been branded a "laughing stock" by a Labour opponent after the Respect MP imitated a cat on Celebrity Big Brother.
Mr Galloway, 51, went on all fours, purred and pretended to lick cream from actress Rula Lenska's hands, as part of a task set on the Channel 4 show.
...
During a Big Brother task to see whether "humans can communicate with animals", Mr Galloway asked Ms Lenska: "Now, would you like me to be the cat?"
He crawled on all fours and then pretended to lap from her hands as if drinking cream, after which she rubbed the "cream" from his "whiskers" and stroked his head and behind his ears.
Earlier, Mr Galloway acted the role of "lab assistant" while Ms Lenska "read the mind" of a goldfish called Barry.
A partir de segunda-feira, as acções de investigação levadas a cabo pelos profissionais da Polícia Judiciária (PJ) serão interrompidas, sem mais, às 17.30, hora a que termina o horário normal de trabalho. Tudo porque os inspectores vão iniciar uma greve às horas extraordinárias em protesto contra a falta de pagamento pelo Ministério da Justiça de parte do trabalho prestado fora do horário. Uma paralisação que inviabilizará, por exemplo, buscas domiciliárias, detenções ou, imagine-se, até uma qualquer perseguição que esteja a decorrer àquela hora. E a situação irá prolongar-se até ao final do mês.
O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ, Carlos Anjos, admitiu, ontem, em conferência de imprensa, que, "em teoria, uma perseguição que esteja a decorrer às 17.30 poderá ficar a meio... ser interrompida". Em teoria, porque pode dar-se o caso de o agente em serviço não aderir à greve. Mas a indicação dada pelo sindicato é para que todas as acções de investigação parem àquela hora.
Felizmente existem "bairros" com segurança privada e horário alargado.
"...Realist Conservatism [is] committed to the existence of timeless and unchanging essences from which derives a natural law that applies to all human beings in all circumstances.
Reductionist Conservatism... might be defined as a variety of conservatism ...affirming that there is such a thing as human nature and that it is more or less fixed, but which would ground this affirmation... in...contingent facts about human biology, or ...the laws of economics or in a theory of cultural evolution. The Reductionist Conservative is...more likely to look to empirical science for inspiration ... He is also bound to see grey in at least some areas where the Realist Conservative sees black and white...
...the Anti-Realist Conservative, ...might be characterized as someone doubtful that any relatively fixed moral or political principles can be read off even from scientific or economic facts about the human condition.
Whereas Realist and Reductionist Conservatives value tradition because there is at least a presumption that it reflects human nature, the Anti-Realist Conservative values it merely because it provides for stability and order. ...Since those principles can change, though, the conservative ought, in the view of the Anti-Realist, to be willing to change with them.
Realist Conservatives respect religion ...especially because its teachings are either explicit or implicit affirmations of the very same metaphysical truths knowable through philosophical inquiry. ... Reductionist and Anti-Realist Conservatives also respect religion, ...because it serves as a bulwark of social and moral order ...For the Anti-Realist, it is ultimately the values that have (for whatever reason) come to prevail in a culture, rather than any objective philosophical or scientific truths, that determine what we should do. Pragmatism is his only unchanging principle."
Com o dia 22 a aproximar-se rapidamente, José Sócrates presente "em espírito" e as sondagens a deixarem antever a possibilidade bem real de um resultado humilhante para Mário Soares, é natural que os seus apoiantes já não saibam muito bem o que fazer. Assim, compreende-se a divulgação deste video de Cavaco no Bicho Carpinteiro e no Super-Mário. Infelizmente para os soaristas, a performance de Cavaco no dito video não chega sequer para ofuscar aquele que foi sem dúvida o momento alto da campanha até agora (video disponível aqui), protagonizado por Mário Soares e injustamente ignorado pela generalidade dos media tradicionais e pelos próprios blogs de campanha.
Sousa Santos contraria as declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, no início da semana, quando disse que, dentro de 10 anos, não haveria dinheiro para pagar as reformas dos portugueses.
"Essa enormidade dita pelo ministro das Finanças é um atentado contra a coesão nacional, contra a cidadania portuguesa", afirmou.
Boaventura Sousa Santos falava, na última noite, durante um comício do Bloco de Esquerda.
[via RR] Há que estar vigilante contra os movimentos conspirativos que pretendem desintegrar o estado social nacional. Estranhamente, a notícia não dá conta que Boaventura Sousa Santos aventasse a hipótese de o ministro das finanças ser um membro dessa maléfica trupe dos neo-ultra-liberais.
Devíamos (...) ter prestado mais atenção à bizarra convergência entre Manuel Alegre e Cavaco Silva.
Quando falaram de privatizações e de sectores estratégicos. Como a água. Em que Alegre chegou a dizer que era caso para o Presidente derrubar um Governo. E Cavaco alertou, várias vezes, para «o perigo» de o Estado «perder o controlo» deste «bem essencial». Como se fossem parar às mãos de Osama bin Laden.
Ninguém interpretou bem esta «coligação estatizante», porque só assim surpreendeu ver os candidatos, todos à excepção de Garcia Pereira, aclamar em uníssono a intervenção do dr. Sampaio na EDP.
E todos se preveniam para que, através desta campanha eleitoral, reemergisse a doutrina dos centros de decisão e a defesa dos «campeões nacionais», em versão pouco elaborada.
Os debates foram sonsos porque os candidatos não exibem diferenças de fundo, não questionam o sistema e escapam-se deliberadamente da questão essencial: basta mexer nas regras do sistema ou será preciso mudar o sistema por inteiro?
Todos estão, claramente, no primeiro registo. Incluindo Cavaco. Por isso também não espanta vê-lo, já esta semana, explicar neste jornal porque pensa que a legislação laboral não é obstáculo à competitividade nacional.
(...)
Enfim está visto que Cavaco Silva, ou qualquer dos outros adversários, pretende ser o Presidente de uma República que resiste à mudança que outras nações ousaram fazer. Há investimentos que esperam 8 anos por uma aprovação estatal? Cria-se uma «via verde», um fura-filas, em vez de matar o absurdo.
Nesta República presa a dogmas, incapaz de cortar com o instituído, não há Presidente que a salve. Tal como nos hospitais, ou nas moedas: num sistema viciado, as más expulsam as boas.
A esquerda julga-se detentora única da defesa da liberdade e não quer permitir que os outros também a possam defender, ainda que através dos acontecimentos que a própria esquerda julga serem símbolo sublime da dita liberdade. A esquerda não quer que a "direita" defenda a liberdade para a poder acusar de não o fazer, extrapolando daí todo o seu apoio (in)directo perante o Estado Novo. Não lhes convém, portanto, dar espaço no campo das ideias e causas. É tudo uma questão de marketing político. Dos Santos, My Guide to your Galaxy
Eu acrescentaria que a esquerda pretende assumir o monopólio do regime. A Constituição é a principal marca da esquerda, bloqueando qualquer acção governativa da direita. Ao fazê-lo impede a cabal concretização das propostas dos partidos de direita, fazendo-as crer de irrealistas e ‘insensatas’. Aprisiona-os a uma dimensão reducionista da política, e a um dilema ético que se traduz entre escolher a estabilidade política que passa por cumprir os mandatos até ao fim, ou lutar por reformas de fundo que, de forma a permitirem uma adaptação aos desafios do Século XXI, obrigam à luta e ao debate ideológico e ao atrito que dele resulta. Mudar a Constituição da República Portuguesa é essencial. O ano de 2006, pode ser o do início dessa mudança. Basta querer.
