20.5.06

Sobre o Irão e o Tratado de Não Proliferação nuclear

Certificação monopolista vs certificação concorrencial

Reparem neste milagre: pode-se ser contra a certificação monopolista sem se ser contra a certificação. Pode-se ser contra a certificação pelas ordens e não se ser contra a certificação por entidades privadas em concorrência. Pode-se ser contra os monopólios legais e a favor da concorrência. A certificação privada em regime de concorrência já se pratica nas áreas em que não há monopólio e funciona. Só não funciona melhor porque as ordens têm o monopólio de um aspecto específico da certificação: a certificação do acesso à profissão.

Sobre a (des)Ordem dos arquitectos

19.5.06

O liberalismo não existe para obrigar as pessoas a terem bom senso

Laicismo jacobino, variante protocolar

"Toda a unanimidade é burra"

O PSD e o fim da História

A história repete-se

Human rights groups are raising alarms over a new law passed by the Iranian parliament that would require the country's Jews and Christians to wear coloured badges to identify them and other religious minorities as non-Muslims.
[fonte: National Post]

Leitura recomendada (III)

Moções que mexem

Hoje a política é um problema. É uma espécie de obstáculo ao desenvolvimento do país e ao bem-estar das pessoas. Em vez de solução é um estorvo. Que chocante paradoxo!


RMD, no Blogue da Revista Atlântico.

"Holland's Cassandra"

Certainly there will be no more Cassandra voice in the Dutch Parliament warning of the threat Sharia poses to human rights and the equality of dignity of all people. And so much the worse for the Dutch Parliament and Dutch society. Hirsi Ali's foes will find that the crocodile to which they have thrown their most prominent politician will come for them next. Hirsi Ali herself, meanwhile, has announced her intention to come to the United States to work with the American Enterprise Institute. Europe's loss is America's gain, but this is no occasion for rejoicing by Americans; Hirsi Ali's ejection from Holland will before too long be seen as one significant step closer to the extinguishing of the light not only in that country, but in all of Europe. FPM

Há 52 anos, no Baleizão

O TóColante recorda a morte de Catarina Eufémia há 52 anos em Baleizão. Sobre esse episódio marcante da mitologia comunista portuguesa, aconselho a leitura do interessante relato feito por Henriques Pinheiro (médico de Beja e membro da equipa que autopsiou a camponesa) e publicado no Diário do Alentejo em Novembro passado.
A colecção de 'tocolantes que o autor vai disponibilizando sobre o período revolucionário em Portugal vale bem uma visita ao TóColante.

Leitura recomendada (II)

Uma pessoa olha para a violência descontrolada em São Paulo e pensa em Hobbes. As perguntas do filósofo inglês são também as nossas perguntas. Como é que uma sociedade pode sobreviver sem que a segurança dos seus membros esteja assegurada? Como é que uma sociedade pode subsistir sem um estado forte, com meios e legitimidade para garantir a segurança dos seus cidadãos? Que espécie de democracia pode existir no meio do medo?

Ironias...

Guerra civil em Gaza

Leitura recomendada

As Ameaças à Liberdade no Século XXI

Foi este o título do discurso do Presidente Checo durante a cerimónia de entrega do "Adam Smith Award" do FEE, cujo recipiente foi Walter E. Williams.
Para Vaclav Klaus essas ameaças não são de natureza diferente das que Adam Smith encontrou no seu tempo:

I see the threats – as always – in ideas, in policies (based on these ideas) and in human behavior influenced, motivated and justified by both these ideas and policies. The ideas and government policies I am afraid of are the ideas and policies which were criticized already by Adam Smith. Their basis are claims and presuppositions that following private interests is wrong, that the people are basically not rational and moral, that the people must be controlled, guided and made better by the annointed who know what is good for them, that the rulers act in public interest, that freedom and democracy is allowed to be restrained in favor of „higher goals and values“, etc. We lived in such a system but I see many symptoms of such a system again – in Europe and in this country as well.###

The whole issue cannot be systematically discussed in such a short speech. Let me touch only one problem which I see as extremely important. It is the emergence of new, partial, seemingly non-ideological but often very aggressive „isms“ (or ideologies). They are really new. They did not exist when I attended the university. I can only give their names. We all care for human rights (even if I would prefer to speak about civic rights) but I am afraid of human-rightism. We all want to have healthy environment but I see tremendous danger in environmentalism. To put it politically correctly I admire the second gender but I fear feminism. We are enriched by other cultures but not by multiculturalism. I respect homosexuality but not homosexualism. I am aware of the importance of voluntary associations, now fashionably called NGOs, but I consider NGOism to be another powerful threat to our liberty.


