Falcão em cativeiro
No passado Sábado, o primeiro ministro José Sócrates deslocou-se a Aveiro no Falcon do Estado português para ver a selecção portuguesa de futebol jogar contra a equipa do Liechtenstein.
O Governo justificou o seu uso com a sobrecarregada agenda de Sócrates e a necessidade de cumprimento do "plano de horas de voo e despesas da viagem já previstas no orçamento da Força Aérea para gastos com a manutenção do aparelho".
Deixando de lado, desde já, quaisquer considerações sobre a importância da presença de Sócrates no referido jogo, há que discutir a necessidade do Estado possuir um avião de transporte de passageiros quando este acontecimento claramente evidencia o seu ineficiente uso.
Ao comprar meios próprios de transporte aéreo, o Estado está a exigir dos contribuintes o pagamento de equipamentos destinados a passarem no hangar a maior parte do seu tempo útil. Comparativamente, uma empresa privada de aluguer de aviões tenta rentabilizar a sua utilização.
O recurso ao aluguer é, assim, não só mais barato para os contribuintes, como, também, uma forma mais transparente de governar - dado que exige dos governantes uma justificação mais plausível para o seu uso.
por BrainstormZ @ 10/11/2005 02:50:00 da tarde
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