Democracy must be something more than two wolves and a sheep voting on what to have for dinner. - James Bovard
12.3.05
Ideologias imunes à verdade
O comunismo foi o terreno fértil onde cresceu a pseudo-ciência de Lysenko, um adepto do Lamarckismo, uma teoria da evolução das espécies que afirmava que os traços adquiridos em vida dos indivíduos eram transmitidos aos seus descendentes. O comunismo não era compatível com a teoria da evolução de Darwin, com a sua ideia chave da sobrevivência dos indivíduos mais adaptados, que era vista como uma ideia burguesa, metaforicamente justificando a divisão de classes e o capitalismo.
É comum as ideologias terem problemas com a ciência. O feminismo também os teve e continua a ter, embora agora generalizados pelo seu sucesso, em tantos aspectos essencial. Tornou-se anátema falar da diferença entre os sexos. É proibido mencionar o assunto, excepto para negar veementemente que existam quaisquer diferenças relevantes. Por vezes, no entanto, o discurso feminista muda de táctica. Em vez de negar as diferenças, que poderiam explicar muitas das disparidades sociais entre homens o mulheres, passa a enaltecer as características únicas femininas, o seu carácter intrinsecamente não violento, as vantagens que teria uma política feminina, como o mundo seria tão mais pacífico com mais mulheres no poder.
Este último tipo de argumentação, provavelmente o menos desacertado, é relativamente infrequente. De longe mais comum é a negação exaltada da diferença. O último caso ocorreu com Lawrence H. Summers, Presidente da Universidade de Harvard, que teve o desplante, imagine-se, de sugerir, com múltiplas ressalvas, que talvez houvesse uma explicação genética para o facto de haver mais homens do que mulheres nas ciências e na engenharia, e de essa maioria ser ainda mais acentuada quando se atinge o topo da escala nessas áreas de actividade, particularmente, como seria de esperar, entre os professores das melhores universidades.###
A reacção às suas palavras foi tão violenta que Larry Summers acabou por se retratar, numa lamentável carta (bem demonstrativa da condição humana) publicada pouco depois de ter proferido palavras supostamente tão ofensivas para a dignidade da mulher. O maior defensor de Larry Summers acabou por ser o peso-pesado Steven Pinker, autor do magnífico "The Blank Slate: The Modern Denial of Human Nature"Steven Pinker, The Blank Slate: The Modern Denial of Human Nature, Penguin Putnam, 2002. ISBN: 0670031518, já por mim referido várias vezes no Picuinhices. A defesa tomou a forma de um artigo muito recomendável saído no The New Republic Online e intitulado "The Science of Difference".
Este caso começou no início de Janeiro, tendo agora chegado a Portugal pela pluma caprichosa de Clara Ferreira Alves, que no Expresso desta semana deu à sua coluna o título irónico de "O Mulherio Não Tem Jeito". O tom é jocoso e a ignorância pesporrente é verdadeiramente extraordinária. Para ela não pode haver outra explicação senão a discriminação e o facto de as mulheres terem ainda, injustamente, o grosso do trabalho doméstico e de cuidado dos filhos para realizar. Não, para ela é evidente que não existem diferenças genéticas relevantes. O seu pensamento é imune à ciência, à verdade. Crucifique-se, mesmo, quem se atrever a estudar o assunto com espírito aberto.
Infelizmente para Clara Ferreira Alves, a verdade é que aparentementeNote-se que eu não sei se as explicações genéticas são verdadeiras. Que são plausíveis, não há dúvida, pelo menos para quem retire a pala do politicamente correcto dos olhos. Que são prováveis, dados os estudos existentes, também é evidente. É só pela ausência de certeza que uso o advérbio "aparentemente" no texto., e em média, os homens são piores empatizadores (se me permitem o neologismo) do que as mulheres, sendo estas piores sistematizadoras do que os homens. Simon Baron-Cohen, professor de Psicologia Experimental no Trinity College, Cambridge, e director do Autism Research Center, tem vindo a estudar este assunto em profundidade e argumenta que, grosso modo, se pode falar num cérebro masculino e num cérebro femininoSimon Baron-Cohen, The Essential Difference: The Truth about the Male and Female Brain, Perseus Books Group, 2003. ISBN: 0738208442. As publicações científicas de Baron-Cohen também estão disponíveis.. O cérebro masculino extremo corresponderia ao autismo, distinto do normal pela sua empatia mínima e capacidade de sistematização máxima, no caso do autismo funcional, tendo como grau intermédio, já patológico, os possuidores do Síndroma de Asperger.
A capacidade média de sistematização masculina parece, pois, ser superior à feminina, o que só por si justificaria as disparidades em causa. Mas, como Larry Summers apontou, a distribuição desta capacidade parece ter um desvio padrão maior entre os homens, mais desiguais entre si, variando do imbecil ao génio, do que entre as mulheres, mais semelhantes umas às outras. Pinker, por seu lado, aponta, repetindo o que já havia dito no livro citado, que qualquer que seja a verdade acerca deste caso, nada se pode concluir do ponto de vista moral. Ao contrário do que o politicamente correcto supõe, demonstrar cientificamente diferenças relevantes entre o cérebro masculino e feminino não justifica nem nunca justificará qualquer discriminação com base no sexo. Explica, isso sim, porque é que uma política de contratação de professores puramente baseada no mérito científico pode levar a uma grande disparidade entre os sexos nas áreas da ciência e da engenharia.
A Clara Ferreira Alves sugere-se que faça algum trabalho sistemático de investigação e que tome doses consideráveis de cepticismo antes de escrever. E que tenha menos pressa a tentar desmascarar quem não tem qualquer máscara.
Recensão da obra The Welfare State We’re In (Politico’s, 2004), de James Batholomew.
A causa maior do declínio está na progressiva intromissão do Estado na sociedade substituindo funções anteriormente desempenhadas pela sociedade civil. Por outras palavras, a construção do Welfare State. Esta “infiltração” teve como consequência a desresponsabilização do indivíduo perante o seu próximo e mesmo perante o seu próprio destino. Os sucessivos programas de “engenharia social” levados a cabo pelos responsáveis políticos destruiram as intituições, formais e informais, anteriormente vigentes (e que, reconhecidamente, no caso britânico, tinham dado provas da sua eficácia) causando autênticos pesadelos dignos de países do Terceiro-Mundo.
José Sócrates, que esta manhã toma posse como primeiro-ministro, considera que não existem no Partido Socialista (PS) mulheres com suficiente protagonismo político e técnico para integrarem um elenco governamental. Isto mesmo foi dito por Sócrates a alguns dos elementos do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas (DNMS), numa conversa informal, na passada quarta-feira, dia 9, no final de uma reunião do conselho consultivo daquele órgão, realizada na sede do PS.
Ouvi esta manhã na TSF uma notícia assustadora: Freitas do Amaral terá falado com o Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA em Portugal e ter-lhe-á assegurado que iria cooperar com a administração Bush. Ou seja, teremos como Ministro dos Negócios Estrangeiros alguém disposto a cooperar com a extrema direita religiosa, com um governo só comparável aos de Stalin, Hitler, Mussolini, Pinochet e Salazar. Que lhe terá dito o Encarregado de Negócios? Terá sido chantagem? Ou será Freitas do Amaral um neo-conservador infiltrado no nosso novo Governo?
"Support for more foreign aid, debt relief and debt forgiveness comes from all sides and is becoming more vocal. From rock stars, to the “anti globals”, to religious organizations, to various advocates for developing countries, to the UN. The pressure is mounting and the recent G8 meeting has devoted much attention (or paid lip service, depending on what side you are) to the question of aid. The “story” put forward by the pro aid movement is simple and appealing. Differences in income per capita in the world are extreme; globalization is increasing income inequality; the poor are becoming poorer and poorer and they starve to pay their debt. So they need more aid and more debt forgiveness, since the rich of the world get rich at the expenses of the poor. Aid and debt forgiveness will lift the poor countries out of poverty.
This story is almost completely wrong. The only part that is true is that differences in per capita income are extreme. All the rest is false. Globalization is not responsible for the poverty of the third world. Corrupt and inefficient governments of developing countries are. There is not one shred of evidence showing that more openness to trade increases poverty, but anti global do not need facts to interfere with their ideology. More trade makes both sides of the transaction wealthier. Even if globalization did increase inequality, a big if, since nobody has shown it convincingly, it still would reduce poverty; that is, it would increase the income of both the poor and the rich side of than trade transaction, but more the side of the rich. The anti global alternative would be to make both sides poorer. Inequality may be lower, perhaps , but poverty higher for sure. This does not seem appealing.
In fact it is simply not true that in the last decades all the poor countries have become poorer. There are many examples of countries that have lifted themselves out of poverty, from South Korea to Costa Rica to Botswana. Others have squandered immense wealth of natural resources like Nigeria or Venezuela, the latter, incidentally, recently following protectionist policies. There is no evidence that increasing foreign aid to government of developing countries improves their economic performance and lifts them out of poverty permanently. In fact, more aid is likely to increase corruption, because it augments the amount of resources over which elites fight over. The same goes for debt forgiveness: its only effect is to encourage countries to borrow more and more, often for the benefits of local elites. A recent widely cited book by William Easterly a former economist at the World Bank and an expert of aid and development provides mountain of shocking stories about local elites squandering foreign assistance. The pro aid coalition should read it carefully.
Those who really care about reducing poverty should be much more willing to put the blame in the right place: the government and the bureaucracy of many developing countries, especially in Africa and Latin America. Traditionally, instead, foreign aid has paid no attention to the virtues of the receiving countries and has not discriminated in favor of the “good governments”. Donors have typically favored their former colonies, irrespectively of the nature of their regimes. In fact one of the worst offenders in this respect is France. (...)