What should we do? Let's look at what Adam Smith wanted to tell us. In The Theory of Moral Sentiments, published in 1759, he tried to understand the people who want to restrain freedom and liberty. He wrote that they want „to arrange the different members of a great society with as much ease as the hand arranges the different pieces upon a chess-board.“ And he added that they do „not consider that the pieces upon the chess-board have no other principle of motion besides that which the hand impresses upon them but that in the great chess-board of human society every single piece has a principle of motion of its own, altogether different from that which the legislation might choose to impress upon it.“ I see the current, all-embracing legislation prepared by legislators who follow powerful pressure groups, representing the new isms that I mentioned, to be a real danger for the liberty of all of us. There is no other way than going back to the classical liberalism, to the ideas of Adam Smith and the FEE.

O rapto da Europa

18.5.06

Não confirmo nem desminto

Sobre os problemas com o Google AdSense

Impostos

When the Swedish tax authority wanted to produce a television advertisement to encourage taxpayers to pay up on time, they chose to make it in low-cost Estonia, partly in a bid to escape high Swedish taxes.

Exemplar, não?

"One determined computer has triumphed over years of misapplied literary theory."

WALTHAM, MA—A courageous young notebook computer committed a fatal, self-inflicted execution error late Sunday night, selflessly giving its own life so that professors, academic advisors, classmates, and even future generations of college students would never have to read Jill Samoskevich's 227-page master's thesis, sources close to the Brandeis University English graduate student reported Monday

"This fearless little machine saved me from unspoken hours of exasperated head-scratching and eyestrain, as well as years of agonizing self-doubt over my decision to devote my life to teaching," said professor John Rebson, who had already read through three drafts of Samoskevich's sprawling, 38,000-word dissertation, titled A Hermeneutical Exploration Of Onomatopoeia In The Works Of William Carlos Williams As It May Or May Not Relate To Post-Agrarian Appalachia. "It was an incredible act of bravery. This laptop sacrificed itself in order to put an end to Jill's senseless rambling."

Ayaan Hirsi Ali

Under withering criticism, the Dutch immigration minister has agreed to rethink her threat to revoke the citizenship of a Somali-born former lawmaker known for her opposition to fundamentalist Islam.

Minister Rita Verdonk said she acted on the basis of a television program that aired last week in which Ayaan Hirsi Ali admitted lying about her name and age on her asylum application when she fled to the Netherlands in 1992 to escape an arranged marriage.

(...)

Hirsi Ali has declined to say what she will do next, or confirm reports she will go work for the American Enterprise Institute.

But the conservative think-tank's president, Christopher DeMuth, said in an open letter Tuesday he was "looking forward to welcoming you to AEI, and to America."

Dutch media also reported that U.S. Ambassador Roland Arnall had met with Hirsi Ali to tell her the United States will accept her regardless of her Dutch immigration status.

(via Cox & Forkum)

A moção que faltava

Pensamento liberal e partido liberal

Fringe benefits dos pobres

Um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Sul, afirma que várias empresas industriais da região deSetúbal lavam impostos e contribuições para a Segurança Social com ajudas de custo falsas, segundo refere o jornal Notícias da Manhã esta quinta-feira.
###Provavelmente é verdade. Não são só as grandes nem as de Setúbal. É a maneira encontrada por milhares de empresas e de trabalhadores para pagarem e receberem salários mais ou menos decentes sem que os custos do trabalho se tornem incomportáveis. Já agora podiam queixar-se também do subsídio de refeição e dos seguros de saúde. Só são diferentes porque alguém decidiu que o são, mas não deixam de ser rendimento.
A situação, que Américo Flor denuncia como sendo de «evidente fuga aos impostos, através do sistema das ajudas de custo falsas, …
«Há trabalhadores nestas empresas que têm tanto de salário como de ajudas de custo no recibo do vencimento e, por vezes, até ganham mais em ajudas de custo do que em salário»…
Ainda bem para eles. É a maneira de terem maiores rendimentos, por pequenos que sejam.
…, acrescentou Américo Flor, assegurando que o sindicato está em condições de «provar todas as acusações que tem feito sobre esta matéria».
Não é preciso nenhum Sherlock Holmes para o provar.
De acordo com o sindicalista, trata-se de uma situação que tem sido repetidamente denunciada à Inspecção de Trabalho e aos serviços de fiscalização das Finanças e da Segurança Social, …
E a Inspecção do Trabalho sabe-o, como o sabe a Segurança Social. Só que a opção alternativa é o aumento do desemprego, o fecho de empresas e nesse sentido todos olham para isto como uma espécie de non taxable fringe benefits dos pobres.

Leitura recomendada (II)

[L]ike Microsoft and other companies before it, Google has decided it will have to start playing the Washington game. It has opened a Washington office and hired well-connected lobbyists. One of the country's top executive search firms is looking for a political director for the company.