O mesmo PR que ontem defendeu a invasão da privacidade dos cidadãos convocou hoje, de emergência, o Procurador-Geral para explicar a invasão da sua privacidade.
Já quem faz um favor à ciência, apontando a palhaçada que é o relativismo pós-moderno, naturalmente não é visto com bons olhos pela intelectuária irresponsável que, afastando-se da própria natureza da atividade científica, pretende criar sabedorias convencionais através da falsificação, do apelo emocional, da manipulação de estatísticas, da trapaça acadêmica e, finalmente, do mais puro e simples - para utilizar um jargão adequado - "me-engana-que-eu-gosto".
Hundreds of pilgrims have been crushed to death and hundreds more injured, during a stoning ritual on the last day of the Hajj, the Saudi health minister has said.
A propósito da carta enviada aos 230 deputados da nação solicitando a realização de um referendo sobre a Ota e o TGV, o RMD escreve o seguinte:
Que raio vai na cabeça de alguém para subscrever uma carta a um ministro da república, sobre uma questão nacional, identificando-se como “cidadão do norte”?
(...)
Olhei a lista com cuidado. Gosto sempre quando cidadãos do Grande Porto falam em nome de todo o Norte.
Não duvido que tenha olhado para a lista "com cuidado". Só foi pena não ter lido a carta...
Na sondagem Insurgente (na coluna direita), com 252 votos contabilizados, Cavaco Silva lidera agora com 63% das preferências, seguido a longa distância por Manuel Alegre com 12%.
Hoje em dia, pouca gente se lembra do ambiente político português antes da sua primeira maioria absoluta, obtida em 1987. E se pouca gente se lembra, deve-se isso sobretudo a Cavaco. De facto, já nos esquecemos do extraordinário descrédito do sistema político entre 1976 e 1987. Governos que duravam entre dois anos e alguns meses, coligações espúrias e frágeis, conflitos permanentes entre os diversos órgãos de soberania eram o nosso pão quotidiano. Já poucos se recordam da sensação de crise perpétua, senão mesmo de inviabilidade, que então se tinha da nossa democracia. Foram as duas maiorias absolutas de Cavaco que acabaram com essa sensação. Foram elas a dar origem ao entretanto tornado célebre "centro", que as sustentou e que depois elegeu as quase maiorias absolutas de Guterres e Barroso e mesmo a corrente maioria absoluta de Sócrates. Ao criar o hábito do trânsito de votos entre os dois grandes partidos e ao criar o hábito (e a possibilidade) da estabilidade parlamentar e governativa, as maiorias de Cavaco passaram a ser, até hoje, o paradigma do bom governo democrático português. Foi por acreditarem que podiam voltar a essa idade de ouro que os eleitores correram a tentar ressuscitar a experiência, depositando os seus votos em Sócrates.###
Num esforço patético e um tanto ridículo, Mário Soares ainda tentou, no famoso debate com Cavaco, reivindicar para si a autoria da estabilidade de 1987 a 1995. Afinal, assegurou- -nos, teria sido ele o seu garante, ao não dissolver o Parlamento e ao viabilizar grande parte das medidas da maioria e do Governo. O que Soares não disse é que não ter feito qualquer uma dessas coisas seria a sua morte política. Como poderia ele hostilizar sistematicamente ou inviabilizar as mais vastas maiorias parlamentares e os governos mais estáveis que Portugal alguma vez teve em democracia? O que Soares não disse é que, caso não existissem aquelas maiorias, ele seria, como Eanes, um Presidente permanentemente activista, talvez mesmo mais um factor de instabilidade. Como muito oportunamente lembrou Luís Aguiar Santos, no blogue da Causa Liberal (www.blog.causaliberal.net), se Soares saiu das suas presidências com a imagem de Pai da Pátria, por todos aclamado, deve-o às maiorias de Cavaco. Estas maiorias serviram para disciplinar os seus piores instintos manobristas e arbitrários. Soares preparou-se para ir para a Presidência para pôr e dispor. Mas aconteceram então as duas maiorias absolutas, que ninguém previu e que o tolheram. As maiorias absolutas de Cavaco viabilizaram a nossa democracia quando muita gente começava a duvidar da sua governabilidade. Elas devolveram ao exercício dos poderes legislativo e executivo uma dignidade que sempre andou extraviada desde a fundação do regime. Tal como a conhecemos hoje, a democracia portuguesa é, portanto, em grande medida a democracia de Cavaco.
Mais um capitulo da luta do PR contra o Estado de Direito
O Presidente da República defendeu hoje que o «respeito pela protecção de dados pessoais» nunca pode servir «para impedir o cruzamento de informações através do qual podem ser detectados delitos» relacionados com a evasão fiscal.
"O pressuposto do desconstrucionismo é a lingüística de Ferdinand de Saussure. Enquanto não se conseguiu descrever a língua como estrutura, como objeto, isolando-a das condições vivas da sua utilização, não foi possível inutilizá-la. (...) As análises que ele faz são perfeitas, desde que você entenda que se referem à 'língua' de Saussure, não à de Platão, de Dante ou de qualquer um de nós. Aquela não existe: é uma estrutura hipotética, um sistema de regras. Ler nela é impossível, porque aí o sentido de cada palavra se torna apenas a diferença entre ela e as demais, e não algum objeto do mundo, o que implica que ninguém compreenderia uma única palavra se não conhecesse todas as outras. Se fosse assim com as línguas de verdade, o primeiro bebê ainda estaria tentando aprender a primeira palavra. (...) A língua não é um sistema: é um aglomerado fragmentário de procedimentos que só é completado pelo sistema do mundo, pela realidade em torno, na qual ela é uma forma de instalação humana, articulada por sua vez com muitas outras. Retirada desse conjunto, considerada 'em si mesma', ela se torna um sistema, mas por isso mesmo não pode mais funcionar: sem os objetos (e aliás também sem o sujeito), sobram rombos demais num tecido feito de meras diferenças; diga você o que disser, o resultado será incongruente."
A companhia aérea espanhola de baixo custo Vueling anunciou hoje a inauguração de um voo diário entre Lisboa e Madrid, a partir de 20 de Fevereiro deste ano.
"A companhia aérea de baixo custo, que já voa entre Lisboa e Barcelona, prevê transportar 80.000 passageiros nesta rota até ao final do ano, com a realização de 600 voos", afirmou hoje o director- geral da Vueling, Lazaro Rós, numa conferência de imprensa em Lisboa.
Segundo o gestor, a Vueling está a apostar em Lisboa e no aumento das rotas para esta cidade, porque desde que passou a voar para a capital portuguesa ligando-a a Barcelona, teve "uma resposta muito positiva" por parte dos passageiros.
"O preço do bilhete é de 60 euros, incluindo tarifas, enquanto que o preço de promoção será de 10 euros", acrescentou.
A Vueling, que faz parte de uma nova geração de companhias aéreas, aposta na oferta de um "excelente serviço ao cliente e em bilhetes a preços muito competitivos" para as rotas em que a companhia opera.
"O objectivo da Vueling é o de reduzir para menos de metade o preço médio dos bilhetes praticado pelo resto do dos operadores", explicou o responsável.
Se a rota Lisboa-Madrid não tiver o sucesso esperado pelos responsáveis desta companhia, grande parte do investimento (aviões) pode ser "desviado" para destinos mais lucrativos. Não se pode dizer o mesmo da aposta TGV!
Em 2005, a Dívida Pública cresceu 12,1% para 101.758.000.000 euros. Por outras palavras, as despesas do Estado excederam as receitas em 11.019.000.000 euros.
