O sígilo é a base do negócio
Ainda de acordo com o Dr. Silva Lopes (na entrevista referida no ‘post’ em baixo) o sígilo bancário deve ser levantado para se melhor combater a economia pararela. Claro que esta medida levanta, como entrevistado bem recorda, problemas. O primeiro, e mais óbvio, vem de Espanha e traduz-se na atitude cada vez mais segura de guardar do dinheiro debaixo do colçhão. Os contribuintes (essa fabulosa expressão) são umas pessoas cheias de manhas e, por incrível que pareça, ainda demonstram saber usar os seus neurónios. O Dr. Silva Lopes devia compreender que acabar com o sígilo bancário não é eficiência, mas perseguição fiscal. O pior é que este fenómeno não se fica por aqui. É sempre possível fugir aos impostos. Basta não se sujeitar às regras e que o prémio da fuga supere o do risco. A economia paralela é bem mais importante do que muitos julgam. Num país com alta carga fiscal, com mais impostos produz-se menos, com mais fugas ao fisco há mais dinheiro a circular. A diferença é que ela produz para a sociedade e não para o estado o que, para a nossa elite, não serve.
por André Abrantes Amaral @ 2/24/2006 12:52:00 da tarde
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