What should concern us here is how the government lured Google into the political sector of the economy. For most of a decade the company went about its business, developing software, creating a search engine better than any of us could have dreamed, and innocently making money. Then, as its size and wealth drew the attention of competitors, anti-business activists, and politicians, it was forced to start spending some of its money and brainpower fending off political attacks. It's the same process Microsoft went through a few years earlier, when it faced the same sorts of attacks. Now Microsoft is part of the Washington establishment, with more than $9 million in lobbying expenditures last year.

O risco à direita

A caminho do fim da propriedade - III

Se os proprietários tiverem de denunciar os contratos para fazerem as obras que lhes permitem manter o que já é seu, vamos assistir a muitas transmissões em directo do despejo de famílias inteiras da sua residência ancestral (arrendada há 3 gerações pelo menos e com rendas também ancestrais).
No telejornal, enquanto janta, o país poderá chorar pela injustiça que é ver tantos idosos e crianças, tantos pais de família a lamentarem-se dos seus baixos rendimentos que não lhes permitem assegurar um sítio onde passar a noite.
Mas não temeis: os mesmos justiceiros sociais que contribuiram para se chegar a este ponto, têm a solução. Recorrendo mais uma vez ao dinheiro dos contribuintes, logo tratarão de encontrar "habitação social" em "bairros sociais". Em alternativa, poderão ter de ser os proprietários a suportar esses custos - mais uma imposição para manterem a sua propriedade.
Nessa noite todos dormiremos com a consciência tranquila por mais uma vez o estado providência ter demonstrado a necessidade de continuarmos a pagar impostos para subvencionar a solidariedade forçada e a fúria legislativa de quem tem abomina a liberdade nas relações contractuais e o pleno usufruto do direito de propriedade.

Sinais

The apologists for Islamic terror--those who tout victimization theories or liken the United States to Nazi Germany or Imperial Rome--will not get much help from this gracious, soft-spoken Muslim leader. Instead, Abaddi explains how religion is being manipulated by radicals and corrupted by political leaders throughout the Islamic world. He describes a "wide gate" that draws many young people into terrorism--from poverty to propaganda--but puts the burden squarely on Islam's religious leadership. "The imams will be playing the role of closing those gates in future," he promises.
Outra medida de combate ao terrorismo aqui.

A caminho do fim da propriedade - II

[RR]

"Estamos a falar de um artigo da lei que não beneficia os inquilinos nem os pequenos proprietários, mas que irá beneficiar um qualquer especulador imobiliário ou «testa de ferro» que venha a exercer esse direito".
"Este artigo é completamente dispensável e apenas irá trazer mais alguma conflituosidade", adianta [Romão Lavadinho da Associação de Inquilinos], acrescentando que serão "poucos os inquilinos que estarão em condições para exercer esse direito".

[RR]

(...)Manuel Metelo, da Associação de Proprietários, promete avaliar agora a constitucionalidade do documento: "uma pessoa que é proprietária de um determinado bem tem o direito de pôr e dispor, de usufruir, de vender. Não pode vir agora uma lei qualquer a dar a outrém, sem fundamento nenhum, o direito de comprar. E comprar a um preço ridículo".

[RR]

A nova Lei das Rendas não viola a Constituição e o Governo está disposto a defender isso mesmo em tribunal. Esta posição foi assumida em declarações à RR, por Eduardo Cabrita [secretário de Estado da Administração local]

Limites do petróleo

Ficou famoso em 1973 o relatório Limites do Crescimento, do Clube de Roma, que inaugurou a era dos grandes pânicos ambientais. Quando hoje se repetem cenários catastrofistas a propósito do aquecimento global e outras calamidades, a inspiração vem, consciente ou inconscientemente, daquela peça originária. A confiança que se pode ter nos catastrofismos actuais é a mesma que se deveria ter tido no Clube de Roma em 1973, cujas previsões se revelaram todas erradas. Entre muitas, ficou célebre a de que o petróleo iria acabar antes de 1992. Aqui estamos em 2006, o petróleo não acabou e as suas reservas conhecidas quase triplicaram desde então. A ideia do Clube de Roma, como a ideia dos catastrofistas de hoje, na verdade não é ambiental, mas política. No fundo, ambas pretendem dizer-nos que a criação de prosperidade não pode continuar indefinidamente, e que temos de parar para não "destruirmos o planeta", o que só pode ser feito através de uma mudança "civilizacional". Do que efectivamente se trata é da enésima encarnação do "anticapitalismo", essa repugnante civilização "sem alma".

Caso Afinsa/Fórum Filatélico

Umberto Eco sobre a popularidade do Código da Vinci

Todos os dias vem parar em minhas mãos um novo comentário sobre O Código da Vinci, de Dan Brown. Se quiserem uma informação atualizada sobre todos os artigos a respeito do tema, basta visitar o site da Opus Dei. Podem confiar, mesmo se forem ateus. Quando muito - como veremos - a questão talvez seja por que o mundo católico se azafama tanto para arrasar o livro de Dan Brown; mas quando a parte católica explica que todas as informações que o livro contém são falsas, podem acreditar.