Tal montante representa o valor estimado (pelo Estado...) para a construção do aeroporto da Ota e do TGV. Alguém sabe dizer-me que "investimentos" públicos foram realizados em 2005?
The most desirable goal would be to extend the postmodern world ever wider, so that eventually it became the norm for relations between countries to be governed by law and negotiation, so that domestic and foreign policies became intertwined and identities fused into a sense of a wider international community. This is, at best, a very long-term vision. COOPER Robert, The Breaking of Nations, London, Atlantic Books, p. 171.
Caro Paulo Gorjão, O alargamento do conceito geográfico inclui o Índico e, também o Pacífico. A razão porque não o referi foi que o meu ‘post’ tratava do papel que Portugal pode desempenhar nesse alargamento e no interesse que o nosso país terá em revitalizar o interesse estratégico do Atlântico. Também entendo existir uma convergência de interesses entre países tão díspares como a Dinamarca e Angola, na medida em que as ameaças do século XXI (terrorismo internacional e proliferação de armas de destruição maciça, etc) a todos dizerem respeito. A título de exemplo peguemos em Cabo Verde. A maior ameaça que recai sobre este Estado, e que poderá afectar qualquer outro (inclusive a Dinamarca), é o controlo de uma das ilhas, e/ou mar, por parte de um grupo terrorista forte. É neste ponto que a NATO pode ter um papel importante. Na prevenção. Estarei a ser voluntarista? Talvez. Mas não somos todos? Não ouvimos há cerca de um ano Mário Soares e Adriano Moreira defenderem a adesão de Cabo Verde à União Europeia? A segurança é de facto o pilar de toda a estrutura. Sem ela não existe nada e sobre ela um novo concerto de nações deve, e pode, ser construído. As Nações Unidas, por terem sido criadas em 1945, num contexto de uniformidade ocidental, tem dificuldades em se acertar à nova realidade. Ora, o que é preciso é uma adaptação constante que nos permita um acompanhamento o mais próximo possível das alterações que estão a acontecer. Comecei por citar Robert Cooper no seu ‘The Breaking of Nations’ porque, se ele chama a atenção para a utopia subjacente ao desejo expresso na citação que encabeça este ‘post’, também lembra que nada é pior que ficar quieto à espera dos acontecimentos. Na verdade, não existe outra solução que não seja caminhar em frente, procurar novas respostas e avançar com a dúvida que sempre deve pautar a vida dos homens.
Esta subida de 1,25% em relação ao mês anterior significa que cada português tem, em média, dívida para com o Estado de 10.178 euros. Quanto deve a vossa família?
The Dutch foreign minister Bernard Bot has said the EU constitution is "dead" for the Netherlands, rejecting EU leaders' recent pleas for a resuscitation of the charter.
After meeting his Austrian counterpart Ursula Plassnik in The Hague, Mr Bot stated on Wednesday (11 January) "we have discussed the constitution, which for the Netherlands is dead," according to press reports.
Austria, which currently holds the EU presidency, aims at a revival of the treaty, with its leader Wolfgang Schussel declaring on Monday "the constitution is not dead. It is in the middle of a ratification process."
But Mr Bot poured cold water over these hopes, reiterating that it is out of the question that the Netherlands will ratify the constitution.
O Secretário-Geral da UGT foi ontem comunicar ao PR que, afinal, "o sistema de Segurança Social não está em risco de falência". Nas suas declarações à imprensa, João Proença, não revelou o segredo da sustentabilidade do sistema. Limitou-se a enunciar os princípios que, em sua opinião, tornam o actual sistema preferível aos outros.
Relevando o "pequeno" pormenor da sustentabilidade, julgo que a questão dos princípios é relevante e passível de discussão. João Proença pode, com toda legitimidade, julgar o actual modelo "superior". Ninguém impede que ele continue a acreditar e a contribuir para o actual sistema. O que não é legítimo é pretender obrigar todos os outros a acreditar e a contribuir para o mesmo sistema. Ninguém devia poder impedir que eu optasse por um sistema diferente. Ele julga estar a defender os direitos de todos os trabalhadores. Eu apenas me pretendo defender a mim. Infelizmente aqui, como em muitos outros casos, o colectivo sobrepõe-se ao indivíduo.
"A criança não nascida ainda é uma realidade vindoura, que chegará se não a pararmos, se não a matarmos no caminho. Mas se investigarmos bem as coisas, isso não é exclusivo da criança antes do nascimento: o homem é sempre uma realidade vindoura, que vai se fazendo e realizando, alguém sempre inconcluso, um projeto inacabado, um argumento que tende a uma solução.
E se dissermos que o feto não é um 'quem' porque não tem uma vida 'pessoal', então teríamos que dizer o mesmo da criança já nascida durante muitos meses (e do homem durante o sono profundo, da anestesia, da arteriosclerose avançada, da extrema senilidade, sem dizer do estado de coma). (...) O núcleo da questão é a negação do caráter pessoal do homem. Por isso oculta-se a paternidade; por isso reduz-se a maternidade ao estado de suportar um crescimento intruso que pode ser eliminado. Descarta-se todo uso possível do quem, dos pronomes tu e eu. Tão logo apareçam, toda o castelo erguido para justificar o aborto rui como uma monstruosidade. (...) Se as relações de maternidade e paternidade forem abolidas, se a relação entre os pais for reduzida a uma mera função biológica sem duração para além do ato de geração, sem nenhuma significação pessoal entre as três pessoas implicadas, que ocorre de humano em tudo isso? E se isso se impõe e se generaliza, se em fins do século XX a humanidade vive de acordo com esses princípios, não estará comprometida, quem sabe até quando, essa mesma condição humana?"
Convém, no entanto, não esquecer que, quando esteve em Belém, o agora regressado Soares procurou, entre outros, o mesmo Silvio Berlusconi para parceiro negocial num grupo empresarial, a fim de garantir o controlo de interesses nos media, favoráveis ao presidente e à sua reeleição. Berlusconi era um homem de negócios, como ainda o é hoje, mas Soares era já um político consagrado e, acreditava-se, dedicado apenas à política e ao nobre cargo de Presidente da República. Enfim, assuntos que um bocadinho mais desenvolvidos deram, entre outras coisas, o despedimento de Joaquim Vieira de Director da Grande Reportagem, há coisa de dois meses. Soares é fixe!
Sobre este e outros assuntos, veja-se também o que por estes dias se vai publicando por aqui.
Verdadeiramente, os candidatos de esquerda nestas eleições presidenciais já ganharam o que lhes interessava ganhar. Porque a sua guerra foi sempre menos contra o prof. Cavaco, do que contra aquela outra esquerda a que o eng. Sócrates chama a “esquerda moderna”. Basta ouvir o dr. Soares a elogiar o eng. Sócrates apenas na medida em que possa ser o “anti-Guterres”, ou Jerónimo de Sousa a alarmar-se, não com a vitória do prof. Cavaco em si, mas com o reforço que essa vitória poderia dar à ... “arrogância” do eng. Sócrates – para perceber onde está o inimigo principal dos actuais candidatos anti-cavaquistas: são aqueles que, à esquerda, aceitaram as “reformas”, a ideia de uma economia assente na iniciativa privada dos cidadãos num mercado global, ou a natureza limitada do poder numa democracia pluralista.###
(...)
