Começou

Pois é, parece que começou o próximo passo na tragédia alemã: Schroeder diz que alemães recusam mudanças radicais.
Segundo se consegue perceber, a estratégia "tive menos votos mas ganhei na mesma" seguida por Schroeder deu resultado. No governo da "grande coligação", todos os ministérios essenciais para as reformas ficaram nas mãos do SPD: Finanças, Emprego, Saúde e, até, Negócios Estrangeiros (assim se garantindo a continuidade do anti-bushismo). Que extraordinário poder ou manha negocial soube Shcroeder exercer para obter este resultado na composição do governo? Não sei, mas seja como for já percebemos que a "grande coligação" não é coligação nenhuma, mas antes (na famosa fórmula de uma famoso alemão) a continuação da política do SPD por outros meios.
Há apenas uma última esperança: que a presença do SPD naqueles ministérios sirva para tornar mais tragáveis as ditas reformas, segundo um velho princípio de que, nas sociedades europeias, só a esquerda consegue fazer reformas ditas "anti-sociais". Não creio. Mas veremos.