Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
13.5.06
3 anos No Quinto dos Impérios
Estão de parabéns (uns mais do que outros em função do grau de produção bloguística) Diogo Belford Henriques, Fernando Albino, Francisco Mendes da Silva, João Vacas e Martim Borges de Freitas pelo terceiro aniversário do No Quinto dos Impérios.
O encontro da Irmã Lúcia com Sua Ex.cia Rev.ma D. Tarcisio Bertone, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, por encargo recebido do Santo Padre, e Sua Ex.cia Rev.ma D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima, teve lugar a 27 de Abril passado (uma quinta-feira), no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra.
(...)
Com o auxílio do Bispo de Leiria-Fátima, foi lido e interpretado o texto original, que é em língua portuguesa. A Irmã Lúcia concorda com a interpretação segundo a qual a terceira parte do « segredo » consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirma a sua convicção de que a visão de Fátima se refere sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imane sofrimento das vítimas da fé no século XX.
Para não nos acusarem de ser um blog anglo-saxónico (é um insulto que está muito em moda em França, já entra em concorrência com o famosíssimo "neoliberal" - parece é que em França ainda não conhecem o portuguesíssimo "economicista"), vai uma leitura recomendada para o fim-de-semana:
Só um bocadinho, para ver se abro o apetite para a leitura (destaques meus):
Partons de la thèse bien-pensante sur l'immigration, la thèse centrale de l'immigrationnisme, telle qu'elle est formulée dans le langage politique ordinaire : l'immigration serait un phénomène à la fois inéluctable et positif. C'est là une thèse étrange, qui a pour conséquence de fermer la discussion qu'elle semble ouvrir. Elle indique en effet une voie politique unique : celle de l'acceptation sans discussion de ce qu'on appelle « l'immigration ». Il n'est nul besoin d'être un spécialiste du droit de la nationalité pour relever l'incompatibilité entre l'existence d'États-nations indépendants et souverains et le principe de l'entrée libre dans les États-nations de tous les migrants qui se présentent. Dans les débats politiques contemporains, en France tout particulièrement depuis les années 1980, on entend couramment par « immigration », d'une façon restrictive mais sans le savoir, un flux de personnes à destination de la France (1). C'est ainsi qu'on peut expliciter le contenu de la notion d'immigration telle qu'elle fonctionne dans la connaissance ordinaire. La réalité sociale, culturelle (aussi bien religieuse qu'ethnique), démographique et économique du phénomène est certes moins simple, mais il est possible d'aborder les interactions polémiques sur la question en partant de la notion de sens commun. La vision immigrationniste de l'immigration n'est bien entendu pas la seule possible. La thèse politiquement incorrecte serait que l'immigration est un phénomène inéluctable et négatif, comparable à un raz-de-marée ou à une invasion, à la conquête lente d'un territoire. Face à la force qui s'impose, la seule politique possible est alors celle d'une autodéfense désespérée, qui peut prendre la forme d'une réaction xénophobe. Une troisième thèse, politiquement incorrecte encore, consiste à juger l'immigration comme un phénomène non inéluctable et négatif. Il suffit alors, pour les autorités politiques, de fermer rigoureusement les frontières, ce qui est plus facile à concevoir qu'à réaliser dans un contexte d'échanges globalisés. Si l'on perçoit l'immigration, quatrième thèse, comme un phénomène non inéluctable, sans qu'on préjuge de sa positivité ou de sa négativité, alors une réflexion sérieuse sur la politique de l'immigration la plus souhaitable peut commencer.
Aconselho a leitura integral.
Post-scriptum. No que diz respeito à palavra "economicista", o Google para as páginas de Portugal deu um retorno de 36600, ao passo que a palavra "économiciste" deu apenas 727 referências. Como amostra, provavelmente, já quer dizer qualquer coisa quanto ao sucesso na utilização da palavra.
Um efeito inesperado é a recomendação que Umberto Eco fez do site oficial do Opus Dei. Cansado das contínuas perguntas sobre a veracidade do CDV, Eco diz aos seus leitores: “Além disso, quem quiser informação actualizada sobre estes temas pode ir ao site do Opus Dei. Até os ateus podem confiar”.
3. Como reagiram os membros do Opus Dei a O Código Da Vinci?
Certamente, prefeririam que o Opus Dei não tivesse sido mencionado em O Código Da Vinci; e, especialmente, que não tivesse aparecido desse modo tão desagradável e negativo. E o mesmo se pode dizer da Igreja: ninguém está satisfeito com o modo como a Igreja é representada na novela.
Vendo o lado positivo das coisas, no entanto, todo isso nos deu a oportunidade de explicar o que é o Opus Dei e de falar mais sobre a história da Igreja. Não há mal que não venha por bem.
Muitos se perguntavam se íamos declarar guerra à Sony. Não, a nossa reacção não foi essa. Não temos nenhuma intenção de empreender boicotes, protestos ou acções semelhantes. A nossa declaração vai ser de paz, não de guerra.
Quem fizer uma investigação mais aprofundada com espírito crítico poderá descobrir que as afirmações feitas no Código Da Vinci sobre Jesus Cristo, Maria Madalena e a história da Igreja não têm qualquer apoio nas investigações dos académicos de maior crédito.
(...)
Podem ser encontrados mais exemplos de afirmações infundadas contidas no Código Da Vinci nestas FAQ (Frequently Asked Questions) de “Catholic Answers” ou no site elaborado pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos www.jesusdecoded.com. Para aqueles que querem aprofundar ainda mais os temas abordados pelo Código Da Vinci, recomendamos a leitura de A Fraude de O Código Da Vinci, Decodificando Da Vinci, The Da Vinci Deception.
Imaginemos um filme que apresentasse a Sony por trás dos atentados às Torres Gémeas para desestabilizar os Estados Unidos. Ou um romance que revelasse que a Sony, para opor-se à autoridade moral do Santo Padre, tivesse pago ao autor do atentado do Papa em 1981. Seriam histórias inventadas. Imagino que a Sony não ficaria satisfeita por ver-se tratada desse modo e não se contentaria com uma resposta: “não se preocupem, é só ficção, não podemos levar a sério, a liberdade de expressão é sagrada”.
De qualquer forma, os responsáveis pelo filme não têm razão para se preocuparem. Os cristãos não reagem com ódio nem com violência, mas com respeito e benevolência, sem insultos nem ameaças. Podem continuar tranquilos a calcular quanto é que o filme vai render. Provavelmente vão arrecadar muito, mas estão a pagar um preço alto em termos de prestígio e reputação.
A propósito das estimativas recentemente divulgadas por várias fontes quanto à evolução da economia portuguesa nos próximos anos, escrevi que a vontade de guiar a economia até aos valores considerados como os correctos (ou justos) pelos políticos, sindicalistas ou membros de outros grupos de interesses, leva a pressões sobre o poder legislativo para que produza mais regulamentação. Este caminho tem levado a uma maior intervenção estatal, que usa os recursos cobrados sob a forma de impostos para influenciar a actuação e os rendimentos dos agentes económicos. No fim, tempo passado sobre a escolha do valor indicativo a atingir, chega-se à conclusão que nada do que se legislou e se tentou executar, obteve os resultados planeados. Quando muito, novas ineficiências foram detectadas. Surgem novas estimativas e mais pressões para que o estado intervenha. O ciclo repete-se.
