19.1.06

Porque quero um Portugal com Futuro


No Domingo, vou votar Cavaco.

Porque não quero um país dominado por um pensamento monocolor, onde o Presidente da República force o Governo a recuar na sua vontade reformista; Mário Soares, numa postura de «Pai da Pátria e do Socialismo», obrigou Luis Amado a «retratar-se» na sua intenção de viabilizar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, impondo os seus preconceitos ideológicos - «podem ficar sossegados que os ENVC não serão privatizados», disse Soares aos trabalhadores - acima do interesse da generalidade dos cidadãos, e que passa por tornar o Estado mais eficiente e com menos encargos para todos.

Porque quero um Presidente que apoie os bons ministros deste Governo - alguns dos quais se fala serem «remodeláveis» - na promoção de reformas urgentes, como as que estão corajosamente a ser feitas na Saúde e na Educação; que seja exigente nas medidas a tomar na área da Segurança Social, das Finanças, e do Emprego.

Porque quero um Presidente da República que controle um Governo que já demonstrou estar em muitos planos afastado das suas promessas eleitorais: subida do IVA, subida do imposto sobre os produtos petrolíferos, sobre o tabaco; anúncio de obras megalómanas que vão forçar o país a manter um esforço insuportável para o desperdício público; clientelismo na nomeação de Vara para a Caixa e de Fernando Gomes para a GALP; exercício indevido do poder estatal, interferindo de uma forma opaca na EDP; «fraude» que é o «Choque Tecnológico».

Porque quero poder fazer o meu futuro em Portugal, e porque vejo com preocupação a debandada geral a que os portugueses mais jovens estão a ser forçados, numa nova diáspora, por falta de oportunidades num país onde não há trabalho, e não se criam oportunidades para os mais novos.

Porque quero voltar a ter orgulho de ser português.

Espero que Cavaco tenha consciência da responsabilidade da sua candidatura, e das expectativas que os portugueses nele depositam.

Rodrigo Adão da Fonseca