18.11.05

Portugueses no Afeganistão - III

Louçã defendeu que a missão portuguesa no Afeganistão "é injustificada e injustificável", argumentando que "o regime de Cabul é um regime de senhores d a guerra, traficantes e fanáticos".
"Não compete às Forças Armadas Portuguesas patrulhar as ruas de Cabul", defendeu, acrescentando que a decisão "foi um erro, e continuará a ser um erro enquanto se mantiver".(...)
Para Francisco Louçã, "o Governo escolheu os compromissos que queria, m as o povo português pode ter uma ideia diferente sobre o que deve ser a missão e a presença dos soldados portugueses em território estrangeiro".
Via RTP:
Lembrando que uma missão como aquela que as tropas portuguesas estão a desenvolver no Afeganistão "envolve sempre riscos", Mário Soares admitiu que nunca gostou que "eles fossem para lá".
Questionado sobre se, na sequência deste acidente, o Governo deveria or denar a retirada das tropas portuguesas do Afeganistão, o candidato apoiado pelo PS disse não poder "dar já essa opinião".
"Não posso dar já essa opinião. Aliás, [a retirada das tropas] até podia ser entendida como um acto de cobardia. Os militares quando vão para essas mis sões sabem os riscos que correm", afirmou.(...)
Mário Soares recordou, contudo, que à missão dos militares portugueses no Afeganistão estão subjacentes "compromissos internacionais sérios" que Portugal assumiu perante a NATO.
"Aliás, tínhamos essa obrigação como país membro da NATO", sublinhou, lembrando que "a guerra no Afeganistão foi feita com o aval da NATO".