Before giving more aid or debt forgiveness two conditions need to be met. One is an “institutional conditionality.” Only governments that show some serious progress in reducing inefficiency, robbery of public property and corruption, should receive any aid.
Unfortunately in most cases the poorest countries, where aid is more needed, are also the most corrupt. Then a second condition must apply: in these cases aid flow should be kept completely out of public channels and administered by non local groups not associated with local elites and governments.
Finally, other polices of rich countries may be much more beneficial than aid. The main one is to stop protecting the agriculture of the rich. In fact the worst enemies of the poor countries of the world are the farmers of the rich countries. Defeating the lobby of the French farmers should be the top priority of the pro poor coalition of Europe. We suspect, instead, that the anti global will care more about the charm of French agricultural towns, threatened by globalization, that is, by the agriculture of struggling poor countries.
Dois anos depois, Tony Blair e Bob Geldof continuam a desviar as atenções da origem do problema (o proteccionismo dos países mais ricos) e a contribuir para a propagação da miséria da filosofia neo-marxista, que só servirá para prolongar indefinidamente a miséria nos países mais pobres. Até quando?
Is Bush making America safe for liberalism? You betcha. Bush has legitimized a huge expansion of the welfare state, liberalizing immigration, and using force for democratization abroad. All the next Democratic president has to do to finish Bush's hard work is to raise taxes to pay for it all.
A França republicana e laica bem pode ter imposto uma "lei do véu" que a escola republicana continua sofrer de uma influência cada vez mais forte dos integristas religiosos. Um relatório, Les signes et manifestations d'appartenance religieuse dans les etablissements scolaires, apresentado por Jean-Pierre Obin, Inpector-geral da educação, entregue em final de 2004 ao ministro da educação francês, François Fillon, é absolutamente esclarecedor quando ao avanço do integrismo islâmico dentro das escolas francesas.
É que, ao contrário do que possa parecer, o problema não é apenas uma questão de tirar ou pôr o véu, vai muito longe: questão como o jejum durante o Ramadão, em que aqueles que são de origem magrebina, mesmo que não queiram jejuar, são obrigado a fazê-lo por pressão comunitária, é a questão do tipo de alimentos na cantina, da recusa em aprender certos conteúdos do currículo, da recusa de se misturarem com os outros, regressão da condição da mulher nas comunidades imigrantes e, por isso, aumenta também, nas escolas, a violências contra as raparigas, etc...
Por muito afastada que esta situação esteja longe da nossa realidade escolar, é, no mínimo preocupante o que se passa em França.
Ao acabar com (ou, pelo menos, limitar fortemente) o degradante espectáculo do beija-mão, Sócrates começa bem. A minha esperança relativamente a este governo (a qualquer governo?) é muito reduzida mas é de assinalar esta boa prática.
Este Insurgente tem todo o prazer em aceitá-lo. Recordo que, anteriormente, dediquei já vários posts, comentários e mensagens pessoais ao Timóteo. Não posso ser acusado de o estar a ignorar.
Parto para esta aventura com muitas ideias pré-concebidas e com o desejo sincero de encontrar a Verdade onde quer que ele esteja.
Mas primeiro, antes de começarmos, conviria esclarecer o seguinte (são pré-condições):
Não percebo porque é que o Timóteo se dirige o seu ódio anti-anti-clerical apenas contra o Blasfémias e a Jaquinzinhos. No conjunto desses Blogs existe apenas um único anti-clerical e anti-católico militante. Existem outros blogs, o Barnabé p.ex., onde o número de anti-clericais anti-católicos por metro quadrado é muito superior. Esses Blogs não serão também merecedores do seu ódio?
E também não percebo porque razão pretende convencer os 'neoliberais católicos' d'O Insurgente da validade das suas teses e não se dedica a 'evangelizar' os 'ateus de esquerda' do Blasfémias, do Blogue de Esquerda, do País Relativo ou da Causa Nossa. Esses também terão de ser convencidos que para ser de esquerda é necessário ser cristão.
Como sabe, existe um conjunto de temas que são objecto da acção política e que colocam em causa determinados princípios morais (Vd. o 3º parágrafo do nº4 deste documento). No que diz respeito a este conjunto de temas, não se admitem abdicações, excepções ou compromissos de qualquer espécie. Existe apenas uma via para os Católicos.
Por outro lado, existe um outro conjunto de temas objecto da acção política que têm um carácter contingente e prudencial, sendo muitas vezes moralmente possíveis diversas estratégias e técnicas para realizar ou garantir um mesmo valor. Neste caso poderá existir grande diversidade de opinião entre os Católicos.
As suas objecções às 'políticas neoliberais' (logo veremos o que são) não farão parte deste segundo grupo de temas?
Para começar a discussão, o Timóteo quer que nós consideremos um conjunto de definições. Aqui vão as minhas críticas e sugestões às suas definições:
Quanto à definição de "Esquerda", a última frase do nº1 não faz sentido no sítio onde está. Retire-a.
Já agora mais uma questão: porque razão é que você define a esquerda apenas em termos do conceito de desigualdade?
Independentemente de outros também se reverem nelas, existem um conjunto de temas que a esquerda unanimente considera como fazendo parte das suas propostas política e que dizem respeito às 'causas fracturantes'. Porque não incluir uma referência a estas políticas na sua definição?
A sua definição de cristão está confusa demais.
Mantenha-a curta como no caso da definição de ateu. Proponho que a reduza à 1ª frase.
Existem cristãos que não são católicos. Portanto não faz sentido citar o Papa.
Não misture as definições com o argumento que vai defender. Isso é uma forma de manipulação dos resultados.
Proponho a seguinte definição alternativa: "o neo-liberalismo são as propostas de política económica que resultam da filosofia política de Hayek, dos ensinamentos da Escola de Chicago e das teorias de James Buchanan da escola da Vírginia."
The US economy is 20 years ahead of that of the EU and it will take decades for Europe to catch up (...).
The EU's current performance in terms of employment was achieved in the US in 1978 and it will take until 2023 for Europe to catch up, the report shows.
The situation is scarcely better when it comes to income per person. The US attained the current EU performance in 1985 and Europe is expected to close the gap in 2072.
But the bleakest picture comes when comparing the two economic blocs in terms of research and development. Europe is expected to catch up with the US in 2123 and then only if the EU outstrips America by 0.5 percent per year in terms of R&D investment.
É claro que ainda há quem insista que tudo não passa de uma "diferença cultural".
A leitura deste ‘post’, de Vital Moreira, não me leva apenas a questionar o que aquele Professor da Faculdade de Direito de Coimbra ainda não compreendeu sobre o que significa a liberdade de imprensa. Obriga-me, também, a pensar em algo mais complicado e difícil de entender. A razão que o leva a concluir que situações como esta devem ser reguladas.
Existe, depois, outro factor que Vital Moreira esquece e que, pelo menos eu assim o entendo, não devemos esquecer. Dos cinco partidos com assento parlamentar, apenas três (impressionante, não é?) têm tradição democrática. Precisamente os três representados na Quadratura do Círculo.
O Director-Geral da Euratex (confederação das empresas têxteis europeias) exigiu que a UE tome medidas para limitar a importação de têxteis chineses.
The time has now come to limit the seemingly voracious appetite of Chinese exporters for the European market.
Pela retórica usada somos levados a crer que os malvados dos exportadores chineses obrigam os retalhistas e os consumidores europeus a comprar os seus produtos. Se os industriais europeus não conseguem competir pelo preço terão que o fazer utilizando outras variáveis. O proteccionismo é que não é aceitável. Não se pode (nem se deve) obrigar os consumidores a comprar o que não querem.
Embora discordando da tese (e não sabendo exactamente o que é um "neo-liberal", mas isso é outra conversa) reconheço alguma acuidade a esta descrição do timshel:
Dirijo-me apenas ao Insurgente porque me parece existir ainda neste blogue neo-liberal uma forte componente de católicos. Todos os outros blogues neo-liberais me parecem já francamente dominados pelo anti-clericalismo
Reconheço sem problemas que há uma tensão entre algumas visões do liberalismo (mais de tradição jacobina) e a religião, agora não vejo é a tal relação necessária que o nosso timshel pretende demonstrar.
Informo os excelentissimos leitores d'O Insurgente e os meus co-bloggers que desde ontem comecei a colaborar no Bonfim, um blog em que a única corrente ideológica aceite é a do Vitória Futebol Clube.
"Euthanizing terminally ill newborns, while still [SIC] very rare, is more common in the Netherlands than was believed when the startling practice was reported a few months ago -- and experts say it also occurs, quietly, in other countries.
Dutch doctors estimate that at least five newborn mercy killings occur for every one reported in that country, which has allowed euthanasia for competent adults since 1985."
Na TSF o título de um notícia informa-nos que o "Exército [israelista] mat[ou um] activista palestino". Seria um activista político? Porventura um activista dos Direitos Humanos?
O corpo da notícia é esclarecedor. O nosso activista pertencia a uma simpática organização conhecida como Jihad Islâmica. Era inclusivamente suspeito de ter participado num atentado que "matou cinco pessoas e feriu cerca de cinco dezenas".
Agora percebo. Foi uma gralha do jornalista. Queria escrever "terrorista" e saiu-lhe "activista". Ou então era um activista dos atentados.
A ideia é simples e ao mesmo tempo estranha: armada com almofadas e travesseiros, uma multidão com mais de 500 pessoas juntou-se, como que instantaneamente, às 8:00h da noite de segunda-feira, na Praça Rabin, no centro de Tel Aviv, para uma batalha campal. O objectivo era desfazer as almofadas, rir alarvemente e descarregar o stress.
