13.1.06

Segurança tem horário de fecho

A partir de segunda-feira, as acções de investigação levadas a cabo pelos profissionais da Polícia Judiciária (PJ) serão interrompidas, sem mais, às 17.30, hora a que termina o horário normal de trabalho. Tudo porque os inspectores vão iniciar uma greve às horas extraordinárias em protesto contra a falta de pagamento pelo Ministério da Justiça de parte do trabalho prestado fora do horário. Uma paralisação que inviabilizará, por exemplo, buscas domiciliárias, detenções ou, imagine-se, até uma qualquer perseguição que esteja a decorrer àquela hora. E a situação irá prolongar-se até ao final do mês.

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ, Carlos Anjos, admitiu, ontem, em conferência de imprensa, que, "em teoria, uma perseguição que esteja a decorrer às 17.30 poderá ficar a meio... ser interrompida". Em teoria, porque pode dar-se o caso de o agente em serviço não aderir à greve. Mas a indicação dada pelo sindicato é para que todas as acções de investigação parem àquela hora.
Felizmente existem "bairros" com segurança privada e horário alargado.