(...)

Por que, mesmo quando é contestado, O Código se autoreproduz? Porque as pessoas têm sede de mistérios (e de complôs) e basta que se lhes ofereça a possibilidade de pensar sobre mais um mistério (e até no momento em que você lhe diz que era a invenção de alguns espertinhos) e pronto, todos começam a acreditar naquilo.

17.5.06

Que pena não se verificarem as duas condições...

Num país civilizado, eu devia processar o dr. Carrilho e ganhar muito dinheiro com a mancha que ele pretende deixar sobre o meu nome, que leva 25 anos de carreira profissional sem mácula. Em Portugal, talvez devesse seguir a estratégia de alguns amigos de Carrilho e, ao encontrá-lo na rua, enfiar-lhe dois murros bem dados, reduzindo-lhe o nariz à sua efectiva relevância pú-blica, ainda que lhe desse mais alguns minutos de notoriedade nas páginas do 24 Horas.

Como o país não é civilizado e eu não sou dado à violência física, resta-me escrever e publicar aqui o que diria ao dr. Carrilho se acaso o encontrasse neste instante na rua: "E se o sr. fosse à merda mais as suas invenções delirantes e perseguições disparatadas?"

Miser Europa II

Antisemitism

85. ECRI deeply regrets the fact that Holocaust denial and revisionism are not a crime in Denmark. It has thus been brought to its attention that 90% of Nazi material and memorabilia as well as Holocaust denial material are published and manufactured in Denmark and sold in the rest of Europe, mainly in Russia. ECRI also notes with concern that as freedom of speech prevails in Denmark, antisemitic statements are not monitored. It has further been informed that although there are approximately 5000-6000 Jews in Denmark, very little research is carried out regarding their situation. As a positive matter, ECRI notes that since 2003, each year the Holocaust Memorial Day is commemorated in Denmark on the 27th of January.

Toda a gente que me lê, tanto neste blog como no Super Flumina, sabe da minha simpatia por Israel e pelos judeus, tendo até já sido acusado de "sionista" (seja lá o que queriam dizer com isso). Mas, longe de mim defender que se deva criminalizar quem nega o Holocausto ou defenda concepções históricas revisionistas sobre este assunto. Agora, vem um organismo do Conselho da Europa defender o crime de opinião? Os negacionistas e revisionistas combatem-se pela exposição das suas mentiras.###

Mais grave é a esta afirmação: "ECRI also notes with concern that as freedom of speech prevails in Denmark...". Mas que é isto? Então não é suposto a liberdade de expressão prevalecer. Já os gregos antigos, juntamente com a isonomia (igualdade de direitos) e a isocracia (igualdade no poder), gabavam-se de possuir a isegoria (igualdade no falar), ou seja, a nossa liberdade de expressão. Quem conhecer as comédias de Aristófanes sabe que ele utiliza uma liberdade ilimitada para atacar políticos, militares, filósofos ou poetas, mesmo no contexto da Guerra do Peloponeso. Como diz Ribeiro Ferreira in A democracia na Grécia Antiga (1990:175): "nenhuma democracia moderna, por mais aberta que seja, concede uma liberdade de expressão tão ampla como a que se vivia em Atenas."

A tentativas censórias do politicamente correcto são por demais evidentes. Além do mais, quem é que declara o que se pode dizer e o que não se pode dizer? Se a propaganda nazi é proíbida, porque não é proíbida também a propaganda comunista? O comunismo também matou milhões de pessoas (e ainda continua a matar)... Estas ideias erradas combatem-se no campo das ideias.

Outro ponto que me levanta grandes dúvidas quanto à seriedade e utilidade de um organismo como este, é o que diz respeito ao ponto dos "Vunerable groups" em que os muçulmanos vêm logo em primeiro lugar.

Continuando o seu ataque à liberdade de expressão, o relatório diz (destaques meus):