(...)
[N]a televisão estatal do Dubai onde, perante a incapacidade de compreender uma flash mob sem quaisquer intuitos políticos, os “jornalistas” insistem que a batalha de almofadas foi “uma manifestação de colonos em protesto contra a decisão de Sharon de retirar de Gaza”. (...) Já agora, atente-se num pormenor: logo no início, recusando mencionar Israel de forma directa, o pivot do noticiário diz que a “manifestação” ocorreu em “Tel Aviv, nas terras árabes ocupadas”.
Criou-se, na sociedade actual, a ideia que a classe burguesa nunca teve princípios. Quem acredita hoje que um empresário, comerciante e até mesmo um qualquer profissional liberal, possa recusar o lucro imediato e preferir, antes de mais, fazer crescer o seu negócio a longo prazo? Quem acredita que um empresário pode ser sóbrio, frugal, preocupar-se com quem ele trabalha, sentir-se responsável?
O ideal socialista tentou destruir a propriedade privada. Como não o conseguiu, passou a fazer pontaria para um dos valores que sustentavam e, apesar de tudo, ainda sustentam, a sociedade liberal: A confiança.
Não me custa a acreditar que Ana Gomes esteja genuinamente convencida das suas posições e até que escreva com a melhor das intenções mas confesso que textos como este me assustam um pouco.
Desde a clandestinidade do anterior "texto cifrado (às cruzinhas)" (ver aqui), até à descrição de Sónia Fertuzinhos (a bold no original) como "inteligente, progressista, competente, trabalhadora, dedicada ao Partido, tem invulgares e demonstradas qualidades de liderança e capacidade de iniciativa, bom-senso, experiência como deputada, sólida preparação académica, é jovem, mãe de filhos pequenos, sabe comunicar (e em várias línguas) - enfim, a "dream female young leader" que qualquer Partido socialista ou social-democrata por essa Europa fora se pelaria por exibir", sem esquecer as várias referências ao "Partido" (assim mesmo: com "P") tudo me parece ligeiramente (?) deslocado da moderação que seria de esperar de uma destacada figura de um partido social-democrata em 2005.
Na mesma linha me parecem vir as considerações de que um governo com apenas 12,5% de mulheres é uma "vergonha para Portugal e para o PS" e uma "ofensa para as mulheres portuguesas", por muito que eu me esforce por entender de que forma um governo com 18,7%, 34,9%, ou mesmo 62,3% de mulheres seria mais ou menos ofensivo fosse para quem fosse (e por favor não me interpretem mal: acho que há importantíssimas funções em que só uma proporção de 100% de mulheres é aceitável...).
Espero que a maioria absoluta de Sócrates sirva pelo menos para que nos consigamos agarrar a algumas velhas amarras e evitar a deriva total...
No Causa Nossa um leitor insurge-se (entre outras coisas) contra a participação de Lobo Xavier no programa A Quadratura do Círculo. Argumenta o leitor que:
aquele senhor que "representa" o partido do senhor Portas, também deveria ser substituído! Porquê ?!... Pois, exactamente, porque as recentes legislativas determinaram que esse partido passou para o quarto lugar; logo a presença do tal senhor Lobo representa uma usurpação do direito [!!!]que assiste a um elemento que defenda as ideias da terceira força resultante do último acto eleitoral.(...)
Usurpação do direito?!! Cada dia que passa descubro um "direito" que desconhecia em absoluto!
"Direita ? Que Direita ? A direita dos que se afirmam liberais mas não largam por nada deste mundo o conforto do seu emprego no Estado? A direita dos que proclamam aos quatro ventos a superioridade do mercado e da iniciativa privada mas que projectam os seus negócios e organizam os seus escritórios em função de filiações e conhecimentos partidários? A direita dos que esconjuram a administração pública e o seu despesismo, mantendo avenças e lugares em empresas, fundações e institutos públicos? A direita dos que trocam valores por favores...? A direita a quem interesa o lago partidário de águas chocas...para que na aparância de mudança possa ficar tudo na mesma? A direita dos que afirmam sê-lo, temendo em muitas circunstâncias parecê-lo?
Na verdade esta direita...é a maior aliada da esquerda."
Aquiainda existem pessoas que não compreendem porque é que um cristão só pode ser de esquerda e porque é que quem é de esquerda só pode ser cristão. Tal como não compreendem porque é que um neo-liberal só pode ser ateu e um ateu só pode ser neo-liberal.
Discordo em alguns pontos importantes (nomeadamente quanto à quase hegemonia da esquerda na comunicação social, que é para mim uma evidência, e quanto à matemática que permita fundamentar que "[s]e o PSD tem um líder como Durão ou Santana, há um terço da direita que prefere Portas." - pelas últimas eleições, e descontando, os pequenos partidos, o valor correcto anda creio eu perto de um quinto e não de um terço, mas todos sabemos que o forte da esquerda nunca foram as contas...), mas é uma análise que revela lucidez em vários pontos e, como tal, merece ser lida.
Certamente já toda a gente ouviu falar de Giuliana Sgrena, a jornalista italiana do jornal comunista "Il Manifesto", raptada no iraque e das circunstâncias dramáticas em que se deu a sua libertação. O companheiro de Sgrena diz que os americanos a queriam matar, ela afirma que foi embuscada, que os raptores a tinham avisado que os americanos não a queriam viva, etc., etc. etc.
Entretanto, dei por acaso com este artigo no jornal Nederlands Dagblad, publicado em 8 de Março, da autoria de Harald Doornbos que tinha viajado no mesmo avião de Sgrena para Bagdade.
Penso que o artigo é interessante, pelo que o traduzi (desde já agradeço a ajuda recebida), para ficarmos a perceber quem é esta senhora.
A jornalista Sgrena tem ódio aos ianques
Pelo nosso correspondente Harald Doornbos
BEIRUTE – “Vê lá se não és raptada”, disse eu à jornalista italiana sentada ao meu lado no pequeno avião com destino a Bagdade. “Oh, não”, disse ela.. “Nós estamos do lado do oprimido povo iraquiano. Nenhum iraquiano nos raptará.”
Oito dias mais tarde, esta mulher, Giualina Sgrena, foi raptada por iraquianos armados no decurso de uma visita à universidade de Bagdade. Um mês após o seu rapto foi libertada. Mas não diz como. Um pouco mais de quatro semanas esteve ela prisioneira, tendo aparecido numa mensagem vídeo na televisão, a soluçar, suplicando pela sua vida, pedindo a retirada das tropas italianas. Ela disse também que “o Iraque não era país para jornalistas”. Depois, seguiram-se negociações entre as autoridades italianas e o grupo de raptores que ameaçou decapitá-la.###
Muito provavelmente, sexta-feira passada, foi pago um resgaste, após o que membros dos serviços de informações italianos foram buscá-la. Mas a atribulação ainda não tinha terminado. Após Sgrena ter sido libertada, o condutor rodava demasiado rápido e o seu carro foi baleado num posto de controlo do exército americano quando seguia em direcção ao aeroporto internacional de Bagdad. Uma bala atingiu Sgrena num ombro; um agente secreto italiano foi morto por uma bala.
Sgrena, que chegou sábado passado a Roma, afirmou que os americanos queriam assassiná-la. O membro dos serviços secretos teve ontem uma funeral de estado e em Itália é venerado como um herói.
Não parece muito simpático criticar uma colega jornalista. Mas a atitude da Sgrena é uma vergonha para os jornalistas. Ou não me tinha ela dito antes no avião ao meu lado que “jornalistas normais como” tu não apoiam o povo iraquiano. “Os americanos são os maiores inimigos da Humanidade”, disseram-me as três mulheres italianas,pois Sgrena viajou para o iraque com duas colegas italianas que também odiavam os americanos.
Quando eu disse que não iria viajar assim para Bagdad, mas que ia para o Iraque como jornalista “incorporado” (o que implica viajar durante um certo período com o exército americano), fui certamente tratado por elas como um grande traidor. “Eu apenas não quero ser raptado” disse-lhes e essa “era a única razão para ir com os americanos”.
Risos. “Não estás a compreender a situação. Nós somos anti-imperialistas, anticapitalistas, comunistas” disseram. Os iraquianos raptam apenas os simpatizantes dos americanos, os inimigos dos americanos não têm nada a temer.
Então eu disse-lhes que eu pensava que elas não estavam bem da cabeça. Tu realmente não podes negar mais que no Iraque já operavam grupos da al-Qaeda, que caçavam especificamente jornalistas ocidentais, expliquei-lhes. E que os combatentes da al-Qaeda eram o expoente árabe do fascismo: anti-americanos, anti-judeus e – nomeadamente – anti-comunistas.
Mas elas mais espertas. Quando descemos no aeroporto de Bagdad, eu esperava por um jipe do exército americano que me vinha buscar. Entretanto, vi uma das três italianas do grupo da Sgrena a chorar e a andar às voltas, porque um iraquiano lhe tinha roubado o computador e o equipamento de televisão. Ficaram a tremer à espera de um táxi que as levasse para Bagdade.
Com a seu enviesamento total, Sgrena não apenas se pôs em perigo, como, devido ao seu comportamento, um agente de segurança está agora morto, e o governo italiano (primeiro-ministro Berlusconi incluído) teve que gastar milhões de euros para salvar a vida da jornalista. Espera-se que Sgrena escolha uma outra profissão. Publicitária ou deputada, talvez. Mas devia desistir imediatamente do jornalismo.
..."Many people don't realize that science basically involves assumptions and faith. But nothing is absolutely proved," Townes said. "Wonderful things in both science and religion come from our efforts based on observations, thoughtful assumptions, faith and logic."
