A esquerda e o tiro no pé
A esquerda (toda a esquerda) aposta o seu futuro na manutenção do Estado Social. Ela acredita num conceito que denomina de solidariedade social que de tão abstracto, é difícil controlar os seus limites. Tal como os seus custos traduzidos na enorme burocracia existente e nos sucessivos défices públicos a que apenas o aumento dos impostos parece ser a resposta das práticas socialistas. Incredulamente dou-me conta que tal não preocupa a esquerda. É que a continuar o descalabro financeiro, que Sócrates reduziu a uma mera imposição ideológica da direita, a esquerda vê-se perante o dilema da fuga para a frente que o presente governo parece praticar. Aumentar a eficiência da máquina fiscal de forma a ser possível ampliar as despesas e continuar com as ditas políticas sociais. Ora, isto vai levar ao fim do Estado Social tão só porque ele se vai tornar insustentável e impossível. Ao não encarar esta realidade de frente, a esquerda está a dar um tiro no pé e ao contrário da maioria dos liberais desta praça acredito que pode estar aí a possibilidade de se reformar verdadeiramente o conceito que por cá existe do Estado.
por André Abrantes Amaral @ 4/07/2005 10:59:00 da manhã
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