O pretenso bem estar
Um dos argumentos da esquerda para a não realização de profundas reformas no modelo social europeu, está na necessidade de manutenção do bem estar social. De acordo com este raciocínio, em nome do bem estar, não se pode liberalizar a economia, flexibilizar as leis laborais, libertar a segurança social, desregulamentar a actividade económica, terminar com os proteccionismos comerciais, deixar de distorcer o mercado com subsídios que prejudicam muitos em nome dos interesses de poucos.
Não há, no entanto, nada mais errado.
O bem estar social só se manterá com as reformas liberais. É preciso tomar consciência (e para isso os partidos da direita deveriam ter um papel activo) que a manutenção do modelo social europeu conduzirá ao mal estar social. Produzirá mais pobreza. Agravará as tensões sociais. Criará mais desemprego.
Costuma-se dizer que nos EUA, ao contrário da Europa, não há bem estar social. Não é verdade. O desemprego naquele país é de 4/5%. Na Europa atinge os 12%. Onde está a segurança social. Cá ou lá?
O bem estar não se distribui. Antes de mais, conquista-se, merece-se, obtém-se (como se preferir). É preciso fazer por ele.
por André Abrantes Amaral @ 9/22/2005 12:00:00 da tarde
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