...Townes said that, with findings of modern physics, it "seems extremely unlikely" that the existence of life and humanity are "just accidental," which inevitably raises religious questions about whether the universe was planned."
Uma das razões porque não sou socialista encontra-se, não apenas no plano económico, mas também no social. Os socialistas defendem, como imperativo moral, o apoio social aos mais pobres ou, utilizando o politicamente correcto, às classes mais desfavorecidas. Mas, o imperativo moral termina por aí. Não se estende a quem recebe as ajudas, nem à sociedade que as dá. Esta limita-se a dar e deixa de valorizar o esforço de quem recebe, deixando de responsabilizar moralmente os pobres pelo uso que fazem das ajudas que auferem. Por sua vez, os pobres deixam de pretender ser independentes destes subsídios, pretendendo mantê-los durante o maior período de tempo possível.
A intenção dos socialistas é das melhores. Ajudar. Sucede que é um ajudar que se limita a dar, não pede responsabilização, nem resultados. Os apoios que dá reduz-se, pois, a um lavar de mãos, a um a limpar da consciência. Os resultados são dos piores e traduzem-se numa cada vez maior dependência do Estado. Levam, não apenas à manutenção da miséria, mas também à pobreza de espírito e à falta de dignidade humana.
Para quem não conhece, e especialmente para àqueles que ainda defendem o welfare state, recomendo vivamente a sua leitura. Este relata a história e as consequências económicas e sociais da implementação do Welfare State na Grã-Bretanha. Nas palavras de Milton Friedman:
A splendid book. It's a devastating critique of the welfare state. A page-turner, yet also extensively sourced. Demonstrates how attempts to achieve good intentions have led to horrible results -- increasing crime and violence, worsened conditions of the very poor, an extraordinary deterioration in the quality and character of British life.
O Presidente da Comissão Europeia voltou a incitar os países-membros a aumentarem as contribuições nacionais. Durão Barroso diz que os fundos adicionais são necessários para "programas assistênciais ao nível comunitário" e para "fortalecer e desenvolver o Modelo Social Europeu".[Dúvida: esta comissão não era neo-liberal?!].
Os países-membros não têm (felizmente) demonstrado grande abertura às pretensões da Comissão. O principal argumento é que numa altura em que lhes são exigidas políticas de contenção de despesa não é lícito à que se aprove um aumento da despesa comunitária. Recordo também que as políticas que Barroso pretende reforçar têm sido apontadas por vários estudos como uma das principais causas do progressivo atraso das Economias europeias relativamente aos EUA e aos "tigres" asiáticos.
Entretanto, um grupo de membors do PE elaborou um relatório em que pedem a redução das fontes de desperdício no OC.
Entre estas contam-se a triplicação de instalações do PE (entre o Luxemburgo, Bruxelas e Estasburgo). A concentração num só local permitiria poupar 80 milhões de Euros/ano.
Luciano Amaral no DN: “E se Bush afinal sempre tivesse tido razão?”
"...O interesse da pergunta não está propriamente na sua formulação mas antes em quem a formula. Quem o faz são alguns dos que mais contribuiram para definir a imagem de Bush como um texano tóxico e simiesco, espécie de versão idiotizada de Hitler. A causa próxima desta revisão é o movimento de aparente transformação democrática do Médio Oriente.
Depois de depor duas das mais repugnantes ditaduras do mundo, a dos Taliban do Afeganistão e a de Saddam no Iraque, o cretino de Washington criou condições para a realização de eleições razoavelmente livres nos dois países. Com ondas de choque...no Líbano. Mais, duas outras duradouras ditaduras da região, a Arábia Saudita e o Egipto, também parecem ter subitamente descoberto algumas virtudes (limitadas, é certo) nos papelinhos com cruzes...e pela primeira vez na história local, israelitas e palestinianos aparentam empenhar-se seriamente na resolução do seu eterno conflito.
Continuam, naturalmente, a existir muitos que recusam qualquer ligação entre tais coisas. Fazem parte de uma longa tradição de negadores da realidade, como aqueles para quem a queda da URSS e a democratização da Europa de Leste nada deveram a outro tonto recém-falecido, Ronald Reagan....."
Em virtude da natureza do meu último post e face a preocupações que se têm vindo a manifestar nos últimos tempos, declaro para os devidos efeitos que há efectivamente insurgentes straussianosPor outro lado, que verdadeiro straussiano admitiria a sua condição de forma tão enfadonha? mas que eu não sou um deles.
Gasta quase 50% do PIB. Tudo regula, em tudo intervém, sobre tudo quer ter controlo. Tem como objectivo servir sucessivos governos nas suas tarefas de "estimular a economia", provocar "choques tecnológicos", diminuir milagrosamente o desemprego, redistribuir a riqueza, impor a "justiça social". Sendo um estado tendencialmente máximo, não garante nem justiça, nem protecção, nem defesa externa. Sendo um estado tendencialmente máximo, não tem dentro de si um estado mínimo. É oco.
The other night, upon accepting the 2005 Irving Kristol Award from the American Enterprise Institute, a bastion of inside-the-Beltway conservatism, the Peruvian novelist Mario Vargas Llosa gave a speech extolling liberalism. Not, he hastened to explain, the contemporary American version, but liberalism in its older sense, an outlook predicated on "tolerance and respect for others," the basic elements of which are "political democracy, the market economy, and the defense of individual interests over those of the state."
This liberalism, which requires private property, free markets, and the rule of law, has little in common with the statist mutation that goes by that name in the U.S. One of classical liberalism's central insights, Vargas Llosa noted, is that "freedom is a single, unified concept. Political and economic liberties are as inseparable as the two sides of a medal." By contrast, self-styled liberals in the U.S. tend to view economic liberty with indifference, if not hostility, leaving its defense to conservatives.
Governo espanhol quer banir manifestações religiosas públicas
O jornal católico “La Razón” acusa o governo espanhol de Zapatero de estar a preparar medidas para “proibir legalmente qualquer manifestação pública de carácter confessional”. O objectivo seria, de acordo com o periódico, a construção de um Estado laico, “no qual a religião seja limitada ao âmbito do privado” e erradicada da vida pública. (...) O “La Razón” revela que os ideólogos do PSOE, partido no poder, querem acabar com a actual situação de Estado aconfessional que caracteriza a Espanha, com a redacção de um “Estatuto de Laicidade”.
Um dos aspectos mais polémicos deste documento é a sua recomendação para que o Governo limite “sempre que possível” as manifestações religiosas fora dos templos, nas ruas e praças de Espanha.
O Presidente Sampaio anuncia a intenção de "Tenta[r] até ao fim do mandado qualificar os portugueses, inovar com os portugueses, nas empresas, nas escolas, nas tecnologias".
Eu por mim dispenso. Não pretendo inovar nem qualificar-me com o Presidente da República. Há certas aspectos da minha vida em que sou claramente conservador...
Hoje de manhã, a nossa querida TVCabo/Netcabo decidiu estar fora de serviço cerca de 4 horas na minha zona. Consoante o/a assistente que me atendeu, o problema deveu-se a: a) uma avaria que iria demorar 2 a 4 horas a resolver; b) execução de trabalhos de manutenção que iriam demorar de 2 a 5 horas.
Sinceramente, para mim, tanto me faz que o problema que me impediu ter acesso à Net (é óbvio que o acesso à TV, durante as horas de trabalho, é menos importante) durante quatro horas, pois os incómodos que ambas proporcionam à minha actividade, bastante dependente de estar ligada online, são iguais.
Eu não sei, mas conceitos como "fiabilidade", "disponibilidade", "tempo de disponibilidade" ou "tempo de funcionamento" devem querer dizer alguma coisa à administração da Netcabo. Já agora também "satisfação do cliente" deve ter alguma importância para a a gestão de topo da empresa.
Mas, começo a ter dúvidas. A começar pela oferta televisiva que cada vez é de menor qualidade para quem não tem PowerBox (não tenho, nem nunca terei. É uma questão de princípio), continuando pelos problemas na linha Net (sendo verdade que estes problemas se têm reduzido, quando comparado ao que aconteceu há um ano atrás), para já não falar nos preços (noutro dia, comparei tarifários com uma pessoa, que vive em Paris, e fiquei elucidado).
A posição favorável que eles têm no mercado deve ter alguma coisa a ver com isto.
Não deixa de ser fascinante matéria de estudo comparar o vigor e a tenacidade posta na compra dos bilhetes dos U2 pela mesma geração de jovens cujos professores dizem que eles não lêem porque os livros são caros. Que, pelo menos até ao passado ano lectivo, tinha de abandonar as faculdades porque não podiam pagar as propinas. E cujos corpos e almas segundo nos andam a garantir há anos psicólogos e pedagogos ficariam profundamente traumatizados caso tenham de se esforçar pelo que quer que seja. Nem sei o que seria se tivessem de dormir ao relento a noite mais fria do ano para obterem, por exemplo, uma bolsa de estudo. Felizmente que foi para os U2. Assim ninguém se traumatizou.
Todos anos, em Janeiro, realizam-se por todo o país as Assembleias de Condóminos.
Nas semanas seguintes, as queixas dos participantes dominam as conversas e parece que toda a gente tem um vizinho do 4º Esq. em quem gostaria de praticar eutanásia.
Aparentemente, o auto-governo não funciona nem na mais básica das comunidades.
O que é curioso é que os condomínios apresentam um conjunto de características que, à primeira vista, garantiriam outro tipo de resultados:
É uma comunidade pequena. Logo, os ‘custos de transacção’ são reduzidos e a probabilidade de ocorrência da ‘tragédia dos comuns’ diminui.