Don Boudreaux escreve sobre o que ele chama de "Crystal-ball truths", comentando as predições económicas e os efeitos económicos da regulamentação que normalmente é usada para guiar a economia, visando certos efeitos nesse indicadores (algumas das ideias, apenas - recomenda-se a leitura integral do original):
Economists often are asked to predict -- predict tomorrow's price of gold, the future course of the Dow Jones industrial average, next month's unemployment rate and on and on. My honest answer to everyone who asks my predictions of such things is: "Your guess is as good as mine." (...) I can and do, however, make what the late Nobel economist F.A. Hayek called "pattern predictions." (...) Here are some pattern predictions that I'm willing to make, recognizing (as I do) that the world is a deceptively complex place: ### - No country ever will be economically harmed by free trade. Or, put differently, every country that frees its consumers to buy from abroad will prosper as a consequence. - Government K-12 schools, as now run everywhere in the U.S., will never excel at educating students. The reason is that each school gets its students and its budget without having to compete for them. (...) - Price controls never will work. Goods and services in short supply -- say, because of a natural disaster -- will only be harder for ordinary people to get if government prevents sellers from raising prices to "abnormally" high levels - France, Germany and other countries whose citizens seem fervently to believe that job security exists only if mandated by the government will suffer unusually high rates of unemployment unless and until they stop believing this myth. Whenever government raises employers' costs of firing workers -- say, by making the firing of workers very difficult -- it raises employers' cost of hiring workers. Fewer workers are hired. - (...)When government artificially raises the cost of hiring workers -- by mandating high minimum wages or by increasing the amount of red tape firms must endure in order to fire workers -- the workers that remain unhired are those who are least productive.(...)By pricing the lowest-skilled workers out of the labor market, European regulations ensure that only relatively high-skilled workers get jobs. So measures of average worker productivity will tend to show that workers in restrictive countries such as France and Germany are more productive than are workers in America. But this statistical outcome is a deceptive artifact of lamentable labor-market regulations whose burdens fall disproportionately on Europe's poorest peoples. - Finally, I predict that people everywhere will continue to be assaulted with economic misinformation. We will continue to be told that giving monopoly power to domestic producers is the road to wealth and told that government officials possess some special talent to make choices for each of us on how we live our lives.
Felizmente a hora da indigência nas televisões costuma coincidir com o meu jantar, o que me livra da tentação de assistir. Ontem à noite, excepcionalmente, jantou-se um pouco mais cedo e não resisti. À volta das novelas Carrilho, maternidades e a proto-refinaria está montado o circo e o círculo de ferro (via Eduardo Cintra Torres). O Professor Carrilho não leu de certeza o livro desse enorme personagem de nome Bobby Robson, senão saberia uma coisinha muito simples:
eles têm sempre o jornal do dia seguinte.
### E fica tudo dito sobre a clarividência de um treinador de futebol quando comparada com a de um filósofo. Por outro lado, e como não li o Livro da Verdade dos Signos, não sei se o Professor acusa jornalistas ou empresas de “comunicação social” do que tantos são realmente culpados. De ligeireza, hipocrisia, asinismo (acabado de inventar, mas deriva do latim asininu) e outras coisas pouco recomendáveis. Enquanto era dada conta do estudo que revela a concentração de partículas perigosas no ar em Lisboa, estava escrito em rodapé mais ou menos isto:
Aumento de poluição coincide com maior afluência às urgências.
Não percebi se essa afluência è para tratar de traumatismos, dores de estômago ou intoxicação alcoólica, mas aqui vai outra pista para quem escreveu o tal rodapé. A diminuição de natalidade na Europa coincide com a redução da população de cegonhas. Ora aí está, assim sem mais. E estudos há-os para todos os gostos incluindo para formar rankings das maternidades. O que se passou nas notícias durante todo o dia de ontem sobre o fecho das maternidades merece a invenção de palavras novas. Mas para isto, ligeireza chegaria. O asinismo fica para o prolongamento das deficiências na leitura de coisas simples como o tal estudo que deu num ranking. Enfim. Ando ainda confundido com a mudança dos elementos do PCP e já parece uma epidemia. Vão largando o ar revolucionário e definitivamente parecem ter adoptado a imagem Ermenegildo Zegna (Armani e Gucci ficam para a esquerda caviar). Isto só torna o Mundo mais perigoso. Tenham medo, tenham muito medo.
Enquanto a UE se propõe combater a obesidade a escritora J K Rowling está envolvida numa polémica acerca da imagem negativa que os gordos tem nos seus livros.
Se eu tivesse o dom da palavra teria escrito um post assim:
O marido da bela Bárbara vai lançar um livro que considera esclarecedor da tenebrosa cabala que lhe terá sido movida para o fazer perder as eleições autárquicas de 2005. Para quem não aceita ir a votos, a única democracia válida é aquela em que os candidatos jamais correm o risco de perder. Por outras palavras, só se é democrata conquanto os outros estejam de acordo, calem, votem e façam cumprir os desígnios de quem se sente fadado para governar. Num país habituado a homens extraordinários e providenciais - ai, os ministérios estão cheios deles - não é de estranhar que alguns se sintam donos do regime e que nós, míseros súbditos, estejamos sempre - no balcão, na plateia ou nas galerias - prontos a apluadi-los. Como perdi há muito os últimos laivos dessa necessidade pré-lógica e adolescente da crença em maquinações tenebrosas - complots judaico-bolchevistas, urdiduras satânicas, conspirações nazistas, sinarquias alienígenas e segredos templários - deixo para o eminente filósofo do nada (dos pós-pós modernismos) o consolo de se sentir objecto da acção dos arcanos. No que me toca, não lhe ligo coisa alguma nem contribuirei com um cêntimo para desflorestar as nossas colinas com papel tão mal utilizado.
Resumo: Apesar dos momentos históricos de distanciamento e de aproximação entre o Cristianismo e o Liberalismo, desde a Alta Idade Média até o século XX, o que temos na verdade é uma fértil complementaridade.
Na TSF, o demagogo Francisco Louçã, falando em nome dos que trabalham, ataca a possibilidade de se ganhar legítima e legalmente dinheiro com acções. Seria interessante que o BE fizesse uma lista das formas que acha legítimas de ganhar dinheiro na nossa democracia constitucional. Perceber-se-ia muita coisa que o BE mantém numa obscuridade intencional, como o seu anti-capitalismo marxista.
Um Governo que se compromete publicamente com o anúncio de um projecto sem ter garantido as condições mínimas e contratuais da sua viabilidade está a vender-nos gato por lebre. Está também a vender-nos gato por lebre quando ataca o empresário por propor condições inaceitáveis, que Governo e Primeiro-ministro deveriam ter exigido conhecer antes de tocar a trombeta da propaganda.
