Mas tu não quiseste privar o homem da liberdade e repeliste a tentação; horrorizava-te a ideia de comprar com pão a obediência da Humanidade, e respondeste que «nem só de pão vive o homem», sem saber que o espírito da terra, exigindo o pão da terra, havia de levantar-se contra ti, combater-te e vencer-te, e que todos haveriam de segui-lo, gritando «Deus deu-nos o fogo celeste!» Os séculos passarão e a Humanidade proclamará, pela boca dos seus sábios, que não há crime e que, por conseguinte, não há pecado: o que há é apenas famintos: «Dá-lhes pão se queres que sejam virtuosos.»
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