23.2.06

O défice escondido

Sanear as contas das empresas públicas de transportes terrestres custaria ao Estado 3,1 mil milhões de euros, o que equivale a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Razão pela qual o ministro das Finanças recusou, ontem, no Parlamento, a possibilidade de incluir estas empresas - CP, Carris, Metropolitano de Lisboa e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) - na lista de futuras privatizações.

Só a CP, de acordo com um relatório recente do Tribunal de Contas, acumulou, entre 2002 e 2004, prejuízos de 741 milhões de euros. Daí que o ministro, ontem ouvido na Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, tenha dito aos deputados que "o Governo vê com dificuldade" a privatização dos transportes terrestres, porque "não haveria capacidade de recuperar as empresas e colocá-las no mercado".
No Jornal de Notícias.