Although, in 2003, a number of cases of incitement to racial hatred in general, and against Muslims in particular were successfully prosecuted, ECRI notes that the police are generally reluctant to investigate complaints made by Muslims concerning hate speech directed against them. ECRI regrets in this regard that the lack of a strong message that would be sent by consistently prosecuting those who breach Article 266 b) of the Criminal Code has given some politicians free reign to create an atmosphere of suspicion and hatred towards Muslims. This problem is compounded by the fact that the media mostly interview those imams who express the most extreme views, thus confirming the image that is being given of Muslims as a threat to Danish society. In September 2005, with the stated intention of verifying whether freedom of speech is respected in Denmark, a widely-read Danish newspaper called on cartoonists to send in caricatures of the Prophet Mohammad; such drawings are considered to be offensive by many Muslims. This newspaper thus published 12 such cartoons, one of which portrayed the Prophet as a terrorist. The issue has caused widespread condemnation and a protest march was organised in Copenhagen as a result. The fact that, according to a survey carried out regarding the publication of these drawings, 56% of the respondents felt that it was acceptable is a testimony of the current climate in Denmark. ECRI considers that the goal of opening a democratic debate on freedom of speech should be met without resorting to provocative acts that can only predictably elicit an emotional reaction. ECRI wishes to bring to the Danish Government’s attention in this regard, that in its General Policy Recommendation No. 5 on combating intolerance and discrimination against Muslims, it calls on Member States to encourage debate within the media on the image which they convey of Islam and Muslim communities and on their responsibility in this respect in avoiding the perpetuation of prejudice and biased information.
Este parágrafo é um rematado disparate e ainda se criticam os dinamarqueses por 56% destes acharem que a publicação das caricaturas de Maomé como acto perfeitamente legítimo. Só por isso os muçulmanos são considerados como "oprimidos" nas Dinamarca. mas ainda maior disparate vem, aseguir, nas recomendações (destaques meus):
Recommendations :

92. ECRI urges the Danish Government to send a strong signal that incitement to racial hatred against Muslims will not be tolerated, by strengthening Article 266 b) of the Criminal Code to that end.
"Racial hatred" contra muçulmanos? Desde quando ser muçulmano é uma raça? Idiotice pura.Ainda se lá estivesse escrito "religious hatred". Se calhar querem fazer equivaler "racial hatred" a "racial and religious hatred". Mas as palavras ainda têm o seu sentido. "Islamofobia" também não é o equivalente muçulmano de "anti-semitismo", por mais que os promotores da noção de "islamofobia" se esforcem. É que se referem as realidades bem diferentes.

Sob a rubrica "Specific issues - Climate of opinion", os burocratas europeus voltam a atacar a sua "bête noire": a liberdade de expressão (destaques meus).
104. ECRI notes with deep concern that, as indicated above, the climate in Denmark has worsened since its second report and that there is a pervasive atmosphere of intolerance and xenophobia against refugees, asylum seekers, as well as minority groups in general and Muslims in particular. The media, together with politicians play a major role in creating this atmosphere. As also previously indicated, members of the Danish People’s Party, have, on several occasions, made shockingly racist statements in the media, without being suspended from this party. The police’s reluctance to bring charges against those who incite racial hatred in accordance with Article 266 b) of the Criminal Code and the fact that freedom of expression is placed above all else have contributed to giving free reign to some politicians to make derogatory statements in the media about minority groups.
Verdadeiramente criminosos estes dinamarqueses com a sua casmurrice em privilegiar a liberdade de expressão. Não há dúvida, em cada burocrata mora um censor.

Enfim, a conversa já vai longa, mas esta gente não tem mais que fazer? Certamente que a Dinamarca terá problemas com a integração dos seus imigrantes. Mas, pôr o ónus apenas no governo e líderes políticos não será a receita para o desastre? Será que os imigrantes nada têm que fazer para se integrarem na sociedade que os recebe e que lhes dá melhores condições do que os seus paíse de origem.

Como é que os dinamarqueses, por exemplo, podem ter opiniões boas sobre os muçulmanos quando vêem casos como este. Se ficaram a saber que quem inflamou o caso das caricaturas foi um imã que vive na Dinamarca há mais de vinte anos e que se recusa a aprender dinamarquês. Em que poucas vezes se ouve a voz dos chamados muçulmanos moderados (que certamente existem), seja por medo, seja por outra razão qualquer? Em que as mais importantes autoridades religiosas muçulmanas na Europa têm muita dificuldade em condenar actos terroristas cometidos por extremistas muçulmanos?

Dos 3 aos 33

Sobre a viabilidade de um projecto partidário liberal "puro"

Correio dos leitores

O post sobre o tema "Evo no PE" não me deixou indiferente. Por razões profissionais tenho de seguir de perto o que se passa no PE. Aquilo é realmente o Grande Templo do Politicamente Correcto. O Evo fazia lá falta. O Evo fica lá bem. Para sua informação, a intervenção em que o Presidente, Josep Borrell, apresentou o PR da Bolívia foi aplaudida pela Esquerda, mas a do PR boliviano foi aplaudida por todos, vivamente, e de pé. Ele, realmente, "jogou bonito" como agora fica futebolisticamente bem dizer. Até contou como os pais dele eram analfabetos e agora já está em marcha um grandioso programa para a erradicação da iliteracia. Claro que os deputados, na qualidade de guardiães do templo do PC, tinham de aplaudir de pé. É verdade que a Assembleia que aplaudiu de pé foi a daqueles que lá estavam. Como diria La Palice, só aplaudiram os que não tinham ido embora.