Disgrace São obviamente muito apreciáveis todas aquelas criaturas corajosas que sempre se põem a denunciar a discriminação contra os drogados, os gays, as mulheres e restantes desgraçados da civilização ocidental. É sem dúvida uma actividade recomendável, cujo principal interesse reside no facto de precisamente ser exercida naquela parte do mundo em que melhor se tratam os ditos desgraçados. Mais estranho é não vermos as mesmas criaturas tão acirradas quando as coisas acontecem fora do Ocidente, em particular envolvendo regimes ou governantes que lhes merecem muitas simpatias. Por exemplo, as nossas redacções de jornais tão infestadas daquele género de criaturas passaram praticamente ao lado da história do julgamento do ex-vice-presidente sul-africano Jacob Zuma, por suposta violação. Para encurtar uma longa história, Zuma (de 64 anos) foi acusado por uma mulher com cerca de metade da idade de a ter violado. A mulher era uma amiga da família de Zuma desde a infância e tratava-o por “tio”. A defesa de Zuma assentou em dois pontos: primeiro, em que o sexo entre os dois tinha sido consentido por ambos; segundo, e mais, que a dita mulher o tinha encorajado a ter sexo com ela ao trazer vestida uma “saia pelos joelhos” e ao “não ter cruzado as pernas” quando se sentou em frente a Zuma num sofá para conversar com ele. O juiz aceitou esta versão dos acontecimentos, contra a da acusadora, e ilibou Zuma. Mas várias coisas curiosas ocorreram durante o julgamento.###
Enquanto durou, a mulher foi quotidianamente recebida à porta do tribunal com pedradas lançadas por apoiantes de Zuma (do partido no governo, o ANC) e aos gritos de “Arde, puta!” e “Vais morrer”. Depois, a defesa de Zuma invocou um magnífico argumento “multicultural”. Segundo ela, faz parte da “cultura zulu” (a tribo de Zuma) não deixar uma “mulher excitada” por “satisfazer”, pelo que Zuma terá, constatando a sua “excitação”, precisamente tratado de a “satisfazer”. Enfim, descobriu-se que a mulher estava infectada com o vírus da SIDA e que Zuma sabia, mas mesmo assim teve sexo com ela. Zuma defendeu-se dizendo que, depois de a “satisfazer”, “tomou um duche” para diminuir o perigo de contágio. Isto num dos países do mundo com maior taxa de infecção pelo HIV e vindo da parte do antigo responsável do Conselho Nacional para a SIDA. Quando grande parte da propaganda contra a SIDA em África passa pelo apelo à monogamia e ao uso do preservativo, trata-se, evidentemente, de um belo exemplo. Tanto mais quanto Zuma é polígamo, já que tem duas mulheres, para além de ser divorciado de uma terceira e viúvo de uma quarta (ah, ganda Zuma!). Entretanto, devido ao grau de ameaças de que foi alvo, a senhora está sob protecção policial e vai abandonar o país, por razões de segurança pessoal. Enfim, uma história edificante do princípio ao fim, que prenuncia uma vida difícil a futuras acusadoras de violência sexual, em particular se o perpetrador for membro do ANC. Estamos aqui em plena África do Sul pós-Apartheid, mais um farol da humanidade, juntamente com a Bolívia de Morales e outros países do mesmo género. É o progresso da humanidade em direcção a um eterno futuro radioso, sem dúvida.
Sabe o leitor o que é o "Tribunal dos Povos" (DW)?
(...)o "tribunal" pretende denunciar agressões dos conglomerados transatlânticos aos povos indígenas. Além disso, serão denunciadas transgressões aos direitos humanos, trabalhistas e à legislação ambiental.
O Tribunal funciona na capital austríaca durante a cimeira europeia e latino-americana, enquadrado no projecto "Enlazando Alternativa 2". A primeira sessão terá como tema as "Políticas Neoliberales y Transnacionales Europeas en América Latina y el Caribe". Em sessão do Tribunal, "cerca de 30 empresas multinacionais, acusadas de espoliar América Latina de seus recursos nos últimos 15 anos, serão levadas ao banco dos réus".
Entre os presentes estarão a filha de Ernesto Che Guevara, o alemão Oskar Lafontaine, o francês Jose Bove e, aproveitando a presença na cimeira, também por lá passarão Hugo Chaves e Evo Morales. Este último já falou sobre as nacionalizações no seu país:
"Quiero decir con mucho respeto al Brasil y a todo el mundo: No tenemos por qué preguntar, no tenemos por qué consultar, no tenemos por qué informar sobre políticas que tiene que desarrollar un país soberanamente"(...) "Lo busqué por todos los lados para conversar con el compañero Lula... pienso que algunos colaboradores de Lula me bloquearon... pero cuando nacionalizamos rápidamente nos convocaron, totalmente divergente"(...) Dijo que "no hay por qué pensar en indemnización" pues no se ha expulsado a las empresas, ni se ha expropiado sus bienes o tecnología. Dijo que tendrán garantizado su derecho para recuperar su inversión y tener utilidades, siempre y cuando cumplan con las obligaciones jurídicas que la nacionalización impone.
Pedro Magalhães, no seu Margens de Erro, sugere o debate sobre a questão do "direito" de voto poder passar a ser uma "obrigação", na sequência de artigo na BBC News:
Think-tank The Institute for Public Policy Research's report suggests those who do not vote should be fined to combat low turnout at the polls.
(...)
Under the institute's plan, electors would be offered a "none of the above" choice or could simply spoil their papers.
Ben Rogers, from the institute, said he believed forced voting would improve British politics.
A abstenção é, penso eu, uma forma válida de expressar o voto. Sou, no entanto, favorável à inclusão nos boletins de voto da opção "none of the above". Significaria, sem a obrigatoriedade de voto, maior liberdade de escolha para os eleitores.
Iranian President Mahmoud Ahmadinejad said that Israel "one day will vanish" as he ramped up his anti-Western rhetoric in a speech to university students in Jakarta. "This regime one day will vanish," the hardline leader said, complaining that when elections were held in the Palestinian territories "and supported by its people, liberalism did not want to recognise it."
The Iranian president declared last October that the Jewish state should be "wiped off the map". In April he said that Israel "cannot survive" and that migrants to the Jewish state should go back to where they came from.
Mas porque será que o tal "menos Estado e melhor Estado" do vigente liberalismo nunca evita a tempo as vigarices que envolvem muito dinheiro?
Ou melhor, onde está o “vigente liberalismo”? Viver num regime socialista de Terceira Via e ouvir permanentemente culpar o “vigente liberalismo” ou o “neo-liberalismo do pensamento único” (contradição de termos) pelos males da social-democracia estatista, chega a ser cansativo. Não há sequer a preocupação de demonstrar ou provar a acusação. Não. Não adiantam os factos, não adiantam os argumentos, não adianta a realidade, é tudo uma questão de fé.
Não se percebe. O PS continua a reconhecer implicitamente, dia após dia e pela acção do Governo, como esteve errado em tanta coisa daquilo que defendeu até há uns meses. E, no entanto, aqueles que se lhe opõem e deveriam sentir-se legitimados com o que se passa, não sabem o que fazer. Mais, nesse reconhecimento, o PS permite-se introduzir medidas cujas consequências são gravosas para o bem- -estar dos portugueses, sem que os seus opositores consigam aparecer com qualquer coisa indicando que haveria outros caminhos. Mais ainda, o PS faz isto tudo e os seus opositores nem sequer querem discutir as ditas medidas. Ou seja, andaram a pedir ad nauseam que o Governo se deixasse de propaganda e apresentasse medidas sérias, mas quando finalmente o Governo apresenta medidas sérias, eles mostram que afinal não tinham nada para dizer.
(...)
A altura seria a ideal para essa oposição (ou pelo menos uma parte dela) dizer que sempre tinha afirmado a inviabilidade da Segurança Social tal como ela existe. Seria até a ideal para adiantar uma reforma da Segurança Social que não implicasse necessariamente perda de bem-estar, mas antes o alargamento de possibilidades para o aumentar. Isto seria relativamente fácil, caso se apontasse ao verdadeiro handicap da proposta do Governo, que é o de continuar a conceber a provisão dos serviços de Segurança Social como monopólio público. A oposição de direita nem sequer precisava de defender a irrelevância do Estado para estes serviços. Bastava-lhe dizer que o Estado se deveria cingir a oferecer um mínimo que não deixasse os mais desafortunados sem qualquer meio de enfrentar a adversidade.
(...)
É evidente que isto obrigaria a oposição de direita a um bocadinho mais de trabalho do que simplesmente esperar pelo fim do corrente ciclo de governabilidade (que pode coincidir ou não com o da legislatura) ou esperar pela salvação a partir de Belém. Mas é como se ouve nas paragens de autocarro: hoje em dia ninguém quer trabalhar.
Alguém devia informar Domingos Amaral que, contrariamente ao que alguma propaganda anti-americana afirma, Israel e o Iraque não são estados federados nos EUA, pelo que o total continua a ser de 50 estados federais.
Continuará o CDS-PP a fazer sentido como partido independente?
