A crise do medo

Há no nosso país um enorme medo. Não de ser perseguido, linchado ou uma das muitas coisas horripilantes que, por vezes, sabemos acontecer noutros locais do planeta. O medo é o de falhar. Não sei, julgo que ninguém sabe, quando este medo tomou conta do imaginário da maioria de quem vive em Portugal. Ele apoderou-se de nós lentamente e calmamente fomos acreditando em quem nos segurasse. E protegesse. Os últimos séculos da história de Portugal foram uma busca constante pela protecção. Se a direita (a nova direita) quiser tomar as rédeas do futuro, não pode prometer protecção. Apenas condições que façam renascer a confiança. Foi, muito sucintamente, esta a razão de ser do meu artigo publicado ontem, na Revista Dia D do jornal Público, e que pode ser hoje lido aqui.