Tinha havido, efectivamente, uma tentativa de boicote a montante, com a finalidade de impedir a realização da sessão solene, mas a coisa abortou. O PPE, grupo que destoa (levemente, é certo) do Politicamente Correcto, tentou impedir o evento. Foram, contudo, derrotados pelos restantes partidos e o que é certo é que (quase) todos acabaram a aplaudir o boliviano. Claro que ele também não perdeu a oportuniadade de falar na história da coca e dos cocaleiros e de como há gente malvada que acha que a coca é ilegal para os camponses bolivianos mas já é legal para a multinacional Coca-Cola. Falou em Lula, "hermano mayor", falou em inclusão, no não ao Estado-mendigo... Como não aplaudir de pé um homem destes, ainda por cima vestido "à indígena"? Seguiu-se um período de intervenções de um minuto sobre temas actuais e importantes, mas tanto quanto sei, sobre aquele assunto que se sabe, a tónica foi "moita, carrasco!" . Seguiu-se um reunião do PR boliviano com a Comissão Parlamentar dos Assuntos Externos, tendo estado presente a Delegação para as relações com os países da Comunidade Andina. Não sei se o chefe da comissão parlamentar, Elmar Brok (PPE-DE), esteve presente, nem sei se foi à porta fechada como a de reunião de ontem com o Sr. Abbas, mas gostava de ter apreciado... A tudo isto se seguiu um jantar. Como o fado do embuçado "houve beija-mão real e depois cantou-se o fado"!

Cumprimentos,

RMR

Confirma-se

Leitura recomendada

Britain remains in denial about the true, extraordinary extent of the failure of the welfare state.

"Dusting off Austrian economics"

A The Economist explica porque razão Ben Bernanke, como Chairman da Reserva Federal Americana (o banco central dos EUA), devia olhar para as teorias da Escola Austríaca:

Most central banks base their policy analysis on models derived from Keynesian economics. In these, holding interest rates too low creates excessive aggregate demand and hence inflation. But [Bill White, the chief economist at the Bank for International Settlements] believes that a model based on the Austrian school of economics, at its height between the world wars, may now be more relevant. In Austrian models, the main result of excessively low interest rates is excess credit and an imbalance between saving and investment—rather like the one in America today.

There are two reasons for dusting off Austrian economics.###

Financial liberalisation, by allowing bigger increases in credit than in the past, has increased the risk of boom-bust cycles of the Austrian sort. Second, competition from China and faster productivity growth may have changed the inflation process and made traditional indicators a less useful guide to monetary policy.

Defenders of today's monetary-policy method, focused on consumer-price inflation, may say that it seems to have delivered the goods, in the form of more stable growth. So why change? One reason, suggests Mr White, is that if monetary policy is concerned solely with price stability, surges in credit will be restrained only if they trigger inflationary pressures. Ever-bigger financial imbalances could thus build up. Even if inflation remains subdued in the short term, low interest rates could either increase the risk of higher inflation in future or pump up borrowing and asset prices. Should these imbalances eventually correct themselves, there will be a sharp slowdown.

Central banks therefore need to watch a wider range of indicators, including the growth in credit, saving rates and asset prices. They should be prepared to raise interest rates in response to clear evidence of financial imbalance even if this leads them to undershoot their targets for inflation.

The snag is that in contrast to a simple inflation target, such a framework will make policy less transparent and a central bank may find it harder to explain its interest-rate decisions. Central bankers will need especially clear heads: what could be better than a brisk hike in the Austrian Alps?

Portugal tem o mercado de arrendamento que merece

O sol quando nasce é para todos

1 ano de Bichos Carpinteiros

O último fôlego socialista

Uma questão inquietante

A urgência de alterar a CRP (II)

A caminho do fim da propriedade

Via DN:

Os imóveis arrendados que sejam classificados como estando em mau ou péssimo estado de conservação poderão vir a ser adquiridos pelos seus inquilinos independentemente da vontade do proprietário.

Nada disto me surpreende, num país em que se assume que o conceito de direito de propriedade é uma coisa relativa, a ser considerado só quando o estado precisa definir a quem cobrar impostos.
Mas o que mais me intriga é a presunção de que os inquilinos, que na maioria dos casos dos prédios em causa pagam rendas ridiculamente baixas, possuem níveis de rendimento reduzidos e idade avançada, possam agora vir em massa participar do processo de recuperação dos imóveis, talvez recorrendo ao crédito bancário para as obras e consequente aquisição. Afinal, não são as próprias leis de arrendamento que protegem de forma deliberada estes grupos de inquilinos dos senhorios sem escrúpulos que pretederiam cobrar rendas que valorizassem o seu investimento/propriedade? Ao restringir a capacidade dos proprietários e arrendatários de exercerem o seu papel de livre contratação, ao impedir um processo de ajustamento do mercado através da prática de uma política de controlo de preços, o estado potencia a degradação dos imóveis. Para completar o círculo, dando mais um golpe no mercado de arrendamento e um claro sinal aos potenciais investidores, os justiceiros sociais legislam agora a transferência de propriedade em condições favoráveis aos inquilinos, até no que toca ao cálculo do valor a pagar.
Sinceramente, parece-me que estamos perante um abuso de tamanho considerável.