Mais uma vez, pudemos constatar que, para estas esquerdas, aqueles que não pensam como eles são necessariamente seres inferiores e perversos: não têm “cultura”, andam “ao serviço” dos “grandes interesses”, ou, como disse o dr. Soares, “acreditam na selecção natural entre ricos e pobres”. O dr. Louçã até definiu o prof. Cavaco como o “candidato que não sabe nada da vida”, como se a vida fosse domínio privativo do dr. Louçã. Mal o prof. Cavaco, em Grândola, fez uma pequena experiência de cançonetismo abrilista, logo protestaram por não lhes ter pedido licença. O regime e os seus símbolos pertencem-lhes em exclusivo. Quando não mandam, a democracia está “ameaçada”. Quando perdem, é porque houve conspiração. Já vimos assim o dr. Soares acusar os jornalistas, e até pôr em dúvida a legitimidade de umas eleições ganhas pelo prof. Cavaco. A democracia permanece, para eles, uma coisa frágil, a precisar do seu paternalismo e tutela.
Com tais candidatos, o prof. Cavaco podia sempre apostar na abstenção à esquerda, porque existe uma esquerda que não se revê neste alarido de intolerância. Dizia o eng. Sócrates, no fim do ano passado: “a democracia portuguesa é muito mais madura do que alguns estouvados com uma visão apenas oportunística da política pretendem”. É isso que também é preciso tirar a limpo no dia 22.
"...las diversas formas actuales de disolución del matrimonio, como las uniones libres y el "matrimonio a prueba", hasta el pseudo-matrimonio entre personas del mismo sexo, son expresiones de una libertad anárquica, que se quiere presentar erróneamente como verdadera liberación del hombre. Esa pseudo-libertad se funda en una trivialización del cuerpo, que inevitablemente incluye la trivialización del hombre. Se basa en el supuesto de que el hombre puede hacer de sí mismo lo que quiera: así su cuerpo se convierte en algo secundario, algo que se puede manipular desde el punto de vista humano, algo que se puede utilizar como se quiera. El libertarismo, que se quiere hacer pasar como descubrimiento del cuerpo y de su valor, es en realidad un dualismo que hace despreciable el cuerpo, situándolo —por decirlo así— fuera del auténtico ser y de la auténtica dignidad de la persona."
Benedicto XVI, Discurso en la apertura de la asamblea eclesial de la diócesis de Roma, 6-VI-2005
A nova lei da rádio, votada e aprovada na terça-feira à noite na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, tem como principal novidade a obrigatoriedade de as rádios passarem entre 25% e 40% de música portuguesa das 7:00 às 20:00 horas, com a taxa a ser definida anualmente pelo Governo.
Não há escapatória. Para além de decidir o que devemos comer, a classe política pretende também orientar as nossas escolhas musicais. Só me admira como ainda nos permitem decidir quais, de entre eles, nos hão de guiar a nós, pobres crianças desamparadas.
Nota: Pode ser que se recordem. Quanto ainda existiam "rádios livres" era grande os número de rádios e de programas de música portuguesa. No final dos anos 80 o governo achou por bem regulamentar a "selva" radiofónica e limitar o número de emissores. Depois digam que a culpa é do mercado...
Malkin-Almani: Every week I would get e-mails about anti-Israel demonstrations, lectures that were virtually a form of incitement. The whole atmosphere in the department was hostile, and it was orchestrated by Edward Said. In one class the lecturer cited an article about how the Israelis were raping Palestinian women in the prisons and then sending them back to the territories. I raised my hand and said that no friend of mine had raped a Palestinian, and he started to shout at me.
Haaretz: Was that the only case?
Malkin-Almani: There were cases like that all the time. In one class I asked the lecturer where the border between East and West Jerusalem ran. He started to shout that you Israelis are so stupid, you don't know anything. All the students in the class joined him and started shouting at me. That was the routine. Once I met with Said, who was a good friend of Daniel Barenboim, and I told him I wanted to join the Arab-Jewish orchestra they had established. He asked me where I was born and I told him Israel. Straight off he told me that Israel had not permitted the entry of a few musicians from Syria who wanted to play with the orchestra in Bethlehem. Suddenly he started to shout at me as though I were the one who stamps the permits. After two years of studies I said enough is enough and I left the university.
Haaretz: Did you share your experiences with anyone on the faculty?
Malkin-Almani: I had an Israeli lecturer whom I told what happened in the classes and I gave her all the articles we were given. She said that we must not meet in the university. A month later she told me, "We checked it out, it is dangerous to act and the best thing is to be silent."
Limitar o valor das pensões pagas pelo sistema público a um salário mínimo e tornar obrigatória para todos, ricos e pobres, e de forma imediata, a contribuição de 6% para o sistema público e de 5,5% para o privado é a solução defendida num estudo de António Duarte, economista do Banco Português de Negócios, e Marco Ferreira, jurista, para resolver o problema da sustentabilidade da Segurança Social. Em declarações ao DN, António Duarte sustenta que com este modelo o Estado só teria prejuízo durante dois anos, gerando cash flow a partir daí, graças à securitização do risco de cada contribuinte, com base na sua idade, face à sua esperança média de vida. De acordo com os cálculos feitos no referido estudo, quem descontou durante 30 anos com base numa média salarial de 500 euros, e calculando uma taxa de rentabilidade média de 2,4% (considerada prudente) o valor da pensão pago pelo sistema privado seria da ordem dos 330 euros a somar à componente pública, ou seja, acima do salário de referência.
Curioso, dois anos atrás fui um pouco menos "prudente" (taxa de rentabilidade de 3%), assumi 40 anos de descontos a uma taxa inferior (a proposta acima assume aumento de 0,5%) e uma esperança média de vida de 120 anos(!). Mas os cálculos mostraram que, num sistema exclusivamente privado, o contribuinte pode ser milionário aos 60!!!
Nota: comparativamente ao estudo citado (considerando uma remuneração de 500 euros), se, nos meus cálculos, aumentar a taxa de desconto em 0,5% e reduzir a taxa de rentabilidade para 2,4% e a esperança média de vida para 100 anos de idade o indivíduo, mesmo assim, ainda teria de trabalhar mais 9 anos (39 anos vs 30 anos) para obter a mesma remuneração que recebe durante a vida activa. Mas, quando morresse, tais poupanças seriam dos seus herdeiros e não do Estado.
Um bom sistema de saúde é um factor de desenvolvimento de um país. O Sistema Nacional de Saúde, porque obrigatório, encontra-se sobrecarregado e trata tudo de forma indiferenciada. Um sistema público de qualidade pode ser mantido, mas nunca obrigatório. Os cidadãos devem ter a possibilidade em escolher serviços alternativos, desvinculando-se, nesse caso, das contribuições obrigatórias para o Sistema Nacional de Saúde.
A ser assim permitir-se-á ao cidadão a livre escolha do serviço de saúde pretendido e que para o qual, exclusivamente, contribui. Acresce que, desimpedido de um sistema de saúde que visa abarcar a totalidade da população, o Estado pode canalizar recursos para outras áreas.
Uma das notícias que mereceu a atenção do comentarista Miguel Sousa Tavares no telejornal de ontem da TVI foi a decisão de retoma do programa de desenvolvimento de armas nucleares pela teocracia iraniana (não vale a pena perder tempo com eufemismos).
As considerações de Sousa Tavares sobre esta questão podem ser resumidas nos seguintes pontos: as negociações entre os representantes da troika europeia e os ayatollahs iranianos foram um fracasso (óbvio) e os EUA estão estrategicamente impedidos de considerarem um ataque militar ao Irão devido ao seu envolvimento no Iraque. Disto conclui Sousa Tavares que o “melhor” será esperar que os israelitas façam o “trabalho sujo” e executem uma operação militar preventiva, que desmantele os reactores nucleares iranianos e evite a necessidade futura de uma acção de preempção. ###
No seu comentário, Miguel Sousa Tavares menciona explicitamente uma operação semelhante levada a cabo pelas forças armadas israelitas, mas faz uma monumental confusão entre o Irão e o Iraque. Em 1981, Israel desencadeou uma operação militar extremamente arriscada e bem executada, que desmantelou o reactor nuclear iraquiano de Osirak. Este reactor era a peça central do programa nuclear iraquiano e — ironicamente – tinha sido bombardeado no ano anterior pelo Irão, no decurso da guerra que o opunha ao Iraque.