A propósito da tal "matriz democrata cristã" do CDS e da disponibilidade por vezes manifestada para acolher, como que por favor, liberais e conservadores, importa considerar, para além da história do partido, as próprias circunstâncias do panorama político-partidário português.
Quem precisa desesperadamente de oferecer uma alternativa programática consistente aos eleitores para tentar estancar a sangria que vem sofrendo nos últimos tempos é o CDS-PP e é nessa medida que o espaço existente na área liberal e conservadora poderia constituir uma oportunidade preciosa para o CDS-PP.
Não havendo interesse em (ou capacidade para) aproveitar essa oportunidade, os liberais e conservadores que desejem participar na política activa podem sempre optar por fazê-lo através do PSD que, apesar da sua matriz vagamente social-democrata, sempre se aproximou mais de uma tipologia catch-all que pode perfeitamente albergar (como alberga ainda que em reduzido número) liberais e conservadores (em que condições lhes será possível fazer passar algumas das suas ideias e políticas no interior do partido é outra discussão, mas é um facto que a opção existe). Quanto ao CDS-PP, mantendo-se as indefinições e a confusão doutrinal e programática, talvez fosse melhor os militantes activos que ainda restam considerarem seriamente, como oportunamente sugere Marina Costa Lobo, a hipótese de uma fusão definitiva com o PSD já para as legislativas de 2009.
Ouvir na boca de um alto dirigente do PSD uma acusação de que o PS segue "critérios economicistas" dá-me náuseas. Ver o PSD "sem rei nem roque", com um discurso que nada difere do praticado pelo Bloco de Esquerda, não prestigia a oposição que diz querer ser credível e responsável; é triste ver o PSD batalhar desta forma no "mercado dos votos", vendendo ilusões, combatendo o "economicismo"; toda a intervenção que aqui se pode ler funda-se na mais básica demagogia, sem nenhum suporte técnico; um vazio. Seria importante que o PSD tivesse uma visão para a Saúde; ouvindo os seus mais dignos porta-vozes, constata-se que não tem.
...facto trivial que não será do conhecimento geral é que a contabilidade pública não é uma contabilidade de custos e proveitos, com um balanço que reflecte a situação patrimonial e uma demonstração de resultados, mas uma contabilidade de receitas e despesas. Resulta deste pecado original que só são reflectidas nas contas dum ano as despesas liquidadas nesse ano.
Se um dia destes, o estado decide regularizar as contas e pagar as dividas aos contribuintes, com multas de 25% e juros de 12% ao ano (como lhes cobra), Badajoz, Verin e Zamora passam a destinos turisticos de Sol e mar.
Não só a recente eleição dos membros do novo organismo de Direitos Humanos foi um passo decisivo na credibilização da ONU como se salvaguardou o mais importante: os EUA não participam no dito organismo. Podem assim todos os defensores dos direitos humanos contra o imperialismo norte-americano, desde Fidel Castro a Ana Gomes, dormir descansados.
É espantoso ver os comentários despeitados de alguns leitores. Por um lado afirmam-se totalmente em desacordo com os posts do João Miranda mas nunca, nunca mesmo, tentam sequer contra-argumentar aquilo que Joao Miranda escreveu. E não tentam contra-argumentar em primeiro lugar porque não conseguem. Nunca pensaram pela sua própria cabeça, vivem presos a preconceitos velhos e ideias feitas, que há muito lhes foram impigidos por outros, e tudo aquilo que conseguem é reagir com uma sanha instintiva e irreflexa, que quase sempre desagua no insulto gratuito. De resto já se sabe, o insulto é a arma do pobre de espírito, incapaz que é de expôr ideias ou de usar o raciocinio para defender os seus pontos de vista. Em segundo lugar, e tal qual virgens ofendidas, revoltam-se com o caracter "alvitrante" e até "desumano" das ideias esplanadas pelo JM. Resta saber porque é que continuam a ler o Blasfémias e até a dar-se ao trabalho de comentar (ainda que sem qualquer argumento ou ideia que possa contrariar o que foi escrito) e até insultar o João Miranda. Aposto que o Blasfémias nunca foi tão popular como é agora junto desta gente que se mostra tão revoltada com aquilo que aqui se lê. O facto de a argumentação do JM gerar tanta "urticária"só pode mesmo ser um óptimo sinal, que a total falta de argumentos válidos em contrário, só vem reforçar e fortalecer.
Nos corredores do Congresso do CDS vociferou-se contra os liberais que queriam alegadamente desvirtuar a matriz originária do CDS: a democracia cristã. Não vejo qualquer problema nisso mas a verdade é que só por artes mágicas de Freitas do Amaral e muita insistência de Paulo Portas é que se cristalizou a ideia de que o CDS nasceu para ser um partido democrata cristão, ainda que aberto, numa espécie de caridade, aos liberais e conservadores.
As artes mágicas de Freitas e insistência de Portas deram os seus frutos. Mesmo os que durante os anos de Manuel Monteiro vociferaram contra a democracia cristã acreditam hoje, contra o passado e contra a sua própria história, que a democracia cristã é a trave mestra, única e inabalável, do património ideológico do CDS. O máximo que admitem, do alto da sua esfinge de guardiões do templo, é umas breves referências e ideias liberais ou conservadoras.
Mas essa convicção tão arreigada, que tem servido para adiar o debate ideológico, não está sustentada, antes desmentida, pelos factos históricos que suportam a fundação do CDS. Gostava de brevemente os partilhar convosco, para depois concluir pelo quase embuste da cristalização democrata cristã na direita portuguesa. ###
Como diz Maria José Nogueira Pinto, o CDS foi uma encomenda da esquerda e resultou essencialmente das grandes pressões do poder revolucionário que entendiam ser essencial a existência de um partido moderado, liberal e centrista. A definição que Freitas do Amaral faz do CDS, nessa altura, rezava o seguinte: “partido do centro, de tipo neo-liberal e de inspiração giscardiana”.
No primeiro comício do CDS, em Agosto de 1974, Freitas do Amaral definiu o CDS como o partido que defende a liberdade de iniciativa, preconiza o sector privado amplo, robusto e empreendedor e é reformista.
Segundo as palavras de Freitas do Amaral, o CDS distinguia-se do PSD por ser um partido de centro e não de esquerda, neo-liberal e não social democrata e favorável à economia de mercado mas não ao socialismo.
De acordo com as memórias de Freitas do Amaral, os primeiros partidos que o CDS decidiu contactar foram os Republicanos Independentes de Giscard d’Estaing e o Partido Conservador britânico de Margaret Tatcher.
Nem o nome do partido, Centro Democrático e Social, nem qualquer um dos documentos ou declarações públicas iniciais do CDS incorporaram qualquer referência à doutrina democrata cristã. Mas ainda que o nome do partido não evocasse a democracia cristã, sempre as declarações de princípios e outros documentos ou intervenções políticas poderiam ter apontado no sentido da identificação do partido com a democracia cristã, assumindo-se o partido como o herdeiro português dessa grande corrente partidária mundial. Mas não foi isso que sucedeu.
Haverá outras conclusões legítimas, mas para mim a conclusão que retiro dos primeiros momentos fundacionais do CDS, é que este partido não era, não nasceu para ser e não pretendia ser democrata cristão. O que nos traz a pergunta: como surge a democracia cristã na vida do CDS?
A democracia cristã aparece nada mais nada menos do que pelas mãos de um director de uma empresa holandesa de consultoria e marketing político. Freitas do Amaral e Amaro da Costa estavam preocupados com a salamização partidária que vinha sendo operada à direita pelo processo revolucionário e decidiram contratar uma empresa que lhes encontrasse uma internacional partidária que assegurasse protecção internacional ao CDS.
