Ano novo, floresta nova
A água será uma das principais causas de conflitos no século XXI. Portugal tem um clima muito seco e quente no Verão e húmido no Outono e Inverno. Sempre que não chove nos meses de Outubro a Março, a situação torna-se problemática. É necessário criar condições de armazenamento de água, essencialmente através da construção de pequenos diques, represas e açudes. Indispensável será também a aposta em sistemas de tratamento de águas que permitam o aproveitamento das águas armazenadas ao longo de vários meses ou alguns anos.
Indispensável será ainda reformular todo do conceito da floresta que se quer no nosso país, como forma de evitar a secura climatérica, a erosão dos solos e os incêndios que todos os ano deflagram em Portugal. Uma floresta diversificada de carvalhos, castanheiros, sobreiros e outras espécies de árvores autóctones é o ideal para um país como o nosso. Na verdade, estas são espécies que enriquecem a terra, bem como retém as águas das chuvas, impedindo a erosão dos solos e as inerentes cheias. Ademais, mantém a humidade nas terras, são de difícil combustão e de maior longevidade.
Todo este processo é bastante difícil e, ao contrário do que possa parecer, não deve ser deixado à responsabilidade do Estado, mas das pessoas, os verdadeiros interessados. Foi a intervenção estatal quem desvirtuou a floresta em Portugal, com os políticos a delirarem com o ‘petróleo verde’. Se os interesses estatais saírem da floresta, estará aberto o caminho ao regresso do bom senso.
por André Abrantes Amaral @ 1/06/2006 12:08:00 da tarde
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