Não se trata de uma “simples” confusão entre países que não convém mesmo nada confundir. Tão pouco as minhas objecções ao teor das declarações do comentarista da TVI se resumem à sua eventual incapacidade de localizar num mapa Osirak (Iraque), Natanz, Bushehr ou Isfahan (Irão).
O que foi perfeitamente evidente é que Sousa Tavares não sabia do que estava a falar: defender a hipótese de um ataque militar preventivo às instalações nucleares iranianas é irreflectido e insensato.
Comecemos pelos eventuais problemas de Miguel Sousa Tavares com a geografia — política e humana. Só mesmo quem não tem ideia alguma sobre a localização dos reactores iranianos é que pode sugerir uma operação militar semelhante à de Osirak com a ligeireza com que Miguel Sousa Tavares o fez. De outro modo saberia que as centrais nucleares iranianas, ao contrário de Osirak, se situam perto de núcleos urbanos “densos” e que Isfahan é uma cidade com enorme importância histórica e cultural.
As localizações dos reactores não são “casuais” e um ataque militar preventivo teria consequências humanas e políticas profundamente diferentes da operação israelita em 1981. Os governantes norte-americanos não planeiam nenhum ataque militar ao Irão, não porque estarem “diminuídos” pelo envolvimento no Iraque — pelo contrário, a proximidade da presença militar americana simplificaria bastante a operação, mas porque têm um conhecimento muito maior sobre a realidade iraniana do que o evidenciado pelo comentarista da TVI.
Em primeiro lugar, conhecem as enormes dificuldades logísticas de uma operação bem sucedida e dispõem certamente de estimativas dos custos esperados, em termos humanos e em termos de condenação política. Em segundo lugar, sabem que uma decisão dessas não é consistente com a política defendida pela administração Bush, de democratização dos países islâmicos. No Irão existem grupos políticos importantes que se opõem à tirania dos ayatollahs e que esperam dos EUA (e da União Europeia) apoio político, não retaliação militar que lhes comprometa a base de apoio popular.
O que fazer relativamente ao Irão? A ideia mais razoável nesta fase é forçar a questão a ser discutida no Conselho de Segurança da ONU, tal como defende Israel e sugere George Perkovitch, do Carnegie Endowment for International Peace. No mínimo, a Rússia e a R. P. da China terão de assumir o veto, deixando de poder disfarçar a cumplicidade que efectivamente têm com a teocracia iraniana. O Irão tem conseguido até agora manobrar brilhantemente em termos diplomáticos, dividindo os ocidentais, negociando com os aliados chineses e russos e usando a ineficácia da IAEA para obter o “recurso vital” para o sucesso do programa de armamento nuclear: tempo.
É provável que o Irão consiga produzir armas nucleares. Ao contrário do que é geralmente assumido, não se trata de uma ambição exclusiva da teocracia iraniana (as primeiras tentativas foram feitas por Reza Pahlevi) nem representa um risco imediato de segurança internacional: o valor da arma nuclear é político — uma arma de dissuasão, uma protecção adicional ao poder político da teocracia iraniana contra (reais ou imaginárias) ameaças externas.
O maior risco de um Irão nuclear é a possibilidade de transferência — a cedência de uma arma nuclear a grupos terroristas. Mas esse risco existe desde que o Paquistão e — presume-se — a Coreia do Norte se tornaram “regimes nucleares”. O risco adicional envolvido na nuclearização do Irão é relativamente pequeno. Um ataque poderia (ou não) resolver o problema, mas inviabilizaria todos os esforços de mudança de regime. Países como a África do Sul ou o Brasil têm condições tecnológicas para produzir armas nucleares. Ao contrário do que se passa com o Irão, essa possibilidade, que até já foi concretizada pela África do Sul, não é vista como um risco imediato e grave à segurança internacional: a verdadeira ameaça à segurança é a tirania dos ayatollahs.
A realidade política internacional já é suficientemente complicada e perigosa para dispensar leviandades destas em prime-time. Nos mesmos comentários, Miguel Sousa Tavares protestava contra a “degradação” do serviço de empresas como a EDP, perguntando para quê alterar a titularidade do respectivo capital, privatizando-a (muito) parcialmente para depois os consumidores ficarem “pior servidos”. Se a sugestão implícita é que o simples facto de se tratar de uma entidade privada não fornece qualquer garantia de qualidade, estou plenamente de acordo. Os comentários de Miguel Sousa Tavares ontem à noite na privada TVI são testemunho evidente disso mesmo e há pior, muito pior.
O imã radical Abu Hamza al-Masri encorajava os fiéis a matar não muçulmanos nos sermões gravados em cassetes que foram encontradas na sua casa, afirmou hoje a acusação no início do julgamento do dirigente religioso.
As declarações foram proferidas na capital de um país maioritariamente cristão (Londres). Será que um cristão pode fazer o mesmo em Teerão?
Personalidades do Norte do país (juristas, economistas, professores universitários, etc.) apelaram, em carta aberta ao Parlamento, para que proponha a realização de um referendo sobre Ota e TGV. Isto causa-me perplexidade e tristeza. Questões técnicas complexas, que envolvem estudos de tráfego, engenharia, avaliação financeira e económica, estudos ambientais e o planeamento a longo prazo das infra-estruturas de um país, não podem ser dirimidas em referendo. Nós, quando elegemos os nossos representantes, confiámos na capacidade de julgamento deles para tomarem decisões.
Citando a própria Joana... "isto causa-me perplexidade e tristeza"!
Nos últimos anos, a Joana destacou-se na blogosfera pela defesa da liberdade de escolha individual, criticando a falácia socialista do planeamento central eficiente. Agora, diz que devemos confiar na "capacidade de julgamento deles para tomarem decisões"...
Em 1986, Moscovo era a capital da 'União das Repúblicas Socialistas Soviéticas', entretanto falecida.
Em 2006, Lisboa é capital da República Portuguesa, que também já não se está a sentir nada bem.
Tentativas de interpretação:
Ao comparar a Moscovo de 1986 com a actual capital de Portugal, Karyaka pretende, subtilmente, conceder o seu apoio ao TGV e à OTA - projectos modernizadores que permitirão que Lisboa atinja, em 2025, o nível de desenvolvimento de Moscovo em 2006.
Ao comparar Lisboa com uma cidade comunista, Karyaka pretende menorizar as conquistas do comunismo; trata-se de um ataque cobarde a Jerónimo de Sousa e a Louçã.
P.S. Fontes geralmente bem informadas fizeram saber que, graças às suas opiniões sobre Lisboa, Karyaka está a um passo de se transferir do Benfica para o Blasfémias.
Entra hoje em vigor a portaria que proibe os restaurantes de usar os tradicionais galheteiros. Como é do conhecimento geral, este regulamento visa proteger os industriais dos azeite a saúde pública. Os nossos leitores devem estar recordados dos aparatosos acidentes e epidemias provocados pela utilização dos galheteiros reutilizáveis.
Com a actual ânsia de regular todos os aspectos da vida privada não me admira que,qualquer dia, isto se torne realidade...