Foi essa homem que sugeriu, feito o panorama geral, a União Europeia das Democracias Cristãs (UEDC), integrada na mais vasta União Mundial das Democracias Cristãs. Freitas do Amaral terá reconhecido que conhecia mal as democracias cristãs europeias (estamos em Outubro de 1974 e o CDS foi fundado em Julho) e, segundo o próprio conta, bombardeou o consultor da empresa com inúmeras perguntas. Tendo Freitas do Amaral ficado agradado com as respostas, o CDS lá assinou o seu pedido de adesão à UEDC. O próprio Programa do CDS, finalizado dois dias depois da admissão na UEDC, omite a referência à democracia cristã, à doutrina social da Igreja, a textos bíblicos ou eclesiásticos.
Foi assim pela mão de uma empresa de marketing político que o CDS descobriu os partidos democratas cristãos. Como uma estratégia de marketing se enraizou e quase fez esquecer os momentos fundacionais do partido são outras histórias e outros pormenores, que ficam para outro dia.
Leia-se o texto "A Misesian on the School Board" de Jim Fedako, que pertence ao "Olentangy Local School District", a propósito dos problemas do planeamento dentro de um sistema de educação público e a conlusão a que chegou o autor como participante do processo:
I am using the remaining months I have on the school board to try to make a change. No, I am not expecting improvements in the current system; none have happened thus far. Instead I am working for a revolutionary change, one that takes us back to the private system of education that was the primary education-delivery structure at the time of the Revolution; revolutionary indeed. Do not buy the "education is a public good" mantra, and do not accept the current system—a system patterned after the 19th-century collectivist and socialist Prussian state. Instead, work for a free-market education system that benefits all and harms none. That is a future worthy of envisioning. That is the means to reestablish liberty in the United States.
Em mais um sinal do seu desnorte ideológico, o PSD através do seu Secretário-Geral Miguel Macedo veio acusar o governo de "se reger por critérios puramente economicistas, ao decidir encerrar várias das maternidades do país". Se não tivesse visto a data poderia pensar tratar-se de uma notícia de arquivo onde alguma eminência do PS invectivava o governo de Durão Barroso.###
É sabido que a comissão que aconselho o governo foi dirigida por um médico de renome e que esta teve em conta, apenas, critérios médicos. Aliás, é curioso que as criticas sejam dirigidas ao Ministro (não obstante ser o responsável político) e não à competência e critérios da comissão que fez as recomendações. Por outro lado, apesar de apelidar como "alarmista[s]" as justificações do Ministro da Saúde, Miguel Macedo não apresenta argumentos tangíveis que as descredibilizem.
Outras criticas feitas também se revelam bastante inconsistentes.
Invocando um suposto "princípio elementar que um país civilizado deve observar", referindo-se ao caso de Elvas Miguel Macedo afirma "que os portugueses têm o direito de nascer na sua terra, têm o direito de nascer em Portugal, não podem ser obrigados a nascer em Espanha".
Em primeiro lugar, se bem me recordo, foi falado que às parturientes de Elvas seria dada a opção ente Portalegre e Badajoz. A razão da crítica “morre à nascença”.
Em segundo lugar, não percebo o porquê da opção pelo argumento nacionalista em detrimento do da qualidade dos serviços. No meu modesto entendimento será preferível nascer em Espanha se os serviços oferecidos forem melhores. É claro que ao invocar este argumento Miguel Macedo teria obrigatoriamente de falar em aspectos “economicistas” como o financiamento do SNS o que poderia chocar contra opiniões mais avisadas dentro do seu próprio partido.
Refira-se, a propósito que o argumento do “orgulho pátrio” costuma ser usado para justificar investimentos desastrosos e passivos astronómicos das “companhias de bandeira”.
Para terminar este ponto, se o que preocupa o Miguel Macedo é a (im)possibilidade de nascer em Portugal melhor seria sugerir a introdução de um “cheque saúde” que permitiria alargar o leque de opções nos serviços de saúde, nomeadamente nas maternidades.
O último argumento usado por Miguel Macedo foi que esta medida contribuiria para a “favorece[r] a desertificação”. Parece estranho que por mais milhões em subsídios e benefícios fiscais que sejam oferecidos todos os governos tenham sido incapazes de contrariar a “desertificação”. Suponho que tenha algo a ver com mobilidade voluntária da população e da (principalmente) da localização das empresas.
A nacionalização dos hidrocarbonetos ordenada por Evo Morales, está intimamente ligada à sua aproximação a Fidel Castro e a Hugo Chavez. O objectivo é viabilizar uma cooperação económica e militar entre os três, contra o Tratado de Comércio Livre que os EUA propõem para a região. O argumento de Castro e companhia é simples: Contra o imperialismo americano, nacionalizar, nacionalizar. É certo que os respectivos povos pagarão um preço bastante alto, mas um problema bem mais complicado pode surgir se estes três senhores encontrarem simpatias na China ou na Rússia. ### John Mearsheimer, no seu livro ‘Tragedy of Great Power Politics’, entende que toda a grande potência anseia alcançar hegemonia regional e impedir que outros consigam feito idêntico. Assim é com os EUA que têm hegemonia no continente americano e não querem que russos, nem chineses, alemães ou quaisquer outros, sejam hegemónicos nos seus respectivos continentes. A pretensão de domínio do continente americano ficou bem expressa, pelos EUA, na célebre Doutrina Monroe, aliás só totalmente realizável quando, em 1902, Theodore Roosevelt teve meios para impedir o bloqueio que Grã-Bretanha e a Alemanha tentaram impor à Venezuela.
Se há cem anos os norte-americanos alcançaram a hegemonia no seu canto do mundo, já precisaram de todo o século XX para impedir que outras potências conseguissem o mesmo feito nos seus continentes. Assim foi com a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais, ao derrotarem a Alemanha e o Japão. Tal sucedeu com a Guerra Fria e a capitulação da URSS que tinha procurado o domínio na Europa e na Ásia. O feito norte-americano é, aliás, único na história. De tal forma singular, que é objectivo primordial de qualquer potência emergente dar cabo dele. A ascensão da China e, possivelmente, também da Rússia, não lhes deixa outro caminho que não seja o lutar pelo fim da hegemonia dos EUA no continente americano. Para pôr termo à doutrina Monroe, o apoio a Cuba, Venezuela e Bolívia, é um bom começo, não esquecendo ainda que Pequim precisa de petróleo barato.
É muito importante ter em conta estas possibilidades, além da reacção que os países europeus irão ter quando tal acontecer. A Europa não se afastou dos EUA apenas no dia 11 de Setembro mas, pelo contrário, a aliança atlântica é que foi uma excepção. Coral Bell, no segundo número da revista ‘American Interest’, alerta para a possibilidade de a União Europeia se aliar à Rússia, como forma de contrabalançar o poder norte-americano. Uma aliança não obrigatoriamente institucionalizada, mas bem capaz de irritar Washington, de dificultar a vida a países de tradição atlântica como o nosso, mas que pode ser tentadora para quem deseja um espaço económico europeu forte, além de garantir o fornecimento de energia à Europa e enfraquecer os EUA.
São meras suposições. Naturalmente. Mas com Chaves e Morales nas más companhias de Castro, o futuro não se mostra muito risonho. Se a China (que, como mencionei, precisa de petróleo) e a Rússia se meterem ao barulho, ele será negro. O novo eixo pode colocar em risco a doutrina Monroe norte-americana. Se tal suceder, a América terá de rever as suas prioridades no mundo, criando vazios de poder facilmente preenchidos por russos e chineses. A ver vamos como tudo corre.
There is a predictable annual ritual which begins when the Census Bureau releases its estimates that roughly one eighth of Americans live in poverty, and that this proportion has been relatively invariant in recent years despite the steady rise of per capita real incomes. This is followed by predictable rant by the anti-free-market crowd who lament the presence of an alarming number of children in poverty (a legitimate concern) and declaim that "the system" must be seriously flawed and who advocate more heroic interventions to alleviate this condition.
