Trabalhos forçados num estado providente
O Instituto Federal para o Emprego, da Alemanha, pretende colocar desempregados a trabalhar na agricultura. Legalmente existe mesmo a possibilidade de obrigar desempregados de longa duração a aceitar estes trabalhos.
Quem não está nada satisfeito, são os agricultores que preferem os imigrantes de Leste. Neste momento haverá 300.000 a trabalhar com visto temporário. O visto é-lhes atríbuido depois de se verificar que não há alemães disponíveis para trabalhar, o que parece levantar problemas de como obter essa informação - como seria de esperar, os alemães não fazem anúncios públicos das suas intenções laborais. Esta situação levanta a questão de como estabelecer quotas de imigração baseadas em necessidades estimadas de mão de obra, numa economia, para um período temporal futuro.
Estes imigrantes são mais produtivos, pontuais, motivados (os alemães encaram este trabalho como menor e temporário), dispostos a trabalhar por um salário mais baixo que os alemães e têm uma maior experiência de trabalhos agrícolas. Os agricultores queixam-se que muitos dos desempregados alemães nem sequer aparecem quando são colocados. Uma associação de desempregados acha que se propuser salários mais altos, os alemães estarão dispostos a trabalhar na agricultura.
Pelas mesmas razões, provavelmente, se vão encontrando cada vez mais imigrantes de Leste em explorações agrícolas portuguesas. Espero que ideias de criar emprego, desta maneira forçada, não estejam incluídas na promessa/objectivo de 150.000 novos empregados do Eng. Sócrates.
por LA @ 4/06/2005 05:10:00 da tarde
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