"O Iluminismo foi decisivo para as mudanças políticas que deram origem tanto às democracias liberais quanto ao fenômeno apolítico do totalitarismo. Em sua vertente francesa, o 'ato de fé' na razão humana levou a um anti-clericalismo radical e à veneração do empirismo. A reação negativa da Igreja Católica, ao condenar o modernismo e o liberalismo, contribuiu para estigmatizar a fé como sendo 'irracional' e para criar uma imagem de hostilidade da Igreja para com a cultura moderna. Por essas e outras razões, muitos liberais consideram impossível compatibilizar o Liberalismo com o Cristianismo. (...) Fragiliza-se a caracterização da civilização ocidental a partir da sua própria intelectualidade. Os postulados esquizofrênicos que levam além de um subjetivismo despersonalizante eliminam não somente a possibilidade do conhecimento, mas também – absurdamente – a existência de quem conhece. O objetivo é colocar em xeque as consciências individuais em nome da afirmação de entidades coletivizantes abstratas que definem com bastante precisão – e aqui acabou-se o relativismo! – quais são as atitudes, os modos de pensar e os comportamentos válidos para o mundo globalizado."
Finns surprised by Austrian plans to revive constitution
Finnish president Tarja Halonen is surprised by Austria’s plans to revive the Constitution, saying her Austrian colleagues failed to mention their intentions despite Helsinki taking over the presidency from Vienna in the second half of 2006.
Ms Halonen’s statement comes just after the Austrian chancellor Wolfgang Schussel on Monday (9 January) said that his country, currently at the helm of the EU, is aiming to resuscitate the debate on the EU constitution under its presidency.
(...)
"To us, the recess declared after the referendums in France and Holland is still valid," she said, adding that the two countries had planned for the 2006 EU agenda "shoulder to shoulder."
No âmbito da estratégia seguida pela comunicação social, montada propositadamente para prejudicar Mário Soares, a SIC Notícias -- claro, tinha de ser um canal televisivo de Francisco Pinto Balsemão -- decidiu em plena campanha eleitoral entrevistar Pedro Santana Lopes...
Around 10 million female foetuses may have been aborted in India over the past two decades because of ultrasound sex screening and a traditional preference for boys, according to a study published online in The Lancet.
(...)
The study published by the London-based medical journal comes on the heels of a report last October by the United Nations Population Fund (UNFPA), which warned that infanticide or abortion was driving India towards a gender imbalance with alarming social consequences.
... o antigo Presidente manifestou depois a sua oposição ao "capitalismo selvagem" e às "teorias do neo-liberalismo", ilustrando com os dias que se seguiram à passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos. "Se fosse religioso diria que aquilo foi Deus a funcionar", disse.
Apesar das sucessivas gaffes, o momento alto da campanha de Mário Soares (curiosamente largamente ignorado na generalidade dos media tradicionais) continua no entanto a ser este (video disponível aqui).
Os leitores do Insurgente que eventualmente leiam o meu já velhinho blog individual saberão que ao contrário de alguns dos outros insurgentes, tenciono votar em Cavaco Silva, e sem grandes problemas de consciência. Nos últimos dias, uma série de de sondagens que têm vindo a público dão a Cavaco Silva uma intenção de voto de mais de 60%. Apesar da boa notícia, estas sondagens reflectem um problema. Não por supostamente convidarem o eleitorado cavaquista a ficar em casa, por estar certo da vitória. Mas por aquilo que tal margem representa. Uma vontade de consenso, que mais não é que um cansaço da política. Uma vontade de consenso, de quem espera que os problemas desapareçam se as divergências se apagarem. Uma vontade de consenso, quando o que o país precisava era de conflito. De discutir. De se partir ao meio. Só dividindo, poderia Cavaco trazer consigo uma onda de mudança. Só assim a vitória de Cavaco poderia ter um efeito "regenerador" no sistema político. A confirmarem-se os resultados previstos pelas sondagens, a vitória de Cavaco não é mais que um sintoma da doença. É pena. E acima de tudo um desperdício.
THE FORMER IRAQI REGIME OF Saddam Hussein trained thousands of radical Islamic terrorists from the region at camps in Iraq over the four years immediately preceding the U.S. invasion, according to documents and photographs recovered by the U.S. military in postwar Iraq.###
(...)
Reaching out to Islamic radicals was, in fact, one of the first moves Saddam Hussein made upon taking power in 1979. That he did not do it for ideological reasons is unimportant. As Barodi noted at last week's hearing, "He used us and we used him."
Throughout the 1980s, including the eight years of the Iran-Iraq war, Saddam cast himself as a holy warrior in his public rhetoric to counter the claims from Iran that he was an infidel. This posturing continued during and after the first Gulf war in 1990-91. Saddam famously ordered "Allahu Akbar" (God is Great) added to the Iraqi flag. Internally, he launched "The Faith Campaign," which according to leading Saddam Hussein scholar Amatzia Baram included the imposition of sharia (Islamic law). According to Baram, "The Iraqi president initiated laws forbidding the public consumption of alcohol and introduced enhanced compulsory study of the Koran at all educational levels, including Baath Party branches."
Hussein Kamel, Saddam's son-in-law who defected to Jordan in 1995, explained these changes in an interview with Rolf Ekeus, then head of the U.N. weapons inspection program. "The government of Iraq is instigating fundamentalism in the country," he said, adding, "Every party member has to pass a religious exam. They even stopped party meetings for prayers."
And throughout the decade, the Iraqi regime sponsored "Popular Islamic Conferences" at the al Rashid Hotel that drew the most radical Islamists from throughout the region to Baghdad. Newsweek's Christopher Dickey, who covered one of those meetings in 1993, would later write: "Islamic radicals from all over the Middle East, Africa and Asia converged on Baghdad to show their solidarity with Iraq in the face of American aggression." One speaker praised "the mujahed Saddam Hussein, who is leading this nation against the nonbelievers." Another speaker said, "Everyone has a task to do, which is to go against the American state."
Questionado pelos jornalistas sobre a advertência feita por Teixeira dos Santos, segunda-feira à noite, na RTP, de que dentro de dez anos o pagamento das reformas poderá estar comprometido, Manuel Alegre respondeu que «ninguém tem certezas sobre isso».
«Esses cálculos todos que se fazem não são certezas absolutas e dependem de muitos factores, portanto eu não tenho essa posição alarmista nem catastrófica», declarou o candidato a Belém, no final de uma visita à sua sede de candidatura em Lamego.
De acordo com Manuel Alegre, para que a sustentabilidade do sistema de Segurança Social venha a estar em risco em 2015 «era preciso que a economia portuguesa falhasse, ou que Portugal andasse para trás», cenário em que disse não acreditar.
As palavras de Manuel Alegre recordam-me de um adágio popular: "Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão".
Conmo seria de esperar, a extrema-esquerda e as centrais sindicais ficaram bastante desagradadas com as declarações de Teixeira dos Santos. Outra coisa não seria de esperar. Considero, no entanto, bastante estranho que o CDS (através de Teresa Caeiro) tenha alinhado com os primeiros considerando que as afirmações do Ministro "pecam por algum exagero".
As presidenciais de 2011: a re-eleição do Prof. Cavaco está em perigo !
Parece-me que já não vale a pena perder mais tempo a falar sobre as eleições do próximo dia 22. Nem mesmo para ridicularizar os candidatos da esquerda. Eles não precisam de ajuda.
Proponho-me então fazer algumas profecias sobre as próximas eleições presidenciais que se realizaraõ em 2011.