O Mar Salgado, meus velhos comparsas da UBL, comemora o seu terceiro aniversário. Parabéns a toda a tripulação (incluindo os que se encontram em banho-maria).
Gostava de chamar a vossa atenção para o Fórum Para a Liberdade de Educação e para o seu boletim "Quês e Porquês" onde, com uma periodicidade mensal, são propostas reflexões sobre o tema da liberdade e igualdade de oportunidades de educação. Embora não concorde com a totalidade das propostas nele avançadas posso adiantar que estas são na sua maioria extremamente positivas.
O boletim (assim como outras notícias do Fórum) podem ser recebidos por mail.
Pelo que me contou quem esteve presente, a sessão de debate em torno do livro "O 'Eduquês' em Discurso Directo. Uma crítica da pedagogia romântica e construtivista.", de Nuno Crato, que decorreu ontem na Quinta do Bonjóia no Porto, foi muito produtiva no que diz respeito à exposição de alguns dos principais males que corroem a educação em Portugal, nomeadamente os associados ao pernicioso lobby do "eduquês" que vem dominando a política educativa em Portugal já há várias décadas. As intervenções de algumas empenhadas defensoras do dito lobby terão também contribuído decisivamente para ilustrar, porventura involuntariamente, que Nuno Crato não exagera nas descrições e críticas que apresenta no seu livro.
É um serviço público extremamente importante prestado por Nuno Crato e por todos quantos, antes e depois dele, se unam a este combate. Gostaria no entanto de realçar duas outras matérias sem as quais não será possível inverter a desastrosa situação da educação em Portugal:###
1- Para além de passar a mensagem sobre os males (inequívocos) do "eduquês", é crucial que, no plano político, o designío de libertar o sistema educativo dos lobbies que nele se apoiam e o fomentam seja assumido como uma prioridade, pelo menos a médio prazo, por alguma força política com aspirações à governação. De outra forma, tendo em conta que os lobbies do "eduquês" controlam de forma quase absoluta a condução da política educativa, nada mudará, por muita (justa) indignação que obras como a de Nuno Crato fomentem.
2- O desastroso panorama da educação em Portugal deveria também servir para suscitar a reflexão sobre os riscos elevadíssimos a que está sujeito qualquer sistema estatizado e centralizado de educação. Nesse sentido, a preocupação com o desastroso efeito das prática associadas ao "eduquês" deveria ser acompanhada de um maior interesse por soluções que garantam uma efectiva liberdade de educação, devolvendo às famílias e à sociedade civil o poder de realizar escolhas nesta área crucial. A educação é uma área importante demais para ser deixada ao Estado e aos interesses instalados que se servem dele.
Nos últimos anos, é usual nos órgãos de comunicação social portugueses fazer-se referência ao "novo máximo histórico" do preço do barril de petróleo (crude). A maioria dos clientes destas empresas é suficientemente ignorante para ser enganada!
Os consumidores de informação mais cuidadosos questionam-se, contudo, porque então uma crise económica mundial não está neste momento em curso, à semelhança do que aconteceu no fim da década de 70 e inícios de 80. A imprensa, na maioria das vezes, não lhes dá qualquer resposta porque, penso eu, é mais "rentável" assustá-los que fornecer informação fidedigna mas... pouco bombástica.###
Pequeno exercício: qual dos seguintes gráficos do preço do barril de petróleo terá maior impacto mediático? [clicar para aumentar]
Notas:
O primeiro gráfico representa as médias anuais do preço do barril de petróleo, a preços correntes;
O segundo gráfico representa as médias anuais do preço do barril de petróleo, a preços de constantes (Dezembro de 2005);
O valor máximo do segundo gráfico verifica-se no ano de 1980 ($89,48/barril);
Em 2006, a média do preço do barril de petróleo (preços correntes) cifrou-se, até ao dia 5 de Maio, nos $64,94/barril
Neste momento ainda não acertámos em definitivo os pormenores. Mas, neste momento, estou em condições de assegurar que o que vai nascer naquela zona terá um impacto económico três a cinco vezes superior ao impacto económico que a actual Exponor tem em Matosinhos. Primeiro manter-se-á uma componente essencial a que se chamará Exponor XXI. Neste pólo será criado um interface entre as empresas e os clientes,designado Business to Business. Ficará também ali o Centro de Congressos do Norte, com um auditório para cinco mil pessoas, ao qual ficará ligada uma unidade hoteleira para dar resposta às necessidades dos congressitas. Tudo isto ocupará uma área útil maior do que tem actualmente os pavilhões da Exponor. Será também construído um pólo tecnológico, com investigação na área da Medicina Nuclear, ao qual ficará associado um pólo ligado à formação. Haverá ainda uma incubadora de empresas e estamos a tentar colocar ali um centro de ciências ligadas ao mar. O terceiro pólo será destinado à cultura e ao lazer e contará com uma área destinada ao comércio. Este conjunto corresponde aos objectivos que fixei quando começámos as negociações. A única coisa que não aceito ali é a construção de habitação, uma vez que a zona já está preenchida. É importante referir que o índice de construção que está a ser equacionado para a zona é inferior em quase 20% ao índice do Plano Director Municipal.
Um artigo no Financial Time (reproduzido pelo New Economist) dá conta que, para obviarem aos problemas causados pelo aumento dos custos da mão-de-obra, as empresas exportadoras chinesas estão a aumentar o valor acrescentado dos seus produtos.
The higher prices reflect in part a deliberate strategy by manufacturers and retailers to shift to higher-value products, which command fatter margins. “I think the world is getting a little bit tired of competing on price,” says William Fung, Li & Fung’s managing director. “Product differentiation is key. No one wants to sell a commodity and compete against Wal-Mart.”
Research by Global Sources, a Hong Kong-based trade-show organiser and publisher, shows that export values are growing faster than volumes for everything from hair dryers to tyres. “Companies are not just making the same thing and charging more. They’re adding value,” says Michael Kleist, who runs Global Sources’ industry research team in Shenzhen. “Almost everyone is trying to get off the bottom level, because once they drop their price they don’t get it back.”
"Sintoma de problemas mais graves" de João Miranda no Blasfémias
O Ministro da Economia e o Primeiro Ministro falaram demais fragilizando a posição negocial do governo. Prometeram um investimento que ainda não estava acordado ficando apenas com uma de duas alternativas: ou aceitavam um acordo desfavorável para o estado, ou voltavam atrás no que foi anunciado perdendo credibilidade. Torna-se cada vez mais dificil ao governo ser levado a sério de cada vez que anuncia mais um grande investimento.
Ontem ouvi na rádio algumas reacções às perpectivas e contra-perpectivas de crescimento para a economia portuguesa. Para além do facto de nenhuma das estimativas (com um horizonte até 2009 - daqui a 3 anos) se vir a revelar acertada, a outra coisa que também podemos sempre tomar como certa é a posição da oposição e dos sindicatos.
Com a excepção de Pires de Lima (representando o grupo parlamentar do CDS ou a direcção?), que pediu a diminuição da despesa estatal, libertando a sociedade e tornando o país mais atractivo ao investimento, todos os outros comentários iam no sentido de uma política activa do estado na condução da economia do país.
É sempre ao estado, dirigindo-se ao governo do momento, que os políticos portugueses pedem que actuem de forma a influenciar activamente determinado indicador, legislando desta ou daquela maneira. É como se os portugueses fossem peões das jogadas estudadas, preparadas, planeadas e executadas pelo governo através do aparelho do estado.