É uma comunidade estável com fronteiras definidas e interacções frequentes. Logo, a reputação torna-se um valor importante e potencialmente resolve as dificuldades associadas ao ‘dilema do prisioneiro’.
As normas que regem a comunidade são transparentes (eleição do administrador, partilha dos custos, pagamentos, etc…) e definem claramente as responsabilidades de cada um. Logo, não se pode alegar que exista desconhecimento das normas ou erros repetidos por parte de alguns condóminos.
As características acima referidas em conjunto contribuem para que a ‘opacidade social’ seja reduzida. Não é fácil prevaricar e passar despercebido.
Existe um conjunto de penalizações claramente definidas.
Em último caso, pode-se sempre recorrer a uma autoridade exterior para aplicar as penas por incumprimento.
Outra questão é o desprezo a que muitos votam este exercício de auto-governo. Neste caso, não é possível alegar distanciamento entre ‘eleitores’ e ‘eleitos’ ou separação entre o interesse particular e o bem comum para justificar o abstencionismo.
Já ontem fiz referi a este ‘post’ do Filipe. Hoje, vejo-me na necessidade de o voltar a mencionar. O que nos diz o Filipe? Que, para se pôr em prática medidas de esquerda, se devem, quando necessário, aumentar os impostos. E acrescenta que esse aumento deve ser pago, preferencialmente, pelos ricos.
Retiro daqui duas formas de ver o mundo que me confundem. A segunda mais que a primeira. Quanto a esta a última, ela refere-se à ideia que o Filipe tem que, se o dinheiro estiver nas mãos dos mais ricos, ao invés de ser entregue ao Estado, não haverá progresso. Do seu texto podemos depreender (creio que não me engano) que para o Filipe, quem tem dinheiro apenas o utiliza para ficar com mais, não criando qualquer tipo de riqueza à sociedade. Dito de uma forma mais simples. Para o Filipe, um empresário apenas quer engordar a sua fortuna pessoal. De pouco interessará se, para isso, cria empregos e riqueza ou, se investe em fábricas que produzem mercadorias. De pouco interessa ao Filipe que, se um empresário ganhar 1000, outros podem ganhar 100. O Filipe apenas olha e vê os 900.
É quando o Filipe apenas apreende os 900 que chegamos à segunda forma que ele tem de ver o mundo que me confunde. Para o Filipe, uns não podem ganhar mais que outros. Se tal acontecer, há uma solução muito simples. Aumentar os impostos. Veja-se a dupla vantagem desta medida: Por um lado subsidia-se o Estado e, por outro, ‘castiga-se’ quem mais ganha.
A ideia, desculpa-me a expressão Filipe, medíocre, que a justiça é sermos todos iguais e não o estarmos todos melhor, é algo que me espanta. Naturalmente me entristece quando a leio apregoada e aplicada e quando assisto ao cortar das asas de quem quer empreender.
O Presidente em exercício da UE, Jean-Claude Juncker, admitiu ontem que devido à falta de acordo quanto à revisão do PEC é provável que as suas regras permaneçam inalteradas.
Isto significa que o futuro governo português terá de esperar que se efective a recuperação económica (e o consequente aumento das receitas fiscais) para poder executar as suas políticas sociais despesistas sob pena de violar a regra do défice. Em alternativa, poderá optar por um contraproducente (tanto em termos políticos como económicos) aumento de impostos. Poderá contudo, tal como o fizeram Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite, imputar as culpas da contenção orçamental à UE. Dá sempre jeito ter um bode expiatório.
Resta ainda saber como irá reagir o eixo franco-alemão que têm sido os maiores defensores do laxismo orçamental. Aguardo com expectativa se, no futuro, a Comissão e o Conselho de Ministros terão coragem para impor a estes países as devidas penalizações pela infracção do PEC.
A este respeito o Minstro das Finanças inglês, Gordon Brown, deixou um sério aviso:
"We shouldn't leave unresolved the fundamental problems with the stability pact as it currently operates," he said.
He said that Britain had suffered from a lack of credibility in its economic policies with high interest rates in the early 1990s but was now enjoying the fruits of better fiscal management.
"We must not in the European Union repeat the mistakes that Britain has made in the past," he said.
"There remains a lot more work to be done there," Putin said in remarks broadcast on Russian television. "We have to gather our forces to protect the people of the republic and citizens of all Russia from the bandits."
Leo Strauss, como aliás a generalidade dos grandes filósofos, atribuía enorme importância à leitura dos textos clássicos. Há uma passagem da República de Platão, que é uma espécie de "história resumida" dos sucessivos tiranos russos, quer se trate de Estaline ou de Putin. Poderá ser particularmente elucidativa quando se procura entender por que razão um tirano prefere eliminar os opositores mais moderados, como parecia ser o caso de Maskhadov e preservar os mais radicais, como é seguramente o caso do facínora Basayev:
— Mas quando conseguiu, julgo eu, nas suas relações com os inimigos de fora, reconciliar-se com uns e destruir outros, e daquele lado há tranquilidade, primeiro que tudo está sempre a suscitar guerras, a fim de o povo ter necessidade de um chefe. — É natural. — E também a fim de os cidadãos, empobrecidos pelo pagamento de impostos, serem forçados a tratar do seu dia-a-dia e conspirarem menos contra ele? — É evidente. — E, segundo julgo, se ele suspeitar que alguns deles albergam pensamentos de liberdade que os afastem da obediência a ele, provocará essas desavenças, com o pretexto de os deitar a perder, entregando-os aos inimigos. Por todos esses motivos, um tirano tem sempre necessidade de desencadear guerras. — Forçosamente. — Mas tal procedimento predispõe os cidadãos a odiá-lo mais. — Pois não! — Mas não haverá alguns dos que ajudaram a elevá-lo àquela posição e que têm poder para falar livremente, diante deles e uns com os outros, e que critiquem os acontecimentos, pelo menos aqueles que forem mais corajosos? — É natural. Logo, o tirano tem de eliminar todos esses, se quiser governar, até não deixar ninguém dentre amigos e inimigos que tenha alguma valia.
Platão, A República
A reconstituição de um poder despótico na Rússia é uma péssima notícia para o mundo e por razões de ordem geopolítica é especialmente grave para a União Europeia, que tem muito a perder. Ou a ganhar: o poder económico europeu é decisivo no esforço de persuasão para que a Rússia inverta a "tendência autoritária".
Há na sociedade portuguesa um conjunto de discriminações absolutamente inaceitáveis e que urge combater:
Hoje comemora-se o Dia da Mulher. A criação do correspondente dia do homem não está sequer em estudo. É péssimo sinal que não tenha voltado a existir o Ministério da Igualdade, de saudosa memória. Ainda assim, propõe-se que o Governo promova um estudo que determine o dia do ano mais apropriado para comemorar o Dia do Homem e que o institua o mais rapidamente possível. É fundamental garantir igual dignidade para ambos os sexos.
Estudos demonstraram que em Portugal, e aparentemente no resto no mundo, 100% (repito: 100%) dos parturientes são do sexo feminino. É uma discriminação inaceitável. Os homens têm tanto direito à maternidade como as mulheres. O sexo com que se nasce é moralmente arbitrário. Há que financiar estudos que permitam aos homens corrigir o defeito genético que impede que concebam e dêem à luz.
Verificou-se também que entre os profissionais de serviço doméstico e de limpezas os homens constituem uma minoria ínfima. Este facto só pode decorrer da discriminação consciente ou insconsciente dos empregadores. É urgente estudar a situação mais aprofundadamente e tomar medidas que permitam repor a paridade dos sexos nestas profissões.
Verificou-se também que, apesar de uma tendência positiva, os homens continuam a ser minoritários entre os profissionais de enfermagem. Da mesma forma, os homens começam a tornar-se minoritários entre a população que frequenta o ensino superior. Em ambos os casos é urgente impôr quotas mínimas para ambos os sexos, de forma a repor a paridade entre sexos.
Em relação à vida familiar, estudos recentes mostram que as mulheres monopolizam a atenção e os cuidados aos filhos, privando os homens de actividades que são claramente gratificantes e sem as quais a paternidade não pode ser convenientemente fruída. É necessário limitar o número de horas que as mulheres podem dedicar aos filhos, bem como promover campanhas de sensibilização junto das mulheres portuguesas que as alertem para as consequências de uma paternidade cerceada.
Mario Vargas Llosa, em Confessions of a Liberal, recorda boas razões para os liberais se oporem à criação de partidos liberais:
A great liberal thinker, Ludwig von Mises, was always opposed to the existence of liberal parties because he felt that these political groups, by attempting to monopolize liberalism, ended up denaturalizing it, pigeonholing it, forcing it into the narrow molds of party power struggles. Instead, he believed that the liberal philosophy should be a general culture shared with all the political currents and movements co-existing in an open society supportive of democracy, a school of thought to nourish social Christians, radicals, social democrats, conservatives and democratic socialists alike. There is a lot of truth to this theory. Thus, in our day, we have seen cases of conservative governments, such as those of Ronald Reagan, Margaret Thatcher and José María Aznar, which promoted deeply liberal reforms. At the same time, we have seen nominally socialist leaders, such as Tony Blair in the United Kingdom and Ricardo Lagos in Chile, implement economic and social policies that can only be classified as liberal.
"...atheists in Europe have become “an infinitesimally small group.” “There are not enough of them to be used for sociological research,”...
...Two developments are plaguing atheism these days. One is that it appears to be losing its scientific underpinnings...1,200 studies at research centers around the world [showed a correlation between faith, prayer and recovery from illness].
