7.4.05

Anti-proteccionismo selectivo

Ontem, o comissário europeu para o comércio, Peter Mandelson, revelou a decisão de abrir investigações caso as importações texteis da China subam entre 10% e 100%, dependendo do tipo de produto. Esta política não é concensual na UE e a Suécia tem sido justamente um dos seus principais oponentes. Mas a explicação pode ter mais a ver com proteccionismo na própria Suécia do que com preocupações com a livre circulação de mercadorias. Via Forbes:

"Sweden's Hennes & Mauritz AB, Europe's largest fashion retailer, said Wednesday that lower textile quotas from China and other Asian nations had helped boost its first-quarter results, which included a 29 percent jump in earnings.
H&M gets 60 percent of its textiles from Asia, including China, South Korea and Thailand, said company spokesman Carl-Henric Enhoerning. He declined to comment on possible new trade barriers against China, saying it was a political decision."
O comissário europeu encontrou também argumentos de solidariedade para justificar estes mecanismos:
"We have responsibility in Europe for our close neighbors in the Mediterranean, but also as I have said, for some very weak and vulnerable developing countries which are depending on the textile sector," Mandelson said. "We cannot stand by as they are swept aside in the event of massive surge in exports from China."
Numa atitude que a mim me parece um exemplo a seguir por outras ONG's, sempre críticas da globalização liberalizante, a Oxfam tem contestado esta determinação europeia (que é americana também):
"Northern policy makers sometimes forget that their policies on market access for Chinese imports have a direct bearing on prospects for poverty reduction in urban China."