É neste contexto que se atacam alguns vislumbres de liberalização que, de tempos a tempos, vão surgindo quando um ministro resolve enfrentar determinado grupo de interesse e decide que é altura de devolver ao mercado, aos cidadãos, consumidores e empresários, a capacidade de actuarem livremente sem dirigismo ou influência do planeador. É rídiculo que por vezes se acuse, a partir destes pequenos desvarios liberalizadores, os governos dos últimos vinte anos de terem seguido políticas liberais e serem elas a trazer o país às actuais circunstâncias. Nada será mais falacioso.
Os políticos ou os sindicalistas julgam conhecer, a todo o momento, o "número de ouro" do desemprego/emprego ou do crescimento do PIB, aquele que a vontade imutável da Natureza destinou a esta pequena população de 10 milhões de portugueses. O apelo que é feito, quando surgem estimativas menos agradáveis sobre determinado indicador, para que o estado actue para acomodar a diferença para o nível óptimo (o de cada um, diferente do de cada outro) é próprio da premissa socialista que os níveis óptimos de uma economia podem ser conhecidos e ela conduzida até eles pelas decisões centrais de alocação dos impostos cobrados. A receita é mais estado, mais regulação, mais controlo.
Não.
Pelo contrário. O que é preciso é deixar que os processos, donde resultam os indicadores tão apreciados e comentados por tantos, decorram sem a interferência e perturbação introduzida pelo excesso regulador. O que é preciso é que o estado diminua a sua presença na sociedade portuguesa, reduzindo o seu consumo da riqueza produzida, devolvendo a esta maior liberdade e responsabilidade para se ajustar à vida nesta pequena economia participante da economia global.
Na rádio esta manhã. Um estudo concluiu que elas são mais agressivas que eles. Entre os quinze e os vinte e quatro anos são elas que agridem os namorados. Isto não contribui em nada para a sustentabilidade da Segurança Social. Alguém crie uma Linha de Apoio ao Namorado Agredido, senão ainda acaba mal.
“Não há segunda oportunidade para causar a primeira impressão”. Não sou muito dado a provérbios, ditados e afins, mas pronto. A primeira impressão com que se fica dos outros é quase epidérmica e muitas vezes difícil de mudar. Do tom de voz, à linguagem corporal, à articulação das frases, tudo torna complicado o distanciamento necessário para uma análise racinal de quem acabamos de conhecer. È também verdade que a impressão com que ficamos está, frequentemente, mais ligada aos nossos preconceitos, do que a quem realmente o outro é. Enfim. Vem tudo isto a propósito dos políticos portugueses, que nos governam, doutrinam, sodomizam ou se limitam a estar ali. Na minha credulidade, acredito que sejam em geral pessoas estimáveis. Aliás conheci poucas pessoas até hoje que não o fossem. No entanto, sejam rookies ou veteranos, não consigo deixar de os catalogar em duas grandes categorias: weasel ou teddy bear. Nem a primeira é necessáriamente depreciativa, nem a segunda é “fofinha”. Alguns exemplos: Weasels –António Vitorino, Marcelo Rebelo de Sousa, Manuel Monteiro, Freitas do Amaral, Eduardo Prado Coelho, Cavaco Silva e o Master Weasel Francisco Louçã. Teddy Bears – Pacheco Pereira, Paulo Portas, José Sócrates, Ribeiro e Castro, Miguel Portas, Nuno Melo e o Master Teddy Bear Mário Soares. Não sei porque é assim, mas acho que faz muito mais sentido que os Reptilianos/Iluminati/Grande Capital Especulativo.
Tenho que marcar com o psicanalista ou deixar de comer tripas.
"Não ganhámos nada em termos desportivos", reconheceu Luís Filipe Viera. Mas para o presidente do Benfica a época que ontem terminou teve aspectos muito positivos. "A Europa já viu um Benfica que se aproximou do dos tempos de Eusébio", frisou, tendo a seu lado o pantera negra. Por outro lado, porque nem tudo se resume aos resultados, o líder encarnado frisou que "o Benfica é campeão da credibilidade".
É curioso que os mesmos que usam tais expressões nunca usaram nada de idêntico para descrever os prejuízos colossais das empresas públicas, prejuízos que mais tarde ou mais cedo serão pagos pelo contribuinte. Ainda por cima, no caso dos lucros chamados obscenos há produção de riqueza, no caso dos prejuízos, há destruição de riqueza. Ou seja, a produção de riqueza é obscena mas destruição não. Critérios ...
Hopes -- or fears -- that the Earth has been visited by alien life forms have been dismissed in an official report by British defense specialists. The Ministry of Defense confirmed on Sunday a secret study completed in December 2000 had found no evidence that "flying saucers" or unidentified flying objects were anything other than natural phenomena.(...)
The ministry publishes annual lists of UFO sightings on its Web site, which rank among its most viewed -- and bizarre -- pages. In 2005 the ministry was asked under freedom of information laws for details of its plans for "dealing with the arrival of extra-terrestrials". An unnamed defense official replied: "While we remain open-minded, to date the MOD knows of no evidence which substantiates the existence of these alleged phenomena and therefore has no plans for dealing with such a situation."
[Reuters] Não posso deixar de suspeitar da influência de Carlos de Gales na feitura deste relatório. Então querem-nos convencer que não há Reptilianos?
De um ponto de vista profissional, partilho com ele o cepticismo sobre a aplicação do planeamento central nas empresas, tal como no estado.
Meet Charles Koch. Philosopher, engineer, self-trained economist, libertarian activist, philanthropist--and the CEO of Koch Industries, a $60 billion, 80,000-employee empire, which just recently became the largest and most profitable privately held company in America.
(...)Mr. Koch is immersed in the ideas of liberty and free markets. Whereas the bookshelves of most of America's leading CEOs are stocked with pop corporate management and "how to succeed" books, Mr. Koch's office is a wall-to-wall shrine to writings in classical economics, or, as he calls it, "the science of liberty." The authors who have had the most profound influence on his own political philosophy include F.A. Hayek, Ludwig von Mises, Joseph Schumpeter, Julian Simon, Paul Johnson and Charles Murray. Mr. Koch says that he experienced an intellectual epiphany in the early 1960s, when he attended a conference on free-market capitalism hosted by the late, great Leonard Reed. ### (...)"Long term success entails constantly discovering new ways to create value for customers and building new capabilities to capture new opportunities," he instructs. "In this sense, maintaining a business is, in reality, liquidating a business." Mr. Koch likens the cycle to Schumpeter's "creative destruction"--where the old and inefficient are ruthlessly swept away by the new.
What we have here are the theories of supply-side economics operating on the micro-level of the firm. Incentives matter; competition fosters innovation; property rights must be firmly established. Koch Industries gives big financial bonuses for entrepreneurial behavior by employees, whether it's a project head or a janitor. The idea is to reward all activities that add to the bottom-line profitability of the firm. "We want our employees to act like owners," Mr. Koch explains. Similarly, employees earn "decision rights" for past successes. "Just as central planning is a failure in running government, so it is at the level of the firm," he says, repeating one of his favorite operating tenets.
(...)Mr. Koch's latest crusade to spread the ideas of liberty has been his sponsorship of a twice-yearly conference that gathers together many of the most successful American entrepreneurs, from T. Boone Pickens to former Circuit City CEO Rick Sharp. The objective is to encourage these captains of industry to help fund free-market groups devoted to protecting the fragile infrastructure of liberty. That task seems especially critical given that so many of the global superrich, like George Soros and Warren Buffett, finance institutions that undermine the very system of capitalism that made their success possible. Isn't this just the usual rich liberal guilt, I ask. "No," he says, "I think they simply haven't been sufficiently exposed to the ideas of liberty."
Os partidos de esquerda podem estar metidos numa grande encrenca. Enquanto a globalização força a abertura dos mercados, os partidos de esquerda têm-se fechado num patriotismo primário que apenas visa fortalecer o Estado. Ao mesmo tempo que o desemprego aumenta na Europa, os socialistas teimam em manter os privilégios de alguns (que votam neles), em detrimento de outros que vêem os seus rendimentos (quando os há) irem para às mãos de um Estado que não os serve, sequer os ouve.
