Educação: valorizar a diferença
Aviso: este post pretende continuar a discussão iniciada pelo insurgente André Abrantes Amaral (ver os seguintes posts: 1, 2 e 3).
Não há um único partido português que não defenda o ensino público como a resposta aos problemas de competitividade do país. Aumentar os anos de escolaridade dos cidadãos é, deste modo, a solução milagrosa do Socialismo. Mas, sendo assim, como é costume dizer-se, "sob Socialismo, quem recolhe o lixo?"
Por outras palavras, considerem todos os jovens forçados - legalmente - a completar nove anos de escolaridade (já existem planos para prolongar o prazo para doze anos!). Acreditam os socialistas de todas as cores partidárias que somente através da escola e acções de formação pode o indivíduo superar barreiras socio-económicas. Até o escreveram na Constituição:Artigo 73.º (Educação, cultura e ciência)
Mas, se existe uma "democratização da educação", os programas educativos/formativos não respondem ao mercado mas sim a objectivos políticos de desenvolvimento. Tal significa que o Estado, ao controlar a forma e conteúdo da aprendizagem dos alunos/formandos, cria artificialmente excesso de oferta em determinados segmentos do mercado de trabalho. Assim, goradas anteriores expectativas, quem é excluído destes segmentos acaba por se empregar em actividades que o Estado lhes fez crer serem "lixo"...
1. ....
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.
Ora, se no mercado é valorizada a diferença porque deve o ensino ser uniformizado?
por BrainstormZ @ 2/21/2006 07:52:00 da tarde
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