14.10.05

Serpa, 10/Outubro/2005

É no combate pela humanidade que insiro a luta de partidos revolucionários como o PCP.

É nele que desejo ver empenhado o grupo parlamentar do meu partido, no distanciamento firme de organizações políticas que actuam como marionetas no palco de um teatro de feira.

É no assumir de um desafio em defesa da humanidade, que transcenda a rotina da vida parlamentar, tutelada pela ditadura da burguesia de fachada democrática, que concebo um papel insubstituível para os deputados comunistas na denúncia activa do sistema, no incentivo à mobilização das massas contra um sistema insusceptível de reforma capaz de o colocar ao serviço do progresso.###

(...)

Compreender – e não é fácil – que essa tremenda energia e combatividade devem ser utilizadas numa luta tenaz, permanente, dura, contra o sistema capitalista em defesa da humanidade é o maior desafio que se coloca hoje aos comunistas portugueses. Porque nunca como hoje o nacional e o universal se apresentaram tão intimamente interdependentes.

Afinal, no Barreiro, como em Serpa, em Peniche como em Moura, ao derrotarmos os responsáveis pela transformação do Portugal de Abril num país imperializado e parasitário, estamos também lutando pelos povos do Iraque, da Venezuela Bolivariana, da Cuba socialista. Por quantos na Terra enfrentam com heroísmo uma engrenagem medonha que ameaça a continuidade da vida.

Serpa, 10/Outubro/2005