Dhimmitude

Já sabemos quem manda em São Paulo

A urgência de alterar a CRP

À atenção dos amantes das teorias da conspiração... (2)

Moral da história

Terrorismo na Argélia

Militares argelinos retiraron el sábado pasado los cadáveres de veintidós niños, localizados en una gruta natural que servía de refugio a una facción de los terroristas del Grupo Salafista para la Predicación y el Combate (GSPC) en la región de Yiyel, en el este del país. Según el diario Liberté, varios lugareños dijeron que al verse atrapados, los terroristas agruparon a los niños y a cuatro mujeres que convivían con ellos, les colocaron en la cintura unas cargas explosivas y las hicieron detonar para retrasar la entrada de los militares.
(agradeço ao leitor Rui Carmo a indicação do link)

Activismo judicial em causas fracturantes

Os critérios de Scolari*

16.5.06

Miser Europa...

Os 10 blogs políticos mais vistos

Uma boa notícia

Antes Cândido do que Emílio

O encerramento das maternidades - uma perspectiva liberal

Brincar com o fogo

CARACAS, Venezuela - Venezuela's military is considering selling its fleet of U.S.-made F-16 fighter jets to another country, possibly Iran, in response to a U.S. ban on arms sales to President Hugo Chavez's government, an official said Tuesday.

À atenção dos amantes das teorias da conspiração...

Leitura recomendada

O primeiro-ministro espanhol, Jose Luis Zapatero, fez saber esta semana que pondera criar um Fundo público para indemnizar as vítimas da Afinsa, a empresa do português Albertino de Figueiredo conhecida por prometer rentabilidades de 10% a quem investisse em selos. Assim dito, parece simpático. Mas é um absurdo.

Manuela Ferreira Leite é pouco sentimental

"A Dr.ª Manuela Ferreira Leite estriba a sua posição numa perspectiva muito técnica"
(...)Fernando Negrão considera que a posição da dirigente social-democrata assenta em detalhes técnicos, o que não considera suficiente para analisar a problemática.

A essa perspectiva, o PSD acrescenta a "tónica política", diz o antigo ministro [da Segurança Social]: "Refiro-me ao facto de a importância da decisão política ter alguma relação com aquilo que é o sentimento generalizado das populações, não que tenhamos que ir atrás daquilo que muitas vezes é a emotividade das pessoas, mas também não podemos somente ficar atados àquilo que é a perspectiva técnica do problema".

[RR]

Sobre a posição de Manuela Ferreira Leite, ler o post do Miguel.

Não há almoços grátis

Felizmente

O Nanny State

Bolívia: as nacionalizações continuam

Evo Morales pronunció este lunes un discurso en el Parlamento Europeo, en el que proclamó que con la nacionalización no "se expulsa a nadie, ni se expropia a nadie", entre los aplausos de los eurodiputados de izquierdas. Casi a la misma hora el Gobierno de Bolivia anunció un ultimátum de tres días al BBVA para que entregue "a título gratuito" las acciones que gestiona a través de un fondo de pensiones en la petroleras nacionalizadas. "Habrá intervención a estos fondos de pensiones si no cumplen en tres días el decreto, así de claro", advirtió el vicepresidente boliviano. Morales lo ha justificado porque –dice– no es una expropiación sino un cambio de gestión.
[fonte: Libertad Digital]

Europa dhimmi

A tolerância criminosa da Terceira Via social-democrata

IT IS BAD enough that you can be refused medical treatment on the NHS for eating, drinking or smoking too much. Now it seems that you can be denied an
operation for protesting too much in support of your religious or political
beliefs.
Edward Atkinson, a 75-year-old anti-abortion activist, was jailed
recently for 28 days for sending photographs of aborted foetuses to the Queen
Elizabeth Hospital in King’s Lynn, Norfolk. That draconian sentence was not
deemed punishment enough: the hospital has banned Mr Atkinson from receiving the
hip replacement operation he was expecting.


Solidariedade? Tolerância? My ass...

Estamos com medo de quê, afinal?