Em 2011 os candidatos prováveis serão:
O Prof. Cavaco
O Dr. António Guterres, ex-líder do PS, concorre como independente. O mandato do Dr. Guterres à frente da Agência da ONU para os refugiados termina, por coincidência, dentro de 5 anos.
O Dr. Louçã, deputado do PS, concorre como independente. Aos 54 anos, bate o recorde de presenças consecutivas em eleições presidenciais e legislativas (que já lhe pertencia). A campanha de Louçã celebra também o 25ºaniversário do slogan "Não dês Cavaco" (cuja eficácia alguns ex-bloquistas começam a por em causa - "Outro slogan é possível", dizem algumas vozes revisionistas).
O Dr. Mário Soares, candidato oficial do PS.
O sucessor do Jerónimo de Sousa.
O Prof. João Miranda, querido líder da instável coligação do PLAN (Partido dos libertários austríacos nacionais), com o PLAN (Partido dos Liberais Anti-católicos do Norte), a PLAN (PLAtaforma Neoliberal), o PLAN (R) - Partido dos Libertários AyNrandistas (Randianos)) e o PLAN (ML)- Partido dos libertários austríacos nacionais (MoLinistas).
A re-eleição do Prof. Cavaco está em perigo porque o Dr. Guterres já iniciou a sua pré-campanha e conta com o apoio da comunicação social.
P.S. Nessa altura já não poderei votar porque já serei cidadão da cidade-ESTADO do Vaticano. Mas se eu pudesse votar, votaria no Prof. João Miranda.
They weren't your ordinary thugs. Dressed in bow ties and dark suits, nearly a dozen men carrying metal pipes entered a corner store, shattered refrigerator cases and smashed bottles of liquor, wine and beer, terrifying the clerk but stealing nothing.
They just wanted to leave a message: Stop selling alcohol to fellow Muslims.
Após os atentados de 11 de Setembro 2001, em Nova Iorque e Washington, a percepção que tínhamos do mundo mudou. EUA e Europa afastaram-se e o Oceano Atlântico que antes os unia poderá vir a separá-los. O mundo encontra-se cada vez mais globalizado e o que sucede na Europa e nos EUA é da máxima importância para Portugal. Situando-se o nosso país à beira do Atlântico, é imprescindível que este se mantenha como o ponto central das trocas comerciais. A sua substituição pelo Pacífico é demasiado séria para o um país como o nosso que poucas possibilidades tem de concorrer no outro lado do mundo.
Para tal é indispensável que os EUA continuem a ser uma potência forte, que as suas relações com os países europeus sejam preferenciais e que Portugal esteja em condições de ser um concorrente saudável.
Porque pode despoletar todas as outras, esta é a maior ameaça com que Portugal lida no início do século XXI. Enfrentá-la, o maior desafio que nos depara. ### Portugal tem um papel chave ao lidar com este problema. Um país com uma história riquíssima, uma presença cultural e humana em vários pontos do mundo, essencialmente no Brasil e em África, pode ser uma ponte indispensável para revitalizar o interesse estratégico do Atlântico. É fundamental revitalizar o Atlântico. Portugal tem uma palavra a dizer neste desafio porque pode ser a ponte entre os EUA/Europa e os países atlânticos que falam português. Acresce que o sucesso deste empreendimento dar-nos-á uma posição reforçada nesta nova concepção atlântica. Para se atingir tal objectivo é de crucial importância a integração de Estados como Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Moçambique no Pacto do Atlântico Norte, na NATO.
Um novo euro-atlantismo passa pelo alargamento do seu conceito geográfico. Deverá ser uma união de nações de raiz liberal e ocidental. Dever-se-á alargar ao Atlântico Sul, cooperando com os Estados mencionados.
Os EUA estão atentos à necessidade de novas alianças, o que se comprova pelos inúmeros textos académicos nesse sentido e na intensa actividade diplomática desenvolvida sob a égide da Sra. Condoleezza Rice. É imprescindível que Portugal não fique para trás e trate, quanto antes, da sua ‘adesão’ a este novo concerto de nações.
Um grupo de cidadãos, não compreendendo os motivos que levaram às tomadas de decisão de gastar o absurdo montante de 11.000.000.000 - onze mil milhões de euros - em projectos megalómanos, mais os habituais 30%, 70%, 110% ou 150% de desvios, obras a mais e alterações de projectos, a que acrescem os projectos acessórios, muitos outros milhões para acessibilidades e mais o que se lembrarem os que vierem depois, não se deixando impressionar pela cacofonia ensaiada dos estudos de encomenda que, quando suportam a decisão previamente tomada são tornados públicos e quando demonstram o contrário são ignorados e escondidos, pede encarecidamente aos senhores deputados da nação, por eles eleitos, que ouçam a voz dos que os elegeram.
Estes cidadãos gostavam de sentir uma pequena brisa de cidadania, provar uma gota de participação cívica ou carreagar um grão de poder, opinando em liberdade sobre este gigantismo dos milhares de milhões, dos dez zeros que valem uma dúzia de pontes Vasco da Gama, muitas dezenas de Casas da Música e de CCBs, mais de uma centena de hospitais ou um milhão de carros utilitários.
Estes cidadãos gostavam de convocar um referendo em seu nome e dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos a quem a factura também vai chegar. Estes cidadãos gostavam de participar livremente num verdadeiro debate público sobre estes investimentos multigeracionais, gostavam de sentir-se incluídos num relevante processo de escolha pública cujas consequências poderão ser bem diferentes das do prometido paraíso da riqueza explosiva.
Estes portugueses querem exercer a sua cidadania, sentir o poder dos cidadãos, ajudar o governo a aperfeiçoar a democracia, valorizar a intervenção cívica, participar intensamente na vida pública - afinal, querem apenas que os autores das citações que encabeçam este texto ponham em prática o sentido das suas proclamações públicas.
Estes eleitores e contribuintes, sabendo que a lei do referendo foi feita justamente para impossibilitar que grupos de cidadãos os convoquem, pedem encarecidamente aos senhores deputados da nação uma ajudinha. Façam-no, em nome de quem os elegeu.
A carta enviada ontem aos 230 deputados da nação está disponível aqui.
Until the Bush administration, with its incontinent spending, unleashed an especially conscienceless Republican control of both political branches, conservatives pretended to believe in limited government. The past five years, during which the number of registered lobbyists more than doubled, have proved that, for some Republicans, conservative virtue was merely the absence of opportunity for vice.
The way to reduce rent-seeking is to reduce the government's role in the allocation of wealth and opportunity. People serious about reducing the role of money in politics should be serious about reducing the role of politics in distributing money.
George Will, no Washington Post de hoje, sobre a corrupção do princípio do "governo limitado sob a lei" e a sua transformação em "governo ilimitado sobre a lei".
Duvido bastante do interesse de mais reformas legislativas no espírito "federalista" de Madison, reconhecendo os perigos da democracia ilimitada, mas tentando limitar os estragos através de uma espécie de “engenharia hidráulica do poder”.
Mais tarde ou mais cedo será necessário admitir que os problemas políticos fundamentais têm origem em insuficiências e não em deficiências do regime político. Em tempos sabia-se que a democracia era o regime dos demagogos. Se o mote político do progressismo do séc. XX foi "esqueça o que sabe", o mote necessário para o séc. XXI poderá ser "reaprenda o que esqueceu".
No programa "Prós e Contras" o Ministro das Finanças reconheceu (finalmente...) a insustentabilidade do actual modelo estatal de segurança social.