...The other is the historical experience of hundreds of millions of people worldwide that atheists are in no position to claim the moral high ground.
...the decline of atheism in Europe does not mean that re-Christianization is taking place. “What we are observing instead is a re-paganization,” he said.
...the Roman Catholic Church [handles] this peril more wisely than ...Protestants...[not] making any concessions in the ethical realm,”
...Christianity’s greatest opportunity [is] when its message addresses two seemingly irreconcilable quests of contemporary humanity — the quest for freedom and truth.
“Christianity alone affirms that truth and God’s dependability are inseparable properties to which freedom is linked.” ..."
Desde que o Miguel Portas chegou ao Parlamento Europeu...
Palestinian Authority The post-Arafat era has begun. Palestinians voted for a new president in January?s free elections and a parliamentary poll is set for July. New leader Mahmoud Abbas is raising hopes of peace but it is still unclear whether he will be able to exert control over militant groups and negotiate a territorial deal with Israel.
Lebanon Assassination of former prime minister Rafik Hariri acted as a catalyst for change. Syria today begins withdrawing its forces to the eastern Bekaa Valley. Free elections may take place in May after protests brought Black down the pro-Syrian Sea government. Not known when a final pull-out of Syrian forces will take place.
Syria Washington and Damascus are locked in a dialogue of the deaf. President Bashar Assad refuses to relinquish his trump cards (support for Hizbollah and radical Palestinians) as long as conflict with Israel over Golan Heights continues. Blamed for the murder of Rafik Hariri, Assad has reluctantly ordered his forces in Lebanon to pull back.
Iraq Bush and his allies believe democracy is finally flowering in Iraq. Eight million voted to elect government in January. A constitution enshrining personal, political and religious freedoms is to be drawn up by October. But a bloody insurgency continues to mar progress. The under-representation of Sunnis in the new government will be a problem.
Egypt President Hosni Mubarak ? unopposed in power since 1981 ? surprised the West in February announcing multi-candidate presidential elections for September. Health troubles have sparked succession worries though Mubarak has denied a plan for dynastic succession by his son Gamal. A close US ally, Egypt receives $3bn a year in tied aid.
Saudi Arabia Fearful of change, accustomed to a system in which it holds enormous power and privileges, the Saudi royal family views serious reform as a risk not worth taking, although the greatest risk to its survival comes from doing nothing at all. Elections for local councils were recently held for the first time, but women were barred from voting.
Libya No sign yet of democracy arriving in the Great Socialist People?s Libyan Arab Jamiriyah. Although once regarded by the West as a pariah state, Colonel Muammar Gaddafi?s decision to take responsibility for the Lockerbie bombings and renounce WMD brought it back into the fold. However it remains a dictatorship.
Yemen Yemen is a fragile not a failed state. A nascent democracy with the most open political system in the Arabian Peninsula, its government has shown a general commitment to developing the instruments of a modern state and has cooperated with international efforts to uproot the al-Qa?ida network. Presidential elections planned for this year.
Kuwait Kuwait?s parliament has agreed to speed up moves towards a law to grant women the same political rights as men. The decision came amid noisy street rallies by women activists. The country?s ruler, Sheikh Jabir al-Ahmad al-Sabah, is moving slowly towards giving women the vote. But political parties remain outlawed.
Bahrain Voted in 2001 to become a constitutional monarchy with elected parliament and independent judiciary.
Qatar Greater political openness since current head of state came to power in 1995. Democratic elections were held in 1999.
P.S. Há 6 meses atrás, os cidadãos árabes podiam participar livremente em eleições, formar partidos e eleger representantes para o parlamento num único país do Médio Oriente.
P.S2. O Afeganistão não fica no Médio Oriente e a sua população não é árabe (com excepção de algums membros de uma associação de beneficiência liderada por um milionário saudita).
Albert Esplugas Boter publica na liberalismo.org uma sinópse de "Capitalism and the Historians" editado por F.A.Hayek.###
Aún hoy está ampliamente extendida la idea de que la Revolución Industrial fue un período oscuro en la historia de Occidente, una etapa lúgubre y vergonzante en la que el hedor de las fábricas sustituyó el aire puro del campo feudal y las masas se vieron sometidas al látigo de los avariciosos capitalistas, empobreciéndose en beneficio de esta nueva clase pudiente. Persiste, todavía, en el imaginario de mucha gente la estampa de unos obreros, antes boyantes campesinos, urbanizados y explotados en las fábricas de la burguesía, en condiciones laborales atroces y en estricto régimen de subsistencia. La Revolución Industrial constituye de este modo el pecado original del capitalismo, cuando no la prueba de que el libre mercado es inherentemente injusto y debe ser corregido o superado por otro sistema que no esté en contradicción con la justicia social. La prosperidad de que gozamos, alegan, se alza sobre el sacrificio de aquellas generaciones pretéritas. El nuestro es un progreso teñido de culpa. Y si el capitalismo, para generar bienestar, requiere de un período inicial de penuria y explotación intensificada y generalizada, es que el capitalismo es indigno per se, porque nada intrínsecamente justo necesita de lo injusto para desarrollarse. Luego su status será, a lo sumo, provisional.
El Capitalismo y los Historiadores, editado por Friedrich Hayek, es un compendio de ensayos que se propone refutar, de una vez para siempre, la popular y populista mitología socialista que envuelve la Revolución Industrial inglesa, manejada en esta obra como modelo paradigmático por ser la primera, la más afamada y la más estudiada de las revoluciones industriales. El libro reúne ensayos de Hayek, Ashton, Hacker, Hartwell, De Jouvenel y Hutt. La calidad y el interés de los distintos artículos es desigual, si bien no haremos aquí ninguna crítica exhaustiva de los mismos. Me parece más interesante destacar los aspectos relevantes de la exposición de cada autor y acaso emitir algún que otro juicio valorativo puntual.
La Revolución Industrial inglesa, que cabe ubicar entre mediados-finales del siglo XVIII y mediados del siglo XIX, ha sido objeto de estudio de un sinnúmero de historiadores que durante décadas, imbuidos de ideas marxistas, carentes de rigor e imparcialidad, faltos de una teoría previa y una metodología adecuada, difundieron una visión radicalmente distorsionada y partidista de la realidad, un dramatizado cuadro que se alejaba de los hechos tanto como se ajustaba a los esquemas ideológicos de la pujante masa socialista. Esta falaz interpretación de los acontecimientos fue revisada, criticada e impugnada por la mejor historiografía económica en la primera mitad del siglo XX. Pese a ello, aún predomina en la opinión pública, refrendando las ideas estatistas esparcidas por doquier. La ficción ha adquirido carta de naturaleza pasando a formar parte del reino de los hechos consabidos e indisputables, aunque en el mundo académico ya no pueda sostenerse seriamente tamaño artificio.
(...)
Aún hoy está ampliamente extendida la idea de que la Revolución Industrial fue un período oscuro en la historia de Occidente, una etapa lúgubre y vergonzante en la que el hedor de las fábricas sustituyó el aire puro del campo feudal y las masas se vieron sometidas al látigo de los avariciosos capitalistas, empobreciéndose en beneficio de esta nueva clase pudiente. Persiste, todavía, en el imaginario de mucha gente la estampa de unos obreros, antes boyantes campesinos, urbanizados y explotados en las fábricas de la burguesía, en condiciones laborales atroces y en estricto régimen de subsistencia. La Revolución Industrial constituye de este modo el pecado original del capitalismo, cuando no la prueba de que el libre mercado es inherentemente injusto y debe ser corregido o superado por otro sistema que no esté en contradicción con la justicia social. La prosperidad de que gozamos, alegan, se alza sobre el sacrificio de aquellas generaciones pretéritas. El nuestro es un progreso teñido de culpa. Y si el capitalismo, para generar bienestar, requiere de un período inicial de penuria y explotación intensificada y generalizada, es que el capitalismo es indigno per se, porque nada intrínsecamente justo necesita de lo injusto para desarrollarse. Luego su status será, a lo sumo, provisional.
El Capitalismo y los Historiadores, editado por Friedrich Hayek, es un compendio de ensayos que se propone refutar, de una vez para siempre, la popular y populista mitología socialista que envuelve la Revolución Industrial inglesa, manejada en esta obra como modelo paradigmático por ser la primera, la más afamada y la más estudiada de las revoluciones industriales. El libro reúne ensayos de Hayek, Ashton, Hacker, Hartwell, De Jouvenel y Hutt. La calidad y el interés de los distintos artículos es desigual, si bien no haremos aquí ninguna crítica exhaustiva de los mismos. Me parece más interesante destacar los aspectos relevantes de la exposición de cada autor y acaso emitir algún que otro juicio valorativo puntual.
La Revolución Industrial inglesa, que cabe ubicar entre mediados-finales del siglo XVIII y mediados del siglo XIX, ha sido objeto de estudio de un sinnúmero de historiadores que durante décadas, imbuidos de ideas marxistas, carentes de rigor e imparcialidad, faltos de una teoría previa y una metodología adecuada, difundieron una visión radicalmente distorsionada y partidista de la realidad, un dramatizado cuadro que se alejaba de los hechos tanto como se ajustaba a los esquemas ideológicos de la pujante masa socialista. Esta falaz interpretación de los acontecimientos fue revisada, criticada e impugnada por la mejor historiografía económica en la primera mitad del siglo XX. Pese a ello, aún predomina en la opinión pública, refrendando las ideas estatistas esparcidas por doquier. La ficción ha adquirido carta de naturaleza pasando a formar parte del reino de los hechos consabidos e indisputables, aunque en el mundo académico ya no pueda sostenerse seriamente tamaño artificio.
Leitura recomendada a todos que ainda acreditam na "justiça social".