15.5.06

A propósito da situação em Timor

Democracia representativa ou república de juízes? (3)

Democracia representativa ou república de juízes? (2)

A Europa desajustada

Tremendo erro, este, o de recusar as grandes correntes do tempo presente, fechando o futuro e acumulando absurdas contradições que levarão ao colapso de uma sociedade casmurra e ancorada. A globalização faz-se sem os europeus, o pensamento político hodierno encontra sede em universidades norte-americanas, a literatura, as belas artes e as experiências de vanguarda nascem e irradiam da América do Norte e do Extremo-Oriente. De nada nos serve bramar contra a "injustiça" , o "capitalismo selvagem", o "neo-liberalismo" e quejandas fórmulas diabolizadoras do desajustamento dos europeus à realidade global. A excelência do "modelo social europeu" - que criou um aquário claustrofóbico que tomamos por referência - substituíu o credo ideológico que fez dos europeus reféns de ideias oitocentistas. Não há modelo social que resista à pauperização, ao estrangulamento geopolítico, à fraqueza militar e ao embotamento da vontade política de correr riscos.

Aviso à Navegação

Sem título

Eu posso entrar numa delegacia e matar um policial, mas um policial não pode entrar na cadeia e me matar, pois é obrigação do estado me proteger.
[Terra]

Amanhã começo a trabalhar para mim

Nacionalismo Socialista

O Nacionalismo trilha caminhos cada vez mais perigosos. A estranha aliança ideológica com o socialismo começa a ganhar contornos cada vez mais precisos e indesejáveis.
Proclamando que Portugal pertence aos portugueses, ideia que é a antítese do nacionalismo (se a Pátria fosse propriedade de alguém o proprietário seria livre de a dissolver segundo seus desejos), o nacionalismo "agrupado" assume a sua rendição ao espírito moderno do nacionalismo democrático. Estes caminhos já foram trilhados... Pela esquerda! Veja-se se o patriotismo rousseauniano, o populismo de Siéyès, o positivismo comteano, não foram, também eles, uma defesa de que as nações são reinventáveis "à vontade do freguês" democrático.
O discurso sobre a imigração é apenas um reflexo disto.

Bem prega Frei Chavez

The global economy is on a growth streak that is shaping up to be the broadest and strongest expansion in more than three decades.(...)
Of 60 nations tracked by investment firm Bridgewater Associates, not one is in recession — the first time that has been true since 1969.(...)
The trend is being driven by free trade, which has created millions of jobs in emerging nations in recent years, fueling stunning new wealth in those countries.(...)
The simplest yardstick of economic success is a country's growth in real gross domestic product, or how fast its total output of goods and services is rising after inflation. For the developing world, that growth is expected to be 6.9% this year — more than double the 3% pace of the developed world, according to the International Monetary Fund.
By contrast, in 1999, emerging economies grew 3.8%, relatively close to the 3.2% rate of developed nations.(...)
The strength of the emerging economies could mean that this global expansion cycle will last longer than normal, as more people join the ranks of the consumer society. That could be good news for aging industrialized nations as well.

Comunicado

Dia D

A certificação estatal como instrumento de propaganda

Atlas Shrugged

Leituras à esquerda (2)

Leituras à esquerda (1)

14.5.06

Stay tuned

Democracia representativa ou república de juízes?

Dobradinha (2)

Os "verdadeiros" culpados

Mundo Moderno

Os extremos tocam-se

Multiculturalismo e escravatura nos EUA

Dobradinha

Em destaque

A extorsão é uma arma do povo

La banda terrorista arruina el optimismo del Gobierno sobre la buena voluntad de la tregua y le recuerda que sus objetivos políticos y sus métodos terroristas siguen vigentes y condicionarán la negociación con el Estado. La banda confirma que ha extorsionado a empresarios navarros después de su declaración de "alto el fuego indefinido", y no antes, como afirmó Zapatero el pasado 19 de abril. En Gara, dos encapuchados dejan claro que "hay necesidades económicas para hacer frente de algún modo a la lucha, y hoy la lucha de liberación continúa originando esas necesidades, incluidas las económicas".
[fonte: Libertad Digital]

Transmissão do Seminário

Noam Chomsky e o Hezbollah

Beirut - Noam Chomsky visited Hezbollah's Headquarters and met with their Secretary General, Sheikh Hassan Nasrallah in the Southern suburb of Beirut. After the meeting he defended Hezbollah's rights to hold onto their arms.

Chomsky, a critic of US foreign policy said after meeting Hezbollah's chief "I think Nasrallah has a reasoned argument and persuasive argument that they should be in the hands of Hezbollah (the arms) as a deterrent to potential aggression, and there is plenty of background reasons for that. So until, I think his position reporting it correctly and it seems to me reasonable position, is that until there is a general political settlement in the region, the threat of aggression and violence is reduced or eliminated there has to be a deterrent, and the Lebanese army can't be a deterrent."