Como se selecciona a memória
Nuno Ramos de Almeida (NRA) relembra a Vasco Pulido Valente alguns ataques recentes do Ocidente ao Islão. Chamo a atenção do leitor para duas das escolhas de NRA e que tão bem nos demonstram a isenção crítica da extrema-esquerda: A resolução 181 das Nações Unidas que aprovou a criação do Estado de Israel (e - não esqueça, sff - da Palestina) e o ataque de Israel ao Egipto na madrugada de 5 de Junho de 1967. Quanto a esta última é engraçado como o dito NRA 'esquece' a saída da UNEF do Sinai em Maio daquele ano, com a subsequente mobilização das tropas egípcias para a fronteira com Israel; a visita de Sadat a Moscovo (em Abril de 1967), no decorrer da qual os amigos soviéticos tão bem o informam das 'reais' intenções israelitas em atacar a Síria já no mês seguinte; o fecho (por ordem de Nasser) do Estreito de Tiran na Primavera daquele ano; a pressão do Egipto e da Síria sobre o rei Hussein da Jordânia, o único sensato dos pobres coitados que então governavam os estados árabes. Enfim, um pequeno rol de 'esquecimentos' que os ditos fazedores da nossa 'memória selectiva' tão bem gostam de tentar.
por André Abrantes Amaral @ 2/20/2006 05:03:00 da tarde
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