El total vacío de la frase "justicia social" se demuestra en el hecho de que no existe ningún acuerdo sobre lo que requiere la justicia social en cada instancia particular; también en que no existe ningún test conocido a través del cual decidir quién está en lo correcto si las personas difieren, y que ningún esquema preconcebido de distribución puede ser efectivamente diseñado en una sociedad cuyos hombres son libres. Esto en el sentido que les es permitido usar su propio conocimiento para sus propios propósitos. En efecto, la responsabilidad moral individual por las acciones de cada uno es incompatible con la realización de cualquier modelo general de distribución.
Parece que, com o novo governo, os impostos sempre vão subir. A justificação está na necessidade de combater a crise. É engraçado que, em Portugal, muitas pessoas ainda considerem que, para se sair da crise, se devem aumentar os impostos. É precisamente o contrário. Outro dia, o telejornal da TVI, decidiu fazer um inquérito de rua sobre o aumento dos impostos. Todos os entrevistados bateram nesta tecla. Só assim se sai da crise. Todos? Não. Um dos senhores que respondeu àquele inquérito afirmou precisamente o oposto. Disse ele, muito simplesmente que, com medidas deste género os problemas se acentuariam, pois o dinheiro seria menor e a solução estava em baixar as despesas e as receitas do Estado.
Seria bom que as pessoas que pagam impostos e que sustentam a máquina estatal se apercebessem de uma coisa: Nós (os cidadãos) não estamos em crise. Quem está em crise é o Estado. Quem não tem dinheiro é o Estado. É o Estado que está falido e aflito. Não nós. Nós temos dinheiro (pouco é certo, mas que chega para o fim do mês). O descaramento de fazer valer a ideia que estamos em crise é tal, e de tal forma repetida, que muitos já nem sequer a questionam. O Estado socialista que quer tratar de tudo e de todos, que quer controlar o ensino, a saúde e a segurança social é que está em crise. O Filipe Moura, que é de esquerda, acerta na mouche quando diz: “Há que afirmar com frontalidade que dificilmente se podem pôr em prática políticas de esquerda sem subidas de impostos.”
Quanto mais impostos pagarmos, menos dinheiro há a circular. A economia cresce não quando se estimula a procura, mas quando se incentiva a oferta. Para tal é preciso que o Estado não nos leve o dinheiro. A subida dos impostos não serve para sairmos da crise, mas apenas para que todos continuemos a pagar um sonho de sociedade que alguns têm.
Algo se está a passar na América do Sul e o que quer que seja não prenuncia nada de bom para os seus povos. Não que a América do Sul tenha tido no passado bons governos, penso que toda a gente se lembra das ditaduras sul-americanas, brutais e pouco inteligentes, mas a democratização que entrentanto se assistiu nos últimos 20 anos deixavam prever um melhor futuro. No entanto, hoje não me parece que as perspectivas sejam tão optimistas.
Por um lado, o que se passa na Venezuela é no mínimo preocupante, pois Chávez quer agora começar uma reforma agrária do tipo que nós conhecemos (e conhecemos também os seus resultados). Aliás, Mugabe recentemente reconheceu o falhanço de uma experiência semelhante.
Será que vamos ter novas experiências socialistas radicais, bem depois de estar provado o falhanço do socialismo real?
Agora é a Bolívia que não encontra a estabilidade, com o seu actual presidente, Carlos Mesa a demitir-se graças às movimentações tipo PREC (para pior) de Evo Morales (mais um "Chávez" em pperspectiva?). Há quem suponha que Chávez não está inocente na destabilização da Bolívia (um blog venezuelano, The Devil's Excrement, diz que há rumores, não provados, de que Chávez financia Morales.
Conclusão principal: o mais importante factor explicativo da diferença no desempenho económico dos EUA e das economias europeias não é a produtividade do trabalho. Algumas economias europeias apresentam uma produtividade do trabalho superior à americana. A maior diferença está na taxa de participação laboral, francamente inferior na UE, em grande medida por causa das baixíssimas idades de reforma, legais e efectivas. Na expressão do The Economist, a Europa está a incentivar um "exército de pantufas".
Motivo: o efeito conjugado das generosas pensões de reforma e dos diversos esquemas de incentivo fiscal que "premeiam" a reforma antecipada", em nome de objectivos políticos.
Proposta política: tornar a pensão de reforma um montante fixo. Assim, desaparece o "efeito perverso" de erosão parcial da reforma para os que optam por continuar a trabalhar para lá da idade legal de reforma (no esquema actual, cada mês adicional de trabalho tem como custo implícito a pensão mensal de reforma) e passa a existir um incentivo económico a prolongar a vida activa.
A proposta é economicamente "inteligente", porque torna a decisão de reforma uma escolha individual e livre e porque funciona como um incentivo ao crescimento económico. Vai para o "frigorífico das ideias": talvez tenha de esperar (pelo menos) quatro anos para ser aplicada.
(Adenda: o gráfico proporciona um exercício elucidativo. Divida-o verticalmente em duas metades iguais, através de uma linha semelhante à linha encarnada horizontal. Essa divisão cria "quatro quadrantes". O quadrante inferior esquerdo é uma espécie de "quadrante da miséria", onde estão os países relativamente mais pobres e com piores desempenhos em termos de crescimento económico. Agora é só identificar o único caso nessas circunstâncias...)
É com satisfação que anuncio o reforço dos insurgentes com uma aquisição de peso: trata-se do LT, amigo, companheiro de outras batalhas e uma das pessoas mais brilhantes que tive a oportunidade de conhecer durante o meu agradável desterro na capital.
Uma breve introdução ao pensamento e obra de um dos mais importantes autores liberais do Séc. XX: A Primer on Murray Rothbard, por Chris Matthew Sciabarra. Com uma conclusão que subscrevo na íntegra:
One can disagree, and disagree strongly, with various aspects of Rothbard’s work, and still be awestruck by the sheer depth and breadth, quantity and quality, of his remarkable output as a writer and thinker.
[texto do picuinhas a vermelho, meus comentários a azul]
Comentário geral: Em primeiro lugar, fico muito agradado por alguém ter lido o meu humilde post. Em segundo lugar, o post continha apenas um breve comentário sobre o suícidio. Em terceiro lugar, creio que podemos concordar no seguinte: o argumento do Daniel não permite defender a eutanásia
Se os humanos praticam o suicídio há milénios, dificilmente se pode considerá-lo não-natural.
Primeiro, eu qualifico o que pretendo dizer por anti-natural (Vd. meu post anterior e Vd. igualmente o que S. Tomás de Aquino diz sobre esta questão). Sobre essas questões não te pronuncias.
Segundo, o facto do suícidio ser ou não praticado há milénios é irrelevante para esta discussão. O facto de o suícidio ser ou não praticado nada diz sobre o facto do suícido dever ou não ser praticado. Ou seja, a tua defesa com base na história é irrelevante para efeitos da discussão sobre a moralidade do suícidio.
Mesmo que fosse não-natural, daí não decorria nada do ponto de vista moral. A agressão é natural, e em geral moralmente errada.
Remeto para o comentário anterior. Parece-me que deverás primeiro falsificar os argumentos que apresento antes de fazeres este tipo de afirmações.
A posse de si mesmo, liberal, encontra aqui um limite, para os que acreditam em Deus. Locke, por exemplo, argumenta que pertencemos a Deus, em última instância. Não somos donos de nós próprios, mas sim fieis depositários de nós próprios perante Deus. Por outro lado, ninguém tem o poder de proteger agir em nome de Deus, senão o próprio na defesa de si mesmo.
Fico muito contente por saber que para Locke o suícidio é imoral. Quanto à última proposição, necessita de explicação (caso não seja um dogma de fé).
Para quem não acredita, esta questão não se põe. A posse de si mesmo é absoluta, para vida ou para a morte. Esta é a minha posição. Temos o direito ao suicídio. (Temos também a obrigação moral de o tentar impedir sem usar a coerção.)
De novo, eu apresentei três diferentes linhas de argumento racionais para defender a imoralidade do suícidio. Tu não discutes nenhuma desses argumentos e apresentas apenas proposições que não explicas.
(um dia gostaria de saber porque não acreditas)
O argumento de que o suicida não é realmente livre é muito perigoso. Aplicado ao homicida, desculpa-o do acto. Nega o livre-arbítrio.
Em primeiro lugar, os homicidas nem sempre estão sob o domínio das paixões. No caso do 'cold blooded murder', a tua objecção não faz sentido.
Em segundo lugar, nos casos em que os homicidas estão sob o domínio das paixões a culpa não desaparece mas é mitigada exactamente pelo facto de não exisitir um discernimento total por parte do agente. Este facto é reconhecido pelas leis humanas (e pelas divinas também).
Também para mim a eutanásia, por vontade do que será morto, é legítima.
Terás que elaborar mais. E tens também que respoder à seguinte questão: como é que o meu direito a morrer impõe a outrém obrigação de matar ?
Ou seja, concordo com o Daniel.
Birds of the same feather...;)
Obrigado pela atenção. Agora tenho que ir andando senão a minha mulher ainda me suicida.
Se os humanos praticam o suicídio há milénios, dificilmente se pode considerá-lo não-natural.
Mesmo que fosse não-natural, daí não decorria nada do ponto de vista moral. A agressão é natural, e em geral moralmente errada.
A posse de si mesmo, liberal, encontra aqui um limite, para os que acreditam em Deus. Locke, por exemplo, argumenta que pertencemos a Deus, em última instância. Não somos donos de nós próprios, mas sim fieis depositários de nós próprios perante Deus. Por outro lado, ninguém tem o poder de proteger agir em nome de Deus, senão o próprio na defesa de si mesmo.