Perante a constatação que o Estado será incapaz de pagar, no futuro, as reformas correspontes às contribuições, do presente, pergunto-me qual será a moralidade do Estado as continuar a cobrar coercivamente.
Noutros casos chamar-se-ia a isto uma fraude premeditada.
Medical Journals Rejected Abortion-Despression Study Researcher Says
"Professor David Fergusson backs abortion, but when he conducted a research study showing women who have abortions are significantly more likely to suffer [subsequent mental health problems, including depression, anxiety, suicidal behaviors and substance use disorders] he says a handful of medical journals refused to publish his report.
...That's unusual for Fergusson, who has had other studies appear in a variety of leading publications.
..."It verges on scandalous that a surgical procedure that is performed on over one in 10 women has been so poorly researched and evaluated, given the debates about the psychological consequences of abortion," he added."
Todos estamos de acordo em que os donos das empresas, paguem impostos sobre os rendimentos que delas retiram ou quando utilizam fundos da empresa em seu proveito. Como os outros cidadãos. Nem mais, nem menos. Em sede de IRS, sem excepções. Hoje são tributados primeiro na empresa em IRC e depois em IRS. Isto é, duas vezes. E também não entendo porque é igualmente tributada a parte restante dos lucros, não distribuídos, valores que permanecem investidos na empresa. Informe-se ou não o fisco da aplicação que tiveram foi um investimento. E, se nunca ocorreu – penso – tributar capital que vai ser investido, porquê tributar o que permaneceu investido?
Não se faz ideia do que os donos das PME's gastam e consomem quando deviam investir, levados pela irracionalidade e iniquidade fiscal, que torna o desperdicio muito, mas muito compensador.
A Autoridade da Concorrência (AdC) propôs a eliminação dos concursos para a instalação de novas farmácias, nas recomendações sobre o sector das farmácias enviadas ao Governo.
A AdC propôs também a eliminação de todas as restrições existentes ao trespasse, cessão de exploração e relocalização de farmácias.
O documento inclui a recomendação de revogar a «norma legal relativa à reserva de propriedade da farmácia em favor de licenciados em Ciências Farmacêuticas e sob condição resolutiva a favor dos alunos de farmácia, tendo implícito a eliminação da intransmissibilidade do alvará, e a revogação da obrigatoriedade de que a direcção técnica de farmácia seja exercida pelo seu proprietário».
Os Srs. jornalistas que não se apoquentem com esta possível dificuldade em obter declarações do candidato do PS. Ele já prometeu que nunca mais falava de Cavaco Silva pelo menos umas 2.536 vezes e já se sabe o que aconteceu.
A 'crise interna' na ATTAC e, por arrasto, no Le Monde Diplomatique, foi desencadeada pelas práticas 'autoritárias' da direcção do movimento.
Mas na génese desta crise, estão as rivalidades entre as várias minúsculas correntes políticas que se uniram (?) no movimento 'alter-globalista' e que vieram ao de cima, por exemplo, aquando da proibição do véu islâmico:
le journal abrite des sensibilités politiques assez différentes, même si elles se recommandent toutes de «la gauche de la gauche». ...un courant de «gauche internationaliste» qui s'oppose à une mouvance chevènementiste ou «nationale-républicaine»
Para além disto, existem determinadas posições de Ramonet que alguns dentro do movimento consideram politicamente incorrectas e que são também motivo de fricção (apoio ao regime cubano, aos terroristas das FARC):
Le soutien apporté par Ramonet au régime cubain a également provoqué des tensions. De même, une partie de la rédaction, des lecteurs aussi trouvent que le journal manque de distance par rapport aux Farc...
Enquanto isso, a circulação do Le Monde Diplomatique vai caindo:
La diffusion payée est passée d'un pic de 240 000 exemplaires en 2003 à 205 000 aujourd'hui.
Os ódios entre as várias correntes esquerdistas não são novidade; esta é a enésima aplicação dos ensinamentos desses grandes filósofos políticos que são os Monty Python. O sketch dos Monty Phyton sobre os conflitos entre as várias facções da Frente de Libertação da Judeia [transcrição escondida abaixo] é o clássico que guia a acção do 'movimento' .
É claro que não é só a extrema-esquerda que sofre desta doença...[vocês sabem do que é que eu estou a falar]
P.S. O DN publicou ontem uma notícia igual a esta mas não se encontra disponível online. ### Brian: Are you the ? Reg: Fuck off! Brian: What? Reg: Judean People's Front! We're The People's Front of Judea! Judean People's Front, God! Rogers: Blighters... Brian: Can I...join your group? Reg: No, piss off! Brian: I didn't want to sell this stufff, it's only a job! I hate the Romans as much as anybody! All in PFJ except Brian: Ssch! Ssch! Ssch! Ssch! Ssch! Brian: Oh. Judith: Are you sure? Brian: Oh, dead sure. I hate the Romans already. Reg: Listen! If you wanted to join the PFJ, you'd have to have really hate the Romans. Brian: I do! Reg: Oh, yeah, how much? Brian: A lot! Reg: Right, you're in. Listen, the only people we hate more than the Romans, are the fucking Judean People's Front. All in PFJ except Brian: Yeah! Judith: Splitters! Rogers: And the Judean Popular People's Front! All in PFJ except Brian: Yeah! Splitters! Loretta: And the People's Front of Judea! All in PFJ except Brian: Yeah! Splitters! Reg: What? Loretta: The People's Front of Judea. Splitters! Reg: We are the People's Front of Judea! Loretta: Oh. I thought we were the Popular Front. Reg: People's Front! God... Rogers: Whatever happened to the Popular Front, Reg? Reg: He's over there. All in PFJ except Brian: Splitter! Gladiator: Oh, oh...I think I'm about to have a cardiac arrest! Ooh...aah! Roman I: Absolutely dreadful! Roman II: Huh. Audience: [Applause] Reg: Peace, brother! Haha! What's your name? Brian: Brian. Brian...Cohen. Reg: We may have a little job for you, Brian. ...
Television evangelist Pat Robertson suggested Thursday that Israeli Prime Minister Ariel Sharon's stroke was divine retribution for the Israeli withdrawal from Gaza, which Robertson opposed.
"He was dividing God's land, and I would say, 'Woe unto any prime minister of Israel who takes a similar course to appease the [European Union], the United Nations or the United States of America,'" Robertson told viewers of his long-running television show, "The 700 Club."
"God says, 'This land belongs to me, and you'd better leave it alone,'" he said.
O caso de Pat Robertson mostra como um "design inteligente" não chega para garantir a qualidade do produto final.
Também há declarações de teor semelhante em Israel:
Far-right activists took credit Thursday for the severe deterioration in Ariel Sharon's health, claiming that a pulsa denura - Aramaic for "lashes of fire" - death curse they instigated against the prime minister in July was the real catalyst behind his current state of health.
"I take full responsibility for what happened," far-right activist Baruch Ben-Yosef, one of the participants at the July pulsa denura, told The Jerusalem Post. "Our pulsa denura kicked in. Nothing could kill Sharon and he said his ancestors lived until they over 100 years old but we got him with the pulsa denura."
Os afligidos por bushite aguda (*) precisarão de ler isto, para evitar crises e espasmos:
The White House sharply criticized Christian broadcaster Pat Robertson on Friday for suggesting that Israeli Prime Minister Ariel Sharon's stroke was divine punishment for "dividing God's land."
"Those comments are wholly inappropriate and offensive and really don't have a place in this or any other debate"
(*) Doença do foro psicológico, que leva as vítimas a substituir a causa próxima de toda a asneira e calamidade pelos imperscutáveis mas certamente sinistros desígnios do presidente americano.