Para sustentar toda esta falta de lógica, os partidos de esquerda cometeram um erro. Ao explicar a omnipresença do Estado atacaram a capacidade das pessoas na condução da suas vidas. Instalaram a dúvida sobre as aptidões dos cidadãos. Os empresários são maus. Os professores precisam de ser orientados e fiscalizados. Os juízes e médicos de prestar contas. Os pais de confiar o ensino dos seus filhos ao ministério da educação e por aí fora. Para ser omnipresente, o Estado tem de parecer omnipotente. ### O preço a pagar é, politicamente, muito caro. Para salvar a visão socialista do Estado a esquerda assumiu um discurso derrotista. O de quem não acredita nas pessoas, naqueles que votam. Politicamente estamos a falar de um desastre, pois basta à direita dizer que acredita nos eleitores e defender políticas públicas que demonstrem isso mesmo. Está aberto o flanco. A esquerda socialista (porque antes de ela houve outras esquerdas) cresceu em Portugal porque foi positiva, contrariamente ao discurso provinciano e agrícola do Dr. Salazar. Agora que os partidos de esquerda se vêem forçados a defender medidas mercantilistas, está aberta a possibilidade de os partidos de direita, caso se assumam liberais (porque há muitas direitas), ganharem votos. A esquerda encostou-se à parede. É preciso, pois, apertá-la. Apertá-la com um discurso de direita, liberal e de confiança na capacidade dos cidadãos em decidirem, melhor que ninguém, o que fazer com as suas vidas. O cenário pode ser muito semelhante ao da Grã-Bretanha e dos EUA no final da década de 70.
Evo Morales, grande líder boliviano, quer fundar uma "Comunidade Anti-Imperialista das Nações", com a simpática colaboração de Cuba e da Venezuela. Tão preocupado com o suposto excesso de poder dos EUA, não hesita em exercer o seu, para prejuízo da liberdade e prosperidade dos seus cidadãos. Também pouco preocupados com os cidadãos estão Chirac Villepin e Sarkozy, entretidos a incriminarem-se mutuamente nos mais variados "casos". Já Tony Blair e os seus companheiros (e inimigos) no Labour estão preocupados com os eleitotes britânicos, principalmente com o facto de cada vez menos deles votarem no seu partido. Por cá, algumas almas ficaram espantadas ao descobrirem, num título de primeira página de um diário, que a pouca mobilidade interna agrava o deemprego. O Governo certamente responderá obrigando os desempregados a aceitar qualquer emprego em qualquer zona do país, sem corrigir os factores que impedem essa mobilidade, dificultando assim a vida às pessoas. Patrick Monteiro de Barros, emporesário, está disposto a investir numa rerfinaria em sines e numa central nuclear em local incerto. Está disposto a investir, desde que o risco do investimento não seja dele.
The Editor, New York Times 229 West 43rd St. New York, NY 10036
To the Editor:
William Powers argues that nationalization of the Bolivian oil and gas industry might well have good results ("All Smoke, No Fire in Bolivia," May 6). Powers' optimism centers on the government's claim that this is "nationalization without confiscation" - the government confiscated only 51 percent of the private companies - and Evo Morales's promise not to expel foreign companies.
Suppose Uncle Sam expropriated 51 percent of the assets of the New York Times and other news organizations, promising not to expel former owners from the newsrooms. Would news still be reported independently? Would entrepreneurs launch upstart newspapers? Would truth thrive? No. Powers' enchantment with the cosmetic modesty of this particular instance of nationalization is outrageous.
Sincerely, Donald J. Boudreaux Chairman, Department of Economics George Mason University
No seguimento de algumas dúvidas entretanto suscitadas, esclareço que neste post, quando me referia ao "estado a que chegou o PSD", me referia "apenas" ao facto de a única alternativa a Marques Mendes ter sido esta e de nenhuma das outras correntes internas ter avançado para uma candidatura. Foi portanto uma apreciação (certa ou errada, os leitores julgarão) de natureza estritamente política. Em nenhum momento tive por intenção pronunciar-me sobre o incidente específico das irregularidades apontadas à candidatura em causa, cujos pormenores desconheço.
"Meu diagnóstico preliminar – provavelmente antecipatório – não poderia ser mais pessimista: o Brasil caminha, lentamente mas seguramente, para a estagnação do seu processo de crescimento econômico e, quiçá, para uma decadência inevitável. (...) Respondendo, portanto, à provocação do título – inspirado no segundo best-seller, homônimo, do biólogo americano Jared Diamond –, eu diria, de imediato, que não há nada de inevitável na decadência econômica brasileira, mas é muito provável que, se mantido o atual 'curso da história', esse resultado já esteja disponível no despontar de alguma curva de futuro de curto ou de médio prazo. Nosso sistema econômico só entrará em colapso se nada for feito, em termos de políticas públicas, para livrá-lo de suas muitas disfunções estruturais, de seus grandes equívocos não-estruturais – isto é, derivados das políticas públicas, justamente – que inviabilizam, hoje, uma taxa de crescimento mais vigorosa, da lenta trajetória em direção ao estrangulamento fiscal, da perda de substância nos investimentos inovadores em função das dificuldades sofridas pelos empreendedores privados e da baixíssima produtividade registrada na economia como um todo, além de outros problemas que tenho procurado analisar em trabalhos recentes. (...) O Brasil vem crescendo menos que a média mundial por 10 anos consecutivos, sem ser preciso lembrar que o país já tinha praticamente estagnado nos dez anos anteriores. Um estudo apresentado pela CNI em março de 2006, revela que o Brasil está perdendo importância na economia mundial. (...) A razão está em que não são os juros ou o esforço fiscal do governo que inibem volumes maiores de investimentos e, portanto, de crescimento. Isolados esses fatores, ainda assim a taxa de poupança continuaria limitada, o meio ambiente para os negócios preservaria esse cenário altamente dissuasivo ao investimento privado e a carga tributária continuaria pesando sobre os agentes econômicos privados, que são os únicos suscetíveis de criarem riqueza e emprego. Uma hipotética eliminação das despesas com juros ainda deixaria um desequilíbrio fundamental nas contas públicas, feito de crescimento vegetativo das transferências obrigatórias, peso crescente da fatura previdenciária, assunção de novas fontes de gastos como os aumentos do funcionalismo e alguns programas ditos sociais." Paulo Roberto de Almeida, "Colapso!: prevendo a decadência econômica brasileira"
Venezuela has been forced to turn to an outside source to avoid defaulting on contracts with "clients" and "third parties" as it faces a shortfall in production, according to a person familiar with the deal. Venezuela could incur penalties if it fails to meet its supply contracts.
(...)
Under President Hugo Chávez, PDVSA's oil output has declined by about 60 per cent, a trend analysts say has accelerated in the past year because of poor technical management.
Mr Chávez's push to extend his influence throughout Latin America and the Caribbean with promises of cheap oil for friends and allies may be overstretching PDVSA's finances, however.
Venezuela currently supplies about 300,000 barrels per day of oil and products to Cuba, Nicaragua and others under favourable long-term financing arrangements.
This week, Venezuela signed a deal to send oil to town mayors in Nicaragua aligned with the leftwing Sandinista party.
Nicaraguan Foreign Minister Norman Caldera has asked Venezuelan President Hugo Chavez to butt out of his country's political affairs after Chavez signed a favorable oil pact with dozens of leftist Nicaraguan mayors.
Peru and a Mexican presidential candidate also have recently accused Chavez of interfering in internal affairs.
(agradeço ao leitor lucklucky a indicação dos links)