Para quem não acredita, esta questão não se põe. A posse de si mesmo é absoluta, para vida ou para a morte. Esta é a minha posição. Temos o direito ao suicídio. (Temos também a obrigação moral de o tentar impedir sem usar a coerção.)
O argumento de que o suicida não é realmente livre é muito perigoso. Aplicado ao homicida, desculpa-o do acto. Nega o livre-arbítrio.
Também para mim a eutanásia, por vontade do que será morto, é legítima.
Sei apenas que a nossa vida não é propriedade colectiva. Que só há liberdade quando somos, o mais que pudermos, donos do nosso destino. E, acima de todas as liberdades na vida, a mais pessoal e indiscutível é a de decidir não viver.
…Million Dollar Baby e Mar Adentro dizem-nos o mesmo: o mais incondicional dos amores é o que deixa o outro partir. E enquanto a Igreja e o Estado quiserem regular o amor só podemos esperar o pior.
Daniel Oliveira Expresso, 05/03/2005
No meu fraco entendimento, o argumento utilizado no manifesto pró-eutanásia que o Daniel Oliveira, dirigente e assessor de imprensa do Bloco de Esquerda, publicou nas páginas do Expresso do último Sábado é o seguinte:
Eu sou livre
Ser livre implica ser senhor do meu próprio destino
Ser dono do próprio destino implica decidir sobre o momento da minha morte
maior prova de amor é deixar o outro partir
Este argumento não justifica a eutanásia.
As primeiras 3 proposições justificariam o suicídio. A última proposição justificaria que o amador não se opusesse ao suicídio da pessoa amada. Em nenhum momento se justifica que o amador ou qualquer outro agente mate a pessoa amada ou coopere no seu suicídio. O argumento falha no seu objectivo. É ineficaz.
De qualquer forma, as afirmações do Daniel, nomeadamente sobre o suicídio e sobre o amor, merecem alguns comentários adicionais.
Independentemente das ideologias ou das formulações filosóficas mais ou menos elaboradas, atentar contra a própria vida é anti-natural: Contraria a inclinação natural do ser humano para preservar e perpetuar a vida, ofende o amor que cada um deve ter a si mesmo e quebra os laços de solidariedade com o próximo (família, nação ou outras) para com quem o suicida continua a manter obrigações.
Os casos mais frequentes de suicídio têm origem no desespero de quem perdeu o sentido e o gosto de viver ou enfrenta situações dramáticas, coincidindo em geral com o agravamento de estado de depressão física e psicológica. Nestas circunstâncias, o suicida será realmente livre para escolher entre a vida e a morte?
Sobre o amor, o Daniel afirma:
o mais incondicional dos amores é o que deixa o outro partir.
Um outro autor que não tem direito a coluna no Expresso afirmou há alguns anos:
…ninguém tem amor maior do que o de quem der a própria vida pelos amigos (Jo 15, 13)
Repare-se na completa inversão de conceitos. No segundo caso, o amante prova o seu amor sacrificando a vida pelo amado. No primeiro caso, o amante prova o seu amor sacrificando a vida do amado.
CONCLUSÃO: O mais incondicional dos amores é o do candidato a suicida que se recusa a partir por amor a Deus e ao próximo.
P.S. O estado e a Igreja não querem regular o amor mas sim o assassínio.
Lemos estas notícias e reparamos que os libaneses exigem a retirada da Síria e não o desaparecimento de Israel. Enquanto em Portugal e na Europa, vimos pessoas a atribuir a culpa da instabilidade na região às políticas do Estado de Israel, o povo libanês parece que sempre soube distinguir o trigo do joio e apontar de onde vinha o mal.
Um artigo da Economist expõe as limitações das políticas de redução do défice público utilizando as receitas fiscais do crescimento económico:###
AFTER two years as Brazil's finance minister, Antonio Palocci must feel like saying “I told you so.” Critics had said that tight fiscal policy, coupled at first with high interest rates, would cripple the economy. Instead, this combination first smacked down inflation in 2003 and then delivered economic growth of 5.2% last year, the fastest pace in a decade. Mr Palocci convinced creditors that Brazil would pay its colossal public debt. That promise, plus an export boom, triggered a dramatic fall in risk premiums on Brazilian bonds and helped domestic interest rates to decline. Now Brazil has the luxury of deciding whether or not to renew an accord with the IMF which expires this month.
But success has presented Mr Palocci with new problems and a new set of critics. Inflation is again a worry, real interest rates—already among the world's highest—are again on the rise and Brazil's currency, the real, has strengthened to the point where it may undermine exports. The criticism is that budget policy is doing too little to restrain demand and inflation, which means that interest rates are higher than they need to be. It is “a bad policy mix”, says Eliana Cardoso, an economic pundit. This time, the critics have a point.
This is ironic. Mr Palocci started out by tightening fiscal policy even more than the IMF wanted, setting the target for the public sector's primary surplus (ie, before interest payments) at 4¼% of GDP. Last year, the government beat the target, with a primary surplus of 4.6%. But the headline number hides two problems. First, it was achieved not by streamlining government but by harvesting the extra revenue that comes with growth. The tax burden has reached an intolerable 37% of GDP. Second, the government missed an opportunity to tighten policy even further while growth was strong. Brazil needs “a much higher primary surplus”, says Paulo Leme of Goldman Sachs, an investment bank.
The fault lies with Mr Palocci's boss, President Luiz Inácio Lula da Silva, who has responded better to crisis than to opportunity. Non-financial spending by the federal government rose by 11% in real terms last year, with big rises in areas that do nothing to strengthen long-term growth prospects. Lula added workers to the federal payroll, one reason why spending on personnel rose by 5% last year. Keeping an old promise, he will raise the official minimum wage by 8% to 300 reais ($115) a month, which will push up the cost of publicly financed pensions and benefits by 4 billion reais a year, says Raul Velloso, a budget expert in Brasília.
Os Trabalhadores Sociais Democratas (TSD) defenderam hoje que a nova liderança do PSD afaste o partido do liberalismo e o reaproxime do centro ideológico, argumentando que este «nunca foi, não é nem será um partido de direita». (...) No entender dos trabalhadores do PSD, liderados pelo deputado reeleito Arménio Santos, o partido deve «rejeitar o liberalismo e neo-liberalismo contemporâneos», bem como «o ideário individualista» e centrar as suas propostas «na dimensão social da economia e da política». (...) «Os TSD esperam que o novo Governo oiça e respeite os parceiros sociais e dê prioridade ao relançamento da economia, à criação de emprego, à qualificação dos recursos humanos e à justiça fiscal», refere ainda o comunicado.
Estou a ver que os próximos anos vão ser mais penosos do que imaginanava. Por onde anda a "boa moeda"?
Se o percurso político de Freitas não me choca, o mesmo já não poderei dizer das suas posições anti-americanas e da sua escolha para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Comecemos pelo primeiro choque. Após o 11 de Setembro 2001, o Professor Freitas do Amaral, criticou de forma dura e violenta as decisões de política externa da Administração Bush. Estava no seu direito. Muitos chamaram a atenção para o perigo de decisões precipitadas que poderiam levar a um verdadeiro ‘choque de civilizações’. Sucede que Freitas não se ficou por aqui. Foi mais longe. Chamou de Hitler a Bush, afirmou, mencionando os neo-conservadores, que a extrema-direita dominava a Casa Branca e que a intervenção no Iraque equiparava-se à invasão da Áustria pelo exército nazi. Para além de tais afirmações revelarem uma enorme má-fé, elas são o prenúncio de uma clamorosa ignorância do que se passa nos EUA. Do que é o movimento neo-conservador que, ao contrário do que por aí se diz, não é extremista nem radical, mas constituído por muitas pessoas que transitaram do trotskismo para o partido republicano. Pior que tudo, Freitas fez gala desta ignorância, não a escondeu nem ocultou. Pelo contrário, expô-la a céu aberto, assumiu um ar professoral, tratando todos os que o criticavam, muitos de forma fundamentada, com uma enorme complacência. Digamos que para um académico tal atitude não é, nem a mais correcta, nem a mais esperada.
É aqui que chego a meu segundo choque. A chegada de Freitas do Amaral a Ministro dos Negócios Estrangeiros. É importante saber até que ponto, as suas declarações de há 2 e 3 anos atrás não prejudicarão a posição de Portugal na sua relação transatlântica. Será que Freitas de Amaral ainda considera Bush como semelhante a Hitler? Será que já procurou saber um pouco mais sobre o neo-conservadorismo, ou continua a considerá-los de extrema-direita? Se olharmos para o que se passa em Espanha que, em virtude dos devaneios de Zapatero, anda perdida, não se encontrando nem na sua relação com a Europa nem com os EUA, temos muitas razões para nos preocuparmos e mais ainda para exigir de Freitas do Amaral uma clarificação rápida e sincera.
No Diário de Notícias, João Cravinho diz que não se deve esperar que o Governo "resolva a crise". Afinal a culpa é da da globalização e da falta de competitividade das empresas nacionais.
Esperem lá! Então não foi por causa do "discurso da tanga" e da "obsessão pelo défice"?!!
Consideramos, em resumo, como promissoras as linhas que alicerçam um novo entendimento de desenvolvimento como justiça e liberdade...O aumento das liberdades individuais no sentido de Amartya Sen, o uso de faculdades morais no sentido de Rawls, os valores e conduta pecebida a que já aludia Adam Smith, são as referências que devem estar em debate no futuro do PSD e no sentido último do que este propõe a Portugal
José Eduardo Martins, Pedro Durte e Nuno Freitas Militantes do PSD DN, 07/03/2005